TOMATE3

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Apontamentos de PV do 1 Ano, sobre Horticolas do segundo semestre de2011

1
PRODUÇÃO VEGETAL
CAPÍTULO I
INTODUÇÃO
Hortícola - designação de plantas herbáceas cultivadas para a produção de raízes, caules, folha e fruto com
diversos propósitos (alimentação humana e animal assim como providenciar receitas).
Princípios gerais de cultivo de hortícolas
As hortícolas podem ser comidas cruas ou cozidas e por alto valor nutritivo que estas oferecem aos
organismos há necessidade de cultivá-las obedecendo as técnicas mais adequadas e sustentáveis.
Grupos de hortícolas
grupo de folhas: couves, repolho, etc.
grupo de raízes e tubérculos: cenoura, batata reno, etc.
grupo de bolbos: cebola, alho, etc.
grupo das solanaceas: tomate, piri-piri, pimento, beringela, etc.
grupo das cucurbitaceas: pepino, melancia, abóbora, etc.
grupo das leguminosas: ervilha, feijões, etc.
As hortícolas necessitam de solo, luz, água e ar para o seu crescimento.
Tipos de hortícolas
As hortícolas são classificadas mediante a época de cultivo (verão e inverno)
Hortícolas de verão
Feijão, pimento, couve-folha, pepino, batata doce, tomate.
Hortícolas do inverno
Cebola, alho, alface, repolho, cenoura.
Os produtores preferem mais hortícolas de verão, algumas hortícolas são consorciadas com culturas
anuais.
Necessidades gerais para hortícolas
Solos
Solos bem drenados, de reacção neutra ou ligeiramente ácidos (PH 5.8 -7) de textura franco.
Sempre que for possível deve-se incorporar esterco ou fertilizantes.
A incorporação de esterco bem curtido ou composto é sempre aconselhável para aumentar matéria
orgânica e estrutura do solo, consequentemente aumenta a retenção de humidade e disponibilidade de
nutrientes a cultura, assim como a circulação de ar e drenagem. A maior parte das culturas hortícolas não
suportam o alagamento.
Água.
As culturas têm diferentes necessidades hídricas dependendo do ciclo vegetativo. A falta de água na
floração retarda a floração, consequentemente retarda a formação de frutos por fim baixa produção.
Rotação

A rotação de culturas é uma técnica recomendada devido a deterioração dos nutrientes, exploração
uniforme das raízes, e aparecimento de pragas e doenças.
O período de rotação das culturas deve ser de 2 – 3 anos ou mais se for possível.
A rotação de culturas combate muitas doenças, onde a planta hospedeira é cultivada de 3 ou 4 anos.
Os fungos, bactérias e outros organismos de propagação de doenças sobrevivem no solo no período
de 2 anos.
Na rotação de culturas deve-se evitar o uso de culturas da mesma família porque estas são atacadas por
mesmas pragas. Ex. tomate, batata reno, piri-piri são atacadas por míldio, portanto nenhuma destas deve
ser cultivada no mesmo terreno depois da outra antes de completar 3 ou 4 anos.
As rotações também ajudam a controlar pragas.

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Exemplo de algumas rotações


1º ano: tomate---- cebola----feijão--- tomate
2º ano: ervilha---- couve----tomate--- ervilha

CAPÍTULO II
HORTICULTURA
As hortícolas desempenham um papel importante na manutenção da saúde humana e animal, pois
são ricas em vitaminas.
A produção de hortícolas constitui uma fonte da renda familiar e empresarial.
As hortícolas podem ser praticadas em todas áreas com condições agroecológicas favoráveis (solo,
água e disponibilidade de nutrientes)
Objectivos do capítulo
Reconhecer as hortícolas como alimentos e fonte de rendimento;
Indicar as diferentes regiões agroecológicas do seu cultivo;
Descrever a influência e impacto de alguns factores ecológicos
Identificar as principais pragas e doenças
Conhecer as diferentes formas de colheita e conservação de produtos
2.0 CULTIVO DE TOMATE
2.1 ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
O tomate é cultura oriunda de regiões tropicais da América do sul, concretamente no Perú, Bolívia,
México e Equador México foi o centro de domesticação.
Em 1800 o tomate começa a ser produzido como planta agrícola, momento a partir do qual começa o
incremento das áreas destinadas ao cultivo de tomate.
A cultura foi propagada na Europa (Espanha Portugal e Itália) depois da sua descoberta na América.
A produção de tomate incrementa-se anualmente a nível mundial, ultrapassando 50 milhões de toneladas
por ano.
2.2 IMPOTÂNCIA ALIMENTAR E ECONÓMICA
O tomate é consumido fresco ou em conservas (massa tomate), podendo também ser usado para o fabrico
de medicamentos.
O tomate tem boa concentração de vitaminas, minerais, hidratos de carbono, gordura, cinza, cálcio, ferro
(elementos indispensáveis para os organismos vivos).
O tomate é considerado activador da secreção gástrica, aumenta a secreção da saliva e constitui tempero
indispensável.
Em Moçambique o tomate é produzido em todas regiões, sendo usado em vários pratos
alimentares. É grande fonte de rendimento familiar e empresas agrícolas.
2.3 CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS
Divisão: Macrophyllophyta
Subdivisão: Mognolyophytina
Classe: Angiospermae
Subclasse: dicotyledonea
Ordem: scruphulariales
Família: Solanaceae,
Género: Lycopersicon
Espécie: Lycopersicon esculentum, mill
Nome vulgar: tomateiro

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TOMATE

Aspectos Gerais

CICLO VEGETATIVO
Variedade Precoce- 90-110 dias
Variedades de cilo medio- 100-120 dias
Varidades tardias – 110-125 dias
MORFOLOGIA DA PLANTA
RAIZ
Tem uma raiz aprumada (plantio directo semente), e expandida (transplante), a raiz pode atingir uma
profundidade de 120 cm, a maior parte encontra-se na arável até cerca de 60 cm de profundidade.
O tomate forma raízes adventícias as quais brotam com o solo humedecido, aumentado a
capacidade de absorção de nutrientes do solo.
CAULE
O caule do tomateiro jovem tem é cilíndrico, o caule fica anguloso na medida que vai crescendo.
Esta coberta de velhosidades finas que segregam uma substância velhosa de cor verde.
O caule pode atingir uma altura de 2 – 3 m de altura nas variedades erectas e 40 – 50 cm nas variedades
prostradas caule pode ter crescimento determinante e indeterminante.
Caule determinante – depois de atingir um desenvolvimento as gemas vegetativas convertem –se em
generativas, são de pequena altura, frutificação agrupada e maturação precoces.
Caule indeterminante – o seu crescimento vegetativo é de forma interrompida até finalizar seu ciclo
vegetativo. Pode atingir até 3m, o período de produção é mais extenso e tem maturação tardia.
FOLHAS
As folhas são compostas por 7, 9 e por vezes 11 folhas simples (folíolos). A maioria das variedades os
folíolos estão situadas alienadamente e opostas no caule.
INFLORESCÊNCIA

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As flores tem um eixo principal que está formado por ramos de distintos tipos, cada um deles termina em
flor. A inflorescência pode assumir a forma de cacho simples, bifurcado e ramificado.
As flores vão estar em dependência das características das variedades e as condições agroecológicas.
FLORES
As flores são hermafroditas de pedúnculo curto, é constituída por 5 pétalas ligadas por 5 estames,
dispostos apertadamente em torno do pistilo. No entanto podem desenvolver-se flores em que as várias
partes são em número superior de 5. O ovário é supero de 2-10 carpelos.
A acida das folhas podem não estar ligadas a fecundação, mas sim por agentes externos (ventos).
FRUTOS
O fruto é uma baga dividida em lóculos de cor amarela no meio, tem formato e dimensões diferentes
dependendo das variedades (redondo, ovoide, alongado etc). o tomate contem uma substância gelatinosa
onde se encontram as sementes, estas podem éstar situadas de forma simétrica ou assimétrica e tanto esta
característica como o número de sementes e o grosso da pele são tomados como índices para a
caracterização de variedades.
As variedades mais rústicas apresentam frutos pequenos e baixo peso. As variedades de uso industrial
pesam geralmente 50-120 g.
A fruta madura apresenta cor amarela, mas a mais importante tanto para indústria como para o consumo é
de cor vermelha.

SEMENTE
As sementes são de pequeno tamanho, deprimidas, cobertas de velhosidade, de cor amarelo grisáceo. O
peso absoluto é de 2,5-3.3 g. podem conservar o seu poder germinativo até 5-6 anos se as condições forem
favoráveis (temperatura relativamente baixa, sem alteração e humidade relativa alta).
A velhosa da semente constitui uma dificuldade para a sementeira mecanizada, já que aderem umas as
outras e não se transladam com facilidade com os mecanismos de entrega da semeadora.
Ao nível experimental a F1 e F2 produzem semente de alta qualidade, plantas vigorosas que logram altos
rendimento.
2.4 ECOLOGIA
Clima
O tomateiro sendo planta de origem tropical necessita de temperaturas relativamente elevadas para
cumprir com o seu ciclo vegetativo.
A temperatura óptima para o tomate é de 22-27º C e nocturna de 14º C. Se as temperaturas forem de 24º-
31º C a planta desenvolve rapidamente.
Se a temperatura estiver abaixo de 10º C a planta tem um crescimento raquítico, ao 33º C decresce e aos
35ºC paralisa o crescimento.
Luz
O tomateiro é planta de dias longos, necessita de 10-12 horas de luz por dia. Necessita de muita luz para a
formação do ácido ascórbico.
Humidade
A humidade relativa óptima é de 50-60% se for mais elevada é prejudicial ao tomateiro, pois
polinização é afectada. Pode provocar queda de flores e frutos pequenos, facilita o ataque por
doenças.
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Ventos:
O vento é prejudicial em qualquer cultura sobretudo no momento de frutificação, provocando abortos ou a
queda de pequenos frutos.
Solos:
O tomate desenvolve-se em qualquer tipo de solo, mas desenvolve melhor em solos de textura franca,
limo arenosos, bem drenados e férteis. Os solos devem ser neutros ou ligeiramente ácidos (PH 5.8-7).
Os solos muito compactos são desfavoráveis, pois as raízes não alcançam profundidade desejável, reduz o
número de flores, as plantas tornam-se débeis e baixa quantidade de hidratos de carbono.
2.5 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
Preparação do solo
A lavoura deve ser feita muito antes, para permitir a decomposição completa da matéria orgânica, depois
faz-se a gradagem. O terreno deve estar fofo na altura do transplante, daí recomenda-se:
Subsolagem: se os solos estiverem muito compactos (abaixo de 30 cm)
Lavoura de 25-30cm
Gradagem: que se realiza duas a três semanas antes do transplante, em caso de necessidades pode se
incorporar matéria orgânica.
Armação do terreno: alizar o terreno usando enxadas, ancinhos, etc.
Escolha do terreno do viveiro
Os solos para o viveiro devem ter as seguintes condições:
Solo bem drenado
Que não tenha sido usado para uma solanacea (3 anos)
Facilidade de rega
Fofo e bem nivelado.

