Relátorio T. e M.
Relátorio T. e M.
Relátorio T. e M.
Antiguidade
Século: III a.C. até V a.C.
Onde o pensamento geográfico ainda era um saber geográfico, porém já
estavam caminhando para se tornar uma ciência, devido a contribuição dos
povos como os gregos, romanos, árabes e entre outros. Os gregos, tiveram
grande importância para a civilização ocidental tanto qualitativa, como
quantitativa, eles possuíam essa importância devido o grande desenvolvimento
de sua cultura. Era um povo conquistador, e através de suas conquistas
absorviam conhecimentos de outros povos, como o da mesopotâmia, onde
aprenderam uma série de ensinamentos astronômicos, movimento da revolução
lunar em torno da terra, e conhecimentos de geometria, era também um povo
navegador, graças as conquistas de Alexandre, o Grande (356 a.C á 323 a.C)
com isso, expandiram gradativamente seu comercio, conquistando terras e
espalhando sua influência, para os outros povos. Com o conhecimento do
espaço geográfico se ampliando, houve um aumento das pesquisas dos
sistemas de relações entre a sociedade e a natureza. Dentro do dito, tudo isso
estimulou os escritores que contavam o que viam e ouviam, e estudiosos que
pesquisavam a natureza das coisas, tais como:
Homero (IX a.C á VIII a.C), onde em suas obras buscava salientar a Guerra dos
Estados, dando ricas informações sobre as ilhas gregas e a Costa da Ásia
Menor, em suas obras como Odisséia e Ilíada.
Heródoto (485 a.C e 425 a.C), considerado o pai da história, e até certo ponto
um precursor do determinismo geográfico, onde faz a descrição dos países e
regiões onde a história estudou, percorrendo a maior parte do mundo habitável
conhecido como Ucrânia e India, até o estreito de Gibraltar.
Estrabão (63 a.C á 25 a.C), escreveu uma obra de 17 volumes que se chama
“Geographical”, no qual aborda o formato da terra, descrevendo suas
experiências de viagem, onde é caracterizado mais como um guia para uso
militar. A Estrabão cabe todo o reconhecimento de ser utilizado pela primeira vez
o termo “Geografia”
Eratóstenes ( 276 a.C á 194 a.C), considerado pai da Geografia na Antiguidade
pelos seus estudos importantes sobre as mediações da Terra que realizou, foi
pioneiro na medição do raio do planeta Terra. Elaborou mapas de todas as terras
emersas dentro de um quadriculado geográfico.
Aristóteles (384 a.C á 322 a.C.) contribuiu para o desenvolvimento do
conhecimento geográfico, admitiu a esfericidade da Terra, tratou de problemas
também como a erosão, a formação dos deltas, a relação entre plantas e animais
e o meio físico, as variações do clima com a latitude, e as estações do ano, a
vinculação das águas dos rios e oceanos, as relações entre as raças humanas,
o clima e as formas políticas
Claudio Ptolomeu (90 d.C á 168 d.C.) é um grego bastante conceituado em seus
estudos em astrologia, astronomia e cartografia, foi um dos primeiros a trabalhar
com escalas nos mapas.
Os Romanos, procuravam desenvolver ao máximo a organização do seu império
e o comércio sobre as dezenas de províncias que o compunham, era bastante
inferior a cultura grega. Davam mais ênfase á Geografia descritiva. Os maiores
geógrafos romanos como Pompônio Mela, que nasceu no século I d.C., os
geógrafos romanos frisavam mais a descrição do império romano, visando
localizar as áreas ricas em produtos comercias e as vias para acesso aos
mesmos. Foram os primeiros a tentar entender o espaço e como ele se
subdivide.
Os Árabes contribuíram para o desenvolvimento da Cartografia, alguns fizeram
viagens de longo percurso e estudaram não só as condições naturais e os
recursos a serem explorados, a serem explorados nas áreas percorridas, como
também as instituições e costumes dos povos dominados. Os árabes que se
destacam como os principais contribuintes para a geografia foram os:
Al Masu’di (896 d.C. á 956 d.C.); era um perito em geografia, um físico e
historiador, combinou história e geografia num tratado de mais de 30 volumes
sobre suas viagens na Europa, Médio Oriente e países do Oceano Indico.
