Aula Motor Diesel

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 289

MOTORES DE COMBUSTÃO

INTERNA
INTRODUÇÃO
• Ementa
1. Requisitos de potência e rotação dos equipamentos de processo (bombas, compressores,
ventiladores, sopradores, transportadores e pontes rolantes);
2. Tipos de equipamentos acionadores (motores elétricos, turbinas a vapor e a gás e motores a
combustão), aplicabilidade e características;
3. Equipamentos de redução e ou variação de velocidade (redutores e variadores de velocidade
mecânicos, eletrônicos e hidráulicos, embreagens e freios);
4. Motores elétricos - princípio de funcionamento, componentes principais: rotor, estator,
mancais de rolamento e de deslizamento, sistema de resfriamento, lubrificação;
5. Turbinas a vapor – princípio de funcionamento, componentes principais: rotor, carcaça,
mancais, selagem de vapor, selagem de mancais, sistema de lubrificação, sistema de desarme,
sistema de controle, válvula sentinela, sistema vapor de admissão, sistema vapor de exaustão,
drenos de vapor;
6. Turbinas a gás - princípio de funcionamento, componentes principais: rotor, carcaça,
mancais, selagem sistema de lubrificação, sistema de segurança, sistema de controle, sistema
de admissão, sistema exaustão;
7. Motores a combustão - princípio de funcionamento, componentes principais: virabrequim,
bielas, pistões, carcaça, mancais, vedações, sistema de lubrificação, sistema de segurança,
sistema de controle, filtros, sistema de admissão, sistema de exaustão
INTRODUÇÃO

• MÁQUINAS TÉRMICAS

As máquinas térmicas são aquelas que transformam energia térmica em


energia mecânica útil.

A energia térmica provém da combustão de uma mistura


combustível-comburente, libertando-se deste modo a energia química do
combustível
INTRODUÇÃO

• MÁQUINAS TÉRMICAS
INTRODUÇÃO

• MÁQUINAS TÉRMICAS

As máquinas volumétricas (onde o fluido evolui de forma pulsante numa cavidade de


volume variável) dividem-se em alternativas ou rotativas
HISTÓRICO

Há muitos séculos, o homem vem se defrontando com problemas de


transporte; nos primórdios da civilização foi utilizada a tração animal, porém
muito dos esforços humanos foram dirigidos à construção de veículos que não
dependessem da tração animal.

Um dos primeiros resultados foi a invenção da máquina a vapor, conhecida


também como motor de combustão externa
HISTÓRICO

• MÁQUINAS TÉRMICAS

Os motores térmicos denominam-se de combustão externa quando o fluido motor não


participa da combustão. O calor é transmitido através da parede de um trocador de
calor
HISTÓRICO

A máquina a vapor, entretanto, apresenta muitos problemas e inconvenientes:

Seu baixo rendimento obriga-a a utilizar grandes quantidades de combustível e


água;

A produção de vapor em caldeiras, pelo calor gerado nas fornalhas, obriga o


motor a ocupar muito espaço. Por isso, torna-se difícil fazer um carro a vapor
compacto.
HISTÓRICO
HISTÓRICO

Se o combustível for queimado no em meio ao fluido motor, a máquina


denomina-se por combustão interna

Neste caso, geralmente o fluido é constituído por uma mistura de


ar-combustível que vai queimado num local apropriado dentro do motor
CARACTERÍSTICAS

O motor de combustão interna é um conjunto de componentes que se


combinam entre si, com a finalidade de transformar a energia calorífica da
combustão da mistura de ar e combustível, em energia mecânica capaz de
efetuar trabalho.
CARACTERÍSTICAS

Os motores de combustão interna tem por objetivo transformar energia térmica


em energia mecânica, diretamente utilizável.
CARACTERÍSTICAS

• PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR

O motor de combustão interna aproveita o aumento de pressão resultante da


combustão da mistura ar-combustível para imprimir um movimento de rotação
à árvore motora.

O motor é constituído por cilindros, dentro dos quais deslizam pistões ligados a
uma manivela (árvore motora ou simplesmente virabrequim)
CARACTERÍSTICAS

Se fizermos rodar o virabrequim, os pistões sobem e descem nos diversos


cilindros. Inversamente, o pistão submetido a elevadas pressões, faz rodar o
virabrequim.
CARACTERÍSTICAS

O ponto mais alto que o pistão pode atingir dentro do cilindro denomina-se ponto morto
superior ou PMS.

Ao ponto mais baixo chama-se ponto morto inferior ou PMI.

A distância percorrida pelo pistão entre os dois pontos mortos designa-se por Curso.

O raio da manivela é igual a metade do curso.


CARACTERÍSTICAS

Ponto Morto Superior (PMS) é o ponto máximo que


o pistão atinge em seu movimento de subida
invertendo o sentido do movimento em seguida.

Ponto Morto Inferior (PMI) é o ponto máximo que


o pistão atinge em seu movimento de descida
invertendo o sentido do movimento em seguida.
CARACTERÍSTICAS

O espaço percorrido pelo pistão do PMS até o PMI é o que chamamos de


Curso.
CARACTERÍSTICAS

Quanto à quantidade de cilindros, podem ser de um, dois, quatro, cinco, seis,
oito ou doze cilindros.
CARACTERÍSTICAS

• DISPOSIÇÃO DOS CILINDROS

motor em linha - quando os cilindros estão em uma mesma linha;

motor em V - quando os cilindros são colocados lado a lado, formando ângulos


menores de 180º;

motor radial - quando os cilindros estão no mesmo plano, dispostos


radialmente;

motor Boxer - formado por cilindros um oposto ao outro com ângulo de 180º.

E Outros
CARACTERÍSTICAS

• MOTOR EM LINHA
CARACTERÍSTICAS

• MOTOR EM “V”
CARACTERÍSTICAS

• MOTOR BOXER
CARACTERÍSTICAS

• MOTOR RADIAL
CARACTERÍSTICAS

• MOTOR EM “W”
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS

Quando se fala das características de um motor cita-se o diâmetro

Num motor de combustão interna o curso pode ser maior ou menor que o
diâmetro.

Mantendo o volume do cilindro, pode-se aumentar ao diâmetro e diminuir o


curso ou vice-versa
CARACTERÍSTICAS

A relação entre o curso do pistão e o diâmetro influencia nas características do


motor.

É essa relação que estabelece se o motor terá mais rotação ou mais torque.
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS

• RELAÇÃO: CURSO X DIÂMETRO


CARACTERÍSTICAS

• NOMENCLATURAS

ONDE:

PMS – ponto morto superior

PMI – ponto morto inferior

S – Curso do pistão

V1 – Volume total

V2 – Volume da câmara de combustão

n – número de cilindros

D – diâmetro do cilindro
CARACTERÍSTICAS

• NOMENCLATURAS

ONDE:

PMS – ponto morto superior

PMI – ponto morto inferior

S – Curso do pistão

V1 – Volume total

V2 – Volume da câmara de combustão

n – número de cilindros

D – diâmetro do cilindro
CARACTERÍSTICAS

• VOLUME DO CILINDRO

Como rata-se de um cilindro utilizamos a fórmula matemática para calcular o


volume de cada cilindro do motor.

