Ficha Agropecuaria

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 16

 Fruticultura

Logicamente que já viste nas ruas, casas, jardins, campos agrícolas ou


parques com árvores. Entre as várias árvores, estão presentes as árvores que
dão frutas (fruteiras), cujos frutos, são muito importantes para a alimentação
do Homem. Assim sendo, define-se fruticultura como a parte da agricultura
que estuda as técnicas de plantio ou produção de árvores fruteiras.

 Importância da fruticultura.
O estudo da fruticultura reveste-se de grande importância, uma vez que é
com base nela que se pode produzir frutas com valor e ou interesse não só
comercial, mas também com uma visão direccionada a redução do índice de
subnutrição e vitaminose nas zonas rurais, suburbanas e urbanas,
contribuindo para uma harmonia na saúde e hábitos alimentares das
populações. - Ajuda na regulação e diminuição dos níveis de poluição
ambiental, produzindo oxigénio; e - Gera postos de trabalho para as
populações.

 Importância das fruteiras.


As fruteiras são importantes na produção de frutas para a alimentação
humana, uma vez que, são a fonte de vitaminas, sais minerais e fibras. Além
de serem altamente nutritivas, são de fácil digestão e fornecem energia
rápida, fazem a manutenção do organismo, e são uma grande fonte de
açúcar natural.

A sua conservação iniciou com os primitivos a usarem o método de secagem


e depois com a produção do vinho. Havendo hoje várias formas de o fazê-lo
como: produtos enlatados, gelatinas e os sumos. Contribuem também como:
- Fonte de rendimento para as populações;
- Garantia de divisas para o país;
- Fornecedora de matéria-prima para as indústrias alimentar, de perfumes e
cosméticos, farmacêutica etc.;
- Fornecem sombra, lenha e madeira para as famílias rurais e suburbanas.

 As fruteiras mais importantes do nosso país são:


- Citrinos, bananeiras, mangueiras, cajueiros, papaieiras, coqueiros,
ananaseiros, massaleira, mafurreira, gamboeiro, abacateira, ananaseiros,
maçaniqueiras goiabeiras;

 Classificação das fruteiras quanto ao clima.

1
Quanto ao clima, podemos encontrar fruteiras de clima: temperado, tropical
e subtropical.

 As principais de fruteiras de clima temperado e suas características


As principais fruteiras de clima temperado são: pessegueiro, pereira, videira,
ameixeira, macieira, entre outras. Estas fruteiras apresentam as seguintes
características:
- Hábito das folhas caducifólio;
- Precisam de frio para superarem o estágio de repouso vegetativo;
- Maior resistência a baixa temperatura; e
- Necessidade de temperatura média anual entre 5°C a 15°C para o bom
crescimento e desenvolvimento das plantas.

 As principais fruteiras de clima subtropical e suas características


As principais fruteiras de clima subtropical são: bananeira, cajueiro, o
ananaseiro, a papaieira, mangueira, maracujazeiro, o coqueiro, entre outras.
Estas fruteiras apresentam as seguintes características:
- Nem sempre apresentam folhas com hábito caducifólio;
- Menor resistência a baixa temperatura, pouca necessidade de frio no
período de inverno; e
- Necessidade de temperatura média anual de 15°C a 22°C.
 Principais fruteiras de clima tropical e suas características

As principais fruteiras de clima subtropical são: cítrinos, abacateiro, entre


outras. Estas fruteiras apresentam as seguintes características:

- As folhas são persistentes;

- Não toleram baixas temperaturas; e

- Precisam de temperatura média anual entre 22°C a 30°C.

 CONCEITO E ORIGEM DOS CITRINOS


 CITRINOS

Quando falamos de citrinos, referimo-nos a um grupo de plantas que tem


algumas características comuns. Por exemplo: possuem glândulas de óleo
transparente nas folhas e o tipo de fruto formado por vários gomos. Os
citrinos são pequenas árvores, mais ou menos espinhosas, de dois a quatro
metros de altura, com frutos formados por vários gomos, a casca do fruto

2
contém ácido cítrico e tem quarenta anos de vida útil

Fazem parte dos citrinos: o limoeiro, a laranjeira, a tangerineira, a toranjeira


entre outras. Os citrinos são originários de Sudeste da Ásia, que compreende
o Sul da China, Vietname, Arquipélago da Malásia e datam de mais 310 anos
AC. A Laranja é a principal representante dos citrinos e é conhecida na
Europa desde séc. XIV, tendo o seu cultivo iniciado na Península Ibérica, mas
só no século XVI é que torna-se importante na Itália, Espanha e Portugal.

