CMGM
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Comportamento do consumidor: processo que está envolvido quando indivi ́duos ou Grupos
Selecionam, Usam, ou se Desfazem de Produtos, Serviços, Ideias, ou Experiê ncias Para
Satisfazerem Necessidades ou Desejos.
Produtos: os si ́mbolos de consumo podem servir de sinais exteriores que usamos para expressar
a nossa identidade.
́
| Semió tica: Os Simbolos em Torno de Nó s
Semiótica é o estudo de como os consumidores interpretam o significado de símbolos.
Qualquer mensagem de marketing tem 3 componentes:
1. Objeto: foco da mensagem (ex: cigarros Marlboro)
2. Sinal: imagem sensorial que representa os significados pretendidos dos
objetos (ex: Cowboy Marlboro)
3. Interpretação: significado derivado (ex: duro, individualista, americano)
| Estudo do Consumidor
Estudo do consumidor - a utilização de método sistemáticos pelos investigadores de
marketing para estudar as decisõ es do consumidor, prática de consumo e os Processos
de troca.
| 1. PERCEPÇÃO
| Marketing Sensorial
As empresas analisam atentamente o impacto das sensações nas nossas experiê ncias com
produtos e serviços. E por isso, o marketing sensorial é uma estratégia que tem como
objetivo estimular os cinco sentidos do corpo humano.
| Sistemas Sensoriais
Visão: elementos visuais na publicidade, no design da loja e na embalagem;
Cheiro: o odor e o aroma também podem despertar emoções e memória. Sentimentos
como fome ou felicidade.
Tato : mostrou ser um fator nas interações na venda. Incentivar os compradores a tocar
num produto encoraja- os a imaginar que são donos, e sabemos que as pessoas
valorizam mais as coisas se as possuem. (ex: produtos para pele, tecidos);
Sabor: contribuem para experiências de vários produtos. O sabor acaba por ser um
grande impulsionador das indústrias dos alimentos e bebidas.
Som: pesquisa tem analisado efeitos de: Música de Fundo e Ritmo a que se fala.
americanos). Um consumidor está exposto a mais de 3500 estímulos sensoriais nas publicidades
a que é exposto.
Os consumidores são expostos a vários estímulos e não reagem da mesma forma a todos, isto é,
concentram-se em alguns estímulos, não reparam noutros e assumidamente ignoram algumas
mensagens. Dai que seja importante captar a atenção. A interpretação é a forma como o
consumidor atribui significado a algo.
Quanto as aplicações de Marketing: localização do produto linear; anúncio com perfume “raspe-
e-cheire”; posição de um anúncio num jornal.
Exposição: grau em que as Pessoas se apercebem de um esti ́mulo que está ao alcance dos
seus recetores sensoriais.
Quando é que nos apercebemos dos estímulos? - A mais baixa intensidade de estímulo que os
consumidores são capazes de perceber:
Limiar absoluto: refere-se ao ni ́vel mínimo de estimulação que pode ser detetado por
um canal sensorial.
Limiar Diferencial: refere-se à capacidade de um sistema sensorial detetar alterações ou
diferenças entre dois estímulos.
Lei de Weber: uma teoria que respeita a diferenciação percebida entre estímulos semelhantes
de intensidades diferentes: quanto maior for o estímulo inicial, maior é a intensidade adicional
necessária para que o segundo estímulo seja percebido como diferente.
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| 2º Atenção é o grau de atividade mental que um indivíduo devota a um estímulo. O grau pode
ser elevado, baixo. As marcas tê m de ter capacidade de chamar à atenção do consumidor que é
exposto a milhares de estímulos diferentes.
Sobrecarga/saturação sensorial, exposição a muito mais informação do que os
consumidores são capazes ( ou desejam processar).
Características da atenção: é seletiva, pode ser dividida e limitada.
Seleção percetual – significa que as pessoas prestam atenção a apenas uma pequena parte dos
estímulos a que estão expostos.
Outros fator de seleção de estímulos são os contrates através de: tamanho, cor, posição e
novidade.
A resposta tem muitas das vezes a ver com os quadros ou esquemas mentais que temos – no
seu esquema mental as pessoas tê m perceções próprias e diferentes que influenciam a
Interpretação da perceção e aceitação que se tem com os produtos.
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Quando existe uma ambiguidade de estímulos ( não são claramente percecionados ou cobre
demasiados significados) o consumidor vai projetar no produto os seus próprios desejos de
modo a atribuir-lhe um significado.
Está é a última etapa do processo de percepção, na qual interpretamos estímulos e os
codificamos em signos: ícones (imagem literal), indexes ( baseia-se em características
semelhantes de outra imagem) e símbolos ( uma imagem tem um significado atribuído pela
sociedade, sinais de obrigação redondos).
