Tese Marina Tolentino
Tese Marina Tolentino
Tese Marina Tolentino
CURITIBA
2013
MARINA CALDEIRA TOLENTINO
CURITIBA
2013
À minha amada mãe Maria
Ao meu eterno amor Marcos
A todos que torceram por mim
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida, por me mostrar que sou protegida, guiada e iluminada e
por ter colocado na minha vida pessoas sem as quais eu não teria chegado até aqui,
são elas:
Meu pai Gerson, exemplo de vida, e que, do lugar maravilhoso onde deve estar,
guia meus passos. Seria tudo tão mais fácil se estivesse conosco. Você faz muita
falta, sempre!
Minha mãe Maria, amor incondicional, pessoa que pela sua presença torna os
meus dias melhores, por ter me criado sozinha, com tanto sacrifício, à sua
maneira e que me tornou a pessoa que sou hoje e ao seu marido Luiz, por
sempre confiar no meu potencial e me convencer da minha vocação;
Marcos, meu marido, querido, amor da minha vida, por estar presente em todos
os momentos bons ou ruins, pelo apoio nos momentos de preocupação, pelos
momentos de descontração e por me fazer muito feliz!
Meus irmãos Junior e Patricia, pela companhia, apoio e amizade e meus
sobrinhos Lucas e Beatriz, simplesmente por estarem presentes na minha vida;
Meu orientador Prof. Dr. Luciano Bersot, por ter aceitado o desafio da orientação
à distância, por ter confiado no meu trabalho, pelas ideias e apoio;
Meu co-orientador Prof. Dr. Alessandro Nogueira, exemplo de seriedade,
disposição, dedicação e inteligência, por todos os ensinamentos e por servir de
espelho pra minha carreira;
Membros da banca de pré-defesa e defesa: Prof. Dr. Renato João Sossela de
Freitas, Prof. Dra. Michele Rigon Spier, Prof. Dra. Nina Waszczynskyj, Prof. Dr.
Ivo Mottin Demiate e Prof. Dra. Luciana Igarashi Mafra, pelas contribuições
valiosas que deram a este trabalho;
Prof. Dr. Ivo Mottin Demiate, grande pesquisador e exemplo de dedicação, por
estar sempre presente e disposto a ajudar;
Prof. Dr. Andersson Barison, do Laboratório de RMN, Departamento de Química
da UFPR, pelos ensinamentos, disponibilidade e parceria, Flavia Fonseca e
Khalil Salomé, pela obtenção dos espectros e Lauro Souza, pelos resultados de
CG/MS;
Prof. Dr. Egon Schnitzler e Tiago Colman, pelas análises de TG e DSC;
Denise Mendes, pela ajuda no laboratório e Acácio Zielinski, pela ajuda nas
análises quimiométricas;
Henrique, Carol, Vitor, Jéssica, que me auxiliaram no processamento dos
queijos;
Departamento de Engenharia de Alimentos, pelas liberações quando eu tinha
que cumprir as obrigações da minha tese;
Janete, Doro, Carolina, Simone e Denise: pessoas mais que especiais e que
tornaram meus dias em Curitiba muito melhores;
Minha grande amiga Deise, por SEMPRE me apoiar, acreditar no meu potencial
mais do que qualquer pessoa e não me deixar desistir NUNCA!!
Amigas Jéssica, Roberta, Renata, Paty, Ineuza, Ana Mery, Débora, pela
amizade, apoio e bons momentos;
Amigos Kika e Almir que, mesmo à distância, me dão maior força e moram no
meu coração;
Minha equipe de julgadores, pelas várias horas que estiveram no laboratório,
pela boa vontade e disposição;
Meus alunos do curso de Engenharia de Alimentos e Zootecnia, que foram
compreensivos nos momentos de estresse na finalização deste doutorado;
Todos que direta ou indiretamente participaram desta conquista!
RESUMO
Since 2008, there has been a significant increase within Brazil in the production and
consumption of cheeses, especially ripened cheeses. This indicates that within the
domestic market there is a demand for differentiated products, with a wide variety of
flavours and aromas. Consequently, it is important to develop different types of
cheeses with characteristics that meet the expectations of the Brazilian consumer. In
this light, the objective of this study was to develop a semi-hard cheese, covered with
pork fat and dried rosemary during the ripening process and evaluate the influence of
the spice, and milk pasteurisation, on the physical, chemical and sensory
characteristics of the cheese. The antioxidant activity of rosemary in the lipid fraction
of the cheeses was assessed. Preference, acceptance and purchase intent tests
were conducted to verify the potential market for this product. The results of the
physicochemical analyses showed that the use of pork fat and rosemary as a coating
for the cheeses allowed moisture retention, making them softer. The cheeses made
with pasteurised milk had higher rates of proteolysis than those made with raw milk,
which may indicate a possible inhibition of starter culture bacteria on the part of
indigenous bacteria. The composition of the fatty acids in the cheeses did not change
significantly over the course of maturation; however, there was an increase in
stability temperature, oxidation temperature and the enthalpy of the lipid fraction of
the cheeses with added rosemary. An increased content of allylic, diallylic and vinylic
hydrogens was observed for these cheeses. These data indicate a possible
protective effect of rosemary against oxidation, because 45 days in contact with the
cheeses allowed the diffusion of antioxidant compounds from the rosemary. In the
sensory analysis, the cheeses covered with rosemary showed greater softness, smell
and taste of herbs. Consumer tests verified that the cheese made from raw milk with
added rosemary received a good sensory acceptance, with 82% on average. This
study demonstrates that semi-hard cheese covered with pork fat and rosemary
represents an opportunity to add value and diversify the production of Brazilian
ripened cheeses.