Vc= Área da base x Altura

LOGO, Vc= πr² x h

Ou seja, calcula-se a área da base e multiplica-se pela altura considerada; neste caso
considera-se o valor do curso do pistão.
CARACTERÍSTICAS

• CILINDRADA

A cilindrada representa a quantidade de mistura ar combustível que o motor consegue


conter em seus cilindros.

A cilindrada é expressa em centímetros cúbicos ou, comercialmente, em litros.

Geralmente a cilindrada de um motor é aproximada para o número inteiro superior mais


próximo para simplificação.
CARACTERÍSTICAS

• CÁLCULO DA CILINDRADA

Quando multiplicamos esse volume pelo número de cilindros do motor,


obtemos um volume total em cm³ que chamamos de cilindrada.

A fórmula para o cálculo é a seguinte:

Vc= Área da base x Altura x nº de cilindros

LOGO, Vc= πr² x h x n

Ou seja, calcula-se a área da base e multiplica-se pela altura considerada; neste caso
considera-se o valor do curso do pistão e também pelo número de cilindros existentes

OBS: A depender da unidade utilizada nas medições será necessário realizar a


conversão para a unidade padrão(cm³)
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
• EXEMPLO:

vamos calcular a cilindrada de um motor que tem as seguintes características:


4 cilindros, cujo diâmetro e de 85,5 mm e o curso do pistão e 69,0 mm.
CARACTERÍSTICAS
• EXEMPLO:
CARACTERÍSTICAS
• EXEMPLO:
CARACTERÍSTICAS

• CÂMARA DE COMPRESSÃO OU COMBUSTÃO

É o volume existente no cabeçote e/ou no pistão, quando este se encontra no


PMS
CARACTERÍSTICAS

• TAXA DE COMPRESSÃO
Taxa de Compressão é a relação do volume da câmara de combustão com o
volume do cilindro, e a fórmula para calculá-la é muito simples.

Basta somar os dois volumes e dividir pelo volume da câmara de combustão

Sendo “V” o volume de um cilindro e


“v” o volume da câmara de combustão
de um cilindro
CARACTERÍSTICAS

• TAXA DE COMPRESSÃO
CARACTERÍSTICAS

• EXEMPLO:

Se no caso anterior admitirmos que o motor tenha uma câmara de combustão


com 64,0 cm³, pergunta- se qual a taxa de compressão?

DADOS:
C = 1.584 cm³
N = 4 (motor de 4 cilindros)
CARACTERÍSTICAS

• EXEMPLO:

V = 396,0 cm³
v = 64,0 cm³
CICLOS TERMODINÂMICOS

Os ciclos termodinâmicos são processos onde ocorrem alterações de calor e


trabalho.

A energia utilizada no processo é fornecida e depois utilizada de forma que, no


final dos trabalhos, o sistema volte à condição inicial, por isso o nome ‘ciclo’.

Podemos perceber esse tipo de equipamento nos automóveis: os motores, que


são máquinas térmicas capazes de produzir trabalho.

Consideraremos os motores a álcool e gasolina e, depois, os motores a diesel.


CICLOS TERMODINÂMICOS

A combustão é um processo químico exotérmico de oxidação de um


combustível.

Para que o combustível reaja com o oxigênio do ar necessita-se de algum


agente que provoque o início da reação.

Denomina-se ignição o processo que provoca o início da combustão.

Quanto a ignição os motores alternativos são divididos em dois tipos


fundamentais:

MIF – motores de ignição por faísca ou OTTO

MIE – motores de ignição espontânea ou DIESEL


CICLOS TERMODINÂMICOS

CICLO OTTO – Motores a Gasolina, Álcool, Flex, Gnv

CICLO DIESEL – Motores a Diesel, Bio-Diesel


CICLOS TERMODINÂMICOS

• CICLO OTTO

Graças ao trabalho de Nicolaus August Otto, hoje os veículos podem contar


com os motores que trabalham em um ciclo de quatro tempos. Após muitos
inventores e engenheiros darem sua contribuição para a evolução da
mecânica, Otto pôde criar e aperfeiçoar seu motor, por isso os motores de
quatro tempos levam o seu nome. Esse tipo de motor foi apresentado ao
mundo em 1878, na Feira Internacional de Paris.
CICLOS TERMODINÂMICOS
• CICLO DIESEL

O engenheiro mecânico alemão chamado Rudolf Diesel inventou o motor que,


até hoje, leva seu nome. Em 1893, enfrentando dificuldades para financiar seu
projeto, ele conseguiu fazer um protótipo, que acabou explodindo com a
injeção de combustível. Mais quatro anos de estudos se passaram até que, em
1898, Diesel apresentou seu motor na Feira Mundial de Paris.
CICLOS TERMODINÂMICOS

Para aplicações automotivas, existem dois tipos básicos de motor de


combustão interna: um opera pelo ciclo Otto e outro pelo ciclo Diesel.

Umas das diferenças entre os dois ciclos é que no Otto o combustível é


misturado com o ar antes de ser admitido pelo cilindro, já no ciclo Diesel a
mistura é feita dentro do cilindro.

MOTOR CICLO MOTOR CICLO


OTTO DIESEL
CICLOS TERMODINÂMICOS
O motor de combustão interna é constituído de 2 partes fundamentais:

• PARTES FIXAS – Cabeçote, Bloco e Cárter

• PARTES MÓVEIS – Êmbolos, Bielas, Árvore de Manivelas


CICLOS TERMODINÂMICOS

• Cabeçote -
Funcionam, essencialmente, como "tampões" para os cilindros e
acomodam os mecanismos das válvulas

• Bloco -
Onde se alojam os conjuntos de cilindros, compostos pelos pistões.

Na grande maioria dos motores, construído em ferro fundido e usinado para


receber a montagem dos componentes.

• Cárter -
É o reservatório do óleo lubrificante utilizado pelo sistema de lubrificação.
CICLOS TERMODINÂMICOS

• Êmbolo (pistão) -
É o componente responsável para transmitir e ampliar a energia química

• Biela
A biela é a peça que interliga o êmbolo (pistão) à árvore de manivelas

• Árvore de Manivelas(virabrequim)
A árvore de manivelas, popularmente conhecida como virabrequim ou
girabrequim, é o eixo do motor responsável pela transformação do movimento
retilíneo do êmbolo em movimento rotativo
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

Nesses motores a mistura ar-combustível é admitida e inflamada por uma


faísca que ocorre entre os eletrodos de uma vela.
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

• MOTORES 4 TEMPOS

São os motores que completam seu ciclo de trabalho com quatro movimentos
do êmbolo, ou seja, duas voltas da árvores de manivelas.

O motor de combustão interna pode ter um ou mais cilindros.

Entretanto, como todos têm o mesmo funcionamento, basta explicar o que


ocorre com um deles.
CICLO TERMODINÂMICO OTTO
• MOTORES 4 TEMPOS

O motor de 4 tempos funciona pela repetição ordenada de quatro movimentos:

admissão; compressão; combustão; escapamento.

