Relatório de Estágio Atividade Física em Idosos Institucionalizados e Não Institucionalizados
Relatório de Estágio Atividade Física em Idosos Institucionalizados e Não Institucionalizados
Relatório de Estágio Atividade Física em Idosos Institucionalizados e Não Institucionalizados
Relatório de estágio
profissionalizante para a obtenção
do grau de Mestre em Atividade
física para a Terceira Idade, ao
abrigo do artigo 20º do Decreto-Lei
nº 74/2006 de 24 de Março.
II
Esta dissertação foi realizada com base no projeto desenvolvido pelo
Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer (CIAFEL), uma
unidade de investigação e desenvolvimento situada na Faculdade de Desporto
da Universidade do Porto (PEst-OE/SAU/UI0617/2014).
III
AGRADECIMENTOS
Queria agradecer,
Aos meus pais, irmão e Mariana pois sem a ajuda deles não teria sido
possível a realização de todo o estágio.
V
VI
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ............................................................................... V
ÍNDICE DE QUADROS........................................................................... IX
RESUMO ................................................................................................ XI
ABREVIATURAS .................................................................................. XV
I - INTRODUÇÃO .................................................................................... 1
Envelhecimento ............................................................................................. 3
O Envelhecimento e a sua Consequência Demográfica. ............................ 3
Alterações físicas ........................................................................................... 4
Alterações Antropométricas e da Composição Corporal ............................. 4
Alterações sobre o Sistema Cardiovascular ............................................... 6
Alterações sobre o sistema muscular-esquelético .................................... 12
Osteoporose............................................................................................. 16
Alterações no sistema neural-cognitivo .................................................... 18
Exercício e envelhecimento ................................................................... 19
VII
Centro Social e Paroquial de Apoio à Infância e à Terceira Idade da Sª do
Calvário (GSC) .................................................................................................... 34
Centro Social Paroquial da Areosa ........................................................... 35
IV - Realização da Prática Profissional .................................................. 36
Avaliação ............................................................................................... 48
VIII
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Alterações do Ventrículo Esquerdo (Karavidas, 2010) ............ 8
Figura 2 - Mecanismos da Sarcopenia, Burton (2010) .......................... 13
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Prescrição do Treino de Força, Mayer (2011) ..................... 22
Quadro 2 - Planeamento Anual (Fonte Própria) .................................... 37
Quadro 3- Tabela de Coeficiente de Repetições – Relação %1RM e
Repetições ....................................................................................................... 49
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1 - Ficha Individual.................................................................. XVIII
Anexo 2 - Avaliação Inicial e Final do GSC ......................................... XXI
Anexo 3 - Avaliação Inicial e Final do GMF ........................................ XXII
Anexo 4 - Bateria de Testes SFT ....................................................... XXIII
IX
X
RESUMO
O propósito do presente estudo é evidenciar a experiência de campo de
trabalho com populações idosas institucionalizadas e não institucionalizadas
alicerçada na extensa revisão bibliográfica sobre as consequências físicas do
envelhecimento e o impacto genérico e específico de cada uma das
componentes do exercício físico sobre a população idosa. Partindo destes
pressupostos, o estágio decorreu em três distintas instituições da cidade do
Porto englobando idosos institucionalizados e não institucionalizados, onde
utilizamos diferentes metodologias.
A metodologia aplicada ao grupo de idosos da FADEUP incidiu no treino
da força, tendo como objetivos principais o aumento da condição física geral e
o aumento da resistência muscular, já o treino multicomponente desenvolvido
para os idosos do Centro Social Paroquial da Areosa e do Centro Social e
Paroquial Sª do Calvário teve como objetivo principal a manutenção ou o
aumento dos níveis funcionais dos idosos para realização das tarefas diárias.
Em ambos os casos pretendia-se uma maior autonomia e independência para
a realização das tarefas da vida diária.
Através da análise dos resultados do treino a população não
institucionalizada revelou aumento dos níveis de força dos membros inferiores,
já o grupo de população institucionalizada apresentou maior significância
estatística nos testes de força dos membros inferiores e de resistência aeróbia.
As conclusões desta revisão apontam genericamente para o benefício
bio-psico-social dos idosos na realização de um programa de exercício regular
tendo como principal objetivo o aumento ou a manutenção dos níveis
funcionais do idoso.
O estágio e todo o trabalho de pesquisa necessário para a sua
realização e execução, contribuiu não só para o enriquecimento das minhas
experiências profissionais com idosos, como também para vivenciar atividades
e abordagens de exercício físico para esta faixa etária tão especial.
XI
XII
ABSTRACT
The purpose of this study is to highlight the work of field experience with
institutionalized elderly populations and not institutionalized founded on an
extensive literature review on the physical consequences of aging and the
generic and specific impact of each of the components of physical exercise on
the elderly population.
Under these assumptions, the traineeship was held in three different
institutions in the city of Porto encompassing institutionalized elderly and non-
institutionalized groups which use different methodologies. The methodology
applied to FADEUP elderly group focused on strength training, having as main
objectives the increase in overall physical condition and increased muscle
strength, since the multicomponent developed training for the elderly of the
Centro Social Paroquial da Areosa and Centro Social Paroquial da Nossa
Senhora do Calvário aimed to maintain or increase the functional levels of
older people to perform daily tasks. In both cases it was intended to greater
autonomy and independence to carry out the tasks of daily living.
Through the analysis of training results to non-institutionalized population
showed an increase in levels of strength of the lower limbs, as the
institutionalized population group had a higher statistical significance in tests of
strength of the lower limbs and aerobic endurance.
The conclusions of this review generally point to the bio-psycho-social
benefit of the elderly in carrying out a regular exercise program with the primary
objective of increasing or maintaining the functional levels of the elderly.
The traineeship and all the research work required for its implementation
and enforcement, not only contributed to the enrichment of my professional
experiences with older people, but also to experience activities and exercise
approaches to this age so special.
XIII
XIV
ABREVIATURAS
XV
XVI
I - INTRODUÇÃO
1
O relatório é composto por 5 partes, no entanto é no enquadramento da prática
profissional, onde refiro os temas mais pertinentes relacionados com o
envelhecimento sendo o suporte para o trabalho realizado na prática;
posteriormente descrevo as consequências específicas dos componentes
físicos na terceira idade; “ O contexto institucional “ onde faço a descrição dos
diferentes grupos de trabalho e a realização da prática profissional onde se
encontra a justificação do planeamento anual para a realização do trabalho nos
diferentes grupos e respetivas reflexões.
2
II – Enquadramento da Prática Profissional
Envelhecimento
Alterações físicas
4
em termos de massa magra (MM) e massa gorda (MG) e a forma como esta
última se redistribui.