 Importância sócio-económica dos citrinos


A fruta cítrica reveste-se de grande importância sócio-economica, desde o
seu grande valor alimentar, destacando a vitamina C, os sais minerais e
açúcar natural, passando por matéria-prima para as industrias alimentares,
farmacêutica e cosmética e como fonte geradora de divisas para o pais e
emprego para as populações.

 Produção e comercialização mundial dos citrinos


Maiores produtores mundiais dos citrinos:
Os maiores produtores de citrinos a nível mundial são: Espanha, Itália, Israel,
Egipto, EUA, Brasil, China, Índia e Japão.
Os maiores exportadores mundiais de citrinos são: R.S.A (laranja), Espanha
(laranja e limão), Japão (tangerinas) e E.U.A (toranjas).
Países importadores mundiais de citrinos são: Grã-Bretanha, Canadá,
Alemanha, França e Holanda.

 MORFOLOGIA E EXIGÊNCIAS ECOLÓGICAS DOS


CITRINOS
 Morfologia dos citrinos
Os Citrinos são plantas lenhosas, de porte arbóreo ou arbustivo, que nos
primeiros anos se desenvolvem apenas vegetativamente (não produzem
flores e frutos), por se encontrarem num período de juvenilidade, depois de
entrarem em produção, vão até aos 40 – 60 anos.

Os citrinos têm uma raíz principal e pode atingir 10 m de profundidade.


Deriva a repicagem e a poda, a raíz, ramifica-se em 2 a 3 raízes. As raízes
secundárias desenvolvem-se horizontalmente e 85% destas encontram-se na
superfície de 75 - 90 cm de profundidade.

Tem um caule erecto, mais ou menos cilíndrico, que faz a ligação e a


circulação da seiva entre as raízes e as folhas, começa a ramificar-se à uma
altura de 75cm a 1,2 m do solo, o que obriga a eliminação dos ramos
inferiores.
3
As gemas encontram-se no caule em plantas jovens e nos ramos em plantas
adultas. Estas são geralmente acompanhadas por um espinho e são
importantes para a enxertia

As folhas são pequenas, simples e persistentes, com excepção doponcirus


trifoliata, que possui trifoliadas e caducas, com 1,5 anos – 4 anos de vida.
As características importantes para a identificação das espécies são: a cor e
forma do limbo da folha, as asas do pecíolo e o aroma que se liberta, ao
esmagar uma folha.

Os citrinos apresentam flores hermafroditas, solitárias ou agrupadas, de


inserção terminal ou axilar. As pétalas de cores: brancas, amareladas,
violáceas ou rosadas. Apresenta floração abundante, chegando a ter mais de
6 mil flores, com mas ou menos de 8% destas a chegar fase de frutos

Botanicamente, o fruto do citrino é classificado como hesperiídeo, derivado


do desenvolvimento do ovário da flor e consiste em cerca de 10 carpelos,
que se desenvolvem em gomos unidos, agrupados e articulados em volta de
um eixo. O Fruto é constituído pelo epicarpo, mesocarpo, endocarpo e
estilete marcescente

» Epicarpo é a camada exterior e fina, onde existem pigmentos que dão


a cor colorida dos frutos e glândulas secretórias, cheias de óleo e
essenciais.
» Mesocarpo é a parte interior de cor branca da casca, que é esponjosa.
» Endocarpo é a parte interior comestível, recheada de pêlos
entumecidos, cheios de sumo rico em açúcares e ou ácidos.

Semente
As sementes são brancas ou cremes, de forma e grandeza variável,
dependendo da espécie, encontrando-se coberta por uma substância
gelatinosa.

