Resumo 3

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m

co
s.

eo

P R O F . M O N A L I S A C A R V A L H O
o
ub
ro
id
é
o

a
dv
pi

I N F E R T I L I DA D E

CONJUGAL
me
GINECOLOGIA Prof. Monalisa Carvalho | Infertilidade Conjugal 2

INTRODUÇÃO:

PROF. MONALISA
CARVALHO

m
INFERTILIDADE CONJUGAL

co
Estrategista, conceituamos infertilidade como a
impossibilidade em estabelecer uma gravidez clínica. O tema
corresponde a quase 4% de todas as questões, o que o coloca
muito próximo do “Top 10” da Ginecologia. O que as bancas
s.
mais costumam cobrar sobre ele?
1. Definir se o casal é infértil ou não;
2. Propedêutica do casal infértil;
3. Definir o tratamento baseado no fator responsável pela

eo

infertilidade;
o
ub

4. Normas éticas para Reprodução Assistida (RA) no Brasil.


ro
id
é
o

Estratégia MED @dra.monalisacarvalho


a
dv
pi

@estrategiamed t.me/estrategiamed

@estrategiamed /estrategiamed
me

Estratégia
MED
GINECOLOGIA Infertilidade Conjugal Estratégia
MED

SUMÁRIO

1.0 CONCEITOS INICIAIS 4


2.0 ETIOLOGIAS 5
2.1 FATOR FEMININO 5
2.1.1 FATOR OVULATÓRIO 6
2.1.2 FATOR TUBOPERITONEAL 7
2.1.3 FATOR UTERINO 7
2.1.4 FATOR CERVICAL 8
2.1.5 FATOR MASCULINO 8

m
3.0 PROPEDÊUTICA DO CASAL INFÉRTIL 10

co
3.1 EXAMES COMPLEMENTARES 10
3.1.1 PROPEDÊUTICA FEMININA 11
3.1.1.1 RESERVA OVARIANA (RO) 11
3.1.1.2 AVALIAÇÃO DA OVULAÇÃO 12
s.
3.1.1.3 FATOR UTERINO 13
3.1.1.4 FATOR TUBOPERITONEAL 14
3.1.1.5 FATOR CERVICAL 14
3.1.1.6 OUTROS EXAMES 14

eo

3.1.2 PROPEDÊUTICA MASCULINA 15


o

4.0 TRATAMENTO 17
ub

4.1 MEDIDAS GERAIS 17


ro

4.2 OPÇÕES TERAPÊUTICAS 17


id
é

4.2.1 INDUÇÃO DE OVULAÇÃO 17


o

4.2.2 CIRURGIA TUBÁRIA 17


4.2.3 TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 18


a

5.0 TRATAMENTO PARA INFERTILIDADE FEMININA 19


dv
pi

5.1 FATOR OVULATÓRIO 19


5.2 FATOR TUBOPERITONEAL 19


5.3 FATOR UTERINO 20
me

5.4 FATOR CERVICAL 20


6.0 TRATAMENTO DA INFERTILIDADE MASCULINA 20
7.0 NORMAS ÉTICAS PARA UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO
ASSISTIDA (RA) 22
8.0 LISTA DE QUESTÕES 24
9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
10.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 25

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CAPÍTULO

1.0 CONCEITOS INICIAIS


A tabela abaixo traz os principais conceitos que serão utilizados neste resumo. É importante que você saiba diferenciá-los, pois muitas
vezes são cobrados em provas.

CONCEITOS EM FERTILIDADE/INFERTILIDADE

TERMO DEFINIÇÃO

FERTILIDADE Capacidade de estabelecer uma gravidez clínica

m
FECUNDIDADE Capacidade de ter um filho vivo

co
Probabilidade de gravidez com nascido vivo em um ciclo menstrual sem contracepção
FECUNDABILIDADE
Em torno de 20-25%

Incapacidade em estabelecer uma gravidez clínica após 12 meses de relações sexuais regulares e
s.
desprotegidas
INFERTILIDADE
As intervenções de fertilidade podem ser iniciadas antes desse período (veremos detalhes
adiante)

eo

SUBFERTILIDADE Esse termo não deve mais ser utilizado. Atualmente, corresponde à infertilidade
o
ub
ro

ESTERILIDADE Estado permanente de infertilidade


id
é

Casal que preenche os critérios de infertilidade e nunca teve diagnóstico de gestação clínica
INFERTILIDADE PRIMÁRIA
o

anterior
a

Casal que preenche os critérios de infertilidade, mas que já teve diagnóstico de gestação clínica
dv
pi

anterior

INFERTILIDADE
Obs.: como se trata de uma patologia do casal, o diagnóstico de gestação anterior vale tanto
SECUNDÁRIA
para o homem quanto para a mulher
Exemplo: casal que preenche os critérios de infertilidade, mas o homem já tem filhos
me

TEMPO PARA GRAVIDEZ Tempo para o estabelecimento de uma gravidez, em meses ou em ciclos menstruais

INFERTILIDADE INEXPLICADA
OU INFERTILIDADE SEM CAUSA Infertilidade em casais com frequência coital adequada e toda investigação normal
APARENTE (ISCA)

