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ANGRA

MAGÉ
DOS REIS
MAGÉ

APRESENTAÇÃO

Os Estudos Socioeconômicos pesquisam a realidade de 91 municípios


jurisdicionados ao TCE-RJ, onde vivem mais de 10 milhões de cidadãos, representando
61% da população fluminense. Com isso, pretendem contribuir para o melhor atendimento
das demandas da sociedade, ao disponibilizar informações e análises destinadas a servir
de apoio ao planejamento dos poderes públicos locais, bem como ampliar a transparência
e fomentar o controle social.
Em geral, além dos indicadores sujeitos a atualização anual, a publicação elege um
tema relevante para apresentação na forma de capítulo especial, que nesta edição se
volta ao setor de turismo, reconhecidamente da maior importância para a geração de
emprego e renda em processos sustentáveis de desenvolvimento.
A versão mais recente do Mapa do Turismo Brasileiro, elaborado pelo Ministério do
Turismo, aponta que o Estado do Rio de Janeiro possui 22% de seus municípios
classificados nas categorias “A” e “B”, as mais elevadas em uma escala que vai até a letra
“E”. Trata-se de uma concentração notavelmente superior à média nacional, que não
ultrapassa 7% de municípios incluídos nas faixas de maior destaque. Assim, ao mesmo
tempo em que confirma a inequívoca vocação turística fluminense, tal quadro suscita uma
reflexão: não estaria o enorme potencial dos nossos municípios sendo de, alguma forma,
subaproveitado? Para investigar o ponto e apontar possíveis caminhos, a equipe técnica
dos Estudos encaminhou um questionário destinado a mapear as ações adotadas em
âmbito local e regional em benefício do setor.
O trabalho, que começa com um breve resumo do quadro institucional configurado
por documentos como o Plano Nacional de Turismo, o Programa de Regionalização do
Turismo, o Programa de Desenvolvimento do Turismo e o Plano Diretor de Turismo do
Estado do Rio de Janeiro, culmina com a tabulação das respostas enviadas ao TCE-RJ,
permitindo constatações como, por exemplo, de que entre os 56 municípios respondentes,
embora 50 tenham um órgão próprio encarregado do setor turístico, apenas 13 possuem
plano municipal de turismo. Para justificar a ausência do plano, as principais alegações dos
municípios estão associadas à falta de recursos financeiros, estrutura física e de pessoal
para sua execução, além de inexistência de Conselho Municipal de Turismo na localidade.
Ao se debruçar sobre questões como essa, o Tribunal entendeu que seu papel
deve ir além de publicar o relatório dos Estudos, evoluindo no sentido de propor ao estado
e aos municípios fluminenses o estabelecimento de uma parceria institucional. As ações a
serem deflagradas contarão com o apoio da Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ, que
abrigará cursos de capacitação técnica ao longo do ano de 2019, com possíveis
desdobramentos futuros. Esperamos, assim, dar uma contribuição cada vez mais efetiva
ao progresso social.
Os Estudos são publicados desde 2001, e todas as suas edições podem ser
consultadas no Portal do TCE-RJ, no endereço http://www.tce.rj.gov.br.

SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTO
Dezembro de 2018

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 3
SUMÁRIO ............................................................................................................................ 4
I - HISTÓRICO ..................................................................................................................... 7
II - CARACTERIZAÇÃO ...................................................................................................... 8
Aspectos demográficos ................................................................................................. 9
Administração municipal .............................................................................................. 11
Governo eletrônico ....................................................................................................... 13
Resultados da pesquisa ........................................................................................... 14
Aspectos culturais ........................................................................................................ 20
III - SUSTENTABILIDADE ................................................................................................ 23
Mobilidade urbana ........................................................................................................ 23
Transporte ..................................................................................................................... 24
Proteção das cidades ................................................................................................... 25
Saneamento básico ...................................................................................................... 27
Cobertura florestal ........................................................................................................ 28
Zoneamento ecológico-econômico ............................................................................. 30
ICMS ecológico ............................................................................................................. 31
IV - INDICADORES SOCIAIS ........................................................................................... 33
Índice de Desenvolvimento Humano .......................................................................... 33
IDHM............................................................................................................................... 34
Ranking....................................................................................................................... 34
Educação .......................................................................................................................... 35
Metas do Plano Nacional de Educação.................................................................... 35
Remuneração dos professores ................................................................................ 38
Programme for International Student Assessment – Pisa ..................................... 39
Exame Nacional do Ensino Médio – Enem .............................................................. 41
Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb ................................................ 41
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb ........................................ 46
Educação no Rio de Janeiro ....................................................................................... 48
Quadro da educação no RJ ...................................................................................... 48
Educação no município................................................................................................ 51

