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ESTUDOS EM EDITH STEIN

Indivíduo e comunidade

No trabalho de Edith Stein, a filósofa aborda sobre a relação de


indivíduo/comunidade. Assim:

O problema da relação pessoa-comunidade vem sendo discutido


amplamente pela psicologia social, contudo, geralmente esta relação é
reduzida a um caráter essencialmente conflitivo, por partir da consideração
de entes separados que precisam se esforçar para se adequar um ao outro.
( COELHO et al. 2006)

Desse modo, Edith Stein modifica essa perspectiva considerando o indivíduo como
a unidade menor da comunidade, de forma que o sujeito da comunidade possui
características também pertencentes à comunidade. Uma comparação para isso,
seria a relação entre a célula e o organismo, considerando que tanto um como o
outro possuem características semelhantes que os definem como seres vivos.
Portanto, torna-se importante compreender como a filósofa concebe o ser humano.
Para ela, todas as pessoas têm três instância:

1. Corpórea: A pessoa se apresenta a nós com diversas características físicas


que podem ser apreendidas em sua exterioridade (altura, peso, cor, etc.) o
que significa que, em sua constituição corpórea, o ser humano pode ser
considerado como “coisa material” (Stein, 1932-33/2000, p.67) ( COELHO et
al. 2006). Em outras palavras, trata-se da nossa superfície que as pessoas
podem ver e tocar.
2. Psique: Considerando a análise da corporeidade, identificamos uma
interioridade juntamente com a materialidade do corpo próprio; esta
interioridade implica uma unidade de um sujeito psicofísico, constituído de
corpo e alma (Stein, 1932/2001) (2). ( COELHO et al. 2006). Em outras
palavras, trata-se de tudo aquilo que sentimos, as sensações e percepções.
3. Espiritualidade: "A dimensão espiritual da pessoa implica a possibilidade
estrutural de abertura para o outro, para as coisas e para si mesma, num
processo de apreensão que remete à presença da razão( COELHO et al.
2006)." Em outras palavras, é o campo no qual o sujeito toma suas decisões
e escolhas conscientemente, tanto em relação a si quanto ao outro.

Essas três características o ser humano também existirá na comunidade, de modo


que a corporeidade da comunidade seria cada indivíduo que há compunham. A
psique corresponderia às experiências do sentidos experienciadas por cada sujeito
mediante aos acontecimentos na comunidade. Por fim, a dimensão espiritual seria
quando a comunidade se volta para si e também para as outras comunidades, de
modo a emergir o espiritual nesta relação e decisões para com os outros e a si
mesmo.

Comunidade, sociedade e Massa.

Torna-se importante também compreender as relações e distinções comunitárias,


sociais e de massa. Sabe-se que "portanto, a forma como as vivências são
compartilhadas, acolhidas, manipuladas, definirá um caráter típico do agrupamento
social identificado como comunidade, sociedade ou massa (Stein, 1922/1999n,
1925/1993, 1932-33/2000)." ( COELHO et al. 2006). Vejamos pois, que :

Comunidade:

Sabe-se que uma pessoa na comunidade tem :


"Uma vivência comunitária, o sujeito desta vivência é um “nós”... Eu –
enquanto sujeito desta vivência – participo como membro da comunidade,
desta tristeza da comunidade dos soldados; Eu sinto em nome do grupo e
posso identificar nos outros membros uma “mesma” vivência de perda. O
sujeito da vivência comunitária vive através de nós, atualiza-se em minhas
vivências." ( COELHO et al. 2006).

Além disso, a estrutura da sociedade será:

"a) o conteúdo da vivência, que pode ser considerado como egológico ou


não-egológico; b) o vivenciar o conteúdo, que se refere à captação do
conteúdo pelo sujeito; c) a consciência deste vivenciar que acompanha a
intensidade da vivência. "( COELHO et al. 2006).

E o fluxo das vivências na comunidade se apresenta como:


" (a) o fluxo é constituído por todas vivências individuais que possuem um
correlato supraindividual, isto é, o fluxo é constituído pelas vivências das
pessoas membros da comunidade na medida em que visam o núcleo de
significado comum, ao mesmo tempo em que inserem sua singularidade;
(b) no fluxo de vivência da comunidade estão “todas” as tomadas de
posição da comunidade referentes ao seu mundo, de forma que este fluxo
congrega não só a diversidade do posicionamento dos seus membros,
como também uma diversidade que é acumulada no tempo através da
tradição que ultrapassa a temporalidade da vida individual; (c) o fluxo de
vivências comunitárias abarca as “vivências interiores comuns” (COELHO et
al. 2006)

Sendo assim, "a comunidade é considerada como uma estrutura orgânica onde
seus membros vivem uma interdependência e são afetados pela tomada de
posição que cada pessoa adota na comunidade através dos ‘atos sociais’ (Stein,
1922/1999)." (COELHO et al. 2006)

Sociedade

"Stein (1922/1999, 1925/1993) identifica que é próprio da estrutura da


sociedade que as pessoas se relacionam em função de objetivos
previamente definidos. Neste tipo de relação, a pessoa considera a outra
como um objeto devido ao caráter mecânico e puramente racional da
sociedade"(COELHO et al. 2006)

Massa

A massa é uma conexão de indivíduos que se comportam com


uniformidade” (Stein, 1922/1999, p.259). A massa é fundada sobre a
excitabilidade da psique individual e dessa excitabilidade surgirá diferentes
formas de contágio psíquico.