A perspetiva de Gestalt ( “todo é maior que a soma das suas partes” – não é possível capturar o
efeito total de um estímulo analisando separadamente cada componente). Esta perspetiva
assume vários princípios de organização de estímulos:
Princípio de Conclusão: as pessoas tendem a perceber uma imagem incompleta como
completa;
Princípio da Semelhança: os consumidores tendem a agrupar objetos que partilham de
características físicas semelhantes;
Princípio Figura-Fundo: uma parte dos estímulos ( a figura) enquanto outras partes se
perdem no pano de fundo (o fundo).
Posicionamento Percetual
O posicionamento percetual é composto por varias dimensões como: qualidade, utilizadores,
ocasiões, concorrência, classe de produto, atributos, liderança de preço e estilo de vida. A partir
destas é construído um mapa percetual, que vai determinar o posicionamento de uma marca
face aos seus concorrentes.
FÁ RMACOS PARA O ALI ́VIO DA DÔ R: Um perfil visual da perceção dos consumidores nas
duas dimensões de “eficácia vs. suavidade.”
Mapas percetuais: uma ferramenta para o posicionamento bidimensional – como o consumidor olha para a marca,
ou como pretendemos percecionar o produto. Feito com base nas perceções do consumidor.
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|APRENDIZAGEM E MEMÓRIA
Existem diversas teorias para explicar o processo de aprendizagem tais como a teoria
comportamental (condicionamento clássico e condicionamento instrumental) e a teoria
cognitiva) que são aplicáveis ao comportamento do consumidor.
Teorias de Aprendizagem
Três teorias de aprendizagem são aplicáveis ao comportamento do consumidor:
→ Condicionamento clássico: Envolve associar um estímulo condicionado e um estímulo não-
condicionado.
→ Condicionamento operante / instrumental: A aprendizagem ocorre devido a consequências
positivas ou negativas do comportamento.
→ Aprendizagem cognitiva: Vê os homens como sendo orientados para objetivos, como
solucionadores de problemas e como processadores de informação.
Emparelhar silabas sem sentido (conjuntos de letras sem sentido) com palavras avaliativas como
beleza ou sucesso, transfere o significado de palavras falsas.
Essas associações são importantes para muitas estratégias de marketing que dependem da
marca e perpetuam o capital da marca, em que uma marca tem pontos fortes de associações
positivas na memória do consumidor e, como resultado, conquista muita lealdade.
Gamificação
A presença ou adição de caraterísticas semelhantes a jogos em qualquer coisa que não seja
tradicionalmente considerada um jogo.
A Gamificação transforma ações rotineiras em experiê ncia adicionando elementos de jogo a
tarefas que, de outra forma, seriam maçadoras.
O grau em que uma pessoa rivaliza (procura igualar )com outra depende do ni ́vel de atratividade
social desse modelo. A atratividade vem de várias componentes, incluindo aparê ncia física,
experiê ncia ou semelhança com o avaliador.
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|O Processo de Memória
A memória é o processo de adquirir informações e armazená-las ao longo do tempo para que
estejam disponi ́veis quando precisarmos.
| 1º Codificação
Prepara os inputs sensoriais para serem armazenados e posteriormente recuperados. Associa os
inputs a informações já existentes na memória (com maior probabilidade ser retida) e atribui
significados:
Significado sensorial: processa o estímulo através do seu significado sensorial (cor ou
forma);
Significado Semântico: processa através de associações simbólicas (mais abstratas –
pessoas ricas bebem champagne);
Memória de Episódios: acontecimentos que são pessoalmente relevantes vão gerar
maior a motivação para reter a informação;
Memória Inspiradoras: associações particularmente fortes, através do exemplo
storytelling, em que as pessoas constroem representações mentais (visuais) da
informação que observam.
| 2º Armazenamento
Tipos de memória
- Memória sensorial: armazenamento temporário de informação sensorial (as sensações são
retidas momentaneamente)
Barreira da Atenção: quando a informação passa para uma “barreira de atenção” é
transferida para memória de curto prazo, onde é retida e interpretada
- Memória de curto prazo: armazenamento breve de informação que está a ser utilizado no
momento.
Processo elaborado: a informação é sujeita a um processo elaborado (o seu significado é
analisado e é comparado com outras informações já existentes) e transferida para a
memória de longo prazo;
- Memória de longo prazo: armazenamento de informação a longo praz
Medir a memória: são cada vez mais os estudos que procuram medir o impacto que a
publicidade provoca nos consumidores através da medição do seu reconhecimento e lembrança
(comumente é utilizado o starch test).