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
L* - Luminosidade
a* - Cromaticidade + vermelha – verde
b* - Cromaticidade + amarelo – azul
mm - Milímetros
s - Segundos
% - Por cento
β - Beta
α - Alfa
mg - Miligramas
g - Gramas
m - Metros
1
H - Hidrogênio (próton)
13
C - Carbono 13
cm - Centímetros
ºC - Graus centígrados
mL - Mililitros
mM - Milimols
μL - Microlitros
MHz - MegaHertz
ppm - Partes por milhão (Hz/106Hz)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17
OBJETIVOS .............................................................................................................. 19
CAPÍTULO 1 - MATURAÇÃO DE QUEIJO DE MASSA SEMIDURA RECOBERTO
COM GORDURA SUÍNA E ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.) – UMA
ABORDAGEM QUIMIOMÉTRICA ............................................................................ 20
RESUMO................................................................................................................... 21
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 23
2 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 25
2.1 FABRICAÇÃO E AMOSTRAGEM ................................................................... 25
2.2 MEDIDAS DE COR ......................................................................................... 27
2.3 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS ....................................................................... 27
2.4 PROTEÓLISE.................................................................................................. 27
2.5 PERFIL DE TEXTURA (TPA) .......................................................................... 28
2.6 ANÁLISE SENSORIAL COM CONSUMIDORES ............................................ 28
2.6.1 Teste de preferência .................................................................................... 29
2.6.2 Teste de aceitação ....................................................................................... 29
2.6.3 Teste de intenção de compra ....................................................................... 29
2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA E QUIMIOMETRIA .................................................. 30
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 31
3.1 PARÂMETROS FÍSICOS ................................................................................ 31
3.2 AVALIAÇÃO DE COR ..................................................................................... 32
3.3 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS ....................................................... 34
3.4 PROTEÓLISE.................................................................................................. 36
3.5 ATRIBUTOS DE TEXTURA ............................................................................ 38
3.6 ANÁLISE MULTIVARIADA .............................................................................. 41
3.6.1 Análise de Componentes Principais ............................................................. 41
3.6.2 Análise Hierárquica de Agrupamentos (HCA) .............................................. 42
3.7 ANÁLISE SENSORIAL .................................................................................... 46
3.7.1 Preferência ................................................................................................... 46
3.7.2 Aceitação ..................................................................................................... 46
3.7.3 Intenção de compra...................................................................................... 48
4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
CAPÍTULO 2 - AVALIAÇÃO DA FRAÇÃO LIPÍDICA DE QUEIJO DE MASSA
SEMIDURA MATURADO RECOBERTO COM ALECRIM (Rosmarinus officinalis
L.) POR ANÁLISE TÉRMICA E RMN de 1H............................................................. 55
RESUMO................................................................................................................... 56
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 58
2 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................. 62
2.1 ELABORAÇÃO DOS QUEIJOS ...................................................................... 62
2.2 OBTENÇÃO DA FRAÇÃO LIPÍDICA ............................................................... 64
2.3 PERFIL DOS ÁCIDOS GRAXOS POR CROMATOGRAFIA GASOSA ........... 64
2.4 ANÁLISE TÉRMICA ........................................................................................ 65
2.4.1 Termogravimetria (TG) e Termogravimetria Derivada (DTG) ....................... 65
2.4.2 Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) ................................................. 65
2.5 ESPECTROS DE RMN DE 1H ........................................................................ 66
2.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................. 66
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 67
3.1 COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS .......................................................... 67
3.2 ANÁLISE TÉRMICA ........................................................................................ 69
3.3 QUIMIOMETRIA E RMN DE 1H ...................................................................... 74
4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 78
CAPÍTULO 3 - QUEIJO SEMIDURO MATURADO COM COBERTURA DE
GORDURA SUÍNA E ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.): ANÁLISE
DESCRITIVA QUANTITATIVA ................................................................................. 84
RESUMO................................................................................................................... 85
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 87
2 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 89
2.1 ELABORAÇÃO DOS QUEIJOS ..................................................................... 89
2.2 ANÁLISE DESCRITIVA QUANTITATIVA....................................................... 91
2.2.1 Recrutamento dos candidatos ...................................................................... 91
2.2.2 Pré-Seleção dos julgadores ......................................................................... 92
2.2.2.1 Teste de identificação gostos básicos ...................................................... 92
2.2.2.2 Teste de identificação de odores .............................................................. 93
2.2.2.3 Teste triangular ......................................................................................... 94
2.2.3 Levantamento da terminologia descritiva ..................................................... 95
2.2.4 Treinamento ................................................................................................. 95
2.2.5 Avaliação das amostras (Análise Descritiva Quantitativa) ........................... 97
2.2.6 Análise estatística e quimiométrica .............................................................. 98
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 98
3.1 RECRUTAMENTO E PRÉ-SELEÇÃO ............................................................ 98
3.2 LEVANTAMENTO DOS TERMOS DESCRITIVOS ......................................... 99
3.3 ANÁLISE DESCRITIVA QUANTITATIVA ...................................................... 103
4 CONCLUSÃO ................................................................................................... 108
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 109
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 10913
ANEXO.................................................................................................................... 114
APÊNDICES ............................................................................................................116
17
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CAPÍTULO 1
RESUMO
ABSTRACT
In the area of ripened cheeses there is growing interest in incorporating spices within
a cheese or onto the rind in order to modify or transfer particular characteristics to it.
