Domingas-Habilidades de Vida e Hiv
Domingas-Habilidades de Vida e Hiv
Domingas-Habilidades de Vida e Hiv
Ano de frequencia: 2º
Turma: C
1º Trabalho
Docente:
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1.Objectivos: ............................................................................................................................ 1
1.1.1.Geral:… ............................................................................................................................. 1
1.1.2.Específicos:........................................................................................................................ 1
1.2.Metodologia .......................................................................................................................... 1
4.Conclusão ................................................................................................................................ 9
1.1. Objectivos:
1.1.1. Geral:
Conhecer os direitos sexuais e Reprodutiva, gravidez indesejada no contexto
moçambicano
1.1.2. Específicos:
Definir os direitos sexuais e Reprodutiva;
Descrever a saúde sexual e reprodutiva;
Falar da Sexualidade na adolescência;
Mencionar as principais componentes dos direitos sexuais e reprodutivos;
Falara da gravidez indesejada no contexto moçambicano;
Identificar os riscos da gravidez indesejada;
Mencionar as consequências da gravidez indesejada.
1.2. Metodologia
Para a materialização do presente trabalho recorreu-se a consultas bibliográficas de obras e
artigos científicos relacionados com o tema em discussão no presente trabalho.
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2. Direitos sexuais e reprodutivos
Segundo BARSTED (2005), Direitos sexuais e direitos reprodutivos são dois conjuntos de
direitos que, de um lado devem ser entendidos de forma separada, por outro estão
intimamente ligados e se complementam. Os dois conjuntos de direitos pertencem aos direitos
humanos e têm como base os mesmos princípios que são universalidade, indivisibilidade e
interdependência.
O reconhecimento desses direitos como direitos humanos implica o reconhecimento de que a
sexualidade e a reprodução humanas necessitam de um conjunto de normas jurídicas para a
sua promoção e implementação, assim como de políticas públicas desenvolvidas pelo Estado
que assegurem a saúde para o exercício de tais direitos, ou seja, a saúde sexual e a saúde
reprodutiva de cidadãs e cidadãos de uma determinada sociedade.
O conceito de direitos reprodutivos refere-se a um conjunto de normas e leis referentes à
autonomia de homens e mulheres para decidir se querem ou não ter filhos e o tamanho de sua
prole, bem como quando desejam reproduzir.
Segundo ÁVILA (1989), trata-se de direito de autodeterminação, privacidade, intimidade,
liberdade e autonomia individual, em que se clama pela não interferência do Estado, pela não
discriminação, pela não coerção e pela não-violência.
Referem-se ao direito de desfrutar de uma sexualidade saudável de prazer. É essencial.
Pressupõem a escolha livre, autónoma e responsável, promovendo assim o respeito mútuo,
nas relações.
A Declaração da IPPF (Federação Internacional de Planeamento Familiar) de 2008 define:
Direitos Sexuais são uma componente dos Direitos Humanos.
A sexualidade e o prazer que dela deriva são aspectos centrais do ser humano, quer a
pessoa opte por reproduzir-se quer não.
A garantia dos direitos sexuais para todos inclui um compromisso com a liberdade e a
protecção contra danos.
Os direitos sexuais devem estar sujeitos apenas a limitações determinadas pela lei,
com a finalidade de garantir o devido reconhecimento e respeito dos direitos e
liberdades de terceiros e do bem-estar geral, em uma sociedade democrática.
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Quer o homem, quer a mulher, todos têm direito a desfrutar de uma sexualidade saudável, ou
seja, todos têm direitos sexuais. Os direitos sexuais são elementos fundamentais dos direitos
humanos. Os direitos sexuais incluem:
Direito à felicidade, sonhos e fantasias.
Direito de explorar a própria sexualidade livre de medo, vergonha, falsas crenças e outros
impedimentos à livre expressão dos próprios desejos.
Direito de expressar a sexualidade independentemente da reprodução.
Direito de desfrutar a sexualidade livre de violência e discriminação.
Direito de escolher ser ou não sexualmente activo(a).
Direito de exigir práticas de sexo seguro para prevenção de gravidez não desejada e infecções
sexualmente transmissíveis.
Direito à informação, educação e serviços de alta qualidade e confidencialidade.
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2.2. Direitos reprodutivos
Segundo ROSAS (2005), os direitos reprodutivos compreendem o direito básico de todo casal
e de todo individuo de decidir livre e responsavelmente sobre o número, o espaçamento e a
oportunidade de ter filhos/as e de ter a informação e os meios de assim o fazer, gozando do
mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva. Incluem o direito:
Individual de mulheres e homens em decidir sobre se querem, ou não, ter filhos/as,
em que momentos de suas vidas e quantos/as filhos/as desejam ter;
De tomar decisões sobre a reprodução, livre de discriminação, coerção ou violência;
De homens e mulheres participarem com iguais responsabilidades na criação dos/as
filhos/as;
A serviço de saúde pública de qualidade e acessível, durante todas as etapas da vida;
A doação e ao tratamento para a infertilidade.
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Por outro lado, contempla-se ainda a disponibilização de recursos que permitam que as
gravidezes e os partos decorram de forma segura e se garanta apoio aos indivíduos e aos
casais no domínio da sexualidade.
Devido a esta abrangência de temas e de áreas de actuação, o sucesso das medidas e
iniciativas de promoção da saúde sexual e reprodutiva depende da acção de vários serviços e
agentes, bem como da adequada articulação entre eles. Para além do papel destacado dos
profissionais e serviços de saúde, deve reconhecer-se a importância do diálogo familiar acerca
destes temas e das actividades de educação sexual desenvolvidas em contexto escolar.
