Manual Técnico SAS 2019 02 100

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Bosch Termotechnology Ltda.

Solar Heating System


Technical Manual
Training Center 2019/ 02 - 100
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TT/SBZ-ASA Alexandre Marciel +55 11 4569-6376 12/02/2019

SUMARIO.
1 SISTEMA DE AQUECIMENTO SOLAR ................................................................ 3
1.1 Princípio de Funcionamento ................................................................................... 3
3 Placa coletora........................................................................................................... 5
3.1 Reservatório Térmico .............................................................................................. 5
3.1.1 Reservatórios térmicos de Baixa Pressão ............................................................ 6
3.1.2 Reservatórios térmicos de Alta Pressão ............................................................... 6
3.1.3 Sistema solar Compacto Heliotek .......................................................................... 6
3.1.4 Reservatório térmico em nível MK Flex................................................................. 6
3.2 Caixa de Água fria ................................................................................................... 7
3.2.1 Volume da caixa de água fria ................................................................................. 8

4 TIPOS DE FUNCIONAMENTO .............................................................................. 8


4.1 Natural (termosifão) ................................................................................................. 8
4.2 Circulação forçada ................................................................................................... 9
4.2.1 Controlador de Temperatura .................................................................................. 9
4.2.2 Bomba de circulação ............................................................................................. 10

5 FORMAS DE AQUECIMENTO ............................................................................ 10


5.1 Circuito direto ......................................................................................................... 10
5.2 Circuitos indiretos .................................................................................................. 11
5.3 Circuito indireto utilizando o reservatório K2 (Permutador de calor) ................ 11

6 SISTEMAS DE BAIXA PRESSÃO ....................................................................... 12


6.1 Válvula esfera (registro) ........................................................................................ 12
6.2 Respiro.................................................................................................................... 12

7 SISTEMA DE ALTA PRESSÃO ........................................................................... 13


7.1 Bombas pressurizadores ...................................................................................... 13
7.1.1 Acionamento por pressostato ............................................................................... 13
7.1.2 Acionamento por Fluxostato eletrônico. .............................................................. 13

8 PROTEÇÕES PARA SISTEMAS DE ALTA PRESSÃO .................................... 14


8.1 Válvula de Retenção ............................................................................................. 15
8.1.1 Válvula de retenção vertical.................................................................................. 15
8.1.2 Válvula de retenção portinhola ............................................................................. 15
8.2 Manômetro com ponta de arraste ........................................................................ 16
8.3 Vaso de Expansão................................................................................................. 16
8.3.1 Vaso de expansão para água quente sanitária .................................................. 16
8.3.2 Dimensionamento simplificado ............................................................................. 17
8.3.3 Dimensionamento de vaso de expansão ............................................................ 17

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8.3.4 Pressão de pré-recarga no vaso de expansão ................................................... 18


8.4 Válvulas de segurança .......................................................................................... 18
8.4.1 Válvulas de segurança .......................................................................................... 18
8.4.2 Válvulas de Alívio................................................................................................... 18
8.4.3 Válvulas de Segurança e Alívio............................................................................ 18
8.4.4 Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) ............................................. 19
8.5 Válvula de quebra vácuo....................................................................................... 19
8.6 Válvulas de segurança e quebra-vácuo Heliotek ............................................... 19
8.7 Purgador de ar automático ................................................................................... 20
8.7.1 Princípio de funcionamento .................................................................................. 20

9 PROTEÇÕES PARA SISTEMA DE MAIOR COMPLEXIDADE........................ 21


9.1 Válvula de alivio de pressão e temperatura (TP) ............................................... 21
9.2 Válvula Misturadora Termostática........................................................................ 21
10.1 Valvula de segurança e antigelo (anti-congelameto) ......................................... 22
10.2 Manifold - Dispositivos de segurança .................................................................. 22

11 EQUILÍBRIO HIDRÁULICO .................................................................................. 22


11.1 Número de coletores por baterias em sistema de circulação natural (termosifão)
................................................................................................................................. 23
11.2 Número de coletores por baterias em sistema de circulação forçada.............. 23
11.3 Número máximo de baterias de coletores........................................................... 23
11.4 Baterias de coletores Instaladas em paralelo ..................................................... 23
11.5 Bateria de coletores em desnível utilizando a extensão.................................... 24
11.6 Baterias de coletores interligadas em série ........................................................ 24
11.7 Baterias com o número de coletores diferentes instaladas em paralelo.......... 25
11.8 Baterias de coletores em paralelo em desequilíbrio hidráulico ......................... 25
11.9 Baterias com coletores de tamanhos diferentes interligados em paralelo....... 26

12 ISOLAMENTO TÉRMICO ..................................................................................... 26

13 APOIOS PARA SISTEMAS DE AQUECIMENTO SOLAR ................................ 27


13.1 Sistema de aquecimento elétrico acoplado ao reservatório.............................. 27
13.2 Sistema de aquecimento elétrico in-line .............................................................. 28
13.3 Sistema de aquecimento a gás em paralelo ....................................................... 28

14 ASSOCIAÇÕES DE RESERVATÓRIOS TÉRMICOS ....................................... 29


14.1 Reservatórios interligados em Paralelo ............................................................... 29
14.2 Reservatórios interligados em Série .................................................................... 30

16 VERIFICAÇÃO PÓS-INSTALAÇÃO E ENTREGA DO SISTEMA AO USUÁRIO


................................................................................................................................. 32
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17 RECOMENDAÇÕES E RESFERENCIAS NORMATIVAS ................................ 33

1 SISTEMA DE AQUECIMENTO SOLAR

1.1 Princípio de Funcionamento


 Um sistema básico de aquecimento de água por energia térmica Solar é
composto de coletores solares (placas), reservatório térmico (Boiler), e a caixa
de água fria. Sua capacidade de aquecimento está diretamente influenciada
pelos coletores sobre a orientação e sua inclinação. A bússola sempre indica o
norte magnético, que possui um desvio em relação ao norte geográfico ou
verdadeiro (que é o utilizado para posicionar os coletores solares). Este desvio
apresenta um valor próximo a 20°:

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2 Qualidade da água

A rede de abastecimento de água pela rede pública, o Ministério da Saúde


estabelece que a água produzida e distribuída para o consumo humano deve ser controlada.
A legislação define também a qualidade mínima, em atendimento às exigências
estabelecidas, a análise da qualidade da água desde a origem até os pontos de consumo.

