0% acharam este documento útil (0 voto)
7 visualizações2 páginas

Adm 1

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1/ 2

1.

DIREITO ADMINISTRATIVO Conceitos iniciais Direito Administrativo: ramo do direito público


que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativistas que integram a
Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se
utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. Estado: pessoa jurídica de direito
público interno, com capacidade de adquirir direitos e obrigações. Estado de Direito: o Estado
cria leis e, ao mesmo tempo, submete-se a elas. Elementos do Estado: Povo, Território e
Governo Soberano. São indissociáveis e indispensáveis para o Estado independente. Poderes
do Estado: estão previstos no art. 2º da CF/88, quais sejam, Executivo, Legislativo e Judiciário.
Formas de Estado: estado unitário (ex.: Uruguai) ou federado (ex.: Brasil). Governo: é o
conjunto de Poderes e órgãos responsáveis pela função política do Estado, de comando,
direção e fixação de diretrizes e planos para a atuação estatal. Formas de Governo: República
(eletividade, temporariedade e dever de prestar contas) ou Monarquia (hereditariedade,
vitaliciedade e ausência do dever de prestar contas). Sistema de Governo: Presidencialismo
(ex.: Brasil) ou Parlamentarismo (ex.: Inglaterra).

2. LEGISLAÇÃO BÁSICA ● Constituição Federal – Arts. 37 a 41; ● Código Civil - Arts. 43, 949-952
(Responsabilidade Civil do Estado) e arts. 98-103 (Bens Públicos); ● Lei 4.132/62 - Dispõe
acerca da desapropriação por interesse social (vide principalmente arts. 1º ao 5º); ● Decreto-
Lei 3365/41 - Dispõe acerca da desapropriação por utilidade pública (vide principalmente arts.
3º-7º, 10º, 11, 15-15B, 20 e 35); ● Lei 9.784/99 – Lei que rege o Processo Administrativo
Federal (vide especialmente os arts. 13 e 53 a 55); ● Lei 8.666/93 – Lei de Licitações e
Contratos (vide especialmente os arts. 3, 17, 24, 25 e 58); ● Lei 14.133/2021 - Nova Lei de
Licitações e Contratos (vide especialmente os arts. 5º, 11, 17, 28, 72 a 76 e 104); ● Lei 8.112/90
– Estatuto dos Servidores Civis da União (vide especialmente os arts. 8 e ss); ● Lei 8.987/95 –
Concessões e Permissões de Serviços Públicos (vide especialmente os arts. 6, 35 e ss); ● Lei
8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa, com alterações da Lei 14.230/21; ● Lei
12.232/10 – Licitação para contratação de Agências de Propaganda/Publicidade (vide
especialmente o art. 2º). ● Lei nº 11.079 - Trata acerca das PPPs - Parcerias Público-Privadas
(vide especialmente os arts. 2º, 4º, 6º,8º, 9º e 13).

3. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO O regime a que se submete a Administração Pública é o


de observar as normas de caráter público, cuja finalidade única dos atos praticados pelo
Administrador Público deve atender precipuamente ao interesse da coletividade. As normas de
natureza pública tanto podem conferir prerrogativas quanto sujeições à Administração Pública.
Prerrogativas: concede ao Agente Público o Poder de Polícia, isso é, o poder que o
Administrador Público possui de coagir os administrados a aceitarem a imposição da vontade
do Estado através de uma limitação ao direito subjetivo do particular. Sujeições: a emissão dos
atos administrativos devem se vincular à finalidade pública, sob pena de serem declarados
nulos de pleno direito, em virtude de uma ilegalidade que causa um vício insanável na
formulação do ato, de modo a comprometer toda a sua estrutura. Portanto, o regime jurídico
administrativo está fundamentado sob os princípios da: ● Supremacia do interesse público
sobre o privado; ● Indisponibilidade do interesse público. Supremacia do Interesse Público
sobre o Interesse Particular constitui o requisito basilar da Administração Pública, e significa
que o interesse da coletividade se sobrepõe ao interesse do particular. Exemplos disso são as
desapropriações, quando o interesse público prevalece ao interesse de propriedade
assegurado ao particular, ressalvando-se o direito à indenização prevista em lei. É conhecido
também como princípio da finalidade pública. Indisponibilidade do interesse público quer dizer
que o interesse público é indisponível e irrenunciável. Assim, os bens, direitos, interesses e
serviços públicos não se acham à livre disposição dos órgãos públicos, ou do agente público,
mero gestor da coisa pública, a quem apenas cabe curá-los e aprimorá-los para a finalidade
pública a que estão vinculados. O detentor desta disponibilidade é o Estado. Por essa razão, há
necessidade de lei para alienar bens e outorgar a concessão de serviços públicos. "Serão
observados critérios de atendimento a fins de

interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo


autorização em lei" (Lei 9.784/99, parágrafo único, II). O que seria interesse público? Ele é um
conceito jurídico indeterminado. Todavia, a doutrina traz importante distinção entre interesse
público primário e secundário. Vejamos: a) Interesse público primário: são os interesses diretos
do povo, os interesses gerais imediatos; b) Interesses públicos secundários: (i) interesses
próprios do Estado, na qualidade de pessoa jurídica, de caráter meramente patrimonial
(aumentar receitas ou diminuir gastos); e (ii) os atos internos de gestão administrativa. DICA: o
interesse público secundário só será legítimo quando não contrariar o interesse público
primário. 4. FUNÇÕES/ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS Os três poderes do Estado (Legislativo,
Executivo e Judiciário), executam as funções: ● Função administrativa; ● Função legislativa; ●
Função jurisdicional. Essas funções são típicas e atípicas: A função típica/principal/própria do
poder legislativo é a de legislar. Porém, às vezes, o poder legislativo é
atípico/secundário/impróprio, como, por exemplo, quando do julgamento feito pelo poder
legislativo no caso de impeachment. A função típica do judiciário é a jurisdicional. Porém,
também pode exercer função atípica, como, por exemplo, a administrativa, como quando
ocorre no caso de servidor requerendo férias.

O executivo pode exercer função atípica do legislativo, como, por exemplo, ocorre em medida
provisória. O direito administrativo rege toda e qualquer atividade de administração, seja ela
do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário, já que os dois últimos poderes também exercem
atipicamente atividades administrativas. Exemplos: legislativo contratando servidores,
judiciário licitando para celebração de contratos. Assim, a função administrativa tem por
objetivo realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado, que são
aqueles expressos em lei, ou seja, frutos da atividade legislativa.

Você também pode gostar