Direito Admnistrativo II

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DIREITO ADMNISTRATIVO

Norma de direito administrativo


Passou pelo processo administrativo, foi positivada
Sistema de normas jurídicas, harmônicas entre si, que regem a função
constitucional do Estado, chamada de Administração Pública
REGRA
1) Aplica-se somente na ocorrência da hipótese que define,
2) Nem sempre coincide com um texto escrito na CF, lei, regulamento etc.

PRINCÍPIO
1) Aplica-se em qualquer hipótese,
2) Pode ter seu nome escrito (princípio expresso ou explícito) ou não (princípio
implícito) tem a mesma força vinculante

A administração exerce a administração:


 Administração = Administração Pública em sentido SUBJETIVO (=
formal ou orgânico)
Administração Pública em sentido Objetivo
 Serviço Público (diferente de atividade econômica) – arts 173 e 175 da
CF
 Polícia administrativa (restrições a direitos ERRADO) delimitação
administrativa do direito subjetivo conforme as peculiaridades da
situação concreta
 Fomento (iniciativa privada quando há interesse público).
 Atividades instrumentais (licitação, concessão, desapropriação)

Administração Pública em sentido subjetivo


 Administração pública direta
 Administração pública indireta (fundações públicas, autarquias, empresa
públicas, Sociedade de Economia mista)
 As sociedades de economia mista têm sua denominação começando
com “companhia” ou “S.A” no final
Ato Jurídico
 Para a Teoria Geral do Direito
 Cria, extingue, mantém ou modifica uma situação jurídica
 Classificam-se pelos regimes jurídicos que os disciplinam
Ato Administrativo
 Prescreve algo, tem EFEITOS e FINALIDADE
 Ato de competência do Estado ou de quem deva atender o interesse
público (sob regime de Direito Público) em seu lugar, subordinado à lei.
 Cria, extingue, altera, declara uma situação jurídica
 É complementar da lei, subordinado á lei
Fato Jurídico
 Nada prescreve, tem somente efeitos.
Motivo e finalidade
 Motivo -> por quê? -> deve se rum motivo legal (lei) ou de fato
(necessidade concreta, análise das peculiaridades do caso concreto que
exige atendimento de competência do Estado).
 Finalidade -> para que?
 Toda coletividade humana que começa a ser organizada já tem a
primeira manifestação daquilo que futuramente será a administração
pública
 Motivação: identificar ou cultivar um motivo de fato de um ato
administrativo
 Finalidade: é o atendimento do motivo de fato
Vontade:
 Vontade de pessoas físicas: vontade psicológica
 Vontade das pessoas jurídicas: vontade lógica
 Vontade das pessoas jurídicas de direito público: vontade lógico-
normativa, vontade normativa, ou vontade funcional
Vinculação:
 Ocorre a VINCULAÇÃO quando há norma(s) que definem o que, quando
E como deve ser o ato administrativo.
Discricionariedade
 Ocorre a DISCRICIONARIEDADE quando não há norma(s) definindo o
que, quando OU como deve ser o ato administrativo, e a situação
concreta também não detalha as imposições feitas em tese pela norma
 Discricionariedade é a “liberdade” de ação administrativa, dentro dos
limites permitidos em lei, ou seja, a lei deixa certa margem de “liberdade”
de decisão diante do caso concreto, de tal modo que a autoridade
poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis, todas, porém,
válidas perante o direito.
 No momento da prática do ato administrativo é sempre menor que a
existente na norma em tese
*Decreto é nome de um documento, portanto não é nome de ato
administrativo específico, mas sim “instrumento” ou “forma” de diversos atos
administrativos, só os chefes dos poderes executivos podem realizar
*publicidade é um fator do comando de princípios, art 37, § 1º CF
* publicação integra o comando normativo e regra jurídica
*ex: ato normativo administrativo (cor vermelha no semáforo) VINCULANTE
*Na publicidade não pode haver: NOMES, SÍMBOLOS, IMAGENS
*pode haver ato administrativo sem agente, pessoa física, porque a vontade
com a qual deve trabalhar o agente público não é a sua, mas sim a vontade
normativa, princípio da impessoalidade
*abuso de poder:
*desvio de poder (= de finalidade)
* excesso de poder
*motivo de fato é sempre uma situação concreta (real) que exige
atendimento e este compete ao Estado
Exercício:
 Em determinado município, os veículos da frota pública têm várias
cores. O prefeito, preocupado com o frequente mau uso desses
bens públicos e inclusive para facilitar a fiscalização pelos
cidadãos, decide que a cor deverá ser uma só e os veículos
deverão ter clara identificação, nas portas, do setor que os utiliza.
Qual deve ser a cor? Essa escolha é vinculada ou discricionária?
Não existe ato totalmente discricionário ou vinculante. Com isso, no ato
em questão há maior discricionariedade, pois não existe uma norma que
define a cor dos veículos. Assim, deve-se observar os princípios da
impessoalidade para evitar que o prefeito utilize alguma cor que faça
referência ao seu partido ou gestão, como expõe o art 37 da CF; o
princípio da publicidade também deve ser observado para garantir o
acesso dos cidadãos ao transporte público (art 37, § 1º CF); deve se
também levar em consideração a questão econômica, podendo assim, o
administrador público optar pela cor de fabricação para não ter que arcar
com os custos de pintar todos os veículos novamente. Porém,