Duas medidas básicas de impacto:
• Reconhecimento(recognition) - exibem-se anúncios aos participantes um de cada vez e
pergunta-se-lhes se já os viram antes.
• Recordação(recall) - pedimos aos consumidores que pensem de forma independente sobre o
que viram.
|Motivação
Motivação refere-se ao que faz “mexer” as pessoas—a força condutora de todo o
comportamento humano. Uma vez despertada uma necessidade, subsiste um estado de tensã o
que leva o consumidor a tentar reduzir ou eliminar a necessidade.
O processo de motivação
Força/Intensidade Motivacional
A força/ intensidade motivacional é o grau em que uma pessoa deseja despender energia para
alcançar um objetivo, uma pessoa dispõe de uma quantidade limitada de energia por isso tem
de dirigi-la a certos objetivos.
Direção da Motivação
Direção motivacional, além de uma força as motivações são orientadas a um objetivo, de forma
a satisfazer uma necessidade específica.
Necessidade vs Desejos: A forma específica como uma necessidade é satisfeita depende de:
história única do indivíduo, experiências de aprendizagem e ambiente cultural. O desejo é a
forma de consumo utilizada para satisfazer essa necessidade (por ex. fome, comum a várias
pessoas, o desejo por determinado alimentos vai variar entre os consumidores).
Tipos de Necessidades
Conflitos Motivacionais
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Maslow sugere que as pessoas devem ter as suas necessidades básicas satisfeitas antes de
passarem para necessidades mais abstratas.
Os marketers usam a hierarquia para o posicionamento. Os marketers podem identificar o seu
produto com uma das necessidades de Maslow. Ex: volvo e necessidade de segurança.
De destacar que, muitas marcas estão associadas a sentimentos de pertença e a aceitação social.
Um trio de Necessidades
Poder: desejo de um indivíduo sentir que controla o seu ambiente (comprar um carro
melhor do que os restantes):
Afiliação: necessidade de amizade, aceitação e pertença (produtos consumidos em
grupo que atenuam o isolamento);
Realização: consumo de um produto que estimula o sentimento de sucesso pessoal,
muito próxima das necessidades de status e de autorrealização;
As necessidades nunca são totalmente satisfeitas; surgem novas necessidades à medida que as
velhas necessidades são satisfeitas; as pessoas que alcançam os seus objetivos estabelecem
objetivos novos e mais ambiciosos para si próprios.
Envolvimento do Consumidor
Medir o Envolvimento
Virtual makeovers – são plataformas que permitem ao consumidor sobrepor a sua face ou o seu
corpo e, assim, ver de forma rápida e fácil como o produto altera a aparê ncia antes de concretizar
a compra.
Valores
Uma crença de que uma situação final desejável que traduz situações específicas que conduzem
o comportamento. Os valores não estão apenas relacionados a situações específicas e assumem
grande importância nas atividades de consumo, uma vez que vários produtos e serviços são
consumidos, porque se acredita que irão ajudar-nos a atingir um objetivo relacionado com os
nossos valores. Todas as culturas têm um conjunto de valores que são comunicados aos seus
membros, designados como valores fundamentais, que vão diferir de cultura para cultura e
formar o sistema de valores cultural. O processo de aprendizagem de crenças e comportamentos
que tem a aprovação da própria cultura é chamado de enculturação. Contrariamente, o processo
de aprendizagem do sistema de valores e comportamentos de outra cultura é chamado de
aculturação.
Materialismo
O materialismo pode ser visto como um valor geral, subjacente a outros valores do consumidor.
Este refere-se à importância que as pessoas atribuem a bens mundanos. Muitas sociedades
desenvolvidas são fortemente materialistas. Os materialistas tendem a valorizar os bens
associados com status e aparências, valorizando símbolos do sucesso, (como relógios caros),
enquanto os não materialistas tendem a valorizar produtos que potenciam a interação com os
outros ou lhes dão maior prazer. Tal justifica o facto de bens “materialistas” serem mais caros e
exclusivos. Contudo, há sinais que mesmo em sociedades fortemente materialistas, muitos
indivíduos estão a desenvolver sistemas de valor em que contrabalançam trabalho c/
relacionamentos pessoais.
Uma escala para medir o materialismo – 3 categorias ((“admiro as pessoas que têm casas, carros
e roupas caras”); centralidade (“compro apenas o que preciso”), felicidade (“seria mais feliz se
pudesse comprar certas coisas”).
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O próprio é visto como estando dividido em: íntimo/ interior (mais privado) e exterior (mais
público). O próprio pode ser independente (mais frequente nas culturas ocidentais) e
interdependente (mais frequente nas culturas orientais).