 Fisiologia dos Citrinos

O crescimento vegetativo depende de vários fluxos que ocorrem com a


emissão de brotações, onde 3 a 6 folhas tem a duração de 4 a 6 semanas. A
Fase de repouso vegetativo acontece durante uma parte do ano e deve-se as
4
seguintes causas: período de seca nos trópicos e baixas temperaturas nas
regiões subtropicais e temperadas. No período de juvenilidade, não há
produção de flores, exceptuando as toranjeiras. Em plantas enxertadas, a
duração é de 2-3 anos para florir e 5-6 anos em plantas provenientes de
sementes

A floração pode ser induzida pela seca, nos trópicos, ou pelo repouso
invernal, nos subtrópicos. Isto quer dizer que a floração inicia com as
primeiras chuvas ou com a elevação das temperaturas. Algumas espécies
podem florir várias vezes ao longo do ano, nos climas tropicais e
semitropicais, mas nos climas subtropicais há uma única floração.

 Polinização e fecundação A Polinização é a transferência de pólen,


das anteras (órgão masculino das flores), para o estigma (órgão
feminino das flores). Com o processo de polinização, inicia o
desenvolvimento do fruto.

O processo de polinização pode ser autopolinização (quando ocorre numa


mesma planta) e polinização cruzada (quando ocorre entre plantas
diferentes).

Fecundação é a união entre os gâmetas femininas e masculinas. A seguir à


fecundação, o ovário da flor desenvolve-se para formar o fruto. O óvulo
fecundado vai formar a semente.

 Partenocarpia é a formação de frutos sem a fecundação. Estes frutos


não têm sementes.

 Poliembrionia: é a formação de muitos embriões na semente.

 Alternância de produção Característica de algumas variedades de


terem um ano de carga, em que esgota a planta seguido de um ano de
baixa produção. No ano de carga, podemos ter excesso de produção
de frutos pequenos e de menor qualidade. No ano de baixa produção,
podemos ter poucos frutos, de maior tamanho e de melhor qualidade.

Exigências ecológicas dos citrinos (Clima e


Solo)
 CLIMA
5
O Clima influência na qualidade da fruta. Os citrinos são fruteiros de clima
sub-tropical, desenvolve-se melhor a uma temperatura média anual de 13 –
36˚C. A temperatura mínima é de 13ºC. A temperatura óptima é de 23 -32ºC.
A temperatura máxima é de 36ºC
A luminosidade influência o desenvolvimento vegetativo, floração,
frutificação e qualidade dos frutos. A baixa luminosidade diminui a
quantidade e qualidadedos frutos e alta luminosidade pode causar lesões,
principalmente em plantas jovens.

 SOLOS
Solo influência na planta e na qualidade da fruta.. Os citrinos adaptam-se a
todos os solos, com a excepção dos solos muito pesados ou muito leves. Os
solos devem ser profundos, com boa estrutura e porosidade, boa fertilidade,
bem drenados e com boa capacidade de retenção de água.

 SEMENTEIRA DOS CITRINOS


 Sementeira do Citrino.

A sementeira é feita no viveiro de terra fértil, bem cavada e destorroado (sem


torrões). A sementeira de citrinos, normalmente é feita de Maio a Agosto,
altura em que as temperaturas, em geral são baixas. Para acelerar a
germinação, deve-se criar condições que permitem elevar a temperatura.
- Os canteiros devem ter 1,20 m – 1,50 m de largura e com 10m de
comprimento.
- A semente é colocada ao compasso de 3cm, com uma profundidade de
2cm e depois cobrir com uma ligeira camada de solo, seguida pela rega
diária, na fase inicial.
-A germinação ocorre entre 20 – 60 dias depois da sementeira.
- A temperatura óptima para a germinação está entre 30 e 35°C, por isso se
as temperaturas forem elevadas, a germinação é mais rápida, acontecendo
em 20 dias.