Sementeira
Existem dois tipos de sementeira:
Sementeira directa e indirecta
A sementeira directa: sementeira feita no local definitivo
Desvantagens:
Aumenta o ciclo vegetativo
Possível para certas condições climáticas e solos
Controlo deficitário
Vantagens:
Raízes profundas
Pode ser feita a manual
Maior regularidade da emergência
Preferido para produção industrial
Sementeira indirecta (viveiro): a sementeira pode ser a lanço ou em linhas no viveiro e
posteriormente é transplantada ao terreno definitivo, não se aconselha lançar mais de 2 g/m 2 para a
sementeira em linhas o compasso pode ser de 10 x1.5 cm
Vantagens:
Maior precocidade
Permite um bom controlo das plantas
Fácil tratamento das plantas
Boa selecção das plantas para o campo definitivo
Económica (mão-de-obra)
O viveiro deve ser regado diariamente e diminuindo a medida que as plantas vão crescendo. 10 dias
antes é necessário cessar com as regas para permitir maior resistência.
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Transplante
O transplante realiza-se quando as plantulas tiverem uma altura de 15-20 cm correspondente a 4-6
semana (dependendo das condições agro ecológicas e da variedade).
As plantulas devem ter folhas sãs e bem desenvolvidas, caules curtos, grossos e flexíveis. O compasso
pode ser de 80-120 cm entre linhas e 25-60 cm entre plantas.
2.6 AMANHOS CULTURAIS
Retancha: operação que consiste na substituição de plantas mortas ou não emergidas, tem lugar 7- 10 dias
depois da sementeira ou plantação.
Capação: técnica que consiste na remoção do botão floral que surge muito cedo.
Desponta: técnica que consiste na remoção do botão apical para uma maior produção.
Tutoramento: técnica que consiste na colocação de estacas (tutores) de forma a manter o caule em pé,
impedindo que os frutos toquem o chão (evita pragas e doenças).
Esta operação facilita as pulverizações regas e colheita.
Tem como desvantagens:
exige muita mão-de-obra

os frutos podem ser queimados pelo sol


os tutores podem ser vectores de doenças
Os tutores podem ser de madeira ou bambu de 2-3m de altura, são colocados antes ou na floração.
Pode-se diminuir o número de tutores, colocando duas fileiras de fios ou arame horizontalmente.
4. Extirpação: consiste na eliminação dos gomos axilares, é uma prática que tem por finalidade a
obtenção do equilíbrio entre as partes verdes e frutificação da planta.
Desladroamento: eliminação de ramos ladrões.
Sacha: para eliminação de ervas daninhas, têm-se usado duas regras: manual, mecânico e químico
(uso de produtos químicos).
7. Adubação: a cultura de tomate é susceptível a doses elevadas de Nitrogénio. São necessários 100-150
kg/ha, a primeira aplicação no intervalo de 2-3 semanas depois do transplante, a segunda no início da
floração
2.7 SANIDADE VEGETAL
PRAGAS
Lagarta americana (Helicoverpa armigera)
Sintomas e características
Lagarta de cor variável (verde-castanha), de 2 a 4 cm de comprimento. É dotado de pêlos e pontos negros
na base dos mesmos se com uma listra clara nos dois lados. São encontrados nas frutas de todas idades
onde roem e fazem buracos grandes. As lagartas abrem galerias nos frutos, o ataque provoca a podridão
dos mesmos.
Controlo:
Pulverizar com cipermetrina, deltametrina, diazinao, malatiao e pirimifos-metilo.
Ácaros (Tetranychus thelarius)
Sintomas e características
Ácaro arredondado de 0.2-0.5 mm, de cor de laranja, vermelha ou acastanhada. Aloja-se na Página
inferior da folha, provocam pequenas manchas branco-amarelado nas folhas, que se juntam até que a folha
fique amarela esbranquiçada, depois a folha seca e fica castanha. Os ácaros chupam a seiva das folhas e
nos frutos nas quais observam se manchas claras.
Controlo:
Inspeccionar a Página inferior das folhas mais velhas dos tomates de 3 em 3 dias, numa planta em cada 50
plantas.
Tirar as folhas mais velhas das plantas, pois já não tem função de fotossintese, mas são fontes de infecção
de ácaros.
Uso de insecticidas como Nogos e Thitan na razão de 2.5 l/600 litros de água/há.
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Nemátodo de galha (Meloidogyne spp)
Sintomas:
Na parte aérea os sintomas são específicos e podem assim ser confundidos com outras causas.
As plantas atacadas podem mostrar sintomas de deficiências de nutrientes, murcha no tempo seco e
quente, amarelecem ou secam as folhas mais velhas ou precoces, porque a absorção da água e de
nutrientes é muito reduzida, devido o ataque nas raízes.
As raízes têm galhas que podem ser pequenas ou grandes, redondos ou irregulares.
Os nemátodos chupam a seiva nas raízes provocando lesões e consequentemente as plantas murcham.
Controlo:
Escolher lugar não usado para producao de horticolas nos últimos 3 anos.
Semear crotalária cerca de 3 meses antes da preparação do terreno
Usar sementes variedades resistentes como Roma VFN e outras.
Desinfecção do solo e rotação de culturas.
Rosca (Agrotis spp)
Sintomas e características:
As roscas são lagartas de cor castanha - acinzentada ou cinza escuro. Tem um corpo roliço com 30- 40
mm de comprimento e aspecto gorduroso. Quando perturbados, enrolam-se em forma de C.

Controlo:
Semear mais sementes e transplantar uma densidade maior quando se espera um ataque.
Aplicar um insecticida antes de semear
Aplicar um insecticida granulado em volta da planta,
Pulverizar a jacto em volta das plantas

DOENÇAS
Mancha bacteriana (Xanthomonas versicatoria)
Sintomas
Provoca manchas castanhas escuras nas folhas e frutos. Nos caules podem aparecer também aparecer as
manchas, enquanto a infecção da inflorescencia pode causar a queda das flores. A infestação verifica-se na
época chuvosa ou quando a rega provoca muita humidade.
Controlo
Uso de variedades resistentes
Desinfecção das sementes com dicloreto de mercúrio. Em casos de persistência, arrancam-se as
plantas e queimam-se.
Rotação de culturas
Limpar os instrumentos antes de usar noutro campo
Cancro bacteriano (coryrebacteriu nechiganesi)
Sintomas
Provoca a queda das folhas inferiores e o enrolamento das folhas. A planta murcha da base para o topo,
continuando com o pecíolo verde. Nos frutos observam-se algumas manchas castanhas rodeadas por um
halo amarelo.
Controlo
Uso de variedades resistentes
Míldio (Phytophtora infestans)
Sintomas e características
O tomate e muito sensível ao ataque dessa doença, o seu combate deve começar no viveiro, 10 dias depois
da emergência, com intervalos de 5-10 dias ate ao transplante.
No campo definitivo o combate deve ser de 7 em 7 dias, ou sempre depois de chuvas, devendo se utilizar
o produto como Mancozeb 1.8 kg/ha, Dithane M-45 2.8 kg/ha.
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As plantas atacadas apresentam manchas pardas negras em qualquer ponto das folhas, podendo também
atacar os frutos em qualquer estado do seu desenvolvimento.
Controlo:
Fazer rotação de culturas;
Plantar em lugar alto, evitando sítios com ma drenagem
Usar um compasso aberto para um bom arejamento da cultura
Não plantar perto de um campo com tomate ou batata já desenvolvida
Podridão do ápice
Sintomas:
Aparece nos frutos. E causada pela ma assimilação do cloro acompanhado por um desequilíbrio
hídrico.
Exemplo:

Podridão

Dano patológico e/ou fisiológico que implique em qualquer grau de decomposição, desintegração ou fermentação dos tecidos.