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Saúde ................................................................................................................................ 57
Pacto pela Saúde ....................................................................................................... 58
Atenção básica da saúde .......................................................................................... 59
Indicadores de saúde ................................................................................................ 63
Saúde no município .................................................................................................. 64
Mercado de trabalho ........................................................................................................ 65
V - INDICADORES ECONÔMICOS .................................................................................. 69
PIB mundial ................................................................................................................... 69
Panorama econômico................................................................................................... 70
Oferta e demanda ...................................................................................................... 70
Inflação ....................................................................................................................... 72
Investimento .............................................................................................................. 73
Desempenho da economia estadual ........................................................................... 74
Evolução setorial ....................................................................................................... 75
Ótica da renda ........................................................................................................... 76
Estimativas para 2017 e 2018 ................................................................................... 77
PIB regional e dos municípios ..................................................................................... 78
Mapa do desenvolvimento ........................................................................................... 82
Agenda regional ......................................................................................................... 83
VI - INDICADORES FINANCEIROS.................................................................................. 90
1. Indicador de equilíbrio orçamentário ................................................................. 94
2. Indicador do comprometimento da receita corrente com a máquina
administrativa ............................................................................................................ 95
3. Indicador de autonomia financeira..................................................................... 95
4. Indicador do esforço tributário próprio ............................................................. 96
5. Indicador da dependência de transferências de recursos ................................. 97
6. Indicador da carga tributária per capita ............................................................. 98
7. Indicador das despesas correntes per capita ..................................................... 98
8. Indicador dos investimentos per capita .............................................................. 99
9. Indicador do grau de investimento .................................................................... 100
10. Indicador da liquidez corrente .......................................................................... 100
VII - DIAGNÓSTICO DO TURISMO FLUMINENSE ........................................................ 102
Plano Nacional de Turismo 2018-2022 ...................................................................... 102

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Programa de Regionalização do Turismo ................................................................ 107


Programa de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur .......................................... 108
Plano Diretor de Turismo ........................................................................................... 109
Mapa do Turismo Brasileiro....................................................................................... 112
Administração municipal e desenvolvimento do turismo....................................... 113
Políticas públicas municipais em turismo ........................................................... 113
Controle social sobre políticas públicas municipais em turismo ..................... 120
Qualificação em turismo ......................................................................................... 122
VIII - CONCLUSÃO ......................................................................................................... 124
Tabela A - Receitas totais e per capita, com indicadores .................................... 125
Tabela B - Despesas totais e per capita................................................................. 127
Tabela C - Carga tributária per capita – total e rubricas....................................... 129
Tabela D - Despesa corrente per capita e comprometimento.............................. 131
Tabela E - Investimento per capita e grau de investimento ................................. 133
Tabela F - Royalties e dependência de transferências ......................................... 135
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 137

