Amélia FFP
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1. Introdução............................................................................................................................ 4
Esta pesquisa apresenta apresenta a seguinte estrutura: Capítulo I: Introdução, onde consta
objectivos e metodologia; Capítulo II: Revisão de literatura; Capítulo III: Considerações
finais e referências bibliográficas.
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1.1 Objectivos
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2. Reflexão sobre a prosódia: perspectivas e desafios.
Cristo (2000) afirma que os elementos prosódicos como a acentuação, o ritmo, a entonação e
as pausas fazem parte de recursos expressivos (ou modos de expressão) que os humanos
utilizam intencionalmente para veicular as informações linguísticas e paralinguísticas, como a
comunicação de informações gramaticais, emocionais, atitudinais e idiossincráticas.
Estes recursos constituem sistemas interativos como o sistema verbal, o sistema vocal e o
sistema postural-gestual. A acentuação consiste em colocar um valor em uma ou várias
sílabas no interior de uma palavra ou de um grupo de palavras quer por uma força expiratória
(acento de energia), quer por uma variação da altura (acento do tom). É possível encontrar três
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parâmetros prosódicos do acento: a F0 (F0), a duração ou a intensidade e, dependendo da
língua, um destes três parâmetros é predominante. O ritmo é definido por recorrência de
grupamentos constituídos sob a base de uma organização hierárquica do nível de
proeminência. O termo entonação é empregado como um sinônimo de prosódia. Na realidade
ele é um componente da prosódia, um conjunto de variações melódicas da altura da voz ou da
F0. Estas variações estendem-se em geral por todo o enunciado.
Tench (1990) afirma que a entonação é um aspecto prosódico que interage com diferentes
componentes do conhecimento linguístico e da situação de comunicação, exercendo um papel
importante no processo comunicativo. Ela exerce influência na efetividade da comunicação
entre pessoas, pois organiza uma informação para favorecer a interação conversacional,
auxilia na apresentação do que o falante quer falar, expressa a atitude do falante e estrutura a
mensagem sob o ponto de vista gramatical e textual.
Pode-se afirmar, portanto, que, sem a entonação, a compreensão e a expressão oral estariam
comprometidas resultando em dificuldades linguísticas e consequentemente emocionais e
sociais.
2.3.1 Duração
Crystal (1988) afirma que a duração refere-se ao tempo necessário à realização de um
acontecimento da fala, seja ele som, sílaba ou palavra. A duração distingue-se do tempo,
embora derive dele. Enquanto o tempo é definido através dos pontos no enunciado, tendo
sempre o ponto inicial de emissão como referência, a duração corresponderia ao intervalo de
tempo cujos limites são determinados pelo evento a ser estudado.
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descrever os desvios de uma determinada alteração de fala e compará-la a fala normal
devemos identificar também os parâmetros temporais. A velocidade de fala é comumente
medida em palavras por segundo, sílabas por segundo ou fones por segundo.
Cardoso (2003) afirma que à medida que a velocidade de fala aumenta, a duração dos
segmentos tende a diminuir, sendo alguns segmentos mais afetados que outros. Os segmentos
mais vulneráveis à velocidade de fala são as pausas, as vogais e as fricativas.
Além da duração do fonema, a duração de um som de uma sílaba depende de sua posição
dentro de uma unidade fonológica mais elevada, como uma palavra ou frase. A duração
silábica está intimamente ligada à extensão lexical e à posição que ocupa a sílaba acentuada
dentro da palavra, da frase ou da sentença.
Tipicamente os segmentos tendem a ser mais longos em sílabas finais que em sílabas mediais
e iniciais de palavra. Na fala encadeada, os segmentos das sílabas que precedem
imediatamente aos limites de frases e de sentenças são consideravelmente mais longos que os
segmentos de outras sílabas. Os segmentos que ocorrem nos limites da palavra tendem a ser
um pouco mais lentos que os segmentos dentro da palavra.
2.3.2 Intensidade
Outro parâmetro prosódico a ser considerado, além da F0 e da duração é a intensidade. Este
parâmetro é uma medida do nível de energia sonora diretamente relacionada à amplitude de
variações da pressão de ar e é habitualmente medida em decibéis, sendo seu correlato
perceptivo chamado de força.
Segundo Crystal (1969) a intensidade é uma qualidade da onda sonora relacionada tanto à
amplitude da onda sonora quanto à pressão efetiva e sua energia transportada, sendo
classificada dentro de uma escala que varia de forte a fraco. Quanto maior a amplitude, a
pressão efetiva e a energia transportada pela onda sonora, mais forte (mais intenso) será o
som, valendo o oposto para o som fraco (menos intenso).
A intensidade de fala do indivíduo irá variar de acordo com factores de relevância linguística,
como a forma de comunicação (fala, grito, choro, gemido, etc.); fatores paralinguísticos,
como o tom de voz; e fatores extralinguísticos, como a distância dos participantes e o lugar
físico e social onde a conversação está acontecendo.
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2.3.3 Ritmo
Ainda com o propósito de descrever as características acústicas da Estereotipia Não Lexical,
buscou-se determinar o ritmo. Abercombrie (1967) observa que o ritmo, tanto na fala quanto
em outras atividades humanas, surge de algum movimento recorrente, periódico e que produz
uma expectativa de regularidade, sucessão e continuidade.
Os movimentos presentes no ritmo da fala são aqueles produzidos através das sílabas e da
acentuação (stress) e que juntos fazem parte do mecanismo de saída e entrada de ar nos
pulmões. Cada uma das dimensões rítmicas como o tempo, a pulsação e a duração são
independentes, mas têm a função de estabelecer a regularidade e contraste que permitam
elaborar o material sonoro.
Abercombrie (1967, p.97) conceitua o ritmo silábico como sendo aquele em que “a
recorrência periódica de movimento é fornecida pelo processo de produção de sílabas: os
pulsos torácicos e, portanto, as sílabas recorrem a intervalos iguais de tempo – elas são
isócronas” Línguas como o Francês, o Espanhol, o Italiano e o Japonês podem ser citadas
como exemplo de ritmo silábico.
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3. Considerações finais
A prosódia é um termo geral utilizado para designar um conjunto de fenómenos conhecidos
sob os nomes de entonação, ritmo, tempo, quantidade, tom, acentuação e pausas, e que
qualifica por diversas razões os elementos suprassegmentais da linguagem.
Pode-se afirmar, portanto, que, sem a entonação, a compreensão e a expressão oral estariam
comprometidas resultando em dificuldades linguísticas e consequentemente emocionais e
sociais.
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Referências Bibliográficas
Abercombrie, D. (1967) Elements of General Phonetics. Edimburgo: Edimburgh University
Press.
Crystal, D. (1988) Dicionário de Lingüística e Fonética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
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