 UMA PONTE É OBRA PÚBLICA, MAS A CONSTITUIÇÃO SEQUER


ALUDE A PONTES E NÃO ESPECIFICA (E A LEI TAMPOUCO) SE
ELA DEVE SER DE CONCRETO, DE AÇO, PÊNSIL, FLUTUANTE, DE
MADEIRA, ETC. NEM A SUA LARGURA, RESISTÊNCIA AO
TRÁFEGO E À FORÇA DAS ÁGUAS, ETC. A DEFINIÇÃO DE TAIS
FATORES É
DISCRICIONÁRIA? FUNDAMENTE.
37, inciso XXI. - Ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a
todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
A lei não pode entrar nesses detalhes, cabe ao administrador atender as
necessidades do povo, observar custo, duração,
Agente
 NOS ATOS JURÍDICOS DE DIREITO PRIVADO: em regra, é o titular do
interesse e se orienta pela vontade psicológica
 NOS ATOS JURÍDICOS DE DIREITO PÚBLICO: nunca é o titular do
interesse e se orienta pela vontade lógica
 Agente e sujeito do ato administrativo não são a mesma coisa
 Incapaz pode produzir um ato administrativo: se ele seguir a vontade
normativa não há problema.
 (F) os atos administrativos são regidos pelo Código Civil
 (F) atos administrativos se referem sempre a situações concretas e
envolvem uma situação presente, ao contrário dos atos
processuais(voltados para o passado) e dos legislativos (voltados para o
futuro)
 (F) objeto lícito e possível, e agente capaz são requisitos do ato
administrativo válido
 ( F ) norma, regra, princípio e lei são termos sinônimos
 (F) interesse é sinônimo de vontade e finalidade
 (F ) o agente da Administração deve pautar seus atos administrativos
por sua vontade psicológica
Positivismo X normativismo
 Legalidade e juridiciadade
 Publicidade e sigilo
Requisitos do ato administrativo
 Elementos
o Conteúdo é identificado pelo próprio nome do ato administrativo
o Forma
 Pressupostos
o Pressupostos de existência: objeto, pertinência com a função
administrativa, conteúdo do ato administrativo é aquilo que o
integra e caracteriza, o objeto é aquilo sobre o que ele incide
o Ex: ato administrativo de nomeação, conteúdo: nomeação, objeto:
admissão do cidadão
o Pressupostos de validade
 Pressuposto subjetivo: sujeito -> autarquia, fundação
pública, empresa pública, sociedade de economia mista,
União, Estado, Município, D.F,
 Pressupostos objetivos: motivo de fato (fato jurídico), ato
jurídico (ex ato jurídico de divulgação de um edital de
concurso público, sem ele não dá para as pessoas se
inscreverem, logo, o ato administrativo não é válido) e
requisito procedimental (ato jurídico)
 Pressuposto lógico: causa do ato é a pertinência lógica
entre o motivo de fato, o conteúdo e a finalidade do ato,
motivo + conteúdo + finalidade* * desvio de finalidade
(sviamento di potere, détournement de pouvoir, abuso of
discretion)
 Pressuposto teleológico: finalidade
o Pressupostos de eficácia: publicação
o Pressuposto formalístico (formalidade, formalização)
o FORMA é elemento – está no ato
o FORMALIDADE é pressuposto – está fora do ato

Art. 5º da C.R.F.B, XXXVI – A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato


jurídico perfeito e a coisa julgada.
Art. 5º, XXII – “propriedade: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade
ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
 ato jurídico perfeito: teve já executada todas as etapas juridicamente
necessárias de sua procedimentalização
 propriedade:
o Direito real, absoluto, fundamental
o Aspectos do patrimônio privado:
 Utilitário: uso para qual destina, interesse privado
 Patrimonial: interesse privado, está sobre o controle da
pessoa dentro dos limites da licitude, interesse público
(interesse social) qual prevalece? O público. Art 5º, XXII,
XXIII, XXIV.
o Propriedade como direito fundamental refere-se ao patrimônio
obtido licitamente
o Jamais o interesse publico poderia se subtrair de patrimônio ilícito
o Qualquer bem pode ser objeto de desapropriação desde que
tenha valoração econômica
PUBLICIDADE E SIGILO
SUBSUNÇÃO
 Ocorre subsunção quando uma situação concreta coincide com a
hipótese (descrição teórica de uma situação) de uma norma
 Diz-se então que o caso concreto subsumiu-se à hipótese da norma
 Subsumir-se a = coincidir com
 Quando ocorre a subsunção do fato à hipótese da norma, seu
comando passa a ser obrigatório (= incidência da norma)
PATRIMÔNIO PÚBLICO
 Bem imóvel
o Por natureza
o Por acessão física
o Por acessão moral (ou intelectual)
 Domínio público:
o DOMÍNIO EMINENTE (sobre todas as coisas de interesse
público, é o poder político pelo qual o Estado submete à sua
vontade todas as coisas em seu território, não é direito de
propriedade, É o domínio geral e potencial sobre bens alheios,
que fundamenta a desapropriação, a servidão administrativa
etc.)
o DOMÍNIO PATRIMONIAL (é mais que simples propriedade, O
domínio patrimonial do Estado sobre seus bens é direito de
propriedade (pública) sujeito a um regime administrativo
especial.)
 Bens do Estado
o Impenhoráveis: art 37, XXI, quando o Estado vai contratar uma
obra, um serviço, uma compra ou uma alienação deve licitar
o Imprescritíveis (prescrição aquisitiva, impossibilidade de
serem adquiridos mediante usucapião)
 Bens das paraestatais
o Penhoráveis
o Prescritíveis
 Bens dos concessionários
o SÃO BENS REVERSÍVEIS (revertem ao patrimônio do Poder
Concedente ao final do contrato de concessão)
o Os bens imprescindíveis para a prestação de um serviço
público por concessionários são bens reversíveis, ou seja, ao
término da concessão revertem ao Poder Público Concedente
 Modalidades
o CORPÓREOS
o INCORPÓREOS
o MÓVEIS
o IMÓVEIS
 Quanto ao titular
o FEDERAIS
o ESTADUAIS
o MUNICIPAIS
o DISTRITAIS
o “AUTÁRQUICOS”
o “FUNDACIONAIS”
 Fundações públicas e autarquias são formadas por lei
 Sociedades de economia mista e empresas públicas são autorizadas
por lei
AFETAÇÃO
 AFETAÇÃO – POR LEI, POR DECRETO, PELO USO
 Por lei: exclusivo do poder legislativo, uma lei que afeta um bem
público, de determinada finalidade pública, é formalmente lei, mas
materialmente é ato administrativo
 A afetação é o ato ou fato pelo qual se consagra um bem à produção
efetiva de utilidade (destinação) pública
 Atribuição de uma finalidade pública específica para um determinado
bem
 Bens privados também podem ser afetados
 Se a afetação for feita por lei, a desafetação deverá ser feita por
outra lei. Se foi por decreto, a desafetação pode ser por outro decreto
ou por lei. Se a afetação se operou pelo simples uso, pode ser
desfeita pelo desuso, por decreto ou por lei
 É um ATO ADMINISTRATIVO
 Como se afeta uma praia? Por natureza, como se desafeta? Não
pode desafetar. Alguns são de uso comum por natureza
 Praça e rio? Pode ser pelo simples uso, não pode desafetar
 DESAFETAÇÃO – mesmos instrumentos, pelos mesmos meios,
também é um ato administrativo
DESAFETAÇÃO DE BEM DE USO COMUM POR NATUREZA (EXCEÇÕES)
 ÁLVEO ABANDONADO: quando um rio abandona aquele leito, muda
seu curso
 ALUVIÃO: uma parte da margem é retirada abruptamente
 AVULSÃO ETC.
QUANTO AO USO:
 BENS DE USO COMUM (por natureza ou por lei), são bens do
Estado, mas destinados ao uso da população. Ex.: praias, ruas,
praças etc. As regras para o uso desses bens serão determinadas na
legislação de cada um dos entes proprietários.
 BENS DE USO ESPECIAL (do patrimônio administrativo, do
patrimônio indisponível), são bens, móveis ou imóveis, que se
destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a prestação de
serviços. A população os utiliza na qualidade de usuários daquele
serviço. Ex.: hospitais, automóveis públicos, fórum etc. Assim,
compete a cada ente definir os critérios de utilização desses bens
 BENS DOMINIAIS (do patrimônio fiscal, do patrimônio disponível)
AQUISIÇÃO
 BENS DE USO COMUM - LICITAÇÃO OU DESAPROPRIAÇÃO
 BENS DE USO ESPECIAL - LICITAÇÃO OU
DESAPROPRIAÇÃO
 BENS DOMINIAIS – NÃO SÃO ADQUIRIDOS, JÁ INTEGRAVAM
O PATRIMÔNIO PÚBLICO QUANDO FORAM DESAFETADOS
 Pode ocorrer a dação em pagamento quando o devedor do tributo
entrega um bem e não dinheiro para quitar seu débito tributário
ALIENABILIDADE
 INALIENABILIDADE ABSOLUTA: Ocorre quando é vedada ao
beneficiário a alienação do bem a quem quer que seja.
 INALIENABILIDADE RELATIVA (suscetíveis de valoração
econômica, podem ser desafetados)
ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS DEPENDE DE:
 DESAFETAÇÃO
 INTERESSE PÚBLICO
 AVALIAÇÃO
 AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
 LICITAÇÃO (Concorrência ou Leilão)
ALIENAÇÃO DE BENS MÓVEIS EXIGE:
 DESAFETAÇÃO
 INTERESSE PÚBLICO
 AVALIAÇÃO
 LICITAÇÃO (Leilão)
USO DE BEM PÚBLICO PELA COLETIVIDADE
 Uso normal: coincide com afetação
 Uso anormal: não coincide, precisa de autorização, ex manifestação
em via pública que possa interferir no uso normal
 Ex colocar um portão na rua sem saída: fere o princípio da
supremacia do interesse público sobre o interesse privado
USO DE BEM PÚBLICO POR PARTICULAR
 Uso normal de bem público por particulares é aquele que coincide
com o objeto da afetação, finalidade
 Para o uso anormal:
o Autorização
o Concessão ou permissão de serviço público precedido de obra
pública
o Concessão de direito real de uso de bem público (gratuita ou
remunerada)
EXPLORAÇÃO EMPRESARIAL PARA USO NORMAL DE BEM PÚBLICO
POR PARTICULARES
 É o uso inerente à natureza do bem
 É isonômico
 Depende de concessão
 Exemplo: pedágio, rodovia, travessia (mínimo flutuável), ponte
USO ANORMAL DE BEM PÚBLICO
 Desfiles
 Comemorações
 Manifestação popular (não é autorização para manifestação, mas
para utilizar o bem público e não atrapalhar as pessoas)
 Depende de autorização
 CF XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que
não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