Muitos de nós (senão a maioria) sentimos que a nossa aparê ncia física e as nossas posses afetam
o nosso “valor” como pessoa. Escolhemos muitos produtos, desde carros a perfumes, porque
queremos destacar ou ocultar algum aspeto do “próprio.” O Próprio (The Self): ”O ser essencial
de uma pessoa que a distingue das outras, especialmente considerado como objeto de
introspecção ou ação reflexiva.”
Os produtos podem:
- Ajudar-nos a alcançar o próprio ideal;
-Ser consistentes com o próprio real.
A “gestão de impressão” (impression management) significa que trabalhamos para “gerir” o que
os outros pensam de nós.
Fantasia - Aproximar os “Sujeitos”: Os consumidores em que a discrepância entre o pró prio real
e ideal é grande são bons alvos para apelos à fantasia.
| O Autoconceito refere-se a crenças que uma pessoa mantém acerca dos seus atributos e de
como ele/ela avalia essas qualidades. É constituído por vários atributos, alguns a que se atribui
para enfâse- componentes:
Conteúdo: ( Atratividade Física vs. Capacidade Mental);
Positividade ou Negatividade (autoestima);
Intensidade, estabilidade no tempo e exactidão.
Ex: anorexia. Uma pessoa avalia-se com base no seu peso (é o conteúdo), a avaliação é baseada
na negatividade (imagem negativa que a pessoa tem de si), em relação à intensidade é muito
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intenso. À estabilidade no tempo costuma haver muita estabilidade no tempo, pois é um dos
problemas mais difíceis de curar. Exatidão – a pessoa acha que é gorda (logo a exatidão é
nenhuma)
O que é a Autoestima?
A Autoestima refere-se ao grau de positividade do autoconceito de uma pessoa. A autoestima é
influenciada pelo processo em que o consumidor compara os seus atributos atuais com os seus
atributos ideais. O “ideal” é como uma pessoa gostaria de ser e o “real” corresponde à avaliação
realista dessa pessoa. A distância entre “ideal” e o “real” difere entre os consumidores.
Consumidores em que esta discrepância seja grande são bons targets para comunicações de
apelos À fantasia – aproximação entre o sujeito ideal.
Normalmente, as pessoas com baixa autoestima esperam não ter um bom desempenho e
tentam evitar constrangimentos, fracassos e rejeições.
Identidade
O autoconceito de uma pessoa é um projeto inacabado.
- Cada elemento que contribui para o nosso autoconceito é uma identidade.
Modelos de Congruência com a Autoimagem afirmam que os produtos serão escolhidos quando
os seus atributos se ajustem a algum aspeto do “próprio.”
O Próprio-Ideal: mais relevante para produtos de forte expressão social.
O Próprio-Real: mais relevante para produtos funcionais, do dia-a-dia.
Congruê ncia Produto-Consumidor: excitável/calmo; racional/emocional;
formal/informal
É possi ́vel ter as trê s abordagens juntas (ex: casamentos. Autocomplementação simbólica: as
mulheres querem sentir-se princesas e por isso usam um vestido grande, a tiara; como as
pessoas a vão ver, a festa: interacionismo simbólico; entre todos os vestidos de noiva o que ela
se identifica mais – o que tem a ver com ela
Ex: ex: quando há um incê ndio, as pessoas dizem que perderam parte delas)
O Próprio Digital
O consumidor pode construir versõ es do seu “próprio” em contexto online. Avatars. Em
contexto de jogos, de criar personagens. Com tudo aquilo que fazemos nas redes sociais
estamos a construir um próprio online. “Você é aquilo que coloca em contexto digital”
Com as tecnologias digitais que vão estando disponi ́veis (e.g., Fitbit) as pessoas
capturam, acompanham e usam dados sobre elas próprias para gerir melhor a saúde, a
qualidade do sono, a pegada de carbono, e outros aspetos importantes das suas vidas.
Fazem a avaliação do próprio, tornar mais fácil a sua vida.
• Wearable computing (e.g., Apple Watch)
Género
Muitas pessoas evitam falar sobre orientação e identidade sexual ou expressão de
género por ser tabu ou porque tê m medo de dizer algo errado.
Atendendo à complexidade e à constante evolução da terminologia associada ao
género tê m sido criados glossários com termos e significados para ajudar a tornar as
conversas sobre o tema mais fáceis .
É importante respeitar a terminologia que mais se adequa à forma como cada pessoa
de identifica em termos de género.
Tomada de decisão de rotina – decisões que são tomadas com pouco ou nenhum esforço
consciente.
Tomada de decisão limitada – direta e simples, os consumidores não estão tão motivados para
pesquisar a informação e avaliar as alternativas, usam regras de decisão básicas.