Thus, this study aimed to evaluate the effect of the pasteurisation of bovine milk on
physicochemical parameters such as colour and texture during the maturation period
of semi-hard cheese covered with pork fat and rosemary. The semi-hard cheeses
were made with pasteurised, raw cow’s milk (Holstein), with and without coating.
Maturation occurred over 60 days under controlled conditions (12 ºC and 85-90%
RH). During this period sampling was carried out as well as physical,
physicochemical and instrumental analyses. Data were analysed chemometrically to
verify the differences between the cheeses. The early ripening cheeses differed from
the others by colour parameters (L* and WI) and moisture content. After 60 days of
maturation the cheeses obtained from raw milk were firmer and were sensorially
preferred over those obtained from pasteurised milk. The coating gave the final
products higher moisture content compared to the same cheese without coating.
Consumer testing showed that the cheese obtained from raw milk and coated with fat
and rosemary was the most preferred and achieved an average acceptance rate of
82%. This study demonstrates that semi-hard cheese coated with pork fat and
rosemary is another possibility to add value and to diversify the production of ripened
cheeses, given that the cheese showed a high level of sensorial acceptance due to
the specific coating of rosemary (aroma and flavour).
1 INTRODUÇÃO
2 MATERIAL E MÉTODOS
obtidos dados de peso (g), altura (cm) e diâmetro (cm) de cinco peças de cada
tratamento.
2.4. PROTEÓLISE
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
com massa semidura - maturado por 60 dias - ou com massa dura - 90 dias de
maturação).
bactérias lácticas (Acidez x Umidade, r = 0,76, p < 0,001), uma vez que o aumento
de acidez do vigésimo para o sexagésimo dia foi significativo (p < 0,05), cerca de 2,5
vezes. Esse efeito foi mais acentuado em queijos provenientes de leite não
pasteurizado e principalmente no produto adicionado de alecrim, possivelmente pela
presença de bactérias autóctones que intensificaram a produção de ácido láctico.
Estudos demonstram a diminuição do pH com a adição de ervas (TARACKI;
COSKUN; TUNCTURK, 2004; TARACKI; KUCUKONER, 2006). As ervas aumentam
a acidez de queijos condimentados, como o queijo turco denominado Otlu, sugerindo
que as mesmas podem estimular o crescimento de bactérias ácido-lácticas
presentes no leite cru (COSKUN; TUNCTURK, 2000) e na cultura starter. Taracki et
al. (2011) observaram uma contribuição positiva na maturação dos queijos
adicionados de Allium sp. na proporção de 1,5%, com aumento na acidez, cinzas e
ácidos graxos livres.
A prensagem que o queijo recebe durante a fabricação favorece a
eliminação da lactose no soro, diminuindo dessa forma o processo de acidificação
(FRESNO; ÁLVAREZ, 2012). No presente trabalho, o queijo foi prensado durante 90
minutos com peso equivalente ao da massa, o que favoreceu a intensa liberação do
soro, fazendo com que sua acidez fosse menor do que em queijos macios e frescos.
Além disso, em queijos de massa lavada (semicozida), o teor de lactose residual é
menor, o que resulta em menor teor de ácido láctico proveniente da fermentação da
lactose (MCSWEENEY; FOX, 2004). Como esperado, os teores totais de gordura,
cinzas e proteínas permaneceram estáveis ao longo do processo de maturação.
36
3.4. PROTEÓLISE
mg.100 g-1 para LNP/A; 45,12 a 174,69 mg.100 g-1 para LP/C e 50,27 a 190,14
mg.100 g-1 para LP/A). e triptofano (38,03 a 49,34 mg.100 g-1 para LNP/C; 34,19 a
54,91 mg.100 g-1 para LNP/A; 36,18 a 62,05 mg.100 g-1 para LP/C e 43,57 a 59,43
mg.100 g-1 para LP/A).
No presente estudo, o índice de profundidade da proteólise aumentou de
0,31% para 1,16% e de 0,24% para 1,14% nos queijos adicionados de alecrim
obtidos de leite pasteurizado e não pasteurizado, respectivamente, valores esses
que foram maiores do que os encontrados para as amostras controle LP/C e LNP/C.
(A) (B)
3.5 1.8
1.6
3.0
1.4 b)
2.5
1.2
2.0 1.0
IEP
IPP
1.5 0.8
0.6
1.0
0.4
0.5
0.2
0.0 0.0
LNP/C LNP/A LP/C LP/A LNP/C LNP/A LP/C LP/A
Queijos Queijos
3.0
200
(C) 70
(D)
2.5
180
60
160
2.0
140 50
IEP
120 1.5 40
TRP
TYR
100
30
80 1.0
60 20
40
0.5
10
20
0.0 0
0 LNP/C LNP/A LP/C LP/A
LNP/C LNP/A LNP/C
LP/C LP/ALNP/A LP/C LP/A
Queijos
Queijos
Tratamentos
gerados pela renina, a qual age sobre a α-caseína (CALVO et al., 2007). A
profundidade da proteólise (nitrogênio não proteico) abrange as substâncias
nitrogenadas de baixa massa molar acumuladas durante o processo que não
precipitam na presença de ácido tricloroacético a 12% e é expresso como
porcentagem do nitrogênio total (FOX, 1989). Esse índice fornece informações sobre
a atividade proteolítica do coalho e da cultura starter, permitindo a verificação do
ponto ideal de venda do produto. Não há perda da atividade da quimosina durante
processamento de queijos de massa semi-cozida como Gouda, pois a temperatura
chega a aproximadamente 37°C (SOUSA; ARDÖ; MCSWEENEY, 2001), que não é
suficiente para desnaturá-la.
