06 - Probabilidade e Estatística
06 - Probabilidade e Estatística
06 - Probabilidade e Estatística
e Estatística
Material Teórico
Conceitos Fundamentais de Estatística
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Conceitos Fundamentais de Estatística
• Estatística
• Técnicas de Amostragem
• Conceito de Distribuição ou Tabela de Frequências
• O Método Estatístico
• Pesquisa de Mercado e de Opinião
• Construção de Questionários e Planilhas para Coleta de Dados
• Finalizando
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Com os conceitos que vai adquirir nesta Unidade, você já pode
começar a agir como um pesquisador(a) interessado(a) em fazer
uma Pesquisa de Mercado ou uma Pesquisa de Opinião empregando
os Métodos Estatísticos.
· A Estatística é um ramo da Matemática Aplicada e, assim sendo,
pode ser usada, na prática, nas situações mais diversas, seja para
obtenção de respostas a perguntas do seu cotidiano, seja em seu
campo profissional.
ORIENTAÇÕES
Grande parte das informações divulgadas pelos meios de comunicação
atuais provém de pesquisas e estudos estatísticos. Os índices de inflação
e de emprego e desemprego, divulgados e analisados pela mídia, são um
exemplo de aplicação da Estatística no nosso dia a dia. O Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística – IBGE é o órgão responsável pela produção das
estatísticas oficiais que subsidiam estudos e planejamentos governamentais
no país.
UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Contextualização
Os conceitos estatísticos têm exercido profunda influência na maioria dos
campos do conhecimento humano. Métodos estatísticos vêm sendo utilizados
no aprimoramento de produtos agrícolas, no desenvolvimento de equipamentos
espaciais, no controle do tráfego e na previsão de surtos epidêmicos, bem como
no aprimoramento de processos de gerenciamento, tanto na área governamental
quanto na iniciativa privada.
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Estatística
É uma parte da Matemática Aplicada que fornece métodos para coleta,
organização, descrição, análise e interpretação de dados para tomada de decisões.
7
7
UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Amostra
Considerando-se a impossibilidade, na maioria das vezes, do tratamento de todos
os elementos da população, retira-se uma amostra. A amostra deve apresentar
as mesmas características que havia na população.
Exemplo
Quando ouvimos falar no noticiário “[...] em São Paulo, uma manifestação parou
a Avenida Paulista, havia mais de 700 pessoas na Avenida [...]”. Observamos ou
tentamos entender como podem fazer esse cálculo com um número significativo
de pessoas aglomeradas.
Observe o desenho:
Dados Brutos
É uma sequência de dados não organizados obtidos por meio de coleta de dados.
Exemplo:
4 8 7 5 6
8
Rol
É o nome que se dá aos dados brutos quando já estão ordenados,de alguma forma.
Exemplo:
4 5 6 7 8
Variável
Variáveis são objetos de estudo de interesse do(a) pesquisador(a) que são definidas
por ele(a) mesmo(a), de acordo com a pesquisa que irá realizar. Por exemplo, para
traçar o perfil dos alunos de uma escola de Ensino Médio, foram definidos seis
objetos de estudo: “sexo”, “idade”, “área da carreira universitária pretendida”,
“número de irmãos”, “disciplina favorita” e “renda familiar mensal”. Cada
um desses objetos de interesse dos pesquisadores é o que chamamos de variável.
As variáveis podem ser qualitativas ou quantitativas.
Variáveis
Qualitativa Quantitativa
exemplo
Discreta Contínua
exemplo exemplo
cor dos olhos
sexo
9
9
UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Variáveis Qualitativas
Quando seus valores são expressos por atributos ou dão uma qualidade à
população ou amostra em estudo, por exemplo, sexo, cor da pele etc.
Variáveis Quantitativas
Quando os dados são de caráter nitidamente quantitativo e o conjunto dos
resultados possui uma estrutura numérica. Dividem-se em Discretas e Contínuas.
Técnicas de Amostragem
Existem algumas técnicas para escolher amostras que garantem, tanto quanto
possível, o acaso na escolha de uma amostra.
Seleção da
amostra
10
2º Escrevemos os números de 1 até ... em pedaços de papel iguais;
Por exemplo:
População
10%
Amostra
10%
70% 20%
70% 20%
Alunos
Colaboradores
Professores
Logo, temos:
Para calcular os 10% de cada estrato, vamos fazer uma regra de três simples:
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11
UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Efetuando a operação
100 X = 54x10
54 – 100%
100 X = 540
x – 10%
X = 540/100
X = 5,4
Efetuando a operação
100 X = 36x10
36 – 100%
100 X = 360
x – 10%
X = 360/100
X = 3,6
Arredondamento
Vejamos:
Parte inteira Parte decimal
10,3
do número do número
Exemplo 1:
Exemplo 2
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Organizando em uma tabela, temos:
10 x 36
F 36 = 3, 6 4
100
10 x 90
Total 90 = 9,0 9
100
Amostragem Sistemática
Esta técnica deve ser utilizada quando a população já se encontra ordenada.
Por exemplo: casas de uma rua, prontuários de funcionários, linhas de produção,
estrada de rodagem etc.
Por exemplo:
a) Uma avenida de 2500m encontra-se em péssimo estado de conservação e
os técnicos querem fazer uma checagem em 5 pontos diferentes para verificar
os danos. Podemos usar o seguinte procedimento:
total 2500
periodicidade 500m
parte 5
0 1000 2000
2º ponto de 4º ponto de
checagem checagem
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13
UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Distribuição ou
tabela de
frequência
Discreta Contínua
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Grau de instrução (xi) Frequência Abosluta ( fi) Frequência Relativa (fri) Porcentagem (fr%)
Fundamental 650 0,325 32,50
Médio 1020 0,510 51,00
Superior 330 0,165 16,50
Total 2000 1,0 100,00
Classe de salários Frequência Abosluta ( fi)i Frequência Relativa (fri) Porcentagem fri
500,00 |__ 1.000,00 10 0,2778 27,78
1.000,00 |__ 1.500,00 12 0,3333 33,33
1.500,00 |__ 2.000,00 8 0,2222 22,22
2.000,00 |__ 2.500,00 5 0,1389 13,89
2.500,00 |__ 3.000,00 1 0,0278 2,78
Total 36 1,0 100,00
Observação:
O Método Estatístico
O Método Estatístico é um processo para se obter, apresentar e analisar
características ou valores numéricos para uma melhor tomada de decisão em
situações de incerteza. Toda pesquisa, nas mais variadas áreas, utiliza, de modo
geral, cinco fases quando se emprega o Método Estatístico:
Fases do Método Estatístico
Fase 1
Definição do Problema
Fase 2
Planejamento
Fase 3
Coleta de Dados
Fase 4
Fase 5
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15
UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Se sua resposta for afirmativa, o Método se aplica; caso contrário, use outra
Metodologia.
Fase 2 – Planejamento
Na fase do planejamento, devo fazer as seguintes perguntas: Vou usar uma
População ou uma amostra? Se for utilizar uma amostra, que técnicas de
amostragem irei empregar? Quais serão as variáveis que quero estudar? Serão
Qualitativas ou Quantitativas? Usarei questionário ou planilha? Quem coletará os
dados em campo?
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Pesquisa de Mercado e de Opinião
Na prática, podemos empregar o método estatístico para fazer uma Pesquisa de
Mercado ou uma Pesquisa de Opinião.
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UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Quando usamos questões abertas antes de serem mensuradas, elas precisam ser
categorizadas, o que muitas vezes dá muito trabalho e demanda muito tempo.
A planilha também pode ser utilizada para a coleta de dados. É uma Tabela na
qual cada uma das colunas faz a coleta de uma variável específica.
Por exemplo:
Tabela 1. Planilha de Coleta de Dados para traçar perfil dos compradores de uma marca de automóvel
Finalizando
Esperamos que com esta Unidade você tenha compreendido as principais
definições que usamos em Estatística, como utilizar o Método Estatístico, o que é
uma Pesquisa de Mercado e uma Pesquisa de Opinião e como deve proceder para
confeccionar um Questionário ou uma Planilha para Coleta de Dados.
Até a próxima!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
AULANET: Curso de Estatística
http://www.oocities.org/paris/rue/5045/2A0.HTM
ALEA. Acção Local de Estatística Aplicada
https://goo.gl/5Ly59r
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
http://www.ibge.gov.br/home/
ENCE: Escola Nacional de Ciências Estatísticas
http://www.ence.ibge.gov.br/
Leitura
Estatística Básica
GRANZOTTO, A. J. Estatística Básica
http://intervox.nce.ufrj.br/~diniz/d/direito/ou-estatistica.doc
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UNIDADE Conceitos Fundamentais de Estatística
Referências
CRESPO A. A. Estatística Fácil. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
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Probabilidade
e Estatística
Material Teórico
Tabelas e Gráficos
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Tabelas e Gráficos
• Tabela
• Gráficos
• Classificação dos Gráficos
• Construção de Gráficos
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Resumir dados em Tabelas de Frequência e depois apresentá-los na
forma de Gráficos;
· Construir tabelas de frequência;
· Classificar gráficos de acordo com seus dados e aparência;
· Construir gráficos de Barras, de Setores e Histogramas.
ORIENTAÇÕES
Você está em mais uma Unidade de nossa Disciplina. Após ter conhecido
como ir a campo e coletar dados, a proposta deste estudo é informá-lo(a)
a respeito dos conceitos básicos para a construção de Tabelas e Gráficos
estatísticos que facilitarão a organização e a tabulação dos dados coletados.
Contextualização
Acredito que você já ouviu falar sobre a nova Lei que proíbe ao motorista a
ingestão de qualquer quantidade de álcool...
Várias perguntas são feitas, mas a principal é sempre: “Quanto álcool posso
beber antes de dirigir?”
Veja que a Lei assume tolerância zero com o álcool. Antes, um motorista podia
ter até 0,6 gramas de álcool por litro de sangue (duas latas de cerveja). Agora,
mais do que zero de álcool é infração gravíssima, com multa de R$ 955,00 e
suspensão do direito de dirigir por um ano. No princípio, enquanto se aguardam
regulamentações, haverá tolerância de 0,2 gramas de álcool.
Agora, por meio de um gráfico de linha, vamos ver uma atividade prática
resolvida falando sobre esse assunto quando ainda era permitida a ingestão de 0,6
gramas de álcool por litro de sangue.