Tomada de decisão complexa – inicia com um motivo que está relacionado com o autoconceito
e a decisão a tomar implica um certo nível de risco, pelo que o consumidor procura recolher o
máximo de informação possível.
Reconhecimento do problema
O Estado Ideal: onde queremos estar.
O Estado Atual: onde estamos agora.
Procura de Informação
Procura de Informação - é o processo pelo qual o consumidor procura, no seu ambiente,
informação adequada para tomar uma decisão.
Procura contínua (manter a informação atualizada) – visa expandir o conhecimento para uso
futuro (gera compras mais eficientes e pode se tornar influenciador), aumenta a compra
impulsiva e a satisfação da compra futura
O saber prévio do consumidor – a procura de informação tende a ser maior entre aqueles
consumidores que têm um conhecimento moderado acerca do produto.
|Avaliação de alternativas
É esta a fase que exige o maior esforço por parte do consumidor, também porque existem cada
vez mais produtos semelhantes (até de uma mesma marca) a “lutar” pela atenção dos
consumidores.
Categorização do Produto
Primeiro nível (englobante): mais abstrata categorização geral do produto (sobremesa)
Níveis básicos: agrupa produtos que têm muito em comum, embora defina um limite de
alternativas (sobremesa que engorda vs. Sobremesa que não engorda)
Níveis subordinados (os mais específicos): podem incluir marcas individuais (gelado, tarte).
Compra e Pós-venda
|Orientações de compra
Comprador económico – racional, orientado por objetivos, maximiza o valor do seu
dinheiro;
Comprador personalizado – desenvolve laços fortes com o pessoal da loja;
Comprador ético – apoia mais forte/estabelecimentos comerciais de comerciantes locais
que grandes cadeias;
Comprador apático – não gosta de comprar, um afazer necessário mas desagradável;
Comprador recreacional – considera fazer compras como uma atividade social divertida.
| O ambiente de compra
Imagem da Loja
Localização.
Sortido de Mercadoria Adequado.
O Saber e a Simpatia do Pessoal de Vendas.
Conceção da Atmosfera é o esforço consciente de conceber o espaço nas suas múltiplas
dimensõ es, tais como cores, aromas e sons, para provocar certos efeitos nos
compradores.
|Satisfação pós-compra
A Satisfação/Insatisfação do consumidor é determinada pelos sentimentos globais, ou atitude,
que um indivíduo mantém relativamente a um produto depois de o ter adquirido. É influenciada
por: preço, marca, publicidade, garantias, cartas e contactos de acompanhamento e perceções
quanto a qualidade do produto.
Os “Marketers” deverão encorajar os clientes a reclamar dado que as pessoas tendem a divulgar
amplamente as suas experiências negativas que não tenham sido resolvidas.
O que pode fazer um cliente que não esteja satisfeito com um produto ou serviço?
- atuação baseada na insatisfação: expressar a resposta, resposta privada, resposta junto de
terceiros (pública)
Os Marketers defrontram-se com o problema da paridade das marcas consiste na crença dos
consumidores de que não existem diferenças significativas entre marcas, problema com o qual
o marketing se defronta, procurando diferenciar os seus produtos dos concorrentes.
A fidelização requer tanto atitude como comportamento
BLOCO II
|Elementos da marca
Os componentes que identificam uma marca são elementos da marca. A chave para criar uma
marca: Escolha de um nome, logótipo, si ́mbolo, design de embalagem ou outra caracteri ́stica
que identifique um produto.
- Importante: o que distingue de outros produtos.
Marca - é mais que um produto - Pode ter dimensõ es que o diferenciam de alguma forma.
Podem ser racionais e tangi ́veis - relacionadas com o desempenho do produto da marca - ou
mais simbólicas, emocionais e intangi ́veis - relacionadas com o que a marca representa
Enquanto um produto é algo que podemos é algo que podemos oferecer ao mercado para que
possa ser adquirido, utilizado ou consumido e via satisfazer uma necessidade. Assim, existem 5
níveis de um produto (Kotler):
1. Benefício essencial - necessidade ou desejo fundamental satisfeito
2. Produto Básico - versão com atributos ou caracteri ́sticas absolutamente
necessárias ao seu funcionamento, mas sem caracteri ́sticas distintivas.
3. Produto Esperado - atributos ou caracteri ́sticas esperadas, quando os
consumidores compram o produto
4. Produto Aumentado - atributos adicionais do produto, benefícios ou serviços
relacionados que distinguem o produto dos concorrentes.
5. Produto Potencial – todas as melhorias e transformações que um produto
poderá sofrer no futuro.