Controlo
Equilibrar as regas
Aplicação de produtos que contenham o cloro.
Murchidao das plantulas (Pythium, Rhizoctonia, Scleretium e Fusarium)
Sintomas:
A doenca pode manifestar-se antes o depois da emergencia das plantas. Antes da emergencia o fngo ataca
a radicula e o cauliculo, no início da germinacao, provocando a morte antes da emergencia.
Nas plantas recem germinadas estes fungos provocam dificldades no cerscimento, por fim as plantas
podem morrer.
A maior parte dos fungos causadores desta doenca habitam no solo, a sua disseminacao ocorre no
transporte de solo infectado.
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Controlo:
Semear em linhas com menor densidade
Desenfectar o solo do viveiro quimando uma camada de capim sobre o viveiro antes da sementeira.
Preparar o solo com antecedencia para permitir a decomposicao da materia organica
Regar moderadamente
Tratar a semente com água quente (52º C) durante 30 min
Pulverizar com benomil, captana, hidroxido de cobre.
Mancha concentrica (Alternaria silani)
Sintomas:
O fungo provoca lesoes necroticas com 0,3-2 cm de cor pardo escuro, com zonas concentricas,
circulares e angulares.
Controlo:
Evitar produzir em zonas baixas
Fazer a rotacao de culturas
Utilizar a semente sa
Usar compasso largo
Pulverizar com: cimoxanil, propineb, hidroxido de cobre e mancozebe.
Mosaico e enrolamento-da-folha (virus)
Sintomas:

As plantas infectadas ficam de tamanho reduzido. As folhas mais novas sao deformadas e as mais
velhas sao enroladas. Nos frutos aparecem manchas arredondadas o irregulares de cor laranja o amarela.
Controlo:
Arrancar as plantas infectadas e quima-las imediatamente
Arrancar todas as solanaceas em volta do campo
Evitar a contaminacao com cigarros
Rotacao de culturas
Usar semente certificada
Uasr variedades resistentes
Seca-apical-do-tomateiro
Sintomas:
Os frtos sao infectados entre um terco a metade do seu desenvolvimento. Aparece uma mancha aquosa no
apice do fruto que depois se alarga e a sua superficie fica deprimida e escurece.
Controlo:
Regar com regularidade, evitando periodos prolongados de seca
Aplicar cal nos solos deficientes em calcio
Usar variedades resistentes (Capbell 35)
ERVAS DANIHAS
Como a cultura de tomate requer muita água e nutrientes, as ervas também têm um ambiente favorável
para se desenvolverem.
Alem da competição pela luz, agua espaço e nutrientes diminui o rendimento e a quantidade de cultura, as
ervas também podem actuar como hospedeiras de pragas e doenças.
As ervas devem ser bem controladas durante os primeiros 30-40 dias depois da transplantação.
Controlo:
Métodos culturais e mecânicos:
Lavoura profunda para partir os rizomas das gramíneas perenes
Plantar num compasso bastante denso, Sachar duas ou três vezes nas primeiras 6 semanas depois da
transplantação.
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Fazer rotação de culturas para evitar que certas ervas predominem sobre as outras.

Controlo químico
Antes do controlo deve se ter em conta os seguintes:
1. Custos e possíveis efeitos do químico
2. As condições do campo permitem resultados satisfatórios da aplicação
3. Sachar duas ou três vezes nas primeiras 6 semanas depois de transplante
4. Fazer rotação de culturas
Os herbicidas usados no tomate são:
Metribuzina (sencor 70%WP-pó molhavel)
Controla gramíneas anuais, sementes a germinar de algumas gramíneas perenes e a maior parte de parte de
ervas de folhas largas. Deve-se aplicar 7-14 dias depois da transplantação, quando o tomateiro começa a
formar novas raízes.
O herbicida deve ser aplicado com bico para evitar molhar as folhas do tomateiro. É melhor aplicar o
produto depois de 2 dias de sol, o tomateiro é pouco resistente ao produto.
Trifluralina

Controla gramíneas anuais, sementes a germinar de algumas gramíneas perenes e algumas ervas de folhas
largas.
O herbicida deve ser aplicado antes da transplantação, deve ser aplicado 5-10 cm de profundidade.
O efeito residual no controlo das ervas daninhas é longo (5 meses). Não se devem produzir cereais,
beterraba, cebola, cucurbitácea (abóbora, pepino e outras) ou viveiro de hortícolas.
COLHEITA
Deve-se dispor de mão-de-obra necessária. Recolhe-se o tomate em cestos, deixando estes em lugares
secos e frescos e espalha-se o tomate.
O transporte em cestos não deve ser de grandes distâncias, sobretudo para o tomate destinado para a
conserva, porque pode apodrecer rapidamente. A conservação do tomate no armazém não deve levar
muito tempo. A melhor conservação é feita em câmaras frias.
Para consumo os frutos devem ser colhidos na maturação biológica, ao passo que para exportação deve ser
colhido na maturação técnica.
O rendimento do tomate em Moçambique esta estimado em 5-25 ton /ha, usando técnicas mais avançadas
pode se atingir rendimentos de 30-40 ton /ha.
3.0 CULTURA DE COUVE
3.1 Origem e distribuição
.
Hortaliça anual da família BRASSICACEA e tem como região de origem a Costa Norte
Mediterrânica, Ásia Menor e Costa Ocidental Europeia. Em sua forma selvagem, o repolho era utilizado
pelos egípcios, sendo que o seu uso se generalizou com as invasões arianas entre 2000 e 2500 antes de
Cristo. Por ser considerada uma fina iguaria pelos gregos e romanos, era cultivado em suas diversas
formas. Acredita-se que o repolho tenha sido introduzido na Europa pelos celtas no século IX. Na
América, o repolho foi trazido pelos conquistadores europeus por volta do século XV.
A couve está expandida garça a sua plasticidade ecológica. È relativamente resistente ao frio. A planta de
repolho é herbácea, formada por inúmeras folhas que se imbricam, dando origem a uma "cabeça", que
constitui a parte comestível da planta. Taxinomicamente existem duas espécies de repolho, o repolho liso
(B. oleracea L. var. capitata L.), de maior expressão comercial no Brasil, e o repolho crespo (B. oleracea
L. var. sabauda Martins). Os repolhos são classificados segundo a
forma e a cor da cabeça. As formas da cabeça do repolho são: achatada (forma comercial
predominante no Brasil, pontuda, redonda, oval e elíptica. Quanto à cor, a cabeça pode ser verde (branca)
ou roxo.
As folhas são consumidas pelo Homem e animais.
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Cultivares – verde: Híbridos Astrus e Astrus Plus (Seminis), Avante (Clause), Fuyutoyo (Sakata), Green
Valley (Rogers), Kenzan (Kyowa), Matsukaze (Sakata), Midori (Tokita), Satohikari (Takii), Scorpion
(Seminis), Seisho (Kyowa), Shinsei (Tohoku), Shutoku (Takii), Soochu (Takii) e variedades Chato de
Brunswick (Ohlsens-Enke) e Chato de Quintal (Horticeres, Ohlsens-Enke), Coração de Boi (Ohlsens-
Enke), Louco de Verão (Horticeres); roxo: Híbridos Ruby Perfection (Takii), Red Rookie (Sakata) e Ruby
Ball (Takii)
3.2 BOTÂNICA
A expansão da couve engloba diferentes variedades botânicas do género Brassicae. A classificação das
variedades baseia-se nas deformações existentes no caule, nos rebentos principais, auxiliares e ou
inflorecência.
A couve pertence a família das Crucíferas e género Brassicae. O género Brassicae possui muitas espécies
tais como:
Oleracea capitata, Chinesa, Napo brassia (nabo) e Oleracia.
A espécie Brassica oleracia inclui as seguintes variedades:
Acephela (galega)
Botrytis (couve flor)
Capitata (couve repolho)
Germnifera (bruxela)
Gongylod (rábano)
TAXONOMIA
Reino: Plantae
Divisão: Magnoeliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: CRUCIFEAS/Brassicaceae
Género: Brassica
Espécie: B. oleracea
MORFOLOGIA DA CULTURA
Raiz:
Possui uma raiz principal e varias secundárias que se encontram na camada arável.
Caule:
Tem entre-nos curto, nas quais nasce uma folha.
Folhas:
As primeiras folhas são grossas, muito enrugadas e de ampla superfície, as folhas mais acima são
delgadas, lisas e apertadas e formando uma cabeça (Repolho)
Flor:
Desenvolve-se no segundo ano em algumas as brassicaceas. Tem 4 pétalas e 4 cepalas e 6 anteras (2 curtas
e 4 longas) e um estilete.

Fruto:
Semelhante a uma vagem, dentro do qual se encontram as sementes pequenas de cor castanhas e por vezes
quase pretas.
As sementes são arredondadas, muito pequenas, o peso médio de 100 sementes e de 3,3 gramas. O poder
germinativo conserva-se por 3-4 anos.
3.3 ECOLOGIA
Temperatura:
O repolho desenvolve bem quando as temperaturas variam entre 16 -20◦C. 5oC temperaturas mínimas de
germinação. O repolho necessita de muita agua devido a sua massa vegetativa.
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Humidade do solo:
Devido a maior superfície de transpiração o repolho necessita de 80-90% de capacidade de campo.
A escassez de humidade durante o período de formação de cabeças, faz com que as cabeças sejam
pequenas.
Solo:
Cultiva se em diferentes tipos de solo, prefere os profundos com boa retenção de humidade, tem um bom
desenvolvimento em solos com PH de 6.5-7.
3.4 TECNOLOGIA DE PRODUCAO
Preparação do terreno:
Em terrenos virgens é necessário fazer a destronca 90 dias antes. A primeira lavoura deve ser feita 60 dias
antes da plantação. A gramagem 40 dias antes, momento no qual se aproveita a incorporação de matéria
orgânica na razão de 40-60 Ton de esterco. A segunda lavoura e feita 30 dias antes da sementeira. Depois
faz se a armação do terreno (abertura se sulcos).
Época de plantação:
Pode ser plantado o ano todo, de acordo com as exigências climáticas de cada cultivar ou híbrido.
Muitas variedades são cultivadas de Marco-Junho, dá bons resultados na época fria.
A sementeira directa e menos económica, gasta muita semente e mão-de-obra. O método mais comum e
de sementeira indirecta (em viveiros).
Viveiro:
O viveiro deve se localizar em zonas sem muitos ventos, evitar locais onde no ano anterior tenha sido
plantado culturas da mesma família.
Geralmente a sementeira e a lanço, a sementeira em linhas economiza a semente e dá plantas robustas.
200-300 g de semente correspondem a 1ha.
Pode se usar um compasso de 10x 2 cm. A adubação pode ser feita com ureia.
Os tratamentos fitossanitários iniciam 10 dias após a emergência, repetindo-se 7 em 7 dias contra fungos e
insectos.
O transplante e realizado quando as plantas tiverem 15-20 cm de altura (4-6 folhas / planta)
Plantação:
O transplante deve ser efectuado no período de manha ou tarde, dias nublados são os melhores. As regas
são necessárias para facilitar o apegamento. O compasso recomendado e de 90x40 cm (repolho) e 70x20
cm para outras variedades.
3.5 AMANHOS CULTURAIS
Rega:
A rega pode ser por aspersão ou em sulcos, sendo a rega por sulcos a mais conveniente. As
exigências são proporcionais ao desenvolvimento das plantas.
Sacha:
A sacha pode ser manual ou química. O número de sachas depende das condições do local e da
variedade.
Fertilização:
São necessárias 40 ton/ha de estrume do curral bem curtido.
190 kg/ha de azoto em 3 aplicações: a primeira de fundo (30 kg/ha), a segunda três semanas apos a
plantação (80 kg/há) e a terceira 6 semanas depois da plantação.
Fósforo 160 kg/ha
Potássio 160 kg/ha
Depois da couve o terreno não deve ser usado na produção de couve durante 3-5 anos