É reconhecido que as alterações na CC estão directamente associadas
à diminuição da massa magra e ao aumento progressivo da gordura corporal
(Oliveira Carneiro et al., 2012) tendo em conta as consequências que o
excesso de gordura corporal tem no desenvolvimento de doenças como,
doenças cardiovasculares, obesidade, cancro, entre outros esta tendência deve
ser contrariada (Oliveira Carneiro et al., 2012).
As alterações nas CC relacionadas com a idade têm uma forte
componente genética, sendo também influenciadas por fatores ambientais
como a alimentação, ausência ou não de doença e AF (Spirduso et al 2005);
afetando a funcionalidade e saúde dos sujeitos.
O aumento da gordura corporal, particularmente na parte superior do
corpo, mais concretamente na zona abdominal, é associado ao incremento do
risco da ocorrência de doença cardiovascular e de diabetes, precipitando a
morte prematura do idoso (Spirduso et al 2005) .
Neste sentido, a avaliação precisa da CC é um componente importante
para um programa completo de nutrição e aptidão física, visando a promoção
da saúde e melhoria do desempenho funcional (Ferreira et al 2013) dada a sua
associação a várias condições de morbilidade e mortalidade (ACSM, 1998).
Passemos de seguida a observar as alterações associadas ao processo
de envelhecimento e/ou desuso sobre os diferentes sistemas fisiológicos com
reflexos sobre os componentes da aptidão física.
5
Alterações sobre o Sistema Cardiovascular
7
Também de especial interesse, é o fato de a prevalência de doença
cardiovascular aterosclerótica aumentar exponencialmente com o
envelhecimento sendo esta a principal causa de morbilidade e mortalidade em
idosos (Laks et al, 2011) levando ao aumento do risco de eventos
cardiovasculares (Mirea, Donoiu, & Plesea, 2012).
8
Os depósitos de cálcio acumulam-se com o avançar da idade. A
calcificação do anel mitral em pessoas com mais de 80 anos de idade é quase
sempre associada à calcificação da artéria coronária (Wei, 2004).
Nas pessoas idosas, a parede arterial é comprometida pela
concomitante hipertensão e aterosclerose, o que resulta numa perda de
eficiência de energia (tanto na sístole como na diástole) (Susic et al. 2004).
Além da perda de elastina, a espessura da parede aumenta, há acúmulo
de lipídios, colagénio e depósitos minerais, o que diminui ainda mais a
distensibilidade do sistema arterial periférico (Wei, 2004).
As células endoteliais tornam-se mais heterogéneos no tamanho, forma
e orientação com o envelhecimento (Pugh, 2001).
O endotélio envelhecido tende a ser mais suscetível ao stress oxidativo
e aos danos causados pelos radicais livres (Matz et al. 2000) .
Assim, a remodelação estrutural no coração com o avançar da idade
inclui a perda de cardiomiócitos, a hipertrofia reativa dos cardiomiócitos
remanescentes, o aumento do tecido conjuntivo e a geometria alterada (Kwak,
2013).
As mudanças estruturais mais consistentes são o alargamento lúmen
(dilatação), espessamento da parede (remodelação), e uma redução das
propriedades elásticas (Mirea et al., 2012). As alterações fisiológicas do
envelhecimento cardíaco humano incluem principalmente hipertrofia ventricular
esquerda, disfunção diastólica, degeneração valvular, aumento da fibrose
cardíaca, aumento da prevalência de fibrilação arterial, e diminuição da
capacidade máxima de exercício (Dai et al, 2012).
Para além das alterações anteriormente referidas, é importante
considerar as alterações ao nível do sistema de condução cardíaco. A
incidência de arritmias cardíacas aumenta consideravelmente durante o
envelhecimento, não só em repouso, mas também durante o exercício (Kwak,
2013). De fato, com o aumento da idade é observada uma redução essencial
de células pacemaker do nó sinusal, provavelmente devido a apoptose, de
modo que menos de 10% das células permanecem acima de 70 anos de idade
(Karavidas et al., 2010).
9
Este pacemaker intrínseco do coração, por perda do número de células,
tem uma tendência crescente com a idade a perder o seu papel dominante no
ritmo do coração, e regulação da frequência cardíaca (Jones, 2006).
Estas alterações no sistema de condução podem predispor distúrbios do
ritmo comuns da velhice, incluindo primeiro e segundo grau bloqueio cardíaco e
síndrome nódulo sinusal (Wei, 2004).
Além disso, o aumento da deposição de tecido adiposo e de colagénio,
leva a disfunção sinusal nodal (Jones, 2006).
Na verdade, uma diminuição significativa de células pacemaker do nó
sinusal, combinado com o aumento da deposição de tecido adiposo, amiloide e
colagénio, levam à disfunção do nó sinusal (Karavidas et al., 2010).
Estas alterações estruturais e funcionais estão todas interrelacionadas e
dependentes da genética e estilo de vida (Moore et al. 2003).
Outra das alterações mais marcantes com o envelhecimento e
associadas ao estilo de vida é a redução da frequência cardíaca máxima
(Spirduso et al 2005).
Em repouso, o ritmo cardíaco não é alterado consideravelmente com a
idade, enquanto que durante o exercício a frequência cardíaca máxima é
menor em idosos em relação aos adultos, refletindo a diminuição das reservas
de débito cardíaco e a diminuição da capacidade aeróbia das pessoas de idade
(Lakatta & Sollott 2002).
O débito cardíaco em repouso é geralmente preservado em idosos
saudáveis. Segundo Lakatta & Sollott (2002) no coração senescente, a duração
da contração e a fase de relaxamento do miocárdio são alongados, devido a
prolongada entrada de cálcio durante a despolarização, bem como, à
diminuição da velocidade de absorção de cálcio do retículo sarcoplasmático
após a depolarização.
As mudanças fisiológicas relacionadas com a idade passam por
deficiente enchimento diastólico, relaxamento ventricular prolongado e redução
do fluxo sanguíneo (Spirduso et al 2005).
Consequentemente, durante o envelhecimento inicia-se um círculo
vicioso que leva ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca diastólica, a
10
forma mais comum (40-80%) de insuficiência cardíaca em idosos (Karavidas et
al., 2010)
A disfunção endotelial desempenha igualmente um papel importante nas
alterações funcionais cardiovasculares que ocorrem com a idade (Mirea et al.,
2012). O aumento da esclerose dos vasos é o resultado, não apenas das
mudanças estruturais dos vasos, mas também da redução da vasodilatação
dependente do endotélio, que é observada em idade avançada (Karavidas et
al., 2010).
As doenças comuns associadas ao envelhecimento, incluindo
hipercolesterolemia, hipertensão e diabetes, influenciam negativamente a
função endotelial (Stumpf et al., 2003).
Todas estas alterações, em conjunto, reduzem a capacidade dos idosos
executarem exercício físico, limitando a sua capacidade funcional (Wiswell,
2003).
