Métodos de Treino

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Charles Lopes

Periodização: meios e métodos que todo personal precisa saber

Prof. Dr. Charles Lopes Prof. Dr. Charles Lopes

4 anos atrás

periodização esportiva

O objetivo da periodização esportiva consiste em possibilitar que o atleta obtenha o nível máximo ou
ótimo de preparação técnico-tático, físico e psicológico, de acordo com a especificidade da modalidade,
para atingir os melhores resultados na atividade competitiva.

As tarefas básicas do atleta no processo de preparação são as seguintes (Platonov, 2008):

Assimilação da técnica e da tática da modalidade escolhida

Atingir o nível necessário de desenvolvimento das capacidades físicas

Adquirir conhecimentos teóricos e a experiência prática necessária ao treinamento e às

competições

Atingir o nível necessário de preparação psicológica especializada

A partir da composição de cada um desses aspectos, são elaborados os meios concretos

de preparação.

Nosso enfoque será no desenvolvimento dos meios e métodos para desenvolvimento das capacidades
físicas.

Meios de treinamento na periodização esportiva


Os meios de treinamento são os exercícios utilizados para a preparação do atleta,

podendo ser divididos em exercícios preparatórios gerais, preparatórios especiais e

competitivos.

periodização esportiva

Exercícios Preparatórios Gerais

Estes exercícios normalmente são extraídos de outros esportes e não tem semelhança com

o exercício competitivo.

Apresentam um complexo de exercícios bastante variados e inclui tanto exercícios próximos aos
exercícios preparatórios especiais. Platonov (2008) os exercícios preparatórios gerais servem para o
desenvolvimento funcional do organismo do atleta durante a periodização esportiva.

Na seleção destes, deverão ser consideradas algumas condições básicas (Matveev, 1997):

Exercícios variados para garantir um desenvolvimento das capacidades físicas do atleta

(força, velocidade, resistência e flexibilidade)

Devem ser adequados às particularidades da especialização esportiva, facilitando uma

transferência do efeito destes exercícios para a modalidade esportiva.


Uma questão importante é que diferentes exercícios podem produzir uma interação tanto

positiva quanto negativa no desenvolvimento das capacidades físicas e hábitos motores.

Por esta razão a preparação geral não pode ser igual nos diferentes esportes. Embora com

semelhanças, cada caso tem um caráter específico na seleção dos exercícios físicos.

periodização

Os exercícios preparatórios gerais são realizados predominantemente na etapa geral do período


preparatório.

Exercícios Preparatórios Especiais

Segundo Matveev (1997), a seleção de exercícios de preparação especial é determinada

pelo caráter específico do esporte em questão.

O mesmo autor afirma que somente podem ser considerados exercícios de preparação especial se
tiverem algo em comum com os exercícios competitivos, ou seja, incluem elementos próximos das ações
competitivas.
Platonov (2008) afirma que os exercícios de preparação especial ocupam um lugar

primordial no sistema de preparação física dos atletas de alto nível.

Afirma ainda que nesta dinâmica, incluem-se elementos da atividade competitiva, assim como, ações
muito similares a esta atividade, por sua forma, sua estrutura e o caráter das qualidades que intervêm
na atividade dos sistemas funcionais do organismo.

Harre 1989 divide os exercícios especiais em dois grupos:

Exercícios idênticos aos realizados na competição, porém com outras demandas de carga,

Exercícios que incluem movimentos similares que envolvam um ou mais grupos musculares dos que
empregam na competição.

De acordo com a orientação preferencial dos exercícios de preparação especial, Matveev

(2001) divide em:

Exercícios preliminares – contribuir ou assimilar as formas e a técnica dos movimentos

Exercícios de desenvolvimento – orientados para o desenvolvimento das possibilidades

das possibilidades funcionais (força, velocidade, resistência, etc.).

Os exercícios preparatórios especiais são realizados predominantemente na etapa especial

do período preparatório.
Exercícios Competitivos

Os exercícios competitivos são ações motoras completas que constituem o objeto da

especialização do treinamento desportivo em plena correspondência com as condições da competição


do esporte em questão (Matveev, 1997).

Para Platonov (2008) os exercícios competitivos pressupõem executar um conjunto de ações motoras
que são o objeto da especialização esportiva, sempre com utilização de regras existentes nas
competições.

Apresentam ações íntegras exatamente como ocorrem no momento competitivo e se realizam nas
condições e regras oficiais das competições.

