Acidente Vascular Encefálico

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AVE

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO


DEFINIÇÃO
🠶 O acidente vascular encefálico (AVE), também denominado como acidente vascular cerebral
(AVC) ou simplesmente derrame cerebral. O nome mudou, e hoje é mais comum usar: AVE,
por se tratar de uma lesão que possivelmente pode afetar todo o encéfalo (cérebro, tronco
encefálico e cerebelo) e não só o cérebro. No entanto, todos estão corretos, porém o AVE tem
uma taxa de abrangência maior do que a lesão pode causar, tornando mais cabível esta
nomenclatura.
🠶 O AVE acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se
rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação
sanguínea.
DEFINIÇÃO
🠶 Os sinais mais comuns de um AVE são:
• ⁠⁠⁠⁠Confusão mental repentina;
• Dor de cabeça intensa e repentina;
• ⁠Diminuição ou perda de consciência;
• Fraqueza ou repentina dormência de um lado da face;
• ⁠Fraqueza ou dormência repentina no braço e/ou perna;
• Dificuldade repentina para falar ou compreender;
• Dificuldade repentina de enxergar com um ou ambos os olhos;
• Dificuldade repentina em caminhar, tontura, perda do equilíbrio ou
coordenação motora;
TIPOS DE AVE
🠶 ISQUÊMICO
Ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio
para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer
devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVE isquêmico é o
mais comum e representa 85% de todos os casos.
TIPOS DE AVE
🠶 HEMORRÁGICO
Ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta
hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o
cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode
causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.
TIPOS DE AVE
🠶 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO (AIT)
Consiste numa alteração da função cerebral que, normalmente, dura menos de uma
hora e é causada por um bloqueio temporário do fornecimento de sangue ao cérebro. A
causa e os sintomas de um AIT são os mesmos que os de um acidente vascular
cerebral isquêmico.
PRIMEIROS SOCORROS
🠶 PASSO A PASSO:
🠶 1- Manter a calma, atentando-se sempre em acalmar a vítima;
🠶 2- Chamar uma ambulância, ligando para o número 192, informando o local do ocorrido e os
sinais e sintomas da pessoa (buscar passar riqueza de informações);
🠶 3- Colocar o enfermo em decúbito lateral, com a cabeça ligeiramente elevada e apoiada em
algo consistente, para evitar que a língua obstrua as vias aéreas superiores ou que a pessoa
aspire conteúdo indesejado caso desmaie e/ou vomite;
🠶 4- Checar sinais vitais (frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação arterial de
oxigênio, pressão arterial);
🠶 5- Cobrir com um cobertor, se possível, para manter a pessoa aquecida;
🠶 6- Não dar comida ou bebida para o doente, afim de evitar engasgos;
🠶 7- Identificar as queixas da pessoa, tentando saber se tem alguma doença ou se faz uso de
medicamentos (caso ela consiga se comunicar);
🠶 8- Aguardar pelo socorro, observando sempre o nível de consciência da vítima;.
PRIMEIROS SOCORROS
🠶 Se a pessoa ficar inconsciente e evoluir com PCR (Parada Cardiorrespiratória), deve ser
instituída, imediatamente, RCP (Reanimação Cardiopulmonar), apoiando uma mão sobre a
outra sob o osso do esterno, mantendo os cotovelos estendidos e utilizando o peso do próprio
corpo para as compressões, atingindo, em média, 5cm de profundidade em cada uma. O ideal
é fazer de 100 a 120 compressões por minuto, intercalando com a ventilação (por ambu, caso
tenha, ou 2 respirações boca-a-boca, a cada 30 massagens cardíacas), para garantir suporte
ventilatório e evitar complicações neurológicas causadas pela falta de oxigênio no sangue da
vítima. É preciso manter as manobras de reanimação até que chegue a ambulância com
equipe especializada.
PRINCIPAIS CUIDADOS
🠶 Monitorar a frequência cardíaca contínua para detectar precocemente as alterações do
miocárdio;
🠶 Manter o paciente em jejum por 24h pelo risco de hemorragia e a necessidade de intervenção
cirúrgica;
🠶 Não realizar categorização venosa, central ou punção arterial nas primeiras 24h;
🠶 Checar os sinais vitais frequentemente;
🠶 Manter a permeabilidade da vias aéreas e ventilação adequada.
FÁRMACOS
🠶 Os fármacos são o princípio ativo dos medicamentos, ou seja: o fármaco é a substância
química que é a base e principal responsável pelo efeito do medicamento desenvolvido para
fins curativos.
🠶 O tratamento, inicialmente feito com o uso de medicamentos como tPA (anticoagulantes) pode
minimizar danos cerebrais. Outros tratamentos concentram-se em limitar complicações e
prevenir outros episódios de AVE, como analgésicos, anti-hipertensivos, além dos protetores
gastrointestinais, como forma de defesa ao elevado número de remédios administrados.
🠶 Os medicamentos mais utilizados no AVE são: alteplase (anticoagulante), clopidogrel
(prevenção de novo AVE), enoxaparina (anticoagulante), glicose hipertônica (trata hipoglicemia
insulínica) omeprazol (trata disfunções gastrointestinais), fenitoína (anticonvulsivante), dipirona
(analgésico e antitérmico), sinvastatina (trata alterações de colesterol), cloridrato de ranitidina
(trata disfunções gastrointestinais), captopril (anti-hipertensivo) e AAS (anticoagulante).
PREVENÇÃO
🠶 Prática regular de atividades físicas;
🠶 Evitar alcoolismo e tabagismo;
🠶 Evitar uso de drogas ilícitas;
🠶 Manter boa forma física;
🠶 Controlar pressão arterial;
🠶 Controlar níveis de açúcares no sangue;
🠶 Controlar níveis de colesterol;
🠶 Alimentação balanceada;
🠶 Ingerir água regularmente;
🠶 Regular rotina de sono;
🠶 Fazer uso correto de medicamentos;
REABILITAÇÃO
🠶 Apoio psicológico para paciente e familiares;
🠶 Tratamento medicamentoso para controle de sintomas e prevenção de reincidência
do AVE;
🠶 Fisioterapia neurofuncional associada a traumato-ortopedia e hidroterapia e
também acompanhamento de terapeuta ocupacional, afim de restabelecer função
motora, coordenação motora e capacidade cognitiva do doente;
🠶 Acompanhamento fonoaudiológico para tratar os distúrbios que podem afetar a
fala do paciente;
🠶 Acompanhamento médico regular especializado com neurologista e cardiologista;
🠶 Boa base familiar é fundamental em todo o processo, pois demanda tempo e muito
empenho do doente e de todos os envolvidos;
🠶 Adaptações em casa para facilitar o deslocamento e proporcionar maior
independência no ambiente, o que lhe trará mais segurança e perspectiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Ministério da Saúde (BR). Portaria Nº 665, de 12 de dezembro de 2012 [acesso 15 maio 2015]. Dispõe sobre os
critérios de habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes
com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), institui o respectivo incentivo
financeiro e aprova a Linha de Cuidados em AVC.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/PRT0665_12_04_2012.html
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DISCENTES
 Acijane Cassia;
 Cristiana da Silva;
 Dandara Miranda;
 Lindiane Feitosa;
 Lucas Fernando Freitas;
 Nayara Quirino;
 Neli Lopes;
 Lacassia Mita.

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