El Edrisi (1100 á 1165) o mais celebre cartografo, famoso pela qualidade de seus
mapas, tanto no desenho quanto na precisão.
Idade Média
Século V até o século XV
Teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras) no século V até
o século XV, sobre o império Romano do Ocidente, caracterizada pela economia
ruralizada (feudalismo), enfraquecimento comercial, hegemonia da igreja
Católica, sociedade hierarquizada. A geografia era utilizada apenas para
desenhar roteiros, para analisar as relações meteorológica, estando
profundamente identificada com a cartografia e com a Astronomia. A Idade
Média foi dividida em Alta e Baixa, devido fortalecimento da Igreja Católica, neste
período a Igreja interferiu diretamente na Geografia, como por exemplo, na
cartografia e nos conhecimentos geográficos. A Europa nesse período era vista
como estável e fechada, devido a sua forma de lidar com as mudanças notórias
nessa época.
Se por um lado o conhecimento declinava no mundo ocidental “em outras áreas,
porém, a formação de Estados fortes e a intensificação das viagens e do
comercio permitiram que as tradições culturais gregas e latinas se integrassem
com a de povos do Oriente e houvesse maior difusão cultural. (ANDRADE, 2006)
Idade Moderna
Século: XV-XVIII
Neste período ocorreu a transformação da Idade Média para o período Moderno,
salientando os principais acontecimentos que deram origem o que é chamado
de Renascença e Iluminismo, de forma que os tais tinham grande importância e
comandaram a ordem espacial, destaca-se também a transição do Feudalismo
(Idade Média) para o Capitalismo.
O Renascimento foi o período entre o século XV ao XVIII, caracterizado pela
quebra do mundo medieval, que é um povo agrário, Estamental (ou seja, o
sistema de castas não estava presente, o estamental, nasce pobre porem tem a
oportunidade de ficar rico), teocrático e fundiário. O mundo moderno é visto e
caracterizado pelo processo de urbanização, presença da sociedade burguesa,
ou seja, sociedade de trocas, nesse espaço de tempo, ocorrem várias
mudanças, o que é visto como base para o mundo contemporâneo. Essas
mudanças afetou todas as esferas: econômica, política, religiosa, social e
cultural, seja de forma indireta ou direta. A sociedade renascentista era
totalmente encantada pela vida urbana, devido ao comercio, terras. Por se
afastarem da grande influência religiosa impregnada na Idade Média, faz com
que eles tenham novas reflexões relacionadas a relação do home com a
sociedade, com isso nota-se, que essa transformação do médio para o moderno,
há um grande avanço nas diferenças e aceitação dos costumes, se tornando
assim mais laico. Tudo isso influenciou a História e a Geografia, com a presença
de instituições sociais e políticas.
O Iluminismo ocorreu no final do século XVII, considerado não apenas um
movimento, mas sim uma maneira de pensar, como resultado de uma “revolução
cientifica”, que havia desenvolvido um ponto de vista sobre a maior parte da
sociedade instruída em relação ao mundo.
Idade Contemporânea
Século XVIII a XX.
Neste período foi marcado pela exploração dos oceanos e desenvolvimento de
materiais cartográficos, com isso influenciou gradativamente o crescimento da
Geografia. Com isso, houve o forte crescimento das navegações, onde as
caravelas, devido o árduo trabalho e dedicação se transformaram em navios
longos, com capacidade de peso bem grande, contudo ocorreu então as
mediações mais precisas da longitude.