Estudos da psicologia das massas em Freud.

Na modernidade, no período das revoluções burguesa e industrial, se cultivava cada


vez mais a cultura do individualismo. Desse modo, as multidões ou massas
possuíam uma aspecto negativo, como defendido por Moscovici (1986),
argumenta-se que "1) as multidões vistas como eventos a-sociais: falha ou
ausência de sistema; 2) as multidões vistas como insanas, manifestações
patológicas; e 3) as multidões vistas como criminosas"

Para muitos autores da psicologia como Freud (1921/2011): Le Bon (1995) e


Tarde (1888/1993), e McDougall (1973) e Trotter (1953) :

"As multidões representavam, primordialmente, um sintoma de


involução do espírito e subversão da ordem, da racionalidade e do
caráter do indivíduo, o qual, uma vez inserido no coletivo, perderia
toda a sua singularidade, tornando-se doravante homogêneo em relação
aos demais membros do coletivo, algo manifesto por meio de condutas
irracionais, irresponsáveis e impulsiva" (SOUZA, M. R, MERCES, 2021)

Porém, uma singularidade do pensamento Freudiano implica que todo e qualquer


indivíduo pode vir sofrer influência da massa, vejamos pois:

Se a psicologia que procura as disposições, os impulsos instintuais, os


motivos, as intenções do indivíduo nas suas ações e nas relações com
os mais próximos tivesse cumprido cabalmente a sua tarefa e tornado
transparentes todos esses nexos, depararia subitamente com um problema
novo, não resolvido. Teria de explicar o fato de que esse indivíduo,
que se tornara compreensível para ela, em determinada condição
pensa, sente e age de modo completamente distinto do esperado, e
esta condição é seu alinhamento numa multidão que adquiriu a
característica de uma “massa psicológica”. (Freud, 1921/2011, p. 17)( Apud
SOUZA, M. R, MERCES, 2021)

Assim, na perspectiva de Freud (1921/2011)


"a manutenção da massa se deve à ação de mecanismos psíquicos, tais
como a identificação, a capacidade de realizar investimentos objetais e,
portanto, ligações libidinais, à diferenciação da instância aqui chamada
de Ideal do Eu e, por fim, à ação das pulsões inibidas em sua meta,
aquelas que foram desviadas de suas finalidades diretamente sexuais."
(SOUZA, M. R, MERCES, 2021)
Desse modo, a relação de grupos para Freud se deve a um fator do próprio
mecanismo psíquico e de sua formação no sujeito. Nesse sentido:

De volta a um argumento central para o presente artigo, o que mais


uma vez ressaltamos é como os conceitos operados por Freud
(1921/2011) a fim de elucidar o fenômeno das massas e a constituição
do eu – a saber, aqueles de identificação, libido, ideal do eu, etc. –,
bem como a maneira como estes se articulam, destacam a alteridade como
motivo recorrente e estruturante de seu pensamento. Nesses termos, como
modelo, objeto, auxiliar ou adversário, o outro, real ou introjetado, aparece
constantemente presente no registro psíquico de cada um – cada um
que, sendo-o sob tais circunstâncias, é vários outros mesmo sem
sabê-lo. Temos, portanto, que os mesmos mecanismos atribuídos à
conformação do eu podem ser, com poucas ressalvas, extrapolados à
especificidade da conformação da massa, com um trânsito constante entre o
eu e as figuras representativas da alteridade.(SOUZA, M. R, MERCES,
2021)

Assim, a aparente contradição entre o Eu que passa a agir de forma distinta na


Massa não é mais uma contradição quando se há a compreensão de que este
constitui aquele. Essa mesma compreensão está conectada à própria definição do
que é o outro ou a alteridade.

