Apostila - Doenças de Importância Epidemiológicas
Apostila - Doenças de Importância Epidemiológicas
Apostila - Doenças de Importância Epidemiológicas
EPIDEMIOLÓGICA
escoladasaude.com.br
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SUMÁRIO
03 INTRODUÇÃO
04 HANSENÍASE
06 SARAMPO
10 RUBÉOLA E SÍNDROME
DA RUBÉOLA CONGÊNITA
12 POLIOMIELITE
17 MENINGITE
23 DIFTERIA
27 COQUELUCHE
31 INFLUENZA (GRIPE)
37 REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
A Divisão de Vigilância das Doenças Transmissíveis é responsável por planejar, progra-
mar, coordenar e cumprir as ações de vigilância epidemiológica das doenças agudas
imunopreviníveis de notificação compulsória, além da Hanseníase e outras, sempre que
necessário. Tem ainda como atribuições monitorar e traçar o perfil epidemiológico dessas
doenças, elaborar, atualizar e adaptar normas e rotinas, bem como, procedimentos que
disciplinem as relações intra e inter-setoriais inerentes aos programas e ações no âmbito
da Vigilância Epidemiológica que compete a esta divisão.
Hanseníase;
Sarampo;
Rubéola e síndrome
da rubéola congênita;
Poliomielite;
Meningite;
Difteria;
Coqueluche;
Influenza (Gripe);
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HANSENÍASE
A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que
pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da
sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços,
pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes. Diagnosticar cedo é o
elemento mais importante para evitar transmissão, complicações e deficiências.
SINTOMAS
Os nervos periféricos vão sendo afetados lentamente, por isso é preciso atenção a si
mesmo para notar as alterações desde o início. Pode levar anos para os sintomas se
tornarem evidentes:
» Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar objetos, segurar chinelos nos
pés;
» Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, (especialmente
nas sobrancelhas), caroços pelo corpo;
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TRATAMENTO
São comprimidos, distribuídos gratuitamente nas unidades de saúde, que devem ser
tomados diariamente. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas
e irreversíveis! O tratamento cura a doença, interrompe sua transmissão e previne
incapacidades físicas. Quanto mais cedo for iniciado, melhor.
DIAGNÓSTICO
A baciloscopia é um exame auxiliar e pode ser positiva ou negativa, dependendo da
fase da doença, por isso seu resultado negativo não afasta o diagnóstico, que se baseia
principalmente em sintomas clínicos e epidemiologia.
TRANSMISSÃO
Através de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro de pessoas não tratadas
e em fases mais adiantadas da doença. Com o início do tratamento, a transmissão é
interrompida. A maioria das pessoas têm resistência à bactéria - a cada dez, apenas
uma adoece. Em geral, é preciso uma relação próxima e frequente para que a doença se
instale, por isso todas as pessoas que convivem com o doente devem ser examinadas. O
contato com a pele ou objetos não transmite a doença.
CURIOSIDADES
Em 2019 o Brasil registrou 27.864 novos casos de hanseníase. É o primeiro no mundo em
incidência (quantidade de doentes em relação ao número de pessoas) e segundo em
número de casos, depois da Índia.
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SARAMPO
Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. Sua
transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras
pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina.
CAUSA
A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar
ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para
90% das pessoas próximas que não estejam imunes.
A transmissão pode ocorrer entre 4 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas
vermelhas pelo corpo.
SINTOMAS
Os principais sintomas do sarampo são:
» Mal-estar intenso.
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TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados para
reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença. Não faça uso de nenhum
medicamento sem orientação médica e procure o serviço de saúde mais próximo, caso
apresente os sintomas descritos acima.
DIAGNÓSTICO
O método laboratorial mais comum para confirmar o sarampo é a detecção de anticorpos
IgM específicos para o vírus do sarampo em uma amostra de sangue (sensibilidade 83 a
89%; especificidade 95 a 99%).
» Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.
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Quais são as vacinas que protegem do sarampo?
OS TIPOS DE VACINAS
PREVENÇÃO
O sarampo é uma doença prevenível por vacinação. Os critérios de
indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da
Saúde e levam em conta: Características clínicas da doença, Idade, Ter
adoecido por sarampo durante a vida, Ocorrência de surtos e além de
outros aspectos epidemiológicos.
CONTRAINDICAÇÃO
Gestantes
O recomendado pelo Ministério da Saúde é que a mulher que faça planos de engravidar
tome todas as doses da vacina antes, podendo esta ser a tríplice ou a tetra viral, e
mantenha toda a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada, para
se proteger e proteger o bebê.