Possui alta relação com as capacidades técnica, tática, física e psicológica à promoção do progresso
intenso dos principais sistemas do organismo e à estimulação dos processos adaptativos e garantia do
aperfeiçoamento integral de vários aspectos da preparação.

Este é, portanto, a única forma que permite a reconstrução do conjunto de exigências específicas de
uma modalidade esportiva, estimulando assim um alto nível de desenvolvimento da forma esportiva.

Modalidade cíclicas

Vale ressaltar que exercícios competitivos para modalidades cíclicas (ex: corrida, natação

e ciclismo) têm uma orientação limitada no que se refere à composição das ações motoras.
No entanto nas modalidades coletivas e nas lutas os exercícios competitivos caracterizam-se pela
manifestação das capacidades físicas específicas em condição de alterações constantes e imprevistas
das situações em formas do movimento.

Existem também exercícios competitivos relativamente independentes, correspondentes a

determinados esportes como duatlo e provas combinadas (pentatlo, decatlo, ginástica artística, etc.).

A tabela abaixo classifica os exercícios competitivos.

periodização

As competições podem ser realizadas em condições mais fáceis ou difíceis, de acordo com as
características das competições oficiais.

Como exemplo de condições competitivas mais difíceis, podemos citar:

a realização de competições em regiões de clima muito quente ou condições climáticas

difíceis (vento forte no ciclismo, nadar em correnteza, etc.)

a realização de competições dos jogos esportivos no campo e em quadras menores, a

admissão de maior número de jogadores no time adversário

a realização de uma série de lutas ou confrontos com pausas relativamente curtas e


contra mais de um adversários

a promoção de jogos ou lutas contra adversários incômodos, que possuem esquemas

técnicos-táticos de condução da luta pouco

a utilização, no processo competitivo de aparelhos e equipamentos que aumentam a

dificuldade (no lançamento do martelo o arremesso do peso, por exemplo), a limitação do

ciclo respiratório nas modalidades cíclicas.

Métodos de treinamento na periodização

Segundo Matveev (1997), compreendem no verdadeiro sentido da palavra os vários procedimentos


tomados para sistematizar os meios que devem garantir os resultados

almejados.

Na seleção dos métodos de periodização, é importante observar quais deles correspondem exatamente
às tarefas relacionadas aos princípios específicos e das particularidades individuais do atleta. Platonov
(2008) divide os métodos em três grupos: verbais, visuais e práticos.

Os métodos verbais abrangem relatos, explicações, palestras, conversas, análises e discussões. Os


métodos visuais utilizam recursos auxiliares de demonstração (filmes

educativos, fitas de vídeo, maquetes de quadra/campo para demonstração de esquemas

táticos, softwares táticos, etc.).


Os métodos de exercícios práticos podem ser divididos em dois grupos:

orientados para a assimilação da técnica;

orientados para o desenvolvimento das capacidades físicas

No esporte, por causa das particularidades e da importância na prática, os métodos de

exercícios práticos desempenham um papel fundamental.

Métodos orientados para a assimilação da técnica

Destacam-se para o aprendizado do exercício o método como um todo e método das partes.

Na utilização desses dois métodos de assimilação dos movimentos, os exercícios de imitação parcial e
imitação completa desempenham um papel fundamental.

Por exemplo, no treinamento de corredores, entre os exercícios de imitação parcial podemos

citar a corrida com grande elevação dos joelhos, o trote, a corrida com saltos, etc.

Entre os exercícios de imitação completa podemos citar a bicicleta ergométrica para ciclistas, a

esteira rolante para corredores e o aparelho de remo para remadores.


Métodos orientados para o desenvolvimento das capacidades físicas

Na determinação da estrutura dos métodos práticos do treinamento, os indicadores mais

importantes estão relacionados às seguintes questões:

qual é o caráter do exercício (contínuo ou intervalado);

qual é o modo de realização do exercício (constante ou variável).

1. Método Contínuo

O método contínuo de periodização também chamado de método de duração é fundamental para o


treino das modalidades cíclicas de longa duração (natação, corrida e ciclismo) e para desenvolver a
resistência de base em outras modalidades.

As características do método contínuo são apresentadas na tabela abaixo:

periodização
Estas características são eficientes para o desenvolvimento da resistência aeróbia.