Além disto, a aptidão cardiorrespiratória tem sido descrita como um fator
de risco independente da mortalidade e de todas as causas de doenças cardio-
vasculares (ACMS, 2006).
À medida que as pessoas envelhecem, a pressão arterial em repouso
tende a aumentar, assim como o risco de hipertensão e desordens
relacionadas (Hart, Wallin, & Charkoudian 2012).
De acordo com (AHA, 2010) os fatores de risco estão divididos em dois
grupos, os não modificáveis (idade, género e fatores genéticos) e os
modificáveis (colesterol, tabagismo, diabetes mellitus (DM), hipertensão,
obesidade e o sedentarismo). É sobre o sedentarismo que a prática de
exercício físico pode ter alguma influência alterando os fatores de risco
modificáveis, como passamos a expor.
11
Alterações sobre o sistema muscular-esquelético
13
Uma categoria de sarcopenia que tem vindo a aumentar é a denominada
obesidade sarcopénica, onde para além da perda de massa e qualidade
muscular, os idosos apresentam aumento de massa gorda, indivíduos com
obesidade sarcopénica (massa gorda alta e baixa massa magra) são mais
suscetíveis a problemas de mobilidade e incapacidade do que aqueles que são
simplesmente obesos ou sarcopénicos (Baumgartner, 2000).
Mudanças relacionadas à idade no sistema nervoso, podem tornar-se
um fator limitante no desempenho muscular (Manini, Hong, & Clark, 2013).
Os indivíduos com mais de 65 anos de idade apresentam uma grande
redução volumétrica em áreas do cérebro que são responsáveis por gerar a
contração muscular voluntária (Manini, Hong, & Clark, 2013).
Embora a perda de força relacionada à idade surja a partir de múltiplas
fontes, (Manini, Hong, & Clark 2013) sugerem que um componente importante
é a falha na comunicação entre o cérebro e os músculos.
Segundo estes estudos, o exercício tem a extraordinária capacidade de
melhorar a saúde mental, e esforços atuais estão a ser dedicados para usar
esta capacidade como forma de reduzir o declínio cognitivo no envelhecimento
(Pinilla, 2013).
Ingestão adequada de nutrientes é também essencial para a
manutenção da massa muscular. Muitos idosos não consomem quantidades
suficientes de proteína na dieta que leva a uma redução da massa corporal
magra e aumento da incapacidade funcional (Burton, 2010).
Uma das causas mais importantes da sarcopenia é a inatividade física.
Pelo contrário o exercício físico parece atenuar a sarcopenia e suas
consequências. Entre outros fatores, a contração muscular provoca a liberação
de fatores de crescimento muscular importantes para ativar as células satélites
e síntese de proteínas, facilitando a regeneração muscular (Choi, 2013).
Tradicionalmente, o treino de força e de equilíbrio dos membros
inferiores são utilizados para atenuar estes défices relacionados ao
envelhecimento.
14
Granacher et al (2013) referem que os efeitos do treino de resistência
são limitados e mal se traduzem em melhorias do equilíbrio, das tarefas
funcionais, das atividades da vida diária, e na diminuição das taxas de queda.
A atrofia seletiva das fibras de contração rápida tem sido atribuída à
perda progressiva de neurónios motores na espinhal medula com desnervação
inicial das fibras de contração rápida, que muitas vezes é acompanhada de
reinervação das unidades motoras de contração lenta (Jang, 2011; Macaluso,
2004).
A degeneração dos motoneurónios, seguida por alterações na
integridade estrutural e funcional da junção neuromuscular (JNM), a
desnervação funcional, e a perda de unidades motoras, contribuem
significativamente para a progressão do envelhecimento do músculo-
esquelético (Jang, 2011).
Durante o envelhecimento as fibras musculares são sujeitas a
denervação, e re-inervação, estes ciclos levam à remodelação das unidades
motoras (Jang, 2011). A denervação das fibras de contração rápida e re-
inervação axonial dos moto neurónios lentos resultam numa conversão das
fibras rápidas tipo II para fibras lentas do tipo I (Jang, 2011). A manutenção da
junção neuro motor durante o envelhecimento pode ser criticamente
influenciada pelo stress oxidativo (Jang, 2011).
Alterações no controle neural do músculo-esquelético durante o
envelhecimento é um modificador crucial e promotor da fraqueza muscular, e
da fadiga que ocorrem na sarcopenia (Jang, 2011)
Sarcopenia e fraqueza muscular não são considerados estados de
"doença", mas sim condições que se traduzem em incapacidade e défice
funcional, bem como co-morbidade e mortalidade relacionada (Ruiz et al.,
2008).
Este declínio gradual da capacidade de desempenho muscular é uma
das principais causas da perda de autonomia dos idosos.
A perda progressiva de massa muscular ocorre a partir de cerca dos 40
anos de idade, essa perda foi estimada em cerca de 8% por década até aos 70
anos de idade, após o qual aumenta para 15% por década (Kim, 2013).
15
Para além da força, a sarcopenia está associada à perda de resistência
muscular indispensável para a realização de muitas tarefas do quotidiano e de
potência muscular com reflexo sobre maior probabilidade de quedas e
consequentes fraturas ósseas (Burton 2010).
A redução da funcionalidade muscular (força, resistência e potencia) é
considerada por inúmeros investigadores como sendo um componente
fundamental para a funcionalidade global dos idosos (ACMS, 2006).
Aptidão funcional inclui componentes como força muscular, flexibilidade,
resistência cardiorrespiratória, agilidade, equilíbrio e composição corporal
(ACMS, 2006).
Para além de falarmos das alterações do sistema muscular esquelético,
parece-nos importante realçar as alterações ósseas que estão associadas ao
envelhecimento/desuso.
Osteoporose
17
. Aumentar o peso utilizado gradualmente (princípio da sobrecarga)
. Evitar exercícios de impacto sobre a coluna vertebral e rotação do
tronco
20
nos idosos mais aptos. A estimulação de forma diversificada tornou-se um
ponto a favor para estes atingirem maior performance.