Água de poço, caminhão pipa, ou onde o tratamento de água não é controlado ou


água contendo sais (água salobra). Duas substâncias comuns em água de poço são o ferro e
o manganês, presentes em certos tipos de solos. O ferro, apesar de não ser tóxico, confere
sabor desagradável a água, mancha roupas e louças sanitárias, causam incrustações nas
tubulações e propicia o desenvolvimento de ferrobactérias, que conferem odor e sabor
desagradável a água, sua concentração máxima na água não deve passar de 0,3 mg/l.

O Anodo de sacrifício é obrigatório em casos onde a água não seja da rede pública
tratada. O anodo de sacrifício no reservatório, muitas vezes são esquecidos, e muitas das
pessoas que possuem sistemas com anodo de sacrifício em sua maioria nem sabem da sua
existência, ou mesmo a importância que o anodo de sacrifício tem no que diz respeito a
durabilidade de seu sistema, os anodos são como proteção contra a corrosão, o mesmo
causa uma reação eletroquímica na água protegendo seu interior.

“O ideal é que seja verificado de seis em seis meses e trocado uma vez por ano, ou
quando a corrosão atingir no máximo 60% do metal”

A análise químico e físico da água deve ser realizada antes da aplicação do sistema
com objetivo de analisar se está apropriada para sua utilização no sistema, após a aplicação
do sistema, a análise físico e químico da água deve ser feita no mínimo anualmente. Aguas
subterrâneas podem sofrer alterações em sua composição ao decorrer do tempo, em áreas
com possibilidade de contaminação a analise deve ser intensificada.

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3 Placa coletora
-A placa coletora ou coletor solar é responsável pela absorção do calor através
da radiação solar. O calor do sol é transferido para a água que circula no interior de
suas tubulações de cobre, assim é aquecido o volume de consumo ao longo do dia.

Pintura seletiva Pintura preta

FCC220- 2V Coletor MC Evolution


Coletor MC Evolution PRO

3.1 Reservatório Térmico


O reservatório térmico, também conhecido por Boiler, é responsável por
armazenar o volume de água aquecido para consumo diário. Normalmente são
cilindros em aço inox isolados termicamente com poliuretano expandido sem CFC,
que não agride a camada de ozônio. Desta forma, a água se mantém aquecida até o
momento de consumo.

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3.1.1 Reservatórios térmicos de Baixa Pressão

São fabricados para operar com a pressão de até 0,5 Kgf/cm² que é equivalente
a aproximadamente 5 mca.

3.1.2 Reservatórios térmicos de Alta Pressão

São fabricados para operar a pressão de até 4,0 Kgf/cm² que é equivalente a
aproximadamente 40 mca.

3.1.3 Sistema solar Compacto Heliotek

O sistema compacto contém um volume de 200 litros, sua aplicação se define


a 1 ponto de consumo, ou seja, a instalação exatamente sobre o banheiro de forma
que a tubulação de água quente saia em linha reta do reservatório até o chuveiro, sem
obstáculos, evitando a perdas térmicas. A mini caixa recebe a água sobre pressão
vindo da rua, e despressuriza alimentando o reservatório.

Essa aplicação se define a baixo custo de instalação, e mínima necessidade de


reforma, acoplando misturador direto ao chuveiro elétrico.

3.1.4 Reservatório térmico em nível MK Flex

Permite a instalação em locais onde existem espaços reduzidos embaixo do


telhado (instalação no nível da caixa d´água), ou quando não for possível instalar a
caixa de água acima do reservatório térmico devido as dificuldades da arquitetura no
local de instalação.

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O reservatório MK Flex permite o fornecimento de água quente por mais


tempo, mesmo se não houver abastecimento de água da rua, devido a geometria
exclusiva do dosador volumétrico Bianco.

3.2 Caixa de Água fria


A caixa de água fria tem a função de abastecer o reservatório térmico do
aquecedor solar, mantendo-o sempre cheio. Nos sistemas convencionais a caixa de
água é instalada acima do reservatório térmico.

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3.2.1 Volume da caixa de água fria

O item 5.2.5.1 da NBR 5626 diz que:


“A capacidade dos reservatórios de uma instalação predial de água fria deve
ser estabelecida levando-se em consideração o padrão de consumo da edificação, a
frequência e duração de interrupções de abastecimento”.

4 TIPOS DE FUNCIONAMENTO
O sistema de aquecimento solar pode ser instalado para funcionar de forma
natural que é considerado termo sifão, ou com circulação forçada.
Ambos são projetados de acordo com a arquitetura do local de instalação.

4.1 Natural (termosifão)


Em sistemas convencionais, a água circula entre os coletores e o reservatório
térmico através de um sistema natural chamado termosifão.

A radiação solar incide sobre os coletores e aquece a água, tornando-a menos


densa (mais leve) que a água que está no interior do reservatório. Assim a água fria
(mais pesada) “empurra” a água quente gerando a circulação da agua entre os
coletores e o reservatório térmico. Por isso esse sistema é chamado de circulação
natural ou termosifão.
É indicado para sistemas de pequeno porte (volume de até 1000 litros).
Como podemos ver na figura abaixo, é necessário que a caixa de água esteja
acima do reservatório térmico, e os coletores estejam abaixo do reservatório térmico:

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A caixa de água deverá ser instalada no mínimo a 15 cm acima do reservatório


térmico, e o reservatório no mínimo a 20 cm acima dos coletores.
A distância máxima entre o topo dos coletores e a base do reservatório é de 5
metros.
A pressão de água do sistema de aquecimento quando instalado na
configuração para termosifão está diretamente relacionada entre a altura da lamina
da caixa de água até os pontos de consumo.