USO PRIVATIVO normal DE BEM PÚBLICO POR PARTICULAR


 Box em aeroporto
 Guichê em rodoviária
 Concessão gratuita de direito real de uso de bem público (NÃO SE
CONFUNDE COM COMODATO)
USO PRIVATIVO ANORMAL DE BEM PÚBLICO POR PARTICULAR
 Lanchonete
 Restaurante
 Farmácia
 Loja
 Concessão remunerada de direito real de uso de bem público (NÃO
SE CONFUNDE COM LOCAÇÃO)
USO PRIVATIVO ANORMAL NECESSÁRIO
 Posto policial em aeroporto ou rodoviária
 Posto da receita
 Sala para o juizado de menores
 Posto médico
 Etc.
 CONCESSÃO GRATUITA DE DIREITO REAL DE USO DE BEM
PÚBLICO
POTENCIAIS HIDRELÉTRICOS
 Art 21, XII, alínea b CF, art 176
 SÃO BENS DA UNIÃO, AINDA QUE EM RIOS DE ESTADOS OU
MUNICÍPIOS
TERRAS DEVOLUTAS
 Jamais foram objeto de matrícula junto aos cartórios de registro de
imóveis
 Podem ser federais, estaduais ou municipais
EXERCÍCIOS:
A AFIXAÇÃO DE PUBLICIDADE PRIVADA EM PARADAS DE ÔNIBUS
OPERA-SE MEDIANTE QUE MEIO?
AUTORIZAÇÃO
(F) bens públicos de uso comum por natureza jamais podem ser desafetados e
alienados, nem excepcionalmente. FALSO PORQUE HÁ EXCEÇÕES, ÁLVEO
ABANDONADO, ALUVIÃO, ...
(F) licitação e desapropriação são meios de aquisição de bens pelo
Poder Público regidos por normas de direito privado. Falso, porque não são
regidos por normas de direito privado
(V) instrumentos de Direito Privado também podem ser utilizados pelo
Estado para aquisição de bens. DAÇÃO EM PAGAMENTO.
(V) um bem privado pode tornar-se público mediante dação em pagamento
(F) licitação e desapropriação podem ser escolhidas discricionariamente pelo
Poder Público para aquisição de bens privados. FALSO
(F) quando um rio se desvia de seu leito, opera-se o fenômeno chamado
aluvião se for lento ou avulsão de for violento
PROVA ATÉ AQUI
INTERVENÇAÕ DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA
 Intervenções restritivas do dono de propriedade
o Limitação administrativa -> geral
o Tombamento
o Servidão administrativa
o Edificação compulsória
o Parcelamento compulsório especiais
o Requisição administrativa
o Ocupação
 Intervenção SUPRESSIVO -> desapropriação
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO
(E DE QUEM EM NOME DELE DEVE ATUAR)
 Art. 37, § 6º da Constituição
 Aplica-se o principio da responsabilidade direta do Estado ou de quem
estiver atuando em seu nome.
 Ação só é contra o Estado, concessionário e somente depois de
indenizar o particular é que o Estado, ou a pessoa jurídica de direito
privado, prestadora de serviços públicos, poderá ressarcir-se do valor
pago à vítima, porém somente se o agente tiver agido com dolo ou culpa
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL E EXTRACONTRATUAL DO ESTADO
 Corresponde à culpa aquiliana do direito civil, mas seu regime jurídico
com o dela não se confunde
 É do Estado e não apenas da administração pública
 Se houver erro judicial haverá responsabilidade do Estado
 Os regimes jurídicos são diferentes, porque um é do CC (particular) e
outro da CF (patrimonial)
OBRIGAÇÃO ≠ DEVER ≠ RESPONSABILIDADE
 RESPONSABILIDADE JURÍDICA: PESSOAL OU PATRIMONIAL
 RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL: CIVIL (REGIME DO Código
Civil) ADMINISTRATIVA (REGIME DA Constituição)
 CONTRATUAL OU EXTRACONTRATUAL
 Dever: proibições (dever de não fazer, dever propriamente dito
 O dever decorre de um comando normativo, ou mandamento normativo
 Responsabilidade: surge quando um dever não é cumprido
 Obrigação: é uma relação jurídica
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
 IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO (regimes absolutistas – Le roi ne
peut mal faire; the king can do no wrong)
 TEORIAS CIVILISTAS (culpa civil)
 TEORIAS PUBLICISTAS (culpa administrativa, ou culpa anônima)
CÓDIGO CIVIL E DIFERENÇAS EM RELAÇÃO À RESPONSABILLIDADE
REGIDA PELA CONSTITUIÇÃO
 Art. 927 (Código Civil) Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
 Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
 Art. 37, § 6º (da Constituição)
 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO
 FUNDAMENTO NORMATIVO: ART. 37, § 6º DA CONSTITUIÇÃO
 REGIME DE DIREITO PÚBLICO (NÃO SE APLICA O CÓDIGO CIVIL)
PORQUE O DANO RESULTA DO EXERCÍCIO DE UM PODER E NÃO
DE UM DIREITO
A CULPA E O DOLO NO EXERCÍCIO DA ADMINISTRAÇÃO
 INCÚRIA ADMINISTRATIVA AÇODAMENTO (PRECIPITAÇÃO) DO
AGENTE
 DESPREPARO DO AGENTE
 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, CORRUPÇÃO, PECULATO ETC.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA DO ESTADO
 OBJETIVA: situação LÍCITA COMISSIVA, NÃO HÁ LESÃO, MAS
SACRIFÍCIO DE DIREITO E TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO
 SUBJETIVA: ILÍCITA OMISSIVA (omissão no cumprimento de uma
norma), TEORIA DA “FAUTE DU SERVICE” (CULPA DO SERVIÇO,
CULPA ANÔNIMA, CULPA ADMINISTRATIVA)
RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA DO ESTADO
 OBJETIVA: LÍCITA COMISSIVA NÃO HÁ LESÃO, MAS SACRIFÍCIO
DE DIREITO, Teoria do risco administrativo
 Exemplos: Alargamento de via pública com desabamento inevitável de
muro, Danificação de parte de lavoura para salvamento de vizinhos
atingidos por inundação
RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SUBJETIVA DO ESTADO
 SUBJETIVA: iLÍCITA OMISSIVA, TEORIA DA “FAUTE DU SERVICE”,
CULPA DO SERVIÇO, CULPA ANÔNIMA, CULPA ADMINISTRATIVA
 exemplos:
 OMISSÃO DA POLÍCIA DIANTE DE PEDIDO PARA ATENDIMENTO
DE ASSALTO A PROPRIEDADE PARTICULAR
 ATENDIMENTO DE ACIDENTE COM VÍTIMAS SEM MÉDICOS OU
SOCORRISTAS NA EQUIPE
 CHEGADA TARDIA DE BOMBEIROS PARA APAGAR INCÊNDIO
 Não existe responsabilidade solidária entre estado e concessionária
EXERCÍCIO
(V) não se aplica o Código Civil, mas sim a Constituição, aos casos
de responsabilização patrimonial extracontratual do Estado.
(V) a classificação da responsabilidade patrimonial extracontratual
do Estado, assemelha-se à do Direito Civil, mas contém diferenças
fundamentais. CORRETO PORQUE POSSUEM FUNDAMENTOS JURÍDICOS
DIFERENTES

(F) cabe direito de regresso do Estado contra o agente quando este


não agiu no exercício de sua função e incorreu em dolo ou culpa, ART 37,
PARÁGRAFO 6

(F) se o agente, no exercício de sua função, recusa-se a pagar ao


particular o valor referente a fatura pela prestação de serviços ao
Estado, aplica-se o § 6º do art. 37 da Constituição da República. CONTRATO
ADMINISTRATIVO CONTEM CLÁUSULAS NEGOCIAIS (= CLÁSULAS
CONTRATUAIS) E CLÁUSULAS REGULAMENTAIS (= CLÁUSULAS DO
SERVIÇO). AS PRIMEIRAS SÃO EFETIVAMENTE CONTRATUAIS E
APLICA-SE A EORIA GERAL DOS CONTRATOS, PORÉM AS
REGULAMENTARES NÃO.

