Hipertensao Gestacional
Hipertensao Gestacional
Hipertensao Gestacional
Hipertensão gestacional
A classificação da hipertensão durante a gravidez visa diferenciar a doença pregressa à concepção de formas específicas da gestação,
cujo tratamento apresenta particularidades. Existem 4 desordens hipertensivas relacionadas a gravidez [1]
Classificação Descrição
Pre-eclâmpsia/eclampsia Pré-eclâmpsia é a doença hipertensiva específica da gravidez que ocorre após 20 semanas de gestação e associada ao
aparecimento de proteinúria ou de lesão de órgão-alvo com ou sem proteinúria. Eclâmpsia é a fase convulsiva da doença,
muitas vezes precedida de eventos premonitórios, como cefaleia e/ou alterações visuais e/ou epigastralgia.
A síndrome HELLP é provavelmente um subtipo grave de pré-eclampsia caracterizado, sobretudo, por hemólise, elevação de
enzimas hepáticas e plaquetopenia. A maioria dos pacientes têm hipertensão (82 a 88%) e/ou proteinúria (86 a 100%) [2].
Hipertensão arterial crônica Hipertensão existente previamente à concepção ou detectada antes de 20 semanas de gestação.
Pré-eclampsia superimposta Definida por aparecimento de proteinúria, disfunção significativa de órgãos-alvo ou ambas após 20 semanas de gestação em
à hipertensão crônica mulher com hipertensão crônica. Ocorre em quase 1/3 das grávidas com hipertensão crônica [3].
Hipertensão gestacional Elevação dos níveis tensionais a partir de 20 semanas de gestação, na ausência de proteinúria associada. Cerca de ¼ progridem
para pré-eclampsia.
I- ASSISTENCIAL
1. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS [1] PAS ≥140 ou PAD ≥90 mmHg
Pré-eclâmpsia (a)
PAS ≥140 ou PAD ≥ 90 mmHg em duas ocasiões após 20 semanas
de gestação, em paciente previamente normotensa, associada a ≥20 semanas de gestação <20 semanas de gestação
pelo menos um dos seguintes critérios: Proteinúria ou lesão
• Proteinúria ≥0,3 g/24 h, relação proteína/creatinina ≥0,3 de órgão-alvo? (a)
(mg/mg) em amostra isolada de urina ou ≥2 + em fita reagente
• Plaquetas <100.000/L* SIM NÃO
• Monitorização em UTI/ Semi-intensiva por 24 a 48 h (casos de Insf. Renal ou edema agudo de pulmão alocar em UTI/Semi-
intensiva adulto geral)
• Anti-hipertensivos devem ser mantidos
• Em pacientes com quadro de pré-eclâmpsia e hipertensão crônica superajuntada à pré-eclâmpsia, a vigilância dos níveis
pressóricos deve ser mantida a partir de 72 horas : somente 24 h após normalização dos sinais vitais e exames laboratoriais.
• Em caso de alta hospitalar a paciente deve ser advertida sobre sinais de alarme e retorno médico imediato, se necessário. A
pressão arterial deve ser reavaliada em retorno ambulatorial por volta de 7 a 10 dias após o parto.
• Não suspender anti-hipertensivos após parto, desmame em 3 a 6 dias após o parto ou antes se PA baixa (abaixo 110x70 mmhg
ou hipotensão sintomática).
• Repetir exames alterados: Monitorização até a normalização dos mesmos: TGO/TGP/DHL, creatinina, ureia, hemograma
completo, coagulograma e urina I
• Evitar uso de anti-inflamatórios não esteroidais como analgésicos.
7. BIOMARCACODRES NA PRÉ-ECLAMPSIA
II – INDICADORES DE QUALIDADE
III. GLOSSÁRIO
• IMC: índice de massa corpórea • DHL: Desidrogenase Lática
• TGO: transaminase oxalacética • PIGF: placental endotelial growth factor
• TGP: transaminase pirúvica • BCF: batimento cardíaco fetal
V. HISTÓRICO DE REVISÃO
VI. Referências
[1] Obstet Gynecol. 2013, 122(5):1122; [2] Obstet Gynecol. 2004, 103(5 Pt 1):981; [3] BMJ. 2014, 348:g2301; [4] Hypertension. 2018,
71(6):e13; [5] BMJ. 2016, 353:i1753; ; [6] Hypertension 2018, 72(1):24; [7] Lancet. 2002, 359(9321):1877; [8] J Obstet Gynaecol Can.
2002, 24(12):941; [9] Cochrane Database Syst Rev. 2014, (2):CD002252; [10] N Engl J Med. 2015, 372(5):407; [11] Am J Obstet Gynecol.
2009, 201(2):180.e1; [12] Obstet Gynecol. 2016, 128(3):e43