 Transplantação ou repicagem
As plantas estão aptas para a transplantação 4 – 6 meses depois da
sementeira, com 5 a 7 folhas, 30 a 60cm de altura, quando o alfobre é feito
no solo e com o compasso de 100 cm entre linhas por 40 cm entre plantas.
 A repicagem deve ser realizada, de preferência, em dias nublados, nas
horas menos quentes do dia e tem que se regar as plantas na tarde do
dia anterior para facilitar o arranque.
Durante a repicagem, são seleccionadas as plantas mais vigorosas e elimina-
se

6
Propagação dos citrinos
A propagação pode ser feita em dois processos que são:

- Propagação sexuada ou generativa feita através de semente ou da fusão


das gámetas masculinas e femininas. Os citrinos originários das sementes
são arbustos, de maior longevidade, são mais resistentes em algumas
doenças mas apresentam o inconveniente de possuírem espinhos mais
numerosos e mais desenvolvidos, são mais tardias a entrar na produção de
frutos e produzem com frequência frutos de baixa qualidade.

- Propagação assexuada ou vegetativa é feita através das gemas, ramos,


porção de plantas capazes de reconstituir novas plantas completas. Os
citrinos provenientes do enxerto são menos desenvolvidos, sem espinhos e
produzem frutos de boa qualidade. NB: A semente, na citricultura moderna,
tem o objectivo de obter cavalos ou porta-enxertos. Os porta-enxertos, 6 – 8
meses depois de transplantação, estão bem desenvolvidos para enxertar,
devendo ter o cuidado desde o início, de eliminar todos os rebentos laterais,
deixando uma haste.

Práticas culturais
 Rega

Os citrinos exigem muita água durante a fase de floração e a formação de


fruto, particularmente no vingamento do fruto. Se houver falta de água entre
a floração e a frutificação, pode originar uma excessiva floração e queda dos
frutos ainda pequenos ou durante a maturação dos frutos, observar-se
elevada diminuição da percentagem de sumo e aumento da acidez dos frutos.

 Adubação

As árvores novas precisam de 10kg de estrume por árvore e 250 a 300kg/há,


250kg/há de sulfato de amónio, aplicado em 4 a 5vezes para evitar
concentrações nocivos de adubos. Para os citrinos em produção, é
necessário 450 a 50kg/há de súper fosfato, 300kg/há de sulfato de potássio,
100kg/há de azoto, dividido em 3 aplicações.
7
 Poda

A poda faz-se logo após a colheita e deve incidir nos ramos secos, nos
ramos ladrões, nos ramos mal formados ou atacados por pragas e doenças

 Controlo de infestantes

A vegetação daninha constitui um dos factores que contribuem para a perda


de humidade no solo, para além de concorrência de nutrientes. As capinas
manuais trazem muitas vantagens, mas o grande inconveniente é ser
dispendiosa em mão de obra e de execução bastante morosa.

 Pragas dos citrinos

As principais pragas dos citrinos são: cochinilhas, afídios ou pulgões,thrips ,


mosca da fruta, lagartas, ácaros, nemátodos e percevejos.

 Doenças dos citrinos

As principais doenças que atacam os citrinos são: tristeza, gomose,


fumagina, sarna e antracnose.

 Colheita dos citrinos


A colheita pode iniciar 4 a 5 anos depois da plantação, quando enxertadas.

NB: Nunca colher uma fruta de citrino ainda verde, pensando que vai ficar
madura mais tarde. Ela acaba por secar, murchar e apodrecer ainda verde. A
colheita é feita quando a fruta está madura ou quando atingir a maturação
própria para o consumo humano.

Bovinocultura
A bovinocultura é a parte da zootecnia que estuda as técnicas e maneio de
produção de bovinos, de forma economicamente viável.

 Origem dos bovinos

A origem dos bovinos apresenta duas vertentes, sendo uma europeia e a


outra indiana.

8
 Classificação sistemática dos bovinos

Os bovinos são mamíferos, ruminantes e biungulados

 Importância sócio-económica dos bovinos


O bovino reveste-se de grande importância para a alimentação humana e
para as industrias alimentar, farmacêutica, cosmética e de vestuário.

A carne bovina fornece a proteína animal, proveniente do seu leite e carne,


fornece também diversos produtos secundários tais como: o sangue, sêbo,
vísceras, glândulas, que são utilizados para o fabrico de farinhas destinadas
a alimentação animal e rações diversas, estérico para adubação, gera divisas
para o país e ajuda o Homem na agricultura e no transporte.