Questão
A legislação de trânsito brasileira considera que o condutor de um veículo está
dirigindo alcoolizado quando o teor alcoólico de seu sangue excede 0,6 gramas
de álcool por litro de sangue. O gráfico abaixo mostra o processo de absorção e
eliminação do álcool quando um indivíduo bebe, em um curto espaço de tempo, de
1 a 4 latas de cerveja.
0,9
Álcool no Sangue (g/litro)
1 lata
0,8
2 latas
0,7 3 latas
4 latas
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (horas)
6
III – Se uma pessoa toma rapidamente quatro latas de cerveja, o álcool contido na
bebida só é completamente eliminado após se passarem cerca de 7 horas da ingestão.
(E) I, II e III.
Resposta
Alternativa D: as afirmações II e III estão corretas.
Vamos à Resolução
I – O álcool é absorvido pelo organismo mais lentamente do que é eliminado
– “FALSO”.
É falso, pois observando o gráfico, percebemos que a curva realizada por cada
lata de cerveja consumida sobe mais rapidamente em nosso organismo, em tempo
(horas), para chegar ao ponto máximo do que ao descer. Isso quer dizer que nosso
organismo absorve mais rapidamente a cerveja do que ela é eliminada.
Está correto, pois a legislação (antiga) permite até 0,6 gramas de álcool por
litro de sangue e, graficamente, o consumo de duas latas de cerveja (linha na cor
verde) não atinge essa medida.
Está correto, pois a curva realizada pela ingestão de quatro latas de cerveja (linha
na cor azul) demora um total de 7 horas, pelo organismo, desde seu consumo até
sua eliminação.
No caso da Lei “tolerância zero” fica evidente, pelo gráfico, que após ingerir-
mos bebida alcoólica é preciso certo tempo para que ela possa ser eliminada pelo
nosso organismo.
Agora, não deixe de verificar o conteúdo teórico desta Unidade, trazendo mais
detalhes sobre a elaboração de Tabelas e Gráficos estatísticos!!!
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UNIDADE Tabelas e Gráficos
Tabela
É um quadro que resume um conjunto de dados “tabulados” dispostos segundo
linhas e colunas de maneira sistemática.
Toda tabela tem:
∑ fi =
Variável (xi) Frequência Absoluta (fi) Frequência Relativa (fri) Porcentagem (fri%)
f
Devem ser colocados
Obtida da contagem direta fri = i
todos os valores n
dos valores ou realizações fri%= fri x 100
assumidos pela variável fi = frequência absoluta
da variável
em estudo ∑ fi ou n = nº total de elementos
da sequência em estudo
Totais ∑ fi ou n 1,0 100
8
Vejamos um exemplo de como construir uma Distribuição de Frequência variá-
vel discreta.
A sequência a seguir representa as notas de 30 alunos em uma prova de
Estatística. Obtenha a Distribuição de Frequência variável discreta.
Solução
1) Primeiro vamos transformar os dados brutos em rol e vamos pintar cada uma
das notas com cores diferentes para facilitar a contagem das frequências absolutas.
fi 8
3 8 fri= = = 0, 2667 0,2667 x 100 = 26,67
n 30
fi 13
4 13 fri= = = 0, 4333 0,4333 x 100 = 43,33
n 30
fi 4
5 4 fri= = = 0, 1333 0,1333 x 100 = 13,33
n 30
Totais 30 1,0 100
Arredondamento
Vamos relembrar rapidamente como é feito o arredondamento:
Parte inteira do número Parte decimal do número
10,3
9
9
UNIDADE Tabelas e Gráficos
Exemplo 1
Exemplo 2
Resposta
Após o resumo das notas na Tabela de Frequência variável discreta, conseguiremos
verificar que a nota de Estatística mais frequente foi a nota 4 com 43,33%, seguida
da nota 3, que aparece com uma porcentagem de 26,67%.
Como a nota máxima era 5, podemos dizer que o desempenho da sala nesta
Disciplina foi muito bom.
Variável (xi) Frequência Absoluta (fi) Frequência Relativa (fri) Porcentagem (fri%)
f
Colocar os valores
Obtida da contagem direta fri = i
assumidos pela variável n
dos valores presentes em fri%= fri x 100
em estudo agrupados fi = frequência absoluta
cada faixa de valores
por faixa de valores ∑ fi ou n = nº total de elementos
da sequência em estudo
Totais ∑ fi ou n 1,0 100
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Para a construção dessa distribuição, devemos ter conhecimento de alguns conceitos.
Para isso, vamos usar um exemplo para podermos indicar adequadamente cada
um dos conceitos que iremos definir.
Peso de mulheres
Intervalo de Peso (Kg) Frequência (fi) Frequência Relativa (fri) Porcentagem (fri%)
51 | - 55 12 0,30 30
55 | - 59 18 0,45 45
59 | - 63 10 0,25 25
Totais 40 1,0 100
AT = Xmax – Xmin
Xmáx = 63 Xmin = 51
AT = 63 – 51 = 12
Note que essa escrita é uma escrita matemática de intervalo numérico, quer dizer
que nessa linha podemos colocar pesos entre 51 e 54,9 Kg. Temos o intervalo
fechado à esquerda e aberto à direita, o que significa que inclui o número que
está à esquerda e exclui o número que está à direita.
Na terceira linha, temos a faixa de pesos 59 |- 63, o que significa que só podem
ser colocados pesos entre 59 e 62,9 Kg.
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UNIDADE Tabelas e Gráficos
Limite de classe
Quando a variável é agrupada em faixas, cada intervalo de classe fica caracterizado
por dois números reais. O menor é chamado de limite inferior (l) da classe e o
maior de limite superior da classe (L).
Solução
1) Vamos construir a Distribuição de Frequência variável contínua, pois essas
notas assumem valores bem distintos que variam entre 2 e 9,5. Uma Distribuição
de Frequência variável discreta não faria adequadamente o resumo dos dados.
3) Como o valor mínimo das notas Xmin = 2 e o valor máximo das notas
Xmáx = 9,5, vamos construir as faixas para agrupar esse valores de 2 em 2, ou seja,
H = 2, pois, dessa forma, conseguiremos faixas para colocar todas as notas.
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Distribuição de Frequência variável contínua para as notas de Matemática
Explicação Notas de Matemática Frequência (fi) Frequência Relativa (fri) Porcentagem (fri%)
Cabem notas de 2 fi 4 fri%= fri x 100
2 |- 4 4 fr= = = 0, 20
a 3,9 i
n 20 0,20x100 = 20
Cabem notas fi 6
4 |- 6 6 fr= = = 0, 30 0,30 x 100 = 30
de 4 a 5,9 i
n 20
Cabem notas fi 6
6 |- 8 6 fr= = = 0, 30 0,30 x 100 = 30
de 6 a 7,9 i
n 20
Cabem notas fi 4
8 |- 10 4 fr= = = 0, 20 0,20 x 100 = 20
de 8 a 9,9 i
n 20
Totais 20 1,0 100
Resposta
Ao agrupar os dados na Tabela de Frequência variável contínua, conseguimos
perceber que as faixas de notas mais frequentes são as de 4 |- 6 e de 6 |- 8, cada
uma delas com 30% das notas que os alunos tiraram em Matemática.
Importante! Importante!
Observe que se olharmos somente para a Tabela de Frequência, dentro de cada uma das
faixas de notas, não dá pra saber, por exemplo, na faixa 2 |- 4, quantas notas 2; 2,5; 3;
e 3,5 tínhamos exatamente nos dados brutos. Esse tipo de distribuição dá uma ideia do
comportamento da variável; porém, não é tão precisa como na variável discreta.
Gráficos
São representações visuais dos dados estatísticos. Eles servem na interpretação
de dados para tomadas de decisão.
Gráfico de Informação
São gráficos destinados, principalmente, ao público em geral, objetivando
proporcionar visualização rápida e clara.
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UNIDADE Tabelas e Gráficos
Gráfico de Análise
São Gráficos que se prestam melhor ao trabalho estatístico, fornecendo elementos
úteis à fase de análise dos dados, sem deixar de ser também informativos.
25 Fundamental 11 22%
Médio 31 62%
20
Superior 7 14%
15 Pós-graduação 1 2%
Total 50 100%
22%
10
14%
5
2%
14
Classificação dos Gráficos
Os Gráficos usados na representação de dados estatísticos podem ser classificados
de diversas formas, como veremos a seguir.
15
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UNIDADE Tabelas e Gráficos
Gráfico em Setores
Este Gráfico é construído com base em um círculo e é empregado sempre que
desejamos ressaltar a participação do dado no total.
O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores quantas
são as partes.
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10% 5%
15%
40%
360º
Futebol
Vôlei
Basquete
30%
Natação
Outros
Pictogramas
São construídos a partir de figuras representativas da intensidade do fenômeno.
Esse tipo de gráfico tem a vantagem de despertar a atenção do público leigo,
pois sua forma é atraente e sugestiva. Os símbolos devem ser autoexplicativos. A
desvantagem dos pictogramas é que apenas mostram uma visão geral do fenômeno,
e não detalhes minuciosos.
Número de Gratificações
25
17
8
5 5
4 4
Produtividade
Engenharia
Contabilidade
Humanos
Financeiro
Gestão
de Risco
Marketing
Recursos
Departamentos
Veja o exemplo a seguir.
17
17
UNIDADE Tabelas e Gráficos
Cartogramas
São ilustrações relativas a Cartas Geográficas (Mapas). O objetivo desse gráfico
é o de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas
ou políticas.
Histograma
É formado por um conjunto de retângulos justapostos, cujas bases se localizam
sobre o eixo horizontal, de tal modo que seus pontos médios coincidam com os
pontos médios dos intervalos de classe.
Histograma - Gráfico
20% 26%
16%
12%
12%
10%
4%
18 25 32 39 46 53 60 67
Construçao de Gráficos
Vamos aprender a construir Gráfico de Barras, de Setores e Histograma,
por serem os mais utilizados em Estatística. Cada Distribuição de Frequência gera
um Gráfico.
Gráfico de Barras
É utilizado para representar Distribuições de Frequência variável discreta. Ele
é representado por um conjunto de hastes (retângulos) verticais separados entre
si, em um sistema de coordenadas cartesianas que tem por base os valores ou
realizações da variável em estudo e por altura as porcentagens correspondentes.
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Vejamos um exemplo.
