Sons Da Língua

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Armando Elias

Assucena Celeste Djedje


Eunica César
Florência Comé
Miloca Mateus
Yunishor Edmilson

Sons da língua portuguesa

Licenciatura em Ensino Básico


(2º ano – Laboral)

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo, 2024
Armando Elias
Assucena Celeste Djedje
Eunica César
Florência Comé
Miloca Mateus
Yunishor Edmilson

Sons da língua portuguesa

Trabalho de pesquisa, a ser


entregue na Faculdade de
Educação e Psicologia (FEP),
na cadeira de Língua
Portuguesa, para efeitos de
avaliação, sob orientação do
Docente Mestre Jaime
Mondlane.

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo, 2024
Índice
1.INTRODUÇÃO:.............................................................................................................1

2.OBJECTIVOS................................................................................................................1

2.1.objectivo geral:........................................................................................................1

2.2.Objectivos específicos:............................................................................................1

3.METODOLOGIA...........................................................................................................2

4.SONS DA LÍNGUA PORTUGUESA...........................................................................3

4.1. FONÉTICA E FONOLOGIA.....................................................................................3

4.2. BREVE HISTÓRIA DA FONOLOGIA....................................................................3

4.3. FONÉTICA................................................................................................................4

4.4.APARELHO FONADOR...........................................................................................4

4.5. CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS............................................................................5

Quanto à zona de articulação: anteriores, médias e posteriores....................................5

a) Quanto ao timbre....................................................................................................6

b) Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal:........................................................7

c) Quanto a intensidade:.............................................................................................7

4.6. ENCONTROS VOCÁLICOS....................................................................................7

4.6.CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTES.................................................................8

a) Modo de articulação:..............................................................................................8

 Oclusivas:............................................................................................................8

 Constritivas:........................................................................................................8

b) Ponto de articulação:...........................................................................................8

 Bilabiais:.............................................................................................................9

 Labiodentais:.......................................................................................................9

 Linguodentais:....................................................................................................9

 Alveolares:..........................................................................................................9

 Palatais:...............................................................................................................9
 Velares:...............................................................................................................9

c) Quanto ao papel das cordas vocais:........................................................................9

 Surdas:................................................................................................................9

 Sonoras:..............................................................................................................9

4.7.ENCONTROS CONSONANTAIS.............................................................................9

4.8.DÍGRAFOS.................................................................................................................9

5. O ALFABETO OFICIAL DA LINGUA PORTUGUESA.........................................10

5.1.A ACTUALIZAÇÃO DO ALFABETO COM O NOVO ACORDO


ORTOGRÁFICO.............................................................................................................11

6.CLASSES DE PALAVRAS.........................................................................................11

6.1.SIGNIGICADO LEXICAL:......................................................................................11

6.2.SIGNIFICADO CATEGORIAL:..............................................................................11

6.3.SIGNIFICADO INSTRUMENTAL:........................................................................12

6.4.SIGNIFICADO ESTRUTURAL OU SINTÁTICO:.................................................12

6.5.SIGNIFICADO ÔNTICO:........................................................................................12

7.OS DIFERENTES TIPOS DE CLASSES DE PALAVRAS.......................................13

I. ARTIGOS:............................................................................................................13

Definido:..................................................................................................................13

Indefinido:................................................................................................................13

II. NUMERAIS:........................................................................................................13

III. PRONOMES:....................................................................................................13

IV. Conjunções:......................................................................................................14

V. SUBSTANTIVOS:...............................................................................................15

VI. ADJECTIVOS:.................................................................................................16

VII. ADVÉRBIOS:..................................................................................................16

VIII. VERBO:............................................................................................................16

IX. PREPOSIÇÃO:.................................................................................................17
X. INTERJEIÇÃO:...................................................................................................17

8.CONCLUSÃO..............................................................................................................18

9.REFERÉNCIAS BIBLIOGRAFIA..............................................................................19
1.INTRODUÇÃO:
Qualquer comunicação realizada com sucesso, seja ela um simples cumprimento, seja
um discurso político pressupõe-se alguns requisitos básicos para os interlocutores:um
funcionamento físico adequado do cérebro, dos pulmões, do ouvido e dos outros órgãos
responsáveis pela produção e audição (percepção) dos sons da fala.
Além desses deve haver o reconhecimento da pronúncia de cada um dos interlocutores
pois mesmo que tivessem os órgãos de fala e da audição em perfeito estado, essa
comunicação poderia não ter sucesso se um deles não compreendesse a língua falada
pelo outro.