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I - HISTÓRICO 1

O desbravamento da região de Magé data dos primeiros tempos coloniais do


Brasil. Em 1565, após a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, Simão da Mota é
agraciado por Mem de Sá com uma sesmaria e edifica sua moradia no morro da Piedade,
próximo do qual, ainda hoje, existe o porto de mesmo nome, a poucos quilômetros da
sede municipal.
Alguns anos depois, Simão da Mota, com outros portugueses e inúmeros escravos,
transferiu-se para a localidade Magepe-Mirim, de onde se originou a atual cidade de
Magé. Na época, viviam na região índios da tribo dos tamoios, dos quais não restam
vestígios. A povoação foi elevada à categoria de freguesia em 1696.
Devido ao esforço dos colonizadores e à fertilidade do solo, Magepe-Mirim gozou
de uma situação invejável no período colonial. O trabalho dos negros muito contribuiu
para o desenvolvimento da agricultura e elevação do nível econômico local. Em 1789,
Magé foi elevada à categoria de vila, obtendo assim sua emancipação, sendo instalado
em 12 de junho do mesmo ano em território constituído de terras desmembradas do
município de Santana de Macacu e da cidade do Rio de Janeiro. No ano de 1810, foi a
localidade tornada baronato e, no ano seguinte, elevada a viscondato. Em 1857, foram-
lhe atribuídos foros de cidade.
Durante o Segundo Império, foi construída em terras desse município a estrada de
ferro Mauá, a primeira da América do Sul. Inaugurada em 1854, fez história em seus 14,5
quilômetros de extensão.
Parte importante da história do país, Magé teve o porto mais movimentado do
Brasil Colônia, o porto da Estrela, localizado na Vila Estrela, pelo qual escoavam para
Portugal os tesouros arrancados das Minas Gerais. O Caminho das Pedras, primeira
estrada entre o Rio de Janeiro e as Minas Gerais, foi aberto em 1726, pelo desbravador
Bernardo de Proença.
Com a abolição da escravatura, houve considerável êxodo dos antigos escravos,
ocasionando terrível crise econômica. Esse fato, aliado à insalubridade da região, fez com
que desaparecessem as grandes plantações. O abandono das terras provocou a
obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, alagando-a.
Daí originou-se o grassamento da malária, que reduziu a população local e paralisou por
várias décadas o desenvolvimento econômico da região.
Sua localização privilegiada, próxima a cidades importantes, trouxe novo surto de
desenvolvimento no século XX, com a implantação de várias indústrias, especialmente as
têxteis. Em 1992, Guapimirim, então terceiro distrito de Magé, adquire sua autonomia,
com redução expressiva do território mageense.

1 - Fontes: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXII – IBGE, 1959; Abreu, A., “Municípios e Topônimos Fluminenses –
Histórico e Memória”, Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1994; e sítio www.mage.rj.gov.br.

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II - CARACTERIZAÇÃO

Magé pertence à Região Metropolitana, que também abrange os municípios de Rio


de Janeiro, Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí,
Itaguaí, Japeri, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados,
Rio Bonito, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá 2.

O município tem uma área total3 de 388,5 quilômetros quadrados, correspondentes


a 5,8% da área da Região Metropolitana. Os limites municipais, no sentido horário, são:
Duque de Caxias, Petrópolis, Guapimirim e baía de Guanabara.
Magé é cruzado pela rodovia BR-116, de Duque de Caxias, a oeste, a Guapimirim,
a nordeste. A BR-493 acessa o sul de Guapimirim, em direção a Manilha, no município de
Itaboraí, e a RJ-107 segue rumo norte para Petrópolis.
O Arco Rodoviário da Região Metropolitana (BR-493), que faz a ligação do porto de
Sepetiba, em Itaguaí, à BR-101, em Itaboraí, passa por Seropédica, Japeri e Nova
Iguaçu, alcançando a BR-040 em Duque de Caxias, onde se conecta à BR-116, até
Magé. O terceiro e último trecho, ainda sem duplicação, segue para Guapimirim e chega a
Itaboraí no trevo de Manilha.

2 - A Lei Complementar 158, de 26 de dezembro de 2013, transferiu Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito da Região das Baixadas
Litorâneas para a Região Metropolitana.
3 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

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A rodovia RJ-107, conhecida como Estrada do Imperador, sai de Imbariê, em Duque


de Caxias, passa por Vila Inhomirim, de Magé, e sobe a serra desde os tempos do Império.
As imagens a seguir apresentam o mapa do município e uma perspectiva de
satélite capturados dos programas Google Maps e Google Earth, em março de 2016.

Distrito-sede de Magé, a 8,2 km de altitude.

Aspectos demográficos
Em 2010 4, Magé tinha uma população de 227.322 habitantes, correspondente a
1,9% do contingente da Região Metropolitana, com uma proporção de 94,7 homens para
cada 100 mulheres. A densidade demográfica era de 585,1 habitantes por km², contra
2.221,8 habitantes por km² de sua região. A taxa de urbanização correspondia a 94% da

4 - IBGE - Censo Demográfico.