Solução
Para construir o Gráfico, usamos a coluna da variável (notas) e a coluna das
porcentagens. Vamos construir o eixo xy (plano cartesiano). Sobre o eixo x, iremos
representar cada uma das notas e sobre o eixo y cada uma das porcentagens
referente a cada nota.
Notas de Estatística
50,00%
43,33%
45,00%
Nota 1
40,00%
35,00% Nota 2
30,00% 26,67%
25,00% Nota 3
20,00%
13,33% Nota 4
15,00% 10,00%
10,00% 6,67%
Nota 5
5,00%
0,00%
Nota 1 Nota 2 Nota 3 Nota 4 Nota 5
Resposta
Ao observar o Gráfico, concluímos que a nota mais frequente nessa turma foi a
nota 4, seguida da nota 3.
Podemos dizer que a turma está de parabéns, pois a maioria dos alunos (70%)
teve notas boas, vez que a prova valia 5.
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UNIDADE Tabelas e Gráficos
Gráfico de Setores
É utilizado para representar Distribuições de Frequência variável discreta. O
gráfico de setores é construído sobre uma circunferência. Cada setor ou parte
em que essa circunferência fica dividida é proporcional às frequências relativas da
variável em estudo.
Vejamos um exemplo.
Solução
Para construir o gráfico, devemos primeiramente calcular cada setor circular:
Sabemos que o setor referente a masculino será maior que o setor referente
a feminino.
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Genêro dos Funcionários
de uma empresa
37% Masculino
63% Feminino
Resposta
Observando o Gráfico, podemos concluir que nessa empresa há mais homens
do que mulheres.
Histograma
É utilizado para representar a Distribuição de Frequência variável contínua.
O Histograma é um conjunto de retângulos verticais e justapostos (colados),
representado em um sistema de coordenadas cartesianas. As bases são os intervalos
de classe da variável em estudo e as alturas as porcentagens correspondentes.
Vejamos um exemplo.
Solução
Vamos pegar os valores das variáveis e das porcentagens para construir o gráfico.
O Excel resolve esse problema facilmente.
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UNIDADE Tabelas e Gráficos
40% 51 |- 55
30% 55 |- 59
30% 25% 59 |- 63
20%
10%
0%
Peso (kg)
Conclusão
Ao observar o gráfico, concluímos que 45% das mulheres investigadas tem peso
entre 55 |- 59 quilos, 30% das mulheres tem peso entre 51 |- 55 e 25% das
mulheres tem peso entre 59 |- 63 Kg.
Finalizando
Nesta Unidade, aprendemos bastante coisa nova, não é mesmo?!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
INVEST MAX: Padrões Gráficos ou Formações Gráficas
http://www.investmax.com.br/iM/content.asp?contentid=663
Entendendo a importância da Estatística
https://goo.gl/iswPpp
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
https://ww2.ibge.gov.br/home/
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UNIDADE Tabelas e Gráficos
Referências
CRESPO, A. A. Estatística Fácil. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
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Probabilidade
e Estatística
Material Teórico
Medidas de Posição
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Medidas de Posição
• Medidas de Posição
• Finalizando
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· A proposta deste estudo é conceituar as medidas de posição, em
especial, as medidas de tendência central.
· Entre elas, você verá: o que é, como calcular e como interpretar
as medidas de tendência central chamadas de média aritmética e
ponderada, moda e mediana.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Medidas de Posição
Contextualização
Sobre a importância da Média Aritmética, o autor Alex Bellos, em seu livro Alex
no País dos Números, destaca que, no fim do século XIX, o matemático francês
Henri Poincaré suspeitava que sua padaria local, em Paris, estava roubando no peso
dos pães e por isso decidiu utilizar a “Média Aritmética”, no interesse da justiça.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Todos os dias, durante um ano, pesou seu “quilo” diário de pão. Poincaré sabia
que, se pesasse menos de um quilo algumas vezes, isso não seria prova de má-fé,
pois é de se esperar que o peso varie um pouco para cima e um pouco para baixo
de um quilo. Ele imaginava que o peso do pão poderia variar em virtude de erros
na fabricação do pão, como a quantidade de farinha usada e o tempo que o pão
ficava no forno, que são aleatórios.
Depois de um ano, ele examinou todos os dados que tinha reunido e a “Média
Aritmética” do peso dos pães foi de 950 gramas, e não um quilo, como se anunciava.
A suspeita de Poincaré confirmou-se. O eminente cientista estava sendo enganado,
por cinquenta gramas em média, em cada quilo de pão. Diz a lenda que Poincaré
alertou as autoridades parisienses e o padeiro foi seriamente advertido.
8
Em outro trecho do livro, o autor Alex Bellos diz que o cientista Francis Galton
(século XIX), primo-irmão de Charles Darwin, tinha paixão por medir coisas e se
utilizava da Média Aritmética para tirar conclusões. Ele construiu um “laboratório
antropométrico” (é um ramo da Antropologia que estuda as medidas e dimensões
das diversas partes do corpo humano) em Londres, onde qualquer um podia entrar
para ter altura, peso, força da mão, velocidade de golpe, visão e outros atributos
físicos medidos por ele.
Num artigo publicado na Nature, em 1885, ele contou que, enquanto assistia
a uma reunião muito chata, começou a medir a frequência com que seus colegas
se mexiam e, por meio do cálculo da média dessas frequências, pode determinar o
nível de tédio que uma plateia manifesta durante um evento.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Com esse objetivo, sugeriu um novo campo de estudos sobre “cultivo da raça”,
ou aperfeiçoamento da linhagem de uma população pela reprodução seletiva.
Apesar de muitos intelectuais liberais do fim do século XIX e começo do século
XX terem apoiado seus estudos como forma de melhorar a sociedade. O desejo
de “criar” seres humanos mais inteligentes foi uma ideia que não demorou a ser
distorcida e dasacreditada. Nos anos 1930, seus estudos tornaram-se sinônimo de
políticas nazistas homicidas para criar uma raça ariana superior.
9
9
UNIDADE Medidas de Posição
Olhando para trás, é fácil ver que traços classificatórios, como inteligência e
pureza racial, podem levar à discriminação e ao preconceito. Por surgir quando se
medem características humanas, a curva sobre a média ficou associada à tentativa
de classificar alguns seres humanos como intrinsecamente melhores do que outros.
O exemplo mais explícito disso foi a publicação, em 1994, de um livro polêmico e
discutido com mais veemência nos últimos anos dos autores Richard J. Herrnstein
e Charles Murray, que afirma que as diferenças de QI (Quociente de Inteligência)
entre grupos raciais comprovam diferenças biológicas.
Fonte: <https://www.significados.com.br/qi/>
Bellos, Alex. Alex no País dos Números – Uma Viagem ao Mundo Maravilhoso da
Explor
10
Segundo o MEC, é natural que cerca de 50% dos estudantes tenham
apresentado desempenho abaixo da média, por mera questão estatística.
Qualquer que seja a média estabelecida para diferentes valores, como
peso, altura e desempenho em provas, sempre um número próximo à
metade estará abaixo da média.
A nota diz ainda que “se os alunos com desempenho abaixo da média
estiverem dispersos em um número maior de escolas em relação aos
estudantes com notas superiores à média de instituições que concentram
grande número de matrículas, a quantidade de unidades de ensino abaixo
da média será superior”.
Explor
11
11
UNIDADE Medidas de Posição
Medidas de Posição
As Medidas de Posição mais importantes são as Medidas de Tendência Cen-
tral e as Medidas Separatrizes. As Medidas de Tendência Central recebem esse
nome por se posicionarem no centro da variável em estudo. As principais são:
média aritmética, moda e mediana. Outras menos usadas são as médias: geo-
métrica, harmônica, quadrática, cúbica e biquadrática.
As medidas separatrizes são números reais que dividem a variável em estudo,
quando está ordenada, em n partes que contém a mesma quantidade de elementos.
As principais medidas separatrizes são: a própria mediana, os quartis, os quintis,
os decis e os percentis.
Neste estudo, trabalharemos com as Medidas de Tendência Central por serem
as mais importantes e as mais utilizadas na prática.
∑ xi
x1 + x2 + x3 + + xn = Parcela
i =1 Genérica
Operação de Adição
entre as parcelas. Índice (posição)
n
∑x
i =1
i Leitura: “Soma dos valores de xi, para i variando de 1 até n”.
Importante! Importante!
Para que a soma possa ser representada por essa notação, é fundamental que “i” assuma
todos os valores inteiros consecutivos entre dois valores dados. Assim, a soma:
Representação INCORRETA, em virtude de a soma estar fora de sequência!
4
x1 + x2 + x4 ≠ ∑ xi
i =1
↑
Representação CORRETA:
4
∑ xi
x1 + x2 + x3 + x4 =
i =1
12
Aprendendo com exemplos:
Resolução:
∑x
i =1
i = x1 + x2 + x3 + x4 + x5 + x6 + x7
Portanto:
∑x
i =1
i = 380 + 430 + 404 + 360 + 450 + 296 + 580
7
∑x
i =1
i = 2.900 kg
∑ xi
a) x1 + x2 + x3 + x4 + x5 =
i =1
∑ xi
b) x1 + x2 + x3 + x4 =
i =1
∑ xi
c) x3 + x4 + x5 + x6 =
i =3
∑ xi2
d) x12 + x22 + x32 + x42 =
i =1
3
e) ( x1 − 10 )2 + ( x2 − 10 )2 + ( x3 − 10 )2 = ∑ ( x − 10 )
2
i
i =1
7
f) 2 x + 2 x +2 x + 2 x =
4 5 6 7 ∑ 2 xi i =4
13
13
UNIDADE Medidas de Posição
∑ ( x − 3) = ( x − 3) + ( x3 − 3) + ( x4 − 3) + ( x5 − 3)
2 2 2 2 2
h) i 2
i =2
3
∑ ( x − b) = ( x − b) + ( x − b ) + ( x3 − b )
3 3 3 3
i) i 1 2
i =1
3
∑ ( x − x) ( ) ( ) ( )
2 2 2 2
j) i ⋅ fi = x1 − x ⋅ f1 + x2 − x ⋅ f 2 + x3 − x ⋅ f3
i =1
Atividades práticas
1) Escreva na notação sigma, as seguintes somas (codificando-as):
a) x1 + x2 + x3 + x4 + x5 + x6 =
b) x2 + x3 + x4 + x5 =
c) (x1 + 2) + (x2 + 2) + (x3 + 2) =
d) (x1 – 10) + (x2 – 10) + (x3 – 10) + (x4 – 10) =
e) (x10 – 3)4 + (x11 – 3)4 + (x12 – 3)4 =
f) (x1 – 15)2 . f1 + (x2 – 15)2 . f2 + (x3 – 15)2 . f2 =
∑( x − a)
2
i) i ⋅ fi =
i =1
2
3
3x
j) ∑ i − 5 =
i =1 2
14
a) ∑x i
b) ∑ fi =
c) ∑ x ⋅ f =
i i
d) ∑ i ⋅ x = i
e) ∑ x ⋅ f =
2
i i
f) ∑ ( x − 12 ) ⋅ f
2
i i =
Ela é aplicada nos cálculos de médias escolares, em muitas situações que vemos
nos jornais, como em pesquisas de opinião e de variação de preço de mercado-
rias, entre outras. Você nunca se perguntou acerca da origem das informações
dadas pelos institutos de pesquisa, como “no Brasil, cada mulher, tem em média
1,5 filhos”? Esses resultados vêm de análises estatísticas. Para esse caso em es-
pecífico, escolheu-se um grupo de mulheres e foi perguntado a cada uma delas o
número de filhos. Feito isso, somou-se o total de filhos, e o valor encontrado foi
dividido pela quantidade de mulheres pesquisadas. Esse exemplo é um caso de
cálculo de média aritmética.
