Artigo Oncologia Revisão
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Artigo Oncologia Revisão
Martins DB, Teixeira LV, França RT, Lopes STA. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação; 2011;
9(31); 630-637.
Resumo
A oncologia é uma área em plena expansão na clínica de pequenos animais, e anualmente, milhares
de cães são diagnosticados com os mais diferentes tipos de neoplasmas. A biologia tumoral, uma das
partes mais complexas do estudo dos tumores, permite estabelecer a relação de parâmetros que le-
varam ao aparecimento e desenvolvimento do câncer. Esta área também fornece subsídios para com-
preender as respostas do neoplasma frente ao tratamento quimioterápico e a interação que há entre o
câncer e o hospedeiro. Esta revisão objetivou abordar os aspectos comuns relacionados à biologia dos
diferentes tipos de tumores caninos, desde a carcinogênese, ciclo celular, cinética, oncogenes, relação
entre células normais e células do neoplasma. Também explana sobre resposta celular aos quimiote-
rápicos e resistência múltipla a drogas, comportamento do tumor e morte celular. O conhecimento
sobre a biologia tumoral possibilitará ao clínico de pequenos animais uma melhor abordagem e ma-
nejo do cão portador de neoplasia, e por consequência, melhores chances de sucesso no tratamento
instituído.
Abstract
Oncology is an in full expansion are ain the small animal clinic, and each year thousands of dogs are
diagnosed with the most different types of tumors. Tumor biology, one of the most complex parts of
tumors study, allows establishing the relationship of parameters which led to the emergence and de-
velopment of cancer. This topicalso provides subsidies to understand the relationship between the ne-
oplasm and chemotherapy and the interaction between cancer and host. This review aims to discuss
the common issues related to the biology of different types of canine tumors, since the carcinogenesis,
cell cycle kinetics, oncogenes, the relationship between normal cells and tumor cells, cellular response
to chemotherapeutic agents and resistance to multiple drugs, tumor behavior and cell death. The kno-
wledge of tumor biology will allow the small animal clinician to a better approach and management
of the dog which neoplasm and, therefore, better chances of success in treatment.
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rações: 1) incremento do efluxo da droga após a penetração ficar quiescente em seu novo ambiente, até o momento em
na célula tumoral, mediado por proteínas relacionadas ao que tenha a produção de seus próprios fatores externos. Há
fenótipo de resistência a múltiplas drogas (MDR)(32); 2) al- hipóteses de que certos tumores produzam metástases mais
terações nas moléculas alvo que irão se ligar às drogas qui- frequentes em determinados órgãos-alvo ou tecidos devido à
mioterápicas para a ativação dos efeitos antitumorais, dimi- produção de fatores de crescimento nesses locais, indispensá-
nuindo assim, a afinidade pela droga quimioterápica (33); 3) veis a proliferação neoplásica (3).
aumento da reparação do DNA inativando danos ocorridos
pelas substâncias antineoplásicas sobre este ácido nucléico e/ Resposta Celular aos Quimioterápicos e Resistência
ou abolição da sinalização intracelular da ocorrência do dano Quimioterápica
ao DNA provocado pelas drogas quimioterápicas (34,35) e 4) Cada ciclo quimioterápico elimina em média 99% das célu-
alterações na apoptose, da qual dependem algumas medica- las tumorais, mas é imprescindível a repetição do tratamento
ções quimioterápicas (36). em múltiplos ciclos a fim de destruir as células tumorais em
A pesquisa oncológica foi, por muitos anos, guiada por sua totalidade. Em tumores considerados de grande volume,
uma visão reducionista que focava somente a célula neoplási- com cerca de 100g (1011 células), mesmo que o agente anti-
ca e seus genes. Uma visão mais inovadora, a biologia celular neoplásico elimine em torno de 99,9% das células alteradas,
heterotípica, indica que os tumores sejam observados como ainda haveria a possibilidade de existir células cancerosas
tecidos complexos nos quais as células neoplásicas mutantes remanescentes ao tratamento. Essas células poderiam, então,
encontram-se associadas a diferentes tipos de células nor- reiniciar o crescimento do neoplasma tão logo houvesse para-
mais como colaboradoras do processo tumoral. As interações da no tratamento. Desta forma, enfatiza-se a necessidade do
entre as células neoplásicas e as células do hospedeiro cola- diagnóstico oncológico precoce, um dos fatores fundamen-
boradoras poderão permitir um melhor conhecimento sobre tais para a eficácia do tratamento quimioterápico (6).