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3.6 SANIDADE VEGETAL


PRAGAS
Principais pragas: pulgão, lagarta-rosca, curuquerê, vaquinha, cigarrinha, tesourinha. Acephate, Bacillus
thuringiensis, carbaryl, carbofuran, chlorpyrifos, clorfenapir, clorfluazuron, cypermethrin, deltamethrin,
diafentiuron, dimethoate, fenitrothion, fenpropathrin, imidacloprid, lufenuron, malathion, methamidophós,
methomyl, naled, parathion methyl, permethrin, pirimicarb, piriproxifen, profenofós, teflubenzuron,
thiamethoxam, triazophos, e triclorfon.
Pulgões:
Sintomas:
São de difícil combate, podem ser transportados do viveiro ao terreno definitivo, elas chupam as folhas
mesmo pequenas; preferem os rebentos, o repolho atacado não forma cabeças.
Os pulgões formão colónias e chupam a seiva das folhas tornando as amarelas deformadas.
Controlo:
Seu combate é difícil porque possuem uma camada cerosa, alem do enrolamento das folhas depois do
ataque. A melhor altura para combate, e quando as colónias ainda são pequenas. Para tal usa-se
insecticidas sistémicos.
Afideo de couve (Brevicoryne brassicae e Lipaphiserymi)
Sintomas e características
Pequenos insectos redondos de 1-2 mm, de cor amarela acinzentada no caso de B. brassicae, cobertos por
uma certa cera branca. Vivem agrupados em ambos os lados da folha. As plantas seriamente atacadas
murcham.
Preferem páginas inferiores das folhas jovens, as folhas ficam encarquilhadas; planta raquítica
Ciclo de vida: 10 dias. Reproduz-se partenogenicamente.
Maior densidade populacional no tempo seco, sem chuvas.
Transmissores de viroses
Vários inimigos naturais ocorrem
Controlo:
Agronomico:
Inspeccionar regularmente as folhas, tirar as folhas mais velhas infestadas, que já não tem função na
planta e destruí-las.
Eliminar todos os restos da cultura anterior da couve (repolho, nabo)
Quimico: uso de diazinao, dimetoato, monocrotofos.
Broca da couve (Helluia undalis)
Sintomas e características:
As lagartas tem 15 mm quando crescidas, tem cor creme, com uma listra lateral de cor
acastanhoavermenhado.
O adulto e uma pequena borboleta nocturna de cor castanho-acinzentado.
As lagartas penetram nas nervuras, pecíolo, caule e no ápice das plantas. As pequenas plantas são
completamente destruídas.
As plantas maiores aparecem dois a quatro novos rebentos algumas semanas depois da destruição do
ápice. A planta de repolho atacado produz várias cabeças por planta de pouco valor. As folhas atacadas
ficam ligadas.
Lagartas alimentam-se das folhas e perfuram caule da couve; planta nao cresce mais, cabeça do
repolho não se forma.
Hospedeiros: todas as Brassicas
Ciclo de vida: 17 a 52 dias
Controlo:
Tirar todos novos rebentos, algumas semanas depois da sua formação
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Quimico: Cipermetrina, deltametrina, diazinão e malatião.
Trca dacouve (Plutella xylostella)
Lagartas alimentam-se das folhas e preferem página inferior das folhas, onde fazem pequenos furos
Ciclo de vida: 14 a 21 dias. Pico de infestação Abril/Maio
Hospedeiros alternativos: brassicas e outras cruciferas
Controlo:
Quimico: Cipermetrina, deltametrina, diazinao e malatiao.

DOENCAS:
Podridão negra (Xanthomonas campestris)
Sintomas:
Aparecimento de manchas negras nas folhas atacadas e manchas castanhas no colo da raiz. No caso de
repolho as folhas ficam deformadas sem valor comercial. A nutrição e afectada pois que os vasos
condutores da seiva ficam destruídos. As nervuras das folhas ficam negras e as folhas jovens amarelecem,
cortando transversalmente o caule de uma planta atacada, nota-se em sua volta um anel.
Controlo:
Recomenda solos bem drenados,
Evitar utilizar alfaias que tenham sido utilizados em locais infectados,
Fazer a rotação de culturas de 3 anos sem colocar plantas da mesma família,
Fezer viveiros emsolos nao contaminados
Tratatar a semente com H20 quente a 52º C durante 30min.
Podridão mole (Erwinia corotovorum)
Sintomas:
A bacteria penetra por qualquer parte da planta através de uma ferida, ainda que pequena. Na couve-flor e
no repolho ataca com frequência a zona do caule, imediatamente após a formação das folhas provocando o
apodrecimento e a queda das cabeças. Por vezes a enfermidade instala-se no topo das folhas alastrando-se
através destas, penetrando no caule. Os tecidos tornam-se moles e viscosos com um odor desagradável. A
infestacao por esta doenca é frequentequando as temperaturas rondam entre 25-30º C
Controlo:
Fazer a rotação de culturas
Destruição de plantas atacadas.
Usar um compasso largo
Mancha bacteriana (Psedomonas maculicola).
Sintomas:
Em ambas páginas das folhas, mas principalmente na inferior, aparecem manchas verdes escuras e depois
castanhas acinzentada puro. Com o tempo as manchas tornam-se negras e secas provocando o
amarelecimento das folhas. Esta doença ocorre principalmente no tempo frio e húmido.
Controlo:
Fazer a rotação dos viveiros de 2 em 2 anos
Desinfecção das sementes
Mancha concêntrica das folhas
Sintomas:
Provocado por um fungo desconhecido, formam-se manchas de cor castanho-claras e cobertas de um pó
escuro. Ataca todas as partes verdes da planta. O ataque verifica-se com grande intensidade no tempo
chuvoso.

Controlo:
Maior fertilidade do solo
Melhorar as técnicas de cultivo

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ERVAS DANINHAS
As culturas de couve e repolho sofrem principalmente de ervas no período da transplantação ate terem
fechado mais ou menos as linhas, por isso exigem-se sachas que mantenham o terreno livre de erva
daninha e convenientemente mobilizado.
As sachas devem ser profundas, cuidando-se que o trabalho junto às plantas não destrua as suas raízes.
Os herbicidas recomendados são:
Alachlor (lasso 38,4% EC-Emulsão Concentrada)
Controla gramíneas anuais e algumas ervas de folhas largas.
Deve ser aplicado logo depois da primeira rega
Acção residual e de 4-6 semanas e por qualquer cultura seguinte pode ser semeada ou plantada sem perigo
de fitotoxicidade.
Oxifluorfen e trifluralina
3.7. COLHEITA
O ciclo vegetativo da cultura e de 3-6 meses. A colheita será efectuanda a medida em que as plantas vão
atingindo o estado de maturação desejada.
As folhas externas da couve não deverão ser retiradas para proteger a cabeça durante o transporte.
Durante o transporte, as cabeças não deverão ser muito apertada, porque isso pode estimular a
podridão. No caso da couve-flor, não se deve deixar ultrapassar o momento óptimo, que é, quando as
cabeças estão muito brancas, compactadas e regulares. Para se detectar a cabeça, basta apertar a parte
superior e quando apresenta uma resistência pode se colher. O método de colheita mais usual é manual
com ajuda de catanas ou facas bem afiadas corta-se abaixo da cabeça devendo-se deixar alguns
centímetros debaixo da cabeça para evitar a entrada de agentes patogénicos. A couve pode ser conservada
em câmaras frigoríficas a temperatura de 0-1ºC e humidade relativa de 85% podendo se armazenar ate 3
meses.
O rendimento depende muito das variedades e das condições filotécnicas. Em Moçambique chaga a se
atingir em media 30 Ton/há e 50 Ton/ há no mundo.

4.0 CULTURA DE CEBOLA


A cebola (Allium cepa L.) é uma das plantas cultivadas de mais ampla difusão no mundo, sendo a segunda
hortaliça em importância económica. A produção mundial apresentou aumento de cerca de 25% na última
década, o que coloca a cebola como uma das três hortaliças mais importantes ao lado do tomate e da
batata. Somado a isto, o valor social da cultura de cebola é inestimável, sendoconsumida por quase todos
os povos do planeta, independente da origem étnica e cultural, constituindo-se em um importante
elemento de ocupação de mão-de-obra familiar.
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
A cebola é uma cultura originaria da Ásia central as formas primitivas encontram-se na Turquia e
Afeganistão. A cebola é uma planta muito antiga. Conhecida e consumida pelos povos da antiguidade,
entre eles os gregos romanos e egípcios.
IMPORTÂNCIA ALIMENTAR
A cebola serve de alimento pode ser consumida crua ou cozida com um aroma característico. A sua
importância se reserva pela qualidade nutritiva e gustativa. Alem disso, o bolbo contem cerca de 10000 g
de vitamina C, poucas quantidades de vitamina B1, B2 e cabohidratos alem do uso como alimento a
cebola pode ser usada na medicina, e tem importância na economia nacional.
Na medicina, a cebola tem efeitos bactericidas, combate infecções, inflamações, irritações da garganta,
órgão respiratórios, tosse e constipação e dores de cabeça.
BOTÂNICA
A cebola é uma espécie bienal, embora cultivada como anual pertence à classe das
monocotiledóneas, família da Liliaceas, possui varias espécies allium cepa (muitiplicadas), cebolinha.
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Apontamentos de PV do 1 Ano, sobre Horticolas do segundo semestre de2011
O ciclo vegetativo médio é de 120 dias.