No caso dos idosos o mais importante é tentarmos transferir os gestos
dos exercícios propostos para as tarefas do quotidiano dos alunos, como
levantar, sentar, pegar em compras, etc…
O quadro (1) que segue sintetiza os diferentes efeitos do treino da força
para todas as faixas etárias
21
Efeitos
Possíveis abordagens
Objetivos de Dose
organizacionais
Treino
Redução da
Sarcopenia Aumento da Ginásio; ginásio, casa
8-12 repetições por grupo muscular a 60-80% de 1RM; 3
Massa Programa, inicialmente sob a instrução,
séries ; 3 treinos por semana ; Entre 8-12 semanas
Muscular Mais tarde de forma independente
Aumento da síntese
Médias a altas intensidades (> 60-80%
líquida de
Adaptação dos De 1RM ,> peso que o corpo Ginásio; ginásio, sob
Colagénio; redução
tendões e ossos ; vários treinos por Instrução
no osso
Semana; semanas a meses
Perda de densidade
Otimização do
Execução em superfícies irregulares, com ou
controle postural; Diversas repetições; treino diário
sem pesos adicionais; sob
; alta velocidade de movimento
Instrução, mais tarde independentemente
Prevenção de
quedas e lesões
Até 8 repetições por grupo muscular
Em intensidades de mais do que 80% do Ginásio; ginásio, casa
Coordenação
-uma repetição máxima; 3-5 séries; 3 Programa, sob a instrução
Formação de unidades por semana; várias semanas
22
Prescrição do treino para o idoso
Exercício Cardiovascular
25
Coordenação
26
Alguns estudos mostram a melhoria da coordenação a partir da
participação em programas de exercício físico, como o treino da força,
(Andreotti, 1999) de hidroginástica e de Tai Chi Chuan (Pei 2009).
Os exercícios de coordenação que devem ser trabalhados com os
idosos devem visar os padrões de movimentos da vida diária, não sendo
necessários jogos de movimentos complexos que causem desconforto pela
dificuldade na execução. Opta-se então, por movimentos coordenados de
braços e pernas, mão e mão, mão e pés, educando dessa forma, a ação
reflexa dos movimentos nas ações do dia-a-dia.
Alguns exemplos de exercícios que podem ser trabalhados são:
marchar em diferentes formas, com joelhos altos ou pernas esticadas, para
frente, para os lados e para trás, variando os movimentos dos braços, em um
determinado ritmo ou livremente (maneira mais fácil de desenvolver os
movimentos coordenativos nos idosos). Pode-se trabalhar também com
movimentos coordenativos isolados, movimentos só de braços ou só de
pernas, mas o idoso leva mais tempo para assimilar e o professor deve ser
paciente para não desmotivar (PIRET, 1992).
O recurso ao treino da força em idosos tem sido aconselhado para levar
a adaptações neuromusculares que induz melhorias na coordenação (Hakkinen
et al., 2001).
27
Flexibilidade
28
Equilíbrio
29
necessárias para manter o equilíbrio (a audição, a visão e função músculo-
esquelética) (Lobo, 2012).
Após os 65 anos de idade, 30% das pessoas caem pelo menos uma vez
por ano(Orr et al., 2008).
Segundo Nascimento et al (2013) treino com o intuito de melhorar a
força de resistência, não só nos músculos das pernas, mas também nos
músculos do tronco, induzem melhorias no equilíbrio.
A investigação do efeito do treino de força sobre o equilíbrio corporal tem
mostrado que o uso de uma baixa carga associada a movimentos rápidos leva
a um melhor equilíbrio corporal em idosos saudáveis (Orr et al., 2006).
O treino de força da zona abdominal (Core) e exercícios de pilates
revelam ter uma influência positiva sobre medidas de força, equilíbrio,
desempenho funcional e quedas em idosos (Granacher, 2013). Estes dois tipos
de treino podem ser usados como um complemento ou mesmo alternativa ao
tradicional treino de equilíbrio e de força programado para os adultos de idade
(Granacher, 2013).
30
III – Contexto Institucional
Expectativas Iniciais
31
Caracterização dos diferentes grupos
32
espaço onde estão dispostos os pesos livres, caneleiras, fit balls e colchões,
entre outros.
As máquinas da sala, da marca Nautilus, possuíam alguns anos de
utilização sendo uma contrariedade para os nossos alunos. Construídas para
apoiar atletas de porte físico grande, limitando assim a sua correta utilização
pois a maior parte dos idosos do grupo têm estatura baixa. Para contrariar esta
adversidade foi necessário a colocação de colchões e toalhas enroladas, de
modo a alcançar a adequada regulação das máquinas para os nossos alunos.
Apesar de terem muitos anos e apresentarem algum desgaste, ainda que
normal tendo em conta as horas de uso a que já foram sujeitas, eram
submetidas a manutenção satisfatória para o seu correto funcionamento.
Na zona de treino com pesos livres encontramos um espelho ao longo
de toda a parede do fundo da sala da musculação, um importante apoio para
os alunos já que a maior parte dos idosos não tem grande consciência
corporal, não conseguindo, por vezes, reproduzir corretamente os movimentos
solicitados, particularmente durante a realização de movimentos com pesos
livres. Assim, com o auxílio de um espelho torna a tarefa um pouco mais
simples.
Caracterização da turma
33
Havia um grupo de alunos que em relação a toda a turma apresentava
um nível de aptidão física acima de todos os outros e apenas uma aluna que se
encontrava no nível abaixo de todos os outros. Para que o treino e evolução
dos restantes alunos não fossem comprometidos e visto não existir mais
ninguém com o mesmo nível físico para formar grupo, esta aluna treinava
sozinha.
De uma forma geral todos os idosos eram esforçados e atentos às
nossas críticas e ajudas durante todo o ano.
34
Dos dois centros, este foi aquele que apresentou maior diversidade de
material e acessibilidade, desde bandas elásticas, bolas de esponja a bolas de
rítmica estiveram sempre disponíveis durante todas as aulas o que permitiu de
segura a utilização de material por parte dos idosos tornando as aulas mais
agradáveis e bem-sucedidas.
A turma é formada por 16 alunos, 13 mulheres e 3 homens, sendo que o
aluno mais velho tinha 96 anos.
36
Mês Dia
Setembro 21 22 23 24 26 28 30
3 7 10 12 14 17
Outubro
19 21 24 26 28 31
2 4 7 9 11 Magusto 14
Novembro
16 18 21 23 25 28 30
2 5 7 9 12 14
Dezembro
16 19 21 23 26 28 30
2 4 6 9 11 13
Janeiro
16 18 20 22 25 27 30
1 3 6 8 10 13
Fevereiro
15 17 20 Carnaval 22 24 27 29
2 5 7 9 12 14
Março
16 19 21 23 26 28 30
2 4 6 9 11 13
Abril
16 18 20 23 25 27 30
2 4 7 9 11 13
Maio
16 18 20 23 25 27 30
1 4 6 8 11 13
Junho
14 18 20 22 25 27 29
38
falta de confiança, não obtiveram os resultados mais reais das suas
capacidades na execução dos testes. Ou seja os resultados não foram os mais
fiáveis.
Em relação ao Treino de Potência Muscular este pode ser caracterizado
pela mistura de velocidade e força. Segundo (Tavares, 2008) a potência é a
capacidade de produzir força de uma forma rápida e é o resultado do produto
da força pela velocidade, perante isto e observando a capacidade dos alunos
para a execução das tarefas do treino da potência com o intuito de aumentar a
coordenação motora relacionando-a à diminuição do risco de quedas
aplicamos este tipo de treino.