Termo usado para indicar o número e/ou a qualidade de oócitos, refletindo a habilidade em
RESERVA OVARIANA
reproduzir

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CAPÍTULO

2.0 ETIOLOGIAS
A infertilidade pode estar relacionada à mulher (fator feminino), ao homem (fator masculino), ao casal, ou, em alguns casos, não ter
causa (ISCA). De forma geral, atribui-se 35% das causas a fatores femininos, 35% a fatores masculinos, 20% ao casal e 10% à infertilidade sem
causa aparente (ISCA). Dentro do fator feminino, ainda podemos subdividir as causas em fator ovulatório, fator tuboperitoneal, fator uterino
e fator cervical. O gráfico abaixo resume todas as porcentagens (é importante que você as guarde, pois elas já foram cobradas em provas!):
A seguir, veremos sumariamente cada um dos fatores:

m
CAUSAS DE CAUSAS DE

co
INFERTILIDADE CONJUGAL INFERTILIDADE FEMININA

10% 3% 10%
s.
7%
35%
20% 40%

Fator ovulatório
Fator feminino

eo

Fator tuboperitoneal
Fator masculino
Fator uterino
o

35% 40%
Casal
ub

Fator cervical
ISCA
ISCA
ro
id
é
o

a
dv

2.1 FATOR FEMININO


pi

A tabela abaixo mostra as principais patologias relacionadas à infertilidade feminina. Como muitas dessas patologias têm livro digital
específico, o objetivo deste resumo, ao abordá-las, é que você saiba como diagnosticar a patologia e o mecanismo pelo qual ela acarreta
me

infertilidade.

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INFERTILIDADE FEMININA

FATOR ETIOLOGIAS

Relacionada à idade
Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
OVULATÓRIO
Hipotalâmica/hipofisária/hiperprolactinemia
Falência ovariana prematura

Doença inflamatória pélvica/hidrossalpinge


Tuberculose pélvica
TUBOPERITONEAL Apendicite

m
Cirurgia pélvica
Endometriose

UTERINO
ANATÔMICAS
Malformações uterinas
Miomas
co RECEPTIVIDADE ENDOMETRIAL
Adenomiose
Endometriose
s.
Pólipos Hidrossalpinge
Sinéquias (síndrome de Asherman) Endometrite crônica

Causas anatômicas (septos e procedimentos cirúrgicos)


eo

CERVICAL
o

Causas funcionais (alteração da produção de muco cervical)


ub
ro

Em cada tópico, falaremos apenas das principais etiologias:


id
é
o

2.1.1 FATOR OVULATÓRIO


A oligo/anovulação causa infertilidade, uma vez que o oócito não está disponível todos os meses para a fertilização. Aqui, existirão
a
dv
pi

diversas causas e, para entender o motivo da anovulação, você deve saber conceitos relacionados ao ciclo menstrual, os quais já discutimos

no livro digital específico.


1. Idade - é uma importante causa de infertilidade feminina, pois, quanto maior a idade, menor a quantidade e
a qualidade dos oócitos, ou seja, menor a reserva ovariana. Além disso, mesmo que a paciente esteja ovulando
me

normalmente, como os folículos estão “envelhecidos” (lembre-se de que a mulher não produz mais folículos ao
longo da vida), há o aumento das taxas de aneuploidia, o que reduz a fecundabilidade e aumenta os índices de
abortamento espontâneo.
2. Síndrome dos ovários policísticos (SOP) - o desarranjo do desenvolvimento folicular causa oligo/anovulação;
3. Disfunções hipotalâmicas e hipofisárias e falência ovariana prematura - são causas de hipogonadismo e, portanto,
levam à anovulação.

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2.1.2 FATOR TUBOPERITONEAL


É responsável por 40% dos casos de infertilidade feminina. Aqui, estão as patologias que comprometem a função e a permeabilidade
tubária.
1. Doença inflamatória pélvica (DIP) - é a principal causa de infertilidade por comprometimento tuboperitoneal. A DIP provoca infertilidade,
já que é capaz de aglutinar as fímbrias, provocar hidrossalpinge, obstrução tubária, nodulações na musculatura da porção ístmica da tuba
uterina e aderências que comprometem a relação tubo-ovariana.

2. Endometriose - caro aluno, a endometriose não leva à infertilidade apenas pelo fator tuboperitoneal, mas por vários
mecanismos que estão envolvidos:
A) Formação de aderências, o que ocasiona distorções anatômicas;
B) Redução de reserva ovariana devido à presença de endometriomas;

m
C) Produção de citocinas inflamatórias que têm efeitos adversos sobre os gametas;
D) Mutações genéticas que alteram a receptividade do endométrio ao embrião.