4.2 Circulação forçada


Este sistema não é necessário que o coletor esteja abaixo do reservatório, pois
quem promove a circulação de água entre os coletores e o reservatório é a bomba
hidráulica. São normalmente utilizados em piscinas e sistemas de grandes volumes.

A bomba de circulação de água é comandada por uma unidade de controle que


reage com a diferença de temperatura entre a água dos coletores e a temperatura da
água na parte mais baixa do reservatório térmico.

4.2.1 Controlador de Temperatura

O controlador de temperatura é indicado para o uso em sistemas de


aquecimento solar de água quente sanitária e aquecimento de piscinas.

O controlador apresenta instalação e programação simplificada.

Normalmente para sistemas de aquecimento solar são utilizados os


controladores que dispõem de três sondas de temperaturas, sendo cada uma delas
posicionada em um ponto onde normalmente os pontos são:
 T1 na saída de água dos coletores.
 T2 no avanço de água fria para os coletores que fica na saída do reservatório.
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 T3 no centro do reservatório ou outro ponto favorável ao acionamento do apoio.


A sonda no centro do reservatório é somente para leitura da temperatura do
mesmo. Logo as sondas que são posicionadas na entrada da bomba de circulação e
a outra na saída de água dos coletores são utilizadas para controlar a bomba de
circulação de água. Esse controle é realizado de acordo com o diferencial de
temperatura que é indicado entre 6 a 8 °C para ligar e de 2 °C para desligar.

4.2.2 Bomba de circulação

A bomba de circulação promove a circulação de água entre os coletores e o


reservatório térmico.

Para dimensionar a bomba de circulação é importante verificar a vazão e


pressão ideal para o sistema, como representado no gráfico acima.
Para calcular a vazão de água do sistema basta multiplicar o número de
coletores pela vazão nominal de um coletor. A vazão nominal dos coletores vária de
acordo com os modelos de tamanhos dos coletores.
A pressão ideal do sistema é calculada de acordo com a altura manométrica
entre a bomba de circulação e o topo dos coletores somando as perdas de cargas do
circuito hidráulico.

5 FORMAS DE AQUECIMENTO

5.1 Circuito direto


No sistema de aquecimento com circuito direto o fluido a ser utilizado é o
mesmo que circula pelos coletores solares armazenando a água no interior do
reservatório térmico.

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Esse sistema é indicado para instalações onde o abastecimento de água é de


rede pública evitando a formação de calcário e corrosões dos componentes como o
reservatório e os coletores. Mesmo com a aplicação do ânodo de sacrifício que é
dedicado a proteger o reservatório e os coletores que ficam expostos aos riscos.

5.2 Circuitos indiretos


Circuitos indiretos: processo de aquecimento onde o fluido a ser utilizado NÃO
é o mesmo que o fluido de consumo. Exemplo: Sistema K2;

São indicados para sistemas de médio e grande porte de aquecimento, quando


o fluido pode ser agressivo aos componentes do sistema, ou para regiões com
temperaturas ambientes abaixo de 4 °C.

5.3 Circuito indireto utilizando o reservatório K2 (Permutador de


calor)
No sistema de aquecimento utilizando o reservatório modelo K2 o fluido a ser
aquecido não é o mesmo fluido que circula nos coletores solares. Este reservatório é
indicado para regiões que estatisticamente a temperatura externa pode chegar abaixo
de 4°C, ou quando o fluido a ser aquecido é agressivo para os componentes do
sistema como por exemplo água de poço.

O nível de fluido térmico deverá estar de acordo com o indicado no reservatório


para garantir o bom funcionamento do sistema.
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6 SISTEMAS DE BAIXA PRESSÃO


De acordo com a norma NR 13 os sistemas que operam com a pressão de até
1 atm. (aproximadamente 10 mca) São considerados sistemas de baixa pressão.
Itens de segurança para sistemas de baixa pressão:
 Válvula esfera (registro).
 Sifão ou cavalete.
 Respiro.

6.1 Válvula esfera (registro)


Dispositivo manual que interrompe o fluxo de água através de uma esfera.

A esfera no interior da válvula possui um orifício no centro, que ao se alinhar


com as extremidades da válvula, possibilita a passagem de fluxo.
Ao se fechar, o orifício fica perpendicular às extremidades do produto e dessa
forma o fluxo é interrompido. As válvulas de esfera são de grande utilidade para as
mais diversas funções, para várias aplicações indústrias e para as residências.

6.2 Respiro
O respiro equaliza as pressões positivas e negativas do SAS permitindo a saída
de ar e vapor quando produzido em excesso.

Em instalações de pequeno porte o diâmetro da tubulação do respiro deverá


ser de 22mm com a altura mínima de 30cm superior ao topo da caixa d´agua.

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7 SISTEMA DE ALTA PRESSÃO

7.1 Bombas pressurizadores


Os pressurizadores são utilizados para aumentar a pressão e vazão da linha
hidráulica garantindo o melhor desempenho e mais conforto.
O acionamento do pressurizador pode ser realizado através do pressostato ou
do fluxostato.
É fundamental observar que, em condições estáticas (sem escoamento), a
pressão da água em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição não
deve ser superior a 4 bar, conforme indica a norma ABNT NBR-5626.
Recomendamos utilizar a pressão máxima de trabalho 2 bar em sistema solar,
o dimensionamento deve ser feito em função somente a vazão de água.

