Leses Enceflicas Adquiridas

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LESÕES ENCEFÁLICAS

ADQUIRIDAS
Isabela Fiuza
Fonoaudióloga
Residência em Urgência e Trauma
Mestre e Doutoranda em Ciências da Saúde UFG.
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AVC)
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DEFINIÇÃO

O AVC é classificado em dois tipos


principais:

Isquemia cerebral devido a trombose,


embolia ou hipoperfusão sistêmica

Hemorragia
● cerebral devido a
hemorragia intracerebral (HIC) ou
hemorragia subaracnóidea (HSA)

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AVCI

Responsável por 80% dos casos de


AVC. Esse entupimento dos vasos
cerebrais pode ocorrer devido a uma
trombose (formação de placas numa
artéria principal do cérebro) ou
embolia (quando um trombo ou uma
placa de gordura originária de outra
parte do corpo se solta e pela rede
sanguínea chega aos vasos
cerebrais);

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AVCH
O rompimento dos vasos sanguíneos se dá na
maioria das vezes no interior do cérebro, a
denominada hemorragia intracerebral.

Em
● outros casos, ocorre a hemorragia
subaracnóide, o sangramento entre o cérebro e a
aracnóide (uma das membranas que compõe a
meninge).

Como consequência imediata, há o aumento da


pressão intracraniana, que pode resultar em maior


dificuldade para a chegada de sangue em outras
áreas não afetadas e agravar a lesão.

●Esse subtipo de AVC é mais grave e tem altos


indices de mortalidade.;
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SINAIS E SINTOMAS ●Dor de cabeça muito forte, de início súbito,
sobretudo se acompanhada de vômitos;
Fraqueza ou dormência na face, nos

braços ou nas pernas, geralmente


afetando um dos lados do corpo;
●Paralisia (dificuldade ou incapacidade de
se movimentar);
●Perda súbita da fala ou dificuldade para se
comunicar e compreender o que se diz;
Perda da visão ou dificuldade para

enxergar com um ou ambos os olhos.

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FATORES DE RISCO

● Hipertensão;
● Diabetes;
● Tabagismo;
● Consumo frequente de álcool e drogas;
● Estresse;
● Colesterol elevado;
Doenças cardiovasculares, sobretudo as que

produzem arritmias;
● Sedentarismo;
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IDENTIFICAÇÃO

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PROGNÓSTICO DO AVC

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Processo Completo da Linha de Cuidado do Adulto com AVC

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●É importante observar que,
sendo uma escala de nível de
consciência, e não de déficits
neurológicos, em caso de
diferentes desempenhos
entre um lado e outro (por
exemplo, por fraqueza
muscular) deverá ser
computada a pontuação do
lado com melhor
desempenho.

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ESCALA DE CINCINNATI

indicativos de AVC
na escala de
Cincinnati:

Neste último item, devemos pedir ao doente que fale uma frase, como:
“O rato roeu a roupa do rei”, ou
“Estou com problemas para pronunciar as palavras”. comprometimento do centro da fala.

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ESCALA DE CINCINNATI

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ESCALA NIH DE AVC

●Consiste na avaliação sistemática de 11 itens do exame


neurológico. É uma escala para mensuração do déficit
neurológico. É recomendada uma certificação periódica,
para a habilitação na utilização da mesma, a qual pode
serrealizada nos seguintes endereços eletrônicos:
● Em português -
http://nihssportuguese.trainingcampus.net/

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O método de imagem mais utilizado,

mais disponível e de menor custo para a


avaliação inicial do AVC isquêmico
agudo é a tomografia computadorizada
de crânio, demonstrando sinais precoces
de isquemia em até 67% dos casos nas
primeiras 3 horas do início dos sintomas
e em até 82% dos casos nas primeiras 6
horas do icto.
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●A detecção aumenta para
aproximadamente 90% após 1
semana. Além disso, tem boa
capacidade para identificar
sangramentos associados. A lesão
isquêmica aparece como uma
hipodensidade que não se
impregna pelo contraste,
geralmente no território suprido
pela artéria cerebral média
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●Ressonância magnética é bem
mais sensível e precisa na
identificação e localização da lesão
vascular, especialmente quando
são utilizadas técnicas de
difusão/perfusão, no entanto,
consome um tempo de realização
maior que pode ser decisivo para a
indicação do tratamento com
trombolítico.
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Tratamento AVCI

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MONITORAMENTO NEUROLÓGICO

●AVCI: o paciente deve receber monitoramento neurológico através da Escala


de AVC do NIH, sobretudo nas primeiras 24 horas. Para pacientes submetidos
ao tratamento trombolítico a NIHSS deve ser aplicada na admissão; 15/15
minutos nas primeiras 2 horas; 30/30 minutos até completar 6 horas; 60/60
minutos até completar 24 horas. Para pacientes não submetidos ao tratamento
trombolítico, a NIHSS deve ser aplicada pelo menos a cada 60 minutos até
completar 24 horas). Este monitoramento deve ser feito pelas equipes médica e
de enfermagem.
Recomenda-se o monitoramento cardiovascular e pressórico não invasivo

periódico, pelo menos nas primeiras 24 horas do AVCI.

