Aula 3 - TNE e TNP
Aula 3 - TNE e TNP
Aula 3 - TNE e TNP
SALVADOR, 2023
Terapia nutricional
Promover o anabolismo
Fornecimento de Fornecimento de
nutrientes pelo TGI nutrientes por via
através de sonda intravenosa
Terapia nutricional enteral
DEFINIÇÃO
Terapia nutricional parenteral
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL DE
TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN)
PARA A PRÁTICA DA TNE
Equipe Multiprofissional
➢ A EMTN para TNE deve ser constituída de, pelo menos, 1 (um)
profissional de cada categoria, com treinamento específico para esta
atividade, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico,
podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério das
UH e ou EPBS;
Vantagens:
INDICAÇÕES DA TNE:
DESNUTRIÇÃO
Terapia nutricional enteral
CONTRAINDICAÇÕES DA TNE:
❖Doença terminal
❖Disfunção TGI ou repouso intestinal
❖ Obstrução do TGI
❖ Íleo paralítico
❖Hemorragia severa
❖ Vômitos e diarreias persistentes
❖ Pancreatite aguda grave
Causas: Doenças de
❖ Síndrome do intestino curto Crohn. Neoplasias,
infecções ou traumas
❖ Fístulas no TGI de alto débito (> 500 mL/L) cirúrgicos
TN Parenteral
INDICAÇÕES DA TN PARENTERAL
INDICAÇÕES DA TN PARENTERAL
• Hiperglicemia
Orogástricas p/RN de
baixo peso Gastrostomia
Nasogástricas Jenunostomia
Nasoduodenal
Pós-pilórias
Nasojejunal
Terapia nutricional enteral
TGI funcionante
Escolha depende:
✓ Grau de consciência do paciente
✓ Tempo necessário de terapia nutricional
✓ Risco de broncoaspiração
Terapia nutricional enteral
ESCOLHA DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO DA TNE
(WAITZBERG, 2017)
Terapia nutricional enteral
SONDAS NASOENTERAIS
Uso em curto prazo < 6 semanas
Benéficas para processo digestivo
NASOGÁSTRICAS NASOGÁSTRICAS
Desvantagens:
• Risco de aspiração em pct idosos e pct com
dificuldade deglutição
• Risco de saída acidental da sonda
Terapia nutricional enteral
SONDAS NASOENTERAIS
Uso em curto prazo < 6 semanas
Benéficas para processo digestivo
NASODUODENAL/JEJUNAL
Desvantagens:
• Desalojamento acidental, podendo causar
RGE
• Requer dietas normo ou hipoosmolares
• Menores volumes
• Complicações metabólicas
NASODUODENAL
NASOJEJUNAL
Terapia nutricional enteral
OSTOMIAS
• Necessário esvaziamento
gástrico normal
•Ausência de RGE
• Contra-indicado: obesidade,
ascite, hipertensão portal
Terapia nutricional enteral
JEJUNOSTOMIA
Indicado em casos de:
Contra-indicado:
•Ascite
•Doença inflamatória intestinal
•Fístulas intestinais
Terapia nutricional enteral
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DA TN ENTERAL
→Em Bolo
→Gotejamento intermitente
→Gotejamento contínuo
Técnica de infusão
1. Gravitacional
2. Bomba de infusão
Terapia nutricional enteral
→ Administração em Bolo
Uso da técnica gravitacional com infusão lenta
Utilizada em domicílios
risco de aspiração
Terapia nutricional enteral
→ Gotejamento intermitente (temporário)
Uso da técnica gravitacional ou bomba de infusão
Contraindicado:
- Gotejamento > 140 gotas/min. que altera o ritmo intestinal,
causa diarreia e cólica
- Pacientes com elevado risco de aspiração
Terapia nutricional enteral
→ Gotejamento contínuo
Uso da técnica da bomba de infusão
Duração 18 -24h
→ INDUSTRIALIZADAS
Diagnóstico do paciente;
Idade (criança ou idoso)
Anatomia e função do TGI;
Condições metabólicas;
Necessidade específicas de nutrientes;
Custo e relação custo/benefício.