Este tipo de exercício requer grande rigor e concentração por parte dos
executantes. Os mesmos devem já ter grande consciência dos gestos de cada
exercício.
O (ACSM, 2009b) refere que o treino da potência deve ser realizado
entre os 70% e os 80% de 1RM entre 3 a 6 repetições. Optamos por trabalhar
com 70 % de 1 RM.
Na minha opinião agora avaliando o treino e o planeamento por nos
proposto e aplicado considero que esta fase do treino não deveria ter sido a
segunda a ser treinada mas sim a ultima, no entanto as nossas linhas de
orientação para o treino desta fase eram estas. Não é fácil nem seguro o treino
com carga e velocidade, motivo pelo qual esta revelou ser a fase do ano em
que a quantidade de erros cometidos foi maior, obrigando-nos a estar mais
atentos e a constante intervenção.
Treino de Hipertrofia Muscular: O (ACSM, 2009b), sugere que as cargas
recomendadas estejam entre os 70-85% de 1RM, executando entre 8-12
repetições por série com 2 a 3 séries por exercício com cerca de 60 a 120
segundos de descanso, que passa por ser o tempo que o companheiro está a
executar os exercícios.
Em todas as modalidades de treino é importante ter em consideração
certos princípios, tais como, alertar os alunos para a execução correta dos dois
movimentos: movimento concêntrico um pouco mais rápido que o movimento
excêntrico; controlar sempre a carga com uma respiração natural, evitando a
manobra de Valsava para precaver acidentes. Não posso dizer que senti os
39
alunos completamente independentes para a realização das tarefas propostas,
mesmo na última fase do macro ciclo alguns erros pareciam ser os mesmos do
início do ano ainda assim, não há duvida que este grupo era o mais apto e
mais autónomo, contudo a necessidade de correlação foi sempre necessária.
Mesmo em alunos com a experiência de anos anteriores da prática de
musculação, os erros posturais, de regulação das máquinas foram uma
constante, desde o início do ano até ao final foi necessário chamar atenção
desses mesmos erros. As correções para evitar lesões eram muito frequentes,
assim sendo, na fase inicial a utilização de pesos livres tornaram-se um ponto
de atenção forte para nós.
Após a fase de adaptação e de obtenção dos resultados dos testes SFT
prescrevemos os exercícios de forma individual. No entanto, e apesar da
prescrição individualizada do treino no sentido de facilitar a organização do
espaço e dos idosos se corrigirem mutuamente, tentamos que os grupos se
emparelhassem com alunos de capacidades físicas semelhantes. Na tentativa
de uma gestão eficaz do espaço e do tempo de treino, optamos por dividir o
grupo de trabalho aos pares. Estes mesmos pares apresentavam
características físicas muito idênticas, por vezes pares mais aptos realizavam
as tarefas propostas de tal maneira rápido que quando tinham que avançar
para outros exercícios propostos, outros grupos ainda se encontravam nessas
maquinas prejudicando assim a intensidade do treino dos mais aptos. A
solução encontrada nestes casos passava por sugerir outro exercício que
trabalhasse o mesmo grupo muscular ou passar para outro exercício proposto
no plano de treino que não fosse de incidência no mesmo grupo muscular dos
exercícios feitos por último. Esta situação acontecia também porque muitas das
vezes os alunos exageravam no tempo de descanso não imprimindo o ritmo
desejado ao treino.
Parece-nos importante salientar a enorme frequência com que
observávamos alunos a realizarem os exercícios com cargas mais baixas do
que as por nós propostas. As cargas que tínhamos prescrito muitas vezes eram
modificadas na aula pelos alunos, treinando estes com cargas abaixo das
pedidas.
40
Não foi possível em todos os grupos de treino aplicar regras básicas de
treino, como começar pelos grandes grupos musculares e terminar nos
pequenos grupos, executar exercícios poliarticulares e posteriormente
exercícios monoarticulares porque as condições físicas do ginásio não
permitiam que tal fosse possível.
A constante alteração de exercícios da parte inferior para a parte
superior do corpo em alunos que apresentavam hipotensão foi posta de lado.
Tentamos prescrever o treino focado primeiro nos MI e depois MS, já que este
tipo de treino faz com que o sangue se desloque em massa da parte inferior
para a parte superior do corpo evitando quebras de tensão neste tipo de aluno,
ainda assim esta particularidade do treino foi evitada.
As constantes chamadas de atenção aos alunos durante todo o
macrociclo passaram pela correção postural na execução dos exercícios, alerta
para a respiração correta pedindo para expirar na fase excêntrica e inspirar na
fase concêntrica
Percebíamos perfeitamente quais eram as máquinas que os nossos
alunos não gostavam pois desistiam facilmente das mesmas.
Resultados do GMF
As baterias de testes aplicadas ao grupo da musculação, permitiram
analisar dados específicos quer no início quer no fim do processo, que
justificam o sucesso das metodologias aplicadas. Foi possível constatar se
houve ou não progresso da aptidão física dos idosos ao longo de todo o
estágio das diferentes capacidades.
Na análise ao Anexo 3 é possível concluir que os valores comparativos
da fase inicial com a final não foram muito diferentes tendo sido registadas
algumas alterações. Em relação à interpretação dos resultados dos testes da
força dos M.I. podemos concluir que ocorreram ligeiras melhorias. O treino da
força focado nos M.I. foi um dos objetivos mais presentes ao longo de todo o
ano de estágio, a manutenção ou melhoramento desta capacidade nos M.I.
torna possível a conclusão dos objetivos propostos para o grupo de trabalho
com sucesso.
Os músculos dos M.I. desempenham um papel determinante na
estabilidade corporal e na locomoção (Carvalho et al. 2004) intimamente
41
relacionados com a autonomia tão desejada nesta fase da vida. É possível
observar que em relação à força dos M.I. foram apresentadas melhorias
significativas ver Anexo 3.
A força muscular, particularmente a dos membros inferiores, representa
um fator limitador importante para a manutenção de um estilo de vida
autónomo (Carvalho et al.,2004) tendo sido este tema um dos focos dos
objetivos principais através da utilização das metodologias aplicadas com o
intuito de vermos melhorada ou aumentada esta capacidade tendo estes
objetivos sido atingidos com sucesso.
Em relação à componente da flexibilidade, os resultados obtidos
retratam, nem um progresso nem um retrocesso da capacidade, tal facto
poderá ser explicado pela flexibilidade ser um componente da aptidão física
que, em conjunto com a inatividade física, é perdida rapidamente. Contudo
como os nossos idosos são sujeitos ativos, as alterações da flexibilidade não se
evidenciam tornando-se portanto semelhantes aos níveis recolhidos no início do
processo. Durante todo o ano após a parte fundamental das aulas eram
realizados alongamentos quer para completar o retorno à calma da aula, mas
também para potenciar o aumento de amplitudes articulares com o objetivo de
melhorar o sucesso funcional do idoso.