2.1.3 FATOR UTERINO

co
As anormalidades uterinas estão relacionadas tanto à infertilidade, por dificultar a implantação, quanto a abortamentos de repetição
s.
e ao mau desfecho obstétrico (ex.: ruptura prematura de membranas e parto prematuro).

eo

DICA PARA A PROVA


o

Na propedêutica do casal infértil, qualquer anormalidade no interior da cavidade uterina deve ser corrigida!
ub
ro
id

1. Miomas uterinos - os mecanismos que causam infertilidade são muitos: deslocamento do colo do útero (dificulta a espermomigração),
é

deformidade da cavidade e aumento da contratilidade uterina (alteram a espermomigração e a implantação) e obstrução da porção proximal
o

das tubas uterinas.


a
dv
pi

DICA PARA A PROVA


Os miomas que necessitam de tratamento na propedêutica do casal infértil são aqueles que provocam
abaulamento na cavidade uterina!
me

E QUEM SÃO?
→ Todos os miomas submucosos;
→ Os miomas intramurais maiores que 5 cm.

2. Hidrossalpinge (dilatação das tubas uterinas com acúmulo de líquido) - prejudica tanto a gravidez espontânea quanto a fertilização
in vitro (FIV) devido ao efeito tuboperitoneal, o qual dificulta a migração espermática. Além disso, o líquido da hidrossalpinge prejudica a
implantação do embrião (Figura 1).

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m
co
s.
Figura 1: hidrossalpinge.

GUARDE ESTA INFORMAÇÃO PARA A PROVA


eo

Caso a paciente tenha hidrossalpinge e vá submeter-se à FIV, para melhorar as taxas de sucesso, a hidrossalpinge precisa ser
o
ub

removida através de salpingectomia!


ro
id
é
o

2.1.4 FATOR CERVICAL


a

Entram aqui as patologias que podem reduzir a produção de muco cervical (ex.: malformações congênitas, procedimentos cirúrgicos)
dv
pi

e má interação entre o muco cervical e o espermatozoide.



me

2.1.5 FATOR MASCULINO

Responsável por 35% dos casos de infertilidade conjugal. O grande foco das provas em relação ao fator masculino é a avaliação do
espermograma (veremos com detalhes adiante), e não as etiologias. Por isso, traremos apenas a tabela abaixo com as etiologias:

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INFERTILIDADE MASCULINA

CATEGORIAS CAUSAS

CONGÊNITAS: síndrome de Kallmann, Síndrome de Prader-Willi, síndrome de


DOENÇAS ENDÓCRINAS E Laurence-Moon-Biedl, ataxia cerebelar familiar
SISTÊMICAS QUE CURSAM ADQUIRIDAS: tumores hipotalâmicos e hipofisários, doenças infiltrativas, trauma,
COM HIPOGONADISMO radiação, cirurgia, hiperprolactinemia, excesso de cortisol/androgênios/estrogênios,
HIPOGONADOTRÓFICO opioides e psicotrópicos
DOENÇAS SISTÊMICAS: deficiências nutricionais, obesidade mórbida

m
co
CONGÊNITOS: síndrome de Klinefelter e suas variantes, criptorquidia, síndrome de
Morris, deficiência de 5-alfa-redutase
ADQUIRIDOS: varicocele, orquites (arbovírus, tuberculose, gonorreia, clamídia,
brucelose, etc.), drogas (agentes alquilantes, maconha, cocaína, antiandrogênicos,
s.
DEFEITOS NA
ESPERMATOGÊNESE cetoconazol, espironolactona, etc.), radiação ionizante, toxinas ambientais, trauma,
torção testicular
DOENÇAS SISTÊMICAS: insuficiência renal crônica, cirrose hepática, câncer,

amiloidose, doença celíaca, disespermatogênese idiopática


eo
o
ub

Disfunção epididimal (drogas, infecção)


ro

Defeitos nos ductos deferentes (ausência congênita, infecção, vasectomia)


id

DEFEITOS DE TRANSPORTE
é

Desordens ejaculatórias
DO ESPERMATOZOIDE
o

Disfunções sexuais (intercurso vaginal infrequente, disfunção erétil, ejaculação


precoce)
a
dv
pi

INFERTILIDADE IDIOPÁTICA -
me

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CAPÍTULO

3.0 PROPEDÊUTICA DO CASAL INFÉRTIL


Estrategista, este é o principal tópico deste resumo! Saber se o casal deve ser investigado e quais exames solicitar são a chave para
responder a maioria das questões sobre infertilidade conjugal. A tabela abaixo traz os critérios para investigação do casal infértil:

CRITÉRIOS PARA INVESTIGAÇÃO DO CASAL INFÉRTIL

QUANDO REFERENCIAR CARACTERÍSTICAS DOS CASAIS

m
APÓS 12 MESES DE ATIVIDADE SEXUAL FREQUENTE
Mulheres < 35 anos sem fatores de risco para infertilidade
E DESPROTEGIDA

APÓS 6 MESES DE ATIVIDADE SEXUAL FREQUENTE E


DESPROTEGIDA
co Mulheres entre 35 a 40 anos
s.
Mulheres > 40 anos
Mulheres com oligo/amenorreia
Mulheres com fatores de risco para insuficiência ovariana

eo

(histórico de quimioterapia, radioterapia, cirurgia ovariana


o

extensa anterior, doença autoimune) ou endometriose


ub

avançada
ro

IMEDIATAMENTE Mulheres com histórico de quimioterapia, radioterapia ou


id

endometriose em estágio avançado


é

Mulheres com doença uterina/tubária conhecida ou


o

suspeita
Homens com histórico de cirurgia na virilha ou testicular,
a
dv

caxumba adulta, impotência ou outra disfunção sexual,


pi

quimioterapia e/ou radioterapia



me

3.1 EXAMES COMPLEMENTARES

Apesar de haver divergências entre a literatura, proporemos uma rotina básica de investigação para o
casal. Fique atento aos exames básicos e os que são considerados padrão-ouro, pois esses são detalhes muito
cobrados!
Lembre-se de que a infertilidade é do casal, logo, homem e mulher sempre necessitam de investigação!

