O Paradoxo de Peto

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Paradoxo de

peto
O Paradoxo de Peto é um fenômeno intrigante na biologia evolutiva que desafia a
intuição comum sobre a relação entre o tamanho de um animal e sua taxa de câncer. Ele
foi proposto por Richard Peto, um biólogo britânico, em 1977.

O paradoxo é baseado na observação de que, embora mamíferos maiores tenham mais


células e, portanto, maior potencial para desenvolver câncer, eles não têm uma taxa
proporcionalmente maior de incidência de câncer em comparação com animais
menores. Em outras palavras, mamíferos grandes não têm uma incidência de câncer
muito maior do que mamíferos pequenos, apesar de terem muito mais células
suscetíveis a mutações cancerígenas.

Existem várias teorias propostas para explicar o Paradoxo de Peto:

1. Taxa Metabólica: Uma explicação sugere que a taxa metabólica de um


organismo pode estar correlacionada com sua taxa de câncer. Mamíferos
maiores tendem a ter taxas metabólicas mais lentas em relação à massa corporal,
o que pode reduzir a taxa de divisão celular e, portanto, a probabilidade de
mutações cancerígenas.
2. Supressão de Tumores: Mamíferos maiores podem ter mecanismos mais
eficazes de supressão de tumores para controlar o crescimento de células
cancerígenas. Isso pode ser relacionado ao sistema imunológico ou a outros
mecanismos internos de reparo e controle celular.
3. Evolução e Seleção Natural: Ao longo da evolução, mamíferos maiores podem
ter desenvolvido adaptações genéticas que reduzem sua suscetibilidade ao
câncer. Isso poderia incluir a seleção de alelos favoráveis ou mutações que
conferem resistência ao câncer.

O Paradoxo de Peto é um exemplo fascinante de como a biologia evolutiva pode


desafiar nossas intuições sobre o mundo natural. Ele destaca a complexidade dos
processos biológicos e a importância de abordagens multidisciplinares para entender
fenômenos complexos, como o câncer e sua relação com a biologia evolutiva.

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