Em relação aos dados recolhidos e estudados da resistência aeróbia não
se observam alterações significativas ao longo do ano, esta capacidade não foi
treinada com tanta prioridade como o treino da força, por motivos de escolha
de prioridade de objetivos propostos e pelo tempo de treino semanal que
tínhamos para treinar a capacidade da força, a resistência aeróbia não ter
sofrido grandes alterações.
Os testes revelaram que existiram melhorias no que respeita aos testes
de agilidade.
42
Planeamento Anual e Metodologia do GSC
43
O nosso maior objetivo foi alertar os idosos para os benefícios de uma
vida ativa, posturas corretas, a importância de uma hidratação correta,
cuidados com a higiene pessoal e relação de ajuda e entendimento entre todos
os idosos. Assim pretendemos aumentar a QV a sua dependência funcional e
também o aumento da saúde mental mostrando que estes ainda são capazes
de realizar atividades como a ginástica de grupo algo que muitos nunca fizeram
ou apenas o fizeram quando eram jovens.
Tirando os casos em que os idosos apresentam grandes dificuldades a
grande parte da turma apresenta um nível de autonomia e funcionalidade
normal - baixa para a idade. Comparando estes idosos com os idosos do grupo
da musculação as diferenças são muito grandes, assim a nossa preocupação
levou-nos a planificar exercícios durante o ano que exercitassem todo o corpo
do idoso tendo como principal foco os MS e MI na tentativa de uma melhoria
relativa para a execução das tarefas primárias da vida diária com maior
facilidade.
Tivemos 31 aulas nesta instituição com aulas temáticas tendo sido na
altura do Natal e da Pascoa, as aulas planeadas tinham diferentes objetivos de
treino, Treino Multicomponente, Força, Flexibilidade, Equilíbrio e Coordenação,
Resistência Aeróbia. No início realizamos as baterias de testes para termos
uma noção do estado da aptidão física dos idosos.
Em todas as aulas a componente da resistência aeróbia estava
presente, a realização de exercícios quase sem carga durante algum tempo
fazia com que estes no final de poucos segundos se sentissem fatigados. As
caminhadas à volta do local de treino eram uma constante e apenas 2 voltas ao
circuito provocava um cansaço geral.
Exercício multicomponente, este tipo de treino é definido como um
programa equilibrado que inclui exercícios de força, resistência aeróbia,
coordenação, equilíbrio e flexibilidade (Carvalho, Marques, & Mota 2008).
44
Resultados do GSC
45
Planeamento Anual e Metodologia CSPA
Resultados do CSPA
Como já referido anteriormente, por estar sozinho e o rigor por parte
destes alunos na realização dos SFT não ser o mais adequado para o estudo,
optei por não proceder a realização dos mesmos. Alguns idosos apresentavam
boa capacidade funcional na realização das tarefas propostas nas aulas, mas
na recolha de dados dos SFT desistiam muito rapidamente alegando que não
conseguiam executar os testes, dizendo que se sentiam mal, generalizando
este sentimento para todos os outros idosos. Como não são crianças e o receio
que tinha de algum acidente pudesse acontecer cedi erradamente, deveria ter
arranjado uma estratégia para influenciar todos os idosos de forma positiva na
realização dos SFT. No entanto se a realização das tarefas propostas aos
idosos eram apenas correspondidas por um pequeno grupo de idosos deveria
ter efetuado os testes a esse grupo de 4/5 alunos.
47
Avaliação
48
Tabela de Coeficiente de Repetições – Relação
%/1RM e Repetições
Repetições Completadas Coeficiente de Repetição
1 1,00
2 1,07
3 1,10
4 1,13
5 1,16
6 1,20
7 1,23
8 1,27
9 1,32
10 1,36
Bateria de testes:
A aptidão física é uma característica que nos dias que correm é mais
associada a idades jovens do que a idades mais avançadas, no entanto, é nos
últimos anos de vida que a aptidão física se torna crucial (Rikli & Jones, 2001).
A utilização desta bateria de testes consegue transpor a nível funcional
aspetos relevantes do dia-a-dia de uma forma não dispendiosa, Rikli & Jones
(2013), definem como sendo as qualidades necessárias para que o indivíduo
possa desenvolver as atividades do seu quotidiano.
O acesso a toda a metodologia teórica e pelo facto de ser simples, e de
fácil aplicação prática, optamos pela realização dos testes de aptidão física nos
nossos idosos, através da utilização destes testes com grande fiabilidade.
49
Também a questão da aceitabilidade dos alunos na execução destes testes
nos levam a confirmar uma boa escolha.
O grupo que mais facilidade teve na execução das baterias de testes foi
o GMF. Uma particularidade que observei da realização das baterias foi o facto
de tentarem dar o seu máximo fazendo muitas vezes mal as baterias, sendo
que o objetivo dos idosos passava por fazer mais que os companheiros.
50
V – REFLEXÕES FINAIS
51
psicológico quer ao nível da aptidão física muito mais fragilizados, ainda assim
considero que os objetivos foram cumpridos, não só pelo feedback que me
transmitiam como pela vontade, entusiasmo e ânimo que demonstravam no
decorrer de todas as aulas tendo contribuído quanto mais não seja para o bem-
estar emocional e confiança de cada um.
52
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Vigorito, C. G., F. (2014). Effects of exercise on cardiovascular performance in the
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Wei, J. Y. (2004). Understanding the aging cardiovascular system. Geriatrics &
Gerontology International, 4, S298-S303. doi: 10.1111/j.1447-
0594.2004.00235.x
Wiswell, H. (2003). Rate and Mechanism of Maximal Oxygen Consumption
Decline with Aging.
59
60
ANEXOS
XVII
Anexo 1 - Ficha Individual
1- Identificação Pessoal
Nome:
Idade:
Morada:
Contacto Telefónico:
2-Habilitaçõe Literárias
Não Ensino 12ºAno
Escolarizado Superior Outro
9ºAno 4ªClasse
3-Agregado Familiar
Marido/Esposa Lar Familiares
Filhos Companheiro Sozinho
Outro_______
4-Patologias
Alterações Depressão Doenças
Auditivas Diabetes Respiratórias
Alterações Doenças Doença Renal
Visuais Cardíacas Crónica
Bronquite Doenças Hipertensão
Asmática coluna/costas Osteoporose
XVIII
Problemas Articulares Outros:
ProblemasColestro
Fuma?
Sim Não
Quantos cigarros por dia?
Toma medicação?
Sim Não
Qual?
5- Atividade Física
XIX
Qual?
Quantas vezes por semana?