• admissão - a mistura ar/combustível entra no cilindro;

• compressão - essa mistura é comprimida pelo êmbolo;

• combustão - a mistura se inflama, quando salta uma centelha entre os


eletrodos da vela de ignição;

• escapamento - quando ocorre a saída dos gases produzidos na combustão


da mistura de dentro dos cilindros.
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

• MOTORES 4 TEMPOS

Para seu funcionamento é necessário uma mistura ar/combustível é aspirada


para as câmaras de combustão.

Em seguida, ela é comprimida, próximo ao final desta fase, uma centelha salta
entre os eletrodos da vela e produz a combustão da mistura, os gases
resultantes dessa queima empurram o êmbolo(pistão), cujo movimento é
transmitido, pelas bielas à arvore de manivelas (virabrequim), que transforma o
movimento retilíneo alternado do pistão em movimento rotativo.
CICLO TERMODINÂMICO OTTO
• MOTORES 4 TEMPOS

Esse ciclo completo se repete mais de 1000 vezes por minuto quando um
automóvel comum desenvolve a velocidade de 80km/h.

admissão compressão combustão escapamento


CICLO TERMODINÂMICO OTTO
• MOTORES 4 TEMPOS
CICLO TERMODINÂMICO OTTO
• MOTORES 4 TEMPOS
CICLO TERMODINÂMICO OTTO
• MOTORES 4 TEMPOS
CICLO TERMODINÂMICO OTTO
• VELA
CICLO TERMODINÂMICO OTTO
• MOTORES 4 TEMPOS
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

• MOTORES 4 TEMPOS

Pelo estudo anterior conclui-se que: dos quatro tempos, apenas o terceiro
(combustão) produz trabalho.

Um volante, instalado no extremo da árvore de manivelas, regulariza o


funcionamento do motor, compensando cineticamente os outros tempos que
não produzem trabalho.

Os cilindros de um motor trabalham dentro de uma determinada ordem de


combustão e o volante, por ter inércia, transforma os impulsos que recebe em
um movimento contínuo, portanto quanto maior o número de cilindros mais
uniforme é o funcionamento do motor.
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

• MOTORES 4 TEMPOS
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

Nos veículos terrestres (a gasolina ou a álcool), predomina o motor de quatro


tempos que obedece ao ciclo de Otto.

Porém, é bom ressaltar que existem os motores a 2 tempos que hoje em dia
são restritos para algumas aplicações
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

• MOTORES 2 TEMPOS
São os motores que completam seu ciclo de trabalho com dois movimentos do êmbolo,
ou seja, uma volta da árvore de manivelas.

A maioria dos motores de dois tempos não possui válvulas.

Esses motores têm abertura nas paredes dos cilindros, chamadas janelas, através das
quais entra a mistura e saem os gases resultantes da sua queima.

Alguns tipos de dois tempos possuem apenas uma válvula: a de escapamento.


CICLO TERMODINÂMICO OTTO

• MOTORES 2 TEMPOS
CICLO TERMODINÂMICO OTTO

• MOTORES 2 TEMPOS
CICLO TERMODINÂMICO DIESEL

Os modelos atuais de motores diesel, operam de acordo com um ciclo de


quatro tempos.

Os quatro tempos são: admissão, compressão, combustão e escape


CICLO TERMODINÂMICO DIESEL

No motor de ignição comandada(OTTO), o combustível é geralmente


misturado com ar no exterior do cilindro e toda essa massa se inflama na
câmara de combustão, por meio da faísca proporcionada pelo sistema de
ignição.

O motor de ignição por compressão(DIESEL) não tem sistema de preparação


da mistura exterior nem sistema de ignição.

Aspira ar puro que, submetido à elevada pressão atingida no final da


compressão, atinge uma temperatura suficiente para garantir a inflamação do
combustível à medida que é injetado no seio do ar.
CICLO TERMODINÂMICO DIESEL

Este tipo de motores necessita de elevadas temperaturas no final da compressão, pelo


que apresenta elevados valores de taxa de compressão, entre 15 e 22, quase o dobro
dos motores a gasolina.
CICLO TERMODINÂMICO DIESEL
CICLO TERMODINÂMICO DIESEL
FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE
CILINDROS MÚLTIPLOS

Os motores de cilindros múltiplos apresentam sempre ordem de ignição.

A ordem de ignição é a sequência das expansões que ocorrem nos cilindros do


motor.

Tem como objetivo o equilíbrio térmico e dinâmico do motor.

O equilíbrio térmico evita que ocorra uma concentração de calor em


determinada parte do motor.

O equilíbrio dinâmico diminui as vibrações decorrentes das forças das


expansões sobre a árvore de manivelas.
FUNCIONAMENTO DOS MOTORES DE
CILINDROS MÚLTIPLOS

• ORDEM DE QUEIMA – MOTORES 4 TEMPOS EM LINHA*

*
COMPONENTES PRINCIPAIS

FIXOS Moveis
• Biela
• Bloco • Pistão/Anel
• Cabeçote • Virabrequim
• Carter • Árvore de comando de válvulas
• Coletor de Admissão* • Válvulas
• Coletor de Escape • Conjunto de acionamento das válvulas
• Polia
• Bomba de óleo
• Bomba - d’agua
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO

É o motor propriamente dito, no qual estão localizados os cilindros ou os furos


para a colocação das camisas
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO

Na parte inferior do bloco estão localizados os alojamentos dos mancais centrais


onde se apoia o virabrequim e em muitos casos o eixo comando de válvulas.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
Os cilindros podem ser usinados diretamente no bloco de ferro fundido
melhorado com a adição de outros metais.

Quando, entretanto, os cilindros são feitos separadamente, em forma de


camisas, o bloco funciona apenas como um suporte para essas camisas e
pode ser confeccionado de ferro fundido comum.

Geralmente, o bloco é fabricado em ferro fundido.

Em alguns tipos de motores utilizam-se ligas de


alumínio.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Camisa e um elemento estático que compõe a estrutura do bloco, proporcionando ao
conjunto um sistema fechado para os gases em expansão, assim como promove a
troca térmica do calor gerado na combustão com a agua ou o ar que circulam ao redor
desta.

Algumas camisas proporcionam o reaproveitamento de blocos.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Brunimento

É a operação que tem como objetivo remover os riscos horizontais deixados


nas camisas após a usinagem interna, proporcionando ao cilindro um
acabamento final uniforme, com ângulo de brunimento e rugosidade
controlada.

Uma de suas funções é reter o óleo lubrificante.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Tipos de Camisas

Camisa molhada ou úmida

Sua parede externa tem contato com a agua do sistema de arrefecimento.

A montagem e realizada sem nenhum ponto de interferência e a vedação externa e


realizada por anéis oring´s, que são posicionados, geralmente, na parte superior e
inferior da camisa.

Após a instalação da camisa, esta fica apoiada no bloco, somente na parte superior.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Tipos de Camisas

Camisa molhada ou úmida


COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Tipos de Camisas

Camisa molhada ou úmida


COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Tipos de Camisas

Camisa Seca
Sua parede externa não tem contato direto com a agua.

Este tipo de camisa e utilizado normalmente para o reaproveitamento de blocos.

Para sua instalação e necessário que exista interferência entre o alojamento no bloco e
a superfície externa da camisa.