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3.1.1 PROPEDÊUTICA FEMININA

3.1.1.1 RESERVA OVARIANA (RO)


Existem diversos testes disponíveis no mercado, mas nenhum deles é considerado ideal e, até hoje, o melhor preditor de reserva
ovariana é a idade da paciente!
A tabela abaixo resume as indicações para esses testes:

INDICAÇÕES DOS TESTES DE RESERVA OVARIANA

> 35 anos

m
História familiar de menopausa precoce

co
Presença de ovário único

Cirurgia ovariana prévia


s.
Quimioterapia e radioterapia prévia

ISCA
eo
o
ub

Baixa resposta à estimulação com gonadotrofinas exógenas


ro
id
é

Pacientes que vão se submeter a técnicas de reprodução assistida


o

a
dv

Geralmente, nas provas, como todas as pacientes terão algum desses fatores, você sempre terá que escolher um teste para
pi

avaliar RO.
me

A tabela a seguir traz os principais testes e alguns detalhes sobre eles:

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AVALIAÇÃO DE RESERVA OVARIANA

TESTE DESCRIÇÃO

- Dosar na fase folicular precoce (3° - 5° dia do ciclo);


FSH - Marcador utilizado há mais tempo e o mais barato;
>15 mUI/mL = reserva ovariana diminuída.

- Glicoproteína dimérica produzida pelas células da granulosa de


folículos de até 8 mm;
HAM/AMH (hormônio
- Marcador mais confiável de estimativa de reserva ovariana;
antimülleriano)

m
- Não sofre variações entre fases do ciclo menstrual;
< 1,0 ng/mL = reserva ovariana diminuída.

co
- Consiste na soma de todos os folículos visualizados em ambos os
ovários ao exame de ultrassonografia transvaginal realizado entre
·Contagem de folículos antrais (CFA) o segundo e o quinto dia do ciclo menstrual (fase folicular inicial);
- Folículo antral: entre 2 - 10 mm;
s.
< 5 folículos = reserva ovariana diminuída.

- Consiste na soma de todos os folículos visualizados em ambos os


ovários ao exame de ultrassonografia transvaginal realizado entre

eo

Teste de Clomifeno o segundo e o quinto dia do ciclo menstrual (fase folicular inicial);
o

- Folículo antral: entre 2 - 10 mm;


ub

< 5 folículos = reserva ovariana diminuída.


ro
id
é

- Primeiro sinal de queda de reserva ovariana;


o

- Em desuso devido à menor acurácia em relação aos demais


Inibina B
marcadores, além de muitos resultados falso-positivos;
a

< 45 pg/mL = reserva ovariana diminuída.


dv
pi

me

3.1.1.2 AVALIAÇÃO DA OVULAÇÃO

As pacientes que referem à presença de ciclos menstruais regulares, fluxo normal e sintomas pré-menstruais (sensibilidade mamária,
cólica, inchaço) não necessitam de avaliação da ovulação, pois essas características sugerem que são ovulatórias. Nas mulheres que não
descrevem os ciclos dessa forma, os testes devem ser realizados.
A tabela abaixo mostra os principais testes para avaliação da ovulação e suas características:

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AVALIAÇÃO DA OVULAÇÃO

TESTE DESCRIÇÃO

- Teste mais utilizado;


- Dosagem no 21º - 23° dia do ciclo;
DOSAGEM SÉRICA DE PROGESTERONA
- Progesterona sérica (21° dia do ciclo) ≥ 3 ng/mL = ovulação
recente.

- Baseado na hipertermia do Sistema Nervoso Central (SNC)


causada pela progesterona;

m
CURVA DE TEMPERATURA BASAL
- Curva de padrão bifásico diagnostica ovulação, mas a ausência
desse padrão não diagnostica um ciclo anovulatório.

BIÓPSIA DE ENDOMÉTRIO
co
- Realizar biópsia de endométrio entre 21º - 23° dia do ciclo;
- Endométrio secretor nessa fase indica que a paciente ovulou;
- Não é mais indicado para avaliação de ovulação.
s.
- Padrão-ouro para o diagnóstico de ovulação;
ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL SERIADA
- Método indireto, operador dependente e de maior custo.

eo
o
ub
ro

3.1.1.3 FATOR UTERINO


id
é

Apesar de corresponder a uma menor porcentagem das


o

causas de infertilidade, as patologias uterinas também devem ser


excluídas. O primeiro exame a ser solicitado é a ultrassonografia


a

transvaginal, pois é de fácil acesso e de bom custo-benefício. Caso


dv
pi

haja suspeita de patologias intracavitárias, deve ser solicitada a


histeroscopia diagnóstica (Figura 2), o qual é o exame padrão-


ouro para avaliação da cavidade uterina, uma vez que permite a
visualização direta da cavidade e a realização de biópsias dirigidas.
me

Figura 2: pólipos endometriais vistos à histeroscopia diagnóstica.