As variedades classificam-se de acordo com os seguintes aspectos:


Forma, tamanho, cor, poder de conservação e precocidade.
Família: Liliaceae
Genero: Allium
Espécie: Allium cepa
Variedades precoces: 100 dias
Variedades tardias: 200 dias
MORFOLOGIA
Raiz:
Fasciculada é de colocarção esbranquiçada, é o primeiro órgão a sair da semente. A raiz primária é fraca e
quase sem ramificações, com o desenvolvimento da planta esta não se destingue das outras.
Caule:
Extremamente curto e reduz-se em forma de disco sobre o qual se forma o bolbo (conjunto de folhas,
sendo as internas carnudas e suculentas e as externas membranosas). Do bolbo surge um talo directo e
oco, terminando com umbela que é a inflorescencia.
Inflorescência:
E umbela constituía por algumas centenas de folhas de cor branca, rosada e esverdeada e por vezes
arroxeada.
Fruto:
E uma cápsula que tem sementes negras, angulosas e rugosas. 2.3-3,7 g correspondem a 100 sementes. A
semente tem um poder germinativo com duração de 2-3 anos.
ECOLOGIA
Clima:
E uma espécie hortícola que se adapta facilmente a diversas condições do clima A cebola pode considerar-
se uma planta rústica desde que seja cultivada em regiões com clima ameno em épocas mais apropriadas
para cada variedade.
Temperatura:
A Temperatura de 3ºC congelação. Germinação óptima 15-20ºC. Existem variedades resistentes à
temperatura de 30ºC, sendo de assimilação lenta. O excesso de água na primeira fase de desenvolvimento,
assim como na maturação e prejudicial. A temperatura de 15-23 ºC o desenvolvimento vegetativo e
óptimo. Temperatura máxima 45ºC. Há formação de haste floral quando a temperatura for <15 ºC.
Com temperatura entre 10-15 ºC e menos de 10 horas de luz diárias, as plantas florescem, mas não formão
bolbos.
Pluviosidade:
A maior necessidade hídrica verifica-se entre 2-3 semanas após a plantação. Aconselha-se que o ultimo
mês seja seco para evitar a podridão do bolbo e para acelere a maturação.
Solo:
Pode-se produzir em quase todos tipos de solos. Precisa de solos médios, férteis e bem drenados com um
pH de 6-8. O rendimento decresce se o pH se mantiver abaixo de 5,8.
Quando a acidez do solo e excessiva torna-se necessário proceder a uma calagem.
A cebola e uma planta que extrai do solo quantidades acentuadas de elementos nutritivos.
VARIEDADES:
O agrupamento das variedades pode fazer-se em relação a diversas características, tais como a coloração,
a forma e o volume do bolbo, a precocidade, a capacidade de conservação, etc.
Variedades de cor branca:
- Branca de barletta, branca de Itália, branca de paris, branca de rainha, etc.

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Variedades de cor amarela:


-amarela, de Barcelos, da beira, garrafal, saloia, etc.
Variedades de cebola vermelha:
Espalhola race de amposta, red beard, redonda da madeira, wala wala sweet, etc.
Características morfológicas
As mais importantes são as de bolbo com boa forma, tamanho e cor. Devem estar bem envolvidas pela
casca, ser de colo delgado e bem fechados. A escama carnuda deve ser compacto.
Características biológicas e económicas:
Ciclo vegetativo curto, alto rendimento, boa capacidade de armazenamento, conteúdo de substancia
nutritivas e resistência a pragas e doenças, qualidade gustativa. Segundo o conteúdo em óleos e em
qualidade gustativas, as variedades de cebola dividem-se em 3 grupos fundamentais: picantes,
semipicantes e doces.
As variedades picantes são de maior importâncias económica, possuem maior quantidade de sólidos e
armazenam-se melhor (Red creole, Texas gano, etc)
Os bolbos das variedades doces são pobres em substâncias nutritivas e óleos, por serem menos picantes
são mais consumidos frescos. Em geral rendem mais, mas o seu armazenamento é difícil
(barla, desex, etc)
TECNOLOGIAS DE PRODUCÂO
Preparação do terreno
Na preparação do terreno deve se tomar em consideração o sistema radicular da cultura e as condições do
terreno. Para cebola a preparação do terreno deve começar quatro semanas antes da sementeira ou
plantação. A lavoura deve ter uma profundidade de 20-25 cm de profundidade, seguido de gradagem,
deixando o solo fofo e bem drenado.
Sementeira:
A sementeira pode ser no viveiro ou directamente no campo, mas a sementeira em viveiros e a técnica
mais usada em paises produtores de cebola.
Vantagens da sementeira em viveiros
Economia da semente
Facilita os amanhos culturais
Produção de cebola de tamanho uniforme.
No viveiro a semente e enterrada 2cm de profundidade e espaçamento de 20x3 cm. Cada 10 m 2 de viveiro
fornece plantas para 250 m2 no campo definitivo. Para um hectar são necessários 400 m2.
O viveiro de se manter livre de ervas daninhas. Quando as plantas tiverem 10-15 m de altura aplicam-se
sulfato de cobre ou outro fungicida (Dithane-M45) contra fungos ou perfecthrim contra mosca da cebola.
A cebola pode ser transplantada 40-80 dias apos a sementeira, quando tiverem 3-6 mm de
diâmetro. Se for mais fina origina bolbos pequenos.
No transplante e freqüente diminuir a área radicular 3-4 cm, a folhagem 1/3, para as raízes não enrolarem
com o solo e diminuir a área de transpiração sa folhas.
O compasso utilizado e de 20-40 cm entre linhas e 5-18 cm entre plantas.
Época de sementeira
Depende da variedade e o destino da produção. Para armazenar é necessário na época seca, nota-se que
para a cebola melhor produzir prefere época fresca para o crescimento e temperatura altas na altura de
formação de bolbos. Fazendo a sementeira em princípios de Marco sa planta terá um bom
desenvolvimento e não corre risco de chuvas na colheita. Algumas variedades a sementeira pode
ser em Abril.
AMANHOS CULTURAIS
Quando se faz a sementeira directa, será necessário antes de tudo, realizar o desbaste de forma a manter o
compasso desejado (5-18 cm entre plantas).
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Rega
A cebola e considerada como tendo exigências médias de água. Haverá maior necessidade de regas, se a
cultura e implantada em regiões de baixa precipitação ou tempo secas. O excesso ou falta de água afecta o
rendimento da cultura. A rega por aspersão e mais econômica em tempo e mão-de-obra. Ate a emergência
o solo deve estar humido, as necessidades aumentam ao ponto maximo quando as plantas tem 30-40 cm (2
meses), momento a partir do qual as regam diminuem e cessam quando a planta atingir a maturação.
Sachas e mondas
São operações importantes tanto no viveiro assim como no terreno definitivo. Estas preracoes podem ser
feitas manual, mecânica e quimicamente. 6-8 dias apos a plantação realiza-se a primeira sacha,
posteriormente pode-se fazer a sacha química.
Adubação
A cebola e uma cultura que responde positivamente aos adubos orgânicos, o estrume deve ser bem
curtido, 20-30 ton/ha são necessária, sobretudo em solos pobres em húmus.
N: 166 Kg
P2O5: 51Kg
K205: 46 Kg
Cal: 98 Kg
O azoto em quantidades excessivas cria dificuldades na formação dos bolbos e reduz o seu poder de
conservação.
O fósforo deve existir em abundância, em virtude de beneficiar diversas características dos bolbos.
O potássio exerce acção na acumulação de substâncias de reserva no bolbo e na sua capacidade de
conservação.
4.8 SANIDADE VEGETAL
A cebola é atacada por várias doenças de etiologia fúngica, bacteriana, viral e nematológica.
Algumas doenças ocorrem no campo, outras são mais importantes em pós-colheita e ainda há aquelas que
ocorrem tanto no campo como durante o transporte, armazenamento e comercialização. As doenças
fúngicas são as de maior número e geralmente mais destrutivas, entretanto, podem ser mais fáceis de
controlar.
Estas doenças podem provocar desde danos leves até perdas muito grandes, dependendo do patógeno
envolvido, do nível de resistência da planta, das condições ambientais, do tipo de manejo dado à cultura e
mesmo da eficácia das medidas de controle empregadas.
Pragas:
Mosca da cebola (Delia antiqua) /Chortophila antigua
Traz muitos prejuízos, as suas larvas destoem as plantas jovens, ataca de planta a outra, podendo destruir
parcialmente ou totalmente os bolbos antes ou depois da colheita
Sintoma: amarelecimento da extremidade da folha. Escarificam as folhas
Provocam manchas prateadas nas folhas
controlo
Pode-se usar o Basudine 60 EC (Emulsão concentrada), 1.5l /ha.
Uso de ésteres fosfóricos (malatião, paratião).
Trips (Thrips tabaci)
E um insecto tisanoptero que também pode atacar o alho
São insectos com menos de 1mm de comprimento, tem um ciclo de vida de 2 semanas, reproduz-se
rapidamente e pode atacar todo campo.
Sintomas:
Em densidades moderadas provocam manchas pretas, minúsculas picaduras na folha, com densidades
altas de trips as folhas acabam por amarelecer e secam.

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Controlo:
Semear pouco antes da época fresca
Estrumar bem o campo antes da transplantação ou adubar para ter plantas de bom vigor
Usar Nogos 50 a 1-2l/ha
DOENÇAS:
Míldio (Peronospora destrutor)
Sintomas
Nas folhas a doença e aracterizada por lesões elípticas, alongada de tecidos cloroticas, miutas vezes
recobertas por frutificação de fungos de cor violeta-cinzenta. As pontas das folhas com lesões neuróticas
murcham e as folhas secam, começando pelas mais novas. Ataca de preferência as folhas, em embora
também pode atacar os bolbos.
Controlo:
Escolher campos bem drenados, não sujeitas a altas humidades
Destruir restos da cultura
Fazer rotação de culturas durante 3 anos
Usar semente sa
Arrancar e queimar plantas doentes
Evitar adubar com doses altas de nitrogênio
O combate e feito com uso de fungicidas (manebe e zinebe)
Ferrugem (Puccinia allii)
Ataca no tempo seco, sendo mais prejudicial na produção de semente, pois instala-se nos eixos florais que
quebram ou secam.
Controlo:
Rotação de culturas (4-5 anos)
Escolher campos com boa drenagem
Usar variedades resistentes ou menos susceptíveis
Semear cedo na época fresca.
ERVAS DANINHAS:
A cebola, não faz muita competição com ervas daninhas, devido as suas folhas estreitas e erectas.
Por isso a cultura e extremamente susceptível a presença de ervas daninhas, entretanto o seu controlo e
indispensável.
As ervas mais comuns na cebola são:
Ervas de folhas largas: Amaranthus spp, Galisonga paviflora, Trbulus terrestre e outras.
Gramíneas: Echinochloa colonum, Sorghum arundinaceaum, etc.
Ciperáceas: Cyperus rotundo e C. Esculentus.
Controlo:
As sachas devem ser feitas com enxada pequena de 2 em 2 semanas.
As ervas devem ser controladas ate a colheita, par que a cebola seque bem, duminuindo a podridão mole
no armazém.