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COMPLICAÇÕES DO SARAMPO
O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida ou causar o
óbito. A vacina é a única maneira de evitar que isso aconteça. Algumas das complicações
podem ocorrer em determinadas fases da vida:
Crianças
Adultos
Pneumonia
Gestantes
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RUBÉOLA E
SÍNDROME
DA RUBÉOLA CONGÊNITA
A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus
do gênero Rubi vírus, da família Togaviridaarte. A doença também é conhecida como
“Sarampo Alemão”.
A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como
aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações
congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras).
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
Distribuição universal, com maior frequência no final do inverno e início da primavera.
Observa-se a ocorrência de epidemias cíclicas, a depender da existência de suscetíveis.
Nas populações não imunizadas, a rubéola pós-natal ocorre com frequência em crianças
de 5 a 9 anos, sendo uma doença benigna e com baixa letalidade, atingindo também
adolescentes e adultos.
SINTOMAS
Os sintomas principais sintomas da rubéola são:
» Febre baixa;
» Linfadenopatia retro auricular, occipital e cervical;
» Exantema maculopapular.
O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam
para se manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias, conforme cada
caso.
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TRATAMENTO
» Aconselhamento;
Não há tratamento específico disponível para a infecção, seja materna, seja congênita.
Mulheres expostas a rubéola em fase precoce da gestação devem ser informadas sobre
o risco potencial para o feto.
DIAGNÓSTICO
Para o diagnóstico da rubéola são feitos exames laboratoriais, disponíveis na rede
pública em todos os estados, para confirmação ou descarte de casos, como titulação de
anticorpos IgM e IgG para rubéola.
COMO É TRANSMITIDA
» A transmissão da rubéola acontece diretamente de pessoa a pessoa, por meio das
secreções nasofaringes expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar.
PREVENÇÃO
• A prevenção da rubéola é feita por meio da vacinação. A vacina está
disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade.
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POLIOMIELITE
Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que
pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros
inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de
cinco anos devem ser vacinadas.
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CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade
de Souza/PB. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na
realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina oral contra a pólio
(VOP). Essa vacina propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na
população em geral, com a disseminação do poliovírus vacinal no meio ambiente, em um
curto espaço de tempo.
O primeiro surto causado por um vírus derivado vacinal (PVDV) foi detectado na Ilha de
Hispaniola (que pertence ao Haiti e à República Dominicana), em 2000/2001. Esse surto
teve grande importância no processo de erradicação da Poliomielite, quando foram
registrados 21 casos (50% na faixa etária de 1 a 4 anos).
CAUSAS E SEQUELAS
A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária
constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, causador da poliomielite.
» Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o
calcanhar não encosta no chão;
» Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se
para um lado, causando escoliose;
» Osteoporose;
» Dificuldade de falar;
» Atrofia muscular;
» Hipersensibilidade ao toque.
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As sequelas da poliomielite são tratadas por meio de fisioterapia e da realização de
exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na
postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos das sequelas.
Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e
das articulações.
SINTOMAS
Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas clínicas, desde ausência
de sintomas até manifestações neurológicas mais graves. A poliomielite pode causar
paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e
não manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida.
» Febre;
» Mal-estar;
» Dor de cabeça;
» Vômitos;
» Diarreia;
» Espasmos;
» Rigidez na nuca;
» Meningite.
» Sensibilidade conservada;
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TRATAMENTO
Não existe tratamento específico da poliomielite, todas as vítimas de contágio devem ser
hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico do
paciente.
DIAGNÓSTICO
Pode ser realizado por:
» Exames inespecíficos.
PREVENÇÃO
A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Todas as crianças
menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de
vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
Na rotina, a vacina está disponível para crianças até 4 (quatro) anos 11 meses e
29 dias.
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CRITÉRIOS PARA COLETA DE AMOSTRAS DE CONTATOS
Coleta de comunicantes de caso com clínica compatível de poliomielite; quando houver
suspeita de reintrodução da circulação do poliovirus selvagem (devido a viagens ou
visitas relacionadas a áreas endêmicas). Contato de casos em que haja confirmação do
vírus vacinal derivado (mutante). Observar que os contatos não são necessariamente
extradomiciliares, embora quando presentes devem ser priorizados para coleta de
amostras de fezes, e que os mesmos não devem ter recebido a vacina oral contra pólio
(VOP) nos últimos 30 dias. Toda e qualquer coleta de comunicantes deverá ser discutida
previamente com o nível nacional.
Embora ocorra com maior frequência em crianças, a poliomielite também pode ocorrer
em adultos que não foram imunizados. Por isso é fundamental ficar atento às medidas
preventivas, como:
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MENINGITE
CAUSAS
Existem muitos tipos de bactérias que podem causar meningite.