2.OBJECTIVOS
2.1.objectivo geral:
 Compreender os sons da língua portuguesa e suas combinações

2.2.Objectivos específicos:
 Fonética e fonologia;
 O alfabeto; e
 Descrever as classes de palavras

1
3.METODOLOGIA
Revisão bibliográfica e o estudo documental com base em fontes secundárias.

2
4.SONS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Os sons da língua portuguesa referem-se aos diferentes sons produzidos ao falar a
língua. Esses sons podem ser divididos em vogais, consoantes e semivogais, cada um
deles possui características específicas de articulação e além disso o português possui
sons complexos como os ditongos e os encontros consonantais que são combinações de
sons que ocorrem em uma mesma sílaba. A fonologia da língua portuguesa é bastante
rica e diversificada com uma variedade de sons que podem ser varias dependendo do
contexto linguístico (Moraes, 2020, p.2).

4.1. FONÉTICA E FONOLOGIA


São ramos complementares da linguística que têm como objetivo investigar e estudar os
sons da fala. (Moraes, 2020, p.2.), ambos têm como objecto de estudo os sons da fala
Na fonética a unidade mínima é o fone que vem representado entre [ ], e na fonologia a
unidade mínima é o fonema cuja representação está entre barras.(Moraes, 2020, p.2).

4.2. BREVE HISTÓRIA DA FONOLOGIA


Nos fins do século XIX, Baudouin de Courtenay emprega pela primeira vez o terno
cinema mas esse termo não tinha significado que tem hoje. Courtenay via o fonema
como um son ideal que o falante desejava produzir.
Segundo Courtenay, o fonema era l equivalente psíquico do som da fala, somente em
1927 com o círculo linguístico de praga o conceito fonema foi formulado com precisão.
Antes dessa data era difícil saber quando os autores estão falando do fonema ou do som
da fala, é com o livro princípios de fonologia de Trubetskoy que o fonema passa a ser
considerado de acordo com a função que desempenha numa língua. Trubetskoy
conceitua o fonema como uma unidade funcional abstracta, a unidade mínima distintiva
do sistema de som, e é como unidade funcional que o fonema deve ser definido. Mais
tarde no livro Language, Bloomfield define os fonemas como unidades mínimas de
traços fônicos distintivos, indivisíveis. (Cardoso, 2011, p.4).
Esse conceito de fonema como elemento mínimo de uma língua permitiu à linguística
moderna um grande avanço metodológico porque lhe forneceu uma unidade
segmentável de análise.

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4.3. FONÉTICA
A fonética estuda os aspectos físicos envolvidos na produção do som: estuda o aparelho
fonador, os movimentos dos lábios e da língua, os pontos de articulação, a obstrução do
ar, a vibração das pregas vocais, etc (Moraes, 2020, p.2); investiga as características
físicas dos sons que permitem a sua articulação e recepção auditiva.
Analisa e descreve os sons da fala (fones) como entidades isoladas com base em
características acústicas e perceptivas em sua realização concreta. Neste sentido está
ligada a parole [fala] saussuriana (Moraes, 2020, P.2); utiliza o alfabeto fonético
internacional para a apresentação dos fones e para a realização de transcrições fonéticas.
A fonética pode ser descritiva, onde trata da formação e descrição dos fonemas;
histórica onde estuda as modificações que sofreram e sofrem os fonemas em suas fases
sucessivas; e sintática que estuda as modificações que sofrem os fonemas de certas
palavras quando por influência de outras que a elas se associam formam um só tom
fonético.

4.4.APARELHO FONADOR
Os seres humanos não dispõem de aparelho especial para falar, utililizam-se para tanto
do aparelho respiratório e da parte superior do aparelho digestivo. A este conjunto
especial de órgãos de contribuem para a produção da fala denomina-se “aparelho
fonador” ou simplismente “órgãos de fala”. (Bezerra, 2015, p.41).
Fig.1

4
Os sons fundamentais da voz humana denominam-se de “fonemas” que são as menores
unidades sonoras da nossa fala e classificam-se em:vogais, semivogais e consoantes.

