Sistema Adesivo Convencional
Sistema Adesivo Convencional
Sistema Adesivo Convencional
Introdução
Os materiais restauradores têm sido aprimorados para cumprir as exigências
funcionais e estéticas e, nos últimos anos, a variedade de materiais no
mercado odontológico está cada vez maior. Para a longevidade dos
procedimentos restauradores é necessária uma união efetiva entre os materiais
restauradores e a estrutura dentária
Artigo: Adesivos dentinários
Como surgiu
Um dos maiores problemas da Dentistica restauradora foi a falta de adesão dos
materiais restauradores, que começou a ser sanada com a introdução da
técnica de condicionamento ácido do esmalte por Buonocore1 , em 1955, que
levou ao início da Odontologia Adesiva. Odontologia Adesiva remete ao uso de
materiais que permitam uma adesão com as estruturas dentárias. A união de
materiais restauradores com as estruturas dentárias ainda é motivo de
pesquisa, pois a falta de adesão pode incorrer em diversos problemas, tais
como infiltração marginal, sensibilidade pós-operatória, entre outros.
Artigo: Adesivos dentinários
Adesivos Convencionais
Os sistemas adesivos convencionais caracterizam-se pela aplicação prévia e
isolada de um ácido forte, o ácido fosfórico, sobre as estruturas dentais. Esta
categoria de sistema adesivo está disponível para o uso em três passos ou em
dois passos clínicos.
Nos sistemas adesivos de três passos, primer e adesivo são aplicados
separadamente, enquanto que nos sistemas de dois passos, primer e adesivo
encontram-se em uma única solução
Condicionamento em esmalte
No esmalte, o condicionamento com ácido fosfórico promove a
desmineralização deste substrato e a, consequente, criação de
microporosidades. Posteriormente, estas são preenchidas pelos monômeros
resinosos hidrofóbicos contidos no adesivo, formando os tags resinosos, que
auxiliam na retenção micromecânica da restauração. Uma vez que o esmalte é
um substrato homogêneo, a técnica do condicionamento ácido cria uma
superfície ideal para a adesão, tornando-a duradoura e confiável.
Condicionamento em dentina
em dentina, a adesão é mais complexa. Esta dificuldade se deve à sua
composição mais orgânica e à umidade contida nos túbulos dentinários. Além
disso, observa-se a presença da smear layer, que é uma camada de restos
dentários provenientes de corte com instrumentos rotatórios, bactérias, sangue,
saliva e fragmentos de óleo, que fica depositada na superfície da dentina e
dentro dos túbulos dentinários (smearplug). Esta camada de detritos reduz
consideravelmente a permeabilidade da dentina, diminuindo o fluxo de fluido
dentinários
Sendo assim, o mesmo ácido fosfórico quando aplicado em dentina age de
modo diferente se comparado a sua ação sobre o esmalte. O condicionamento
da dentina com ácido fosfórico envolve a remoção completa da smear layer e a
desmineralização deste substrato com consequente exposição das fibras
colágenas que, posteriormente, serão infiltradas pelos monômeros resinosos
para formação da camada híbrida.
Entretanto, para que haja uma adequada penetração dos monômeros
resinosos por entre as fibras colágenas expostas é necessário manter a
dentina condicionada úmida. Sabe-se que a remoção da smear layer e abertura
dos túbulos dentinários ocasionadas pelo condicionamento ácido aumentam a
permeabilidade dentinária e a condutância hidráulica, o que afeta diretamente o
grau de umidade da superfície da dentina condicionada. Como resultado, o
controle da umidade dentinária para o estabelecimento de uma adequada
adesão representa um desafio para clínicos e pesquisadores