Campos severamente atacados co tiririca (Cyperus spp) não podem ser usados antes de diminuir a
população desta erva, operação que deve ser feita na época seca antes da sementeira por lavouras e
gradagens regulares de tal maneira que os rizomas venham à superfície e secam.
Químico: pode-se usar Oxidizarao (Rostar 25% EC) ou Oxifluorfen.
COLHEITA
As folhas da cebola amarelecem quando atinge a maturação e quebram-se pela base. Nesta altura os
bolbos podem ser colhidos e armazenados. A colheita pode ser manual ou mecânica. Deixa-se

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secar os bolbos sobre os terrenos protegidos de irradiação solar. O rendimento pode atingir ate 20 a 40 ton/
ha. Um bolbo pode ter 50-300g de peso.
O armazenamento e feito em abrigos bem ventilados, secos e com temperaturas relativamente baixas. A
cebola também pode se conservar em câmaras frigoríficas a temperatura de 0 C com humidade relativa de
64%, algumas variedades podem se conservar num período de 4-5 meses sem que os beolbos germinem
ou que sejam atacadas por bolores que originam podridões.
5.0 CULTURA DE PIMENTO
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
O pimento é oriundo da América do Sul nas regiões tropicais. Foi conhecido pelos Europeus e outros
povos depois da descoberta do Cristóvão Colombo.
Foi difundida na Espanha Portugal e mais tarde passou pela toda Europa. Actualmente cultiva-se em todo
o mundo onde as condições permitem.
IMPORTÂNCIA ALIMENTAR
Os frutos são utilizados como condimento em diferentes tipos de pratos como saladas e
concentrados ricos em vitaminas.
BOTÂNICA
Família: Solenáceas
Genero: Capsicum
Espécie: Capsicum annuum.
É uma cultura perene mas cultivada como anual, algumas variedades como aji e chai, cultiva-se como
bienais ou trienais. A colheita dura 3-4 meses

MORFOLOGIA
Raiz:
Dificilmente forma raízes adventícias, quando isto acontece observa-se o isolamento do tripocatico.
Tomando esta propriedade deve-se considerar cuidadosamente a profundidade pelo qual foi realizado o
transplante.
O sistema radicular é muito ramificado, volumos, mestra e curta. Algumas variedades chegam atingir 70 a
120cm de profundidade e 120 cm na lateral.
A maior parte das raízes situa-se de 5 a 40cm no solo. Esta pouca profundidade determinam entre várias
razões o grande requerimento desta no que diz respeito as condições físicas do terreno, sua humidade e
balanço térmico do terreno.
Caule:
O caule e cilíndrico ou prismático angular, sua parte inferior é lenhosa e ramifica-se.
Frequentemente um dos ramos é mais forte e cresce no sentido da ramificação transitória de menor
importância.
Flores:
4 a 5 flores são formados por haste. As flores são hermafroditas e apresentam-se com 6 sépalas, pétalas e
estames respectivamente. O número de orgãos florais oscila de 5-7. O pimento é de autofecundação e
cruzada devido a disposição dos orgãos florais.
Frutos:
São compostos por pericarpo, endocarpo e semente.
Nas variedades de frutos longos, a cavidade interna esta separada por divisões longitudinais, formando
loculos. Os frutos têm formas, cores diferentes dependendo das variedades.
A semente é maior que do tomateiro. Poder germinativo 50-98%, mantem se durante 4-5 anos em
condições favoráveis.
VARIEDADES
Devido as suas caracteristicas morfológicas existem muitas variedades:
Variedades de frutos grandes:
- Vaina branca
Compilado por Francisco Manuel Machono 20
Apontamentos de PV do 1 Ano, sobre Horticolas do segundo semestre de2011
Origem: Bulgária, possui uma altura média de 60 cm, o fruto tem um peso de 60 g. É resistente a
cercosporiose.
Varidades de fruto grande e largo:
- California Wonder
Origem: EUA, é uma variedade básica para certos países e é de grande aceitação popular, os frutos são
largos, grandes e com um peso de 100g.
- True heart
Origem. EUA, os frutos são de forma cónica e muito parecidos com corações.
- Aji-chay
Os frutos têm 8.6 cm de comprimento. Resistem a altas temperaturas e algumas doenças.
Variedades de fruto pequeno
Aji-chileno:
As folhas e os frutos são pequenos, alcançam 1-1.5 cm de largura e 4-12 cm de comprimento. A polpa é
fina, muito picante, são mais resistentes a seca.
Outras variedades: Andaluz (vermelho), Marcini (vermelha), Dulce italiano (vermelho), yellona
(amarelo)
ECOLOGIA
TEMPERATURA:
O pomento é uma cultura que não requer muito calor em comparação com tomate. Não desenvolve a
temperatura entre 5-15º C e atemperatura óptima é de 18-32ºC. A temperaturas abaixo de 13ºC ha uma
paralizalção no crescimento, se as plantas na sua idade jovem sofrerem temperaturas abaixo de 6º C as
suas formas florais ficam muito reduzidas e muito débeis, a temperatura máxima é de 40ºC.

Em altas temperaturas, é frequente a baixa polinização por motivos do balanço nutricional


desfavorável o que resulta em frutos deformados.
FOTOPERIODISMO
É uma planta de floração neutra. O pimento se desenvolve bem durante o período do verão do que no
inverno.
PULVIOSIDADE
Tem um sistema radicular pouco profundo com um fraco poder extrativo, por isso é muito exigente a
humidade. Para o seu cultivo devem ser selecçionados solos ricos e de melhor capacidade de retenção de
humidade. O rendimento máximo obtem-se mantendo uma humidade de 80-85%. O
excesso de humidade retarda a maturação.
SOLOS
Pode- se produzir em qualquer tipo de solo, é exigente a estrutura e fertilidade. Os solos arenosos e
ligeiros necessitam de administração de grandes quantidades de adubos orgânicos.
O pimento não desenvolve em solos pesados devido a sua ma aeração, o sistema radicular é débil nessas
condições, as plantas podem murchar. O PH do solo deve ser entre 5.5-6.8.
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
Preparação do terreno:
A preparação segue as mesmas regras do tomateiro. Antes do transplante, constrõem-se sulcos ou diques,
nos quais se transplantam.
Época de sementeira:
A época é de Outubro – Janeiro. Semete tem faculdade germinativa de 3-4 anos. Em 100g ha 17000
sementes. Peso médio de 100 sementes e de 0.57g
Sementeira:
Pode-se fazer sementeira directa ou indirecta. A semente é colocada a 1.25 cm de profundidade.
Compasso:
O compasso usado e de 0.5-1 m x 0.3-0.6m

Compilado por Francisco Manuel Machono 21


Apontamentos de PV do 1 Ano, sobre Horticolas do segundo semestre de2011
As plantas estão em condições de serem transplantadas depis de 55 dias, a germinação verifica-se depoi de
8-9 dias.

AMANHOS CULTURAIS
Rega:
Época de necessidade máxima. 8 a 10 dias
Época de necessidade mínima 20 a 30 dias
Adubação:
Faz-se de acordo com os resultados de análise de solos. O pimento não tolera altas concetrações de
nutrientes no solo, os primeiros sintomas de tais transtornos manifesta-se atravês de coloração das folhas e
a sua queda, facto que sucede quando se aplicam altas doses e baixa humidade do solo.
Para solos médios recomenda-se a aplicação de 1900kg na fórmula 8-9-12. Para solos com alta
deficiências aplica-se 9-18-27 (500 ton/ha). Estrume de cural: 20 ton/ha
IAL P.V 1º ano Compilado por Engo Mateus Marassiro 2009

SANIDADE VEGETAL
DOENÇAS
Mancha bacteriana (Xanthomonas versicatoria)
Sintomas:
Provoca manchas castanhas escuras nas folhas e frutos, no caule também podem aparecer, as infecções da
inflorescência pode causar a queda dos frutos. A infestação verifica-se geralmente no tempo humido.
Controlo:
Uso de varidades resistentes,
Desinfecção das sementes com dicloreto de mercúrio,
Rotação de culturas
Limpar os instrumentos agrícolas antes de usar noutros campos.
Míldio (Phytophtora capsici)
Sintomas
Queima das partes vegetativas da planta até os frutos.
Controlo
Rotação de culturas
Químico
Pulverizar com Metalaxil, Nabame, Tirame, sulfato de cobre,
Verticilose (Verticillum alboatrum)
Controlo
Desinfecção das sementes e do solo
Podridão cinzenta (Botrytis cinérea)
Controlo
Captafol, Tirame, Diclorão, diclofuamida
Viroses
Controlo
Uso de variedades resistentes
PRAGAS
Pulgão Macrosyphum solanitolia, (Myzus persicae).
Controlo
Uso de Lindano, Diazinão, Malatião
Mosca branca (Trialeuro desvaporariurum)
Controlo
Uso de Lindano, Diazinão, Malatião
Compilado por Francisco Manuel Machono 22
Apontamentos de PV do 1 Ano, sobre Horticolas do segundo semestre de2011