7.1.1 Acionamento por pressostato


O pressostato é um dispositivo que aciona a bomba pressurizadora
automaticamente quando a pressão na tubulação diminuir pela abertura de um ponto
de consumo, e desliga ao atingir a pressão pré-determinada mantendo toda a rede
hidráulica pressurizada constantemente.

É recomendado a aplicação da bomba pressurizadora com pressostato para


instalações de alta pressão com a rede hidráulica preparada para suportar a pressão
de pico do sistema, evitando a ocorrência de vazamentos de água por rompimento
nos componentes do sistema.

7.1.2 Acionamento por Fluxostato eletrônico.


O fluxostato é um dispositivo que aciona a bomba automaticamente logo após
a abertura de um ponto de consumo pressurizando o sistema somente no momento
do consumo. Quando é interrompido o consumo, o fluxostato desliga a bomba
pressurizadora, equalizando as pressões na rede hidráulica.
As bombas com fluxostato não contém válvula de retenção, evitando que fique
pressurizada a rede hidráulica, minimizando a ocorrência de vazamentos.

Para evitar problemas no funcionamento do fluxostato é recomendado a


instalação da bomba pressurizadora com a distância mínima de 80 cm abaixo da caixa
de água.
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8 PROTEÇÕES PARA SISTEMAS DE ALTA PRESSÃO


Nos sistemas de alta pressão de acordo com a ABNT NBR 15569 é obrigatório
o uso dos dispositivos de segurança para a proteger os usuários de danos físicos e
os componentes do sistema.

De acordo com a imagem acima os dispositivos de segurança obrigatórios são:

 Válvula de retenção
 Vaso de expansão.
 Válvula de segurança
 Válvula de quebra vácuo.
 Válvula eliminadora de ar.
 Manômetro com ponta de arraste.

Em algumas instalações se faz necessário o uso de alguns dispositivos de


segurança onde consideramos proteções para sistemas de maiores complexidades
que são:

 Válvula de alivio de pressão e temperatura.


 Válvula termostática.
 Balanceadoras hidráulicos (dispositivos de auto Flow).
 Dispositivo de segurança anti-free.

Cada dispositivo de segurança é dimensionado e aplicado de acordo com a


pressão, a temperatura, o volume de armazenamento, e os arranjos hidráulicos dos
coletores.

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8.1 Válvula de Retenção


A função da válvula de retenção é não permitir o movimento reverso da água
visando proteger as instalações hidráulicas do refluxo de água quando há paralisação
das bombas. Para cada tipo de aplicação exige um modelo de válvula diferente, as
mais utilizadas para os S.A.S são as válvulas de retenção que atuam por mola ou com
portinhola.

8.1.1 Válvula de retenção vertical


O conceito de construção da válvula de retenção é baseado em um êmbolo
interno, com passagem lateral contido por um assento (arruela) em borracha. O
êmbolo interno libera ou interrompe a passagem do fluído, de modo a impedir o retorno
da coluna de água. Seu acionamento se dá por mola (Válvula de Retenção Horizontal)
ou por gravidade (Válvula de Retenção Vertical). Essas válvulas devem ser instaladas
em sentido único e colocadas na tubulação de recalque, para evitar que a pressão de
retorno do líquido bombeado danifique a tubulação, quando ocorrer a parada da
bomba.

8.1.2 Válvula de retenção portinhola


Geralmente são instaladas no início das tubulações de recalque, entre a saída
das bombas e antes dos registros (válvulas de gaveta), para proteção das bombas
contra os golpes de aríete, resultantes do brusco rompimento de fluxo. Esse
posicionamento é o mais adequado, pois facilita inspeções e eventuais consertos.

Sua instalação deve ser feita de modo que a portinhola abra no sentido do fluxo.
Convencionalmente este sentido é indicado por uma seta gravada em relevo no corpo
da válvula.

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8.2 Manômetro com ponta de arraste


Instrumento utilizado para medir a pressão atual, e também picos de pressão,
do reservatório térmico. Apenas para sistema de alta pressão

É indicado instalar na saída de água quente para o consumo.

8.3 Vaso de Expansão


Os vasos de expansão são dispositivos destinados a compensar o aumento do
volume da água provocado pelas variações de temperatura e pressão dentro do
reservatório térmico para proteger o sistema de aquecimento solar. É recomendado
instalar os vasos de expansão na tubulação de alimentação de água fria que
normalmente fica na entrada de água do sistema.

8.3.1 Vaso de expansão para água quente sanitária

Normalmente para água quente sanitária os vasos de expansão são fabricados


com o corpo (casco) em aço inox e em seu interior é instalado um balão de borracha
em EPDM. No interior do balão é depositado a água, e entre o corpo do vaso e o balão
e é inserido o Azoto (nitrogênio). Abaixo na ilustração podemos ver as faixas de
operação de acordo com a expansão do sistema.

Se a pressão do sistema for superior a pressão final projetada para o sistema,


o vaso acaba perdendo a sua função, e logo a válvula de segurança (psvs) começa
a atuar.

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8.3.2 Dimensionamento simplificado

8.3.3 Dimensionamento de vaso de expansão


Dimensionar um vaso de expansão para uma instalação sanitária com as
seguintes características:

Va = volume de água aquecida (termo acumulador) = 600 l


T1 = temperatura inicial = 10°C
T2 = temperatura final = 70°C
Pin= pressão do pressurizador ou altura manométrica + 1 atm.= 2 + 1 = 3bar.
Psvs = pressão de calibração da válvula de segurança = 4bar
Pfin = pressão máxima de funcionamento=Psvs–0,5 bar+1atm.= 4 – 0,5 + 1 = 4,5 bar.
e = expansão da água de acordo com a variação de temperatura=T1(0,022) –
T2(0,0003) = 0,0217
Ve = Volume do vaso de expansão?