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população. Em comparação com a década anterior, a população do município aumentou


10,4%, o 47º maior crescimento no estado.
A distribuição da população fluminense dava-se conforme o gráfico a seguir:

Gráfico 1: Distribuição da população – Regiões Administrativas – 2010

Região das Baixadas Região do Médio Paraíba


Região Serrana
Litorâneas 5,3%
5,0%
Região Norte Fluminense 5,1%
Região Centro-Sul
5,3% Fluminense
Região Noroeste 1,7%
Fluminense Região da Costa Verde
2,0% 1,5%

Capital
39,5% RM sem a capital
34,5%

A comparação entre as pirâmides etárias construídas pelos censos 2000 e 2010


revela mudanças no perfil demográfico municipal, com estreitamento na base e
alargamento no meio da figura:

Gráfico 2: Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade, conforme os censos 2000 e 2010

A população local, de acordo com o censo, distribuía-se no território municipal


conforme o gráfico a seguir:

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Gráfico 3: Distribuição local da população – 2010

População por distrito (Censo 2010)

Suruí 18.960

Santo Aleixo 11.813

Inhomirim 114.452

Guia de Pacobaíba 25.132

Magé 56.965

0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000

Nota: Os dados do IBGE não mencionam o distrito de Rio do Ouro. No entanto, o somatório das
populações acima confere com o total do Censo 2010.

Segundo o levantamento, o município possuía 87.827 domicílios, dos quais 8%


eram de uso ocasional.
Ainda conforme o censo, contava com 5.589 domicílios particulares ocupados em
16 aglomerados subnormais, onde viviam 18.555 pessoas.
A população de Magé, em 2017 5, foi estimada em 237.420 pessoas. O município
tinha um contingente de 181.364 eleitores 6, correspondente a 76% do total da população.
Havia três agências de correios7, 12 agências bancárias 8 e oito estabelecimentos
hoteleiros 9.

Administração municipal
A Pesquisa de Informações Básicas Municipais 10, conhecida como Munic, é
apurada pelo IBGE na totalidade do país. Efetua, periodicamente, um levantamento
pormenorizado de informações sobre a estrutura, a dinâmica e o funcionamento das
instituições públicas municipais, em especial a prefeitura, compreendendo, também,
diferentes políticas e setores que envolvem o governo municipal e a municipalidade.
Na versão 2017, foram estabelecidos os seguintes eixos: informações do atual
prefeito, recursos humanos por vínculo, habitação, transporte, agropecuária, meio
ambiente e gestão de riscos e resposta a desastres.
A Munic aponta a seguinte evolução do quadro de pessoal de Magé:

5 - Estimativa encaminhada pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União em julho de 2017.


6 - Tribunal Superior Eleitoral - dezembro de 2017.
7 - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - 2017 (inclui agências comunitárias).
8 - Banco Central - dezembro de 2017.
9 - Ministério do Trabalho e Emprego - Anuário Rais. Acesso em 30/08/2017.
10 - https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101595.

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Gráfico 4: Evolução do número de funcionários do município – 1999-2017

O vínculo empregatício dos funcionários da administração direta apresentou o


seguinte comportamento:

Gráfico 5: Total de funcionários da administração direta por vínculo empregatício – 1999-2017

Entre 2015 e 2017, a pesquisa registra o aumento do número de somente


comissionados, estagiários ou sem vínculo permanente, reunidos na categoria “outros”.
Na administração indireta, há um pequeno contingente de 22 funcionários.

