Reanimacao Neonatal Ig Menor Que 34 Semanas
Reanimacao Neonatal Ig Menor Que 34 Semanas
Reanimacao Neonatal Ig Menor Que 34 Semanas
REANIMAÇÃO NEONATAL
RN COM IG < 34 SEMANAS
Rotinas Assistenciais da Maternidade Escola
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Perguntas:
o ausência de mecônio?
o respirando ou chorando?
o tônus muscular bom?
Se a resposta é sim para todas as perguntas considera-se o RN com boa vitalidade, não necessitando
de manobras de reanimação.
Avalia-se simultaneamente a respiração e a freqüência cardíaca (FC), sendo esta última o principal
determinante da decisão de indicar manobras de reanimação, devendo estar acima de 100 bpm. A
avaliação deve ser feita através da ausculta do precórdio com estetoscópio ou da palpação do pulso na
base do cordão umbilical.
Não se utiliza mais a coloração da pele e mucosas do RN para decidir procedimentos na sala de parto.
Em recém-nascidos saudáveis a saturação de oxigênio com 1 minuto situa-se ao redor de 60-65%,
atingindo valores entre 87-92% no quinto minuto.
O boletim de Apgar não deve ser utilizado para determinar o início da reanimação, mas sim para avaliar
a resposta do paciente às manobras realizadas. Caso o escore seja menor que 7 no 5º minuto,
recomenda-se realizá-lo a cada 5 minutos até 20 minutos de vida. Sempre documentar as manobras
concomitantemente aos procedimentos realizados.
6 - TÉCNICA DA VENTILAÇÃO
6.1 - Balão e máscara
Utiliza-se a freqüência de 40 a 60 movimentos/minuto, através da regra “aperta/solta/solta/aperta...”.
Utilizar inicialmente pressão de 20 -25 cm H2O, podendo alcançar 30 a 40 cm H2O, nos pacientes com
pulmões muito imaturos ou doentes. PEEP4-6 cmH²O e FiO² inicial de 30%
Observar a expansão pulmonar e a adaptação da máscara à face do RN. Se, após 30 segundos houver
melhora da FC (o melhor indicador) , suspende-se o procedimento.
Se a reanimação estiver sendo feita com oxigênio, quando interromper a ventilação, colocar um cateter
de O2 próximo a face do RN e retirar gradativamente de acordo com a SatO2.
Caso, após 30 segundos, não haja melhora da FC, deve-se verificar o ajuste da máscara, a
permeabilidade das vias aéreas e a pressão do balão.
Se ainda assim não melhorar deve-se aumentar a oferta de oxigênio.
Se mesmo assim não houver melhora indica-se o uso da cânula traqueal.
Recomenda-se em períodos prolongados de ventilação a inserção de uma sonda orogástrica.
7.2 - Balão e cânula traqueal
As indicações para ventilação através de cânula traqueal são: ventilação com máscara não efetiva,
ventilação com máscara facial prolongada, necessidade de massagem cardíaca e/ou adrenalina,
diagnóstico de hérnia diafragmática, prematuridade extrema e necessidade de surfactante de acordo
com a rotina do serviço.
Os riscos do procedimento incluem: hipoxemia, apneia, bradicardia, pneumotórax, laceração de tecidos
moles, perfuração de traquéia ou esôfago e risco de infecção.
Regra prática para o número do Tubo: Peso + 6. Pela Idade gestacional e peso seguir a tabela:
Cada tentativa deve durar no máximo 20 segundos. Durante o procedimento um auxiliar deve oferecer
oxigênio inalatório. Confirmar a posição da cânula, na prática, através da inspeção do tórax, ausculta,
visualização de condensação na cânula traqueal e observação da FC e cor.
Após a intubação inicia-se a ventilação com balão auto-inflável.
Se o RN apresenta FC > 100 bpm e movimentos respiratórios espontâneos e regulares avalia-se a
extubação. Se o paciente estiver recebendo oxigênio suplementar, deve-se fornecer oxigênio inalatório e
retirar gradativamente.
Caso após 30 segundos não houver melhora, verificar a posição da cânula, permeabilidade das vias
aéreas e pressão do balão.
Caso esteja tudo correto e o RN mantiver FC < 60 bpm está indicada a massagem cardíaca.
8 - MASSAGEM CARDÍACA
Se após 30 segundos de VPP com oxigênio suplementar, o RN mantiver FC<60 bpm, indica-se a
massagem cardíaca.
A compressão é realizada no terço inferior do esterno, preferencialmente através da técnica dos dois
polegares, posicionando-os abaixo da linha inter-mamilar, evitando o apêndice xifóide.
As complicações da massagem cardíaca incluem: fratura de costelas, pneumotórax, hemotórax e
laceração de fígado.
A ventilação (através de cânula traqueal) e a massagem cardíaca são realizadas sincronicamente, com
uma relação de 3:1.
Continuar a massagem até a FC estar > 60 bpm.
A ventilação poderá ser suspensa quando a FC estiver > 100 bpm, sendo administrado oxigênio e
depois retirado gradualmente de acordo com a SatO2.
Caso, após 30 segundos de massagem cardíaca e VPP com cânula traqueal e oxigênio a FC se
mantiver <60 bpm, deve-se verificar todos os procedimentos e corrigi-los se necessário.
Se após a correção não houver melhora, está indicado o uso de medicações.
9- MEDICAÇÕES –
Quando a bradicardia permanece a despeito de ventilação efetiva através de cânula traqueal e oxigênio
a 100% e massagem cardíaca externa, lançar mão de drogas
Adrenalina, expansor de volume ou ambos estão indicados na bradicardia que permanece após a
massagem e ventilação feitas adequadamente, mas sem sucesso.
A via preferencial é a endovenosa, sendo a veia umbilical de acesso fácil e rápido.
A adrenalina pode ser administrada por via endovenosa e endotraqueal, sendo esta última utilizada
enquanto não foi obtido o acesso venoso, podendo ser utilizada apenas uma vez.
A adrenalina endovenosa poderá ser repetida a cada 3-5 minutos, devendo-se considerar o uso de
expansores de volume caso o paciente esteja pálido, ou existam sinais de choque.
Utiliza-se preferencialmente solução cristalóide isotônica, administrada lentamente.
Bicarbonato de sódio, naloxone, atropina, albumina e vasopressores não são indicados na reanimação
do RN em sala de parto.
não
Prover calor.
Posicionar cabeça. não
Aspirar vias aéreas s/n
Secar.
FC<100bpm, apneia ou
não
respiração irregular? não Desconforto respiratório
sim sim
60 segundos VPP, Monitorar SatO2
(Golden minute) Monitorar a SatO2 , FC pré ductal
Considerar CPAP
FC <100bpm?
sim
Assegurar VPP adequada
Considerar intubação
FC <60bpm?
Manter
Normotermia sim
Intubação traqueal
Massagem cardíaca
Considerar oxigênio a 100%
Avaliar FC com monitor
Considerar CUV
FC <60bpm?
sim
Adrenalina endovenosa
Considerar hipovolemia