Tabela do coeficiente “e”, com a variação da temperatura relativamente 4°C (ᵨ= 1000
Kg/m³)
°C 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
e 0,0003 0,0018 0,0043 0,0078 0,012 0,017 0,022 0,029 0,036 0,043

Aplica-se a fórmula (2) para cálculo do volume do vaso Vn:


Vn = e • Va = L Vn = 0,0217 • 600 = 39,60L
1 – Pin 1 – 3,0
Pfin 4,5

Para este caso podemos aplicar um vaso de expansão com no mínimo 50L
Tabela e vaso de expansão (Litros)
5 12 18 24 35-36 50-60 80 100 150 200 300 400

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8.3.4 Pressão de pré-recarga no vaso de expansão


O vaso de expansão deverá ser calibrado com 0,3bar inferior a pressão máxima
do pressurizador, ou 10% abaixo da pressão inicial do sistema, prevalecendo o maior
valor. Essa calibração auxilia o balão de gás absorver a dilatação de acordo com a
variação de temperatura e pressão do sistema, e suavizar a depressão entre o
momento que é acionado o ponto de consumo e o acionamento do pressurizador.
Exemplo:
Pressurizador aciona com 1,7 bar e desliga com 2bar.
Calibração do vaso= 2 bar – 0,3bar = 2 – 0,3 = 1,7bar.

Pressão da bomba (bar) 2 2,5 3 3,5


Pressão de ar no Vaso (bar) 1,7 2,2 2,7 3,2

8.4 Válvulas de segurança


Alivia automaticamente as pressões positivas e negativas do sistema de
aquecimento solar. Apenas para sistema de alta pressão.

8.4.1 Válvulas de segurança


A válvula de segurança é um dispositivo automático de alívio de pressão,
movimentado por mola ou peso, caracterizado por uma abertura Instantânea (pop)
uma vez atingida a pressão de abertura. Utilizada em serviços com fluídos
compressíveis (Gases e Vapores). Seu início de abertura para aliviar a pressão deve
ser de 0,90, ou seja, se a válvula é de 4 bar (4x 0,90= 3,6 bar) a mesmo deve começar
a abrir com 3,6 bar aliviando a pressão da rede.

8.4.2 Válvulas de Alívio


Dispositivo automático de alívio de pressão caracterizado por uma abertura
progressiva e proporcional ao aumento de pressão acima da pressão de abertura.
Utilizadas em serviço com fluídos incompressíveis (Líquidos).

8.4.3 Válvulas de Segurança e Alívio


Dispositivo automático de alívio de pressão adequado para trabalhar como
válvula de segurança, ou de alívio, dependendo aplicação desejada.

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8.4.4 Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA)


É a pressão máxima de trabalho de um vaso (reservatório térmico), compatível
com o código de projeto, em função de uma resistência dos materiais utilizados com
seus parâmetros operacionais. Normalmente os reservatórios térmicos de alta
pressão, podem ser submetidos a uma pressão máxima de 4 kgf/cm² ou 40 mca de
trabalho. Já os de baixa pressão podem ser submetidos a uma pressão máxima de 5
mca ou 0,5 kgf/cm².
A pressão de abertura é determinada pela pressão de entrada na qual a
válvula começa a descarregar o fluído ou gás (vapor), para a qual foi dimensionada.
Pressão de fechamento é quando a Válvula de Segurança e ou Alívio fecha,
retomando a sua a sua posição original, depois de restabelecida a normalidade
operacional, e é igual à pressão de abertura menos o diferencial de alívio
(Blowdown).

8.5 Válvula de quebra vácuo


As válvulas quebra-vácuo protegem instalações contra vácuo. Quando em
repouso, estas válvulas estão fechadas. Se a pressão interna do reservatório baixar
(redução da pressão atmosférica) mais que a pressão diferencial ajustada, a válvula
abre. O sistema é ventilado até atingir novamente a pressão diferencial ajustada.
Quando a pressão se eleva acima da pressão atmosférica, as válvulas quebra-vácuo
permanecem fechadas, ou seja, não protegem de sobre pressão.

8.6 Válvulas de segurança e quebra-vácuo Heliotek


A válvula de segurança e quebra-vácuo (exclusividade Heliotek) é um acessório
fundamental às instalações de sistemas solares pressurizados. Sua função é impedir
que a pressão interna ultrapasse o limite máximo (segurança) e mínimo (quebra-
vácuo) do reservatório, diminuindo o risco de vazamentos por excesso de pressão ou
implosão por vácuo.

Obs. A válvula de segurança e quebra vácuo (descontinuada) foi substituída no


mercado pelo manifold de segurança.

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8.7 Purgador de ar automático


O purgador é o elemento utilizado para evacuar os gases, geralmente ar,
contidos nas tubulações do sistema. A presença de gases no circuito origina a
formação de bolsas que impedem a correta circulação de fluídos.
Deve instalar-se um purgador em todas as zonas passíveis de acumulação de
bolhas de ar do circuito, nomeadamente os pontos altos.

A bolha de ar pode interromper o fluxo de água quente na tubulação hidráulica


de distribuição e consumo de água quente, e na interligação do equipamento entre o
coletor e o reservatório térmico, provocando a redução do rendimento do sistema,
podendo até mesmo fazer o sistema colapsar e parar de funcionar.

Este fenômeno deve ser evitado tomando as seguintes precauções:


• O conjunto de coletores deve ser instalado com ligeira inclinação no sentido da saída
de água quente, facilitando o movimento das bolhas que se formarem, saindo pelo
lado mais alto do coletor.

• A tubulação deve ter uma inclinação continua e ascendente, em direção ao purgador


de ar, não podendo em hipótese alguma subir e descer, criando trechos onde possa
haver acumulação de ar.
• O purgador de ar deve ser instalado antes de qualquer descida de tubulação de
consumo.