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FLUXOGRAMA DA
FONOAUDIOLOGIA NO AVCI

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TRAUMATISMO
CRÂNIOENCEFÁLICO (TCE)
➔ Lesões traumáticas são a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 44 anos
no mundo, e correspondem a 10% do total de mortes. Devido à faixa etária
acometida, os danos socioeconômicos para a sociedade são enormes.
➔ Nos Estados Unidos estima-se que anualmente ocorra 1,7 milhão de casos de
TCE, dos quais 52 mil resultarão em mortes, 275 mil em hospitalizações e
1.365.000 receberão atendimento hospitalar de urgência e emergência, com
posterior liberação (FAUL et al., 2010).
➔ É responsável por 75% a 97% das mortes por trauma em crianças (CARLI;
ORLIAGUET, 2004).
➔ Calcula-se em 6,2 milhões de europeus com pelo menos uma sequela de TCE
(TRUELLE et al., 2010).
De acordo com o DATASUS TabWin
(www.datasus.gov.br), no Brasil, em
2011, foram realizadas 547.468
internações devido a causas externas
variadas e destas resultaram 12.800
óbitos representando 2,34% da taxa
de mortalidade no ano (Tabela 1).
Anatomia
➔ Órgãos nobre, de extrema
importância na vida do ser
humano!!
➔ TCE - Principal causa de morte,
especialmente em jovens. Brasil
apresenta uma das maiores
incidências de traumatismo
craniano no mundo
O crânio é uma grande estrutura óssea que abriga o
cérebro. Caso o cérebro sofra expansão em decorrência
de edema, ou caso ocorra hemorragia no crânio que o
pressione, ele não terá como sair do crânio, ou seja, a
vítima não entrará em choque hipovolêmico por trauma
de crânio.

No atendimento ao trauma de crânio, se atentar às


possíveis variações das funções neurológicas. Isto pode
ocorrer em um período de tempo muito curto, podendo
em questão de minutos alterar o quadro do paciente,
levando a uma piora acentuada do estado neurológico
desencadeando reações inesperadas . ( ex.: convulsão ).
TCE
O TCE é qualquer lesão decorrente de um
trauma externo, que tenha como
consequência alterações anatômicas do
crânio, como fratura ou laceração do couro
cabeludo, bem como o comprometimento
funcional das meninges, encéfalo ou seus
vasos, resultando em alterações cerebrais,
momentâneas ou permanentes, de natureza
cognitiva ou funcional (MENON et al., 2010).
TCE
➔ O TCE fechado é causado pelo impacto
contundente ou por deslocamento cerebral, ambos
podem gerar contusões locais focais ou difusas em
outras regiões do cérebro.

➔ O TCE penetrante é causado pela penetração de


um corpo estranho no parênquima cerebral, a
laceração dos tecidos pode causar danos focais,
hemorragia, edema cerebral e isquemia.

➔ Já o TCE explosivo é uma terminologia utilizada na


classificação de vítimas de TCE relacionadas às
guerras do século 20
TCE
➔ Primária: lesões vasculares que
ocorrem no momento do impacto.

➔ Secundária: lesão que ocorre na


sequência do impacto inicial: Causas
sistêmicas ( TCE + fratura fêmur) ou
intrínsecas ( no próprio cérebro).
Lesões no TCE
Lesões no TCE
Reabilitação TCE
1.fase aguda: desde o primeiro atendimento da equipe de resgate (ex.: Samu) até o
CTI/UTI (diagnóstico/triagem/tratamento);
2. fase intensiva: do CTI/UTI até a alta hospitalar (diagnóstico/tratamento);
3.fase de recuperação: educação e treinamento (avaliação de habilidades e
alterações, programa de reabilitação);
4.fase ambulatorial: estabelecimento de uma nova vida; ajustamento pessoal
(habilidades, alterações, personalidade etc.), ajustamento social (família, amigos,
trabalho, relacionamentos etc.) e qualidade de vida (produtividade, realização
pessoal, emprego etc.)

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