Este tipo de camisa não utiliza anéis oring's para a vedação, pois não mantem contato
com a agua do sistema de arrefecimento.

Apos sua instalação no alojamento, sua fixação se faz através da interferência da parte
cilíndrica da camisa com o bloco e, em alguns motores, o apoio também ocorre na
parte superior
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Tipos de Camisas

Camisa Seca
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BLOCO
❑ CAMISAS
Tipos de Camisas

Camisa Seca
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE

Serve de tampa dos cilindros, contra a qual o pistão comprime a mistura


combustível/ar.

Suporta o conjunto de válvulas e em alguns casos também a árvore comando de


válvulas
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE

O cabeçote constitui a parte superior do motor e desempenha diversas funções:

• controla, através de válvulas, a entrada da mistura e a saída dos gases produzidos na


combustão;

• permite a passagem do líquido de arrefecimento e do óleo lubrificante pelos dutos;

• forma as câmaras de combustão mantendo-as vedadas para garantir a compressão


do motor e o máximo aproveitamento da energia produzida na queima do combustível.

O cabeçote é fabricado de ferro fundido ou de ligas leves. Ao ser instalado no bloco, o


cabeçote forma as câmaras de combustão em cada cilindro do motor.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
O cabeçote tem, ainda, cavidades para formar as câmaras de combustão em conjunto
com os cilindros.

Essas câmaras precisam ser hermeticamente fechadas para não haver perda
de compressão.

É por isso que há uma vedação, instalada entre o cabeçote e o bloco.

A vedação entre o cabeçote e o bloco do motor. Isola, também, os condutos, orifícios e


câmaras uns dos outros, para que cada um cumpra suas funções sem sofrer
interferência do outro.

Isso é possível porque as perfurações da vedação, do cabeçote e do bloco se


correspondem perfeitamente.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ TIPOS
COMUM

Os cabeçotes múltiplos do cilindro são usados sobretudo em motores de veículos de passeio e nos motores para
veículo utilitário mais recentes.

Os motores em V com cabeçotes múltiplos do cilindro possuem um cabeçote por cada linha de cilindro.

Nos motores com cabeçotes múltiplos do cilindro, os eixos de comando estão frequentemente instalados no
cabeçote
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ TIPOS INDIVIDUAL

Os cabeçotes individuais são mais utilizados nos motores para veículo utilitário.

Nos motores de combustão, o cabeçote delimita a câmara de combustão acima dos pistões.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas

são elementos de alta precisão, compostos por ponta, haste e cabeça.

São componentes de motores a combustão interna, sujeitos as altas tensões


térmicas e mecânicas.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas

A válvula tem como principais finalidades vedar as áreas de fluxo dos gases no
cabeçote e na câmara, e dissipar o calor gerado na combustão, transferindo-
o para a sede do cabeçote e para a guia.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
A válvula é formada por uma série de partes que
garantem seu funcionamento adequado:

1. Chavetas
2. Prato superior
3. Mola
4. Prato inferior
5. Retentor
1. Cabeçote 6. Guia da válvula
2. Retentor 7. Válvula
3. Haste
4. Guia da haste
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
A forma da válvula é de uma haste cilíndrica, com uma das pontas em forma
de disco, chamada cabeça.

Na outra ponta há uma canaleta.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas

A cabeça da válvula pode ser plana, côncava ou convexa, de acordo com o


formato da câmara de combustão.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
Tipos de Válvulas

Válvula de Admissão
são as aplicadas na região de entrada de gases no cabeçote.

Elas tem como principais funções: controlar a entrada de ar ou ar/combustível


para dentro da câmara de combustão do motor e dissipar o calor gerado na
combustão.

Elas também vedam a câmara de combustão, permitindo que a mistura


admitida para dentro desta seja comprimida a ponto de entrar em combustão
espontânea (ciclo Diesel) ou forcada, através de centelha (ciclo Otto).
A cabeça da válvula de admissão tem um diâmetro maior do que o da cabeça da válvula
de escapamento para facilitar a entrada da mistura no cilindro.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
Tipos de Válvulas
Válvula de Escape

Estas válvulas são utilizadas para permitir a saída dos gases queimados
durante a combustão.

Sua principal função e a de controlar a saída dos gases.

Após a combustão na câmara, os gases gerados tem elevada temperatura


(superior a 800o C) e são altamente corrosivos.

A saída destes gases também ocorre a grande velocidade.

Temos então outra função da válvula, que e a troca térmica do calor absorvido
através da dissipação entre o contato da sua sede com a sede do cabeçote
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas

O motor pode ter várias válvulas por cilindro. Quanto maior a quantidade de
válvulas por cilindro mais durabilidade elas terão, pois poderão ser de tamanho
reduzido, tendo maior facilidade para se refrigerar.

Desta forma, pode haver motores com 8, 16, 20 ou mais válvulas.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• CABEÇOTE
❑ Válvulas
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE COMANDO DE VÁLVULAS

A função deste eixo e abrir as válvulas de admissão e escape.

É acionado pelo virabrequim, através de engrenagem ou corrente, ou ainda


correia dentada
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE COMANDO DE VÁLVULAS

A árvore de comando de válvulas tem as seguintes funções:

• sincroniza a abertura e o fechamento das válvulas com o movimento dos


êmbolos;

• estabelece a ordem de ignição dos cilindros;

• é um dos responsáveis pelo limite de rotação do motor.

Dependendo da marca e do tipo do motor, essa árvore é instalada no bloco do


motor ou no cabeçote.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE COMANDO DE VÁLVULAS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE COMANDO DE VÁLVULAS

partes básicas da árvore de comando de válvulas:

• munhão;

• cames (ressaltos).
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE COMANDO DE VÁLVULAS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE COMANDO DE VÁLVULAS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BALANCINS

A árvore de comando de válvulas aciona as válvulas de admissão e de escapamento


através de um conjunto de dispositivos mecânicos fabricados em aço.

Esse conjunto, chamado conjunto de balancins, abre e fecha as válvulas de acordo com
a ordem de ignição dos cilindros.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BALANCINS
Sua localização mais comum é no cabeçote do motor e, dependendo da marca e do tipo do motor, é movido
diretamente pelos cames da árvore de comando de válvulas ou por meio das hastes e tuchos acionados por essa
árvore.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BALANCINS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BALANCINS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• TUCHOS

Tucho e um elemento mecânico de movimento alternado.

São pecas fundidas, usinadas e recebem diferentes tipos de tratamento


térmico.

Sua finalidade é transmitir os movimentos dos cames da árvore de comando


de válvulas para as hastes de comando de balancins ou, diretamente, às
hastes das válvulas.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• TUCHOS

temos dois tipos de tuchos:

• Tucho mecânico – apoia-se no próprio came, na região da base e na ponta


da válvula, na região interna. O ressalto do came atua diretamente sobre o
tucho, forçando-o contra a válvula até que a pressão da mola e vencida e a
válvula abre. O fechamento da válvula ocorre quando o ressalto passa pelo
tucho.

• Tucho hidráulico – o funcionamento e o mesmo.