Este empenhamento colectivo é certamente uma das melhores vias para elevar os níveis de
saúde e de bem-estar individual e colectivo neste domínio específico, permitindo agir sobre
alguns dos problemas que, apesar das melhorias significativas, permanecem ainda resistentes,
como sejam as gravidezes não desejadas, as taxas de contágio de infecções sexualmente
transmissíveis e as situações de violência e exploração sexual (PETCHESKY1999).
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A sexualidade, a reprodução e a prevenção das DTS/SIDA na adolescência devem ser
compreendidas na sua inter-relação com aspectos educativos, culturais, psicológicos, sociais,
jurídicos e políticos e cabe ao profissional ficar atento\a a estes aspectos nas suas respectivas
acções (CHIPKEVITCH, 19920.
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A gravidez é mais frequente nas adolescentes: de acordo com o último censo populacional,
17% das adolescentes, entre os 15 e os 19 anos, tiveram já um filho (MISAU, 2003).
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Cerca de 40% das mães adolescentes abandonam os estudos segundo o Fundo de População
das Nações Unidas, os principais motivos são:
Sintomas típicos da gravidez;
Vergonha;
Preconceito;
Pressão familiar, escolar e dos amigos.
Por outo lado, os casos de gravidez na adolescência diminuíram cerca de 17% de acordo com
o Ministério da Saúde. A redução está relacionada à expansão de programas de saúde, a mais
acesso a métodos contraceptivos e à educação sexual nas escolas.
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4. Conclusão
Após a realização do presente trabalho conclui-se que os direitos sexuais e direitos
reprodutivos são dois conjuntos de direitos que, de um lado devem ser entendidos de forma
separada, por outro estão intimamente ligados e se complementam. Os dois conjuntos de
direitos pertencem aos direitos humanos e têm como base os mesmos princípios que são
universalidade, indivisibilidade e interdependência.
O reconhecimento desses direitos como direitos humanos implica o reconhecimento de que a
sexualidade e a reprodução humanas necessitam de um conjunto de normas jurídicas para a
sua promoção e implementação, assim como de políticas públicas desenvolvidas pelo Estado
que assegurem a saúde para o exercício de tais direitos, ou seja, a saúde sexual e a saúde
reprodutiva de cidadãs e cidadãos de uma determinada sociedade.
O conceito de direitos reprodutivos refere-se a um conjunto de normas e leis referentes à
autonomia de homens e mulheres para decidir se querem ou não ter filhos e o tamanho de sua
prole, bem como quando desejam reproduzir.
O contexto social e cultural, incluindo a religião, é um dos importantes factores que
influenciam o planeamento familiar.
Nas sociedades patrilíneares, o “domínio do homem” dificulta a capacidade da mulher de
influenciar a decisão sobre a reprodução.
As relações conjugais e familiares, o nível de educação, o acesso a recursos financeiros e aos
serviços de saúde são também factores determinantes, na capacidade da mulher fazer as suas
opções, acerca das suas necessidades de saúde reprodutiva.
Em Moçambique, onde a sociedade tradicional e as crenças culturais reforçam a dependência
e a ausência de poder da mulher, onde as mulheres são pobres, poucas mulheres podem
exercer os seus direitos reprodutivos e sexuais. As adolescentes são, nestas circunstâncias, as
mais vulneráveis, sendo mais susceptíveis à gravidez indesejada, tornando-se esposas e mães,
numa idade muito precoce.
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5. Referências Bibliográficas
ÁVILA, M.B. Os Direitos Reprodutivos e a condição feminina. Recife: SOS Corpo, 1989.
ÁVILA, M.B.; GOUVEIA, T. Notas sobre direitos reprodutivos e direitos sexuais. In:
BARSTED, L.L. Conquistas da sexualidade no campo do direito. Sexualidade - Género e
Sociedade, Ano XII, n. 23/24/25, p. 160-172, out. 2005.
CHIPKEVITCH, Puberdade e Adolescência, Editora lglu, São-Paulo, Brasil, 1992.
MISAU/DNS/ Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva para Adolescentes e Jovens; Manual
de Educação e aconselhamento em sexualidade, Saúde e Direitos Reprodutivos e
HIV/SIDA para Adolescentes e Jovens, Fundo das Nações Unidas para à Popula População.
Maputo, Moçambique. 2003.
OMS/UNICEF. Cuidados primários de saúde. Brasília (DF); 1979 [Relatório da
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde; 1978, 6-12 set; Alma-Ata,
URSS].
PARKER, R.; BARBOSA, R.M. (Org). Sexualidades brasileiras. Rio de Janeiro: Relume
Dumará, 1996.
PETCHESKY, R.P. Direitos sexuais: um novo conceito na prática política internacional.
In: BARBOSA, R.M.; PARKER, R. (Org). Sexualidades pelo avesso: direitos, identidades e
poder. Rio de Janeiro: IMS/UERJ; São Paulo: Editora 34, 1999.
ROSAS, C.F. Política Nacional de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos: rompendo
velhos preconceitos e construindo novos paradigmas. Jornal da Rede Feminista de Saúde,
Florianópolis, n. 27, p.18, Set. 2005.
ROCHA CA. Gravidez na adolescência e evasão escolar; 2009. Disponível em:
https:/www,gineco.com.br/wp-content/up;oads/2018/11gravides-na-adolescencia-e-evasao-
escolar.pdf. Acesso em: 25.10.2022.
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