4.5. CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS


a) Quanto à zona de articulação: anteriores, médias e posteriores
A vogal “a” forma-se com a maior abertura da boca ficando a língua em posição de
quem respira em silêncio (posição média ou neutra), por isso a vogal “a” é chamada de
média, medial ou central”. (Bezerra, 2015, p.41). Se a língua se eleva gradualmente
para a frente, formam-se as vogais anteriores ou palatais (é, ê, e, i); se se eleva para trás
formam-se as vogais posteriores ou velares (ó, ô, o, u).
Fig.2

5
b) Quanto ao timbre: o timbre de uma vogal é dado pela maior ou menor
proximidade da língua com o palato. Na vogal aberta, a língua se abaixa (é, ó). Na
vogal fechada a língua se eleva: (ê, ô, I, u) por isso quanto ao timbre as vogais são
classificadas em:abertas (á, é, ó)= pá, pé, pó.; fechadas ( ê, ô=vê, avô); e reduzidas
(a, e, o= bela, vela, pelo). (Bezerra, 2015, p.42)

c) Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: as vogais classificam-se em: orais,
que se formam com o véu palatino levantado saindo a coluna de ar somente pela
boca: a, e, I, o, u; nasais, que se formam com o abaixamento do véu palatino
distribuindo-se a coluna de ar pela boca e nariz: ã, ē, ī, ō, ū.

d) Quanto a intensidade: as vogais podem ser átonas ou tônicas, a vogal tônica é


pronunciada com mais intensidade que as outras, encontra-se na sílaba tónica da
palavra. Exceptuando-se as sílabas tónicas e subtônicas de uma palavra as demais
são chamadas de átonas. As vogais dessas sílabas átonas são também átonas.
(Bezerra, 2015, p. 43).
Exemplo:
Acarajé: Lâmpada:
a-átona l
c â-tônica
a-átona m
r p
a-átona a-átona
j d
é- tónica a-átona

4.6. ENCONTROS VOCÁLICOS


E a sucessão de vogais em um vocábulo, classificam-se em:
-Ditongo: sucessão de vogal e semivogal ou vice-versa na mesma sílaba. Dividem-se
em orais e nasais crescentes e decrescentes.
São denominados de crescentes os ditongos em que a semivogal vem em primeiro lugar,
portanto, teremos vogal+semivogal. Exemplo: vai, lauda, rei, meu, boi etc.
-São orais aqueles em que o ar sai tão-somente pela cavidade bucal. Exemplo: meu, teu,
pai, ouro, série;

6
-São nasais aqueles em que o ar sai tanto pela cavidade bucal quanto pelas fossas nasais.
Exemplo: pão, capitães, cantam, tem. (Bezerra, 2015, p.44).
-Hiato: é o encontro de duas vogais pronunciadas em duas emissões sonoras distintas,
ou seja, é o encontro de duas vogais que se situam em sílabas distintas por isso são
pronunciadas separadamente. (Bezerra, 2015, p.45).
Exemplo: Saúde, teologia, piedade.
Tritongo: é a combinação silábica em que soando em conjunto com a vogal existe duas
semivogais Com isso teremos “semivogal + vogal + semivogal” numa mesma sílaba.
Exemplos:
ORAIS-iguais, quão;
NASAIS-saguões, enxáguem.