 Vantagens da criação de bovinos

Os bovinos fornecem carne de boa qualidade e saborosa (carne vermelha); A


sua criação é barata, são fáceis de alimentar quando a base de pasto é
espontâneo; Representam uma fonte de receita, dão segurança, prestígio e
emprego para a famílias; As suas fezes e urina são estercos aproveitados
como fertilizantes dos solos agrícolas; O estérico também é utilizado por
algumas comunidades rurais para a maticagem de casas e em países com
escassez de árvores, é utilizado como combustível de cozinha ou
aquecimento.

 Exterior dos bovinos


O exterior ou Ezoognósia estuda as formas e as características exteriores
dos animais domésticos e dos bovinos, com a finalidade do julgamento das
suas aptidões.

 Importância do estudo do exterior dos bovinos

O estudo do exterior dos bovinos permite-nos a aquisição de conhecimentos


relativos à:

- raça do animal (quanto a cor e ao tamanho do animal),

- estado de saúde do animal (quanto ao olhar, maneira de ser e a posição dos


pêlos do animal),

- sua direcção produtiva (macho ou fêmea), distribuição e a dominação das

9
diferentes regiões do corpo

 Vantagens da criação de bovinos


A sua criação é barata, são fáceis de alimentar quando a base de pasto é
espontâneo, são fonte de receita, segurança, prestígio, emprego para a
famílias e as suas fezes e a urina são fertilizantes dos solos agrícolas.

Propósitos produtivos dos bovinos


Os bovinos têm 3 propósitos produtivos que são: gado leiteiro ou raças
leiteiras, gado de corte ou raças de carne e gado de duplo propósito ou raças
leiteiro e de carne.

Raças de único propósito (raças para a produção de leite) -são animais


ideais para a produção de leite e a principal finalidade das vacas leiteiras é de
transformar a maior parte dos nutrientes em leite;

 Categorias dos bovinos


Num rebanho, os animais podem ser agrupados por classe/categoria, que
podem ser: - Bezerro ou vitelo - machos ou fêmeas, desde o nascimento até a
desmamentação;
- Novilho ou novilha – vai desde o desmame até a entrada na reprodução,
com 3 anos de idade;
- Touro - macho com mais de 3 anos de idade, destinado a reprodução, vai
até aos 9 anos de idade;
-Vaca - fêmea com mais de 3 anos de idade, destinada a reprodução até 11
anos de idade; e
-Boi – macho castrado, com mais de 3 anos de idade, é usado como
recelador, nos trabalhos agrícolas (tracção animal), e para a engorda.

» Castração - é uma operação ou uma técnica que consiste em romper o


canal espermático, com o objectivo de impedir o animal de se
reproduzir.

» Recelador - é um macho detector das fêmeas férteis ou das fêmeas


em cio (fêmeas com vontade de serem montadas).

 Sistemas de criação dos bovinos


Existem vários sistemas de criação de bovinos e de pastoreio. Os sistemas
de criação mais eficientes são:
- Sistema de criação extensivo;
- Sistema de criação semi-intensivo;
- Sistema de criação intensivo; e
- Sistema de pastoreio.

10
 No sistema extensivo, os animais são criados soltos, ao relento,
sofrendo intempéries (flutuações de temperatura), durante o dia no
pasto e a noite são recolhidos ao estábulo para se protegerem dos
predadores. Vivem na base dos pastos sem nenhuma suplementação,
a conversão alimentar é baixa e o crescimento é lento. Neste sistema
não há controlo nem arrolamento dos animais.

 O sistema semi-intensivo caracteriza-se por apresentar animais que


saem das instalações para o pasto de manhã e retornam à tarde para
o confinamento, onde recebem suplementação, normalmente
volumosos e concentrados para suprir a carência do pasto. A
conversão alimentar é boa, por isso há rápido crescimento. Neste
sistema, há controlo dos animais e ocorre algum arrolamento dos
animais. Os animais têm assistência técnica e fitossanitário, em caso
de parto problemático, faz-se cesariana para salvar a vaca, assim
como o vitelo, são destinados para a produção de carne e leite e a
produtividade é boa. Este sistema apresenta como vantagem a maior
produção de carne e leite e tem como desvantagem o grande
dispêndio de capitais para a exploração.