Com as explorações dos oceanos, a cartografia foi se desenvolvendo, com isso,
foram feitas várias missões para reconhecimento dos continentes, onde foi
descoberto que o hemisfério Sul é oceânico, neste período foi um pontapé inicial
para o conhecimento geográfico da Terra. O século XVIII foi marcado pelo
grande crescimento marítimo, no século XIX é caracterizado pela grande
visibilidade dos continentes, sendo assim notório, a diversidade dos costumes,
culturas, e etc. Período esse da Revolução Industrial, do grande crescimento
econômico, e de matérias-primas, ocorrendo principalmente nos países da
Europa como França, Bélgica, Holanda e outras, contudo, graças a esse grande
avanço houve a hegemonia econômica e política na Europa nessa época,
Algumas descobertas Físicas e Astronômica tiveram grande influência para o
conhecimento geográfico, Newton com a lei da gravitação Universal por
exemplo, porém foi no final do século XVIII e início do século XIX que foi
fundamental para a sistematização e institucionalização da geografia, onde há
uma nova respectiva visão dos estudos da física por Newton. Ocorreu fatos que
marcaram a Geografia, onde foi analisado que a história do homem, seu passado
e futuro, dependem dos próprios homens, com isso os homens mantem então
uma outra relação com a natureza, onde depende apenas de si para com a
relação em sociedade e natureza.
Surge o interesse em cartografar e aprimorar essa técnica, e foi então que obteve
novos mapas temáticos, onde apresenta distribuições de populações,
vegetação, clima, hidrografia e etc.
Com a Geografia em desenvolvimento e se aprimorando, houve então uma
expansão do ensino geográfico nas universidades, e com isso, ocorreu o
reconhecimento da geografia quanto ciência.
Humboldt (1769-1859): considerado, contudo o pai da Geografia Moderna, um
grande viajante, como resultado de suas viagens ele observou e voltou suas
pesquisas para a explicação daquilo que diferencia as diversas áreas do Globo,
tentando estabelecer as relações dos diversos fenômenos na superfície da
Terra. Para ele, a pesquisa deve começar no campo, devido seus conhecimentos
em determinadas áreas como Mineralogia, Botânica e etc, ele começou a
descobrir traços das paisagens e encontrar relações entre elas, suas obras
serviram para apoiar ou questionar a Geografia Tradicional, Humboldt, foi um
grande influenciador para que a Geografia se sistematizasse.
Karl Ritter (1779-1859): Se dedicou mais a reflexão e a seu magistério, grande
influenciador para a sistematização da Geografia, foi um grande historiador e
filósofo, Ritter tem a proposta de manter uma perspectiva que integrasse a
sociedade e o meio natural, procurando descrever o meio social do ser humano.
Ritter é mais importante pela ambição que confere á Geografia do que pelos
resultados que traz: desse ponto de vista, a sua influência é complementar
á de Humboldt. A obra dos grandes pioneiros alemães da geografia
moderna envelheceu, mas é graças a eles que a disciplina afirma a sua
ambição explicativa: deixa de ser simplesmente a descrição da diversidade
terrestre. A partir dai vai permitir que se compreendam as
relações entre a natureza e o progresso do ser humano. É também graças
a Ritter e Humboldt que os geógrafos aprendem, nas suas explicações, a
trabalhar de forma sistemática com a dialética das escalas, ou seja, passam
a inserir os fenômenos que condicionam o espaço em extensões mais
vastas ou menos restritas que o fenômeno especifico que está
interpretando. Dessa maneira, conseguem vislumbrar como as forças gerais
ou locais se combinam para explicar a distribuição que analisam
.(CLAVAL,1995)
Escola Francesa
A escola francesa vem no século XX se reinventando a partir das influencias das
corretes de pensamento e do que tinha apreendido ao longo dos anos. A derrota
da França para à Alemanha em 1872 foi por muitos tida como resultado do
ensino ministrado no país e o fato deste ensino ser inferior ao ministrado na
Alemanha. A França sem parte de seu território e se sentindo humilhada, buscou
se recuperar e um dos setores que foi dado maior ênfase foi a educação, este
setor passou por grandes transformações e as disciplinas que foram dadas maior
importância foram história e geografia.
Os principias autores dessa escola são Paul Vidal de La Blache, Emanuel de
Martonne, Maximilien Sorre, Jean Brunhes, Camille Vallaux e outros. Desses
autores o que mais influenciou a escola francesa foi Paul Vidal, inaugurando a
corrente de pensamento francesa que foi denominada possibilíssimo.
Essa corrente foi responsável por criar uma nova forma de se pensar a geografia,
por meio da paisagem, neste momento começa a se discutir o conceito de região
na geografia. A região na geografia deve ser entendida como diferenças de
lugares por algum critério seja ele físico, humano ou político.