4.6.CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTES


Segundo o gramático Gladstone Chaves de Melo citado por Bezerra, consoante é um
fonema em que predomina a articulação sobre a fonação, o fechamento sobre a abertura,
o ruído sobre a musicalidade; fonema que na língua portuguesa não pode constituir
sozinho uma sílaba mas pelo contrário se agrega necessariamente a uma vogar, fonema
por tanto, assilábico.
As consoantes classificam-se em:
a) Modo de articulação: de duas maneiras podem se produzir uma consoante,
fechando-se o canal bucal ou estreitando-se o canal bucal. Por isso quanto ao modo
de articulação as consoantes podem ser:
 Oclusivas: que se formam quando o canal da boca se fecha (oclusão) para em seguida
se abrir subitamente numa verdadeira explosão, por conta disso são também chamadas
de “explosivas” ou “instantâneas”. Exemplo, temo fonemas surdos como “pê, tê, quê” e
os fonemas sonoros que são “bê, dê, Guê”. (Bezerra, 2015, p.46)
 Constritivas: que se formam pelo estreitamento do canal bucal, saindo a corrente de ar
apertada ou constrita. De acordo com a maneira de escoamento do ar, dividem-se em:
Fricativas ou sibilantes, quando há um ruído na fricção: f, s, x [chê], v, z, g [jê];
Laterais, quando a corrente de ar escapa pelas laterais da cavidade bucal: I, LH.
Vibrantes, quando o ápice da língua provoca uma tremulação contra os alvéolos: r, RR.
(Bezerra, 2015, p.46).
b) Ponto de articulação: quanto ao ponto de articulação, ou seja, o lugar onde se
produz o fonema, as consoantes classificam-se em:
7
 Bilabiais: os labios se tocam e se apertam levemente. Exemplo: p, b, m;
 Labiodentais: contacto do lábio inferior com o bordo dos incisivos superiores.
Exemplo: f, v;
 Linguodentais: contacto da ponta da língua com a parte interna dos incisivos
superiores. Exemplo: t, d;
 Alveolares: a língua toca no alvéolo dos dentes, isto é, na altura do nariz da raiz
dos dentes superiores. Exemplo: s, z, r, RR, l, n;
 Palatais: contacto da parte anterior da língua com o palato duro. Exemplo: x, g
[chiante], LH, NH; e;
 Velares: contacto da parte posterior da língua com o véu palatino. Exemplo: c
[k], g [guê], q.(Bezerra, 2015, p.47).
c) Quanto ao papel das cordas vocais: quanto ao papel das cordas vocais as
consoantes classificam-se em surdas e sonoras.
 Surdas: quando não há vibração das cordas vocais. Exemplo: p, t, q, f, s, x;
 Sonoras: quando há vibração das cordas vocais. Exemplo: b, d, g [jê], m, n, nh,
l, LH, r, RR.

4.7.ENCONTROS CONSONANTAIS
Dá se o nome de encontro consonantal à sequência de consoantes num vocábulo.
Exemplo: blusa, pneu, atlântico, fluvial, ptialina etc.
Quando duas consoantes se encontram em uma mesma sílaba, diz-se que o encontro
consonantal é próprio ou perfeito. Exemplo: blu-sa, bru-to, glo-ria, pra-to.
Quando as consoantes ficam em sílabas diferentes diz-se que é um encontro consonantal
impróprio ou imperfeito. Exemplo: rit-mo, af-ta.

4.8.DÍGRAFOS
Chama-se dígrafo (diagrama) o agrupamento de consoantes o qual representa apenas um
som. É fundamental não confundir com encontro consonantal, neste temos consoantes
que representam mais de um fonema, naquele temos consoantes que representam um
único fonema. (Bezerra, 2015, p.48).
Exemplo de dígrafos: CH, LH, NH= chapéu, palha, rainha, pilha, trabalho, lenha etc;
RR, SS= carro, interromper, passado, ressurgir, prorrogar etc;
Gu, qu (antes de “e” e “I”)= guerra, que, distinguir etc;

8
SC, sç, xc= fascinar, desça, piscina, excelência etc.

5. O ALFABETO OFICIAL DA LINGUA PORTUGUESA


Alfabeto é um conjunto de letras utilizadas na escrita, que possuem uma forma
minúscula e uma forma maiúscula. O alfabeto português é constituído por 26 letras,
sendo a primeira “a” e a última ”z”, dos quais 5 são vogais (a,e, i, o, u), e 2? Consoantes
(b, c, d, f, g, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, y, z).
A percepção da letra “h” consoante não é um???, a união de algumas letras do alfabeto
formam os dígrafos (RR, SS, CH, LH, NH, gu, qu), o “c cedilha” (ç) é apenas uma
variação da letra “c”.

Fig.3

9
Em suas origens, o alfabeto português era baseado no alfabeto latino. Com o passar do
tempo foram adicionadas letras específicas para representar sins únicos da língua
portuguesa, além disso, o idioma também incorporou acentuação gráfica e diacrítica
com o objectivo de facilitar a leitura e compreensão dos textos.

5.1.A ACTUALIZAÇÃO DO ALFABETO COM O NOVO ACORDO


ORTOGRÁFICO
O novo acordo ortográfico, trouxe mudanças significativas para o alfabeto da língua
portuguesa, essas mudanças incluem a adição das letras “k” “w” e “y”, anteriormente
consideradas estrangeiras. O acordo visava padronizar e simplificar a ortografia em
todos os países lusófonos facilitando a comunicação e a cooperação entre eles.