(F) em algumas hipóteses, o Estado pode ser responsabilizado


patrimonialmente com base em normas de Direito Civil, e não da
constituição da república, por danos provocados a particulares
() mediante alegação e prova de que o dano foi provocado por
agente seu, a pessoa jurídica de Direito Público ou a de Direito
Privado prestadora de serviços públicos pode ficar fora do processo,
ingressando então seu agente

EXEMPLOS DE SITUAÇÕES EM QUE O ESTADO PODE SER


RESPONSABILIZADO PATRIMONIALMENTE COM BASE EM NORMAS
DE DIREITO CIVIL, E NÃO DA CONSTITUIÇÃO, POR DANOS
PROVOCADOS A PARTICULARES
 O Estado deixa de pagar o IPTU de propriedade particular onde
funciona uma delegacia de polícia

 Veículo da frota pública conduzido por agente que desviou seu


trajeto para fazer compras em supermercado envolve-se em
acidente e provoca danos materiais

 O agente responsável pela avaliação de propriedade particular


(criadora de coelhos) a ser desapropriada, em razão da enorme
distância de qualquer local que sirva refeições, mata um coelho
para alimentar-se
 Em um bar, policial envolve-se em discussão com seu antigo
desafeto e acaba matando-o

Princípio que fundamenta o regime constitucional de responsabilidade


patrimonial extracontratual
 IGUALDADE DE TODOS PERANTE OS ENCARGOS DA VIDA EM
SOCIEDADE
 A vítima do dano será indenizada com dinheiro público, o qual não será
utilizado para outros fins de interesse público (saúde, segurança,
educação, etc.) e assim, todos acabam contribuindo igualmente para a
reposição da perda patrimonial sofrida pela vítima.
 Ninguém pode ser obrigado a sofrer perdas que poderiam ter sido
evitadas pelo poder público(ou por quem em seu nome esteja atuando)
Relembrando conceitos
 O caso fortuito ou de força configura-se nas situações não
subordinadas à vontade humana e de consequências inevitáveis.
Caso fortuito
 Evento imprevisível e inevitável (tanto o fato, quanto suas
consequências).
 Exemplos: o agente sofre um mal súbito durante seu trabalho, sofre
pane o equipamento cujo funcionamento seria imprescindível para
evitar o resultado danoso, etc.
situação de força maior
 Envolve fatos humanos ou naturais, ainda que previsíveis ou
efetivamente previstos, os quais também são inevitáveis.
 Exemplos: fenômenos naturais: queda de meteoro, tempestades,
furacões, raios,
 fatos humanos: guerras, revoluções, etc.
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR
 O regime de responsabilidade constitucional patrimonial extracontratual
do estado ou de quem em seu nome atue, pode incidir em situações
provocadas por caso fortuito ou de força maior.
DANO INDENIZÁVEL
 CERTO
 ESPECIAL
 ANORMAL
 PERMANENTE
A VÍTIMA DEVE PROVAR apenas:
 MATERIALIDADE DO DANO
 NEXO ENTRE O DANO E A ATUAÇÃO DO ESTADO
O regime constitucional de responsabilidade é
 Das pessoas jurídicas de direito público
 Das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público
exercício
Um raio atinge um depósito de munições do exército e este explode, destruindo
tudo que havia nas proximidades.
1. Há responsabilidade do Estado? Sim, força maior, responsabilidade objetiva
2. Pela teoria objetiva ou subjetiva? Objetiva,
3. Cabe ação regressiva contra agente(s)? Depende
EM CASO DE CULPA OU DOLO DO AGENTE
 HÁ DIREITO DE REGRESSO CONTRA O AGENTE (REGIME DO
CÓDIGO CIVIL)
CASO PRÁTICO
Violenta tempestade provoca o desprendimento de rochas de uma montanha,
as quais, ao caírem, levam ao rompimento de uma barragem de contenção de
uma represa para captação de água destinada a tratamento e distribuição aos
munícipes. Perícias constataram que a represa era plenamente sólida e
segura, e assim, teria sido impossível prevenir e evitar o acidente. O fato
provoca inundação que atinge todos os habitantes, provocando-lhes perdas
materiais e interrupção no abastecimento de água.
Quem deve arcar com as perdas? Fundamente.
Cada um vai arcar com suas perdas, porque o dano foi geral e não especial,
deve ser provado o dano.
(F) cabe direito de regresso do Estado contra o agente de uma concessionária
de serviços públicos quando este agiu no exercício de sua função e incorreu
em dolo ou culpa. Não cabe o direito ao Estado, mas à Concessionária. Ela
terá os direitos e os deveres do Estado
(V) aplica-se o Código Civil, aos casos de responsabilização pessoal do agente
que provocou o dano por dolo ou culpa
(F) o regime da responsabilidade patrimonial extracontratual objetiva do
Estado, é a mesma do Direito Civil.
(F) o agente que, no exercício de sua função, adultera os dados do boletim de
acompanhamento de uma obra pública com o intuito de prejudicar o
contratado, cria uma situação na qual o Estado será diretamente
responsabilizado com base no § 6º do art. 37 da Constituição da República
Responsabilidade contratual, não aplica
(V) o profissional que não tem vínculo empregatício com a ́empresa privada
concessionária de serviços públicos, mas atua em seu nome e provoca danos
a particulares, é considerado agente da Administração e enseja a
responsabilização da concessionária com base no § 6º do art. 37 da
Constituição da República

ERRO JUDICIÁRIO
Quem responde diretamente?
O Estado!
Em que condições o agente responde?
Se tiver dolo ou culpa, com ação de regresso
ATO LEGISLATIVO
Aplica-se o regime de responsabilização do Estado?
Legislação é função do Estado, logo, aplica-se o § 6º do art. 37 da
Constituição da República, exceção