A diferença e que a folga atuação hidráulica compensa a folga entre o came e


o tucho.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• TUCHOS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• TUCHOS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA

As válvulas de admissão e de escapamento de cada cilindro devem abrir e


fechar de forma sincronizada com os tempos do motor: admissão, compressão,
combustão e escapamento.

Esses movimentos das válvulas são feitos por meio da árvore de comando de
válvulas que é acionada pela árvore de manivelas.

Essas árvores têm, cada uma, uma engrenagem.

A posição da engrenagem da árvore de comando de válvulas, em relação à


engrenagem da árvore de manivelas, recebe o nome de ponto de referência
da distribuição mecânica.

A relação de rotação dessas árvores é 2:1, ou seja, para cada volta da árvore
de comando de válvulas ocorrem duas voltas da árvore de manivelas.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA

Existem diversos modos de ligação entre a árvore de comando de válvulas e a


árvore de manivelas, de acordo com o tipo de veículo e através dessas
ligações as duas árvores movem-se sicronizadamente:

• com engrenamento direto;

• com corrente;

• com engrenagens intermediárias;

• com correia dentada.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA

As árvores (de manivela e de comando de válvulas) fazem parte da


distribuição mecânica, que é responsável pelo controle da entrada da mistura
no motor e da saída dos gases produzidos na combustão.

Desse modo:

• a mistura de ar e combustível entra, em cada cilindro, no tempo certo;

• ocorre, também no tempo certo, a compressão da mistura;

• os gases resultantes da queima, em cada cilindro, saem por ocasião do


tempo de escapamento.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

De acordo com a localização do comando de válvulas, que controla sua


abertura e fechamento, temos os tipos de motor:

• OHV (over head valve ou válvula no cabeçote):

• OHC (over head camshaft ou comando no cabeçote):

• DOHC (double over head camshaft - duplo comando de válvulas)


COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

OHV (over head valve ou válvula no cabeçote):

• comando de válvulas colocado ao


lado dos cilindros no bloco do motor,
com hastes e balancins acionando as
válvulas localizadas no cabeçote.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

OHV (over head valve ou válvula no cabeçote):


COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

OHV (over head valve ou válvula no cabeçote):


COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

OHC (over head camshaft ou


comando no cabeçote):

• dispensa hastes de válvulas, pois


o comando de válvulas não fica no
bloco, mas no cabeçote.

Esse motor pode suportar, por isso,


um regime de rotação maior que o
OHV.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

OHC (over head camshaft ou comando no cabeçote):


COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

DOHC (double over head camshaft -


duplo comando de válvulas)

• possui dois comandos de válvulas localizados no


cabeçote - um aciona as válvulas de
admissão e o outro, as de escapamento.

Cada comando atua diretamente sobre as válvulas,


sem balancins, aumentando ainda mais o regime de
rotação que o motor pode suportar.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• POSIÇÃO DO COMANDO E TIPO DE MOTOR

DOHC (double over head camshaft - duplo comando de válvulas)


COMPONENTES PRINCIPAIS
• CÁRTER

Tampa inferior do bloco, que protege os componentes inferiores do motor.

É onde esta depositado o óleo lubrificante


COMPONENTES PRINCIPAIS
• CÁRTER
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO

É a parte móvel da câmara de combustão.

Recebe a forca de expansão dos gases queimados, transmitindo-a a biela, por


intermédio de um pino de aço (pino do pistão).

Em geral o pistão é fabricado em liga de alumínio


COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO

Peca de forma cilíndrica, geralmente de liga de alumínio ou ferro fundido, fechada na


parte superior e aberta na parte inferior, adaptando-se perfeitamente
ao diâmetro do cilindro ou da camisa do motor.

O pistão transmite, através de um movimento alternado, a forca, devido a pressão dos


gases em expansão, por intermédio do pino e da biela, para o virabrequim.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO

Por isso, o êmbolo tem as seguintes características:

• baixo peso específico para mover-se com facilidade;

• alta resistência;

• rápida dissipação (saída) do calor.

O êmbolo pode ter um revestimento metálico de chumbo ou estanho para proteger a


superfície de deslizamento do cilindro, caso ocorra má lubrificação por alguns instantes.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO

O êmbolo é fabricado em liga de alumínio e tem forma cilíndrica; a parte


superior é fechada e a inferior é aberta.

Suas partes principais são:

• cabeça;

• zona dos anéis;

• saia;

• alojamento do pino.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO

A cabeça, parte superior do êmbolo, recebe a força de expansão dos gases de


combustão.

Pode ter superfície plana, côncava ou convexa.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO

Na parte lateral da cabeça ficam as canaletas que alojam os anéis – essa é a


chamada zona dos anéis.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

Os anéis de segmento são instalados na cabeça do êmbolo.

Têm a forma circular e são fabricados de ferro fundido ou de aços especiais.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

Os anéis cumprem as seguintes funções:

• vedação, impedindo a saída da mistura na compressão e dos gases na


combustão;

• dissipação do calor, fazendo-o passar dos êmbolos para os cilindros e, daí,


para o sistema de arrefecimento.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

Tipos básicos de anéis de segmento:

• de compressão (vedação)

• raspadores

• de óleo
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
Dissipação contínua do calor

O gerenciamento da temperatura é uma função muito importante dos anéis de segmento.

A maior parte do calor absorvido pelo pistão durante a combustão é descarregada para o cilindro pelos anéis de
segmento.

Sem esta dissipação contínua de calor, o pistão de alumínio entraria no estado de fusão em poucos minutos.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

de compressão (vedação)

É responsável por efetuar a vedação da câmara de combustão, evitando assim


a passagem de gases da combustão para o cárter.

Grosseiramente, o anel de compressão tem uma capacidade de vedação de


80%.

Efetua a troca do calor absorvido pelo pistão durante a combustão e


transmite-o para a parede do cilindro
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

de compressão (vedação)
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

de compressão (vedação)
A pressão deve ser...

Durante o funcionamento do motor as pressões resultantes da combustão são utilizadas em grande proporção
para que os anéis cumpram suas funções de vedação na integra.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

Compressão/Raspador

É responsável pela raspagem do excesso de óleo lubrificante existente na


parede do cilindro e também auxilia na troca de calor
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

Compressão/Raspador
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

De Óleo

É responsável pelo controle do filme de óleo lubrificante na parede do cilindro e por


devolver o excesso de óleo para o cárter
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO

De Óleo
Funcionamento assegurado

Nos anéis de seguimento coletores de óleo, as duas extremidade de sua face tem a função de controlar a
espessura do filme de óleo (1-2μm) para efetuar a lubrificação necessária.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• PISTÃO
❑ ANÉIS DE SEGMENTO
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BIELA

Braço de ligação entre o pistão e o virabrequim; recebe o impulso do pistão,


transmitindo-o ao virabrequim.

É importante salientar que este conjunto transforma o movimento retilíneo alternado do


pistão em movimento rotativo do virabrequim
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BIELA
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BIELA

O pé da biela tem um furo onde é colocado um pino por meio de bucha ou sob
interferência mecânica.

Esse pino é ligado ao êmbolo.