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3.1.1.4 FATOR TUBOPERITONEAL

Todas as pacientes devem ter avaliação tubária na rotina O objetivo principal do exame é avaliar a permeabilidade
básica de infertilidade, pois metade das pacientes com fator tubário tubária (Figura 3). Esse teste tem o nome de Prova de Cotte.
não têm achados na anamnese suspeitos para essas patologias. As Quando as tubas uterinas (ou trompas de Falópio) estão
principais técnicas utilizadas para a avaliação tubária são: pérvias, o contraste reflui para a cavidade abdominal. Fique
1. Histerossalpingografia: exame inicial para investigação. atento, pois a prova de Cotte é comum nas provas!

m
Prova de Cotte POSITIVA -> trompas pérvias.
Prova de Cotte NEGATIVA (uni ou bilateralmente) ->

co
obstrução tubária.

2. Videolaparoscopia com cromotubagem: permite a visualização


s.
direta da cavidade peritoneal, enquanto a cromotubagem permite
a avaliação da permeabilidade tubária. É o exame padrão-ouro na
avaliação do fator tuboperitoneal, mas não deve ser solicitado de
rotina para pacientes inférteis.

eo
o
ub
ro

Figura 3: histerossalpingografia normal. Observe o contraste saindo


id

das trompas e indo para a cavidade abdominal.


é
o

3.1.1.5 FATOR CERVICAL


a
dv
pi

Sua avaliação deve ser feita por meio do teste pós-coito ou teste de Sims-Huhner. Consiste em obter uma amostra do muco cervical

pré-ovulatório após a relação sexual (até 6-8 horas após) e analisar a presença de espermatozoides móveis no microscópio. Por ser um teste
subjetivo, inconveniente para a paciente e não alterar a conduta clínica, não é indicado na propedêutica básica do casal infértil.
me

3.1.1.6 OUTROS EXAMES

1. TSH e prolactina: sempre devem ser solicitados, já que são causas importantes de oligo/anovulação.
2. Dosagem de androgênios e 17-OH-progesterona: devem ser solicitados nas pacientes com suspeita de síndrome dos ovários policísticos
(SOP).

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3.1.2 PROPEDÊUTICA MASCULINA

O principal exame da avaliação masculina é o espermograma. Fique atento aos valores considerados normais pela OMS, pois são
cobrados em prova!
A amostra de sêmen deve ser coletada após dois a sete dias de abstinência sexual. Diante de um resultado de espermograma
anormal, recomenda-se a repetição do exame com intervalo de 12 semanas. Os parâmetros de normalidade do exame foram definidos pela
Organização Mundial de Saúde (última atualização em 2010) e estão descritos na tabela abaixo:

ESPERMOGRAMA NORMAL (OMS, 2010)

PARÂMETRO VALOR

m
VOLUME ≥1,5 mL

co
pH 7,2 - 8

CONCENTRAÇÃO (milhões/mL) ≥ 15 milhões/mL


s.
NÚMERO TOTAL DE ESPERMATOZOIDES ≥ 39 milhões/ejaculado

eo

MOTILIDADE TOTAL (A + B + C/ PROGRESSIVOS + NÃO PROGRESSIVOS) ≥ 40%


o
ub

MOTILIDADE (A+B / ESPERMATOZOIDES PROGRESSIVOS) ≥ 32%


ro
id
é

MORFOLOGIA (OMS) ≥ 30% de formas ovais


o

MORFOLOGIA ESTRITA DE KRUGER ≥4%


a
dv
pi

VITALIDADE ≥ 58%

Obs.: Os espermatozoides são classificados quanto à motilidade em A, B, C e D (é importante que você saiba o significado, pois muitas
me

vezes só vem a classificação em ABCD na prova):

A: móveis com progressão rápida;


B: móveis com progressão lenta;
C: móveis sem progressão;
D: imóveis.

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Agora que você já viu os principais exames, resumiremos a propedêutica do casal infértil:

COMO INVESTIGAR?

BÁSICO PADRÃO-OURO

RESERVA OVARIANA FSH NO 3º DIA DO AMH


CICLO

PROGESTERONA NO
OVULAÇÃO USTV SERIADA

m
21º DIA DO CICLO
FEMININO

co
FATOR UTERINO USTV HISTEROSCOPIA

FATOR HISTEROSSALPINGOGRAFIA LAPAROSCOPIA


TUBOPERITONEAL
s.
OUTROS TSH, PROLACTINA -

eo

MASCULINO ESPERMOGRAMA -
o
ub
ro

Legenda: FSH- hormônio folículo estimulante/ AMH- hormônio antimulleriano/ USTV- ultrassonografia transvaginal/ TSH- hormônio tireoestimulante.
id
é
o

a
dv
pi

me

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CAPÍTULO

4.0 TRATAMENTO
O tratamento do casal infértil envolve medidas gerais para aumentar a fertilidade e medidas voltadas para a causa da infertilidade.