6.CLASSES DE PALAVRAS
São….
A gramática organiza as palavras da seguinte maneira: substantivo, adjectivo, artigo,
numeral, pronome, verbo, advérbio, conjunção e interjeição. Esta classificação possui
um critério de composição denominado critério morfo-semântico. Um dos fundamentos
da ordem de palavras em classes está relacionado ao significado extra linguístico que o
vocábulo apresenta (Montenegro, 2014, p.1)
Para realizar uma Classificação adequada, o gramático Evanildo Bechara corienta um
estudo com base na distinção dos seguintes significados:

6.1.SIGNIGICADO LEXICAL: corresponde a um referente no mundo, um objecto ou


algo que possui existência for a da linguagem. “Corresponde ao que da apreensão do
mundo extra linguístico” (Bechara,2009,p.109) é uma organização que a linguagem
constrói para a realidade existente anterior e independente dela.
Exemplo: é o significado comum a cada uma das séries de palavras: amor, amante,
amar, amavelmente.

6.2.SIGNIFICADO CATEGORIAL: é o modo de ser das palavras dentro do texto,


por isso não possuem classes léxicas fixas, podem surgir em um discurso como
substantivo e em outro como adjetivo (Bechara, 2009, p.109).
Exemplos: amor (quando usado como substantivo); amar (quando usado como verbo).

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De acordo com o estudo apresentado por Evanildo Bechara em A Moderna Gramática
portuguesa, é válido destacar que o substantivo, o adjectivo, o verbo e o advérbio
correspondem as quatro únicas reais “categorias gramaticais” da língua. Entretanto, na
gramática tradicional essas classes apresentam-se definidas de maneira confusa.
Bechara denomina essas classes de “categorias verbais” porque são as únicas dotadas do
significado categorial. (Montenegro, 2014, p.2)

6.3.SIGNIFICADO INSTRUMENTAL: se refere aos significados dos morfemas, os


elementos que compõem o universo da gramática. Como artigos e preposições ou como
elementos de palavras:s de canetas, fazem parte do conjunto de morfemas que possuem
significado instrumental nas combinações gramaticais: prefixos, sufixos, desinências,
acenos, etc. Os significados instrumentais correspondem ao mundo da expressão
material.

6.4.SIGNIFICADO ESTRUTURAL OU SINTÁTICO: é o resultado das


combinações de unidades lexemáticas ou categoremáticas com morfemas dentro da
oração. São significados estruturais singulares, presente, passado, futuro, entre outros
que se constroem nas relações dentro da oração. Por exemplo, o “s” de cadernos é o
resultado estrutural da combinação (Montinegro, 2014, p.2)

6.5.SIGNIFICADO ÔNTICO: só ocorre no plano da oração, refere-se ao valor


existencial designado na oração; se é afirmativo, imperativo ou negativo.
Essas designações usadas para classificar as palavras estabelecem-se nos planos da
forma do conteúdo e das relações no contexto intraliguístico e extra linguístico.
Entretanto o fundamental é identificar que una palavra de determinada classe pode
mudar para outra classe gramatical com base nesses significados e em suas implicações
linguísticas.
Esses são os aspectos que servem para entender a razão pela qual em uma análise
morfológica a mesma palavra pode ser classificada de maneira diferente. Nesse sentido
ao tomar como exemplo uma palavra como “azul” para Classificar, encontrará certa
dificuldade se ela não estiver localizada em um contexto relacional com outras palavras.
Com isso conclui-se que o substantivo, adjectivo verbo e advérbio são palavras
lexemáticas, classificadas de acordo com o significado lexical.

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7.OS DIFERENTES TIPOS DE CLASSES DE PALAVRAS
I. ARTIGOS: são as palavras que determinam o substantivo antecedendo-os: a,
as, o, os, um, uns, uma e umas. Os artigos classificam-se em:
Definido: quando individualiza o substantivo, ou seja, leva o interlocutor a saber do que
se trata especificamente.
Exemplos: o amor de Antónia era forte (não é qualquer amor, sabe-se que é um
específico);
Os bandidos atacaram novamente (sabe-se que são as mesmas pessoas que cometeram
os crimes);
As rosas do jardim estão secas (o sujeito que fez tal afirmação fez menção a
determinadas flores).
Indefinido: generaliza o substantivo.
Exemplos: Falta um cantor para completar o espectáculo (pode ser o João, o Mario, ou
qualquer um que cante);
Seria óptimo conhecer algumas atrizes famosas (não se sabe quais atrizes).
II. NUMERAIS: são palavras de indicam quantidade ou o lugar que um substantivo
ocupa em uma série numérica. Possuem algumas subclassificações: cardinais
(um, dois, três…etc); ordinais (primeiro, segundo, terceiro, quarto…etc);
multiplicativos (dobro, triplo…etc); fracionários (metade, terço…etc); coletivos
(dezena, dúzia, centena…etc). (Montenegro, 2014, p.3)