XX
Anexo 2 - Avaliação Inicial e Final do GSC
XXI
Anexo 3 - Avaliação Inicial e Final do GMF
XXII
Anexo 4 - Bateria de Testes SFT
Objetivo:
Avaliar a força e resistência dos membros inferiores (número de
execuções em 30’’ sem a utilização dos membros superiores).
Equipamento:
Cronómetro, cadeira com encosto (sem braços), com altura do assento
aproximadamente 43 cm. Por razões de segurança, a cadeira deve ser
colocada contra uma parede, ou estabilizada de qualquer outro modo,
evitando que se mova durante o teste.
Protocolo:
O teste inicia-se com o participante sentado no meio da cadeira, com
as costas direitas e os pés afastados à largura dos ombros e totalmente
apoiados no solo. Um dos pés deve estar ligeiramente avançado em relação
ao outro para a ajudar a manter o equilíbrio. Os membros superiores estão
cruzados ao nível dos pulsos e contra o peito. Ao sinal de “partida” o
participante eleva-se até à extensão máxima (posição vertical) e regressa à
posição inicial sentado. O participante é encorajado a completar o máximo de
repetições num intervalo de tempo de 30’’. Enquanto controla o desempenho
do participante para assegura o maior rigor, o avaliador conta as elevações
correctas. Chamadas de atenção verbais (ou gestuais) podem ser realizadas
para corrigir um desempenho deficiente.
XXIII
Prática/Ensaio:
Após uma demonstração realizada pelo avaliador, um dos dois ensaios
podem ser efetuados pelo participante visando uma execução correta. De
imediato segue-se a aplicação do teste.
Pontuação:
A pontuação obtida pelo número total de execuções corretas num
intervalo de 30’’. Se o participante estiver a meio da elevação no final dos
30’’, esta deve contar como uma elevação.
Flexão do Antebraço
Objetivo:
Avaliar a força e resistência do membro superior (número de
execuções em 30’’)
Equipamento:
Cronómetro, cadeira com encosto (sem braços) e halteres de mão
(2,27 Kg para mulheres e 3,36 Kg para homens). O participante está sentado
numa cadeira, com as costas direitas, com os pés totalmente assentes no
solo e com o tronco totalmente encostado. O haltere está seguro na mão
dominante. O teste começa com o antebraço em posição inferior, ao lado da
cadeira, perpendicular ao solo. Ao sinal de “iniciar” o participante roda
gradualmente a palma da mão para cima, enquanto faz a flexão do antebraço
no sentido completo do movimento; depois regressa à posição inicial de
extensão do antebraço. Especial atenção deverá ser dada ao controlo da
fase final da extensão do antebraço.
XXIV
O avaliador ajoelha-se (ou senta-se numa cadeira) junto do
participante no lado do braço dominante, colocando os seus dedos no bicípite
do executante, de modo a estabilizar a parte superior do braço, e assegurar
que seja realizada uma flexão completa (o antebraço do participante deve
apertar os dedos do avaliador). É importante que a parte superior do braço
permaneça estática durante o teste.
O avaliador pode precisar colocar a sua outra mão atrás do cotovelo
de maneira a que o executante saiba quando atingiu a extensão total,
evitando movimentos de balanço do antebraço. O relógio deve ser colocado
de maneira totalmente visível.
O participante é encorajado a realizar o maior número possível de
flexões num tempo limite de 30’’, mas sempre com movimentos controlados
tanto na fase de flexão como de extensão. O avaliador deverá acompanhar
as execuções de forma a assegurar que o peso é transportado em toda a
amplitude do movimento – da extensão total à flexão total.
Cada flexão correta é contabilizada, com chamadas de atenção
verbais sempre que se verifique um desempenho incorreto.
Prática/ ensaio:
Após demonstração por parte do avaliador deverão ser realizadas,
uma ou duas tentativas pelo participante para confirmar uma realização
correta, seguindo-se a execução do teste durante 30’’.
Pontuação:
A pontuação é obtida pelo número total de flexões corretas realizadas
num intervalo de 30’’. Se no final dos 30’’ o antebraço estiver em meia-flexão,
deve contabilizar-se como flexão total.
XXV
Sentado e Alcançar
Objetivo:
Avaliar a flexibilidade dos membros inferiores (distância atingida na
direção dos dedos dos pés)
Equipamento:
Cadeira com encosto (aproximadamente 43 cm de altura até ao
assento) e uma régua de 45 cm. Por razões de segurança, a cadeira deve
ser colocada contra uma parede para que se mantenha estável (não deslize
para a frente) quando o participante se sentar na respetiva extremidade.
Protocolo:
Começando numa posição sentado, o participante avança o seu corpo
para a frente, até se encontrar sentado na extremidade do assento da
cadeira.
A dobra entre o topo da perna e as nádegas deve estar ao nível da
extremidade do assento. Com uma perna fletida e o pé totalmente assente no
solo, a outra perna (a perna de preferência) é estendida na direção da coxa,
com o calcanhar no chão e o pé fletido (aprox. 90º). O participante deve ser
encorajado a expirar à medida que flete para a frente, evitando movimentos
bruscos, rápidos e fortes, nunca atingindo o limite da dor.
Com a perna estendida, o participante flete lentamente para frente até
à articulação do coxo-femoral (a coluna deve manter-se o mais direita
possível, coma cabeça no prolongamento da coluna, portanto não fletida),
XXVI
deslizando as mãos (uma sobre a outra, com as pontas dos dedos
sobrepostas) ao longo da perna estendida, tentando tocar os dedos dos pés.
Deve tocar nos dedos dos pés durante 2’’. Se o joelho da perna estendida
começar a fletir, solicitar ao participante que se sente lentamente até que o
joelho fica na posição estendida antes de iniciar a medição.
Prática/ ensaio:
Após demonstração realizada pelo avaliador, o participante é
questionado sobre a sua perna preferencial. O participante deve ensaiar duas
vezes, seguindo-se a aplicação do teste.
Pontuação:
Usando uma régua de 45 cm, o avaliador regista a distância (cm) até
aos dedos dos pés (resultado mínimo) ou a distância (cm) que consegue
alcançar para além dos dedos dos pés (resultado máximo). O meio do dedo
grande do pé, na extremidade do sapato, representa o ponto zero. Registar
ambos os valores encontrados com a aproximação de 1 cm, e fazer um
circulo sobre o melhor resultado. O melhor resultado é usado para avaliar o
desempenho. Assegure-se de que regista os sinais – ou + na folha de registo.
Atenção:
O avaliador deve ter em atenção as pessoas que apresentam
problemas de equilíbrio, quando sentadas na extremidade da cadeira. A
perna preferida é definida pelo melhor resultado. É importante trabalhar os
dois lados do corpo ao nível da flexibilidade, mas por questões de tempo
apenas o lado hábil tem sido usado para a definição de padrões.