4.1 MEDIDAS GERAIS

O casal deve ajustar a frequência sexual e ter atividade sexual a cada 1 ou 2 dias próximo à época esperada para a ovulação. Medidas
como perder peso, cessar tabagismo e reduzir a exposição às toxinas são importantes. Além disso, a parceira deve evitar dieta rigorosa,
estresse excessivo e exercícios físicos extenuantes, ademais deve abster-se de álcool e reduzir o consumo de cafeína.

m
4.2 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

co
Aqui, sumarizaremos as principais opções terapêuticas disponíveis para, quando formos falar do tratamento de cada um dos fatores
causais, você já saiba como funcionam os procedimentos. s.
4.2.1 INDUÇÃO DE OVULAÇÃO
Como o próprio nome sugere, são utilizados fármacos ou procedimentos para restabelecer a ovulação. Neste tópico, você deve saber
como agem os principais fármacos indutores de ovulação:

eo
o

1. Citrato de clomifeno (CC): é o fármaco mais utilizado no mundo para a indução de ovulação. Liga-se aos receptores de
ub

estrogênio do sistema reprodutivo e causa sua depleção por mecanismo de down-regulation, resultando em queda das
ro

concentrações estrogênicas e, consequentemente, em aumento da secreção pulsátil de GnRH, bem como em liberação
id
é

de gonadotrofinas hipofisárias.
o

2. Inibidores de aromatase: ao inibir a enzima aromatase (enzima que transforma androgênios em estrogênios), esses

fármacos reduzem a concentração de estrogênios que, por mecanismo de retrocontrole, aumentam a secreção de FSH.
a

3. Gonadotrofinas: as gonadotrofinas estimulam a ovulação por ação ovariana direta. São utilizadas em casos de pacientes que falham
dv
pi

em responder ao CC ou não engravidaram após 3 a 6 ciclos dessa medicação.



me

4.2.2 CIRURGIA TUBÁRIA

As cirurgias de reconstrução tubária não são primeira linha de tratamento em casos de obstrução tubária bilateral de pacientes
mais velhas (> 35 anos), de doença grave (hidrossalpinge extensa e aderências densas) e de obstrução proximal. Nesses casos, a
fertilização in vitro (FIV) promove melhores respostas.
Nos demais casos e nas pacientes que não querem ou não podem realizar FIV (devido ao custo, por exemplo), essas cirurgias
estão indicadas.
Para a prova, a maioria das questões de fator tubário tem como resposta a FIV.

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4.2.3 TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

Caro aluno, você não deve saber todos os detalhes das técnicas a seguir, apenas no que elas consistem e em que situações elas estão
indicadas.
1. COITO PROGRAMADO (CP): consiste na indução de ovulação combinada com um cronograma de relações sexuais no período fértil.
Para isso, a paciente deve ter permeabilidade tubária e o parceiro deve ter espermograma normal.

PRINCIPAIS INDICAÇÕES DO COITO PROGRAMADO


ISCA (primeira opção)

Casais com baixa frequência sexual

m
SOP (primeira opção juntamente às mudanças de estilo de vida)

co
2. INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA (IIU): uma amostra de
sêmen é colocada na porção superior do útero (Figura 4). Para a
realização dessa técnica, são necessárias tubas uterinas pérvias e,
no mínimo, 5 milhões de espermatozoides do tipo A.
s.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES DO COITO PROGRAMADO

eo

Fator cervical
o
ub

ISCA
ro

Endometriose leve
id
é

Fator masculino leve


o

Distúrbios ejaculatórios
a
dv
pi

Necessidade de uso de sêmen de doador


Figura 4: inseminação intrauterina. Fonte: Shutterstock


me

3. FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV): na FIV, os oócitos e os A forma convencional é deixar os espermatozoides em contato
espermatozoides são manipulados fora do aparelho genital com o óvulo em uma incubadora para que a fertilização
feminino. Seguem as etapas do processo: ocorra de forma espontânea. Já na injeção intracitoplasmática
A) Estimulação ovariana; de espermatozoides (ICSI), cada ovócito é injetado em um
B) Coleta dos oócitos; espermatozoide. Esta última é indicada, principalmente,
C) Coleta do sêmen (por masturbação ou por punção/biópsia em casos nos quais a infertilidade também envolve o fator
testicular) e capacitação dos espermatozoides (seleção masculino.
daqueles com maior capacidade de fertilização); E) Transferência do embrião.
D) Inseminação: esse processo pode ser realizado de duas formas.