15
15
UNIDADE Medidas de Posição
∑x i
Somar cada um dos valores
que a variável (xi) assume
x= i =1
n Total de elementos
estudados (n)
Ou seja: x
=
∑x i
x
⇒=
x1 + x2 + x3 + + xn
n n
Aprendendo com exemplos
1) Sabendo-se que a venda de arroz “Tipo A”, durante uma semana, foi de 100,
140, 130, 150, 160, 180 e 120 quilos, qual foi a média de venda diária de arroz
durante a semana?
Resolução
Substituindo na fórmula:
Calculando a média:
Resposta
16
2) A sequência representa as notas de estudantes na Disciplina de Gestão
Financeira X: 4, 5, 5, 6, 6, 7, 7, 8. Determine a média aritmética dessas notas.
Somamos todas as
notas e dividimos
x
=
∑x i
x
⇒=
4+5+5+6+6+7+7+8
x 6
⇒= por 8, pois foram
n 8
observadas as notas
de 8 estudantes.
Resposta
Atividades Práticas
Dados agrupados
Dados agrupados: O agrupamento dos dados facilita o cálculo das medidas de tendência
Explor
central. Consiste em montar uma Tabela com o número de repetições dos elementos.
∑f i
Soma de todos os
i =1 elementos observados
17
17
UNIDADE Medidas de Posição
Ou Seja:
=x
∑x ⋅ f =
i
⇒x
( x ⋅ f ) + ( x ⋅ f ) + ( x ⋅ f ) ++ ( x
i 1 1 2 2 3 3 n ⋅f n )
∑f i f + f + f ++ f 1 2 3 n
Importante! Importante!
Resolução
xi fi xi . fi
0 2 0.2=0
1 6 1.6=6
2 10 2 . 10 = 20
3 12 3 . 12 = 36
4 4 4 . 4 = 16
Total ∑fi = 34 xi.
18
x
=
∑ xi.=
fi 78
= 2,3
∑ fi 34
Cálculo da Média:
ou
x
∑ xi.=
fi 0.2 + 1.6 + 2.10 + 3.12 + 4.4 0 + 6 + 20 + 36 + 16 78
= = = 2,3
∑ fi 2 + 6 + 10 + 12 + 4 34 34
Resposta
Resolução
xi fi xi . fi
155 6 155 . 6 = 930
158 4 158 . 4 = 632
160 24 160 . 24 = 3840
162 12 162 . 12 = 1944
165 4 165 . 4 = 660
Total ∑fi = 50 ∑xi.fi = 8006
Cálculo da Média:
=x
∑=
xi. fi 8006
= 160,12
∑ fi 50
ou
19
19
UNIDADE Medidas de Posição
Resposta
x=
∑ xi. fi ⇒ 155.6 + 158.4 + 160.24 + 162.12 + 165.4 ⇒ 930 + 632 + 3840 + 1944 + 660 ⇒ 8006 ⇒ 160,12
∑ fi 6 + 4 + 24 + 12 + 4 50 50
Atividades práticas
20
Para usar esta fórmula,
x=
∑ xi. fi temos de ter o valor
∑ fi de “xi” e do “fi”.
Resolução
Para podermos calcular a média, é preciso achar o “xi” de cada faixa da Tabela.
Consideramos, então, que “xi” é o ponto médio entre o limite inferior (li) e o limite
superior (Li) de cada uma das classes.
Fazemos, então:
li + Li
Ponto médio “xi” =
2
Para ajudar nos cálculos, vamos organizar as variáveis na seguinte Tabela:
Cálculo da Média
x
=
∑x .fi i
x
⇒=
2440
x 61
⇒=
∑f i 40
ou
=x
∑ xi. fi =
⇒x
4.52 + 9.56 + 11.60 + 8.64 + 5.68 + 3.72
⇒
∑ fi 4 + 9 + 11 + 8 + 5 + 3
21
21
UNIDADE Medidas de Posição
Resposta
Resolução
2000 + 2200
2.000 ├─ 2.200 12 = 2100 12 x 2100 = 25200
2
2200 + 2400
2.200 ├─ 2.400 6 = 2300 6 x 2300 = 13800
2
2400 + 2600
2.400 ├─ 2.600 4 = 2500 4 x 2500 = 10000
2
Total ∑fi = 30 ∑xi.fi = 64200
Cálculo da Média
=x
∑x .f i i
⇒
= x
64200
⇒
= x 2140
∑f i 30
ou
=x
∑ xi. fi =
⇒x
8.1900 + 12.2100 + 6.2300 + 4.2500
⇒
∑ fi 8 + 12 + 6 + 4
15200 + 25200 + 13800 + 10000 64200
⇒
= x ⇒
= x ⇒
= x 2140
30 30
22
Resposta
Atividades práticas
Moda (mo)
Indicada por mo, é o valor que ocorre com maior frequência em uma sequência
ou série de valores. Por exemplo, o salário mais comum em uma fábrica é chamado
de salário modal, isto é, o salário recebido pelo maior número de empregados.
23
23
UNIDADE Medidas de Posição
Explor
A Moda tem um significado intuitivo, na medida em que popularmente associamos esse
termo a algo que é encontrado ou utilizado com bastante frequência, quando, então,
dizemos que “está na moda”. Um exemplo disso é quando vamos comprar um Celular ou
uma Roupa de acordo com o que “está na moda”.
Esse termo foi criado em 1895, pelo matemático britânico Karl Pearson (1857-1936), que
contribui muito para o desenvolvimento da Estatística como Disciplina Científica séria
e independente.
Você concorda?
Uma sequência pode ser classificada de acordo com o número de modas que
possui em:
Há séries que apresentam apenas um valor repetido; chamamos de série UNIMODAL ou MODAL.
24
2) A série Z: 3 , 5 , 8 , 10 , 12 não apresenta moda; portanto, dizemos que a
série é amodal.
Há séries que não têm valor modal, isto é, nenhum valor aparece mais vezes que outros; então,
chamamos de série AMODAL.
Há séries em que pode haver dois valores de concentração; chamamos de série BIMODAL.
Resolução
Resposta
25
25
UNIDADE Medidas de Posição
Resolução
Resposta
Resolução
fi ( mo ) − fi ( ant )
M 0 li ( mo ) +
= .h
2. fi ( mo ) − fi ( ant ) + fi ( post )
26
Substituindo na fórmula de Czuber e fazendo os cálculos, temos:
11 − 9 2 2
Mo =58 + .4 =58 + .4 =58 + .4 =58 + 0, 4.4 =58 + 1, 6 =59, 6
2.11 − [9 + 8] 22 − 17 5
Resposta
A moda das estaturas dos bebês é igual a 59,6 cm, ou ainda, a estatura de bebês
mais frequente é 59,6 cm.
Resolução
fi ( mo ) − fi ( ant )
M 0 li ( mo ) +
= .h
2. fi ( mo ) − fi ( ant ) + fi ( post )
8−5 3 3
Mo = 1600 + .300 ⇒ Mo = 1600 + .300 ⇒ Mo = 1600 + .300 ⇒
2.8 − [5 + 3] 16 − 3 8
⇒ Mo = 1600 + 0,375.300 ⇒ Mo = 1600 + 112,50 ⇒ Mo = 1712,50
Resposta
27
27
UNIDADE Medidas de Posição
Atividades práticas
Mediana (md)
Indicada por md, a mediana é o valor real que separa o rol (dados já organiza-
dos) em duas partes, deixando à sua direita o mesmo número de elementos que
à sua esquerda.
Resolução
28
Ordenando, temos:
0 0 0
n +1 7 +1 8 0 O valor “9” ocupa
= = = 4 a 4ª posição.
2 2 2
Resposta
O valor que divide a série em duas partes iguais é o número 9. Logo, a mediana
dessa sequência é 9 (md = 9). Podemos dizer que 50% dos valores da sequência X
são menores do que 9 e 50% dos valores são maiores do que 9.
Resolução
0 0 0
n + 1 11 + 1 12 0 A mediana é a turma que
= = = 6 ocupa a 6ª posição no Rol.
2 2 2
Resposta
29
29
UNIDADE Medidas de Posição
Resolução
Ordenando, temos:
Posição: a a a a a a a a
Elementos de Z: 7 8 9 10 13 13 15 21
0 0 0 0
n 8 n 8
4 e + 1 = + 1 =( 4 + 1) =5
0 0 0
= =
2 2 2 2
Temos um problema!
A Mediana não pode ser dois números.
E agora?
10 + 13 23
md
= = = 11,5
2 2
Resposta
A mediana da sequência Z é 11,5. Podemos dizer que 50% dos valores dessa
sequência são menores do que 11,5 e 50% são maiores do que 11,5.