Paul Vidal refletindo sobre as ideias da escola alemã entende que existe uma
relação entre o homem e o seu meio, e admite o seguinte que esse meio pode
sim exercer alguma influência sobre o homem, não desconsiderando o
pensamento alemão, mas Vidal vai mais adiante no seguinte ponto admitindo
que o meio pode sim influenciar o homem, mas este homem por meio de
mecanismos, de condições técnicas e tecnologias pode exercer influência e até
mesmo superar o meio.
Um exemplo bem simples desse fato é que o homem pode ter a dificuldade de
atravessar o rio, mas ele vai construir uma ponte, ou seja, pode até influenciar,
mas o homem tem a capacidade de modificar isso, isto se chama possibilidade
de mudança, se chama possibilíssimo.
Paul Vidal trabalha com a categoria região em suas pesquisas ele não observou
apenas o meio físico enquanto suporte para extrair, construir e viver. Ele
observou também os aspectos humanos que pode também regionalizar, ele
observou que os homens de determinada região tinham uma forma de se vestir,
de se alimentar, diferentes um do outro que tinham desenvolvido aspectos
culturais em suas mais amplas categorias, religiosidades diferentes de uma
região para outra. Vidal enxergou regiões culturais.
Na escola francesa foi desenvolvido o conceito de gênero de vida que pode ser
entendido da seguinte forma as pessoas dependendo da região em que viviam
desenvolviam um modo de vida diferente ou uma cultura diferenciada a isso Vidal
denominou gênero de vida. Por que cada grupamento tem suas influências
cristalizadas devido os costumes.
Escola Britânica
A escola britânica estava ligada às universidades Cambridge e Oxford, sendo
muito influenciada pela escola francesa, demonstrando a valorização pelos
estudos de região e gênero de vida. (CLAVAL, Paul. Ob. cit. P.61-2.)
Como foi citado acima a escola britânica tinha como uma de suas características
voltar os seus estudos para o melhor conhecimento de suas colônias isso ocorria
sobretudo pelo contexto político defendido na época que estava muito associado
a uma preocupação militar e ao próprio expansionismo territorial britânico.
O fato desta escola se vincular a escola francesa em entendimento de região era
sobretudo pelo fato que esse estudo de região podia servir para eles como
conhecimento para que pudessem se apropriar de certa forma de novos
territórios e assim atender às suas necessidades que eram necessidades
inglesas econômicas da época.
O principal representante desta escola foi J. Mackinder que desenvolveu o
conceito de áreas coração (área core) que é estudado até hoje na geografia
política. Helford defendia a existência de pontos centrais que se beneficiariam
de todo os outros territórios ao seu redor e podiam de certa forma tanto dominar,
quanto se apropriar das riquezas, área core seria então exatamente esse ponto
central. Helford considerou uma influência muito forte das condições naturais
sobre o desenvolvimento e sobre a própria história da humanidade.
Helford associava questões como o relevo o fato de os lugares conseguirem
ganhar uma guerra ou não ou as condições naturais favoráveis ao
desenvolvimento ou não. Usou como exemplo, na sua literatura a idade média
quando exemplificava, os povos europeus que habitavam em áreas com o relevo
acidentado e que utilizavam também muito a vegetação, segundo Helford esses
povos não poderiam se proteger dos inimigos e poderiam até mesmo perder a
guerra. Helford fez um contraponto pensando nos países que se localizavam em
áreas agrícolas em que o terreno são mais planos, esses países poderiam se
proteger e possivelmente ganhar a disputa em uma guerra.
Essa escola tinha uma preocupação regionalista que tinha bases na escola
francesa, mas era uma preocupação no sentido de se apropriar do conhecimento
das regiões para manutenção das suas riquezas e ao mesmo tempo apresentava
características deterministas por conta do seu representante que era Helford.
Escola Norte-Americana
Esta escola desenvolveu-se a partir da segunda metade do século XIX, tendo
sido influenciada por dois geógrafos suíços Arnold Guyot e Louis Agassiz, com
estudos voltados para geografia regional e geomorfologia. O segundo fez
estudos sobre a Amazônia e desenvolveu uma linha de estudo mais ecológica
de descrição da paisagem.