ERVAS DANIHAS
Nas primeiras 6 semanas depoi do transplante, quando a cultura ainda não está bem fechada é
necessário controlar as ervas daninhas. As sachas repetem-se tantas vezes se necessário. A
adubação e amontoa podem ser combinados com a sacha. Para a cultura de repolho não há
herbicidas recomendados.
COLHEITA E RENDIMENTO
A conheita é escalonada. Primeiro se recolhe verde (maturação de consumo) e maduro (maturação
bortânica). Quando a colheita é feita na maturação os rendimentos tendem a decrescer em 20%. A
colheita deve ser cuidadosa para não partir os ramos.
Os rendimentos variam de 11 -15 ton/ha. Com aplicação de todas as medidas agrotécnicas pode-se
elevar para 20 -30 ton/ha.
ARMAZENAMENTO
Os frutos podem-se congelar a uma temperatura de 1º C e uma humidade relativa de 15 – 18% num
espaço de 90 dias. Por um longo período a conservação pode ser feita usando o método de chucrute
(fermentação do repolho).
6.0 CULTURA DE BERINGELA
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
Originária da India e posteriormente passou para China e Japão.
IMPOTÂNCIA ALIMENTAR E ECONÓMICA
Os frutos se consomem quando cozidos e é matéria-prima para a indústria de conservas
alimentares.
A beringela é pobre em vitaminas. A amargura dos frutos depende da concentração da solamina
(substância que aumenta quando é cultivado em situaçãoes de dificiência de humidade e
temperaturas excessivamente altas).
BOÂNICA
É cultura anual, com um ciclo vegetativo de 80-90 dias
TAXONOMIA
Reino: Plantae
Divisão: Magnoeliophyta
Classe: Magnoliopsida
Família: Solanaceas
Género: Solanum
Espécie: Solanum melance

VARIEDADES:
Florida higt bush
MORFOLOGIA:
Raiz:
Possui uma raiz aprumada, podendo atingir uma profundidade de 120 cm, a maior parte das raizes
encontram-se na superfície do solo (30-40 cm).
Em condições de seca as raizes vão para o mais profundo.
Caule:
Erecto, de altura variável entre 20-150 cm. Facilmente o caule forma raizes adventícias, quando se
encontram num meio húmido e arejado (faz-se a poda).
Folha:
As folhas são elípticas com bordos serrados, o pecíolo é liso ou com espinhos.
Flores:
Compilado por Francisco Manuel Machono 23
Apontamentos de PV do 1 Ano, sobre Horticolas do segundo semestre de2011
As flores estão dispostas nas axilas, o calice compõe-se de 5-7 sépalas, soldadas entre si,
frequentemente o cálice, pedunculo e os frutos aparecem cobertos de espinhos, os quais dificultam a
colheita, as flores e frutos são de cor violeta. Podem realizar a polinização cruzada.
Frutos:
É uma baga, a forma dependa da variedade (cilindrica), na maturação é frequente aparecer com uma
coloração violeta ou branca, o peso varia de 50-200 g (depende da variedade e das práticas agrícolas).
ECOLOGIA
Temperatura:
Óptima para o desenvolvomento é de 25ºC. Germinação verifica-se aos 7-8 dias. Com temperatura de 0.5-
1ºC as plantas morrem.
Pulviosidade:
A beringela é muito exigente quanto a humidade do solo, sobretudo no perído pós transplante.
Depois de bem restabelecida é tolerante a seca, facto que afecta a floração e frutificação (baixa o
rendimento).
Solos:
Textura areno-argiloso
pH 6 e 7
Planta pouco resistente a salinidade
TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO
Preparação do terreno:
(veja a cultura de tomate e pimento

Adubação
Fundo
N: 40 kg/ha
P205: 112 kg/ha
K20: 118
Cobertura
75Kg de N/ha
Época de sementeira:
O mesmo do tomate
O compasso
O mesmo do tomate
Sementeira:
A sementeira é feita em fileiras. As plantas estão em altura de serem transplantadas depois de 40-45 dias.
12-15 cm de altura
6.5 SANIDADE VEGETAL
ERVAS DANINHAS
É necessário fazer sachas segundo as condições do campo.
Não há recomendação de uso de herbicidas
COLHEITA E RENDIMENTO
Os rendimentos variam entre 15 – 25 ton/ha, com observação de todas práticas agronómicas pode
atingir 30-35 ton/ha.
7.0 CULTURA DE CENOURA
7.1 ORIGEM E DISTRIBUICAO
Esta cultura foi descoberta pelos Suecos, emigrou para Europa onde toma um lugar privilegiado como
cultura.
A sua raiz e comestível e rica em açúcar, fosfatos, sais e alcalinos. A cenoura raspada cura ferimentos e
atenua queimaduras, comida em jejum actua como diurética e combate vermes.

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O sumo da cenoura e contra inflamação de órgão respiratórios. O sumo misturado com mel de abelhas
cura ulcera e abcessos, regula a disposição do organismo e torna o corpo resistente as infecções e é boa
para o crescimento das crianças.
A cenoura e rica em vitamina K, complexo B, Na, Mg, Ca.
7.2 BOTÂNICA
As cenouras são plantas rústicas anuais, com um ciclo vegetativo de 70-110 dias
Família: Umbelífera
Gênero: Daucos

Espécie: Daucos carota L


Variedades
Vermenlhas curtas
Vermelha de Nancy
Curta de Holanda
Mercado de paris
Vermelhas semi-compridas
Nantes
Chantenay
Amesterdão
Vermelhas compridas
Saint-valeri
Colmar
Natersa forto
Chantenay red cored
È uma planta com folhas mediamente grossas, de cor alaranjada, as raízes podem crescer até 16 cm de
profundidade. A maturação varia de 80-110 dias, cujo rendimento é de 15 ton/ha.
Nantes
A parte aérea das plantas e de tamanho médio com 20-30 cm de altura. As raízes são cilíndricas com alta
qualidade, com crescimento acima de 16 cm de comprimento. A maturação verifica-se ao 65-70 dias. Com
um rendimento de 15 ton/ha.
7.3 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
Preparação do terreno
Lavoura 30 dias antes da sementeira. Gradagem 5 dias antes, adubação de fundo 4 dias antes
Época de sementeira
Marco a Outubro
Sementeira
Depois da armação do terreno e regado o terreno para depois fazer a sementeira directa. A sementeira
pode ser a lanço ou em linhas na quantidade de 4-5 kg/ha.
O compasso a utilizar e de 5-10x30 cm.
7.4 AMANHOS CULTURAIS
Adubação
Adubação de fundo NPK 50-100-50 kg/ha
Adubação de cobertura NK 50-50 kg/ha
O Mg e importanta a cenoura pois aumenta 1/5 de sis potassicos. O N não deve ser pouco fornecido para
evitar a vegetação excessiva.
Rega
A cenoura necessita de muita água e constante desde o início. A falta de água produz cenouras duras,
amargas e pequenas.
Sacha e desbaste

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O primeiro desbaste e feito quando as plantas tiverem 3-4 folhas, deixando cerca de 3 cm entre plantas.
Esta operação e efectuada num terreno humido para não remover as plantas vizinhas e seguidamente faz-
se a sacha.
No segundo desbaste deixa-se 5-10 cm entre plantas. Na formação das raízes deve-se fazer amontoa para
evitar que estas estejam expostas ao sol.
7.5 COLHEITA
A colheita realiza-se manualmente com ajuda duma enxada 70-110 dias.
7.6 PRODUÇÃO DE SEMENTES
A fecundação é feita pelos insectos, semente óptima provem de raiz lisa sem reizes laterais não atacada
por pragas e doenças, com características das variedades. Depois da formação de sementes, as umbelas
são colhidas quando tomam a cor castanha antes da semente começar a cair. Depois de serem cortadas as
umbelas são abrigados em locais ventilados e secos para completarem a sua maturação.
Quando as umbelas se tornarem higroscópicas, faz-se a debulha em dias secos. A semente perde o poder
germinativo rapidamente. Uma planta produz 6-15 g de semente.
7.7 SANIDADE VEGETAL
Mosca da cenoura
As raízes apresentam estrias tenuas quando a planta é atacada. Os canalículos abertos pela mosca podem
servir de porta de entrada de doenças.
Controlo
1.utilizar aldrin, aplicando no solo quando as plantas tiverem 6-10 cm e repetir o tratamento passadas 3
semanas.
8.0 CULTURA DE PEPINO
8.1 ORIGEM E DISTRIBUICAO
E oriunda das zonas humidas tropicais da Índia.
O pepino é uma das culturas horticolas mais antigas e se cultiva a mais de 3000 anos
8.2 IMPORTANCIA
Pode ser produzida quase todo ano. O pepino é matéria-prima para a indústria de conservas. A causa da
resistência à altas temperaturas, faz com que o pais produza durante todo ano. Tem boa qualidade
gustativa, substancias que facilitam a digestão e absorção do alimento consumido.
8.3 BOTÂNICA
Família: Cucurbitaces
Gênero: Cucumis
Espécie: Cucumis sativus L
Tem um ciclo vegetativo de 45-70 dias
MORFOLOGIA
35
Raiz
A raiz principal chega a atingir 120cm profundidade, as secundárias encontram-se na superfície. O seu
desenvolvimento depende da aeração do solo.
Caule
É rastejante, cresce até uma longitude de 70-250cm.
Folhas
Tem uma forma palmeada e lobulada em cinco partes, o seu tamanho depende da variedade e em
condições agro-ecologicas.As folhas são pilosas
Flores
É uma planta monóica de polinização cruzada, sobre uma flor crescem flores masculinas e femininas e se
caracterizam por formar flores hermafroditas. Na maioria das variedades
predominam as flores masculinas. As flores femeninas se formam sobre o talo principal, são menores em
comparação com a que se formam sobre as ramificações secundária e tercearia.
Frutos
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É uma baga segundo a variedade pode medir 5-40 cm de comprimento. A sua superfície e lisa ou coberta
de espinhos. Os frutos têm a cor verde ou verde escura.