Resolução
0 0 0 0
n 10 n 10
5 e + 1 = + 1 =( 5 + 1) =6
0 0 0
=
=
2
2 2 2
30
Assim, posicionando os elementos em Rol (ordem crescente), encontramos:
Posição: 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª
Turmas: 28 37 37 37 40 41 41 44 46 48
40 + 41 81
md
= = = 40,5
2 2
Resposta
A mediana será 40,5 (md = 40,5). Dizemos que 50% das turmas do 1° Ano
de Engenharia possuem menos de 40,5 alunos e 50% mais de 40,5 alunos.
Importante! Importante!
Notas (xi) fi
2,0 3
5,0 4
8,0 9
10 5
Total ∑ fi = 21 Número ÍMPAR
de elementos.
Resolução
31
31
UNIDADE Medidas de Posição
0 0
n + 1 21 + 1 0 22 0 A mediana é a nota que ocupa
= = = 11 a 11ª posição na Tabela.
2 2 2
Explor
Nessa situação, para facilitar nossos cálculos, abriremos ao lado da coluna das
frequências (fi) outra coluna que chamaremos de fac, ou seja, frequência acumulada.
Resposta
A nota mediana de Língua Portuguesa é 8 (md = 8). Podemos dizer que 50%
das notas são menores ou iguais a 8 e 50% são maiores ou iguais a 8.
Temperaturas em °C “xi” fi
0° 3
1° 5
2° 8
Número PAR
3° 10
de elementos.
5° 6
Total ∑ fi = 32
Resolução
32
Logo, as posições dos termos centrais são:
0 0 0 0
n 32 n 32
16 e + 1 = + 1 = (16 + 1) = 17
0 0 0
=
=
2 2 2 2
É fácil! Lembra-se?
Abriremos ao lado da coluna das frequências (fi) outra coluna, que chamaremos
de fac, ou seja, frequência acumulada.
Nessa coluna, iremos acumular em cada linha as frequências absolutas (fi), da
seguinte forma:
2+3 5
md= = = 2,5
2 2
Resposta
A temperatura mediana é 2,5°C (md = 2,5°C), ou seja, 50% das temperatu-
ras pesquisadas são menores que 2,5°C e 50% maiores que 2,5°C.
Atividades práticas
12) Calcule a mediana da distribuição:
33
33
UNIDADE Medidas de Posição
34
1) Dada à tabela a seguir, que representa as estaturas de 40 pessoas, calcule o
valor da mediana:
1ª Etapa
Essa série tem 40 elementos; portanto, é PAR, logo, as posições dos termos
centrais são:
0 0 0 0
n 40 n 40
20 e + 1 = + 1 = ( 20 + 1) = 21
0 0 0
=
=
2 2 2 2
2ª Etapa
35
35
UNIDADE Medidas de Posição
3ª Etapa
n
− fac ( ant )
md li ( md ) + 2
= .h
fi ( md )
40
− 13
20 − 13 7
md = 58 + 2 ⋅ 4 ⇒ md = 58 + ⋅ 4 ⇒ md = 58 + ⋅ 4 ⇒
11 11 11
md =58 + 0, 6364.4 ⇒ md =58 + 2,5456 ⇒ md =60,55
Resposta
Atividades Práticas
36
A mediana depende da posição do elemento na série ordenada. A média aritmética
depende dos valores dos elementos. Essa é uma das diferenças marcantes entre
mediana e média. A média se deixa influenciar, e muito, pelos valores extremos.
Resoluções
Cálculo da média
x=
∑x i
⇒x⇒
5 + 7 + 10 + 13 + 15 50
= = 10
n 5 5
Cálculo da mediana
Resposta
Cálculo da média
x=
∑ xi ⇒ x= 5 + 7 + 10 + 13 + 65 100
= = 20
n 5 5
Cálculo da mediana
Resposta
Concluindo
37
37
UNIDADE Medidas de Posição
Somatório
∑ xi
a) x1 + x2 + x3 + x4 + x5 + x6 =
i =1
∑ xi
b) x2 + x3 + x4 + x5 =
i−2
3
c) ( x1 + 2 ) + ( x2 + 2 ) + ( x3 + 2=) ∑ ( x + 2)
i =1
i
4
d) ( x1 − 10 ) + ( x2 − 10 ) + ( x3 − 10 ) + ( x4 − 10=) ∑(x
i =1
1 − 10 )
12
e) ( x 10 −3)4 + ( x11 − 3)4 + ( x12 − 3)=
4
∑ ( x − 3) i
4
i =10
3
f) ( x1 − 15 )2 ⋅ f1 + ( x2 − 15 )2 ⋅ f 2 + ( x3 − 15 )2 ⋅ f 2 = ∑(x i − 15 ) ⋅ f i
2
i =1
6
b) ∑x
i =3
2
i = x32 + x42 + x52 + x62
4
c) ∑( x − a) ⋅ f i = ( x1 + a ) ⋅ f1 + ( x2 − a ) ⋅ f 2 + ( x3 − a ) ⋅ f3 + ( x4 − a ) ⋅ f 4
2 2 2 2 2
i
i =1
2 2 2 2
d)
3
3 xi 3 x1 3 x2 3 x3
∑ 2 − 5 = 2 − 5 + 2 − 5 + 2 − 5
i =1
a) ∑x i = 21
b) ∑ fi = 12
c) ∑ x ⋅ f = 60 i i
d) ∑ i ⋅ x =61 i
e) ∑ x ⋅ f = 3342
i i
∑ ( x − 12 )
2
f) i 622
⋅ fi =
38
Média Aritmética
a) A: 2 ; 4 ; 5 ; 6 ; 8 ; 10 ; 13 ; 17 ; 25.
2 + 4 + 5 + 6 + 8 + 10 + 13 + 17 + 25 90
=x ⇒ ⇒ 10
9 9
b) B: 3 ; 3 ; 3 ; 5 ; 5 ; 9 ; 9 ; 9 ; 13 ; 13 ; 20 ; 20 ; 20.
3 + 3 + 3 + 5 + 5 + 9 + 9 + 9 + 13 + 13 + 20 + 20 + 20 132
x ⇒ ⇒ 10, 2
6 13
5) Cálculo do peso:
Cálculo da média
54
x
= ⇒ 4,5 quilos
12
Resposta
O lote foi aprovado, pois pesa 54 quilos (superior a 50 quilos) e 4,5 quilos é o
peso médio de cada produto.
x=
∑x .fi i
⇒ x=
36
⇒ x = 3, 6
∑f i 10
39
39
UNIDADE Medidas de Posição
Resposta
x
∑x .f
i i
⇒ x=
41
⇒ x = 1, 03
∑f i 40
Resposta
5 + 10
2 5 ├─ 10 6 = 7,5 6 x 7,5 = 45
2
10 + 15
3 10 ├─ 15 9 = 7,5 9 x 12,5 = 112,5
2
15 + 20
4 15 ├─ 20 12 = 17,5 12 x 17,5 = 210
2
20 + 25
5 20 ├─ 25 3 = 22,5 3 x 22,5 = 67,5
2
Total ∑fi = 32 – ∑xi.fi = 440
40
Cálculo da Média
x=
∑x .f
i i
⇒ x=
440
⇒ x= 13, 75
∑f i 32
Resposta
Para calcular o tempo total, vamos apenas multiplicar a média de horas por 5.
Então:
Resposta
Como temos em média 13,75 horas para cada motor, para 5 motores o tempo
total previsto de mão de obra será de 68,75 horas.
c) Se a Empresa dispõe no momento de 2 homens trabalhando 9 horas por
dia nessas revisões, conseguirá provavelmente revisar esses 5 motores
em 4 dias?
Vamos primeiro calcular o total de horas dos 2 homens trabalhando 9 horas por
dia em 4 dias. Então:
Agora é fácil verificar que o total de horas dos homens disponíveis (72 horas) é
suficiente para a revisão dos 5 motores e que, conforme a alternativa anterior, são
necessárias 68,75 horas para a revisão.
Resposta
67 + 74
67 ├─ 74 8 = 70,5 8 x 70,5 = 564
2
74 + 81
74 ├─ 81 14 = 77,5 14 x 77,5 = 1085
2
41
41
UNIDADE Medidas de Posição
88 + 95
88 ├─ 95 18 = 91,5 18 x 91,5 = 1647
2
Total ∑fi = 63 – ∑xi.fi = 5008,5
Cálculo da Média
=x
∑x .fi i
⇒
= x
5008,5
⇒
= x 79,5
∑f i 63
Resposta
10)
Resolução
fi ( mo ) − fi ( ant )
li ( mo ) +
M0 = ⋅h
2. fi ( mo ) − fi ( ant ) + fi ( post )
Resposta
A moda das Notas Fiscais é R$ 76,47 ou, ainda, a Nota Fiscal mais frequente é
no valor de R$ 76.47.
42
11)
Resolução
1ª Classe Modal
fi ( mo ) − fi ( ant )
li (mo ) +
M0 = ⋅h
2. fi ( mo ) − fi ( ant ) + fi ( post )
20 − 5 15 15
Mo = 2 + ⋅ 2 ⇒ Mo = 2 + ⋅ 2 ⇒ Mo = 2 + ⋅ 2 ⇒
2.20 − [5 + 12] 40 − 17 23
2 0, 6522.2 ⇒ Mo =+
⇒ Mo =+ 2 1,30 ⇒ Mo =3,30
2ª Classe Modal
fi ( mo ) − fi ( ant )
M 0 li ( mo ) +
= .h
2. fi ( mo ) − fi ( ant ) + fi ( post )
20 − 12 8 8
Mo = 6 + ⋅ 2 ⇒ Mo = 6 + ⋅ 2 ⇒ Mo = 6 + ⋅ 2 ⇒
2.20 − [12 + 3] 40 − 15 25
6 0,32.2 ⇒ Mo =+
⇒ Mo =+ 6 0, 64 ⇒ Mo =6, 64
43
43
UNIDADE Medidas de Posição
Resposta
A moda das notas são duas: mo = 3,30 e mo = 6,64 ou, ainda, as notas mais
frequentes na Disciplina de Marketing são 3,3 e 6,64.
0 0 0 A mediana é o elemento
n + 1 99 + 1 100 0
= = = 50 que ocupa a 50ª posição
2 2 2 na Tabela.
Resposta
A mediana da distribuição é 5 (md = 5). Podemos dizer que 50% dos elemen-
tos são menores ou iguais a 5 e 50% são maiores ou iguais a 5.