TABELA 5 – EFEITO DA ADIÇÃO DE GORDURA SUÍNA E ALECRIM E DA PASTEURIZAÇÃO DO LEITE NO PERFIL DE TEXTURA DOS QUEIJOS
DURANTE A MATURAÇÃO.
Tempo de maturação (dias)
Queijo 1 20 40 60 p
bA bA bA aA
Dureza(g) LNP/C 1618,76±96,54 1628,65±253,38 1870,00±263,84 3716,99±545,35 <0,01
aA bB bB aB
LNP/A 1641,02±165,62 1296,38±208,04 1118,59±379,27 1726,53±462,97 <0,01
aA bB bB abB
LP/C 1555,74±212,88 1213,51±237,34 1220,32±158,04 1365,21±376,16 0,02
aA cC dC bC
LP/A 1472,21±166,49 699,56±101,16 568,96±104,28 854,72±174,04 <0,01
p 0,12 <0,01 <0,01 <0,01
aA bA aA bA
Adesividade (g.s) LNP/C -1,56±0,92 -3,69±1,62 -2,15±0,82 -4,30±1,00 <0,01
aA bB aB cB
LNP/A -2,95±1,61 -13,79±5,25 -5,75±3,79 -17,69±3,40 <0,01
aA aA aA aA
LP/C -2,47±1,12 -4,95±3,70 -2,25±0,83 -2,95±1,85 0,08
aB bB abC cC
LP/A -4,73±2,06 -10,71±3,40 -9,54±2,92 -27,52±8,18 <0,01
p <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
aA aA aA bA
Elasticidade* LNP/C 0,86±0,01 0,86±0,01 0,85±0,02 0,84±0,03 <0,01
abB abA aA bA
LNP/A 0,85±0,01 0,85±0,03 0,86±0,01 0,84±0,02 0,03
aC aB aB bB
LP/C 0,83±0,02 0,83±0,01 0,82±0,02 0,81±0,01 <0,01
aC aB bC cC
LP/A 0,83±0,02 0,83±0,01 0,80±0,02 0,78±0,02 <0,01
p <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
aA aB aA aA
Coesividade* LNP/C 0,80±0,01 0,80±0,02 0,81±0,03 0,81±0,01 0,44
bA aA aA aA
LNP/A 0,80±0,01 0,81±0,01 0,82±0,02 0,81±0,02 <0,01
aB aC aB aB
LP/C 0,78±0,01 0,77±0,01 0,77±0,01 0,77±0,02 0,23
bcB aB abB cB
LP/A 0,77±0,01 0,79±0,01 0,78±0,01 0,76±0,02 <0,01
p <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
bA bA bA aA
Gomosidade* LNP/C 1300,58±69,67 1294,36±193,26 1509,81±213,34 2994,93±397,57 <0,01
aA bB bB aB
LNP/A 1312,48±126,54 1051,56±167,99 1009,77±296,30 1396,52±339,61 <0,01
aAB bB bB abC
LP/C 1219,46±143,02 932,22±186,21 938,15±126,59 1053,01±275,13 <0,01
aB cC dC bD
LP/A 1137,77±123,86 551,98±81,32 442,12±80,03 649,33±123,32 <0,01
p <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
bA bA bA aA
Mastigabilidade* LNP/C 1121,98±57,70 1114,95±171,22 1296,87±200,93 2503,56±308,42 <0,01
abA bcB cB aB
LNP/A 1113,80±102,52 957,36±155,84 785,65±251,91 1168,83±287,98 <0,01
aB bC bB bC
LP/C 1015,47±123,26 780,08±158,25 733,28±113,63 855,17±223,98 <0,01
aC bD cC bD
LP/A 901,70±115,61 459,12±62,06 355,49±66,36 504,39±92,61 <0,01
p <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
aA aB aA aA
Resiliência* LNP/C 0,47±0,01 0,46±0,02 0,46±0,03 0,45±0,03 0,20
aA aA aA bA
LNP/A 0,48±0,01 0,48±0,01 0,48±0,01 0,45±0,02 <0,01
aB bD bB cB
LP/C 0,43±0,01 0,41±0,01 0,40±0,01 0,39±0,02 <0,01
aB aC bB cB
LP/A 0,43±0,01 0,43±0,01 0,40±0,01 0,37±0,01 <0,01
p <0,01 <0,01 <0,01 <0,01
* Adimensional. abc Letras diferentes na mesma linha indicam diferença significativa entre dias de maturação. ABC Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença significativa entre os queijos.
(Teste de Fisher, p < 0,05). 1 LNP/C, queijo de leite cru, controle. LNP/A, queijo de leite cru, com alecrim. LP/C, queijo de leite pasteurizado, controle. LP/A, queijo de leite pasteurizado, com alecrim.
n=12.
41
(A)
(B)
FIGURA 2 – GRÁFICO DE SCORES (A) E LOADINGS (B) DE PC1 X PC2. LNP/C (■); LNP/A
(●), LP/C (▲); LP/A (▼).