• Nos trechos de tubulações onde não for possível evitar formação de sifões, torna-se
necessária a instalação de uma válvula eliminadora de ar ou um purgador de ar
adicional.

8.7.1 Princípio de funcionamento


A acumulação de bolhas de ar no corpo da válvula provoca a descida da boia
e, consequentemente, a abertura do obturador. Assim ocorre o funcionamento da
válvula, garantido até que a pressão da água permaneça abaixo da pressão máxima
de descarga.

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9 PROTEÇÕES PARA SISTEMA DE MAIOR COMPLEXIDADE

9.1 Válvula de alivio de pressão e temperatura (TP)


A válvula de segurança e temperatura, tem a função de proteger o sistema de
aquecimento contra temperaturas superiores a 100 °C e pressão superior a 4 kgf/cm².

Ao atingir os valores de calibração, a válvula descarrega os excessos para meio


ambiente. No caso de excesso de pressão ela abre para eliminar a água aliviando a
pressão. Já no caso de excesso de temperatura ela abre para elimina o vapor evitando
que a água entre no estado de ebulição.

9.2 Válvula Misturadora Termostática


Evita riscos de queimaduras e protegem a rede hidráulica secundária,
normalmente em PPR, PEX ou CPVC, quando a temperatura no reservatório térmico
for superior à 70°C.

Válvula Misturadora Termostática até 1” (28mm) Válvula Misturadora Termostática DN32, DN50, DN65 e DN80

Ajustam a temperatura do consumo entre 40°C a 60°C

10 Dispositivos de válvulas balanceadoras –


Autoflow ou TacoSetter

Os dispositivos Auto flow são estabilizadores automático de vazão, capazes de


manter a taxa máxima de fluxo conforme a necessidade de operação do sistema
hidráulico, equilibrando a distribuição uniforme. Esse dispositivo é aplicado quando o
retorno invertido “Tichelmann”, não é capaz de distribuir a vazão por igual, devido a
quantidade de baterias.

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10.1 Valvula de segurança e antigelo (anti-congelameto)


O dispositivo de segurança anti-congelamento evita o acúmulo de gelo na
tubulação de água, evitando possíveis danos ao armazenamento de água e
nos tubos hidráulicos dos sistemas de aquecimeto solar (coletores) e de irrigação.

Quando a temperatura mínima operacional do ambiente é alcançado, abre-se


automaticamente de modo que uma quantidade mínima de água pode fluir para o ralo,
permitindo uma pequena entrada contínua de água; esta impede o congelamento da
água no interior do tubo.
Quando aumenta a temperatura ambiente ou, em caso do contato com água
quente, a ação oposta ocorre, fazendo o dispositivo fechar e as condições normais de
funcionamento do circuito ser restaurada.

10.2 Manifold - Dispositivos de segurança


Todos os dispositivos de segurança citados acima requerem limpeza e
manutenção regulares. Os intervalos de verificação devem ser definidos num plano, e
esse plano deverá ser levado em consideração as normas relacionadas as aplicações
ou históricos de desgastas de acordo com cada fabricante, o manifold contém em seu
conjunto:
Manômetro com ponta de arraste, válvula purgadora de ar, válvula de quebra vácuo,
e válvula de segurança.

11 EQUILÍBRIO HIDRÁULICO
O equilíbrio hidráulico é fator fundamental para o correto funcionamento e
máxima eficiência do sistema. Ele permitirá a passagem de água equalizando a vazão
e garantindo a mesma perda de carga em todas as baterias. A entrada de água no
primeiro coletor deve estar no sentido oposto a saída de água do último coletor.

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11.1 Número de coletores por baterias em sistema de circulação


natural (termosifão)
Para sistemas com circulação natural (termosifão) recomenda-se a instalação
de 1 bateria com no máximo 6 coletores. Em instalações com o número maior de
baterias e coletores nota-se perdas de eficiência e formação de bolsas de ar em
pontos isolados correndo o risco de estagnar o sistema, danificando os coletores.

11.2 Número de coletores por baterias em sistema de circulação


forçada
Para obter o melhor rendimento e eficiência em sistemas de circulação forcada,
recomenda-se instalar até 6 coletores por baterias. Em condições extremas é
permitido instalar no máximo 7 coletores por baterias desde que os coletores não
estejam fixados com suportes, para evitar o risco de danificar os coletores devido a
dilatação térmica dos tubos.

11.3 Número máximo de baterias de coletores


É permitido instalar até 4 baterias de coletores com o número máximo de 6
coletores por bateria utilizando o retorno invertido. Em instalações com mais de 4
baterias nota-se perdas de eficiência e formação de bolsas de ar em pontos isolados
correndo o risco de estagnar o sistema entrando em colapso.

11.4 Baterias de coletores Instaladas em paralelo


Para obter o rendimento com eficiência, garantindo a vida útil dos coletores, é
recomendado instalar as baterias interligadas em paralelo, e com o mesmo número
de coletores em cada bateria.
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Sempre interligue as baterias com o retorno invertido, ou seja, a primeira bateria


que recebe a água fria deverá ser a última que entregar a água aquecida. Assim
mantém-se o equilíbrio hidráulico, e garante que a temperatura se mantenha uniforme
entre as baterias e os coletores, obtendo a maior eficiência do sistema.

11.5 Bateria de coletores em desnível utilizando a extensão


Quando a área do local de instalação for inferior a área necessária para a
quantidade dos coletores dimensionados, recomenda-se fazer a extensão da bateria
de coletores mantendo os mesmos interligados em paralelo.

Para evitar a perda de eficiência do sistema, a distância máxima recomendada


entre os coletores deve ser de 3 metros, sendo imprescindível isolar os tubos da
extensão.