Fórmulas enterais
FÓRMULAS ENTERAIS
→ ARTESANAIS:
+
Fórmulas enterais
FÓRMULAS ENTERAIS
→EXEMPLO DE FÓRMULAS ENTERAIS ARTESANAIS:
Fórmulas enterais
DESVANTAGEM:
Degradação rápida
FÓRMULAS ENTERAIS
→ INDUSTRIALIZADAS
TIPOS:
1. Fórmulas poliméricas
2. Fórmulas parcialmente hidrolisadas – oligoméricas ou
monomérica
3. Fórmulas industrializadas específicas
4. Módulos industrializados
Fórmulas enterais
Indicação de uso:
Pacientes criticamente doentes com intolerância alimentar
Síndrome de intestino curto
Pancreatite aguda ou crônica
Doença de Crohn com intolerância alimentar
Fórmulas enterais
→ FÓRMULAS ENTERAIS
→ FÓRMULAS ENTERAIS
OLIGOMÉRICAS
MONOMÉRICAS
• Fonte de nitrogênio: peptídeos e
• Fonte de nitrogênio: tripeptídeos, com quantidades
aminoácidos livres variadas de aminoácidos
• Carboidratos: glicose • Carboidratos: dissacarídeos e
• Lipídeos: TCM e Ác. graxos maltodextrina
essenciais • Lipídeos: TCL em associação com
• Contêm todos nutrientes TCM
essenciais (minerais,vitaminas, • Contêm as doses recomendadas de
oligoelementos e ác.graxos micronutrientes (nutricionalmente
essenciais) completas)
• Alta osmolaridade: 500 a 900 • Apresentam osmolalidade menor do
mOs/mL que as monoméricas
Fórmulas enterais
FÓRMULAS ENTERAIS
→FÓRMULAS INDUSTRIALIZADAS ESPECÍFICAS: fornecer
nutrientes específicos para doentes; Custo mais elevado do que a
dieta padrão
Fórmulas enterais
FÓRMULAS ENTERAIS
→ MÓDULOS INDUSTRIALIZADAS : são complementos
nutricionais em dietas enterais
Carboidrato
Proteína Lipídeos
Tipos:
NUTRIÇÃO PARENTERAL
NP periférica NP central
TN Parenteral
→ É a colocação de um cateter em
uma veia de pequeno calibre,
geralmente no braço.
→ A quantidade de calorias
administradas normalmente fica
em torno de 1000 a 1500 kcal/dia
e solução de glicose com
concentração máxima de 10 %
TN Parenteral
NUTRIÇÃO PARENTERAL PERIFÉRICA
→ Soluções nutricionais não devem exceder a osmolalidade de
800 a 900 mOsm/kg de solvente
Vantagens: Desvantagens:
→ Não requer tanta → Trombofletibe
treinamento da equipe
→ Veias finas não toleram
→ Fácil inserção soluções hiperosmóticas
Objetivo é que
cateter fique distante
do local de entrada
venosa para diminuir
o risco de infecção
TN Parenteral
NUTRIÇÃO PARENTERAL CENTRAL
ACESSO CENTRAL POR LONGO PRAZO (>3 meses)
• Pode ser usado cateter central de inserção periférica.
Cateter inserido em uma veia do antecubital do braço e avança em
direção à veia subclávica até a veia cava superior
Não é um
procedimento
cirurgico
TN Parenteral
Vantagens: Desvantagens:
→ A infusão não é limitada pela → Requer equipe treinada
osmolalidade da solução
→ Maior risco de infecções
→ Menor risco de trombofletite
→ Maior custo
→ Tratamento a longo prazo
→ Requer confirmação de Raio
→ Permite uso de solução X
hiperosmolar
TN Parenteral
COMPONENTES NA NUTRIÇÃO PARENTERAL
• GLICOSE
• AMINOÁCIDOS
• EMULSÃO LIPÍDICA
• ELETRÓLITOS
• VITAMINAS
TN Parenteral
COMPONENTES NUTRICIONAIS NA NUTRIÇÃO
PARENTERAL
GLICOSE
Principal fonte energética, pode ser administrada em:
→Solução concentrada de glicose a 50 % (50g de glicose
em 100mL), 25 % ou 70 %
→1 g de AA fornece 4 kcal
Ficar atento
aos sinais de
deficiência!