0 0 0 0
n 50 n 50
25 e + 1 = + 1 = ( 25 + 1) = 26
0 0 0
=
=
2
2 2 2
44
Distribuição de Frequências Variável Discreta
Posição dos elementos
Idade (anos) “xi” N° de alunos “fi” “fac”
da sequência
17 3 3 1ª até 3ª
A 25ª e
18 18 3 + 18 = 21 4ª até 21ª
26ª idade
19 17 21 + 17 = 38 22ª até 38ª
procurada
20 8 38 + 8 = 46 39ª até 46ª
é 19 anos.
21 4 46 + 4 = 50 47ª até 50ª
Total ∑fi = 50 – –
19 + 19 38
md
= = = 19
2 2
Resposta
A idade mediana é 19 anos (md = 19), ou seja, 50% dos alunos possuem idades
menores ou iguais a 19 anos e 50% maiores ou iguais a 19 anos.
14)
1ª Etapa
Essa série tem 250 elementos; portanto, é PAR, logo, as posições dos termos
centrais são:
0 0 0 0
n 250 n 250
(125 + 1)
0 0
=
= 125 e + 1 = + 1 = = 1260
2 2 2 2
45
45
UNIDADE Medidas de Posição
2ª Etapa
Posição dos
Classes Consumo kWh Nº de famílias fac elementos na
sequência
1 0 ├─ 50 2 2 1ª até 2ª
2 50 ├─ 100 15 2 + 15 = 17 3ª até 17ª
3 100 ├─ 150 32 17 + 32 = 49 18ª até 49ª
4 150 ├─ 200 47 49 + 47 = 96 50ª até 96ª
5 200 ├─ 250 50 96 + 50 = 146 97ª até 146ª
6 250 ├─ 300 80 146 + 80 = 226 147ª até 226ª
7 300 ├─ 350 24 226 + 24 = 250 227ª até 250ª
Total ∑fi = 250 – –
3ª Etapa
n
− fac ( ant )
li ( md ) + 2
md = ⋅h
fi ( md )
250
− 96
125 − 96 29
md = 200 + 2 ⋅ 50 ⇒ md = 200 + ⋅ 50 ⇒ md = 200 + ⋅ 50 ⇒
50 50 50
md = 200 + 0,58.50 ⇒ md = 200 + 29 ⇒ md = 229
Resposta
A mediana estimada dos consumos de energia elétrica é igual a 229 Kwh (md =
229). Significa que 50% das famílias de classe média, com dois filhos, têm consumo
de energia elétrica inferior a 229 Kwh e 50% tem consumo de energia elétrica
superior a 229 Kwh.
46
Finalizando
Pessoal, esta Unidade teve muitos cálculos, não é mesmo?!
Abraços a todos!
47
47
UNIDADE Medidas de Posição
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Gênio da Matemática
https://goo.gl/NDkHxB
Vídeos
Somatório – Explicação – ClickExatas
Explicação sobre o que é o símbolo estatístico Somatório ( ∑ ).
https://youtu.be/ValQ4awhJUY
Estatística Básica #4: Medidas de Tendência Central (parte 1)
Média Aritmética e Ponderada.
https://youtu.be/AxgY43xN0kA
Média em uma Tabela de Dados Agrupados em Classes
Média Aritmética para uma Tabela ou Distribuição de Frequência Variável Contínua.
https://youtu.be/O2FKsLrtCDM
Aula de Estatística – Média, Mediana e Moda
Média, Mediana e Moda (Dados Não Agrupados e Agrupados).
https://youtu.be/cgLVCUJvIIw
Estatística = #5/7 – Moda / Aula do Guto
Definição e exemplo de Moda.
https://youtu.be/rMvuVHcpUns
Estatística Básica #7: Moda para Dados Agrupados
Titio Trevas. Conteúdo: Cálculo da Moda utilizando a fórmula de Czuber (Variável
Contínua). Tempo: 8:57 min.
https://youtu.be/9_mA1EOj-q4
Grings – Moda, Média e Mediana aula 4
Moda, Média e Mediana de dados não agrupados (Variável Discreta).
https://youtu.be/UfupcG1ax6U
48
Vídeos
Grings – Média e Mediana dados agrupados aula 5
Média e a Mediana de uma Tabela ou Distribuição de Frequência Variável Contínua.
Tempo: 14:33 min.
https://youtu.be/7djAJFHYyno
Estatística (Média, Mediana, Moda, Variância e Desvio Padrão) – Prof. Gui
Média Aritmética, Mediana, Moda, Variância e Desvio Padrão.
https://youtu.be/CG_AGULJJz8
Mediana para tabela de distribuição contínua – Somatize
Mediana em tabela ou distribuição de frequência Variável Contínua.
https://youtu.be/SQajFw3p46A
Exercícios Resolvidos – Estatísticas – Prof. Gui.
Exercícios resolvidos de Estatística com Média Aritmética, Mediana, Moda, Variância
e Desvio Padrão.
https://youtu.be/v07FdggMK28
Estatística (ENEM) – Média Aritmética, Mediana e Moda
Prof. Marcos Aba. Conteúdo: Exercícios envolvendo a Média Aritmética, a Mediana
e a Moda.
https://youtu.be/uAtPI64xep4
Mediana – Falando Matemática
Prof. Allan. Conteúdo: Mediana para Variável Discreta e Variável Contínua.
https://youtu.be/52GgnCbf9So
Estatística Básica #8: Mediana para Dados Agrupados
Titio Trevas. Conteúdo: Cálculo da Mediana (Variável Contínua).
https://youtu.be/QPSDMeP1g1E
Leitura
Estatística Descritiva
No site a seguir você irá encontrar material para consulta sobre Estatística Descritiva:
PETERNELLI, L. A.
https://goo.gl/vcPFb7
49
49
UNIDADE Medidas de Posição
Referências
CRESPO A. A. Estatística Fácil. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
50
Probabilidade
e Estatística
Material Teórico
Medidas de Dispersão ou Variação
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Medidas de Dispersão ou Variação
• Introdução
• Cálculo da Variância e Desvio Padrão
• Finalizando
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· A proposta deste estudo é trabalhar com as medidas de dispersão.
Nele você irá aprender como calcular a variância e o desvio padrão
de dados brutos, de dados agrupados em distribuições de frequência
variável discreta e de dados agrupados em distribuições de frequência
variável contínua. Aprenderá também qual o significado do desvio
padrão e em quais situações práticas ele poderá ser empregado.
ORIENTAÇÕES
Para um bom aproveitamento do Curso, leia o material teórico atentamente,
antes de realizar as atividades. É importante, também, respeitar os prazos
estabelecidos no Cronograma.
UNIDADE Medidas de Dispersão ou Variação
Contextualização
Entenda o que é média e desvio padrão de uma prova
O entendimento natural que grande parte dos candidatos utiliza para avaliar seus
desempenhos nas provas é: “acertei mais ou menos questões do que a média?”.
Claro que a premissa vigente é a de que os candidatos mais bem preparados
superam, em número de acertos, a média das provas.
A média é o ponto, no eixo das abscissas, que faria com que o gráfico ficasse
equilibrado, não inclinando nem para a esquerda nem para a direita; em suma, a
média é o ponto, no eixo das abscissas, situado na vertical que passa pelo centro
de gravidade da figura.
6
Distribuição Normal
99,73%
95,45%
68,27%
± 1dp
± 2dp
± 3 desvios padrão
Infelizmente, não é fácil obter uma curva de distribuição normal. O resultado obtido
pelos candidatos em uma prova depende de muitos fatores, entre os quais pode ser
destacada a preparação deles e o grau de dificuldade da prova. Por isso mesmo, é
importante poder avaliar uma prova pelo resultado obtido na sua aplicação.
7
7
UNIDADE Medidas de Dispersão ou Variação
Uma prova, com histograma normal, com média de 15 acertos e desvio padrão
de 4 acertos significa que 99,73% dos candidatos serão encontrados entre os
escores 3 e 27 acertos, (15 - (3 x 4)) e (15 + (3 x 4)). Isso significa que os candidatos
com escores 0, 1, 2, 28, 29 e 30 acertos serão 0,23% da população; portanto,
pouquíssimos, conforme mostrado na figura a seguir, correspondente à distribuição
com desvio 4.
Enquanto que numa prova, também com histograma normal, com média de
15 acertos, mas desvio padrão de 2 acertos, significa que 99,73% dos candidatos
serão encontrados entre os escores 9 e 21 acertos, (15 - (3 x 2)) e (15 + (3 x 2)).
Isto é, também haverá poucos candidatos (0,23%) com escores de 0 até 8 e de
22 até 30 acertos, conforme mostrado na figura correspondente à distribuição
com desvio 2.
Analisando as duas figuras que seguem, é possível concluir que quanto maior
for o desvio padrão, mais aberta é a curva (maior dispersão), ou seja, maior
variedade de escores obtidos pelos candidatos e melhores condições de discriminar
a qualificação dos candidatos.
8
Introdução
As medidas de variação ou dispersão avaliam a dispersão ou a variabilidade
da sequência numérica em análise. São medidas que fornecem informações
complementares à informação da média aritmética. As principais medidas de
dispersão são a variância e o desvio padrão.
Usaremos as letras s2 para denotar a variância de uma amostra e s para denotar
o seu desvio padrão.
s 2
(x i x )2
n 1
• s2= Variância
• xi = Cada um dos valores assumidos pela variável
• x = Média aritmética dos dados brutos
• n = Total de elementos observados
s = s2
• s = Desvio-padrão
• s2= Variância
9
9
UNIDADE Medidas de Dispersão ou Variação
Observe no quadro que a média e o desvio padrão das notas já estão calculados.
1º) Determinar a média aritmética das notas, pois a variância depende dela.
Como são dados brutos, vamos relembrar a fórmula para o cálculo da média.
xi
x
n
48
=
x = 6
8
2º) Vamos calcular a variância das notas da turma A. Para isso, vamos usar a
fórmula para o cálculo da variância de dados brutos, que é:
s 2
(x i x )2
n 1
s2
(x i x )2
(4 6)2 (5 - 6)2 (5-6)2 (6-6)2 (6-6)2 (7-6)2 (7-6)2 (8-6)2
n 1 8 1
4 11 0 0 11 4 12
1, 71
7 7
10
Temos que a variância das notas vale 1,71.
s = s2
=s =
1, 71 1, 31
Considerações
11
11
UNIDADE Medidas de Dispersão ou Variação
s 2
(x x ) .f
i
2
i
f 1 i
• s2= Variância
• xi = Cada um dos valores assumidos pela variável
• fi = frequência absoluta
• x = Média aritmética da variável discreta
• fi 1 = Soma do total de elementos observados menos 1.