Conforme o dicionário Houaiss (2001, p. 2093), o termo “outro”


significa: “...algo ou alguém, cuja referência indefinida encontra-se fora
do âmbito do falante e do ouvinte, e que se contrapõe, implícita ou
explicitamente, a algo ou alguém conhecido (...) distinto, diferente”.
Podemos subentender daí também a palavra “alteridade” que, de
acordo com o mesmo dicionário, refere-se à: “...natureza ou condição
do que é outro, do que é distinto” (2001, p. 169). A ideia
praticamente não se modifica se consultarmos, por exemplo, o Dicionário
Aurélio (Ferreira, 2009), no qual alteridade significa a “qualidade do
que é outro” (p. 105) e o substantivo “outro” aparece em síntese como:
“...diferente de pessoa ou coisa especificada” (p. 1458). (SOUZA, M. R,
MERCES, 2021)

Portanto, para existir o Eu é preciso existir o outro.

Estudos de Grupos na perspectiva de Kurt Lewin

Conforme Mailhiot (1997), “havia para Kurt Lewin um problema fundamental


que ele procurou elucidar até sua morte: que estruturas, que dinâmica
profunda, que clima de grupo, que tipo de leadership permitem a um grupo
humano atingir autenticidade em suas relações tanto intra-grupais quanto
inter-grupais, assim como a criatividade em suas atividades de grupo?” (p.15).

Assim, a teoria de Kurt Lewin vai explorar as seguintes questões relacionadas ao


problema :
1. a comunicação,
2. o aprendizado da autenticidade e
3. o exercício de autoridade em grupos de trabalho
Baseado nisso que o autor postulou alguns fundamentos em sua psicologia
topologia e vetorial

1. O comportamento humano não depende somente do passado, ou do


futuro, mas do campo dinâmico atual e presente (causalidade histórica
x causalidade sistêmica);
2. O comportamento humano é derivado da totalidade de fatos
coexistentes;
3. Esses fatos coexistentes têm o caráter de um campo dinâmico, no
qual cada parte do campo depende de uma inter-relação com as demais
outras partes.

O que é psicologia topológica?

Psicologia Topológica de Kurt Lewin trata de descrever e especificar quais os


eventos possíveis em um espaço de vida por meio da elaboração de uma
representação espacial das situações psicológicas e de seu ambiente.A Psicologia
Topológica permite mapear a estrutura do espaço de vida do indivíduo e descrever
os eventos possíveis nesse campo, mas os conceitos topológicos por si só não são
suficientes para explicar o comportamento do indivíduo

O que é espaço de vida ou espaço vital ?

Por espaço de vida é a totalidade dos fatos que determinam o comportamento de um


indivíduo em um determinado momento.

O que é psicologia vetorial ?

A Psicologia Vetorial tem como objeto, as forças psicológicas, conceito inspirado na


Física e diretamente ligado à causa do comportamento. Na Psicologia Vetorial, o
espaço de vida é considerado dinamicamente, como campo de forças, ou como
campo psicológico.

O que é atração e repulsão?

Os objetos, pessoas ou situações (regiões do espaço vital) de valência positiva


atraem o indivíduo e os de valência negativa o repelem, sendo a atração a força ou
vetor dirigido para o objeto, pessoa ou situação e a repulsa a força ou vetor que o
leva a se afastar do objeto, pessoa ou situação, tentando escapar

Como o sistema de atração e repulsão se relacionam ?

A atração ou repulsa por determinadas regiões do espaço vital se relacionam à


existência de sistemas de tensão: quando existe um estado de tensão, entendida
não como estresse mas como disposição para agir, para um determinado fim.

O que é comportamento para Lewin?


K. Lewin chegou à formulação C = f (P, A), propondo que o comportamento de um
indivíduo é função da pessoa (P) e de seu ambiente (A). Contudo, é mais preciso
afirmar que o comportamento é função da pessoa e do ambiente percebido: C = f (P,
Ap.) Pois o que é percebido é o que de fato altera o indivíduo

Qual o princípio da dinâmica de grupo ?

O sistema conceitual desenvolvido por Lewin para analisar a conduta individual se


prestava para analisar também a conduta do grupo. Por um lado, os grupos podiam
ser concebidos como regiões do espaço vital dos indivíduos. Por outro, os mesmos
grupos podiam ser concebidos como campos de forças, espaços vitais, com os quais
representar sua estrutura e dinâmica internas. A conduta do grupo seria, então, a
resultante do particular sistema de tensão entre os membros do grupo em um
determinado momento. Mas assim como a conduta individual constitui sempre uma
função do estado de forças em um espaço vital, a conduta grupal seria a resultante
não da ação de um ou outro dos indivíduos que compõem o grupo, mas do sistema
de relações entre os membros do grupo. Assim, a compreensão do que o grupo é e
como atua haveria de ser buscada mais no sistema de relações, isto é, na
interdependência entre os membros do grupo do que nas características de cada um
de seus membros em particular. (tradução nossa) (MARTIN-BARÓ, 2004, p.202)

O que é a totalidade do grupo ?