As principais causas no Brasil são:
» Haemophilus influenzae;
» Mycobacterium tuberculosis;
» Listeria monocytogenes;
» Escherichia coli;
» Treponema pallidum;
» Entre outras.
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As causas mais comuns de meningite bacteriana variam de acordo com o grupo etário:
Adolescentes e
Recém-nascidos Bebês e crianças Idosos
adultos jovens
RESERVATÓRIO
O bacilo é encontrado no trato intestinal dos animais, especialmente do homem e do
cavalo. Os esporos encontram-se no solo contaminado por fezes, na pele, poeira, entre
outros.
SINTOMAS
Febre alta e persistente, dor de cabeça por vezes insuportável, dor na nuca podendo
ocasionar rigidez no pescoço, vômitos, perda do apetite, sonolência, confusão mental,
agitação, grande sensibilidade à luz. Pode apresentar ainda manchas no corpo, diarreia,
crises convulsivas, coma. As crianças normalmente permanecem quietas, pouco ativas.
No caso das meningites bacterianas a evolução é muito rápida, podendo agravar em
horas. O paciente necessita receber o antibiótico o mais rápido possível.
As meningites causadas por vírus são as mais frequentes. Em geral é de menor gravidade,
embora alguns vírus apresentem casos graves, por vezes fatais. Normalmente evolui em 5
a 10 dias para a cura. Raramente deixam sequelas.
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TRATAMENTO
Manter o paciente sob vigilância em unidade de terapia intensiva ou enfermaria apropriada
que devem dispor de isolamento acústico e redução da luminosidade e da temperatura
ambiente; sedar antes de qualquer procedimento (uso de sedativos e miorrelaxantes
de ação central ou periférica); medidas gerais que incluem manutenção de vias aéreas
permeáveis (entubar para facilitar a aspiração de secreções), hidratação, redução de
qualquer tipo de estímulo externo, alimentação por sonda. Limpeza do coto umbilical
com água oxigenada a 10% ou permanganato de potássio a 1/5.000 (1 comprimido
diluído em meio litro de água), analgésicos; uso de antihistamínico prévio à administração
do soro antitetânico (SAT) 10.000 a 20.000UI, IV, diluídos em soro glicosado a 5%, em
gotejamento por 2 a 4 horas, após teste intradérmico para verificar hipersensibilidade ou,
imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT), 500 a 1.000UI, dose única, somente via IM,
(devido à existência de conservante). Antibioticoterapia é de uso controverso; no caso de
infecção do coto umbilical, a escolha é penicilina G cristalina, 200.000UI/kg/dia, IV, 6/6
horas, por 10 dias.
Meningite Bacteriana
Geralmente, as bactérias que causam meningite bacteriana se espalham
de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e
secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias podem se espalhar
por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da
Escherichia coli.
Meningite Viral
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Meningite causada por Fungos
DIAGNÓSTICO
É de suma importância proceder ao diagnóstico e tratamento precoce. O paciente deve
procurar o serviço de saúde, logo que apresentar os sintomas, pois no caso das meningites
bacterianas, a introdução precoce do antibiótico reduz o risco de morte em 15%. Para o
diagnóstico é necessário realizar a coleta de líquido cefalorraquidiano e de sangue de
forma a identificar a bactéria, vírus, fungo, ou seja, o agente causador da doença.
MODO DE TRANSMISSÃO
A doença se transmite de uma pessoa para outra
pela tosse, espirro e pelas mãos sujas, no caso de
alguns vírus, isto é, vias fecal-oral e respiratória.
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PREVENÇÃO
A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes
infecciosos. Para alguns destes, existem medidas de prevenção primária, tais
como vacinas e quimioprofilaxia. As vacinas estão disponíveis para prevenção
das principais causas de meningite bacteriana.
- Crianças aos 2 (dois) meses e 4 (quatro) meses uma dose de reforço aos 12
meses de idade.
» Não secar as mãos em toalhas úmidas. Em local coletivo utilizar de preferência toalhas
descartáveis.
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» Lavar e desinfetar as frutas e verduras.
Sinonímia:
Mal de 7 dias, tétano umbilical.
Período de Incubação:
Aproximadamente 7 dias, podendo ser de 2 a 28 dias de vida.
Período de Transmissibilidade:
Não é doença contagiosa. Portanto, não é transmitida de pessoa a pessoa.
Complicações:
Disfunção respiratória, infecções secundárias, disautonomia, taquicardia, crise
de hipertensão arterial, parada cardíaca, miocardite tóxica, embolia pulmonar,
hemorragias, fraturas de vértebras, dentre outras.