11.6 Baterias de coletores interligadas em série


Não é permitido a instalação de baterias de coletores em série, evitando assim
a formação de vapor gerado pelo superaquecimento do sistema.
Este tipo de instalação eleva a perda de carga do sistema, dificultando a
circulação do fluido (água) em cada coletor, principalmente quando há uma diferença
no número de coletores entre as baterias.

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11.7 Baterias com o número de coletores diferentes instaladas em


paralelo
Nas instalações onde as baterias possuem diferentes números de coletores
ocorrem desequilíbrios hidráulicos, alterando a vazão em pontos isolados, e
inversamente a temperatura, apresentando-se da seguinte forma:

Na bateria com o menor número de coletores ocorre um aumento da vazão,


devido a redução da perda de carga. Com o aumento de vazão diminui-se a
temperatura da água. Logo na bateria com o maior número de coletores a vazão é
reduzida, devido ao aumento da perda de carga. Com a redução da vazão aumenta
a temperatura.
A variação de temperatura entre os coletores resulta na redução de sua
eficiência, e consequentemente de sua vida útil, aumentando a probabilidade de
geração de vapor em pontos isolados do sistema, danificando os coletores.

11.8 Baterias de coletores em paralelo em desequilíbrio hidráulico


O objetivo de se montar um sistema equilibrando a parte hidráulica
(balanceado) é garantir a mesma vazão de água em todos os pontos, mantendo assim
a eficiência dos coletores. Os sistemas abaixo apresentam irregularidades nos
arranjos hidráulicos das baterias de coletores.

Com o desequilíbrio hidráulico nota-se que em alguns pontos do sistema a


vazão fica irregular devido a diferença de perda de carga. Nos pontos onde a vazão é
maior a temperatura é menor, logo nos pontos onde a vazão é menor a temperatura
é maior.
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11.9 Baterias com coletores de tamanhos diferentes interligados em


paralelo
Não é recomendado a instalação de baterias com coletores de modelos e
tamanhos diferentes, evitando assim a queda de rendimento do sistema.

No exemplo acima existe um desequilíbrio hidráulico entre as baterias de


coletores, onde na bateria que é formada com os coletores menores possui menor
perda de carga, provocando um aumento da vazão do fluido (água) em relação a
bateria que é formada com os coletores maiores. Esse aumento da vazão de fluido
(água) reduz a temperatura na saída de água nos coletores. Na bateria que é formada
com os coletores maiores ocorre o inverso.
Esta variação de temperatura entre as baterias de coletores compromete o
rendimento e a vida útil da bateria que é formada com os coletores maiores.

12 ISOLAMENTO TÉRMICO
Quando a tubulação está com a temperatura maior ou menor que a ambiente,
ocorrerão trocas de calor, que poderão alterar sua temperatura e ainda ocorrer perda
de energia. Para reduzir tais efeitos se emprega basicamente uma camada de material
de baixa condutividade térmica sobre as superfícies de troca. Essa camada pode ter
variações de acordo com a diferença de temperatura e a região.

Algumas características desejáveis ou necessárias dos isolantes seriam,


resistência às temperaturas as quais será submetido (fusão e combustão), não
toxidez, facilidade de aplicação, resistência a agentes agressivos e as intempéries e
resistência mecânica.
Na região sul do Brasil considerando as épocas mais frias do ano, a ausência
de isolação nas tubulações é uma das principais perdas térmicas nos sistemas de
aquecimento solar, podendo chegar à 30% das perdas térmicas.

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13 APOIOS PARA SISTEMAS DE AQUECIMENTO SOLAR


Os sistemas de aquecimento solar, em geral, não atendem a 100% da
demanda anual de água quente, pois em períodos chuvosos, com baixa radiação
solar, ou períodos com o consumo excessivo (acima do dimensionamento) seu
desempenho é menor. Desta forma para garantir a água quente durante todos estes
dias é necessário a instalação de um sistema de aquecimento auxiliar.
Logo para aquecimento de água para uso sanitário, os sistemas mais
difundidos atualmente utilizam energia elétrica ou gás.

13.1 Sistema de aquecimento elétrico acoplado ao reservatório


Nos sistemas de aquecimento solar, com apoio elétrico em paralelo, a
resistência elétrica é empregada como apoio no interior do reservatório térmico,
podendo ser programada para ligar e desligar conforme a programação desejada,
quando a temperatura da água estiver inferior ao programado, o apoio elétrico é
acionado automaticamente pelo dispositivo, termostato de encosto termodisc,
desligando quando atingir a temperatura conforme o programado.

Antes de iniciar a instalação da parte elétrica do reservatório, verifique as


condições de instruções fornecidas nos manuais dos produtos, lembre-se sempre de
seguir todas as normas de segurança para instalações elétricas, além de configurar o
termostato na temperatura adequada. Certifique-se da presença de água no interior
do reservatório térmico para evitar a queima da resistência.

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13.2 Sistema de aquecimento elétrico in-line


No sistema in-line o reservatório térmico e o chuveiro elétrico como apoio são
posicionados em série, ou seja, in-line. A grande vantagem é que este sistema o apoio
entra em ação para aquecer água apenas quando houver consumo, evitando seu uso
(e, logo, o consumo de energia) em momentos sem consumo para acumular água
quente, porem limita a vazão de água de acordo com sua capacidade de litragem.

Para o sistema funcionar corretamente deve ser utilizada um chuveiro apropriado.

13.3 Sistema de aquecimento a gás em paralelo


O aquecedor de passagem é ligado em paralelo aos coletores, alimentando o
reservatório quando não há energia solar suficiente. Se a temperatura do reservatório
estiver abaixo daquela desejada, o aquecedor de apoio entra em ação. Esta instalação
é comumente chamada de sistema conjugado.

Utilize o aquecedor a gás apropriado para esta aplicação.