 Sistema intensivo,Neste sistema, os animais são criados em


confinamento (regime fechado) durante todo o tempo, tendo acesso
numa área vedada para tomarem os raios solares, e aproveitam o
pasto em redor das instalações.

Os animais vivem com base em rações e suplementação, produzem pastos


palatáveis, a conversão alimentar é boa, por isso há rápido crescimento. Há
controlo e arrolamento dos animais, observa a assistência técnica e
fitossanitária. Os animais são destinados para a produção de carne, leite e
seus derivados. A produtividade é de alta qualidade. Este sistema tem a
vantagem obter maior produção de carne, leite e seus derivados e apresenta
como desvantagem, o maior dispêndio de capital para o investimento inicial.
Requer mão-de-obra especializada e as instalações são mais exigentes e
mais caras.

Sistema de pastoreio
Os sistemas de pastoreio mais comuns são:

- Pastoreio contínuo usado nas áreas de pastagens comunais. Todas as

11
manhãs os pastores levam os animais dos currais para as áreas de
pastagens, as quais são partilhadas por muitos criadores da zona. Este
sistema tem como vantagens o facto de ser barato (não exige vedações),
facilite a recolha de estérico concentrado no curral e tem como desvantagem
o desaparecimento das ervas mais palatáveis, pois, são as preferidas e são
substituídas pelas de má qualidade e há elevada infestação por parasitas
externos e internos. Este sistema provoca erosão do solo nos caminhos que
os bovinos utilizam de e para o pasto e não permite controlar a reprodução
porque as cobrições ocorrem ao acaso, no pasto

 Pastoreio rotacional

Neste sistema, a área de pastagem é dividida em parcelas cercadas por


arame farpado. Cada cercado possui um local para o abebeiramento,
geralmente no centro, o que permite que os animais pastem por toda a área.
Para este sistema, dois cercados podem ser usados para um rebanho ou um
rebanho é pastoreado em mais de 5 cercados, isto é, os animais
permanecem numa parcela por uma ou duas semanas e passam para a
parcela seguinte. Este sistema tem a vantagem de os animais consumirem
todo o tipo de erva (não tem escolha), reserva tempo para o pasto repousar e
rebrotar, enquanto pastam numa outra parcela, o que permite o corte do
pasto em algumas parcelas para a feitura de feno e silagem.

 Pastoreio zero (Zero grazing)

Este sistema é praticado em algumas explorações leiteiras. As vacas não


são deixadas sair para o pasto. Elas são mantidas nos estábulos e a
alimentação e a água são trazidos por tratadores. Neste sistema, o pasto é
bem manejado e em geral é cultivado. A vantagem desta prática é de permitir
obter alta produção e é fácil de controlar a reprodução dos animais e estes
não são afectados por parasitas internos e externos. As Desvantagem deste
sistema são: reque muita mão-de-obra para o cultivo e corte de pasto para os
animais e estes não podem fazer exercícios, tornando-os propensos a
doenças respiratórias, devidos ao confinamento

Sistemas de criação dos bovinos


 Sistema extensivo ´- os animais são criados soltos e ao relento,
durante o dia estão no pasto e a noite são recolhidos ao estábulo e
não recebem nenhuma suplementação. Vivem na base dos pastos

12
naturais.

 Sistema semi-intensivo - os animais saem das instalações para o


pasto de manhã e retornam a tarde para o confinamento, onde
recebem suplementação.

 Sistema intensivo - os animais são criados em confinamento (regime


fechado), vivem com base em rações e suplementação. Querido aluno,
agora que ja concluiste o estudo desta lição, vamos em conjunto
resolver as questões que ti são colocadas a seguir:

 Instalações bovinas
Instalações São alojamentos construídos para a protecção dos animais
contra as intempéries e que durante o dia precisam de protecção para reduzir
o efeito do calor e de chuvas pesadas e prolongadas, pois, os bovinos são
sensíveis a variação das condições climáticas.