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DIFTERIA
A difteria é uma doença transmissível e causada
por bactéria que atinge amígdalas, faringe,
laringe, nariz e (ocasionalmente) outras partes
do corpo, como pele e mucosas.
A difteria ocorre durante todos os períodos do ano e pode afetar todas as pessoas que
não são vacinadas, de qualquer idade, raça ou sexo. Acontece com mais frequência
nos meses frios e secos (outono e inverno), quando é mais comum a ocorrência de
infecções respiratórias, principalmente devido à aglomeração em ambientes fechados,
que facilitam a transmissão da bactéria.
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SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
O Brasil, desde a década de 1990, apresentou importante redução na incidência dos casos,
mediante a ampliação das coberturas vacinais. Naquela década, a incidência chegou a
0,45/100 mil hab., diminuindo à medida que as coberturas se elevaram.
Entre 2008 a 2019, ocorreram 10 óbitos pela doença, 3 dos quais no ano de 2010. Em 2017
ocorreu um óbito referente a um caso importado da Venezuela. A letalidade esperada
varia entre 5 e 10%, atingindo 20% em certas situações. A cobertura vacinal com a DTP
vem-se elevando neste período, passando de 66%, em 1990, para mais de 95%, em 2015.
Nos anos de 2017, 2018 e 2019 a cobertura de Penta valente (difteria, tétano, pertussis,
hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b) foi de 83,81%, 88,51% e 70% respectivamente.
CAUSA
A difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que se hospeda na
própria pessoa doente ou no portador, ou seja, aquele que tem a bactéria no organismo
e não apresenta sintomas. A via respiratória e a pele são os locais preferidos da bactéria.
SINTOMAS
Os principais sintomas da difteria, que surgem geralmente após seis dias da infecção, são:
» Palidez.
» Mal-estar geral.
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TRATAMENTO
O tratamento da difteria é feito com o soro antidiftérico (SAD), que deve ser ministrado
em unidade hospitalar. A finalidade do tratamento é inativar a toxina da bactéria o mais
rapidamente possível.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da difteria é clínico, após análise detalhada dos sintomas e características
típicas da doença por um profissional de saúde.
TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre basicamente por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele,
ou seja, a bactéria da difteria é transmitida pelo contato direto da pessoa doente ou
portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou
ao falar.
PREVENÇÃO
A principal forma de prevenção é por meio da vacina Penta.
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QUAIS COMPLICAÇÕES PODE CAUSAR?
A difteria, se não for tratada rápida e corretamente, pode provocar algumas
complicações, como:
INSUFICIÊNCIA PROBLEMAS
RESPIRATÓRIA CARDÍACOS
PROBLEMAS INSUFICIÊNCIA
NEUROLÓGICOS DOS RINS
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COQUELUCHE
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria. Está
presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode
atingir, também, tranqueia e brônquios.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
Doença de distribuição universal. A incidência independe da raça, clima e situação
geográfica. Em populações aglomeradas, ocorre com maior frequência no final do
inverno e início da primavera. A letalidade é mais acentuada entre os lactentes (concentra
mais de 50% dos óbitos).
SINTOMAS
Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro nível, o
mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado.
» Mal-estar geral;
» Corrimento nasal;
» Tosse seca;
» Febre baixa.
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TRATAMENTO
O tratamento da coqueluche é feito basicamente com antibióticos, que devem ser
prescritos por um médico especialista, conforme cada caso. É importante procurar
uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim que
surgirem os primeiros sinais e sintomas.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é
difícil, uma vez que os sintomas podem parecer como
resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias.
FATORES DE RISCO
Os principais fatores de risco para coqueluche têm relação direta com a falta de
vacinação.
» Nas crianças a imunidade à doença é adquirida quando elas tomam as três doses
da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de
idade.
» Pode ser que o adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, fique suscetível
novamente à doença porque a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo.
TRANSMISSÃO
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente
com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou
até mesmo ao falar.
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Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados
com secreções de pessoas doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente
causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível.
Infecções de ouvido;
» Pneumonia;
» Parada respiratória;
» Desidratação;
» Convulsão;
» Lesão cerebral;
» Morte
PREVENÇÃO
O indivíduo torna-se imune em duas situações:
Gestantes devem fazer uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir
da 20ª semana a cada gestação. A imunidade não é permanente,
após 5 a 10 anos, em média, da última dose da vacina, a proteção
pode ser pouca ou inexistente.