Assim uma marca é muito mais do que um produto, uma vez que tem dimensões que podem
diferenciar o produto de outros produtos destinados a satisfazer uma mesma necessidade. Estas
dimensões podem ser tangíveis – relativas à performance do produto – ou intangíveis – o que a
marca representa. Por exemplo, a Coca-Cola é mais do que uma bebida refrescante. Para os
americanos, representa um símbolo da América, tradição, nostalgia e um relacionamento forte.
Estas marcas tornaram-se líderes de mercado por compreenderem o consumidor, os seus
desejos e motivações, e por criarem imagens e associações dos seus produtos relevantes e
apelativas. Ao criarem diferenças percecionadas entre os produtos através do branding e
desenvolvimento de uma boa relação com o consumidor, os marketeers acrescentam valor à
marca o que pode traduzir-se em mais benefícios financeiros para a empresa.
Consumidores
Identificação da origem do produto
Atribuição de responsabilidade ao produtor
Redução do risco
Redução do custo de procura
Instrumento simbólico
Sinal de qualidade
|Empresas
Meios de Proteção legal de recursos exclusivos
Sinal de ni ́vel de qualidade para clientes satisfeitos
Meios de dotar produtos com associações únicas
Meio de identificação para simplificar o manuseio ou rastreamento
A imagem refere-se à perceção do consumidor sobre a marca e reflete todas as associações que
este mantém na sua memória. Estas associações podem estar associadas aos atributos
específicos do produto ou serviço, ou aos seus benefícios (o valor pessoal e significado que os
consumidores atribuem ao produto). A força (relevância pessoal e consistência), favorabilidade
(dos atributos e associações, depende do contexto) e o caráter único (vantagens competitivas)
destas associações condicionam a resposta dos clientes para com a marca e para com as
atividades de marketing de suporte.
Nota: Uma vez que o poder de uma marca reside na mente dos clientes, o desfio é assegurar
que os clientes têm o tipo certo de experiência com os produtos & serviços e que os seus
programas de marketing criam as estruturas da marca certas: pensamentos, sentimentos,
imagens, perceções e atitudes.
Desempenho (considerações mais funcionais): descreve de que forma o produto vai ao encontro
das necessidades, mais funcionais, dos consumidores. Normalmente, o posicionamento de uma
marca baseia- se nas suas vantagens em termos de desempenho. Este inclui 5 atributos:
matérias primas e recursos, confiabilidade, durabilidade e utilidade do produto, eficácia
(satisfação dos requisitos dos consumidores), eficiência (quão rápido os satisfaz) e empatia do
serviço, estilo & design e, finalmente, o preço.
Missão
Define o objetivo da Coca-Cola a longo-prazo enquanto Companhia, sendo o critério seguido
para alcançar trê s metas fundamentais:
•Refrescar o mundo
•Inspirar momentos de otimismo
•Criar valor e marcar a diferença
Visão - Está inserida no âmbito do plano de trabalho da Coca-Cola e descreve o que precisa de
ser feito para alcançar a máxima sustentabilidade, qualidade e crescimento. Com isso, a
Companhia pretende alcançar os seguintes objetivos adaptados a diferentes áreas:
Pessoas: ter um bom lugar para trabalhar para que os trabalhadores se sintam inspirados
a dar o melhor de si.
Bebidas: oferecer uma variedade de produtos de qualidade que antecipem e satisfaçam
os desejos e necessidades dos consumidores.
Parceiros: desenvolver uma rede de trabalho para criar valor mútuo e duradouro.
Planeta: ser um cidadão responsável que marque a diferença, ajudando a construir e
apoiar comunidades sustentáveis.
Ganhos: maximizar o retorno para os acionistas mantendo presentes as responsabilidades
gerais da Companhia.
Produtividade: ser uma organização eficaz e dinâmica.
|POSICIONAMENTO DE MARCAS
Posicionamento- refere-se ao lugar que a marca ocupa na mente dos consumidores. Uma boa
articulação do posicionamento da marca é fundamental para guiar a estratégia de marketing,
pois clarifica: o que a marca é; em que medida é semelhante às marcas correntes; e a justificação
para que os consumidores devam comprar e usar a marca.
Pontos de paridade – são atributos partilhados com outras marcas. Existem três tipos de
associações são:
Pontos de paridade da categoria: condições necessárias para a escolha da marca;
Pontos de paridade competitivos – são as associações destinadas a negar os pontos de
diferença dos concorrentes, e nos quais a marca procura estar em situação de equilíbrio.