De acordo com a orientação da intensidade, o método contínuo pode ser dividido em:

Método Contínuo Constante

Esta forma de exercício procura manter a intensidade durante toda a realização do

exercício. Por exemplo, correr a 14 Km/h início ao final do treino.

periodização

Método Contínuo Crescente

Este exercício apresenta aumento progressivo na intensidade. Exemplo: inicia-se uma

corrida de 40 minutos com 10 Km/h e aumentando 1 Km/h a cada 10 minutos.

periodização
Método Contínuo Decrescente

Este exercício apresenta regressão na intensidade. Exemplo: inicia-se a corrida a 15 Km/h

e diminuindo 1 Km/h a cada 10 minutos, totalizando 50 minutos de atividade

periodização

Método Contínuo Crescente/Decrescente

Neste método a intensidade é aumentada e em seguida diminuída de forma gradativa.

Exemplo: aumentar a velocidade de corrida 1 Km/h a cada 5 minutos durante 20 minutos,

com diminuição gradativa nos próximos 20 minutos.

periodização
Método Contínuo Decrescente/Crescente

Neste método de periodização a intensidade é aumentada e em seguida diminuída de forma gradativa.

Exemplo: diminuir a velocidade de corrida 1 Km/h a cada 5 minutos durante 20 minutos,

com aumento gradativo nos próximos 20 minutos.

periodização

Método Contínuo Variável

Neste método de periodização a intensidade varia constantemente, onde a velocidade da corrida é


alterada em tempos ou distancias pré-determinados.

periodização
Método Contínuo Constante / Crescente

Este método de periodização é caracterizado pela intensidade constante no início do treino, seguido de
um aumento gradativo.

periodização

Método Contínuo Constante / Decrescente

Este método de periodização é caracterizado pela intensidade constante no início do treino, seguido de
uma diminuição gradativa.

periodização

Método Contínuo Constante / Variável

Este método de periodização é caracterizado pela intensidade constante no início do treino, seguido de
uma variação da intensidade.
periodização

Método Contínuo Variável / Constante

Este método de periodização é caracterizado pela intensidade variável no início do treino, seguido de
um de uma intensidade constante.

periodização

Método Contínuo Crescente/Constante

Este método de periodização é caracterizado pela intensidade crescente desde o início do treino,
seguido de um de uma intensidade constante.

periodização
Método Contínuo Decrescente / Constante

Este método de periodizaç ão é caracterizado pela diminuição da intensidade no início do treino,


seguido de um de uma intensidade constante.

periodização

2. Método Intervalado

O método intervalado intensivo e extensivo compreende períodos destinados ao estímulo (exercício) e


períodos destinados à recuperação.

Dependendo da orientação da carga de treino (distância, velocidade e tempos de recuperação) os


sistemas de produção de energia e as capacidades físicas serão diferenciados.

Este método é normalmente utilizado para desenvolver a resistência aeróbia e a resistência anaeróbia.

O método intervalado possui características particulares que são apresentadas na tabela abaixo:
periodização

Método Intervalado Constante

Esta forma de exercício procura manter a intensidade, distância e a pausa durante toda a

realização do exercício.

Por exemplo, correr 5 x 200 metros, a 70% da velocidade máxima e com uma pausa de 1 minuto.

Método Intervalado Crescente

Esta forma de exercício procura aumentar o volume ou a intensidade durante realização

do exercício.

Exemplo com alteração na distância: correr 1 x 100, 1 x 150, 1 x 200, 1 x 250 e 1 x 300 metros, a 70% da
velocidade máxima, com pausa de 2 a 6 minutos entre cada tiro.
Método Intervalado Decrescente

Esta forma de exercício procura diminuir o volume ou a intensidade durante realização do

exercício.

Exemplo com alteração na distância: correr 1 x 300, 1 x 250, 1 x 200, 1 x 150 e 1 x 100 metros, a 70% da
velocidade máxima; com pausa de 2 a 6 minutos entre os tiros.

periodização

Método Intervalado Crescente/Decrescente

Esta forma de exercício procura aumentar e diminuir o volume ou a intensidade durante realização do
exercício.

Exemplo com alteração na distância: nadar 1 x 200, 1 x 300, 1 x 400, 1 x 300 e 1 x 200 metros, a 70% da
velocidade máxima; com pausa de 2 a 6 minutos entre cada tiro.
periodização

Método Intervalado Decrescente/Crescente

Esta forma de exercício procura diminuir e aumentar o volume ou a intensidade durante

realização do exercício.

Exemplo com alteração na distância: nadar 1 x 400, 1 x 300, 1 x 200, 1 x 300 e 1 x 400 metros, a 70% da
velocidade máxima e pausas acima de 2 minutos.

periodização

Método Intervalado Variável

Esta forma de exercício procura alterar o volume ou a intensidade durante realização do

exercício.