Os curais podem ser construídos com material local. Rebanhos leiteiros


numerosos precisam de estábulos, onde a ordenha possa ser realizada. Essa
construção pode ser feita de estacas, postes de madeira, e chapas de zinco
ou capim, com comedouros e bebedouros estalls para conter 3 animais. O
piso deve ser de cimento, porque pode ser limpo com facilidade.

 Tipos de instalações

Os tipos de instalações mais frequentes encontrados, independentemente


do sistema de criação são os seguintes: instalações para maternidades,
instalações para ordenha, instalações para o crescimentos e engorda,
instalações para fêmeas gestantes; e instalações para fêmeas que pariram
recentemente.

 Localização das instalações bovinas

As instalações para a criação de bovinos devem ser construídas fora do


perímetro da concertação das populações, para evitar a poluição do meio
através dos excrementos dos animais. O terreno escolhido deve ter boas
características de drenagem, firme, ensolarado e protegido contra ventos,
próximo da fonte de água potável, energia eléctrica, vias de acesso, com
formas e dimensões que permitam uma futura expansão e distribuição
normal.

 Topografia do terreno
13
O terreno deve ser levemente inclinado, que facilite a drenagem dos
excrementos e evite a acumulação das águas, pois, o contrário pode
constituir um foco de doenças.
A construção das instalações deve ser orientada de Este a Oeste, de modo
que o lado Oeste seja o menor possível para evitar o súper aquecimento
pelos raios

solares no verão e o lado Este seja o mais alto, para que na época fria o sol
possa penetrar na instalação.

 Equipamento nas instalações


Nas instalações bovinas encontramos os comedouros, bebedouros, latões,
máquinas de ordenha. Comedouros - são destinados a alimentos volumosos
ou concentrados. Os comedouros podem se simples, quando os animais só
tem acesso por um lado, ou duplos quando acedem pelos dois lados. Podem
ser de madeira, pneu velho, cimento e outros, desde que seja material
resistente. Bebedouros - devem permitir proporcionar entre 20 a 40 litros de
água, por animal ao dia. Podem ser construídos de cimento e tijolo maciço e
a largura deve ser de 0,70m, caso o acesso dos animais seja por um lado e
de 1m, se for de ambos os lados. A altura deve ser de cerca de 0,75m, para
os adultos e 0,5m, para os jovens.

 Alimentação para bovinos


Fazem parte dos alimentos bovinos: os pastos, forragem, feno, bagaço,
melaço, cereais, e subprodutos industriais. Os alimentos para bovinos podem
ser divididos em 2 tipos que são: alimentos secos e alimentos suculentos.

Os alimentos secos são constituídos por forragem e concentrados.A


f orragem inclui o feno, palha, caule e folhas de plantas cerealíferas que
contém elevado teor da fibra difícil de digerir.

Os concentrados incluem grãos de milho, cevada, mapira e subprodutos tais


como: bagaço de amendoim, de girassol e melaço. São alimentos
concentrados porque contém elevada quantidade de essências. Estes
alimentos, em geral, contêm 10 % de água e 0,5 % de fibra e fáceis de digerir.
Os Alimentos suculentos incluem plantas verdes como capim verde, jovem,
couves, cevadas verdes, raízes, tubérculos como de rabanete, nabo e batata.
Estes alimentos, contêm fundamentalmente 75 % a 95 % de água

14
 Aparelho digestivo dos bovinos

O aparelho digestivo do ruminante é composto por boca, esófago, pança,


reticulo, omaso e abomaso, intestino delgado, intestino grosso, recto e ânus

 Reprodução dos bovinos

A Reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar outros seres


semelhantes a si próprios, perpetuando a espécie e garantindo a sua
propagação. As novilhas de raças leiteiras devem entrar na reprodução,
aproximadamente, e com 2 anos de idade. As novilhas de raça zebuína
entram na reprodução um pouco mais tarde, com 3 anos de idade, pois, as
novilhas devem pesar 350 kg, nas raças grandes e 250 kg nas raças
pequenas

15
ESCOLA SECUNDÁRIA DE
IAPALA

FICHA DE APOIO DA DISCIPLINA DE


AGRO-PECUÁRIA/9ªCLASSE

DOCENTE: Sérgio Caetano

16

Você também pode gostar