Pontos de paridade correlacionais – são as associações negativas que surgem devido a
existência de outras associações mais positivas de uma marca (“se uma marca é boa
numa coisa não pode ser boa noutra” - por ex. é difícil de acreditar que uma marca que
é a mais barata tem a melhor qualidade)
Escolher Pontos-de-diferença
Um dos desafios ao definir estes pontos é a relação inversa que pode existir na mente dos
consumidores, que tendem a maximizar e correlacionar os atributos negativas como positivos,
o que é ainda dificultado pelos concorrentes (que procuram destacar-se com um PDP num
atributo que nos é negativo). Um ponto fundamental é saber lidar com um trade-off (conflito de
escolha, optar por algo que tem nos traz um benefício, mas ao mesmo tempo acarreta um
problema).
Mapa Mental é um mapa que representa as associações da marca mais salientes (as associações
“top-of-mind”).
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|Mantra
O “Mantra” da marca é uma expressão do “coração e alma” da marca. Mantras da marca são
frases curtas de trê s a cinco palavras que captam a verdadeira essê ncia ou espírito do
posicionamento da marca e os valores da marca.
|Posicionamento
Geralmente, grandes alterações no posicionamento são pouco frequentes: Somente
quando as circunstâ ncias reduzem significativamente a eficácia dos pontos-de paridade
pontos-de-diferença existentes
No entanto, o posicionamento deverá evoluir para refletir melhor as oportunidades ou
desafios do mercado
Os PDD ou PDP podem ser refinados, adicionados ou descartados conforme as situações
exigirem
|ELEMENTOS DA MARCA
Brand Building:
Memorável: reconhecido e recordado facilmente
Significativo: Credível & Sugestivo
Apelativo: rico em símbolos visuais e verbais; divertido e interessante; sentido
de Estética
Mais defensivos:
Adaptável: Flexível e Atualizável
Passível de Proteção: Legal e
concorrencial
Transferível: dentro e através de
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Uma marca bem escolhida pode dar uma contribuição apreciável para a criação de
valor da marca.
O nome da marca pode ser o mais central de todos os elementos da marca.
O nome pode ter um papel decisivo na criação do capital da marca. A escolha do nome é muito
importante pois capta o tema ou as associações chave de um produto de forma compacta e
económica e eficaz em termos de comunicação. O nome é o elemento mais difícil para os
profissionais de marketing alterarem: intimamente ligado ao produto na mente dos
consumidores.
Um nome de marca deve ser: Facilmente lembrado; Fortemente sugestivo da classe do produto
e dos benefícios que serviram de base para o posicionamento; Inerentemente divertido ou
interessante; Rico com potencial criativo; Transferi ́vel para uma ampla variedade de produtos e
de contextos geográficos e culturais; Duradouro e relevante ao longo do tempo; Fortemente
protegi ́vel tanto legalmente quanto competitivamente.
Desenvolver Associações
Escolher um nome memorável é necessário, mas geralmente não é suficiente, sendo necessário
que a marca tenha um significado mais amplo para o consumidor que aquele que é transmitido
pela categoria a que pertence.
Mais que considerações relacionadas com o desempenho, os nomes de marca podem ser
escolhidos para comunicar elementos mais abstratos. Os nomes de marca podem ter base
fortemente intangi ́vel e emocional para despertar certos sentimentos (e.g., perfume Hypnô se)
URLs (Uniform Resource Locators) são utilizados para especificar localizações de páginas na Web
e são designadas frequentemente como nomes de domi ́nios.
Na Internet a lembrança (e não só o reconhecimento) é um fator cri ́tico, pelo menos numa fase
inicial, pois os clientes devem recordar o nome de domi ́nio para acederem ao site. Contribui para
as fontes de tráfego direto no Google Analytics.
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| Logótipos e Símbolos
Logótipos e si ́mbolos são elementos visuais da marca que tê m com frequê ncia um papel cri ́tico
no desenvolvimento do capital da marca, especialmente em termos de notoriedade da marca.
Os logos podem ser centrados em palavras (aparecem com o nome da empresa), para logos
abstratos, ou símbolos (logos sem palavras e não diretamente relacionados com o nome ou
atividades da empresa). Estes logos e símbolos podem ser distintos e facilmente reconhecíveis.
Outros benefícios dos logos é a sua versatilidade e transferíveis (especialmente os não verbais)
para outras culturas e categorias de produtos. Os logos (ao contrário dos nomes) podem ser
adaptáveis ao longo do tempo e ter aspeto mais contemporâneo.
|Slogans
Slogans são frases curtas que comunicam informação descritiva ou persuasiva sobre a marca.
Um dos papéis mais importantes dos slogans é o de reforçar o posicionamento da marca e ajudar
a estabelecer os pontos-de-diferença desejados.