Estatura e Peso
Objetivo:
Avaliar o índice de massa corporal (kg/m2).
Equipamento:
Balança, fita métrica de 150 cm, régua e marcador.
Calçado:
Por uma questão de tempo, as pessoas podem estar calçadas durante
a medição da altura e do peso, com os ajustamentos abaixo descritos.
Protocolo:
XXVII
Estatura – uma fita métrica deve ser aplicada verticalmente numa
parede, com a posição zero exatamente a 50 cm acima do solo. O
participante encontra-se de pé encostado à parede (a parte média da cabeça
está alinhada com a fita métrica) e olhando em frente. O avaliador coloca a
régua (ou objeto similar) sobre a cabeça do participante, mantendo-a
nivelada, estendendo-a até à fita métrica. A estatura da pessoa é a medida
(cm) indicada na fita métrica, mais 50 cm (distância a partir do solo até ao
ponto zero da fita métrica). Caso se o participante se encontre calçado, pode
ainda retirar-se de 1,3 cm a 2,5 cm do total dos cm, usando o critério mais
rigoroso possível.
Peso – o participante deve despir todas as peças de vestuário
pesadas, tais como, casacos, camisolas grossas, etc. O peso é medido e
registado com aproximação às 100 g e ajustamentos relativos ao peso do
calçado. Em geral deve ser subtraído 0,45 kg para mulheres e 0,91 kg para
homens.
Sentado, Caminhar 2,44 e Voltar a Sentar
Objetivo:
Avaliar a mobilidade física – velocidade, agilidade e equilíbrio
dinâmico.
Equipamento:
Cronómetro, fita métrica, cone (ou outro marcador) e cadeira com
encosto (aproximadamente 43 cm de altura).
Montagem:
XXVIII
A cadeira deve ser posicionada contra a parede ou de outra forma que
garanta a posição estática durante o teste. A cadeira deve também estar
numa zona desobstruída, em frente a um cone à distância de 2,44 m
(medição desde a ponta da cadeira até à parte anterior do marcador). Deverá
haver pelo menos 1,22 m de distância livre à volta do cone, permitindo ao
participante contornar livremente o cone.
Protocolo:
O teste é iniciado com o participante totalmente sentado na cadeira
(postura erecta), mãos nas coxas, e pés totalmente assentes no solo (um pé
ligeiramente avançado em relação ao outro). Ao sinal de “partida” o
participante eleva-se da cadeira, caminha o mais rápido possível à volta do
cone (por qualquer dos lados) e regressa à cadeira. O participante deve ser
informado de que se trata de um teste “por tempo”, sendo o objetivo caminhar
o mais depressa possível (sem correr) à volta do cone e regressar à cadeira.
O avaliador deve funcionar como assistente, mantendo-se a meia distância
entre a cadeira e o cone, de maneira a poder dar assistência em caso de
desequilíbrio. O avaliador deve iniciar o cronómetro ao sinal de “partida” quer
a pessoa tenha ou não iniciado o movimento, e pará-lo no momento exato em
que a pessoa se senta.
Prática / ensaio:
Após demonstração, o participante deve experimentar uma vez,
realizando duas vezes o exercício. Deve chamar-se a atenção do participante
de que o tempo é contabilizado até este estar completamente sentado na
cadeira.
Pontuação:
O resultado corresponde ao tempo decorrido entre o sinal de “partida”
até ao momento em que o participante está sentado na cadeira. Registam-se
os dois valores até ao 0,01’. O melhor resultado é utilizado para medir o
desempenho.
XXIX
Alcançar Atrás das Costas
Objetivo:
Avaliar a flexibilidade dos membros superiores (distância que as mãos
podem atingir atrás das costas).
Equipamento:
Régua de 45 cm
Protocolo:
Na posição de pé, o participante coloca a mão dominante por cima do
mesmo e alcança o mais baixo possível em direção ao meio das costas,
palma da mão para baixo e dedos estendidos (o cotovelo apontado para
cima).A mão do outro braço é colocada por baixo e atrás, com a palma virada
para cima, tentando alcançar o mais longe possível numa tentativa de tocar
(ou sobrepor) os dedos médios de ambas as mãos.
Prática/ ensino:
Após demonstração por parte do avaliador, o participante é
questionado sobre a sua mão de preferência. Sem mover as mãos do
participante, o avaliador ajuda a orientar os dedos médios de ambas as mãos
na direção um do outro. O participante experimenta duas vezes, seguindo-se
duas tentativas do teste. O participante não pode entrelaçar os dedos e
puxar.
Pontuação:
A distância de sobreposição, ou a distância entre os médios é medida
ao cm mais próximo. Os resultados negativos (-) representam a distância
mais curta entre os dedos médios; os resultados positivos (+) representam a
medida da sobreposição dos dedos médios. Registam-se duas medidas. O
XXX
“melhor” valor é usado para medir o desempenho. Certifique-se de que marca
os sinais – e + na ficha de pontuação.
Andar 6 minutos
Objetivo:
Avaliar a resistência aeróbia percorrendo a maior distância em 6
minutos)
Equipamento:
Cronómetro, fita métrica, cones (ou outro marcador) e giz. As cadeiras
devem estar colocadas ao longo de vários pontos, na parte de fora do
circuito.
Montagem:
O teste envolve a medição da distância máxima que pode ser
caminhada durante seis minutos ao longo de percurso de 50m, sendo
marcados segmentos de 5m. Os participantes caminham continuamente em
redor do percurso marcado, durante um período de 6 minutos, tentando
percorrer a máxima distância possível. A área de percurso deve ser bem
iluminada, a superfície não deve ser deslizante e lisa. Se necessário o teste
pode ser realizado numa área retangular marcada me segmentos de 5m.
Protocolo:
Para facilitar o processo de contagem das voltas do percurso, pode ser
dado ao participante um pau (ou objeto similar) no fim de cada volta, ou então
um colega pode marcar numa ficha de registro sempre que uma volta é
terminada. Ao sinal de partida, os participantes são instruídos para caminhar
o mais rapidamente possível (sem correrem) na distância marcada à volta
XXXI
dos cones. Se necessário os participantes podem parar e descansar,
sentando-se e retomando depois o percurso.
Prática/ensino:
O participante deve experimentar uma ocasião anterior ao dia do teste,
para que possa criar o seu ritmo. No dia do teste, o avaliador deve fazer uma
demonstração do procedimento e permitir ao participante que pratique
rapidamente para assegurar a compreensão do protocolo. Os participantes
devem ser encorajados verbalmente no sentido de obterem o desempenho
máximo.
Pontuação:
O resultado representa o número total de metros caminhados durante
os seis minutos.
Precauções:
Qualquer participante deve interromper o teste caso tenha tonturas,
dor, náuseas ou fadiga.
XXXII