Exemplo: alterar a distância do estímulo, 100, 250, 150, 200, 80m para 70% do melhor tempo e pausas
acima de 2 minutos entre cada tiro.
periodização

3. Método de Repetição

O método de repetição pode ser utilizado para desenvolvimento da velocidade, resistência

anaeróbia, força máxima e força explosiva.

A grande diferença entre o método intervalado e de repetição é a intensidade do esforço e os intervalos


de recuperação.

As características do método de repetição são apresentadas na tabela abaixo:

periodização

Exemplo: corrida – 10 x 50m – Vmax – pausa 5 min


4. Método de Jogo

O método de jogo realiza-se não apenas através dos jogos habituais (voleibol, futebol,

basquetebol, etc.), mas é muito mais amplo pelos meios e formas de realização.

Matveev (1997) afirma que a principal característica do método consiste em desenvolver a

atividade locomotora do atleta.

Platonov (2008) aponta que a aplicação deste método garante alto grau de solicitação durante a
realização das tarefas e está relacionada à grande variabilidade das situações e à presença de diversas
questões, físicas, técnicas, táticas e psicológicas.

No método de jogo, sempre há um confronto entre os participantes, mas está subordinado ao


desenvolvimento do exercício.

Exemplo: futsal – 5 x 5min – pausa 5 min – intensidade acima da intensidade de jogo.

5. Método de Competição

O método de competição deve ter os indícios próprios das competições.

A subordinação da atuação do atleta à tarefa de vencer os adversários, ou superar o resultado atingido


anteriormente, é o índice mais característico do método competitivo.
Semelhante tarefa orientada representa um poderoso impulso para a mobilização máxima das

potencialidades físicas e psíquicas do atleta.

O fator competição cria condições emocionais nas quais se reforçam as alterações no organismo do
atleta.

Este método aplica-se com o objetivo de resolver diversas tarefas de preparação dos

atletas, assegurando a influência complexa sobre diferentes aspectos de preparação.

Por isso, o método de competição é de grande eficiência na etapa de aperfeiçoamento esportivo.

6. Métodos Alternativos na periodização

Método Complexo ou PPA (Potencialização Pós-Ativação)

A carga imposta ao sistema neuromuscular proporciona um estado através do qual a

performance pode ser aumentada (Guillich, et al 1996).

A PPA é uma estratégia também adotada a fim de promover respostas crônicas ao treinamento de
potência, sendo tal metodologia denominada “treinamento complexo”.
A atividade contrátil prévia pode produzir o incremento da força e potência musculares, a

potencialização pós ativação (PPA) refere-se ao fenômeno através do qual a resposta aguda da força e
potência musculares podem ser aumentadas decorrentes de uma atividade contrátil prévia (Robins,
2005; Sale, 2002).

A concepção básica da PPA pressupõe que a força e potência musculares podem ter sua expressão
incrementadas se precedidas de uma ativação, realizada geralmente através de intensos exercícios
contra resistência (Baker, 2003; Chiu, et al 2003; French, et al, 2003; Gourgoulis, et al 2003; Guillich, et al
1996; Radcliffe, et al 1996 e Young, et al, 1998).

Manipulação das variáveis

Muitas variáveis podem ser manipuladas no que se diz respeito à configuração da atividade contrátil
prévia no sentido do aumento da performance muscular, diminuição dos traumas proporcionados às
miofibrilas e a fadiga (Lopes et al; 2007).

Entre elas a intensidade, prescrita por zonas de repetições máximas, ou percentual de 1 repetição
máxima (%1RM), volume (prescrito pelo número de séries e repetições), pausas pós

ativação, intervalos pós ativação (Robbins et al, 2005), diferenças no nível de treinabilidade e força dos
indivíduos e tipo de ação muscular empregada (concêntricas, excêntricas, isométricas ou ciclo
alongamento encurtamento).

Entretanto, a determinação da melhor configuração das variáveis na otimização da PPA ainda


permanece elusiva (Robbins et al, 2005).

Exemplo: Agachamento a 90-95%1RM e logo após 2 a 4 minutos realizar um salto vertical máximo (este
procedimento pode ser realizado durante treino de potência ou velocidade).
Método Pliométrico ou Pliometria

O termo pliometria também pode ser substituído por “exercícios cíclicos de alongamento
encurtamento” que é uma sequência de ações excêntricas e concêntricas executadas num

no menor espaço de tempo em apenas um único movimento.

