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Cris Politic, N 4, Qu

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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA

Av. de Moçambique Km 1, Campus de Lhanguene, Caixa Postal 4040, Tel. 823050345, Maputo-Moçambique
Actividade de Reflexão 4
(Politicas da Educação)
Nome do estudante Cristina Jeremias Honwane

A partir de leitura do documento sobre “Revisão de Políticas de Educação em Moçambique”, faz uma síntese sobre a situação actual da
educação em Moçambique em termos dos seguintes aspectos:

Aspectos de análise da política da Educação Análise da situação actual

Desde a sua independência, o Governo de Moçambique tem


considerado a educação como um direito fundamental de todos os
cidadãos e essencial para a redução da pobreza e do
Acesso e participação na escola primária desenvolvimento do país. O governo tem priorizado a criação e
ampliação de oportunidades para garantir que todas as crianças
tenham acesso e completem a educação básica, agora com uma
duração de nove anos, ao mesmo tempo que cria condições para
uma expansão sustentável de uma educação de qualidade.

O acesso à educação diz respeito ao grau em que as instalações e


oportunidades educacionais estão disponíveis para as pessoas que
precisam delas. É comummente medido por indicadores como a
taxa de admissão aparente e a taxa de admissão líquida, e, para o
ensino médio, por taxa de transição. A participação na educação
diz respeito ao grau em que a população participa e faz uso dos
serviços de educação disponíveis. Os indicadores comuns de
participação incluem a taxa bruta de escolarização, a taxa líquida
de escolarização e a taxa de escolarização por idade especifica.
As taxas de conclusão medem até que ponto as crianças que
entram num determinado nível de educação concluem quando
deveriam.
Em Moçambique, o subsistema de desenvolvimento e educação
de cuidados da primeira infância é coordenado pelo Ministério da
Mulher e Acção Social (MMAS). Este subsistema compreende
dois níveis: nível de creche, atendimento para crianças entre 0 e 2
anos de idade e o nível de educação pré-escolar, que atende
crianças entre 2 e 5 anos de idade. A educação pré-escolar
acontece em creches e infantários, como complemento à
educação familiar, com o objectivo de estimular o
desenvolvimento psíquico, intelectual e físico das crianças, assim
como a sua socialização

Desde a adopção da Reforma de Educação em 2004,


Qualidade e Relevância da escola moçambicana, principalmente a do Moçambique registou progressos consideráveis, particularmente
ensino primário em termos de acesso e participação na educação.

A expansão quantitativa da escola (acesso e participação) às


vezes era feita a um custo para a qualidade educacional. Por
exemplo, para proporcionar mais vagas nas escolas, tem se
recorrido à prática de turnos triplos, embora o facto de reduzir o
tempo de contacto professor - aluno e as actividades de
aprendizagem relacionadas, ao mesmo tempo leva a uma
deterioração do ambiente escolar. Devido a várias razões (fraco
estatuto, baixa motivação / incentivos, falta de espaço para
preparação, etc.), o elevado absentismo dos professores tem sido
mencionado como uma grande preocupação para a maioria das
escolas públicas moçambicanas, o que afecta o compromisso do
Governo em construir um ambiente de aprendizagem robusto
Ao discutir as condições de ensino e aprendizagem com as partes
interessadas da educação moçambicana, a maioria apontou
principalmente as elevadas taxas de enquadramento de alunos por
professor, especialmente no ensino primário, onde são comuns
turmas de grande dimensão, particularmente nas grandes cidades.
Em muitos casos, essas grandes turmas são ensinadas por
professores e educadores não preparados, muitas vezes com apoio
insuficiente relacionado à falta de materiais de ensino e
aprendizagem, infra-estrutura inadequada, financiamento
insuficiente e gestão inadequada dos processos.

O principal desafio para a qualidade refere-se à melhoria do


desempenho escolar, especialmente a leitura, a escrita e a
contagem, os principais objectivos do currículo de ensino
primário. Uma avaliação realizada pelo Instituto Nacional para o
Desenvolvimento da Educação (INDE) revela que apenas 1 em
cada 16 alunos da 3ª classe pode ler “frases simples e inferir
informação num texto.” Isso implica que profundas mudanças
devem ser feitas nos programas da educação, desde os
professores, sua formação, materiais didácticos, manuais,
cadernos e outros à sala de aula, processos de trabalho na escola e
na sala de aula, administração e controlo dos recursos públicos,
incluindo maior envolvimento da sociedade e das comunidades
nos processos escolares, entre outros. Melhorar a qualidade do
ensino primário é fundamental para melhorar a qualidade noutros
níveis da educação. Embora os planos de educação abordem
questões de qualidade sucintamente, o sector deve intervir para
melhorar a aplicação das normas e regulamentos, de modo a
garantir que os programas de educação sejam implementados
com rigor. A qualidade na educação refere-se também à
relevância do conteúdo em relação ao contexto e às necessidades
da sociedade.

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