Aula de Terapia Nutricional Enteral
Aula de Terapia Nutricional Enteral
Aula de Terapia Nutricional Enteral
Terapia nutricional
Terapia= terapêutica
Nutricional= nutrir; alimentar; fortificar
• Indicações:
Waitzberg DL , 2009
CONCEITUANDO NUTRIÇÃO ENTERAL
“Alimento para fins especiais, industrializado, apto para uso por tubo
e, opcionalmente, por via oral, consumido somente sob orientação
médica ou de nutricionista, especialmente processado ou elaborado
para ser utilizado deforma exclusiva ou complementar na
alimentação de pacientes com capacidade limitada de ingerir, digerir,
absorver ou metabolizar alimentos convencionais ou de pacientes
que possuem necessidades nutricionais específicas determinadas
por sua condição clínica”
Resolução nº 21-13 de maio de 2015- ANVISA
OBJETIVOS DA NUTRIÇÃO ENTERAL
BPPNE- Boas práticas de preparo da nutrição enteral Resolução nº 63-6 de julho de 2000- ANVISA
ATRIBUIÇÕES DO NUTRICIONISTA
Waitzberg DL , 2009
Contra indicações da via enteral
• Doença terminal
• Síndrome do intestino curto (ressecção maciça)
• Vômitos incoercíveis
• Diarréia refratária
• Fístula intestinal (médio jejuno e de alto débito)
• Isquemia intestinal
• Instabilidade hemodinâmica
• Disfunção do trato gastrointestinal ou condições que requerem repouso intestinal
• Obstrução intestinal; Peritonite grave
• Refluxo gastro-esofágico intenso
• Íleo paralítico intestinal
• Sangramento digestivo maciço
Waitzberg DL , 2009
VIAS DE ACESSO
Waitzberg DL , 2009
VIAS DE ACESSO
VANTAGENS DO POSICIONAMENTO GÁSTRICO
• Mais fisiológico
• Preserva as funções digestivas e os processos hormonais e bacterianos do
estômago .
• Fácil posicionamento, com a inserção da sonda é feita á beira do leito manualmente
.
• É a forma mas fácil e com menor custo pra o processo nutricional enteral .
• Maior tolerância á fórmulas variadas e com volumes maiores.
• Ideal para pacientes com motilidade gástrica preservada, sem grande de aspiração
.
AVALIAÇÃO DO SISTEMA GÁSTRICO
Ausculta da insuflação
Verifica-se posição da Aspira-se o conteúdo
de ar no estômago e
sonda gástrico
exame radiológico
Contraindicação da passagem do cateter enteral
AVALIAÇÃO DO SISTEMA GÁSTRICO
COM RELAÇÃO A DEGLUTIÇÃO
• Poliuretano ou Silicone
• Peso 5 ou 7g (questionável o uso do peso como facilitador)
• Comprimento da sonda pós-pilórica-108a150cm
• Marcação em torno de 60cm sonda gástrica e a partir de 80cm pós-pilórica
Lubrificante interno (impede a aderência do guia a sonda)
• Calibre10-12 French (F)-ideal para adulto
• Diâmetro(1F)=1Charriére(CH)=0,33mm
• Conexões fixas
• Radiopaca
Waitzberg DL , 2009
Sonda de Bixen
POSICIONAMENTO ENTÉRICO
(DUODENO OU JEJUNAL )
INDICAÇÕES
• Coagulopatia
• Hemorragia do trato gastrointestinal
• Obstrução esofagiana grave
• Paciente agitado
• Recusa do paciente
Waitzberg DL , 2009
Indicações :
GASTROSTOMIA (GTT)
Nutrição por longo prazo (> 6 semanas)
AVC com distúrbio de deglutição
Esofagectomia
Tumor de esôfago inoperável
Radiação de orofaringe com estenose
Tumor de faringe com compressão extrínseca
Ventilação prolongada
Necessidade de suporte nutricional artificial por mas de 4 semanas
Contraindicações : Absolutas
Refluxo gastroesofágico grave
Gastroparesia
Ascite volumosa
Obstrução intestinal ,falência intestinal
Diálise peritoneal
Derivação ventrículo peritoneal
Fístulas de alto débito (>500ml/24 horas )
Waitzberg DL , 2009
CONTRAINDICAÇÕES relativas (GTT)
Indicações :
Tumor gástrico em fase terminal
Pós-operatório de gastrectomia total
Refluxo gastroesofágico grave
Fístula esôfago brônquica
Duodenopancreatectomia
Contraindicações:
Via gástrica inviável
Waitzberg DL , 2009
JEJUNOSTOMIA
VANTAGENS DAS OSTOMIAS
(GASTROSTOMIAS E JEJUNOSTOMIAS)
• Maior diâmetro
• Menor tendência a obstrução
• Permitem a administração mas fácil e rápida de dieta e
medicamentos
• Menor risco de aspiração
• São mas convenientes e esteticamente aceitáveis
GASTROSTOMIA
GASTROSTOMIA (GTT)
INFRAESTRUTURA FÍSICA SALA DE
MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS
• a. Área de armazenamento
• b. Sala de recebimento de prescrições e dispensação de nutrição enteral (NE)
• c. Sala de limpeza e sanitização de insumos
• d. Vestiário
• e. Sala de preparo de alimentos “in natura”
• f. Sala de manipulação e envase de NE
• g. Sanitários de funcionários (masculino e feminino)
• h. Depósito de material de limpeza
• No caso de utilização exclusiva em sistema fechado, a Unidade Hospitalar fica
dispensada da existência dos itens:c), d),e), f)
• Ambientes que não podem ser compartilhados como outras unidades:e),f)
COMO SELECIONAR A FORMULAÇÃO
ENTERAL ADEQUADA ?
