FELIPE E THIAGO Correção TCC
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Em contraponto Luiz Regis Prado (2011, p.182) discorda e afirma que tal
pricípio surgiu com o alemão Claus Roxin:
No brasil esse princípio tem extrema relevância, embora não esteja positivado no
ordenamento jurídico, ele vem sendo diversas vezes objeto de discussão no supremo
tribunal federal, e amplamente aplicado por eles.
Segundo Florenzano 2018 a primeira aparição desse princípio foi Habeas Corpus
nº 66.869-1/PR, em 06.12.1988, em um caso que discutia a lesão corporal em acidente
de trânsito, em que decidiu que a lesão corporal era irrelevante por isso não foi
configurado o crime.
CONCEITO ANALÍTICO DO CRIME
No brasil não se tem um conceito de crime específico. Entretanto, tem-se uma
conceituação genérica que dispõe “Considera-se crime a infração penal que a lei comina
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa” (BRASIL, 2011).
Devida a essa lacuna surge a conceituação de diversos doutrinadores que procura
sanar tal brecha. Sendo que o conceito de crime não é único. Existe doutrinadores que
adota o conceito analítico em um aspecto bipartite que acredita que o crime deve ter
dois aspectos se amoldar no que dispõe a lei e a reprovação de tal conduta dentro do
ordenamento jurídico, ou seja, nessa teoria o crime é o fato típico e ilícito.
(FERREIRA,2018).
Entretanto, o entendimento majoritário entre os doutrinadores brasileiros é o da
teoria tripartida em que conceitua crime através de três elementos: fato típico, ílicito e
culpável.
O fato típico deve ser analisado se a conduta do agente possui elementos de
dolo, culpa, comissão, omissão, tipicidade, resultado e nexo de causalidade. Já conduta
diz respeito a vontade do agente podendo ser dolosa ou culposa. Por fim, a ilicitude
onde vai analisar se a conduta do agente não foi pautada em nenhuma excludente de
ilicitude tal como estado de necessidade, legitima defesa, estrito cumprimento do dever
legal.
TIPICIDADE
Para discutir o princípio da insignificância é de suma importância discorrer sobre a
tipicidade do crime, visto que, tal princípio discute a materialidade e a não ofensa ao bem
jurídico tutelado.
A tipicidade penal, que caracteriza o fato típico, divide-se em tipicidade formal e
conglobante. A tipicidade formal é a adequação da conduta realizada pelo agente ao tipo
previsto na norma penal como crime. Na tipicidade conglobante, analisa-se dois requisitos:
antinormatividade e a tipicidade material. O princípio da insignificância deve enquadrar no
segundo requisito. (Prado, 2015).
DELEGADO DE POLÍCIA
IV - Polícias civis;
Como expresso pela própria Carta Magna, as polícias judiciárias são dirigidas
pelos delegados de polícia, os quais farão a investigação da ocorrência do fato delitivo e
prestará as informações necessárias para que possa formular, por meio de inquérito, a
elucidação dos fatos para as devidas providências pelo Ministério Público.
Dessa forma, fica evidente a função do delegado de garantidor da ordem e aquele que
primeiramente terá contato com o fato delituoso, promovendo as diligências necessárias para
chegar a autoria do crime por meio do inquérito policial.
Portanto, o delegado é uma das peças principais dentro do direito penal sendo seus
trabalhos garantido constitucionalmente e sendo indispensável. Assim seria coerente esse
aplicar o princípio da insignificância conforme será analisado posteriormente.
INQUERITO POLICIAL
O inquérito policial é um mecanismo de utilização pelo delegado de polícia
judiciária que visa o colhimento de elementos de informação e o andamento da fase
investigativa
O inquérito policial é um instrumento utilizado para a elucidação de
crimes, e o seu surgimento se dá desde os tempos imemoriais, quando usado
como instrumento de repressão do Estado, sendo introduzido no ordenamento
jurídico brasileiro no ano de 1871. Em uma democracia, embora o Inquérito
seja instrumento inquisitivo, há regras que devem ser observadas, sob pena
de abuso de autoridade de quem conduz a investigação e restrição indevida
de garantias fundamentais (MORAIS,2019, p.03).
O inquérito policial pode ser apresentado de três formas sendo elas acusatória,
inquisitória e mista. No sistema acusatório garante ao réu a ampla defesa, ou seja,
condições de igualdade. O ordenamento jurídico brasileiro adota o sistema acusatório.
Em contrapartida no sistema inquisitório uma só pessoa faria as funções de acusação e
julgamento, não havendo o direito de defesa. Já o sistema misto reuniria aspecto dos
dois modelos inquisitório no momento da instrução e o resto seria sob aspecto
acusatório. (DARBAN 2012).
Ele deve ser escrito, não podendo de maneira alguma ser apresentado de forma
oral, entretanto, não há necessidade de ser manuscrito, podendo se apresentado de forma
digitalizada.
Uma vez instaurado o inquérito ele não pode mais ser arquivado, se o delegado
perceber que existe alguma irregularidade, ou sendo o caso atípico ele poderá constar no
procedimento, entretanto não cabe a ele o arquivamento.
Assim, sendo o fato atípico o delegado policial estaria dentro das atribuições
legais, visto que, somente é possível o trancamento do inquérito diante da atipicidade do
fato. podendo o mistério público pedir o arquivamento dele. Nesses casos a ausência da
tipicidade exclui o crime não sendo possível a realização de prisão em flagrante de um
delito não tutelado pelo direito penal. (CASTRO, 2015).
pública. (PEREIRA,2021,p.56).
PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro / Luiz Reges Prado, Érika Mendes de
Carvalho, Gisele Mendes de Carvalho. 14. ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2015