Cancro Da Boca

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O QUE É O CANCRO ORAL?

O cancro oral é definido pela Classificação Internacional de Doenças pelo conjunto de


tumores malignos que afectam qualquer localização da cavidade oral, dos lábios à
garganta, (incluindo as amígdalas e a faringe).

A sua localização mais comum é no pavimento da boca (mucosa abaixo da língua),


bordo lateral da língua e no palato mole.

O cancro oral está associado a índices de mortalidade elevados, que se deve em grande

parte ao seu diagnóstico tardio.

Leucoplasia no bordo da língua e carcinoma do pavimento da boca

Sinais de alerta
As lesões podem aparecer em qualquer zona da cavidade oral:
 lábios
 palato (céu da boca)
 língua
 pavimento da boca (área por baixo da língua)
 gengivas
 bochechas
 garganta
Os principais sinais que devem ser observados são:
 lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias;
 manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da
boca), mucosa jugal (bochecha);

 nódulos (caroços) no pescoço;

 rouquidão persistente;

Nos casos mais avançados observam-se os seguintes sintomas:

 Dificuldade de mastigação e de engolir.

 Dificuldade na fala.

 Sensação de que há algo preso na garganta;

Os principais tratamentos para o cancro de boca são:

Cirurgia

A cirurgia do cancro de boca tem como objetivo remover o tumor para que ele não
aumente de tamanho, ou se espalhe para outros órgãos. Na maioria das vezes, o tumor é
pequeno e, por isso, apenas é necessário retirar um pedaço da gengiva, no entanto,
existem diversos procedimentos cirúrgicos para remover o cancro, dependendo da
localização do tumor:

Glossectomia: consiste na remoção de uma parte ou de toda a língua, quando o cancro


está presente neste órgão;

Mandibulectomia: é feito com a remoção de todo ou parte do osso do queixo, realizada


quando o tumor se desenvolve no osso da mandíbula;

Maxilectomia: quando o cancro se desenvolve no céu da boca, é necessário remover o


osso da maxila;

Laringectomia: consiste na remoção da laringe quando o cancro se localiza neste órgão


ou se espalhou para lá.
Geralmente, após a cirurgia, é necessário reconstruir a área afetada de forma a manter as
suas funções e estética, sendo usado, para isso, músculos ou ossos de outras partes do
corpo. A recuperação da cirurgia varia de pessoa para pessoa, mas pode durar até 1 ano.

A quimioterapia pode ser feita antes da cirurgia, para diminuir o tamanho do tumor, ou
depois da cirurgia, para eliminar as células cancerígenas que possam ter permanecido.

A radioterapia para cancro de boca é semelhante à quimioterapia, mas utiliza radiações


para destruir ou reduzir a velocidade de crescimento de todas as células da boca,
podendo ser aplicada sozinha ou associada a quimioterapia ou terapia alvo

A terapia alvo usa medicamentos para ajudar o sistema imune a identificar e atacar
especificamente as células cancerígenas, provocando poucos efeitos nas células normais
do corpo.

A imunoterapia também é outro tipo de tratamento que pode ser indicado pelo
oncologista para o cancro de boca.

Esse tipo de tratamento é feito no hospital com remédios aplicados diretamente na veia,
como o pembrolizumab ou nivolumabe, que ajudam a aumentar a resposta do sistema
imune contra as células do câncer, o que pode levar à uma diminuição do tamanho do
cancro ou atrasar o seu crescimento.

Prevenção do cancro da boca

Para prevenir o cancro de boca é recomendado evitar todos os fatores de risco, e ter
bons hábitos de higiene oral. Para isso é necessário:

Escovar os dentes pelo menos 2 vezes por dia, com escova de dentes e creme dental
com flúor;

Comer alimentos saudáveis, como frutas, legumes e cereais, evitando comer carnes e
alimentos processados diariamente;

Usar camisinha em todas as relações sexuais, até mesmo no sexo oral, para evitar a
contaminação com o HPV;

Não fumar e não ficar muito exposto à fumaça do cigarro;

Evitar consumir bebidas alcoólicas de forma excessiva ou constante;


Usar batom ou bálsamo labial com fator de proteção solar, principalmente se trabalhar
exposto ao sol.

Além disso, é recomendado tratar precocemente qualquer alteração nos dentes, e seguir
todas as orientações do dentista, sendo importante ainda não usar prótese dentária ou
aparelho ortodôntico móvel de outra pessoa, porque eles podem causar áreas de maior
pressão, que comprometem a mucosa oral, facilitando a entrada de substâncias nocivas.
Bibliografia

 KALAVREZOS, N.; SCULLY, C. Mouth Cancer for Clinicians. Part 1: Cancer. Dent Update.
42. 3; 250-2, 255-6, 259-60, 2015

 NHS - NATIONAL HEALTH SYSTEM. Mouth cancer: overview. 2019. Disponível em:
<https://www.nhs.uk/conditions/mouth-cancer/>. Acesso em 19 Maio 2023
Introdução
Com o presente trabalho pretende-se debruçar de forma minuciosa acerca do cancro da
boca que é o sexto tumor mais conhecido na medicina dentaria, é mais comum nos
homens acima dos 45 anos.

O diagnóstico precoce facilita o tratamento do cancro. Há sinais de alerta que devemos


tem em conta para se diagnosticar o cancro da boca, não início ele é assintomático,
sendo que as lesões tendem a manifestar de forma dolorosa. Há várias formas de tratar o
cancro da boca como: a glossectomia, mandibulectomia, maxilectomia laringectomia,
quimioterapia, terapia alvo, radioterapia e imunoterapia. O trabalho também aborta a
forma de prevenção do cancro da boca. Para a leitura e avaliação do mesmo, encontra-se
estruturado da seguinte maneira:

 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão;
 Referências Bibliográficas;
Conclusão
Terminado o trabalho conclui-se que o cancro da boca ou cancro oral engloba todos os
tumores malignos que atingem a cavidade oral, desde os lábios à garganta,
nomeadamente, as amígdalas e a faringe. Isto é, faz parte do grupo de cancros da cabeça
e pescoço.

Este tipo de cancro é mais comum no pavimento da boca (mucosa abaixo da língua),
bordo lateral da língua e palato mole. A grande maioria são carcinomas que afetam o
epitélio da mucosa oral, correspondendo apenas 10% a tumores mais raros, como
linfomas, sarcomas, melanomas, etc.

Uma das problemáticas associadas a este cancro é o seu diagnóstico tardio que pode
estar diretamente relacionado com elevada mortalidade. Perceba os seus principais
fatores de risco, sintomas e tratamento desta doença.

Geralmente, o aparecimento do cancro da boca está relacionado com um estilo de vida


pouco saudável, caraterizado por uma dieta pobre em vegetais e pelo consumo de tabaco
e álcool.

Estima-se que cerca de oito em cada 10 indivíduos com cancro oral sejam ou tenham
sido fumadores. Os fumadores ou ex-fumadores correm, assim, um risco cinco a sete
vezes superior de virem a ter cancro oral, em comparação com quem nunca fumou.

A explicação pode estar no facto do tabaco provocar várias transformações na mucosa


oral, as quais têm um efeito carcinogénico nas células epiteliais.

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