• Nutrição Enteral em Sistema Aberto - nutrição enteral que requer
manipulação prévia à sua administração, para uso imediato ou atendendo
à orientação do fabricante.
Waitzberg DL , 2009
FÓRMULAS PARA NUTRIÇÃO ENTERAL
DISPONÍVEIS NO MERCADO
Danone
Abbot
Nestlé
Fresenius
FÓRMULAS PARA NUTRIÇÃO ENTERAL
DISPONÍVEIS NO MERCADO
FÓRMULAS ENTERAIS DE ACORDO COM A
COMPLEXIDADE DOS NUTRIENTES
Fórmulas
Elementar enterais Fórmulas
Sem
proteína
adulto fibra enterais adulto
(aminoácidos)
modificada
Com
fibra
Doença específica
DITEN,2016
FÓRMULAS ENTERAIS DE ACORDO
COM A DENSIDADE ENERGÉTICA
Densidade energética –kcal da formulação /volume
CLASSIFICAÇÃO QUANTIDADE DE
PROTEÍNA
hipoproteica <10%
normoproteica ≥10%-20%
hiperproteica ≥20%
Waitzberg DL , 2009
OSMOLARIDADE
Classificação Osmolaridade
(mOsm)
Hipotônica 280-300
Isotônica 300-350
Levemente 350-550
hipertônica
Hipertônica 550-750
Muito hipertônica >750
C.S=COLHER DE SOPA
C.a=COPO AMERICANO
CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS
• Resíduo gástrico: não deve ser utilizado como parte de uma rotina de
cuidados de pacientes na terapia intensiva recebendo nutrição enteral
• Razão:
Não tem correlação com a incidência de pneumonia, regurgitação, aspiração.
Mas, e agora como fazer na prática ?
ou seja a medição de RG deve ser realizada nos pacientes com sondas
posicionadas a nível gástrico pra verificação de estase gástrica. Prevenção
de acúmulo de líquidos no estômago e dos episódios de vômitos .
RG>200ml (sonda entérica) ou >100ml + desconforto abdominal =interrupção
da NE +investigação radiológica.
RG aumentado sem sintomas digestivos = dieta por 1 hora e medir RG. Se
pesistir, iniciar procinético ou posicionar a sonda pós-pilórica.
Outras referências : RG >50% do volume administrado após 2h= diminuir o
volume da NE e usar procinético/RG>150ml, interromper a dieta .
ASPEN/ SCCM, 2016
FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO DA
TERAPIA NUTRICIONAL
BOMBA INFUSORA
GRAVITACIONAL
Contínua: até 24h com uso de equipo de
“BOLUS”ou Gavage pinça controlando a infusão com macro
100-300 mL de dieta no estômago gotas.
Intermitente: 200-300 mL a cada 3-4h
com uso de seringa a cada 3-4h Noturna :volume e administrado no
período da noite .
Waitzberg DL , 2009; EMTN HU/USP, 2014
QUAIS CUIDADOS DEVEMOS NOS ATENTAR ?
Metabólicas
Mecânicas gastrointestinais
Sabotka 2008
COMPLICAÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
Sobotka 2008
COMPLICAÇÕES NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL