Caderno de Exercícios - 2023 - 2024

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GESTÃO

CONTABILIDADE DE GESTÃO E
CONTROLO ORÇAMENTAL II

2º semestre 2023 / 2024


Caderno de Exercícios
Paulo Braz
Ricardo Marques
CASOS PRÁTICOS DE CONTABILIDADE DE GESTÃO E CONTROLO ORÇAMENTAL II 2023/2024
Gestão (Diurno e PL) 2.º Ano/ 2.º Sem.

CASO PRÁTICO N.º 1.


A. Elaboração do Orçamento
A empresa Ómega tem instituído um sistema de custeio total orçamentado. Para o orçamento anual de n
tiveram-se em consideração os seguintes elementos:

a) Inventários iniciais em 1/1/N


- Matérias primas
» C: 1.100 toneladas
» D: 750 toneladas
» E: 600 toneladas
- Produtos acabados
» A: 1.500 toneladas
» B: 1.200 toneladas
b) Compras
As compras serão efetuadas tendo em consideração que se pretende ter ao fim de cada trimestre
inventários de matérias suficientes para o consumo no trimestre seguinte (considere que a produção do
1º trimestre de n+1 será igual à do 4º trimestre de N).

c) Vendas
A previsão das vendas por trimestre, em toneladas, é a seguinte:
Trimestre Produto A Produto B
1º 5.000 4.000
2º 6.000 4.000
3º 6.500 4.500
4º 6.500 4.300
Os preços de venda previstos são de 3,5 € para A e 3 € para B.

d) Orçamento dos custos de produção ( por tonelada a produzir):


Consumo unitário
Descrição U.F. Cº unitº Produto A Produto B
1. Mat. Prima
C Ton 1,50 € 0,3 0,4
D Ton 3€ 0,4 -
E Ton 0,45 € - 0,5
2.Custos transf.
Secção Alfa Hm 3,80 € 0,1 0,2
Secção Beta Hh 2€ 0,15 0,25

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e) Produção
Prevê-se que a produção se processe duma maneira uniforme ao longo do ano. Os inventários desejados
de produtos acabados para 31/12/N são os seguintes:
» Produto A: 2.500 toneladas
» Produto B: 2.000 toneladas

f) Outros dados
- Para além das secções Alfa e Beta existem as secções auxiliares A1 e A2 cujo orçamento de
custos p/ o ano é a seguinte (em euros):
Secções Custos Fixos Custos Variáveis
A1 2.000 4.000
A2 1.500 2.500

Cada Hm de atividade de Alfa requer 0,5 Hf (horas de funcionamento) de A1 e 0,25 Hf de A2. Cada
Hh de atividade de Beta requer 1 Hf de A1 e 0,4 Hf de A2.

- Os custos fixos previstos para o ano para as secções de Distribuição e Administrativa foram os
seguintes:
» Distribuição: 5.000 €
» Administrativa: 17.500 €
Existem ainda custos comerciais variáveis de 0,125 € por tonelada vendida.

- O orçamento da secção Alfa para o ano N é o seguinte:

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Atividade Prevista: 6020 Hm


Descrição U.F. Cº unit. Qde Valor
Custos diretos
Custos Variáveis
Fuel kgs 0,40 8.000 3.200
Materiais de consumo kgs 0,50 600 300
Energia elétrica Kw 0,075 80.000 6.000
Outros 2.500
Subtotal 1 12.000
Custos fixos
Pessoal 4.000
Amortizações 3.000
Seguros 400
Outros 594,34
Subtotal 2 7.994,34
Total 1 19.994,34
Reembolsos
Secção A1 Hf 0,53763 3.010 1.618,28
Secção A2 Hf 0,83945 1.505 1.263,38
Total 2 2.881,66
Custo total
Global 22.876,00
Unitário 3,8

- A empresa utiliza o critério FIFO na valorização das saídas de armazém.

Pretende-se
Elabore, para o ano N e por trimestre:
1. Programa de produção.
2. Programa de compras.
3. Orçamento de compras.
4. Programa de atividade das secções.
5. Orçamento dos custos de produção.

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CASO PRÁTICO N.º 2.

Conhecem-se os seguintes elementos para o Orçamento Anual do ano N, da empresa “Lislena, Lda”:

a) Inentários iniciais:
» Matérias-primas » Produtos acabados
A: 1.100 toneladas Produto X: 1.500 toneladas
B: 750 toneladas Produto Y: 1.200 toneladas
C: 600 toneladas

b) Compras
Prevê-se que as compras sejam uniformes ao longo do ano. A empresa considera a seguinte variação
anual de inventários de matérias-primas:
Matéria A: + 200 Toneladas
Matéria B: + 250 Toneladas
Matéria C: - 100 Toneladas

c) Vendas
A empresa prevê que as suas vendas se distribuam da seguinte forma, em toneladas:

Produto X Produto Y
Rubricas
Quant. P.Venda/Ton Quant. P.Venda/Ton
1º Trimestre 5.000 4.000
4,45 € 3,45 €
2º Trimestre 6.000 4.000
3º Trimestre 6.500 4.500
4,68€ 3,80 €
4º Trimestre 6.500 4300
Total 24.000 16.800

d) Orçamento dos custos de produção (por tonelada):

Custo Produto X Produto Y


Rubricas U.F.
Unitário Consumo unit. Consumo unit.
Matérias-Primas
Matéria A Ton 2,00 € 0,30 0,20
Matéria B Ton 2,50 € 0,45 -
Matéria C Ton 0,25 € - 0,50
Custos Transformação
Secção S1 Hm 1,25 € 0,25 0,15
Secção S2 Hh 1,75 € 0,16 0,30

Nota 1: Os custos unitários (das matérias-primas referem-se ao preço de compra) referem-se a janeiro de
N, prevendo-se a seguinte evolução, ao longo do ano, considerando o índice 100 para janeiro de N:

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Rubricas Matérias-Primas Custos Transform.


1º Trimestre 100 100
2º Trimestre 100 105
3º Trimestre 100 110
4º Trimestre 110 110

Nota 2: Os inventários de matérias estão valorizadas aos preços de compra de janeiro de N

e) Produção
Prevê-se que a produção se processe de forma uniforme ao longo do ano. Preveem-se as seguintes
variações de inventários de produtos acabados:
Produto X: + 1.000 Toneladas
Produto Y: + 800 Toneladas

Pretende-se
1. Elabore, para o ano N, os programas:
a. de produção;
b. de compras;
c. de atividade das secções;
2. Elabore, para o mesmo exercício, o orçamento dos custos de produção para os produtos X e Y,
considerando que a empresa utiliza o FIFO, como método de custeio das saídas de armazém de
matérias-primas.

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CASO PRÁTICO N.º 3.


A empresa Alfa, Lda, foi constituída em setembro do ano N e pretende começar a laborar no início do
próximo ano. A sua atividade consiste na produção e comercialização do produto X, o qual é fabricado a
partir da matéria-prima A.
Do orçamento construído para o ano N+1 conhecem-se os seguintes elementos:

Rubrica Quantidade Custos unitários


Produção anual esperada (1) 10.800 unidades
Consumo anual esperado (2) 8 000 unidades 15 € (3)
Custos de transformação Por uma unidade produzida 5,2 €
(1) A produção distribui-se uniformemente ao longo do ano; o Preço de venda esperado é de 30 €/unidade;
(2) Os consumos distribuem-se uniformemente ao longo do ano;
(3) Preço de aquisição acordado com o fornecedor de matérias, independentemente das quantidades
compradas.

Relativamente ao ciclo de exploração, pretende-se:


- Um prazo médio de recebimentos (P.M.R.) de 30 dias.
- Um prazo médio de pagamentos a fornecedores de matérias-primas (P.M.P.) de 60 dias.
- Os custos de transformação são pagos a pronto.
- No fim de cada semestre permaneça em stock 200 unidades de produtos acabados e 100 unidades
de matérias-primas.

Outras informações:
- As disponibilidades iniciais são de 2.000€ e pretende-se no final de cada semestre um valor de
1.000€.
- As necessidades de tesouraria serão supridas através de uma linha de crédito a curto prazo com
juros à taxa anual de 4%. Os juros são pagos no semestre seguinte e o reembolso é feito logo que
haja disponibilidade.
- No último semestre, procede-se ao reembolso de um empréstimo já obtido cuja amortização
corresponde a 10.000€. Os juros somam 2 000€ e são pagos na mesma data.
- Os excessos de liquidez serão aplicados em aplicações de curto prazo e vencem juros à taxa anual
de 2%, a receber no semestre seguinte.

Pretende-se
Com base nos elementos apresentados, elabore para os dois semestres de N+1:
1. Programa de stocks de produto acabado e programa de stocks da matéria A.
2. Orçamento de tesouraria.
3. Orçamento financeiro.

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CASO PRÁTICO N.º 4.


A empresa “XYZ, Lda.” pretende elaborar o orçamento anual para o ano N, tendo efetuado as seguintes
previsões:

a) Vendas (em quantidades)


Descrição Total
Produto X 44.150 Ton.
Produto Y 36.700 Ton.

b) Política de stocks de produtos acabados


 Pretende-se que a variação de stocks seja de + 100 ton em ambos os produtos;
 Inventários iniciais: Produto X: 3.650 Ton.; Produto Y: 3.200 Ton.

c) Preços de Venda
Produto X: 35 €/Tonelada
Produto Y: 40 €/Tonelada

d) Consumos previstos por tonelada produzida:

Descrição U.F. Cto. Unitário Produto X Produto Y


Matérias diretas
M.P. A Ton 22 € - 0.6
M.P. B Ton 18 € 0.4 0.6
M.P.C Ton 15 € 0.5 -
Custos de transformação
Secção I Hm ? 0.8 1.2
Secção II Hm ? 1.0 0.5

e) Custos de transformação:

Descrição Secção I Secção II Manutenção


1. Custos diretos
Fixos (por mês) 30.000 € 40.000 € 10.000 €
Variáveis (por unidade de obra) 2,2 € 1,2 € 2,6 €
2. Reembolsos
Manutenção 4.000 Hh 6.000 Hh -

f) Custos não industriais


Fixos: 5.000 € por mês
Variáveis: 2 € /Tonelada de produto (qualquer tipo de produto)

Pretende-se
1. Orçamento dos custos de transformação anual;
2. Orçamento dos custos de produção anual.

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CASO PRÁTICO N.º 5.


B. Custeio Total Orçamentado
Dos registos da empresa Ómega (referida no caso Prático n.º 1) obtiveram-se os seguintes dados reais
do 1º trimestre de N:

a) Produção: 5.800 tons de A e 4.500 tons de B

b) Vendas: 5.500 tons de A a 3,25 € e 3.500 tons de B a 3,10 €

c) Compras

Rubricas Quantidade Preço unitário


Matéria C 6.500 ton 1,40 €
Matéria D 4.100 ton 3,05 €
Matéria E 4.000 ton 0,50 €

d) Consumos (Toneladas)

Rubricas Prod A Prod B


Matéria C 1.800 1.800
Matéria D 2.400 -
Matéria E - 2.200

e) Custos das secções

Rubricas Alfa Beta A1 A2


Custos Fixos 2.275 * 2.000 * 600 375
Custos Variáveis 2.795 * 4.500 * 1.000 750
* Anteriores aos reembolsos das secções auxiliares

f) Atividade das secções

Forn\Beneficiária Prod A Prod B Alfa Beta


Alfa (Hm) 700 700 - -
Beta (Hh) 800 1.400 - -
A1 (Hf) - - 800 2.000
A2 (Hf) - - 400 800

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g) A decomposição dos custos diretos da secção Alfa foi a seguinte:

Atividade Real: 1.400 Hm


Descrição U.F. Cº unit. Qde Valor
Custos diretos
Custos Variáveis
Fuel kgs 0,425 1800 765
Materiais de Consumo kgs 0,50 150 75
Energia Elétrica Kw 0,07 19000 1.330
Outros 625
Subtotal 1 2.795
Custos fixos
Pessoal 1.250
Amortizações 750
Seguros 150
Outros 125
Subtotal 2 2.275
Total 5.070

h) Gastos gerais

Rubricas Dep. Comercial Dep. Administrativo


Custos Fixos 1.300 4.000
Custos Variáveis 1.200 -

Pretende-se
Sabendo-se que a empresa utiliza o sistema de custeio total orçamentado, determine para o 1º
trimestre/N:
1. Apuramento e análise dos desvios de compras
2. Apuramento dos desvios das secções e análise desse desvio para a secção Alfa.
3. Elaboração do mapa de custos de produção
4. Apuramento dos desvios de custos de produção e análise desse desvio para o produto A.
5. Elaboração da demonstração dos resultados do período.

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CASO PRÁTICO N.º 6.

Do movimento do mês de junho de N, da empresa Sobrintex, que adota o sistema de custos padrão,
retiraram-se os seguintes elementos relativos a dois dos produtos fabricados:

a) Produção
» Ref. 10: 300 unidades
» Ref. 15: 200 unidades

b) Custos de transformação
Secções U.F. Custo Total Atividade
A1 Hh 500 € 50 Hh
A2 Hm 600 € 60 Hm

c) Compras de matérias
» M1 : 300 ton. Por 1.200 €
» M2 : 600 ton. Por 2.400 €

d) Consumo de matérias
» M1: 200 ton.
» M2: 500 ton.

e) A ficha de custo padrão relativa a estas duas referências é a seguinte (por unidade):
Quantidade Padrão
Descrição U.F. Custo Unitário
Ref.10 Ref.15
Matérias diretas
M1 ton 4,50 € 0,4 0,3
M2 ton 3,00 € 0,4 1,7
Custos transformação
A1 Hh 10,50 € 0,1 0,2
A2 Hm 9,50 € 0,1 0,2

A empresa utiliza um modelo de custos padrão em que os inputs da fabricação são valorizados a preços
reais.

Pretende-se
1. Determine o custo padrão industrial de cada referência.
2. Determine o custo da produção acabada no mês.
3. Decomponha o desvio de fabricação nos diversos desvios que o constituem.

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CASO PRÁTICO N.º 7.


A empresa UMA que utiliza o sistema de custeio padrão, apresentou para o mês N o seguinte mapa de
desvios:

Descrição Custo real Custo padrão Desvio total


Matérias diretas
Pasta 21.175 € 17.830,80 € 3.344,20 €
Decalcomanias 381,50 € 491,91 € -110,41 €
Vidros 1.725 € 1.438,28 € 286,72
Total 1 23.281,50 € 19.760,99 € 3.520,51 €
Custos transformação
Enchimento 1.430 € 1.333,50 € 96,50 €
Acabamento 2.340 € 2.057,40 € 282,60 €
Fornos 3.240 € 3.210,30 € 29,70 €
Decoração 904,50 € 883,65 € 20,85 €
Vidragem 980 € 957,27 € 22,73 €
Total 2 8.894,50 € 8.442,12 € 452.38 €
Total geral 32.176 € 28.203,11 € 3.972,89 €

a) A produção real do mês foi a seguinte:


» Referência 100: 4.500 unidades
» Referência 101: 1.200 unidades
» Referência 102: 650 unidades

b) As quantidades reais dos inputs consumidos no mês e os preços padrão são os seguintes:

Descrição U.F. Quantidades reais Preços padrão


Matérias
- Pasta Kg 3.850 5,40 €
- Decalcomanias Unidade 2.180 0,19 €
- Vidros Kg 15 113,25 €
Custos de Transf.
- Enchimento Hh 260 5,25 €
- Acabamento Hh 390 5,40 €
- Fornos dm3 810 4,10 €
- Decoração Hh 67 12,90 €
-Vidragem Hh 98 10,05 €

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c) No que se refere aos standards técnicos sabe-se que:


- A pasta é consumida por todas as referências.
- As decalcomanias são consumidas pelas refªs 101 e 102.
- Os vidros são consumidos pelas refªs 100 e 101.
- A secção de Decoração trabalha somente para as refªs 101 e 102.
- As restantes secções trabalham para todas as referências.
- Os consumos unitários são iguais para cada referência.

Pretende-se
1. Elabore a ficha de custo padrão para os 3 produtos
2. Calcule, para cada referência, o custo da produção acabada no mês
3. Determine e analise os desvios de eficiência

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CASO PRÁTICO N.º 8.


A empresa MNO que utiliza o custeio total orçamentado elaborou o seu orçamento para N, do qual
constam os seguintes dados da secção S1:

a) Custos diretos variáveis por unidade de obra


Descrição U.F. Consumo Unit. Custo unitário
Materiais diverso Kg 10 0,30 €
Salários Hh 15 5€
Energia elétrica Kw 20 0,06 €
Água m3 10 0,08 €

b) Custos fixos previstos para o ano: 30.000 €

c) Prevê-se que a secção S1 necessite de 1 Hh da secção auxiliar A1 por cada Hm de atividade e de 2


Hm da secção auxiliar A2.

d) Do orçamento anual das secções auxiliares constam os seguintes dados:


Descrição Secção A1 Secção A2
Custos fixos 9.600 € 4.800 €
Custos variáveis 12.500 € 10.000 €
Atividade prevista 5 000 Hh 10 000 Hm

e) Atividade anual prevista para S1: 3.000 Hm

f) No mês de janeiro de 20x2 a secção S1 teve uma atividade de 250 Hm e suportou os seguintes
custos:
Descrição Un. física Consumo total Custos
1.Custos Variáveis
- Materiais diversos Kg 3.000 750 €
- Salários Hh 4.000 15.000 €
- Energia elétrica Kw 6.000 400 €
- Água m3 2.500 200 €
2. Custos Fixos 3.000 €

g) Os dados reais de janeiro das secções auxiliares são os seguintes:


Descrição Secção A1 Secção A2
Custos fixos 850 € 300 €
Custos variáveis 1.250 € 1.000 €
Atividade real 400 Hh 900 Hm
Fornecimentos a S1 275 Hh 400 Hm
Pretende-se, Para o mês de janeiro e em relação à secção S1:
1. Elabore o mapa dos custos do mês
2. Elabore o orçamento ajustado para o mês.
3. Determine o desvio total da secção e decomponha-o.
4. Proceda à análise dos desvios por natureza de custos
5. Decomponha o desvio de salários

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CASO PRÁTICO N.º 9.

Do orçamento anual da empresa PEPE, LDA retiraram-se os seguintes elementos sobre os custos de
transformação da secção Tecelagem:
Tecelagem: 22.500 Hm
Custo
Descrição U.F. Quantidade Valor (€)
unitário
1. Custos diretos
1.1. Variáveis
Energia elétrica Kwh 0,08 € 180.000 14.400
Outros 245.250
Total 1.1. 259.650
1.2. Fixos
Ordenados 96.000
Encargos sociais 57.600
Amortizações 33.000
Outros 39.937,50
Total 1.2. 226.537,50
Total 1. 486.187,50
2. Reembolsos
2.1. Variáveis – Manutenção Hh 13,75 6.750 92.812,50
2.2. Fixos - Gastos Comuns 51.000
Total 2. 143.812,50
3. Custo Total
Global 630.000
Unitário 28 €

No mês de maio apuraram-se os seguintes custos diretos da secção de tecelagem cuja atividade foi de
1.800 Hm.
Custo
Descrição U.F. Quantidade Valor (€)
unitário
1. Custos directos
1.1. Variáveis
Energia elétrica Kwh 0,09 € 13.940 1.254,60
Outros 19.745.4
Total 1.1. 21.000
1.2. Fixos
Ordenados 8.000
Encargos sociais 4.800
Amortizações 2.750
Outros 3.950
Total 1.2. 19.500
Total 1. 40.500

Sabe-se ainda que em maio a secção Manutenção trabalhou 550 Hh para a Tecelagem.
Pretende-se
1. Determine o desvio total da secção de tecelagem;
2. Calcule os desvios de actividade e orçamento da secção tecelagem;
3. Demonstre que o desvio de atividade se refere exclusivamente a custos fixos;
4. Calcule e analise o desvio de orçamento da energia elétrica.

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CASO PRÁTICO N.º 10.


A empresa TESTE, LDA, dedica-se à fabricação e comercialização do produto X, o qual é fabricado na
secção S1 a partir da matéria-prima M. Na empresa existe ainda uma secção S2 que presta serviço à
secção principal S1.

O mapa de controlo orçamental desta empresa, relativo ao mês de maio de N, é o seguinte:


(Euros)
Custeio Total Orçamento
Descrição Desvio
Orçamentado (mês)
Vendas 120.000 110.000 10.000
Custo das vendas -72.000 -60.000 -12.000
Sub-total 48.000 50.000 -2.000
Desvio
Compras 2.000 2.000
Secções -6.750 -6.750
Fabricação -13.000 -13.000
Resultados brutos 30.250 50.000 -19.750
Custos de distribuição
Fixos -5.000 -4.500 -500
Variáveis -7.200 -7.000 -200
Custos administrativos -8.000 -9.000 1.000
Resultados operacionais 10.050 29.500 -19.450
Juros e custos similares -10.000 -15.000 5.000
Resultados correntes 50 14.500 -14.450

Conhecem-se igualmente os seguintes elementos relativos ao mês de maio de N:


Descrição Total
Preço de venda unitário 1.000 €
Preço de compra da matéria-prima M 800 €
Quantidade comprada de matéria-prima M 10 toneladas
Atividade da secção S1 130 Hm
Atividade da secção S2 50 Hh
Custo unitário da secção S1 250 €
Custo unitário da secção S2 50 €
Consumo unitário da matéria-prima M 0,5 toneladas
Quantidade produzida 130 toneladas

Sabe-se ainda que a empresa utiliza o sistema de custeio total orçamentado e que o custo unitário
orçamentado da secção S2 é de 45 €.

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Pretende-se
1. Analise todos os desvios contabilísticos e extra-contabilísticos possíveis;
2. Elabore o mapa do custo das secções do mês de maio de N;
3. Elabore o mapa do custo de produção do mês de maio de N.

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CASO PRÁTICO N.º 11.


Do Orçamento Anual da Empresa AMM, que iniciou a sua atividade em N e que fabrica e vende apenas
um produto, retiraram-se os seguintes elementos:

a) Orçamento de custos de produção


Custos variáveis orçados do produto X para um nível de produção e vendas anuais de 15.000 toneladas,
regular ao longo do ano:
Coeficiente Custo
Rubricas Unidade Física
Unitário Unitário
Matérias diretas
M1 ton 1,1 300 €
M2 ton 1,2 200 €
Custos de transformação
S1 Hh 0,2 128,50 €
S2 Hm 0,1 306 €
Sub-produtos
A ton 0,02 130 €

b) Demonstração dos resultados previsional


(em euros)
Descrição X A TOTAL
Vendas 14.250.000 39.000 14.289.000
Custo das vendas -9.355.500 -39.000 -9.394.500
Margem bruta industrial 4.894.500 0 4.894.500
Custos variáveis não industriais -897.150 -897.150
Margem de contribuição 3.997.350 3.997.350
Custos fixos
Industriais -972.000 -972.000
Não industriais -1.915.800 -1.915.800
Resultados líquidos 1.109.550 1.109.550

Em junho de n verificou-se o seguinte movimento:

c) Produção e vendas
Rubricas Produto X Subproduto A
Produção (tons) 1.300 25
Vendas (tons) 1.200 a 975 € /cada 25 a 130 € /cada

d) Consumos e Compras
Rubricas M1 M2
Consumos (tons) 1.450 1.545
Compras (tons) 1.500 a 302,5 € /cada 1.600 a 195 € /cada

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e) Custos de transformação variáveis


Rubricas Atividade Custos
S1 270 Hh 35.100 €
S2 125Hm 37.500 €

f) Custos variáveis não industriais: 76.000 €

g) Custos fixos:
» Industriais: 81.000 €
» Não Industriais: 159.650 €

Pretende-se
1. Conclua o orçamento de custos de produção.
2. Considerando que a empresa adota o custeio variável orçamentado, pretende-se relativamente ao
mês de junho de N que:
a. Calcule o custo de produção unitário;
b. Determine os desvios contabilísticos do mês;
c. Analise o desvio de fabricação;
d. Elabore o mapa do controlo orçamental do mês, adotando a terminologia da
demonstração de resultados previsional e omitindo o efeito do sub-produto nas vendas
e no custo das vendas;
e. Analise o desvio do custo das vendas do produto X.

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CASO PRÁTICO N.º 12.

A Empresa XYZ está organizada em duas secções principais (Preparação, Montagem) e uma secção
auxiliar (Manutenção), dedicando-se à produção dos produtos ALFA e BETA.

A informação retirada do orçamento para N permite obter os seguintes dados previsionais:

a) Custos Orçamentados das Secções


Secção Custo
Secção Preparação 18 € por Hh
Secção Montagem 8 € por Hm
Secção Manutenção 10,00 € por Hh(*)
(*) A Atividade prevista da Manutenção foi de 12.000 Hh, sendo repartida da seguinte forma: 5.100 Hh
para Preparação e 6.900 Hh para Montagem.

b) Custos de Produção Orçamentados Anuais (valores monetários em Euros):

Descrição Un. Física Custo Unit. Produto ALFA Produto BETA


13.000 ton. 21.000 ton
Quant. Valor Quant. Valor
Matéria Prima Ton. 31 € 2000 62.000 8500 263.500
Custos Transform.:
Secção Preparação Hh 18 € 8.000 144.000 4.500 81.000
Secção Montagem Hm 8€ 11.730 93.840 11.640 93.120
CIPA Total 299.840 437.620
CIPA unitário 23,064 20,839

c) Margem Bruta e stocks de produtos acabados:


Produto ALFA: 83.232 €; Produto BETA: 214.291,20 €. A empresa não tinha stocks iniciais e a previsão
de stocks finais é de 1.000 Ton para ALFA e de 800 Ton para BETA. As vendas são regulares ao longo
do ano.

d) Outras informações:
O montante dos custos não industriais previstos para N é de 150.000 €. Tratam-se de custos fixos na sua
totalidade.

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Relativamente ao mês janeiro de N foram obtidos os seguintes elementos reais:

e) Consumo de Matéria Prima, Produção e Vendas:

Rubricas Produto ALFA Produto BETA


Matéria Prima 180 ton. 700 ton.
Produção 1080 ton. 1690 ton.
Vendas 1080 ton. a 29 € cada 1690 ton. a 41 € cada

f) Compra de Matérias Primas:


Foram adquiridas no mês de janeiro 880 ton. de Matéria Prima por 30 € / tonelada.

g) Atividade Secções
Fornecedores
Beneficiários Preparação Montagem Manutenção
Secção Preparação - - 425 Hh
Secção Montagem - - 575 Hh
Produto ALFA 650 Hh 1030 Hm -
Produto BETA 350 Hh 970 Hm -
Total 1000 Hh 2000 Hm 1000 Hh

h) Custos Diretos das Secções:


Secção Custo Direto
Secção Preparação 17.450 €
Secção Montagem 18.400 €
Secção Manutenção 9.500 €

Sabe-se ainda que a empresa XYZ adota o critério FIFO, utiliza o Custeio Total Orçamentado para e que
os custos não industriais ascenderam a 12.060 € no mês de janeiro.

Pretende-se
1. Elabore o orçamento de custos das secções.
2. Calcule o desvio de cada uma das secções.
3. Elabore o Mapa de Custo de produção do mês, e proceda ao cálculo dos desvios de fabricação dos
dois produtos.
4. Analise o desvio de fabricação para o produto ALFA.
5. Elabore o mapa de controlo orçamental do mês.
6. Calcule e analise o desvio de vendas para o produto ALFA.

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CASO PRÁTICO N.º 13.

CASO RENT-A-CAR
(Adaptado de H. Jordan e outros)

Considere que foi pedida a sua ajuda para avaliar, numa perspetiva económica e financeira, o interesse
em manter ou abandonar alguma das duas linhas de produtos da “XPTO, Lda.”, que foi constituída no
início de 2018 com um capital social de 150.000,00 € e que se dedica ao aluguer de viaturas sem
condutor.

A Empresa tem duas linhas de produto: a linha A (veículos utilitários) e a linha B (veículos de alta gama).