Exemplos: encontrei apenas um lápis no estojo;


Na sala de cirurgia, havia uma enfermeira e quatro médicos;
Recebi duzentas moedas;
O segundo a alcançar a linha de chegada é o vencedor;
É pela milésima vez que digo isso.
III. PRONOMES: são classificados de acordo com a sua função na frase, podem
ser pronomes adjectivos ou pronomes substantivos. (Montenegro, 2014, p.3)
Para estabelecer a diferença na análise morfológica verifica-se que os pronomes
substantivos são aqueles que surgem isolados na frase, enquanto os pronomes adjectivos
aparece acompanhando os substantivos caracterizando-os. (Montenegro, 2014, p.1)
Os pronomes podem ser:
 Pronomes pessoais retos: eu, tu, ele(a), nós, vós, eles (as);

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 Pronomes pessoais oblíquos não-reflexivos átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os,
as, lhes;
 Pronomes pessoais oblíquos não-reflexivos tónicos:mim, comigo, ti, contigo,
ele, ela, nós, connosco, vós, convosco, eles e elas;
 Pronome de tratamento: você, senhor, senhora, vossa excelência, etc;
 Pronomes demonstrativos: este(s), esse (s), aquele(s), esta(s), essa(s), aquela(s),
isto, isso, aquilo;
 Pronomes possessivos: meu, minha, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa
(todos apresentam formas nos no plural);
 Pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários,
tanto, quanto, qualquer (todos esses admitem formas femininas e plurais), os
invariáveis: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo;
 Pronomes interrogativos: que, quem, qual e quanto; e
 Pronomes relativos: o qual, os quais, cujo (s), quanto (s), a qual, as quais, cuja
(s), quantas, quantos, que, quem, onde.
Exemplos de usos: meus diários são fundamentais na minha história. (Pronomes
possessivos adjectivos);
Teu rosto me agrada a memória. (Pronomes possessivos adjectivos);
Eu contri tufo para que ela não se assudtasse depois. (pronomes pessoais);
Quem vai concluir as actividades do dia? (Pronome interogativo);
O problema foi resolvido por mim. (pronome oblíquo tónico)
Aquele bairro, o qual tem uma praça muito boa fica localizado próximo daqui.
(Pronome demonstrativo; pronome relativo).
IV. Conjunções: estabelece a relação entre dois termos da oração ou entre duas
orações. (Montenegro, 2014, p.4)
Elas podem ser:
 Auditivas: e; Ex:.comprei banana e maçã;
 Adversativas: mas. Porém, entretanto, contudo, todavia; Ex:.Fui às compras,
mas esqueci o dinheiro;
 Alternativas: ou, ora, quer, nem, já. Ex:.Ou como bolo, ou, tomo sorvete;
 Conclusivas: logo, depois, por tanto, por conseguinte, por isso, assim; Ex:.Não
conseguiu cumprir com todos os exercicios, portanto precisou estudar até mais
tarde;