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
REVISÃO prova 26/09
 Normas de D. Adm: princípios (muito mais fácil revogar regra do que
princípio e regras (tem um comando obrigatório somente na hipótese
que prevê, ex: licitação)
 Dto Adm – conceitos: sistema de norma jurídicas (todos os ramos do
direito podem ser chamados assim) que disciplinam a função
constitucional do Estado; ciência jurídico administrativo
 Administração pub – sentidos: sentido objetivo (atividade da
administração pública) e subjetivo (estrutura da adm pública, máquina
administrativa)
 Agentes (apenas agem e devem agir dentro dos limites normativos)
diferentes de sujeitos (titulares dos direitos envolvidos nos atos
administrativos, uma das pessoas jurídicas que integram a
administração pública na esfera subjetiva, Estado, União, ...adm pub
direta. Autarquia e fundações públicas -> indireta, direito privado ->
sociedades anônimas de economia mista e empresas públicas
(autorizadas por lei), no direito privado o agente é o titular
 Requisitos do ato adm -> elementos: conteúdo e forma (escrito, visual,
oral, ex: mudança de sinal, ex: apito do guarda)
->pressupostos de existência (objeto e a
pertinência da atividade da qual aquele ato precisa para existir), de validade
(sujeito, motivo de fato) e eficácia ( formalização do ato ou formalidade
 Procedimento administrativo: sequencia logica de atos administrativos
diferentes, exemplo concurso público: licitação
 Bens públicos:
o Domínio: patrimonial (patrimônio) e iminente (ex: distancia de 5m
das casas para a ruam-> desapropriação e benfeitorias sem
indenização)
o Bens: de uso comum (praças, rodovias, parques, praias, rios
navegáveis, rios navegáveis e flutuáveis), de uso especial
(funcionamento das tarefas do Estado) e de patrimônio fiscal ou
disponível
o Afetação
o Uso e abuso de bem público
o Uso normal
o Uso anormal
 Responsabilidade patrimonial extracontratual direta do Estado e das
pessoas jurídicas de dto privado prestadoras de serviços públicos
 Não existe responsabilidade solidária entre Estado e concessionária

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA OBJETIVA


Situações Ilícita/ omissão Lícita/ comissiva
resultado lesão Sacrifício de direito
Teoria Faute du servisse Risco administrativo
Culpa adm
Culpa anônima

 Dano indenizável: certo, especial (atingir uma pessoa ou um grupo),


anormal, permanente (efeitos)
o O que a vítima deve provar: apenas o dano, a pertinência com
função ou situação própria do Estado
 Ação de regresso (direito civil): quando existir agentes com dolo ou
culpa DELE, pessoa física
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA
 Direito de propriedade:
o JÁ FOI ABSOLUTO
o HOJE, CONDICIONA-SE: À FUNÇÃO SOCIAL e ÀS
RESTRIÇÕES ADMINISTRATIVAS
 RESTRITIVAS
 1.1. GERAL – LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
 1.2.ESPECIAIS – a) TOMBAMENTO
 b) SERVIDÃO
 c) OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
 d) REQUISIÇÃO
 e) PARCELAMENTO COMPULSÓRIO
 f) EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
 2. SUPRESSIVA – DESAPROPRIAÇÃO
LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
 São GERAIS, logo, NÃO INDENIZÁVEIS
 Envolvem “NON FACERE”
 Não se confundem com Direito de Vizinhança
TOMBAMENTO RESTRITIVA ESPECIAL
 PROTEGE O PATRIMÔNIO: CULTURAL, HISTÓTICO, ARTÍSTICO,
PAISAGÍSTICO, TURÍSTICO
 OBJETO: Bens imóveis, Bens móveis, Bens incorpóreos, etc.
 DEVERES ENVOLVIDOS: DE SUPORTAR, POSITIVOS E NEGATIVOS
 CLASSIFICAÇÃO: VOLUNTÁRIO, COMPULSÓRIO E DE OFÍCIO
(sobre bens públicos)
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA RESTRITIVA ESPECIAL
 DIFERENTE DA SERVIDÃO CIVIL: Porque se constitui no interesse
Público
 É imprescritível (res extra commertium)
 Pode incidir sobre bem público
 DECORRE DE: SENTENÇA, LEI E ACORDO
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA RESTRITIVA ESPECIAL
 INCIDÊNCIA:
 SOMENTE SOBRE TERRA NUA VIZINHA DE EMPREENDIMENTO
PÚBLICO
 EXS.: extração de material, “bota-fora”, acampamento, estacionamento,
etc.
REQUISIÇÃO RESTRITIVA ESPECIAL
 GUERRA OU IMINENTE PERIGO PÚBLICO
 indenização pelos danos
EXERCÍCIO ABUSIVO DO DIREITO SOBRE A PROPRIEDADE PRIVADA
(invasivo do espaço público)(edificação, parcelamento e utilização
compulsórios)
(RESTRITIVAS ESPECIAIS)
ABUSO DE BEM PÚBLICO
 INTERFERÊNCIAS NO ZONEAMENTO
 INTERFERÊNCIAS NAS MUDANÇAS DO TRÂNSITO
 Ex: praias privativas, Ciclovias inadequadas
USO ADEQUADO DO SOLO URBANO
 A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE É DIREITO FUNDAMENTAL
 A política de desenvolvimento urbano envolve:
a) funções sociais da cidade
b) bem-estar
 MOBILIDADE URBANA
 Os títulos da dívida pública, na hipótese do inciso III, devem ter:
a)a emissão previamente aprovada pelo Senado Federal,
b)prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas,
c)assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
EXERCÍCIO ABUSIVO DO DIREITO SOBRE A PROPRIEDADE PRIVADA
 A PRORIEDADE NÃO ESTÁ CUMPRINDO SUA FUNÇÃO SOCIAL
 ESTÁ IMPONDO ÔNUS:
A) AOS PARTICULARES DIRETAMENTE E
 B) AO PODER PÚBLICO
 SOLUÇÕES:
 PARCELAMENTO COMPULSÓRIO
 EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
EXERCÍCIOS