Pé da Biela
COMPONENTES PRINCIPAIS
• BIELA

A biela tem três partes:

- O pé que é a parte ligada ao pistão

- O corpo que é parte central da biela e que


tem a forma de um “I” para aumentar a rigidez

- A cabeça que faz a ligação com o virabrequim


COMPONENTES PRINCIPAIS
• CASQUILHOS OU BRONZINAS

A função principal de uma bronzina e reduzir o atrito entre uma parte móvel de um
motor e a parte estática a ela ligada. Além disso, ela deve suportar a parte móvel.

Esta ultima função exige que a bronzina resista a cargas muito altas, particularmente,
cargas de alto impacto causadas pela combustão que ocorre no motor.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CASQUILHOS OU BRONZINAS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CASQUILHOS OU BRONZINAS

Nos motores de combustão interna os casquilhos são empregados na árvore


de manivela e em alguns tipos de árvore de comando de válvulas.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• CASQUILHOS OU BRONZINAS

O casquilho é constituído basicamente de:

• ressalto de localização;

• canal de óleo;

• orifício de óleo.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE MANIVELAS

A manivela é um dispositivo mecânico que permite fazer a rotação de um eixo


usando menor esforço através de uma alavanca.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE MANIVELAS

A Árvore de Manivelas do motor é o eixo motor propriamente dito, o qual na


maioria das vezes e instalado na parte inferior do bloco, recebendo ainda as
bielas que lhe imprimem movimento.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE MANIVELAS
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE MANIVELAS

A árvore de manivelas, ao receber esta força, que é transmitida pelas bielas,


passa a girar, transmitindo potência ao volante para impulsionar o veículo.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE MANIVELAS

As partes das manivelas ligadas ao bloco recebem o nome de munhões, e as


que recebem as bielas o nome de moentes.

O número de moentes é igual ao número de cilindros.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• ÁRVORE DE MANIVELAS

Para proporcionar o balanceamento do virabrequim existem contrapesos, a fim


de evitar também a transmissão de vibrações aos outros órgãos do motor.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• VOLANTE DO MOTOR

O volante do motor é preso ao flange da extremidade traseira da árvore de


manivelas.

Possui em sua periferia uma cremalheira de aço, onde se engrena o pinhão


impulsor do motor de partida nas primeiras rotações do motor.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• VOLANTE DO MOTOR
COMPONENTES PRINCIPAIS
• VOLANTE DO MOTOR

O volante é confeccionado de aço ou de ferro fundido.

É balanceado na fábrica por meio da remoção de material.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• VOLANTE DO MOTOR

• INÍCIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR

Dada a partida, o pinhão do motor engrena-se com a cremalheira do volante.


Transmite, assim, rotação ao motor, até que ele inicie seu funcionamento.

• COMPENSAÇÃO DOS TEMPOS IMPRODUTIVOS

O volante do motor adquire energia cinética no tempo produtivo (tempo de


combustão) que utiliza nos tempos auxiliares (escape, admissão e
compressão).

É como uma bicicleta que continua um pouco seu movimento depois de


pararmos de pedalar.

Essa função é a mais importante das realizadas pelo volante do motor.


COMPONENTES PRINCIPAIS
• VOLANTE DO MOTOR

• ACOPLAMENTO COM A EMBREAGEM

O platô da embreagem é fixado, por meio de parafusos, na superfície de


assentamento do platô.

Em uma faixa circular do volante, situada entre a parte central do volante e sua
superfície de assentamento do platô, está a superfície de assentamento do
disco.
COMPONENTES PRINCIPAIS
• VOLANTE DO MOTOR

O volante deve regularizar o movimento do motor.

Quanto mais pesado for o volante, menores serão as variações.

Em contrapartida, a aceleração do motor será mais lenta.

Se o volante for leve o motor apresentará irregularidades de funcionamento,


mas terá aceleração rápida.
SISTEMAS DO MOTOR
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

O propósito do sistema de lubrificação do motor é duplo, a saber:

• reduzir a um mínimo o atrito;


• reduzir a um mínimo o calor gerado, mantendo a temperatura das pecas
moveis dentro dos limites toleráveis.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

O sistema de lubrificação de um motor e composto por diversos componentes que


fazem circular o óleo no sistema, controlam a pressão do mesmo e fazem a sua
filtragem, de maneira que haja uma lubrificação adequada em todas as áreas de atrito
sob as diversas condições de operação.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Os componentes básicos do sistema de lubrificação são os seguintes:

• Cárter;
• Bomba de óleo;
• Válvula reguladora de pressão;
• Filtro de óleo;
• Galerias superiores e inferiores;
• Canais de lubrificação;
• Captador de Óleo (Pescador)
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Quando o motor está em funcionamento, sua rotação aciona a bomba de óleo.


Esse acionamento pode ser feito, dependendo da marca e do modelo do
veículo, por um dos seguintes meios:

• árvore de manivelas;

• árvore de comando de válvulas;

• engrenagens;

• árvore de comando auxiliar ligada a uma correia dentada.


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

A bomba de óleo mantém o óleo lubrificante em circulação forçada através das


partes
móveis do motor.

A pressão com que o óleo circula pode ser muito grande (sobre pressão),
principalmente quando o motor está frio e o óleo, por esse motivo, mais denso.

Para controlar essa pressão, o sistema de lubrificação possui uma válvula


reguladora de pressão.

A bomba transporta o óleo do cárter e o injeta, sob pressão, no filtro de óleo.

O óleo deixa suas impurezas no filtro e flui pelos canais de lubrificação até as
partes móveis do motor.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Os canais de lubrificação são dutos existentes nas paredes do bloco e do cabeçote do


motor.

O óleo atinge também, as galerias superiores do motor, de onde retorna ao cárter, por
gravidade.

No cárter, o óleo é arrefecido e novamente é colocado em circulação.


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ CÁRTER

O cárter inferior compõe-se basicamente de:

• corpo (depósito);
• bujão;
• sede de junta;
• placa atenuadora.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ FILTRO DE ÓLEO

O filtro de óleo é constituído, basicamente de:

• carcaça;
• grade metálica;
• elemento filtrante;
• válvula de segurança;
• válvula de retenção.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ FILTRO DE ÓLEO

A válvula de segurança permite a passagem do óleo lubrificante, garantindo a


lubrificação do motor caso o filtro sofra um entupimento.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ BOMBA DE ÓLEO

A bomba de óleo tem como finalidade manter o óleo do sistema de lubrificação em


circulação forçada através das partes móveis do motor que estão sujeitas à lubrificação.

Dependendo da marca e do tipo de veículo, a bomba de óleo é instalada na parte


interna ou na parte externa do motor.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ BOMBA DE ÓLEO

As bombas de óleo mais comuns para veículos automotores podem ser


de:

• engrenagens;
• rotor;
• êmbolo.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ BOMBA DE ÓLEO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ BOMBA DE ÓLEO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
❑ BOMBA DE ÓLEO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

Folga de lubrificação das bronzinas e das buchas

A folga de lubrificação e a diferença entre o diâmetro interno da bronzina ou da bucha e


o diâmetro externo do respectivo eixo

A folga de lubrificação é o fator mais importante que influi


na operação correta do sistema de lubrificação sob pressão.