Os estudos da escola americana estavam voltados tanto para a geografia
regional, ou seja, com base francesa e também em uma geografia pautada na
geomorfologia, uma geografia mais física. Destacando-se neste momento a
geomorfologia de William Morris Davis com sua teoria do ciclo da erosão fluvial.
A escola de pensamento norte-americana de geografia se divide em duas que
estão vinculadas as universidades de Berkeley e Chicago, sendo uma pautada
em uma geografia mais humana e a outra em uma geografia mais física.
Chicago teve dois representantes que foram inspirados nas ideias de Ratzel,
Ellem Semple e Ellsworth Huntington levaram as ideias deterministas ao
extremo, na concepção deles a dizimação de tribos inteiras no continente
americano se justificava a partir da alegação de que os americanos eram uma
raça superior aos indígenas, legitimando assim a expansão americana.
Berkeley tem como represente Carl Sauer, este autor se voltou para geografia
cultural, portanto uma geografia humana.
Outro representante da escola norte americana foi Richard Hartshorne que
desenvolveu estudos influenciados pela obra de Hettner. Com a geografia
nomotétia e a geografia ideográfica Richard Hartshorne considerava possível
estudar a geografia tanto de um ponto de vista geral como de um particular,
mudando assim a forma de se estudar a geografia que até então era estudada
ou pela visão integradora de Humboldt ou pela visão das partes de Ritter.
Escola soviética
A escola soviética recebeu influência do pensamento alemão pela proximidade
e pelas relações culturais próximas. Devido as condições naturais com rigor
climático muito intenso os soviéticos voltaram os seus estudos para o clima e
para solo, desenvolvendo assim a pedologia soviética.
Piotr Kropotkin incentivou já no século XIX o conhecimento da erosão glacial,
Kropotkin iniciou os seus estudos na geografia física e depois seguiu para a
geografia humana, pensando nas relações de desigualdade.
Na escola soviética depois da revolução bolchevique os geógrafos foram
convidados para reconstrução das cidades pelo entendimento de que a
geografia possibilitava a reorganização espacial, ou seja, a restruturação do
espaço. Os soviéticos foram os primeiros na planificação da economia e na
compreensão de que a geografia poderia ser aplicada no planejamento do
território.
PÓS-MODERNIDADE
Século-XXI
Existe muita discussão a respeito da pós-modernidade na ciência, e na própria
geografia, sendo várias correntes de discussão e tendências que procuram delimitar o
debate pós-moderno, no que tange a relação dos conceitos pós-modernos na geografia,
é possível detectar uma mudança grotesca nas práticas culturais e político-econômicas
desde 1972, e esta mudança está "... vinculada à emergência de novas maneiras
dominantes pelas quais experimentamos o tempo e o espaço" (HARVEY,1999, p.7) .
Ocasionada diante da transformação político-econômica do capitalismo a partir do final
do século XX, esta mudança ganha expressão na arquitetura e nos projetos urbanos
das cidades, na transformação do fordismo para a acumulação flexível, e na
compressão do tempo-espaço que formam a condição pós-moderna. Consideramos
muito relevante a descrição de Harvey a respeito da passagem da modernidade à pós-
modernidade quando analisa o pós-modernismo: Começo com o que parece ser o fato
mais espantoso sobre o pós-modernismo: sua total aceitação do efêmero, do
fragmentário, do descontínuo e do caótico que formavam uma metade do conceito
baudelairiano de modernidade. Mas o pós-modernismo responde a isso de uma maneira
bem particular; ele não tenta transcendê-lo, opor-se a ele e sequer definir os elementos.
O pós-modernismo nada, e até se espoja, nas fragmentárias e caóticas correntes da
mudança, como se isso fosse tudo o que existisse (HARVEY, 1999, p.49).
Portanto, este período é caracterizado pelo abandono das ideias iluministas,
aquele pensamento em sociedade, e adota uma atitude individualista. Nas
últimas décadas ocorreu vários debates polêmicos, onde chamou atenção de
vários interessados em Geografia e críticos também, nesses debates eles tinham
como objetivo maior discutir o âmbito da Geografia.
Conclusão