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CONFIRA O ESQUEMA DE PROTEÇÃO
NO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO
A coqueluche é uma doença endêmica, com epidemias surgindo ciclicamente a intervalos
de três a cinco anos. A suscetibilidade à doença é geral.
Gestantes devem fazer uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª
semana a cada gestação. A imunidade não é permanente, após 5 a 10 anos, em média,
da última dose da vacina, a proteção pode ser pouca ou inexistente.
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INFLUENZA (GRIPE)
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza,
com grande potencial de transmissão.
O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza
A responsável pelas grandes pandemias.
TIPO A
TIPO B
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TIPO C
TIPO D
CAUSA
Em geral, a transmissão ocorre dentro da mesma espécie, exceto entre os suínos, cujas
células possuem receptores para os vírus humanos e aviários.
A transmissão direta de pessoa a pessoa é mais comum, e ocorre por meio de gotículas
expelidas pelo indivíduo infectado com o vírus, ao falar, espirrar ou tossir. Também há
evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções
de outros doentes. Nesse caso, as mãos são o principal veículo, ao propiciarem a
introdução de partículas virais diretamente nas mucosas oral, nasal e ocular. A eficiência
da transmissão por essas vias depende da carga viral, contaminantes por fatores
ambientais, como umidade e temperatura, e do tempo transcorrido entre a contaminação
e o contato com a superfície contaminada.
Período de Transmissibilidade:
Adulto: Podem transmitir o vírus entre 24 e 48 horas antes do início de sintomas, porém
em quantidades mais baixas do que durante o período sintomático. Nesse período, o pico
da excreção viral ocorre, principalmente entre as primeiras 24 até 72 horas do início da
doença.
Crianças: quando comparadas aos adultos, também excretam vírus mais precocemente,
com maior carga viral e por períodos mais longos.
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QUAL A DIFERENÇA ENTRE GRIPE E RESFRIADO?
Existem sintomas diferentes para gripe e resfriado, confira a diferença:
Criança - A temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de
aumento dos linfonodos cervicais e podem fazer parte os quadros de bronquite ou
bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.
Idoso - quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas em
geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.
• Calafrios;
• Mal-estar;
• Cefaleia;
• Mialgia;
• Prostração;
• Diarreia;
• Vômito;
• Fadiga;
• Rouquidão;
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TRATAMENTO
De acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza 2017, do Ministério da Saúde, o
uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir está indicado para todos os casos de Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG) com condições ou
fatores de risco para complicações.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico definitivo de gripe baseia-se no isolamento do vírus e na identificação
do genoma viral. Contudo, estes exames são apenas usados em situações especiais
como em casos que levaram a hospitalização, e em grávidas e crianças com sintomas
severos. Nos restantes casos, o diagnóstico é feito com base nos sintomas do paciente.
Daí falar-se, quando detectado, de síndrome gripal em vez de gripe.
PREVENÇÃO
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas
complicações. A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais
eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe.
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O imunizante é apresentado sob suspensão injetável (líquida) em seringa
preenchida, em frascos unidose ou multidose. Ele é oferecido habitualmente e
nas campanhas de vacinação de inverno pelo setor de imunização do centro
de saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz),
que administra as vacinas descritas no calendário vacinal estabelecido pelo
Ministério da Saúde.
• Trabalhadores da Saúde;
• Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de
consumir algum alimento;
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
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• Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
FATORES DE RISCO
• Grávidas em qualquer idade gestacional;
• Puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou
perda fetal);
• Adultos ≥ 60 anos;
• Nefropatias;
• Hepatopatias;
SAIBA https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_
MAIS restritos/files/documento/2020-04/cartilha_doencas.pdf
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REFERÊNCIAS
01 MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). ESTRATÉGIA NACIONAL PARA ENFRENTAMENTO DA
HANSENÍASE. 1a edição – 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/estrategia_nacional_enfrentamento_hanseniase_2019.pdf. Acesso em:
18 mar. 2024.
02 MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil) et al. Gripe (influenza). In: Gripe (influeza). BRASIL.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/gripe-
influenza. Acesso em: 21 mar. 2024.
04 MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil) et al. RUBÉOLA. In: RUBÉOLA. 21 mar. 2024. Disponível
em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/r/rubeola. Acesso em:
21 mar. 2024.
05 REVISTA GALILEU (Brasil). Por que a poliomielite voltou a causar preocupação. In: Por
que a poliomielite voltou a causar preocupação. [S. l.], 6 maio 2014. Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/blogs/segunda-opiniao/noticia/2014/05/por-que-
poliomielite-volta-causar-preocupacao.html. Acesso em: 18 mar. 2024.
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escoladasaude.com.br
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