TN Parenteral
COMPONENTES NUTRICIONAIS NA NUTRIÇÃO
PARENTERAL
VITAMINAS E MINERAIS PARA ADULTOS
FERRO
Sistema 2 em 1 Sistema 3 em 1
Sistema 2 em 1
→ A glicose e os aminoácidos, com os eletrólitos e os oligoelementos
são misturados em uma única bolsa para infusão de modo contínuo
→ Os lipídios são administrados separadamente: diariamente se
empregados como fonte energética e
→ 2 x por semana se o objetivo for prevenir a deficiência de ácidos
graxos
→ A infusão de lipídios é conectada ao acesso da infusão de glicose +
aminoácidos. Custo maior, menos ultilizado.
✓ Uma das complicações mais frequentes era a deficiência de ácidos
graxos devido ao uso do sistema 2:1. Com a descoberta das
emulsões lipídicas infundidas em veia periférica duas vezes na
semana, essa complicação foi solucionada
TN Parenteral
MÉTODO DE COMBINAÇÃO DA SOLUÇÃO PARENTERAL
Sistema 3 em 1
→Os três constituintes são misturados na mesma bolsa para
então serem infundidos;
→Menor tempo de enfermagem e farmácia por
bolsa/dia(=menor custo);
→Fácil manipulação no caso de pacientes em uso domiciliar;
→Menor incidência de flebite química associada à NPP.
Complicações da terapia
nutricional.
SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO
K
Mg
P
B1
Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no paciente com câncer. BRASPEN J 2019; 34 (Supl 1):2-32
Terapia nutricional enteral
COMPLICAÇÕES DA TN ENTERAL
→ Complicações mecânicas
Causas: Prevenção
(WAITZBERG, 2017)
Terapia nutricional enteral
COMPLICAÇÕES DA TN ENTERAL
→ Complicações gastrointestinais: Diarreia, constipação, náuseas
e vômitos
(WAITZBERG, 2017)
Terapia nutricional enteral
DIARREIA
Causas: Prevenção
-Velocidade de infusão
inadequada -Usar água potável
- Dietas hipercalóricas - Preparo de dieta em ambiente
- Contaminação bacteriana da estéril
dieta - Frascos descartáveis
-Manipuladores sem infecção
(WAITZBERG, 2017)
Terapia nutricional enteral
NÁUSEAS E VÔMITOS
Causas: Prevenção
-Volumes muito grandes, -Administrar a NE à temperatura
administrados de forma muito ambiente, em fluxo lento e
rápida; regular, de preferência em bomba
-Posição da sonda; o seu de infusão
deslocamento para o esôfago - Monitorar atentamente o volume
pode provocar regurgitação e residual gástrico e os ruídos
vômitos hidroaéreos
(WAITZBERG, 2017)
Terapia nutricional enteral
COMPLICAÇÃO PULMONAR
ASPIRAÇÃO
Causas: Prevenção
- Posição inadequada da
sonda -Manter a sonda em posição
- Retardo do esvaziamento adequada – (ideal pós-pilórica)
gástrico
- Vômito, tosse - Manter o pct sentado ou tronco
- RGE no ângulo de 30º durante ou
imediatamente após as refeições
(WAITZBERG, 2017)
Terapia nutricional enteral
COMPLICAÇÕES DA TN ENTERAL
→ Complicações otorrinolaringológicas:
→ Complicações infecciosa:
(WAITZBERG, 2017)
TN Parenteral
• MLN, 79 anos, dona de casa ao tomar banho sozinha teve queda e sofreu
traumatismo craniano. Deu entrada na emergência com ausência de nível de
consciência. Respira em ar ambiente e apresenta boa condição
hemodinâmica, aparentemente encontra-se eutrófica. A tomografia cerebral
mostra fratura de crânio sem comprometimento de massa encefálica. A
equipe de terapia nutricional iniciou Nutrição enteral com posicionamento de
sonda no jejuno, por conta da presença de distúrbios neurológicos.
CASOS CLÍNICOS (AVALIE A CONDUTA ADOTADA)
b)É um procedimento simples, de baixo risco para a colocação de tubo (sonda) no trato
gastrintestinal, mas que preservam a estrutura e a função gastrintestinal.
e)É um procedimento simples e alto risco para a colocação de tubo (sonda) no trato
gastrintestinal, mas que preservam a estrutura, existem poucas fórmulas disponíveis
Referências
Obrigada!