Esse conceito remete ao princípio gestaltista de que o todo é distinto da soma de


suas partes: "Qualquer todo dinâmico tem características próprias. O todo pode ser
simétrico, embora as partes sejam assimétricas; um todo pode ser instável, embora
suas partes sejam estáveis” (LEWIN, 1948b, p.89). “A essência de um grupo não é a
semelhança ou a diferença entre seus membros, mas a sua interdependência” (idem,
p.100).

O que é interdependência e os seus tipos ?

Do dicionário ( https://www.dicio.com.br/interdependencia/) :
1. Relação de dependência entre uma coisa e outra.
2. Estado ou condição dos indivíduos que estão ligados por uma relação de
dependência mútua; dependência recíproca.

Assim, há dois tipos de interdependência de grupo que Lewin observa :


1. interdependência do destino, que se refere ao reconhecimento por parte do
indivíduo de que sua sorte ou destino depende do destino do grupo como um
todo,
2. interdependência da tarefa, ou seja, o fato de que os membros do grupo
engajados em uma atividade dependem uns dos outros para que suas metas
sejam atingidas.

Quais campos de força existem em um grupo?


forças de coesão/atração, que fomentam atitudes de lealdade e pertencimento,
motivando os membros a permanecer no grupo; forças de desenvolvimento, que
impulsionam o grupo para os fins que ele se atribui; e também forças de
dissolução/repulsa, que concorrem para o esfacelamento dos grupos. Para Lewin
(1948c), “um importante fator no que respeita à intensidade das forças que impelem
para o grupo ou afastam dele é a medida em que a satisfação das necessidades
do indivíduo é favorecida ou dificultada por sua participação no grupo” (p.205, grifo
nosso).

Qual o papel da comunicação no grupo ?

Como explica Lapassade (1983), investigar o problema das comunicações nos grupos
na perspectiva da Dinâmica de Grupo significa analisar a estrutura dos canais de
comunicação e seu efeito sobre a circulação de informações, estruturação das ações,
eficácia na solução de problemas e emergência de papéis.Portanto, Kurt Lewin
considerava que “a produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente
relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas sobretudo
com a solidariedade de suas relações pessoais” e à capacidade de estabelecer
comunicações abertas e autênticas. Nesse sentido, a comunicação de grupo tem um
papel fundamental na sua mudança ou atmosfera de grupo.

O que é clima ou atmosfera de grupo ?

O fator determinante para a mudança social será, para Lewin, o clima de grupo
dominante, também chamado por ele de atmosfera de grupo, a qual tem caráter
intangível mas existência objetiva. O clima ou atmosfera grupal pode ser entendido
como o ânimo, disposição, tom emocional ou sentimento de bem-estar ou
desconforto que se difunde no grupo em relação às pessoas e aos acontecimentos.
Nesse sentido, por exemplo, a atmosfera autoritária carrega maior tensão, enquanto a
democrática é marcadamente mais favorável à produtividade, criatividade e
cooperação grupal.

O que são funcionamentos de grupos autoritários ou democráticos?

Lewin tinha uma preocupação com o funcionamento democrático da sociedade e


entendia que o trabalho com grupos seria fundamental para o processo de
reeducação democrática, pois o psicólogo defende que "a mudança na situação de
um indivíduo se deve, em grande parte, a uma mudança na situação do grupo a
que pertence. (...) Como membro de um grupo, ele, habitualmente, têm os ideais e
os objetivos do grupo” (LEWIN, 1940/1948, p.102). O grupo constitui, assim, um
privilegiado espaço de mudança social. A necessidade da reeducação democrática se
justificava, para Lewin (1939/1948), tendo em vista que “a autocracia é imposta ao
indivíduo”, enquanto “a democracia, ele a precisa aprender''.

O que são grupos de minorias e de maiorias para Lewin?


Como maioria psicológica quando dispõe de estruturas, de um estatuto e de direitos
que lhe permitem autodeterminar-se no plano do seu destino coletivo,
independentemente do número ou da porcentagem de seus membros” (p.30). Assim,
“é considerado como maior pelo psicólogo social todo grupo humano que se percebe
na posse de plenos direitos que dele fazem um grupo autônomo” (p.30). Por outro
lado, um grupo deve ser classificado como uma minoria psicológica desde que seu
destino coletivo dependa da boa vontade de um outro grupo” (p.30).

Referências

COELHO et al. (2006). A relação pessoa-comunidade na obra de Edith Stein.


Memorandum, 11, 08-27. Retirado em / / , da World Wide Web
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a11/coelhomahfoud01.pdf

SOUZA, M. R., & MERCES, R. S. (2021). Freud, a Alteridade e as Massas: Da


Metapsicologia à Ética. Revista Subjetividades, 21(1), e10887.
http://doi.org/10.5020/23590777.rs.v21i1.e10887

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