( ) em relação ao mesmo bem, pode, juridicamente, ser constituído


simultaneamente, um tombamento e uma servidão administrativa
( ) a única intervenção do Estado na propriedade privada com caráter geral é a
limitação administrativa
( ) a função social, as restrições administrativas e os direitos de vizinhança são
alguns dos fatores que relativizam o direito de propriedade
( ) as modalidades de intervenção do Estado na propriedade privada são as
restritivas e a supressiva
( ) a única intervenção do Estado na propriedade privada que tem caráter
restritivo e geral é a limitação administrativa
( ) a intervenção do Estado na propriedade privada de natureza restritiva e
geral não gera direito a indenização para o proprietário
( ) as intervenções restritivas do Estado na propriedade privada são as
especiais e a geral
( ) tredestinação é restrição administrativa, de caráter supressivo, na
propriedade privada
( ) a única intervenção do Estado na propriedade privada que não gera direito
a indenização ou qualquer compensação pecuniária é a limitação
administrativa
( ) a intervenção do Estado na propriedade privada de natureza supressiva
gera direito a indenização para o proprietário e não admite tredestinação
( ) as intervenções do Estado na propriedade privada restritivas especiais
podem gerar direito a indenização para o proprietário privado
( ) a única intervenção do Estado na propriedade privada que não é restritiva
especial e gera direito a indenização para o proprietário privado é a supressiva
( ) as limitações administrativas envolvem um “non facere” normativo e não
material
( ) requisição, servidão pública e tombamento são três exemplos de
intervenção restritiva geral do Estado na propriedade privada
( ) o tombamento protege os valores culturais, históricos, artísticos,
paisagísticos ou turísticos da propriedade privada
( ) tombamento e servidão pública são a mesma coisa
( ) o tombamento impõe ao proprietário deveres de tolerar, de fazer e de não
fazer
( ) o tombamento pode ser voluntário, compulsório ou de ofício
LICITAÇÃO
 Conceito: procedimentos administrativos pelo qual a Administração
Pública direta e indireta convoca os interessados para apresentar
proposta para serem contratados para execução de obra pública,
serviços, fornecimento de bens, aquisição de bens, ou ainda, para
obtenção de concessão ou permissão de serviços públicos
 Os agentes, com assustadora frequência, nem sabem o que são,
confundem o agente público (que nunca é o sujeito do ato) com o agente
objeto de disciplinamento pelo Código Civil (que só excepcionalmente
não é o sujeito do ato)
 Finalidade:
o IMEDIATA: OBTENÇÃO DA PROPOSTA MAIS VANTAJOSA
o MEDIATA: ATENDIMENTO DO MOTIVO DA CONTRATAÇÃO
 Art 37, XXI da CF
 Art 175 da CF
 Recurso administrativo só cabem quando há decisões da comissão de
licitação ou de outra autoridade administrativa (ex a que assinou o
decreto)
 MOTIVO DE FATO (situação cujo atendimento compete ao Estado sob a
forma de obra, serviço, compra, alienação, concessão ou permissão)
Expressões sinônimas: motivo fático, pressuposto fático, pressuposto
empírico
 O procedimento licitatório compreende duas grandes etapas:
o Preparatória interna: até a publicação do edital
o Externa: a partir da publicação do edital
 É preciso entrar com impugnação ao edital administrativo antes de
impetrar HC
 A fase externa compreende a avaliação das propostas (julgamento) e o
exame da documentação para habilitação
 A habilitação compreende o exame da documentação referente à:
o Personalidade jurídica dos proponentes
o Capacidade técnica
o Capacidade operativa
o Econômico-financeira
o Regularidade fiscal
 A certidão negativa de débito
 Princípios:
o Impessoalidade
o Legalidade
o Moralidade e probidade administrativa: A probidade
administrativa refere-se a atos tipificados em lei federal, ofensivos
a princípios da administração pública, podendo ou não resultar
em enriquecimento ilícito ou de causarem prejuízo ao erário A
moralidade administrativa é mais ampla, não requer tipicidade
o Eficiência e eficácia: Quando a licitação foi promovida de forma
correta sem nenhuma impropriedade pode-se dizer que
os agentes foram eficientes. Quando, além da boa condução do
procedimento administrativo, a licitação resultar em contrato que
efetivamente atendeu a necessidade originária para cujo
atendimento foi promovida, ela foi eficaz.
o Interesse público
o Igualdade: O tratamento dispensado aos interessados em
participar de uma licitação deve ter coerência com as imposições
do motivo de fato
o Transparência e publicidade: Conduz-se com transparência o
agente que não se coloca como um terceiro ente entre o cidadão
e a Administração, mas apenas como instrumento. Publicidade é
pressuposto de validade, deve ser perene e opera-se por diversos
meios. Publicação é pressuposto de eficácia
o Celeridade: Celeridade adequada às exigências da necessidade
para cujo atendimento está sendo promovida a licitação
o Economicidade: Princípio constitucional expresso da
Administração – art. 70 da Constituição
o Vinculação ao edital
o Planejamento
o Segregação de funções: Separação entre funções como
decisão, planejamento, autorização, aprovação, execução e
controle, AS QUAIS DEVEM SER EXERCIDAS POR
DIFERENTES AGENTES.
 Independência funcional dos servidores e estrutural dos
setores administrativos impedindo-se que uma única
pessoa atue nos diferentes momentos do procedimento
licitatório.
 Finalidade: afastar a possibilidade de incúria, despreparo e
açodamento administrativos, bem como a deliberada
intenção de cometer atos de corrupção, abuso de poder,
etc.
 É também princípio de controle interno
o Motivação: MOTIVAR é identificar o motivo de fato (situação
concreta que exige atendimento, o qual compete ao Estado na
função administração
o Julgamento objetivo: Os critérios de julgamento são objetivos
quando as mesmas propostas são entregues a duas ou mais
comissões diferentes e estas, sem se comunicarem, chegam
exatamente à mesma classificação. A que se vinculam os critérios
de julgamento?
o O procedimento administrativo da licitação vincula-se ao edital, e
a elaboração do edital vincula-se a quê?
o Segurança jurídica: A segurança jurídica dá a certeza prévia dos
efeitos e consequências das condutas (considerados os fatores
circunstantes a estas).
o Razoabilidade e proporcionalidade: Razoabilidade em relação
à necessidade para cujo atendimento está sendo promovida a
licitação. Proporcionalidade das exigências da Administração
licitante em relação às imposições daquela necessidade.
Licitações são nacionais ou internacionais. Não se pode restringir
a participações de proponentes de apenas um município, um
Estado ou uma região porque não existem licitações de alcance
inferior ao nacional.
o Competividade: Deve ser a maior possível no atendimento da
necessidade para cujo atendimento está sendo promovida a
licitação.
o Desenvolvimento nacional sustentável: DESENVOLVIMENTO
– um dos objetivos fundamentais da República (art. 3º, II, da
Constituição. Não pode ser interpretado literal e isoladamente do
sistema de normas constitucionais. Sustentabilidade, inovações
tecnológicas, etc.
CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DO EDITAL
 ECESSIDADE
 PRIORIDADE
 COERÊNCIA COM O MOTIVO
 ADEQUAÇÃO À FINALIDADE
 OBJETIVIDADE
 CERTEZA (de que as condições do edital conduzirão à finalidade)
 Art. 1º da Lei 14.133/2021
FUNDOS ESPECIAIS
 são recursos específicos de um ente, natureza puramente contábil, sem
personalidade jurídica própria destinados à realização de objetivos ou
serviços determinados.
 Exemplos: Fundo de Garantia à Exportação – FGE, Fundo Nacional de
Desenvolvimento – FND, Fundo Nacional sobre Mudança do Clima -
FNMC.
 A Lei 14.133 não se aplica às empresas públicas, as sociedades de
economia mista e as suas subsidiárias (regidas pela Lei nº 13.303, de 30
de junho de 2016),
 ressalvado o disposto no art. 178
 Repartições públicas sediadas no exterior observarão as peculiaridades
locais e aos princípios básicos estabelecidos na Lei 14.133, na forma de
regulamentação (ato administrativo) específica a ser editada por Ministro
de Estado.
 Quando houver recursos de empréstimo ou doação de agência oficial de
cooperação estrangeira ou de organismo financeiro de que o Brasil seja
parte, podem ser admitidas:
 a) condições decorrentes de acordos internacionais aprovados pelo
Congresso Nacional e ratificados pelo Presidente da República;
 b) condições peculiares à seleção e à contratação constantes de normas
e procedimentos das agências ou dos organismos.
 As condições peculiares à seleção e à contratação constantes de
normas e procedimentos das agências estrangeiras ou dos organismos
de que o Brasil faça parte, podem ser adotadas somente se:
 a) tiverem sido condição para a obtenção do empréstimo ou doação;
 b) não conflitarem com os princípios constitucionais;
 c) forem indicadas no contrato de empréstimo ou doação e tenham tido
parecer jurídico previamente à celebração do contrato.
 A documentação encaminhada ao Senado Federal para autorização do
empréstimo deverá fazer referência às condições contratuais
 A alínea b do art. .... e refere-se aos precipícios constitucionais implícitos
e explícitos. Os princípios que surgem como expressos na Lei 14.133 e
em qualquer outra lei que não tenha sua inconstitucionalidade
declarada, identificam princípios constitucionais implícitos.
 A Lei 14.133 aplica-se aos contratos que tenham os seguintes objetos:
o I - Alienação e concessão de direito real de uso de bens;
o II - Compra, inclusive por encomenda;
o III - locação;
o IV - Concessão e permissão de uso de bens públicos;
o V - Prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais
especializados;
o VI - Obras e serviços de arquitetura e engenharia;
o VII - contratações de tecnologia da informação e de comunicação.
o Concessão e permissão de serviços públicos tem suas licitações
regidas pela lei 8987/1995
 Não se aplica a Lei 14.133 aos
o contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou
externo, e gestão de dívida pública, incluídas as contratações de
agente financeiro e à concessão de garantia relacionadas a esses
contratos bem como às contratações sujeitas a normas previstas
em legislação própria.
EXERCÍCIO
O planejamento tem bases discricionárias ou vinculadas?
Predominantemente vinculado mas tem aspectos discricionários.

