Mobilidade
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É preciso conhecer os impactos econômicos, ambientais e na saúde que esse modo de transporte
implica, nas cidades brasileiras.
Comparado com os demais modos, os automóveis são responsáveis por 83% dos acidentes e 68%
das emissões de poluentes.
Estresse, transtornos de ansiedade, depressão são doenças que acometem 29,6% da população
de São Paulo, segundo pesquisa do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica da USP.
Dentre cidades de 24 países pesquisados, São Paulo é a que apresenta o maior comprometimento
de saúde da população e parte importante disso é atribuída ao tráfego de veículos (Andrade, 2012).
Quase o dobro do número de pessoas mortas em acidentes de trânsito ficam com algum grau de
deficiência. Os elevados níveis de poluição na cidade de São Paulo são responsáveis pela redução
da expectativa de vida em cerca de um ano e meio.
✓Aproximadamente 12% das internações respiratórias em São Paulo são atribuíveis à poluição
do ar.
✓Um em cada dez infartos do miocárdio são o produto da associação entre tráfego e poluição
✓Os níveis atuais de poluição do ar respondem por 4 mil mortes prematuras ao ano na cidade.
Distribuição dos deslocamentos por modo de transporte, em 438 cidades brasileiras com mais
de 60 mil habitantes - gráfico
• Embora o número de viagens não motorizadas seja alto, esse dado não indica que as cidades
atingiram o equilíbrio de aproximar casa, trabalho, estudo e demais equipamentos e serviços urbanos
que demandam viagens diárias. Mas ao contrário, que a população na periferia, principalmente os
jovens, vivem o destino do "exílio na periferia" - como chamou Milton Santos, deslocando-se a pé.
O Metrô, em cidades de grande porte, seria o modal de estruturação dos demais sistemas de
transporte.
CPTM/SP -270km de vias, transporta mais de 2,8 milhões de passageiros por dia;
Supervia /RJ -270 km de trilhos, transporta 620 mil pessoas por dia útil em média.
Metrô de São Paulo - 101 km, leva diariamente mais 4,4 milhões de pessoas.
Esse desempenho tem a ver com fatores como intervalo baixo de trens, eficiência da rede e estações
mais bem distribuídas, embora ainda seja uma rede pequena e com vários gargalos justamente por
isso.
Hoje as seis linhas existentes transportam cerca de 5 milhões de passageiros, um número que faz do
sistema um dos maiores do mundo a despeito da extensão. É um volume muito próximo ao do metrô
de Nova York mas com apenas 84 estações contra 472 do sistema americano.
O metrô londrino ou nova - iorquino, de 1863 e 1904, respectivamente, enquanto o de São Paulo é
de 1974.
A rede de Metrô de São Paulo ainda é extremamente reduzida quando comparada com outras
metrópoles do mundo, inclusive da América Latina como a Cidade do México. No entanto, ela é
também altamente 'eficiente' estando entre as primeiras em número de passageiros transportados
por quilômetro de linha.
O Sistema Municipal de Transporte de São Paulo é composto por uma rede integrada,criada pela
Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, em conjunto com a SPTrans. Essa rede permite
um deslocamento mais rápido e a racionalização do uso dos meios de transporte na cidade. O
sistema é operado por 16 consórcios, formados por empresas privadas e cooperativas, responsáveis
pela operação de 15 mil veículos.
Subsistema Local Alimenta a malha estrutural e atende aos deslocamentos internos nos subcentros
com linhas operadas por ônibus comuns e veículos de menor porte, como micro e mini ônibus.
Ao todo, são 2.349 linhas de ônibus (a ida e a volta de uma linha são consideradas como duas linhas
distintas) municipais.
O CEM analisou informações de horários de primeira e última partida, extensão da linha, área do
sistema interligado de onde a linha parte (divisão regional da SPTrans), subsistema a que a linha
pertence, classe diurna ou noturna e a quantidade de segmentos de logradouro que a compõe.
Mais de 99% das linhas, 2.337, possuem também informações completas a respeito da dos
passageiros transportados em média por dia, as formas de pagamento da tarifa e gratuidades
utilizadas e sobre a empresa responsável pela operação da linha.
Apresentados dados como o itinerário das linhas (ida e volta), carregamento de passageiros,
empresas responsáveis, conjunto da frota e data de criação das linhas, no território da cidade e a
consistência empírica de argumentos agenciados por técnicos e burocracias como justificativa para
projetos de “ racionalização das linhas de ônibus ” , por meio da identificação do grau de
sobreposição e extensão da rede, permitem avaliar a desigualdade de acesso aos serviços.
Os corredores de ônibus implantados, mostram que nem tudo depende de obras e grandes recursos.
O tempo gasto no transporte coletivo em alguns trajetos diminuiu com a implementação dos
corredores.
União - cabe, apoiar projetos de infraestrutura do Sistema de Mobilidade Urbana; garantir que os
requisitos de enquadramento e seleção de propostas atendam a PNMU, com
fomento, principalmente, ao transporte público coletivo de grande e média capacidades; que
contemplem os deslocamentos não motorizados; a ocupação adequada do solo e que assistam à
população não só em suas necessidades de locomoção, mas que também contemplem o
planejamento local da mobilidade urbana, cujo principal instrumento é o Plano de Mobilidade Urbana.
Estado – cabe a obrigatoriedade de prestar os serviços de transporte público coletivo intermunicipais
de caráter urbano, diretamente ou por delegação; propor política tributária específica de incentivos à
implantação da PNMU; e garantir apoio e promover integração dos serviços nas áreas que
ultrapassem os limites de um município.
Municípios - devem planejar, executar e avaliar a política de mobilidade urbana, promover a
regulamentação adequada, prestar os serviços de transporte público coletivo urbano (caráter
essencial) além de capacitar pessoas e desenvolver instituições vinculadas à política de mobilidade
urbana local.
Demanda por mobilidade urbana - A PNMU/ 2012 traz orientações de como gerir a demanda por
mobilidade, reduzir a circulação em determinadas regiões da cidade, favorecer o uso de bicicletas,
promover deslocamentos exclusivos de pedestres, controlar emissões de gases em locais críticos,
enfim, usar do poder de polícia para determinar a forma de utilização do espaço urbano, de modo a
garantir a qualidade de vida de seus cidadãos, com vistas à redução de congestionamento.
- A PNMU garante a prioridade do transporte não motorizado sobre o transporte individual
motorizado, independentemente do tamanho das cidades. Essa obrigatoriedade, para estar
adequada à Lei Federal, deve ser materializada nos Planos de Mobilidade Urbana.
- Em muitas cidades, sobretudo as com até 60 mil habitantes, não há linhas de ônibus
municipais, e o transporte à propulsão humana, a pé ou bicicleta, é o principal meio de
locomoção.