3.7.1. Preferência
3.7.2. Aceitação
100
87 88
82 84 81
80 73
% de aceitação
60
40
20
0
Impressão Aparência Aparência Sabor Aroma Textura
Global (com (sem
alecrim) alecrim)
Atributos
50
(A)
40
% Consumidores
30
20
10
0
Certamente Provavelmente Talvez Provavelmente Certamente não
compraria compraria compraria não compraria compraria
40
35 (B)
30
% Consumidores
25
20
15
10
0
Certamente Provavelmente Talvez Provavelmente Certamente não
compraria compraria compraria não compraria compraria
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BEUVIER, E.; BUCHIN, S. Raw milk cheeses. In: FOX, P. F., MCSWEENEY, P.
L. H.; COGAN, T.; GUINEE, T. (ed). Cheese: Chemistry, Physics and
Microbiology: General Aspects. USA: Academic Press, 2004.
BERTOLINO, M.; DOLCI, P.; GIORDANO, M.; ROLLE, L.; ZEPPA, G. Evolution
of chemico-physical characteristics during manufacture and ripening of
Castelmagno PDO cheese in wintertime. Food Chemistry, v. 129, p.1001–
1011, 2011.
51
DI MARZO, S.; DI MONACO, R.; CAVELLA, S.; ROMANO, R.; BORRIELLO, I.;
MASI, P. Correlation between sensory and instrumental properties of
Canestrato Pugliese slices packed in biodegradable films. Trends in Food
Science and Technology, v. 17, p. 169–176, 2006.
TARACKI, Z.; TEMIZ, H.; AYKUT, U.; TURHAN, S. Influence of wild garlic on
color, free fatty acids, and chemical and sensory properties of herby pickled
cheese. International Journal of Food Properties, v. 14, p. 287–299, 2011.
TUNICK, M. H. Rheology of dairy food that gel, stretch and fracture. Journal of
Dairy Science, v. 83, p.1892–1898, 2000.
CAPÍTULO 2
RESUMO
ABSTRACT
The oxidation of lipids during processing and storage is a major concern for
industry. The addition of antioxidants is indispensable, and phenolic compounds
derived from natural sources have been suggested as an alternative to
synthetic antioxidants. The aim of this study was to obtain the following: the
fatty acid profile, by gas chromatography; the thermal behaviour, by
thermogravimetry (TG); and differential scanning calorimetry (DSC) of the fat of
cheeses made from different raw materials (raw milk and pasteurised milk) in
the absence and presence of a coating of rosemary, and also to evaluate the
potential antioxidant activity of rosemary in these cheeses by proton nuclear
magnetic resonance (1H NMR). Semi-hard cheeses were produced from
pasteurised milk (LP/C) and raw milk (LNP/C). Half of the cheeses were coated
with pork fat and rosemary (LP/A, LNP/A) and all the cheeses were ripened (12
°C / 85% - 90% RH) for 60 days. In analysing the results, it was observed that
the predominant fatty acids in the cheeses, in all treatments, were palmitic acid
(C16: 0) and oleic acid (C 18:1). There was no significant difference in fatty acid
composition with increased ripening. The stability temperature obtained in TGA
was higher for cheese LNP/A, which may indicate a possible protective effect of
rosemary. The oxidation temperature and the enthalpy of the cheeses with
added rosemary were higher than the cheeses without rosemary, confirming the
data obtained by thermogravimetry. The allylic, diallylic and vinylic hydrogens
were preserved in the cheeses with added rosemary and the cheeses made
with raw milk, indicating that pasteurisation can promote the oxidation of milk fat
and that the rosemary showed a protective effect regarding this fat. It can be
concluded that the application of a coating of dehydrated rosemary in semi-hard
cheese can improve the quality of the fat present in the product, avoiding
oxidation.
1 INTRODUÇÃO
1
FIGURA 2 – ESPECTRO DE RMN DE H DE UM TRIACILGLICEROL COM OS SINAIS
REFERENTES AOS ÁCIDOS GRAXOS E AO GLICEROL
FONTE: BARISON et al. (2010)
62
2 MATERIAL E MÉTODOS
ANOVA para os dados de DSC e CG seguido pelo teste de Fischer LSD post
hoc e teste T nos dados de CG para diferença entre os dias de maturação,
considerando-se p < 0,05 como significativo. As análises foram realizadas no
software Statistica 7.0 (StatSoft Inc. South America, Tulsa, OK, USA).
Os espectros de RMN obtidos das amostras de gordura dos queijos
foram submetidos à Análise de Componentes Principais (PCA) com o auxílio do
programa computacional AMIX 3.8, da Bruker, desenvolvido especialmente
para análise multivariada de dados de RMN. Inicialmente, o número de
variáveis foi reduzido dividindo-se os espectros em pequenos segmentos,
denominado de buckets. Em seguida, a área dos buckets foram obtidas através
do modo especial de integração do programa AMIX e normalizadas em relação
à área total dos espectros. A região do espectro utilizada para as análises
quimiométricas foi de δ 0,40 a 6,00 dividida em buckets de tamanho variável
entre 0,01 e 0,1 ppm. As áreas dos buckets foram então utilizadas como
variáveis de entrada nas análises quimiométricas. Em todos os casos, a região
entre 1,50 e 1,65 ppm foi excluída das analises, uma vez que a água dissolvida
em CDCl3 apresenta um sinal nessa região.