Fórmula para o cálculo do desvio padrão
s = s2
• s = Desvio-padrão
• s2= Variância
Vejamos um exemplo.
s2
(x x ) .f
i
2
i
f 1 i
12
Vamos entender o que ela significa
X
x .f
i i
f i
Vamos usar a distribuição das notas de Matemática e abrir uma coluna para
podermos multiplicar xi por fi e calcular a média.
X
x .f
i i
73
3, 65
f i 20
13
13
UNIDADE Medidas de Dispersão ou Variação
Para podermos fazer (x i x )2 .fi , vamos abrir uma nova coluna na distribuição
de frequência das notas de Matemática, para poder facilitar nossos cálculos.
f 1 20 1 19
i
18, 55
Calculando, temos = 0, 98 .
19
A variância das notas de Matemática vale 0,98.
s = s2
• s = Desvio-padrão
• s2= Variância
s 0, 98 s 0, 99 (desvio padrão)
Considerações
Podemos concluir pelos cálculos que o desvio padrão vale 0,99, o que nos
demonstra uma variabilidade pequena nas notas de Matemática.
s 2
(x x ) .f
i
2
i
f 1 i
14
• s2= Variância
• xi = Cada um dos valores assumidos pela variável
• fi = frequência absoluta
• x = Média aritmética da variável discreta
• f 1
i = Soma do total de elementos observados menos 1
s = s2
• s = Desvio-padrão
• s2= Variância
Importante! Importante!
X
x .f i i
f i
15
15
UNIDADE Medidas de Dispersão ou Variação
X
x .f
i i
X
84
8, 4 Temos que a média do banco de horas é 8,4 h.
f i 10
s2
(x x ) .f
i
2
i
f 1 i
(x i x )2 .fi
2 ( xi x )2 .fi 102, 4
Aplicando os valores na fórmula, vem: s s2 11, 38
fi 1 9
16
2º Agora vamos calcular o desvio padrão usando s = s 2
=
Substituindo os valores, temos: s =
11, 38 3, 37
Considerações
Importante! Importante!
Finalizando
Finalizamos mais uma Unidade na qual aprendemos a calcular a variância,
calcular e interpretar o desvio padrão.
17
17
UNIDADE Medidas de Dispersão ou Variação
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
UOL educação
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/matematica
Infoescola
http://www.infoescola.com/estatistica/variancia-e-desvio-padrao
Site da ADVFN
http://wiki.advfn.com/pt/Desvio_Padr%C3%A3o
Vídeos
Vídeo sobre cálculo da media e do desvio padrão
Descrição do vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=8X9apoqlbgs
18
Referências
CRESPO, A. A. Estatística Fácil. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
19
19
Probabilidade
e Estatística
Material Teórico
Introdução à Teoria das Probabilidades
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Introdução à Teoria das Probabilidades
• Introdução
• Conceitos Importantes de Probabilidade
• Probabilidade em um Espaço Amostral Finito
• Cálculo da Probabilidade de um Evento
• Regra da Adição – Probabilidade da União de Dois
Eventos - P(A ∪ B) – Conjunção Ou
• Probabilidade do Evento Complementar
• Regra da Multiplicação – Probabilidade da Intersecção de Dois
Eventos-P (A ∩ B) – Conjunção E
• Finalizando
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Nesta Unidade, você irá aprender um pouco sobre a Introdução
à Teoria das Probabilidades. Definiremos experimento aleatório,
espaço amostral e evento.
· Aprenderemos a calcular a probabilidade de um evento, probabilidade
de um evento complementar e a usar a regra da adição e da
multiplicação de probabilidades.
ORIENTAÇÕES
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos
para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não
aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para
o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por
exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado
horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Contextualização
Convide a moçada para uma aposta em que todos os jogos de azar foram
úteis na construção da Teoria das Probabilidades.
Cenário 1
França, século XVII. Um matemático e filósofo mostra-se preocupado
com um jogo fictício entre duas pessoas igualmente imaginárias. A disputa
havia chegado a um ponto em que um dos participantes aparentemente
tinha mais chance de ganhar do que o adversário. O francês em questão
se pergunta: como dividir com justiça as apostas?
Cenário 2
Alemanha, século XX. Um físico alemão – Werner Karl Heisenberg –
complica ainda mais a crença clássica do determinismo quando afirma
que é impossível especificar e determinar simultaneamente a posição e a
velocidade de uma partícula subatômica com precisão absoluta.
6
Introdução
A Teoria das Probabilidades é utilizada para determinar as chances de um
experimento aleatório acontecer.
Experimento Aleatório
O experimento aleatório é um de tipo prova em que seu resultado não pode ser
determinado antes de se realizar o experimento. Por exemplo: jogar um dado e
anotar o número da face que ficará voltada para cima.
Por exemplo
1. Qual a chance de ocorrência da face
1, 2 e 3 em um dado. Podemos dizer
que a chance é:
Face 1 = 1/6
Face 2 = 1/6
Face 3 = 1/6
Lemos: 1 chance em 6 possibilidades Fonte: iStock/Getty Images
7
7
UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades
Espaço Amostral – Ω
Espaço Amostral é o conjunto formado por todos os resultados possíveis de
um experimento aleatório. Usamos a letra grega ômega, cujo símbolo é Ω, para
identificar um espaço amostral. A notação matemática que usamos é:
Ω { _ , _ , _ , ... }
Evento
Definimos evento em probabilidade como sendo qualquer subconjunto do espaço
amostral. Para designar um evento, usaremos sempre letras maiúsculas do alfabeto.
A = { _ , _ , _ , ... }
Resultado
Espaço amostral Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Evento A: ocorrência de n° par A = {2, 4, 6}
B = {3}
Evento B: ocorrência de n° ímpar
O evento que contém somente UM elemento é
e múltiplo de 3
chamado de evento elementar
C = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Este tipo de evento composto por TODOS os
Evento C: ocorrência de um n° menor que 7
elementos do espaço amostral é chamado de
evento certo
D = {5}
Evento D: ocorrência do n° 5 O evento que contém somente UM elemento é
chamado de evento elementar
E{}
Evento E: ocorrência de um n° maior que 6 O evento, cujo resultado do conjunto é vazio, é
chamado de evento impossível
8
Probabilidade em um Espaço
Amostral Finito
Dado um experimento aleatório, vamos fazer afirmações a respeito das chances
de cada um dos possíveis resultados.
Considere Ω = {a1, a2, a3, ..., an}. Vamos atribuir a cada elemento um número
real que exprima a chance de eles ocorrerem.
• O evento { a1} ocorre com chance P1.
O que queremos dizer é que
• O evento { a2} ocorre com chance P2. podemos associar a cada ele-
mento descrito em um even-
• O evento { an } ocorre com chance Pn. to uma probabilidade.
Por exemplo:
Exemplo 1
Em um teste realizado por uma Universidade, uma questão típica de múltipla
escolha tem 5 respostas possíveis. Respondendo aleatoriamente, qual a probabilidade
de essa questão estar errada?
Resolução
Para calcular a probabilidade do evento questão errada, temos 5 alternativas;
dessas, 4 são erradas e 1 é certa. Portanto, para calcularmos essa probabilidade,
devemos usar a fórmula:
9
9
UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades
4
P (resposta errada) = ou 0,8
5
Resposta
4
A probabilidade de esta questão estar errada é de (lê-se 4 erradas em 5
5
possibilidades) ou, ainda, 0,8.
Exemplo 2
Uma seguradora fez um levantamento sobre mortes causadas por acidentes
domésticos e chegou à seguinte constatação: 160 mortes foram causadas por
quedas, 120 por envenenamento e 70 por fogo ou queimaduras. Selecionando
aleatoriamente um desses casos, qual a probabilidade de que a morte tenha sido
causada por envenenamento?
Resolução
Queremos calcular a probabilidade do evento de morte por envenenamento.
Somando o total de mortes, elas perfazem um total de 350. E as mortes por
envenenamento são 120.
número de maneiras como o evento pode ocorrer
Usando a fórmula P ( A ) = , temos
número de elementos do espaço amostral
Mortes por
envenenamento
120
P (morte por envenenamento) = = 0,343
350
Total de mortes
Resposta
120
A probabilidade de morte por envenenamento é de . Lê-se 120 em 350
350
possibilidades ou, ainda, de 0,343.
Exemplo 3
No lançamento de uma moeda, qual a probabilidade da face que fica voltada
para cima ser “cara”?
10
Resolução
Uma moeda tem um total de duas possibilidades ou a face que fica voltada para
cima é par ou é coroa.
número de maneiras como o evento pode ocorrer
Usando a fórmula P ( A ) = , temos
número de elementos do espaço amostral
1
P (face cara) = ou 0,5.
2
Resposta
A probabilidade de que a face da moeda que fica voltada para cima seja cara é
1
de (lê-se uma possibilidade de cara em duas) ou 0,5.
2
A B
Eventos Mutuamente Exclusivos.
(Não tem elementos em comum)
11
11
UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades
A B
Eventos com Elementos Comuns – Não são Mutuamente Exclusivos
(O mesmo elemento aparece nos dois eventos)
Então, para fazer a união de dois eventos, devemos considerar duas situa-
ções distintas:
• P( A ∪ B ) = P (A) + P(B), quando os eventos A e B são eventos mutuamente
exclusivos (não têm elementos em comum).
• P( A ∪ B ) = P (A) + P(B) – P (A ∩ B), quando há elementos comuns aos
eventos A e B.
Veja que temos de trabalhar com a união de eventos. Note a conjunção ou!
O 1º evento é: fez uso de placebo.
O 2º evento é: estava no grupo de controle.
Resolução
Os eventos são mutuamente exclusivos, pois não tem jeito de uma pessoa ter
feito uso de placebo e estar no grupo de controle. Note no quadro que as colunas
são independentes. Portanto, os eventos são independentes.
12
Temos, então, que: P( A ∪ B ) = P (A) + P(B).
Lembrem-se! Para calcular cada uma das probabilidades, temos de usar a fórmula:
número de maneiras como o evento pode ocorrer
P (A) =
número de elementos do espaço amostral
Resposta
A probabilidade de se obter uma pessoa que fez uso de placebo ou estava no
grupo de controle é de 0,623. Passando para porcentagem, 62,3%.