a patogênese do câncer, bem como, o desenvolvimento de Quando uma massa tumoral é diagnosticada ao exame
novas terapias antitumorais (22).As células tumorais recru- clínico, sua extensão já é significativa. Nesse estágio, o neo-
tam a vasculatura e o estroma do hospedeiro para a produção plasma encontra-se em fase de crescimento lento, com várias
e secreção de fatores que sinalizem o início da divisão celu- células em G0, podendo ocorrer uma relativa ineficácia da
lar (29). Exemplos de sinalizadores incluem desde fatores de quimioterapia (13). A maioria dos quimioterápicos atua sobre
crescimento, quimiocinas e citocinas até a produção de hor- células em divisão, e quanto menor a fração de crescimento
mônios. tumoral, menor a porcentagem de células em atividade proli-
Os fatores de crescimento regulam localmente o grau de ferativa e menor a sensibilidade destas células ao tratamento
proliferação, motilidade e morte de cada célula cancerígena (41).A Figura 1 ilustra os períodos de maior e menor resposta
de acordo com a disponibilidade de nutrientes (23). A maio- ao tratamento quimioterápico de acordo com o crescimento
ria dos fatores de crescimento é produzida por um único tumoral (curva de Gompertz).
tipo de célula, podendo agir em outra população celular em
separado. Contudo, em alguns tumores, um único tipo ce-
lular produz seu próprio fator de crescimento, constituindo
uma ação autócrina (37). Já, alguns hormônios, tais como o
estrógeno, desempenham um papel fundamental no desen-
volvimento dos tumores de mama em mamíferos, incluindo
as cadelas (38).
As quimiocinas e citocinas são produzidas tanto pelas
células tumorais quanto pelas células do estroma do hospe-
deiro. Estas possuem além do mecanismo autócrino, o me-
canismo parácrino, que sustentam o crescimento tumoral,
induzindo a angiogênese e facilitando a interação das células
neoplásicas com as células do sistema imune do hospedei-
ro. As quimiocinas também auxiliam as células neoplásicas
a migrarem para linfonodos sentinelas e induzirem pontos
de metástase em órgãos específicos (39). Ainda, as ciclooxige-
nases tipo 1 (COX-1) e tipo 2 (COX-2), que regulam a produ-
ção de prostaglandinas, têm sido pesquisadas por possuírem Figura 1 - Períodos de maior e menor resposta ao tratamento quimioterápico
de acordo com o crescimento tumoral (curva de Gompertz).
funções ligadas ao desenvolvimento e progressão tumoral, e
possivelmente serem usadas como fator prognóstico (40). Fatores intrínsecos, e mais raramente extrínsecos, podem
Contudo, a célula neoplásica de caráter metastático pode induzir à resistência quimioterápica de acordo com o tipo
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nignos em uma população definida de cães. Em Curitiba no do foi similar a morfologia papilar encontrada nos tumores
Paraná foi observado que 68,4% das fêmeas estudadas pos- epiteliais, tais como os papilomas escamosos e hepatomas.
suem neoplasias mamárias de caráter maligno (9).As chan- Quando a disponibilidade de nutrientes no tecido estava re-
ces do comportamento dos tumores caninos pesquisados em duzida por um aumento no consumo celular, observava-se
serem benignos ou malignos foram relativamente a mesma um padrão similar ao papilar, porém mais fino, com aspec-
(10). to de cordões ou filamentos de células, típico da morfologia
Os neoplasmas malignos se caracterizam por serem local- do tricoblastoma. Já, quando o aporte de nutrientes era alto,
mente invasivos e de crescimento destrutivo, que raramente indicando um baixo nível de consumo de nutrientes pelas
cessa.As bordas do tumor são pouco definidas, e as células células neoplásicas e baixa motilidade, o padrão observado
tumorais podem se dispersar através de tecidos normais ad- no estudo era compacto, como os observados nos tumores
jacentes. Este crescimento anormal resulta em destruição de sólidos como o carcinoma basocelular (23).
tecidos normais vizinhos, a qual é manifestada como ulce- Ainda pode-se citar que algumas raças possuem predis-
ração de tecidos superficiais e lise óssea. A metástase ocor- posição a desenvolverem certos tipos de tumores como o
re através das vias linfática ou hematógena e por dispersão mastocitoma em Boxer e o osteossarcoma em Rottweiler (51).