As amostras foram discriminadas de acordo com o tipo processamento
térmico do leite (pasteurizado ou cru), bem como de acordo com a presença ou
ausência de alecrim (Rosmarinus officinalis L.). A identificação dos sinais nos
espectros de RMN de 1H responsáveis pelas discriminações entre os tipos de
processamento foi feita através da análise dos gráficos de influências
(loadings), os quais indicam quais sinais que mais contribuíram para uma dada
discriminação.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
(A) (B)
FIGURA
Figura51.-A: GRÁFICO DE da
Gráfico de escores SCORES (A)versus
PC1 (56,9%) DA PC2
PC1(20,9%)
VERSUS PC2deDAS
de amostras queijosAMOSTRAS
produzidos DE
QUEIJOS(azul)
com leite pasteurizado PRODUZIDOS COM (preto).
e leite não pasteurizado LEITE PASTEURIZADO
B: Respectivo (AZUL) E NÃO
gráfico de loadings.
PASTEURIZADO (PRETO). GRÁFICO DE LOADINGS (B).
(A) (B)
FIGURA Figura
6 - 2.GRÁFICO DE SCORES
A: Gráfico de escores (A) vsDA
de PC1 (52,6%) PC2PC1 VERSUS
(28,3%) de amostrasPC2 DAS
de queijos comAMOSTRAS
50 e 60 dias DE
de maturação na presença
QUEIJOS COM(preto)
50 E e ausência
60 DIAS (azul)
DE de alecrim.
MATURAÇÃOB: Respectivo
NAgráfico de loadings. (PRETO) E
PRESENÇA
AUSÊNCIA (AZUL) DE ALECRIM. GRÁFICO DE LOADINGS (B):
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BAI, N.; HE, K.; ROLLER, M.; LAI C. S.; SHAO, X.; PAN, M. H.; HO, C. T.
Flavonoids and phenolic compounds from Rosmarinus officinalis. Journal of
Agricultural and Food Chemistry, v. 58, p. 5363-5367, 2010.
BUCHIN, S.; DELAGUE, V.; DUBOZ, G.; BERDAGUE, J. L.; BEUVIER, E.;
POCHET, S.; GRAPPIN, R. Influence of pasteurization and fat composition of
milk on the volatile compounds and flavor characteristics of a semi-hard
cheese. Journal of Dairy Science, v. 81, p. 3097-3108, 1998.
79
DI CAGNO, R.; BUCHIN, S.; CANDIA, S.; ANGELIS, M.; FOX, P. F.;
GOBBETTI, M. Characterization of Italian cheeses ripened under
nonconventional conditions. Journal of Dairy Science, v. 90, p. 2689-2704,
2007.
ESTÉVEZ, M.; RAMÍREZ, R.; VENTANAS, S.; CAVA, R. Sage and rosemary
essential oils versus BHT for the inhibition of lipid oxidative reactions in liver
pâté. LWT - Food Science and Technology, v. 40, p. 58-65, 2007.
GUILLÉN, M. D.; RUIZ, A. Study of the oxidative stability of salted and unsalted
salmon fillets by 1H Nuclear Magnetic Resonance. Food Chemistry, v. 86, p.
297-304, 2004.
LOPEZ, C.; BRIARD-BION, V.; CAMIER, B.; GASSI, J. Y. Milk fat thermal
properties and solid fat content in Emmental cheese: A Differential Scanning
Calorimetry study. Journal of Dairy Science, v. 89, p. 2894-2910, 2006.
ÖZYURT, G.; KULEY, E.; BALIKÇI, E.; KAÇAR, Ç.; GÖKDOGAN, S.;
ETYEMEZ, M.; ÖZOGUL, F. Effect of the icing with rosemary extract on the
oxidative stability and biogenic amine formation in sardine (Sardinella aurita)
during chilled storage. Food and Bioprocess Technology, v. 5, n. 7, p. 2777-
2786, 2012.
POECKEL, D.; GREINER C.; VERHOFF, M.; RAU, O.; TAUSCH, L.; HÖRNIG,
C. Carnosic acid and carnosol potently inhibit human 5-lipoxygenase and
suppress pro-inflammatory responses of stimulated human polymorphonuclear
leukocytes. Biochemical Pharmacology, v. 76, p. 91-97, 2008.
SCANO, P.; ANEDDA, R.; MELIS, M. P.; DESSI, M. A.; LAI, A.; ROGGIO, T.
1
H- and 13C-NMR characterization of the molecular components of the lipid
fraction of Pecorino Sardo cheese. Journal of the American Oil Chemists
Society, v. 88, p. 1305-1316, 2011.
SIMON, P.; KOLMAN, L.; NIKLOVA, I.; SCHMIDT, S. Analysis of the induction
period of oxidation of edible oils by Differential Scanning Calorimetry. Journal
of the American Oil Chemists Society, v. 77, p. 639-642, 2000.
TARACKI, Z.; TEMIZ, H.; AYKUT, U.; TURHAN, S. Influence of wild garlic on
color, free fatty acids, and chemical and sensory properties of herby pickled
cheese. International Journal of Food Properties, v. 14, p. 287–299, 2011.
USAI, M.; MARCHETTI, M.; FODDAI, M.; DEL CARO, A.; DESOGUS, R.;
SANNA, I.; PIGA, A. Influence of different stabilizing operations and storage
83
time on the composition of essential oil of thyme (Thymus officinalis L.) and
rosemary (Rosmarinus officinalis L.). LWT - Food Science and Technology, v.