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CAPÍTULO

5.0 TRATAMENTO PARA INFERTILIDADE FEMININA

5.1 FATOR OVULATÓRIO

Para o tratamento do fator ovulatório, precisamos, inicialmente, saber qual é a causa da anovulação (ex.: SOP, amenorreia funcional,
hiperprolactinemia, etc.) para, posteriormente, decidir o melhor tratamento. Para isso, podemos dividir as pacientes em 4 grupos:

GRUPO DESCRIÇÃO TRATAMENTO

m
Hipogonadismo hipogonadotrófico Correção do fator causal
GRUPO 1 FSH baixo Indução de ovulação com

co
Amenorreia funcional e hipopituitarismo gonadotrofinas
Primeira linha: mudanças de estilo de
vida
s.
Segunda linha: indução de ovulação (1°
GRUPO 2 Normogonadotrófico
clomifeno/ 2° clomifeno + metformina/
Principal: SOP FSH normal
3° gonadotrofinas)
Terceira linha: técnicas de reprodução

eo

assistida
o

Hipogonadismo hipergonadotrófico
ub

Indução de ovulação com


FSH elevado
ro

GRUPO 3 gonadotrofinas ou fertilização in vitro


Casos de falência ovariana prematura e ovários
Falência ovariana prematura com doação de oócitos
id
é

resistentes à ação das gonadotrofinas


o

Correção da causa de
GRUPO 4 Hiperprolactinemia hiperprolactinemia + uso de agentes
a
dv

antidopaminérgicos
pi

5.2 FATOR TUBOPERITONEAL


me

Como vimos acima, nos casos de obstrução tubária bilateral (proximal ou distal), doença tubária severa
(hidrossalpinge bilateral, aderências densas, oclusão tubária proximal e distal) e pacientes mais velhas (> 35 anos), a
primeira linha de tratamento é a FIV.
Não se esqueça de que, na presença de hidrossalpinge, mesmo que a paciente vá se submeter à FIV, é necessário
salpingectomia para melhora dos resultados desse procedimento!

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Quando a obstrução é proximal unilateral, caso a paciente não engravide com ajustes de frequência sexual e de coito programado (CP),
pode ser feito apenas tratamento clínico com indução de ovulação e inseminação intrauterina (IIU), sem necessitar de tratamento cirúrgico.
Nos casos de obstrução unilateral distal nas pacientes que não engravidaram com ajustes de atividade sexual e de CP e em pacientes
que tenham as indicações de FIV acima, mas não querem ou não podem realizar a FIV, a opção é a cirurgia corretiva laparoscópica.

5.3 FATOR UTERINO

A regra básica aqui é: tudo que provoca abaulamento no endométrio deve ser corrigido nas pacientes inférteis! Sendo assim, pólipos
endometriais, miomas submucosos, sinéquias uterinas e septos devem ser corrigidos se relacionados à falha de concepção e à perda
gestacional recorrente.

m
5.4 FATOR CERVICAL

co
A primeira linha de tratamento para pacientes com fator cervical é a Inseminação Intrauterina (IIU). Caso o casal não tenha sucesso com
a IIU, o próximo passo é a realização de FIV.
s.

eo
o

CAPÍTULO
ub

6.0 TRATAMENTO DA INFERTILIDADE MASCULINA


ro
id
é

Os casos em que o fator masculino é a razão da infertilidade podem ser divididos em três principais grupos:
o

GRUPO DESCRIÇÃO TRATAMENTO


a
dv
pi

Ajuste de frequência sexual


GRUPO 1 Disfunções sexuais Disfunção erétil: psicoterapia +


fármacos
me

Indução da espermatogênese com


GRUPO 2 Hipogonadismo hipogonadotrófico
gonadotrofinas

Fertilização in vitro com


GRUPO 3 Defeitos de espermatogênese injeção intracitoplasmática de
espermatozoides

Agora que já discutimos os principais tratamentos para infertilidade, resumiremos o tratamento de cada um dos fatores:

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TRATAMENTO

FATOR FEMININO FATOR MASCULINO ISCA

Ovulatório
Desordens sexuais 1º: Ajuste de frequência
sexual + CP

Funcionais SOP FOP


1º: Ajuste de
2º: IIU
frequência sexual
1º: Correção do 1º: Mudanças de Indução da ovulação
fator precipitante estilo de vida com gonadotrofinas
2º: IIU 3º: FIV
2º: Indução da 2º: Indução da FIV com ovodoação

m
ovulação com ovulação (preferível)
gonadotrofinas
3º: FIV

co
Hipogonadismo
hipogonadotrófico

Tuboperitoneal
Indução com
gonadotrofinas
s.
Obstrução tubária Endometriose
bilateral e/ou >35
anos e/ou doença
grave
Apenas fator Múltiplos fatores + Defeitos de
tuboperitoneal idade avançada espermatogênese
FIV

eo

Cirurgia FIV FIV com ICSI


o
ub
ro
id

Uterino
é
o

Miomas submucosos Septo, pólipos e Fator


e/ou intramurais > 5 cm sinéquias uterina uterino grave
a
dv
pi

Miomectomia Ressecção histeroscópica Útero


de substituição

Cervical
me

1º: Ajuste de frequência


sexual

2º: IIU

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CAPÍTULO

7.0 NORMAS ÉTICAS PARA UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS


DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA (RA)
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publica resoluções com todas as normas éticas que devem ser seguidas por
pacientes, médicos e clínicas. A última resolução foi publicada em 2021 (Resolução CFM n° 2294/2021).
As questões desse tema abordam sempre pequenos detalhes, como limites de idade, número de embriões que podem
ser utilizados em cada faixa etária etc. Então, não há outro jeito: tem que memorizar!
A tabela abaixo traz os principais detalhes da Resolução:

m
GRUPO DESCRIÇÃO

co
Idade máxima para as
candidatas à gestação por 50 anos e exceções serão aceitas se fundamentadas pelo médico responsável
técnicas de RA
s.
Preservação social (congelar
os gametas para reprodução Permitida
futura)

eo

Seleção de sexo Não permitida, exceto se para evitar doenças no próprio descendente
o
ub