Cada fabricante de motor especifica determinadas folgas


para bronzinas e buchas que devem ser observadas.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO

Cabe a esse sistema levar o ar até os cilindros do motor, e a mistura ar


combustível, no caso de motores equipados com carburador ou com injeção
monoponto.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ FILTRO DE AR
O ar aspirado pelo motor contém partículas em suspensão e estas devem ser
eliminadas para evitar que haja desgaste das paredes dos cilindros, assentos das
válvulas, etc.

Várias soluções se apresentaram sendo a mais utilizada aquela que emprega o papel
como elemento filtrante.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ COLETOR DE ADMISSÃO

Tem como função conduzir a mistura ou ar de admissão até a câmara de combustão.


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ COLETOR DE ADMISSÃO

Responsável por conduzir o ar ou a mistura ar combustível até o cabeçote do


motor, o coletor geralmente é feito em plástico, alumínio ou ferro fundido.

A geometria e comprimento do mesmo é alvo de estudos do fabricante com


relação ao comportamento desejado do motor
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ CORPO DE BORBOLETA

Fixado no coletor de admissão, o corpo de borboleta tem a importante missão de dosar


a quantidade de ar que o motor irá admitir, correspondente à solicitação do acelerador
que está fisicamente conectado, através de um conjunto de articulações, à válvula de
borboleta.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR

Os turbo compressores são dispositivos que aproveitam a inércia dos gases de


escapamento para movimentar um compressor que irá comprimir o ar de
admissão.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR

o turbo compressor, conhecido popularmente como turbo, é basicamente uma


bomba de ar.

O turbo compressor tem a função de comprimir fazendo caber mais massa de


ar dentro do mesmo volume das câmaras de combustão e isto,
consequentemente, favorece a combustão demais combustível, gerando mais
potência e torque no motor.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR

A turbina e compressor estão montados em um eixo comum e a lubrificação é


efetuada pelo óleo do motor
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR

Característica do turbo-alimentador.

∙ Dá a possibilidade a um motor pequeno de ter a mesma potência que um motor


muito maior.

∙ Torna motores maiores ainda mais potentes e auxilia na redução da emissão de


gases poluentes, pois o turbo injeta mais ar ao motor fazendo com que a combustão
seja mais completa e mais limpa.

∙ Diminui o consumo de combustível.


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR
válvula waste gate
A pressão gerada pelo compressor é proporcional ao fluxo de gases de escape.

Para evitar que pressões excessivas venham a danificar o motor, um controle de sobre
pressão é utilizado.

Um desvio (by pass) é acionado por uma válvula acionada pneumaticamente (válvula
waste gate)
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR
válvula waste gate
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR
válvula waste gate
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ TURBO COMPRESSOR
válvula waste gate
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ INTERCOOLER/AFTERCOOLER

O ar comprimido sai da carcaça do compressor muito quente, por causa dos efeitos do
compressor-turbina e do atrito.

O calor provoca a expansão dos fluídos diminuindo a sua densidade.

Então, torna-se necessário fazer com que o ar se resfrie de alguma maneira antes de
ser recebido pelas câmaras de combustão do motor.

Isto é o que faz o aftercooler ou intercooler


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ INTERCOOLER/AFTERCOOLER

Ele reduz a temperatura do ar admitido fazendo com que ele fique ainda mais denso
quando entra na câmara.

O cooler também ajuda a manter a temperatura baixa dentro da câmara de combustão.

O cooler localiza-se no circuito de ar entre o turbo e cilindro do motor.


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ADMISSÃO
❑ INTERCOOLER/AFTERCOOLER
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO

Cabe ao sistema de escapamento descartar o mais rapidamente possível, em


um ponto conveniente do veículo, os gases resultantes da queima do
combustível no motor.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO

O sistema também deve atender aos seguintes requisitos:

∙ A perda de potência do motor, devido à restrição no escoamento dos gases,


deve ser mínima;

∙ O sistema deve contribuir para manter em níveis adequados às emissões


de gases poluentes;

∙ O ruído interno e externo deve atender às legislações e requisitos de projeto


do veículo;
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO

O sistema também deve atender aos seguintes requisitos:

∙ O trajeto dos tubos de escapamento e a posição dos seus componentes


devem ser estabelecidos de forma a proteger termicamente o tanque de
combustível, componentes mecânicos sensíveis e o compartimento de
passageiros;

∙ O sistema deve ter proteção adequada quanto à corrosão e ataque de


resíduos químicos decorrentes da combustão;

∙ Uma distância mínima deve ser prevista com relação a peças mecânicas
móveis e com relação ao solo, para evitar impactos e ruídos;

∙ A fixação do sistema à carroceria deve ser tal que não transmita as


vibrações do motor.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ COLETOR DE ESCAPAMENTO

Direciona ao tubo dianteiro os gases de escapamento.

O coletor de escapamento está conectado ao cabeçote, realizando a coleta e a


distribuição dos gases saídos dos cilindros ao tubo.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ COLETOR DE ESCAPAMENTO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ CATALISADOR
O conversor catalítico ou catalisador é utilizado em motores do ciclo Otto.

Trata-se de um equipamento de controle de poluição de efeito corretivo, pois


atua após a formação dos poluentes.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ CATALISADOR

Dependendo de suas características e condição de funcionamento, o


catalisador pode reduzir em cerca de 90%, a quantidade de:

• monóxido de carbono (CO);


• hidrocarbonetos (HC);
• óxidos de nitrogênio (NOx);
• e outras substâncias (como aldeídos e álcoois).
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ CATALISADOR
O processo de funcionamento do catalisador é termoquímico, transformando as
substâncias poluentes apresentadas em componentes inofensivos, como água (H2O),
dióxido de carbono (CO2) e nitrogênio (N2).
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ CATALISADOR

O catalisador é constituído de uma carcaça de aço especial que externamente se


assemelha a um abafador.

Uma camada elástica fixa um corpo cerâmico (ou de metal), no interior da


carcaça.

Esse corpo interno é impregnado com pequenas quantidades de metais nobres, que
constituem a parte ativa do catalisador.

Os metais mais usados no processo são: ródio, platina, paládio, cério, rutênio e níquel.

O catalisador é instalado no sistema de escapamento, em uma posição que proporcione


a temperatura ideal de funcionamento, na faixa de 300 e 400oC.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ CATALISADOR
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ SILENCIOSO/SILENCIADOR

A partir do redirecionamento dos gases em seu interior reduz ruídos gerados


pela combustão dos gases no motor e ruídos provocados pelo choque dos
gases com o meio ambiente.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ESCAPAMENTO
❑ SILENCIOSO/SILENCIADOR

Fluxos de gases e ondas sonoras são redirecionados por tubos abertos e


câmaras, de tal forma que as ondas sonoras, correndo para frente e para trás,
se anulam por interferência
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO

O sistema de arrefecimento e muito importante porque ele tem por finalidade


absorver o excesso de calor gerado durante o funcionamento do motor,
mantendo a temperatura do mesmo dentro dos limites especificados em seu
projeto.

Em resumo, a função do sistema de arrefecimento é manter a temperatura


correta do motor, retirando o calor indesejado gerado pela combustão e pela
fricção das peças.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Normalmente composto de bomba - d’agua, radiador, ventilador, válvula termostática,
tanque de expansão e tampa
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO

O sistema de arrefecimento é o responsável pela troca de calor do motor com o meio


ambiente, regulando sua temperatura de trabalho.