44, p. 244-249, 2011.
VIGLI, G.; PHILIPPIDIS, A.; SPYROS, A.; DAIS, P. Classification of edible oils
by employing 31P and 1H NMR Spectroscopy in combination with Multivariate
Statistical Analysis. A proposal for the detection of seed oil adulteration in virgin
olive oils. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 51, p. 5715-5722,
2003.
CAPÍTULO 3
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
gordura suína e alecrim como cobertura, por meio de uma equipe de julgadores
selecionados e treinados utilizando a técnica da ADQ.
2 MATERIAL E MÉTODOS
(A) (B)
casca
superior ou
centro inferior
casca
lateral
(C) (D)
(D)
FIGURA 1 – QUEIJO CONTROLE (A), COBERTO COM ALECRIM (B), PRODUZIDO COM
LEITE NÃO PASTEURIZADO, FRACIONADO (C) E AMOSTRA SERVIDA AOS
JULGADORES (QUEIJO PRODUZIDO COM LEITE PASTEURIZADO) (D)
6
Nº de respostas corretas
5
Aceita o candidato
4
3
Continua o teste
2
1
Rejeita o candidato
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Número de testes
REJEIÇÃO APROVAÇÃO
2.2.4. Treinamento
Nome:......................................................................................................Data:.........................
Você está recebendo amostras de queijo Avalie-as de acordo com cada atributo e
marque nas escalas abaixo, com um traço vertical, a intensidade da sensação percebida.
APARÊNCIA
Cor Amarela
Fraco Forte
Brilho
Opaco Brilhante
ODOR
Odor de Manteiga
Fraco Forte
Odor de Ervas
Nenhum Forte
SABOR
Salgado
Fraco Forte
Adocicado
Fraco Forte
Picante
Fraco Forte
Sabor de Ervas
Nenhum Forte
TEXTURA
Dureza
Macio Duro
Coesividade
Pouco Muito
Mastigabilidade
Pouco Muito
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
TABELA 4 – DESEMPENHO DOS JULGADORES EM RELAÇÃO AO PODER DISCRIMINATÓRIO (p amostras) E REPETIBILIDADE (p repetição) NA ANÁLISE
SENSORIAL DOS QUEIJOS.
Aparência Odor Sabor Textura
Cor Odor de Odor de Gosto Sabor de
Brilho Adocicado Picante Dureza Coesividade Mastigabilidade
amarela manteiga ervas salgado ervas
p amostras 0,0309 0,4788 0,8785 0,5451 0,3092 0,9938 0,5313 0,4498 0,0376 0,1832 0,8168
J1
p repetição 0,8713 0,0843 0,7355 0,7831 0,7918 0,1367 0,8857 0,4277 0,9402 0,7148 0,9488
p amostras 0,0190 0,3044 0,7001 0,7572 0,5218 0,6728 0,8787 0,4415 0,0294 0,0232 0,0052
J2
p repetição 0,4906 0,0249 0,2409 0,1355 0,2097 0,6733 0,2034 0,7810 0,7884 0,7268 0,5219
p amostras 0,0128 0,0024 0,7347 0,1323 0,0920 0,9970 0,3826 0,4323 0,0048 0,0035 0,0290
J3
p repetição 0,0951 0,0632 0,8093 0,9872 0,5536 0,8658 0,1207 0,8466 0,0172 0,0174 0,1100
p amostras 0,0064 0,3028 0,8946 0,0896 0,2790 0,2702 0,1179 0,0453 0,0388 0,1248 0,2669
J4
p repetição 0,0136 0,6887 0,9739 0,2815 0,0557 0,7745 0,1821 0,3303 0,4200 0,0673 0,0584
p amostras 0,0331 0,6404 0,0892 0,0814 0,0048 0,1130 0,2518 0,0005 0,0051 0,5173 0,0928
J5
p repetição 0,7160 0,3639 0,2821 0,6532 0,6492 0,4101 0,3222 0,2040 0,2792 0,2608 0,4480
p amostras 0,0777 0,3418 0,2397 0,4552 0,0529 0,6510 0,0999 0,2538 0,8638 0,0329 0,0319
J6
p repetição 0,1091 0,2682 0,3065 0,9800 0,8798 0,0813 0,1913 0,7905 0,9081 0,0179 0,1724
p amostras 0,5838 0,4759 0,6027 0,8205 0,8107 0,6084 0,6138 0,4941 0,0009 0,8168 0,0017
J7
p repetição 0,6210 0,6518 0,5622 0,8415 0,5441 0,4667 0,7890 0,2844 0,0113 0,5544 0,3136
p amostras 0,0070 0,0986 0,0023 0,0252 0,0899 0,0701 0,3248 0,0070 0,0645 0,0981 0,0399
J8
p repetição 0,0275 0,0532 0,2389 0,1528 0,2197 0,5966 0,7791 0,0591 0,0825 0,0220 0,0264
p amostras 0,6762 0,4110 0,0358 0,1792 0,7607 0,9271 0,9654 0,7172 0,0036 0,0037 0,0052
J9
p repetição 0,8000 0,3248 0,1089 0,3056 0,0937 0,9340 0,9042 0,5004 0,0487 0,2514 0,0539
p amostras 0,0021 0,1305 0,1351 0,1537 0,4585 0,1126 0,9416 0,0768 0,9146 0,0676 0,2773
J10
p repetição 0,3320 0,7894 0,8685 0,8958 0,9959 0,6907 0,9237 0,5902 0,9572 0,8237 0,9637
p amostras 0,0026 0,3689 0,9493 0,3020 0,5959* 0,1517 0,3598 0,0771 0,0156 0,0013 0,0279
J11
p repetição 0,1104 0,4685 0,3969 0,0224 0,0006 0,0020 0,0030 0,0200 0,0931 0,0019 0,0926
NOTA: J – JULGADORES. VALORES EM NEGRITO APRESENTARAM p > 0,5 PARA DISCRIMINAÇÃO DAS AMOSTRAS E p < 0,05 PARA REPETIÇÃO.