Alguns dos slogans mais poderosos são aqueles que contribuem para desenvolver o capital da
marca de múltiplas formas. Podem jogar com o nome da marca de forma a criar tanto
notoriedade como imagem. Exemplo: combinar o desempenho superior do produto com o
imaginário aspiracional do utilizador.
Os slogans são provavelmente o elemento da marca mais fácil de alterar ao longo do tempo.
Alguns slogans extremamente poderosos podem, contudo, “aprisionar” a marca, dificultando a
sua atualização no sentido desejado.
|Personagens
Personagens constituem um tipo especial de si ́mbolo da marca: um que assume a forma humana
ou que ganha caracteri ́sticas em que “tem vida.” Personagens podem ser figuras/desenhos
animados ou figuras mais reais com ação.
|Jingles
Jingles são mensagens musicais escritas em torno da marca.
Jingles podem ser vistos como slogans ampliados que são musicais e,
assim, são considerados como um elemento da marca.
Os jingles, dada a sua natureza musical, são menos transferíveis que outros elementos da marca.
Com frequê ncia um bom jingle repete o nome da marca de forma inteligente e divertida, o que
proporciona múltiplas possibilidades de Codificação. Para além disso as pessoas tendem a repeti-
los mentalmente, o que proporciona mais formas de Codificação e aumenta a possibilidade de
memorização.
| Embalagem
Envolve atividades de conceção e produção de recipientes e invólucros para um produto. Tem
como objetivo: identificar a marca, passar informação descritiva e persuasiva, facilitar o
transporte e proteção do produto e ajudar no seu armazenamento (em casa) e consumo.
Objetivos:
Identificar a marca
Passar informação descritiva e persuasiva
Assistir na armazenagem em casa
Facilitar o consumo do produto
Considerada o “quinto P” do marketing-mix (packaging); importante para desenvolver o
capital da marca diretamente ao criar pontos-de-diferença devido aos elementos
estéticos ou funcionais da embalagem ou indiretamente pelo reforço da notoriedade ou
imagem da marca.
| Em Síntese
Cada elemento da marca pode desempenhar um papel diferente na construção do capital da
marca:
Os profissionais de marketing “misturam e combinam”(“mix and match”)para maximizar
o capital da marca
Identidade da marca:
O conjunto de todos os elementos da marca
Contribuição de todos os elementos da marca para a notoriedade e imagem.
Resumos Comportamentos de Mercados e Gestão de Marcas 2023/2024
Associações do tipo-resposta
• Juízos (especialmente credibilidade)
• Sentimentos
Associações do tipo-significado
Desempenho do produto ou serviço
Imaginário associado ao produto ou serviço
A alavancagem da marca através de associações secundárias pode ser feita através da ligação da
marca com:
|Empresa
Empresa: marca institucional pode evocar associações comuns relativamente a atitudes,
atributos ou benefícios de diferentes produtos, pessoas e relacionamentos; programas e valores;
e credibilidade da instituição/ empresa.
Esta ligação pode ser seguir 2 estratégias de marca: estratégia comum, associa-se a uma
entidade que é coerente com as associações desejáveis para a marca; estratégia de
complementaridade – são escolhidas entidades com associações pouco semelhantes. Esta
associação nem sempre é útil e depende da notoriedade e imagem envolvidas, se as entidades
pertencerem a mesma categoria podem gerar ceticismo e suspeitas.(ex: seguradoras ou
petrolíferas)
Canetas Mont Blanco (Suiça); automóveis BMW (Alemanha); walkman Sony (Japão); perfumes
Chanel (França); sapatos e malas Gucci (Itália) Distinguir perceções do mercado doméstico e do
externo.
|Canais de Distribuição
Os estabelecimentos retalhistas podem afetar indiretamente o capital da marca dos produtos
que vendem pela influê ncia das associações inferidas acerca desses produtos com base na
imagem dos estabelecimentos retalhistas na mente dos consumidores.
Processo de “transferê ncia de imagem.”
|Co-Marca /Co-branding
Co-marca ocorre quando duas ou mais marcas existentes são combinadas num produto conjunto
ou são geridas juntas de alguma forma.
|Licenciamento
O licenciamento envolve acordos contratuais pelos quais empresas podem usar os nomes,
logos, personagens, etc. de outras marcas para comercializarem as suas próprias marcas em
troca de um pagamento. Equivale a “alugar” outra marca que contribua para desenvolver o
capital da marca do seu próprio produto.
Walt Disney considerada como “campeã̃ do licenciamento.”
|Endosso de Celebridades
A utilização de pessoas muito conhecidas e admiradas para promover produtos é uma prática de
marketing com tradição já longa
Cristiano Ronaldo
Tiger Woods
Cristina Ferreira