13
 Explicativas: que, porque, pois, porquanto, etc; Ex:.tirou notas boas no final do
semestre porque estudou bastante ao longo das semanas.
 Causais: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, uma vez que,
visto que, visto como, etc. Ex:. Como o almoço demorou a sair, fez sua refeição
no restaurante;
 Concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc. Ex:.
Fui ao aniversário, embora, não tivesse arrumado para a festa.
 Condicionais: se caso, quando, conquanto que, salvo, se, sem que, desde que,
dado que, etc. Ex:. Desde que as provas sejam aplicadas esta semana, estudarei
a partir desde domingo;
 Conformativas: conforme, segundo, consoante. Ex:. Conforme a avaliação do
professor, eu sou um ótimo aluno;
 Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que, mais, quanto mais,
menos, quanto menos, tanto mais, tanto menos, etc (Montenegro, 2014, p.5)
 Ex:. À medida que assistir aulas realizarei os exercícios;
 Temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, todas as vezes
que, cada vez que, mal que, etc. Todas as vezes que faço compras fico feliz;
 Comparativas: assim como, bem como, etc. Ex:. Assim como o Lucas, o José é
bastante teimoso;
 Consecutivas: combinação da conjunção que com as expressões: tal, tanto, tão,
tamanho, etc. Ex:. A bailarina dançava com tanta alegria, que foi premiada no
festival.
 Integrantes: que, se. Ex:. Garanto que sou corajosa.
V. SUBSTANTIVOS: é a palavra que nomeia ou designa seres e objectos, podem
ser compostos por apenas uma palavra (simples), ou por mais de uma
(composto). São variáveis em género, número e grau. (Montenegro, 2014, p.6)
Possui diversas classificações e características dentro de um amplo conjunto de
exemplos de substantivos que são:
 Substantivos concretos: pessoas, animais, vegetais, lugares, objectos. Ex:. Casa,
mesa, cadernos, igreja, livro, caneta, pessoa, humanos etc;
 Substantivos abstractos: que são acções, sentimentos, estados e qualidades. Ex:.
Alegria, amar, sentir, etc.;

14
 Substantivos próprios: indivíduos de uma espécie, são grafados com a letra
inicial maiúscula. Ex:. São José dos Campos, Maria, Parisp;
 Substantivos comuns: designam de forma genérica todos os seres de uma
espécie, exemplo, país, oceano, mulheres.
 Substantivos coletivos: conjunto de seres ou objectos da mesma espécie.
Exemplos: acervo, alcateia, bando, matilha, etc.
VI. ADJECTIVOS: é a palavra que caracteriza os seres ou objectos indicando
qualidade, modo, aspecto, aparência ou estado. (Montenegro, 2014, p.5)
São variáveis em género, número e grau.
Exemplos: A casa colorida deu alegria ao condomínio;
As flores perfumadas enfeitam o jardim;
As crianças chatas brincavam e faziam barulho.
VII. ADVÉRBIOS: são termos que modificam outros termos tais como o verbo, os
próprios advérbios e adjectivos.
Exemplo: Maria correu intensamente para chegar até aqui.
Classificam-se em advérbios de:
 Lugar: abaixo, acima, adiante, ali, aqui, etc;
 Tempo: agora, ainda, amanhã, antes, breve, depois, cedo, tarde, nunca, etc;
 Modo: assim, bem, mau, depressa, melhor, pior, bondosamente, regularmente,
etc;
 Intensidade: muito, pouco, bastante, bem, demais, quão, tão, etc;
 Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, quem sabe, talvez, etc;
 Afirmações: sim, certamente, efectivamente, realmente, etc; e;
 Negação: não.
VIII. VERBO: palavra variável que indica acção, estado, ou fenómeno da natureza.
Flexionam em número, pessoa, voz, forma e tempo.
Exemplos: João comeu muito arroz no almoço. (Indica acção);
Ontem choveu até alagar a cidade. (fenómeno da natureza);
Os alunos continuam alegres. (Indica estado).
IX. PREPOSIÇÃO: relaciona dois termos da oração, geralmente o primeiro termo
é explicado ou tem seu sentido completado pelo segundo termo após a
preposição. (Montenegro, 2014 p.6)

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São preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
SRM, sob, sobre, trás, etc.
X. INTERJEIÇÃO: é uma expressão que representa uma emoção.
Exemplos: ah! bravo! oxalá! tomara!

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8.CONCLUSÃO
Fonética e fonologia ambos têm como objecto de estudo os sons da fala, tanto a fonética
assim como a fonologia investigam como os seres humanos produzem e ouvem os sons
da fala. Deve se observar que é difícil senão impossível fazer fonologia sem antes
entender de (ou fazer) fonética.
É preciso conhecer um pouco mais sobre o status de cada uma dessas sub áreas sem
tentar fazer uma distinção simplista de suas funções ou modos de acção.

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9.REFERÉNCIAS BIBLIOGRAFIA
Bezerra, R, (2015), Nova gramática da língua Portuguesa, Brazil, VII ed
Cardoso, D, P, (2011), Conceitos Básicoa da Fonética e Fonologia, Portugal.
Montenegro, L, G, (2014), Roteiro de Estudos VI- Classes Gramaticais. Brazil.
Morais, J, V, (2020), Fonética e Fonologia-Conceitos Básicos, Brazil.

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