103
considerar que a adição de alecrim como cobertura torna os queijos mais macios
quando comparados com os queijos controle. Isso ocorre porque a gordura suína e o
alecrim atuam como uma camada protetora contra a desidratação.
É importante salientar que a gordura suína apresentou um papel
fundamental nas características dos queijos nos quais foi utilizada. Além de
possibilitar a aderência do alecrim nos queijos, auxiliou (se não foi o principal
responsável) na retenção da umidade desses queijos e possivelmente apresentou
algum efeito sensorial.
106
2.5
2.0
LP/A
1.5
PC2 (22,42% da variância total)
1.0 LP/C
0.5
0.0
-0.5
-1.0
LNP/C
-1.5
LNP/A
-2.0
-2.5
(A)
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
0.8
0.6
Gosto Salgado
0.2 Dureza
Mastigabilidade
0.0
PC2
Coesividade
Odor de Ervas
-0.4
Sabor Adocicado
-0.6
Cor Amarela Brilho
Odor de Manteiga
-0.8
(B)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
PC1
FIGURA 4 - GRÁFICO DE SCORES (A) E LOADINGS (B) DA PC1 VERSUS PC2 DAS AMOSTRAS
DE QUEIJOS
108
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AWAD, S. Texture and flavor development en Ras cheese made from raw and
pasteurised milk. Food Chemistry, v. 97, p. 394-400, 2006.
BITTANTE, G.; COLOGNA, N.; CECCHINATO, A.; DE MARCHI, M.; PENASA, M.;
TIEZZI, F.; ENDRIZZI, I.; GASPERI, F. Monitoring of sensory attributes used in the
quality payment system of Trentingrana cheese. Journal of Dairy Science, v. 94, n.
11, p. 5699-5709, 2011.
DI MARZO, S.; DI MONACO, R.; CAVELLA, S.; ROMANO, R.; BORRIELLO, I.;
MASI, P. Correlation between sensory and instrumental properties of Canestrato
Pugliese slices packed in biodegradable films. Trends in Food Science and
Technology, v. 17, p. 169–176, 2006.
GALLERANI, G.; GASPERI, F.; MONETTI, A. Judge selection for hard and semi-
hard cheese sensory evaluation. Food Quality and Preference, v. 11, p. 465-474,
2000.
STONE, H.; SIDEL, J.; OLIVER, R. S.; WOOLSEY, A.; SINGLETON, RC.. Sensory
evaluation by quantitative descriptive analysis. Food Technology, v. 28, p. 24-34,
1974.
STONE, H.; SIDEL, J. L. Sensory evaluation practices. 3. ed. New York: Academic
Press. 2004.
112
THOMSEN, M.; MARTIN, C.; MERCIER, F.; TOURNAYRE, P.; BERDAGUÉ, J.;
THOMAS-DANGUIN, T.; GUICHARD, E. Investigating semi-hard cheese aroma:
Relationship between sensory profiles and gas chromatography-olfactometry data.
International Dairy Journal, v. 26, p. 41-49, 2012.
ZHANG, X. Y.; GUO, H. Y.; ZHAO, L.; SUN, W. F.; ZENG, S. S.; LU, X. M.; CAO, X.;
REN, F. Z. Sensory profile and Beijing youth preference of seven cheese varieties.
Food Quality and Preference, v. 22, p. 101–109, 2011.
113
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ANEXO
115
116
APÊNDICE 1
117
QUESTIONÁRIO
Nome: ........................................................................................................................................
Escolaridade:
( ) Ensino fundamental completo (1 a 8ª série)
( ) Ensino fundamental incompleto
( ) Ensino médio completo (1 a 3º ano)
( ) Ensino médio incompleto
( ) Superior completo
( ) Superior incompleto
( ) Pós-graduação
( ) Não estudou
Especifique os alimentos que você não pode comer por razões de saúde. Explique, por
favor.
Gostaríamos que você registrasse se apresenta algum tipo de problema abaixo relacionado:
APÊNDICE 2
119
Dados Pessoais:
1.Nome:.....................................................................................................Data: ......................
Telefone para contato/e-mail:.....................................................................................................
2. Sexo: ( ) Feminino
( ) Masculino
3. Faixa etária: ( ) < 25 anos
( ) 25-35 anos
( ) 36-50 anos
( ) > 50 anos
4. Disponibilidade: Qual o melhor dia da semana que você poderia comparecer ao
laboratório de análise sensorial:
( ) 2ª-feira
( ) 3ª-feira
( ) 4ª-feira
( ) 5ª-feira
( ) 6ª-feira
Turno: ( ) manhã ( ) tarde
Hábitos de consumo:
8. Por quê?
( ) pelo sabor
( ) pelo preço
( ) uso em preparações culinárias
( ) não consumo
( ) outros - especificar...................................................................