Um município obteve financiamento de um banco alemão para diversas


obras de iluminação pública, porém a instituição condicionou a liberação
dos valores à adoção, pelo município, de condições peculiares à seleção
e à contratação constantes de suas normas e procedimentos.
Pode sim, somente as regras

FASES DA LICITAÇÃO
 I - preparatória;
 II - de divulgação do edital de licitação;
 III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
 IV - de julgamento;
 V - de habilitação;
 VI - recursal;
 VII - de homologação.
 A fase habilitação poderá, mediante ato motivado com explicitação dos
benefícios decorrentes, anteceder as fases de propostas e lances e a de
julgamento, desde que expressamente previsto no edital de licitação.
MEIO ELETRÔNICO
 Meio preferencial para realização da licitação: eletrônico.
 A forma presencial deve ser MOTIVADA, registrada em ata e gravada
em áudio e vídeo.
 O edital pode prever para a fase de julgamento, em relação ao vencedor
provisório, a realização de análise e avaliação da conformidade da
proposta, mediante homologação de amostras, exame de conformidade
e outros testes, de modo a comprovar sua adequação às especificações
definidas no termo de referência ou no projeto básico.
 Nos procedimentos realizados por meio eletrônico, a Administração
poderá determinar, como condição de validade e eficácia, que os
licitantes pratiquem seus atos em formato eletrônico.
 Quando excepcionalmente a licitação for presencial, a sessão de
apresentação de propostas deverá ser gravada em áudio e vídeo, e a
gravação será juntada aos autos do processo licitatório após seu
encerramento.
 A Administração poderá exigir CERTIFICAÇÃO por organização
independente acreditada pelo Inmetro* como condição para aceitação
de:
 I - estudos, anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos;
 II - conclusão de fases ou de objetos de contratos;
 III - material e corpo técnico apresentados por empresa para fins de
habilitação.
 * Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
MODALIDADES DA LICITAÇÃO
 I - pregão;
 II - concorrência;
 III - concurso;
 IV - leilão;
 V - diálogo competitivo.
 Esta enumeração é numerus clausus, o que impede a adoção de outras
modalidades e a combinação destas

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