O meio mais utilizado para o treinamento de potência é o de saltos pliométricos e (ou) saltos profundos
onde se utiliza de saltos com plintos, bancos, steps e barreiras com inúmeras variações dos saltos.

Já os exercícios utilizando lançamentos de bolas (medicinebol) são empregados para o desenvolvimento


da potência dos membros superiores.

Do ponto de vista fisiológico o trabalho pliométrico também pode ser chamado de ciclo alongamento-
encurtamento resulta uma ação concêntrica poderosa devido a energia elástica armazenada em
músculo e tendões e da pré-inervação gerada pelo reflexo do fuso muscular.

O maior proveito da força se dá pelo acúmulo de energia potencial elástica, que este acúmulo de
energia elástica pode ocorrer pela presença de proteínas elásticas do sarcômero entre elas a titina
afirma Rassier (2005).

O número de saltos, a altura de queda e a pausa são as principais variáveis que devem ser manipuladas
no treinamento pliométrico.

A tabela abaixo demonstra um exemplo de treinamento pliométrico.


periodização

Descrição das variáveis manipuladas no protocolo:

A Intensidade refere-se à altura do salto e complexidade do mesmo .

Consideramos como uma intensidade alta o suficiente para recrutar fibras do tipo IIA e IIX.

O Volume é aproximadamente de 3 à 8 repetições, o que leva à utilização de fosfocreatina, glicose e


glicogênio muscular como substratos energéticos necessários para realização de tal trabalho mecânico.

A Pausa é considerada como suficiente para recuperação completa dos estoques de fosfocreatina,
conferindo um caráter metabólico anaeróbio alático ao protocolo.

Método Complexo ou PPA (Potencialização Pós-Ativação)

A carga imposta ao sistema neuromuscular proporciona um estado através do qual a performance pode
ser aumentada (Guillich, et al 1996).

A PPA é uma estratégia também adotada a fim de promover respostas crônicas ao treinamento de
potência, sendo tal metodologia denominada “treinamento complexo”.
A atividade contrátil prévia pode produzir o incremento da força e potência musculares, a
potencialização pós-ativação (PPA) refere-se ao fenômeno através do qual a resposta aguda da força e
potência musculares podem ser aumentadas decorrentes de uma atividade contrátil prévia (Robbins,
2005; Sale, 2002).

A concepção básica da PPA pressupõe que a força e potência musculares podem ter sua expressão
incrementadas se precedidas de uma ativação, realizada geralmente através de intensos exercícios
contra resistência (Baker, 2003; Chiu, et al 2003; French, et al, 2003; Gourgoulis, et al 2003; Guillich, et al
1996; Radcliffe, et al 1996 e Young, et al, 1998).

Muitas variáveis podem ser manipuladas no que se diz respeito à configuração da atividade contrátil
prévia no sentido do aumento da performance muscular, diminuição dos traumas proporcionados às
miofibrilas e à fadiga (Lopes et al,2008).

Entre elas, a intensidade prescrita por zonas de repetições máximas ou percentual de uma repetição
máxima (%1RM), volume (prescrito pelo número de séries e repetições), pausas pós-

ativação, intervalos pós-ativação (Robbins, 2005), diferenças no nível de treinabilidade e força dos
indivíduos e tipo de ação muscular empregada (concêntricas, excêntricas, isométricas ou ciclo
alongamento encurtamento).

Entretanto, a determinação da melhor configuração das variáveis na otimização da PPA ainda


permanece elusiva (Robbins, 2005).

Listamos na tabela abaixo alguns exemplos de treinamentos complexos para algumas modalidades.
periodização

Método em Circuito ou Circuit Training

O método em circuito é uma forma de treinamento fracionado para desenvolver a

resistência de força.

Do ponto de vista metabólico a resistência manifestada neste método pode ser a resistência aeróbia e a
resistência anaeróbia.

O termo circuito segue o modelo original que foi idealizado em forma de círculo. Em relação à estrutura
metodológica os estímulos são submáximos e os intervalos de recuperação incompletos.

A tabela abaixo demonstra exemplos do método em circuito.

periodização

Descrição dos componentes da carga:


A intensidade pode ser controlada por zonas de repetições máximas.

O volume é controlado pelo número de passagens e pelo tempo total. Recomenda-se de 3 a 5 passagens
o que levaria 30 a 60 minutos de duração da sessão de treinamento.

A pausa deste método deve ser incompleta (até 30 a 90 segundos aproximadamente).

É isso ai galera, esses são os meios e métodos de treinamento que devem ser observados na
periodização.

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