Relativamente ao 1º semestre de atividade (janeiro a junho de 2018) recolheram-se os seguintes


elementos da empresa:

PREVISTO REALIZADO
RUBRICAS
Linha A Linha B Comum Linha A Linha B Comum

N. de dias de aluguer 600 200 700 180


Preço médio / dia (em €) 25 140 24 150

Crédito a clientes p. pag 45 dias p. pag. 60 dias

N. de viaturas 5 2 5 2
Pr. de aquisição por viatura (em €) 10.000 60.000 10.000 60.000
Taxa de depreciação 25% 25% 25% 25%

Custos variáveis (% proveitos) 14% 9% 13% 10%

Custos fixos mensais


300 450 2.250 325 425 2.600
(exceto amortizações) (em €)
Inst. e equip. administrat. (em €) 24.000 24.000
Taxa de amortização 12,5% 12,5%

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Outras informações:

 Os custos fixos são pagos a pronto. Os variáveis são pagos a 30 dias;


 Não há sazonalidade nas operações;
 O capital social foi integralmente realizado na data de início da atividade, esperando-se uma
rendibilidade dos capitais próprios de 10%;
 As necessidades financeiras são supridas através de uma linha de crédito até ao limite de
250.000,00 e com taxa de juro de 5%
 As operações são realizadas de forma linear ao longo dos meses;
 A taxa de tributação em IRC é de 21%. Não há incidência de IVA sobre qualquer das operações.

Pretende-se:

1. Caso a empresa avalie a rendibilidade de cada uma das categorias através do seu resultado
contabilístico após a imputação dos custos comuns, identifique a linha de produtos que durante o 1º
semestre se apresentou mais rentável se:
1.1 Imputar os custos comuns em função dos rendimentos de cada categoria;
1.2 Imputar os custos comuns em função do número de dias de aluguer em cada categoria.
2. Analise criticamente os resultados obtidos, bem como o método utilizado para análise da rendibilidade
de cada uma das linhas de produtos.
3. Determine a taxa de custo de capital que recomendava para a empresa.

4. Construa a Demonstração económica e financeira que, em seu entender, reflete de forma mais
adequada os resultados previstos e reais de cada uma das linhas de produtos e da empresa.

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CASO PRÁTICO N.º 14.

O Presidente da SODESPORTO, S.A., tinha planeado um resultado líquido de 27.500,00 € para o ano de
2018, montante correspondente à rendibilidade de 12% sobre os capitais próprios exigida pelo acionista.

Os capitais próprios deviam representar 35,124468 % dos capitais totais, a taxa de juro prevista para os
capitais alheios era de 6% e a taxa de IRC devia ser de 27,5%.

A empresa não conseguiu atingir os objetivos previstos e, face aos resultados negativos apurados,
solicitou ao seu departamento de Contabilidade uma conta de exploração pelas suas três áreas
geográficas, cada uma sob a responsabilidade de um Diretor de Zona, de forma a determinar os
respetivos desempenhos.

O Departamento de Contabilidade apresentou a seguinte conta de resultados relativa ao exercício findo


em 31 de dezembro de 2018, bem como as contas que a seguir se indicam:

Unidade: euros

RUBRICAS NORTE CENTRO SUL TOTAL

PROVEITOS
Vendas 658 200 852 500 545 500 2 056 200

CUSTOS ESPECIFICOS DA ZONA


Custo das mercadorias vendidas 425 800 576 400 382 800 1 385 000
Outros custos locais 72 400 96 800 68 600 237 800

RUBRICAS NORTE CENTRO SUL TOTAL

CUSTOS DA SEDE
Custos Comerciais (a) 59 200 76 800 49 100 185 100
Despesas Administrativas (b) 54 800 62 000 36 400 153 200
Custos Financeiros (c) 31 700 39 600 24 200 95 500

RESULTADO A/ IMPOSTOS 14 300 900 (15 600) (400)

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Notas:
(a) Dizem respeito aos custos da estrutura comercial central, que inclui, remunerações,
deslocações e estadas, despesas de representação, comunicação e publicidade dos
produtos (exceto a nível local que é feita na zona), estudos de mercado, amortizações e
etc., que foram considerados comuns às três zonas geográficas, pelo que se efetuou a sua
repartição em função do volume de vendas.

(b) Correspondem aos custos de administração, dos serviços administrativos e financeiros e


dos serviços de compras, dado que o processo de compras está centralizado. Quanto aos
custos da administração e dos serviços administrativos, por serem considerados comuns e
de reduzida relação com o volume de negócios, foram repartidos de forma equivalente pelas
três zonas. Em relação aos custos com o serviço de compras, foram repartidos em função
do custo das mercadorias vendidas.

(c) Os custos financeiros dizem respeito sobretudo a descontos de p.p. concedidos e a juros de
empréstimos bancários. Quanto aos primeiros, foram atribuídos às zonas, de acordo com os
saldos dos respetivos clientes; relativamente aos segundos, por representarem sobretudo
financiamento de compras a fornecedores, foram repartidos em função do custo das
mercadorias vendias.

O nível das existências em armazéns é da responsabilidade do diretor de zona. Verificou-se que


atingiram, em média, 90 dias das necessidades de venda da zona norte, 60 dias na zona centro e 45 dias
na zona sul. O crédito de fornecedores, negociado pelo responsável das compras, independentemente do
seu destino, é de 30 dias. Sabe-se que os responsáveis tinham-se comprometido nos seus planos de
ação em não em não exceder um “stock” médio de 60 dias. Por sua vez, o crédito negociado com os
clientes deveria ser (de acordo com os planos de ação) de 45 dias, mas verificou-se ser de 50 dias na
zona norte e de 60 dias nas restantes.