2. Determine a probabilidade de se obter alguém que tenha usado Seldane ou
que não teve dor de cabeça.
Veja que temos que trabalhar com a união de eventos. Note a conjunção ou!
O 1º evento é: fez uso de Seldane.
O 2º evento é: não teve dor de cabeça.
Resolução
Os eventos NÃO SÃO mutuamente exclusivos; eles apresentam elementos
em comum. Veja na Tabela que a coluna do Seldane cruza com a coluna sem
dor de cabeça.
Isso significa que pessoas que estão no grupo que tomaram Seldane também
estão no grupo das que não tiveram dor de cabeça.
13
13
UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades
Resposta
A probabilidade de se obter alguém que tenha usado Seldane ou que não teve
dor de cabeça é de 0,965 ou, ainda, 96,5%.
O Espaço Amostral é: Ω ={ 1, 2, 3, 4, 5, 6 }.
A = { 1, 3 , 5 }.
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Concluímos com isso que a soma das probabilidades de um evento qualquer com
o seu complementar é sempre igual a 1. Isso significa que todo espaço amostral
tem probabilidade igual a 1, o que justifica dizermos:
P (Ω) = 1
Exemplo 1
Seja P (A) = 2/5, determine P (A).
Resolução
Para calcular o complementar, devemos usar a fórmula:
P(A) = 1 – P (A)
2 5 2 3
P A 1
5 5 5 5
Resposta
3
A probabilidade do complementar de A é ou 0,6.
5
Exemplo 2
Determine P (A), dado P (A) = 0,228.
Resolução
Para calcular o complementar, devemos usar a fórmula:
P(A) = 1 – P (A)
Resposta
A probabilidade do complementar de A é 0,772 ou 77,2%.
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UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades
Exemplo 1
Uma empresa produz um lote de 50 filtros dos quais 6 são defeituosos. Nestas
condições, escolhidos aleatoriamente 2 filtros, determine a probabilidade de ambos
serem bons.
Resolução
Colocamos os 50 filtros em uma caixa, damos assim a todos a mesma oportu-
nidade de serem escolhidos.
Temos, então, nessa caixa, 44 filtros bons e 6 filtros ruins. Retiramos o pri-
meiro deles. Dizemos, então, que a probabilidade de retirada de um filtro bom
é de 44 .
50 44 bons
Total de filtros
Devolvemos esse filtro para a caixa e aí procedemos a uma nova retirada, com
44
a mesma probabilidade de . Ao devolver o filtro para a caixa, o número de
50
elementos do espaço amostral se mantém o mesmo. Isso identifica um evento
independente.
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Retirar dois filtros bons significa que o 1º e o 2º filtros devem ser bons. Veja
que a conjunção usada nesse caso foi e, o que denota que temos de usar a regra
da multiplicação.
44 44 1936
P bom e bom . 0, 774
50 50 2500
Resposta
Escolhidos aleatoriamente 2 filtros, a probabilidade de que ambos sejam bons,
com reposição, é de 0,774 ou 77,4%.
Retirar dois filtros bons significa que o 1º e o 2º devem ser bons. Veja que
a conjunção usada nesse caso foi e, o que denota que temos de usar a regra
da multiplicação.
Resposta
Escolhidos aleatoriamente 2 filtros, a probabilidade de que ambos sejam bons,
SEM reposição, é de 0,772 ou 77,2%
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UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades
Finalizando
Bem, espero que você tenha gostado de estudar e trabalhar com probabilidades.
Parece ser difícil, mas com a prática dos exercícios vai ficar mais fácil. Portanto,
não deixe de realizar a Atividade de Sistematização, para fixar os conceitos que
aprendeu e tirar suas dúvidas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Início da matematização das probabilidades
http://goo.gl/OzO7hV
Banco Internacional de Objetos Educacionais
http://goo.gl/yTM6WD
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UNIDADE Introdução à Teoria das Probabilidades
Referências
CRESPO, A. A. Estatística Fácil. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
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Probabilidade
e Estatística
Material Teórico
Projeto de Pesquisa de Opinião
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Projeto de Pesquisa de Opinião
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Coletar dados a partir de um tema de interesse, por meio de uma
Pesquisa de Opinião;
· Fazer o tratamento dos dados em Tabelas de Frequência e Gráficos;
· Analisar os resultados obtidos a partir da pesquisa e tomar uma decisão.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, você aplicará na prática os conhecimentos que adquiriu ao
longo do semestre com a Disciplina de Probabilidade e Estatística.
Contextualização
Pesquisa de Opinião pública do IBOPE
A Pesquisa de Opinião do IBOPE pode ser utilizada para apontar, por exemplo, dados
sobre o perfil e a imagem de marcas, empresários, políticos, entidades ou instituições.
Flash Telefônico
6
IBOPE Bus
Intenção de voto
Pesquisas que utilizam técnica quantitativa, por meio de entrevistas face a face
nos domicílios, com amostras representativas e segmentadas do eleitorado alvo e
número de entrevistas calculado. Além de intenção de voto, são medidos outros
fatores, como rejeição, potencial de voto, influência de apoios políticos, avaliação
dos governantes, principais problemas do município etc.
Pesquisas Qualitativas
Tracking Telefônico
Pesquisa telefônica feita pelo IBOPE Opinião em parceria com a MQI - Marketing
Quality Information, empresa do Grupo IBOPE. Com abrangência nacional,
estadual ou municipal, possibilita, entre outras coisas, o acompanhamento diário
da avaliação dos programas eleitorais gratuitos apresentados nas redes de TV e a
identificação de opiniões sobre itens específicos da comunicação das campanhas
políticas, assim como eventuais acontecimentos.
7
7
UNIDADE Projeto de Pesquisa de Opinião
Procedimentos
Vamos relembrar quais eram as fases do Método Estatístico, para podermos
aplicá-las no projeto.
Definição do Problema
Fase 2
Planejamento
Fase 3
Coleta de Dados
Fase 4
Fase 5
8
Fase 1: Definição do Problema
Nesta fase, iremos trabalhar com um problema e com objetivos específicos que
gostaríamos de alcançar com a realização da Pesquisa de Opinião.
Situação
Você é responsável pela realização de uma Festa de Confraternização de final de
ano na Empresa em que trabalha ou na Faculdade em que estuda e, para isso, é
necessário que você entreviste as pessoas interessadas em participar da Festa, para
saber sua preferência com relação ao local onde essa Festa será realizada.
Problema
Em qual local devo realizar a Festa de Confraternização de final de ano?
Objetivo
Determinar o local que mais agrada, seus atrativos e traçar o perfil dos
entrevistados.
Fase 2: Planejamento
Nesta fase, temos de determinar se iremos colher a opinião da população (todas
as pessoas envolvidas) ou somente de uma amostra.
Nesse caso, vamos optar por trabalhar com uma amostra de somente 20
(vinte) pessoas que realmente estejam interessadas em participar da Festa
de Confraternização.
Estamos sugerindo 20 (vinte) pessoas devido ao tempo escasso que terão para
fazer a pesquisa; logicamente, para se ter um resultado mais satisfatório, a amostra
deveria ser maior.
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UNIDADE Projeto de Pesquisa de Opinião
Temos ainda de determinar quais são as variáveis que iremos estudar. Nesse caso,
optamos por estudar as variáveis: sexo, idade, estado civil, local de preferência, tipo
de comida preferida, quanto está disposto a gastar na festa, música de preferência,
se gosta de dançar. Para isso, sugerimos esse questionário, de modo que consiga
fazer a coleta de dados rapidamente.
1) Sexo:
Masculino Feminino
2) Idade:
18 a 23 24 a 29 30 a 35 36 a 41 42 a 47 + 47
3) Grau de Instrução:
Não estudou Fundamental Médio Superior
4) Quanto está disposto a gastar na festa (em reais)?
20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 a 99 Mais de 100
5) Gostaria que a festa fosse feita em:
Um restaurante, no jantar
Um restaurante, no almoço
Um bar, à noite
Uma chácara, durante o dia
6) Tipo de comida preferida:
Massa Regional Fast Food
Carne Self Service
7) A música deve ser do tipo? (escolha somente uma opção)
Ambiente Eletrônica Samba MPB
Forró Sertanejo Rock Todos os ritmos
8) Gosta de dançar?
Sim Não
Agradeçemos a todos pela participação!
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Não se esqueça de considerar o cálculo proporcional que fez, ou seja, mais homens,
ou mais mulheres, ou, ainda, a mesma quantidade de homens e de mulheres.
Isso fica a seu critério, pois cada população tem um perfil diferente, né?!
fi
fri =
n
frfe min ino % = frfe min ino x100 frmasculino % = frmasculino x100
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UNIDADE Projeto de Pesquisa de Opinião
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Tabela 6: Distribuição de frequência da preferência por comida
Comida Freq. Abs. (fi) Freq. Rel. (fri) Porcentagem (fri%)
Massa
Carne
Regional
Self-service
Fast-food
Totais
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UNIDADE Projeto de Pesquisa de Opinião
Elaboração de Relatório
De acordo com as informações da Tabela comparativa e dos dados estatísticos,
você deve justificar a escolha do melhor local para a realização da Festa, escrevendo
um relatório detalhado que justifique essa escolha.
Finalizando
Bem, espero que você tenha gostado de realizar as Atividades desta Unidade.
Foi muito bom estar com vocês e espero que essa Disciplina tenha contribuído
de modo que você tenha aprendido não só a teoria da Estatística, mas que quando
for necessário, seja na sua vida pessoal, seja na profissional, consiga usá-la na
prática para resolver problemas em que o uso da Estatística seja pertinente.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
IBOPE
Site do Ibope, um dos maiores Institutos de Pesquisa de Opinião e de Mercado do Brasil
http://www.ibopeinteligencia.com/
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa
Neste site você encontra encontrará um guia de como realizar uma pesquisa de opinião.
http://www.abep.org/codigos-e-guias-da-abep
Projeto de Pesquisa
Este site traz um exemplo de como elaborar um projeto de pesquisa de opinião.
http://goo.gl/BjX4YE
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UNIDADE Projeto de Pesquisa de Opinião
Referências
BARBOSA, Dalva R. R.; MILONE, Giuseppe. Estatística Aplicada ao Turismo e
Hotelaria. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
CRESPO, Antonio A. Estatística Fácil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
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