Temperatura
Para germinação 12º C Òptima para o crescimento e desenvolvimento da planta 18-28º C, abaixo de 14º
C, o crescimento
cessa, as flores femininas caem.
Pulviosidade
E muito exigente quanto ao balanço da humidade do solo e do ar devido ao sistema radicular e foliar que
são relativamente débieis. Para um bom desenvolvimento e frutificação normal a humidade do ar deve ser
de 70-80% e 80-90% do ar. Em casos de baixa humidade do solo e do ar a planta cessa de crescer e
frutificar, em tais casos resulta frutos deformados e amargos.
Solo
Devido a grande exigência quanto a aeração e fertilidade, a cultura desenvolve-se bem em solos ricos e de
boa estrutura. Os solos argilosos não são adequados para o seu cultivo. Os arenosos são favoráveis so no
cultivo a sequeiro.
Os solos aluvionares são os mais favoráveis. pH 6.5-7.
8.4 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
Preparação do terreno
A lavoura e gradagem são feitas dias antes para permitir a decomposição da matéria orgânica, se possíveis
podem ser feitos diques de acordo com as curvas de níveis com uma largura de 50 cm e altura de 20 cm.
Faz-se uma adubação de fundo nas filas.
8.5 SANIDADE VEGETAL
DOENÇAS
Oidio (Erysiphe cichoracearum)
Sintomas
Começa com manchas pequenas redondas com um crescimento branco pulverulento na página inferior da
folha, mais tarde atacam a página superior, posteriormente a folha amarelece e seca. Os frutos atacados
ficam deformados.
Controlo
1.Usar variedades resistentes
2. Destruir as cucurbitáceas selvagens em volta do campo
3. Usar fungicidas
Míldio (Pseudoperonospora cumbensis)
Aparecimento de manchas amarelas claras pequenas que se alargam e secam, formndo manchas
angulareslimitadas pela nervura na página inferior da folha. Na página inferior as manchas ficam cobertas
por um pó cinzento purpúreo em condições humidas. Se o ataque for serio as folhas secam.
Controlo
1.Usar variedades resistentes
2. Evitar períodos de orvalho
3. Escolher zonas altas não sugeitas ao frio e mã ventilação
4. Usar compasso mais largo
ERVAS DANINHAS
As primeiras sachas devem ser feitas 15-20 dias após a germinação, podendo também fazer o desbaste.

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9.0 CULTURA DE ALFACE


9.1 ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
A cultura de alface e originaria da América ou Ásia. Actualmente a cultura e praticada em todo mundo.
9.2 IMPORTANCIA EM MOCAMBIQUE
É muito importante na alimentação devido o conteúdo em vitaminas e substancias nutritivas.
8.3 BOTÂNICA
É uma cultura anual.
Família composite
Gênero Lactuca
Espécie Lactuca sativa
VARIEDADES
1. Alface de repolho
Posuem numerosas folhas que se apertam formando cabeças.
Alface romana
Possui folhas alongadas e directas

Variedade capitan
Origem Holanda. E rentável nos mese de Junho-Julho. Compasso 30x30 cm. Pertence ao grupo romana
Variedade Mantilha
Orige Itália, forma cabeças grandes. Época de cultivo Abril-Setembro. Compasso 40x40 cm.
Variedade Wonderfullplus
Origem Inglaterra. Chega a pesar 2 kg. Resistente a temperaturas elevadas. Compasso 50x40 cm.
Variedade romaine
Orige Itália. Resistene a altas temperaturas e ataque de fungos. Época de sementeira Abril- Setembro.
Compasso 30x30 cm.
MORFOLOGIA
Raiz
O sistema radicular é bem desenvolvido, pode atingir 1.8 m de profundidade, tem, varias raízes
secundárias. A maior parte de raízes encontra-se a 5-30 cm de profundidade.
Caule
Tem um crescimento lento, forma cabeças, o cerescimento e muito acelerado.
Folhas
São sésseis, lisas de cor que varia de verde-amarelo o verde acastanhado, Com maior
concentrações de antociamina.
Flores
A inflorescencia e um capítulo constituído por 15-25 flores de cor amarela. A polinização e autogâmica,
podendo também ser cruzada.
Sementes
São alongadas e achatadas, de cor branca acinzentada ou castanho-escuro.
9.4 ECOLOGIA
Temperatura
Mínima de germinação 3-5 C, óptima 20-25º C
Optima para crescimento 15-22º C
Temperaturas acima de 25º C são prejudiciais pois estimula o crescimento do caule.
Pulviosidade
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A cultura exige muita água durante o seu desenvolvimento para uma boa folhagem.
Fotoperiodismo
E muito exigente a luz
Solos
Embora se desenvolve em qualquer tipo de solo prefere solos médios. pH 5.8-7.
9.5 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
Preparação do terreno
A cama deve ter uma profundidade de 20-30 cm. Em pequenas produções pode-se peuqenos canteiros de
1m de largura.
Sementeira
Sementeira directa
Quase impraticável devido o inúmero das desvantagens.
Indirecta
Antes da emergência as regas devem ser freqüentes. Germina entre 4-5 dias.
Compasso 10x2 cm.
Transplante
Realiza-se quando as plantas tiverem 3 folhas, 8-10 cm de altura, correspondente a 20 dias depois da
sementeira.
Compasso
30-50x20 cm
9.6 AMANHOS CULTURAIS
Sacha
Manualmente três sachas são suficientes. Não e aconselhável a sacha química devido o ciclo da cultura
que curto.
Adubação
N – 60
P – 60
K – 140 kg/ha
9.7 SANIDADE VEGETAL
PRAGAS
Lesmas e caracóis
Atacam as folhas
Controlo
Uso de molusquicidas
Larva do gorgulho
Características
Possui uma cor amarela com 1.5 cm de comprimento. Vive maioritariamente no solo. Ataca as bases do
caule e a planta murcha.
Controlo
1.Pode se usar, aldrim, dieldrim
2.Por uréia em volta da planta para afugentar
DOENCAS
As doenças mais freqüentes são provocadas por bactérias e fungos. As plantas atacadas devem ser
arrancadas e queimadas.
9.8 COLHEITA, ARMAZENAMENTO E RENDIMENTO
A colheita realiza se em etapas, quando as plantas tiverem um diâmetro de 15-30 cm.
O armazenamento pode ser feito em caixas evitando o empilhamento. A temperatura de 0.5 C e com uma
humidade de 90%, podendo se armazenar durante uma semana. O rendimento esta estimado em 20 ton/ha.

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10. CULTURA DO ALHO


10.1 ORIGEM E DISTRIBUICAO
É originária da Ásia ocidental. Foi introduzida na América pelos clonizadores espanhóis e portugueses.
10.2 IMPORTANCIA
É primeiro condimento no preparo dos alimentos. Também tem efeitos terapêuticos que já foram
aprovados pela medicina.
10.3 BOTANICA
Família: Liliceae
Gênero: Allium
Espécie: Allium sativum
E uma planta herbácea que chaga a atingir 50-60 cm.
MORFOLOGIA
Raiz
Fasciculada, fibrosa, pouco ramificadas, finas, crescem verticalmente, podendo atingir 70 cm de
profundidade.
Caule
É um bolbo formado por pequenos bolbilhos mais conhecidos por dentes. Os bolbos e bolbilhos são
cobertos por varias membranas.
Folhas
São alongadas, cerrosas e começam em forma de V.

Frutos
Os frutos são bolbos
10.4 ECOLOGIA
Temperatura
A temperatura óptima é de13-24º C. Abaixo de 13º C estimula a formação de bolbos.
Requer muito frio na fase inícial e menos frio nos dias finais.
Solos
Solos ricos em matéria orgânica. Solos argilosos dificultam o desenvolvimento dos bolbos.
Requer pH de 6-6.5, em casos de solos ácidos e necessário corrigir o solo usando cálcio. O cálcio deve ser
depositado a 40 cm de profundidade para evitar o contacto com o sistema radicular que pode paralizar o
crecimento originando bolbos chamados PIORRA sem valo comercial.
10.5 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO
Preparação do solo
Veja na cultura de cebola
Selecção dos dentes

Podem ser de tamanho grande até médio. Bolbos de tamanho pequeno dão plantas pequenas.
Tratamento das sementes
Tratar com fungicidas para evitar certos microorganismos.
Compasso
20-25 x 5-10 cm, a profundidade de sementeira e de 3-5cm, com ápice voltada para cima.
Sacha
E sencivel a concorrência com ervas daninhas, portanto recomenda se sempre que necesssario.
Rega
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É muito exigente em água na sua primeira fase de desenvolvimento. A rega pode ser por aspersão ou
infiltração/gravidade. 15 a 20 dias antes da colheita paraliza-se a rega.
10.7 SANIDADE VEGATEL
DOENÇAS
Ferrugem (Puccinia allii)
Sintomas e características. Veja na cebola
Podridão branca (Sclerotium cepivorum)
Sintomas e características
As folhas atacadas amarelecem, murcham e morrem, em volta da planta no solo, forma-se um bolor
branco, com o avanço da doença vão aparecendo pontos negros.
Controlo
1.Rotação de culturas
2. Boa drenagem dos solos
PRAGAS
Tripes (Thrips tabaci)
Sintomas e características vaja na cebola
Ácaros
A área exposta a temperaturas altas e em tempo seco, pode aparecer um ácaro de forma alongada, que vive
sobre os bolbos e nas dobras das folhas. Pode provocar o chochamento dos dentes.
Controlo
Rotação de culturas
Combate químico apropriado
ERVAS DANINHAS
Sachar sempre que necessário
10.8 COLHEITA E ARMAZENAMENTO
O amarelecimento das pontas das folhas e um sinal da maturação, sinal que vai descendo ate a base das
folhas. Quando as folhas estiverem secas pode-se proceder a colheita.
A colheita deve ser feita de manha cedo, para que a secagem das folhas tenha início no campo. Os bolbos
são deixados em cura 3-4 dias ao sol no campo. A cura deve ser feita com as ramas, favorecendo a perda
de humidade geral por dessecação das plantas. Os bolbos devem estar cobertos
pelas folhas no memento da cura. A melhor forma de fazer isso e dispor o alho colhodo de modo a
que os bolbos de uma linha sejam cobertos pelas folhas das outras.
Fim do semestre

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