Pretende-se:
a) Considera que as informações apresentadas pelo departamento de contabilidade da SODESPORTO
estão adequadas para que o presidente fique com o conhecimento do desempenho dos seus gestores?
Concorda que esteja a ser posta em causa a continuidade do gestor da zona sul? Justifique e apresente
os seus argumentos.

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b) Qual a taxa de custo de capital que recomendava para a SODESPORTO, no exercício de 2018, tendo
em conta os elementos e informações apresentadas anteriormente e os valores de imobilizados líquidos
que constam da alínea c)?

c) Admitindo que não existem outros elementos que nos permitam relacionar os “Custos da sede” com
cada uma das zonas geográficas e que os imobilizados líquidos médios (instalações, equipamentos
mobiliário e veículos), estão assim distribuídos:

Zona Norte 90.000,00 €


Zona Centro 50.000,00 €
Zona Sul 20.000,00 €
SEDE 120.000,00 €

Determine o valor (em Euros ou qualquer outro indicador qualificado) pelo qual deveria ser avaliado o
desempenho de cada uma das três zonas geográficas. Confronte os valores apurados com os
apresentados pela contabilidade da empresa e apresente os comentários que lhe pareçam mais
oportunos.

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CASO PRÁTICO N.º 15.

A empresa ALFA tem três segmentos. O departamento de contabilidade apresentou os seguintes dados
referentes ao último trimestre (em milhares de euros):

Segmento 1 Segmento 2 Segmento 3

Vendas 7.160 1.900 4.200


Custo com materiais e subcontratos 60% 50% 40%
Outros custos controláveis 1.859,2 737,5 1.693
Custos comuns imputados 570,8 206,5 524

Pretende-se:

1. Determine a margem de contribuição direta ou económica de cada segmento.


2. O ativo económico previsto é de 20.000 mil euros, dos quais 33% correspondem a capitais próprios.
Sabendo que a taxa de remuneração desejada para os capitais próprios é de 12% e a dos capitais
alheios de 8%, determine a taxa de custo do capital. A taxa de IRC é de 25%.
3. Considerando que o ativo efetivamente utilizado por cada um dos segmentos foi 8.000 mil euros no
segmento A, 5.000 mil euros no segmento B e 4.000mil euros no segmento C, determine a margem
de contribuição residual de cada segmento.

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CASO PRÁTICO N.º 16.

A ABC, SA é proprietária de duas lojas de pronto-a-vestir, uma em Leiria e outra na Marinha Grande.
Cada uma delas tem um gestor com grande autoridade de decisão nas respetivas lojas - podem fazer
publicidade, promoções, comprar materiais e serviços, mas são supervisionados pelo Escritório da sede,
situada em Leiria.

O sistema de contabilidade da Empresa imputa todos os custos às lojas.

Os Resultados de 2014 foram os seguintes: (valores em milhares de euros):

DESCRIÇÂO TOTAL DA M. GRANDE LEIRIA


EMPRESA
Receitas de Vendas 18.000 10.000 8.000
Custo Mercadorias Vendidas 11.000 6.500 4.500
Margem Bruta 7.000 3.500 3.500
Custos Operacionais
. Custos com o Pessoal 1.900 1.450 450
. Fornecimentos Externos 1.260 660 600
. Rendas e Seguros 600 200 400
. Amortizações 300 140 160
Total Custos Operacionais 4.060 2.450 1.610
RESULTADO OPERACIONAL 2.940 1.050 1.890
Custos financeiros 1.600 600 1.000
RES. ANTES DE IMPOSTOS 1.340 450 890

Cada um dos gestores toma decisões que afetam os custos com pessoal, os fornecimentos externos e as
amortizações. Em contrapartida, os seguros e as rendas estão fora do seu controlo porque não foram
eles que escolheram nem a localização nem o tamanho das lojas. Os fornecimentos externos são custos
variáveis. Os custos com o pessoal variáveis correspondem a 8 % do custo das mercadorias vendidas; os
restantes são custos fixos. Os seguros, as rendas e as amortizações são também custos fixos. Dos
custos financeiros uma parte correspondente a 3% do volume de vendas, que corresponde aos
descontos financeiros, é controlada pelos gestores das lojas e a restante pela sede.

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PRETENDE- SE:
a) Utilizando a abordagem de Contribuição, prepare um Relatório de Desempenho do desempenho do
cada gestor se as lojas forem consideradas centros de resultados.
b) Considerando que as lojas são centros de investimento, aprecie o desempenho financeiro de cada
gestor assumindo que o ativo económico previsto para toda a empresa é de 10.000.000 euros, que o
resultado líquido previsto era de 700.000 euros, que os juros líquidos de impostos previstos eram de
300.000 euros e que o ativo efetivamente controlado pela loja da Marinha Grande foi de 3.500.000
euros e o da loja de Leiria 4.500.000 euros.

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