transcelômica. Este tipo de neoplasma irá causar a morte, Nenhum gene hereditário específico foi identificado em ani-
amenos que uma ação clínica radical seja tomada. Desta ma- mais domésticos, mas alguns neoplasmas, particularmente os
neira, frequentemente os tumores malignos comprometem sarcomas, parecem demonstrar predileção racial (7). Assim,
a vida do hospedeiro, em virtude da natureza destrutiva do pode-se citar a ocorrência de hemangiossarcoma em Pastor
seu crescimento e da disseminação metastática para outros Alemão e Golden Retriever apresentando-se como uma do-
órgãos vitais (7). ença multicêntrica que atinge principalmente o baço, o fíga-
Cães com tumores mesenquimais possuem seis vezes do, os pulmões e a aurícula direita (52). Todavia, diversos es-
mais chances de apresentarem um processo de malignida- tudos mostram os cães sem raça definida (SRD) em primeiro
de quando comparados àqueles acometidos por neoplasmas lugar nos índices de aparecimento de tumores no Brasil, o
epiteliais. Fatores como raça e sexo não têm sido associados que pode ser explicado por este grupo ser o mais numeroso
com risco de malignidade do tumor, porém as chances do cão no país (9).
apresentar um tumor maligno aumentam linearmente confor- A ovário-histerectomia (OH) como conduta auxiliar no
me a idade (47).A maioria dos cães acometidos por osteossar- tratamento de tumores mamários em cadelas, por prevenir as
coma possuem em média entre oito e nove anos de idade(48) variações hormonais, tem-se mostrado como uma alternativa
e 65% dos cães acometidos por mastocitoma estão na fase ge- complementar já que estes tumores estão intimamente rela-
riátrica (49). Entretanto, em caninos jovens há maior ocorrên- cionados ao estrógeno e a progesterona (38). Contudo, OH
cia de outros tipos de tumores, tais como o TVTC, pois estão deve ser realizada precocemente, diminuindo assim o risco
sexualmente ativos, aumentando a disseminação (50). de desenvolvimento dos tumores mamários, visto que a OH
Os tumores benignos têm crescimento relativamente len- realizada simultaneamente à mastectomia não proporciona
to e expansivo, porém, não sofrem metástase. Em geral, esse resultados satisfatórios. Isto ocorre porque as células neoplá-
tipo de tumor apresenta limite bem definido entre os tecidos sicas passam a ser hormônio-independentes na medida em
neoplásico e normal, podendo até mesmo, se tornar encapsu- que o tumor torna-se autônomo, passando de células neoplá-
lado. Seu crescimento pode cessar em alguns casos. Todavia, sicas diferenciadas para indiferenciadas.
pode afetar, ainda que minimamente, tecidos adjacentes, re- Adicionalmente, estudos têm revelado o envolvimento de
sultando em necrose por pressão e deformidade anatômica. células-tronco em tumores caninos tais como linfoma, mela-
Metástases não são relatadas, contudo, os tumores benignos noma e hemangiossarcoma, o que abre novas perspectivas no
sozinhos podem comprometer a vida do hospedeiro, com- tratamento destes neoplasmas focando neste tipo precursor
primindo estruturas vitais, como por exemplo, o cérebro. Es- de célula (26).
tes neoplasmas possuem curso clínico mais previsível, e na
maioria das vezes não são fatais (7). Morte Celular
Têm sido estudadas atualmente as morfologias dos cresci- Os dois principais mecanismos de morte celular são a
mentos tumorais mais comuns, tais como os padrões papila- necrose e a apoptose e ocorrem por vias morfologicamente
res, compacto e disconecto através de modelos matemáticos. distintas. A apoptose é altamente ordenada. Já a necrose é
Em uma pesquisa (23),o padrão disconecto, típico de neoplas- abrupta, ocorrendo após agressão extrema (3).
mas de células redondas (linfoma, mastocitoma e plasmoci- A morte celular programada, ou apoptose, também
toma) demonstraram alta motilidade e baixo grau mitótico. tem um papel importante na determinação do crescimento
Já,quando a migração celular se mostrou muito pequena e tumoral e sua agressividade (53). A apoptose tem sido parti-
com grau mitótico alto, demandando uma grande quantida- cularmente ligada ao processo neoplásico, já que estas células
de de nutrientes essenciais, então o padrão simulado exibi- alteradas podem tornar-se resistentes à morte celular. Uma
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