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14 ASSOCIAÇÕES DE RESERVATÓRIOS TÉRMICOS


Concentrar o armazenamento de água em apenas um reservatório térmico é o
mais indicado, mas existem algumas condições que podem requerer a divisão do
volume total, sendo necessário a instalação de mais de um reservatório térmico.
Quando isso acontece, o ideal é a utilização de no máximo dois reservatórios térmicos
em sistemas que operam por termosifão onde devemos limitar o armazenamento total
para 1000 litros (sistema considerado de pequeno porte).

Para sistemas com a circulação forçada, tem a possibilidade de instalar mais


de dois reservatórios, porém é necessário manter o equilíbrio hidráulico. A instalação
dos reservatórios térmicos pode ser em série, ou em paralelo, porém é imprescindível
que os reservatórios obtenham as mesmas características técnicas.

14.1 Reservatórios interligados em Paralelo


A instalação dos reservatórios em paralelo é indicada em situações onde os
requisitos de volume de água quente são em alta demanda para um curto espaço de
tempo, onde grandes volumes de água são aquecidos e pronto para o consumo.

Para obter a maior eficiência do sistema é importante manter o equilíbrio


hidráulico das tubulações, evitando as perdas de cargas, dando prioridade ao trabalho
em conjunto dos reservatórios.

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14.2 Reservatórios interligados em Série


Normalmente são instalados os reservatórios em séries para aumentar a
diferença da temperatura entre a entrada da água fria do sistema de aquecimento,
com a temperatura da saída de água quente para o consumo. Assim, mantém em um
dos reservatórios a temperatura mais elevada em relação ao outro.

O primeiro Reservatório na série vai fazer a maior parte do aquecimento,


porém, em situações de alta demanda, o primeiro reservatório não será capaz de
aquecer o suficientemente de modo que o apoio ligado ao próximo reservatório na
série comece a operar até atingir a temperatura desejada.

Sistema solar alta pressão com apoio a gás.

Sistema solar alta pressão com apoio elétrico.

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15 Coletor solar para piscina

15.1 Aquecedor solar para piscina PPflex

Aqueça a água da sua piscina com muita economia e respeito ao meio ambiente.
O aquecedor solar de piscina PP Flex foi pensado para facilitar sua vida em todos os detalhes:
desde o preço até o sistema de instalação muito prático e econômico.

Maior facilidade para transportar e armazenar


 Módulos mais compactos e leves

Redução de complexidade
 Menor quantidade de acessórios de instalação
 Novo esquema de instalação inteligente

Ótimo custo X Benefício
 Custo por m² otimizado

Classificação A no INMETRO
 100 kWh/mês.m²

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16 VERIFICAÇÃO PÓS-INSTALAÇÃO E ENTREGA DO SISTEMA


AO USUÁRIO
Ao finalizar a instalação de um Sistema de Aquecimento Solar recomenda-se
a realização de um checklist com os seguintes pontos:

 Ordem e correta instalação dos coletores, reservatórios, válvulas, registros, bombas


circuladoras ou pressurizadoras, sistemas de drenagem, e demais componentes do sistema;
 Existência e correta instalação dos dispositivos de segurança tais como respiro, válvulas de
segurança, válvulas de alívio de pressão, válvulas eliminadoras de ar, vaso de expansão, etc;
 Correta posição e operação dos registros e válvulas do sistema;
 Verificação da não existência de obstrução nas tubulações de respiro ou dispositivos de alivio
ou de drenagem;
 Existência e correta instalação do isolamento térmico das tubulações do sistema, incluindo as
devidas proteções contra ação de intempéries e raios UV quando instalado ao tempo;
 Vedação da cobertura/telhado nas interferências com as tubulações, elementos de fixação e
demais componentes do sistema;
 Instalação de dispositivos elétricos conforme a norma NBR 5410 – Instalações elétricas de
baixa tensão
 Confirmação de que os dispositivos de alívio e de drenagem estejam interligados ou
direcionados com redes de drenagem da edificação;
 Verificação de que os sistemas de controle estejam na posição automático e funcionando
adequadamente. Os procedimentos de teste devem ser realizados conforme projeto e manual
de operação.

Ao finalizar a instalação, devem ser entregues ao usuário os manuais de operação e garantia


do fabricante.

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17 RECOMENDAÇÕES E RESFERENCIAS NORMATIVAS


NR13 – Norma regulamentadora 13 – caldeiras e vaso de pressão.
- Todo vaso de pressão deve ser instalado, que todos os drenos, respiros, pressão e
temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis, os instrumentos e controles de
vasos de pressão devem ser mantidos calibrados e em boas condições operacionais,
contendo os requisitos de segurança.

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão


- A instalação elétrica deve ser realizada por profissionais habilitados e capacitados.

NBR 5626 – Instalações prediais de água fria - Procedimento


- As tubulações de água fria, que alimentam misturadores de água quente e fria, não podem
estar conectadas aos ramais que alimentam válvulas de descarga.

NBR 7198 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente


- É proibido instalar válvulas de retenção no ramal de entrada de água fria dos reservatórios
térmicos que não for protegido com respiro (alta pressão).
- É obrigatório o uso de respiro em reservatórios de baixa pressão.

NBR 12269 – Execução de instalações de sistemas de energia solar que utilizam coletores
solares planos para aquecimento de água
- Não se deve abastecer o reservatório térmico com água potável direto da rede pública.

NBR 15569 – Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto – projeto de


instalação.
- O Sistema deve ser instalado ou alterado somente por um técnico especializado e
certificado.

Recomendação normativa ABRAVA RN4 – Proteção contra congelamento.


- Em áreas onde pode haver ocorrências de geadas utilize sempre dispositivos contra
congelamento.

Recomendações
- Ligue a parte elétrica somente após o reservatório térmico estar cheio de água.
- É aconselhável a instalação de um dreno no reservatório térmico, e um nos coletores
solares.

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