Depende da idade da mulher:


ro

Até 37 anos: até 2 embriões


id
é

Acima de 37 anos: até 3 embriões


Número de embriões a serem
o

Em caso de embriões euploides ao diagnóstico genético: até 2 (dois) embriões,


transferidos
independentemente da idade;
Nas situações de doação de oócitos, considera-se a idade da doadora no momento de
a
dv
pi

sua coleta.

Redução embrionária Não permitido


me

RA em casais homoafetivos,
Permitida
transgêneros e pessoas solteiras

Gestação compartilhada em
Permitida
união homoafetiva feminina

Doação de gametas entre Permitida ( parentesco de até quarto grau de um dos receptores,desde que não
parentes incorra em consanguinidade)

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Idade limite para doação de Mulher: 37 anos


gametas Homem: 45 anos

Criopreservação de gametas ou
Permitido
embriões

Número máximo de embriões


Até oito
produzidos em laboratório

Descarte de gametas ou
Após 3 anos, com autorização judicial

m
embriões

co
Permitida, sem caráter lucrativo
Cessão temporária de útero
Cedente deve ter pelo menos um filho vivo e parentesco consanguíneo de até quarto
(“barriga de aluguel”)
grau com algum dos parceiros
s.
Reprodução assistida “post-
Permitida, desde que haja permissão prévia do falecido(a)
mortem”

eo
o
ub
ro
id
é
o

a
dv
pi

me

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m
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eo
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ub
ro
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dv
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CAPÍTULO

9.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. ANAWALT, BRADLEY, PAGE, STEPHANIE. Treatments for male infertility. Uptodate.com. Disponível em: <https://www.uptodate.
com/contents/treatments-for-male-infertility?search=INFERTILIDADE%20masculina&source=search_result&selectedTitle=3~150&usage_
type=default&display_rank=3#H2295239941>. Acesso em: 18 jun. 2020.
2. ANAWALT, BRADLEY, PAGE, STHEPANIE. Causes of male infertility. Uptodate.com. Disponível em: <https://www.uptodate.com/con-
tents/causes-of-male-infertility?source=related_link>. Acesso em: 18 jun. 2020.
3. BRASIL. Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005. Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/
Lei/L11105.htm. Acesso em: 19 jun. 2020.
4. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 2168, de 10 de novembro de 2017. Brasília. Disponível em: https://sistemas.

m
cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2017/2168. Acesso em: 17 jun. 2020.
5. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Manual de Orientação Reprodução Humana. [s.l.]:

co
FEBRASGO, 2011.
6. KUOGUNG, WENDY, HORNSTEIN, MARK. Evaluation of female infertility. Uptodate.com. Disponível em: <https://www.uptodate. com/
contents/evaluation-of-female-infertility?search=INFERTILIDADE&topicRef=3279&source=related_link>. Acesso em: 18 jun. 2020.
s.
7. KUOHUNG, WENDY, HORNSTEIN, MARK. Causes of female infertility. Uptodate.com. Disponível em: <https://www.uptodate.com/
contents/causes-of-female-infertility?source=related_link>. Acesso em: 18 jun. 2020.
8. KUOHUNG, WENDY, HORNSTEIN, MARK. Treatments for female infertility. Uptodate.com. Disponível em: <https://www.upto-
date. com/contents/treatments-for-female-infertility?search=INFERTILIDADE&source=search_result&selectedTitle=5~150&usage_ type=de-

eo

fault&display_rank=5>. Acesso em: 18 jun. 2020.


o
ub

9. Tratado de Ginecologia Febrasgo. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020.


10. TULANDI, TOGAS. Reproductive surgery for female infertility. Uptodate.com. Disponível em: <https://www.uptodate.com/con-
ro

tents/reproductive-surgery-for-female-infertility?sectionName=TREATMENT%20OF%20DISTAL%20TUBAL%20OCCLUSION&search=INFERTI-
id
é

LIDADE&topicRef=5448&anchor=H7&source=see_link#H7>. Acesso em: 18 jun. 2020.


o

11.. WHO. WHO laboratory manual for the examination and processing of human sêmen. Geneva: [fifth ed.], 2018.

a
dv
pi

me

CAPÍTULO

10.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS


São muitos detalhes, não é mesmo? Mas, não se preocupe! Nosso dever é trazer o material mais completo possível. Como seu acesso
é ilimitado, você pode revê-lo quantas vezes desejar.
Abraços,

Profa. Monalisa Carvalho.

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id
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o

a
dv
pi

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