O calor é transmitido ao fluido de arrefecimento que circula no bloco e cabeçotes do


motor e posteriormente dissipado para o ambiente ao passar pelo radiador.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO

Como consequência da evolução dos motores e dos sistemas de


arrefecimento, há necessidade de uma quantidade de aditivos especiais
misturados à água do radiador.

Por isso, esta água passou a chamar-se: Solução de Arrefecimento ou Líquido


de Arrefecimento..
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO

Os aditivos geralmente são à base de etileno glicol, um produto que entra em ebulição
a 197ºC (sob pressão atmosférica) e que se mistura perfeitamente à água, além de
possuir qualidades antioxidantes, que mantém todo o sistema limpo, impedindo a
formação de crostas que dificultam a circulação do líquido de arrefecimento, engrossam
as paredes dos componentes cuja temperatura precisam arrefecer e depositam-se nos
sensores e interruptores térmicos, modificando suas reações.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO

A água, misturada ao etileno glicol em proporções ideais, ferve a 118 ou 119ºC,


reduzindo a possibilidade de formação de vapor no interior das galerias do sistema,
possibilitando que os componentes atuem de forma mais efetiva.

Outra função do aditivo é sua atuação no ponto de congelamento da água (congela-


se a 0ºC).

Quando a água se congela seu volume aumenta, pressionando os elementos internos


do motor.

Com aditivo o congelamento da água ocorre a aproximadamente -25ºC.

A quantidade de aditivo misturado à água é determinada pelo fabricante do sistema de


arrefecimento, mas na maioria dos veículos a proporção é, em média, 60% de água e
40% de aditivo.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ BOMBA D´ÁGUA

A bomba d.água está posicionada, na maioria dos veículos, junto ao bloco do motor,
sendo acionada pela correia da árvore de manivelas.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ BOMBA D´ÁGUA

Acompanhando a rotação do motor, pode absorver até 15% da eficiência do motor.

Sua função é criar pressão para impulsionar o líquido de arrefecimento para que circule
por todas as galerias do motor e do radiador.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ RADIADOR

O radiador possui dutos internos para a circulação do líquido de arrefecimento, providos


de aletas que direcionam o fluxo de ar e auxiliam a dissipar o calor, diminuindo a
temperatura do líquido
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ VÁLVULA TERMOSTÁTICA
A válvula termostática é um componente instalado geralmente entre o motor e
o radiador.

Sua função é proporcionar um aquecimento mais rápido do motor e depois


manter a temperatura dentro de uma faixa ideal de trabalho, controlando o
fluxo de líquido de arrefecimento, do motor para o radiador.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ VÁLVULA TERMOSTÁTICA
Enquanto o motor está frio, o líquido circula somente em suas galerias internas, para
aquecer-se rapidamente.

Ao atingir a temperatura especificada, a válvula abre-se através da ação da cera


expansiva (aumenta seu volume em função da temperatura) permitindo que o líquido
passe para o radiador, abaixando a temperatura e mantendo a pressão no sistema.

Quando o motor esfria, a válvula fecha-se novamente.


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ VÁLVULA TERMOSTÁTICA
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ VÁLVULA TERMOSTÁTICA
Considerando que cada motor funciona a uma temperatura específica, as válvulas
termostáticas também são específicas.

Cada válvula possui uma temperatura calibrada, indicada por um código, onde a
abertura e o fechamento já estão pré-determinados.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ VÁLVULA TERMOSTÁTICA

ATENÇÃO: Veículos não devem funcionar sem a válvula termostática, principalmente


os equipados com injeção eletrônica, pois o motor não alcançará a temperatura ideal
especificada.

O módulo de controle eletrônico enriquecerá a mistura de ar e combustível, causando


falhas, consumo excessivo de combustível e maior emissão de poluentes.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ RESERVATÓRIO DE EXPANSÃO
E um dispositivo que serve para armazenar o liquido arrefecedor que se expandiu do
radiador devido ao seu aquecimento.

Quando o motor esfria, surge um vácuo no radiador que faz o liquido arrefecedor
retornar do tanque expansor para o mesmo.

Com isso mantem-se a quantidade do liquido arrefecedor constante no sistema,


evitando-se frequentes reposições
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ARREFECIMENTO
❑ ELETROVENTILADOR

Dispositivo destinado a forçar a passagem de ar através do conjunto tubos e aletas do


radiador.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO

O sistema de alimentação mistura o combustível proveniente do tanque de combustível


com ar e envia esta mistura para o motor, sob a forma de gotículas de combustível
suspensas no ar.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
❑ TANQUE DE COMBUSTÍVEL

É o componente responsável pelo armazenamento do combustível no veículo, está em


direto contato com este, e por isso precisa ser feito de materiais que resistam ao ataque
químico do combustível.

Foi bastante fabricado em aço e revestido internamente por camadas de estanho,


chumbo ou cromo com finalidade de proteção contra corrosão.

Posteriormente este material teve de ser substituído para resistir ao uso de etanol.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
❑ BOMBA DE COMBUSTÍVEL

De uma maneira mais clara, ela tem a função de deslocar o combustível que
está no tanque para o sistema de alimentação do motor, suprindo, assim, todas
as suas condições de trabalho, como carga, rotação e temperatura.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
❑ FILTRO DE COMBUSTÍVEL
O filtro de combustível de um veículo tem a importante missão de filtrar as impurezas
do combustível para não danificar os componentes da injeção eletrônica do motor ou
do carburador, nos casos dos carros mais antigos.

Partículas de sujeira como poeira, ferrugem e resíduos, muitas vezes provenientes do


tanque de combustível ou do armazenamento no posto de abastecimento, são
prejudiciais e podem causar avarias sérias ao conjunto.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
❑ FILTRO DE COMBUSTÍVEL
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DIESEL
❑ BOMBA INJETORA

As bombas injetoras, rotativas ou em linha, para que funcionem, são instaladas no


motor sincronizadas com os movimentos da árvore de manivelas.
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DIESEL
❑ BOMBA ALIMENTADORA

Tem a finalidade de enviar o combustível do tanque (baixa pressão) até a bomba


injetora
SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DIESEL
❑ FILTRO DE COMBUSTÍVEL

Evita que partículas contidas no combustível atinjam a bomba injetora


SISTEMAS DO MOTOR
• SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DIESEL
❑ INJETORES

Pulverizam o combustível no interior da câmara de combustão no final do tempo de


compressão
SISTEMAS DO MOTOR
• REFERÊNCIAS

BOSCH, R. Manual de Tecnologia Automotiva. 25. Ed. São Paulo: Edgard Blucher,
2005.

BRUNETTI, F. Motores de Combustão interna. 2. Ed. São Paulo: Blucher, 2018.


Volume 1.

MARTINS, J. Motores de Combustão Interna. 3. Ed. Porto, Portugal: Publindústria, 2011.


SISTEMAS DO MOTOR
• REFERÊNCIAS
OBRIGADO!
diego.pedro@fieb.org.br // diegomarcos.ensino@gmail.

Você também pode gostar