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Governo eletrônico
Nos dias atuais, a internet ostenta colocação destacada para qualquer atividade
social. O uso de tecnologias de informação e comunicação na administração pública
possibilita simplificar e otimizar os processos administrativos e eliminar formalidades e
exigências burocráticas que oneram o cidadão e os próprios cofres públicos. Seu uso
propicia agilidade e transparência, eficiência e flexibilidade.
Para garantir o acesso a serviços e informações, o desenvolvimento do governo
eletrônico passa por três estágios diferentes. O primeiro consiste na criação de sítios para
difusão de informações sobre os mais diversos órgãos e departamentos dos vários níveis
de governo. Eventualmente, esses sítios são caracterizados como portal oficial
informativo.
Num segundo estágio de desenvolvimento, estes sítios passam também a receber
informações e dados por parte dos cidadãos, empresas e outros órgãos. O usuário pode,
por exemplo, utilizar a internet para declarar seu imposto de renda, informar uma
mudança de endereço, fazer reclamações e sugestões a diversas repartições ou, ainda,
efetuar o cadastro online de sua empresa. Nesse âmbito, o sítio governamental passa a
ter uma finalidade maior do que a meramente informativa, tornando-se interativo.
Na terceira etapa de implantação do e-government, as transações se tornam mais
complexas e o sítio assume um caráter transacional. Nesse estágio, são possíveis trocas
de valores que podem ser quantificáveis, como pagamentos de contas e impostos,
matrículas na rede pública ou em educação à distância, marcação de consultas médicas,
compra de materiais etc. Em outras palavras, além da troca de informações, interações
ocorrem e serviços anteriormente prestados por um conjunto de funcionários passam a ser
realizados diretamente pela internet.
Essas modificações tornam-se ainda mais complexas num quarto estágio de
implantação do e-government, quando é desenvolvido um tipo de portal que é uma
plataforma de convergência de todos os serviços prestados pelos governos. Os serviços
são disponibilizados por funções ou temas, sem seguir a divisão real do Estado em
ministérios, secretarias estaduais, municipais, entidades etc.
Assim, ao lidar com o governo, cidadãos e empresas não precisam mais se dirigir a
inúmeros órgãos diferentes. Em um único portal e com uma única senha, qualificada como
assinatura eletrônica (certificação digital), é possível resolver tudo o que precisam. Para tal,
a integração entre os diferentes órgãos prestadores de informações e serviços é
imprescindível, ou seja, esses devem realizar trocas de suas respectivas bases de dados
numa velocidade capaz de garantir o atendimento ao cidadão. Esse recurso exige
informações de uma série de órgãos que, interligados por uma infraestrutura avançada,
conseguem atender à demanda do cidadão “em tempo real”. Nesse último estágio, ainda
fora da realidade dos municípios do Rio de Janeiro, o sítio é qualificado como integrativo.
Este tópico tem por objetivo analisar e avaliar o conteúdo dos sítios oficiais por meio
de pesquisa realizada entre maio e agosto de 2018. Para efeito dos resultados da pesquisa,
não foi considerado o município da capital, uma vez que esta não se encontra sob a
jurisdição do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Alguns municípios, apesar de
estarem em processo de reformulação do sítio oficial, optaram por manter o acesso a
alguns serviços. Nesses casos, os serviços mantidos foram registrados.

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Ao longo da realização dos trabalhos, o principal problema encontrado foi a


dificuldade em localizar informações ou serviços 11, o que significa dizer que, muitas
vezes, a navegação não é intuitiva.
Deve-se destacar que, em 2002, havia 42 municípios fluminenses na web. Edições
anteriores dos Estudos vêm acompanhando e avaliando, desde 2006, o nível de
abrangência do conteúdo e dos serviços dos sítios municipais.
Em 2018, de acordo com o levantamento efetuado, somente Laje do Muriaé não
tinha sítio oficial ativo na internet no período de realização da pesquisa.

Resultados da pesquisa
Na sequência, é apresentado o desempenho do conjunto do estado e das diversas
regiões administrativas para, em seguida, fazer-se um comparativo do município ante os
demais de sua região.
Para classificação das categorias, denominadas estágios informativo, interativo e
transacional, foi considerado bom o desempenho do sítio que obteve aproveitamento igual
ou superior a 70% dos quesitos; regular, na faixa descendente até 50%; sofrível, até 30%; e
insuficiente, quando abaixo desse último. O sítio de cada prefeitura foi avaliado de acordo
com a quantidade de temas disponíveis em relação ao total dos quesitos da categoria.
No conjunto das regiões, os serviços informativos predominaram, alcançando
performance regular. É importante destacar que 32 municípios apresentaram bom
desempenho, mais do que o dobro do total de 14 municípios registrado no ano anterior.
A oferta de serviços interativos manteve-se no patamar sofrível. Nesse estágio, somente
quatro municípios tiveram desempenho bom, o mesmo número do ano anterior. Onze
municípios mantêm sítios de qualidade regular. A maioria permanece com desempenho
insuficiente ou sofrível.
Na penúltima semana de agosto de 2018, quando foi concluída a pesquisa, eram
87 as municipalidades a oferecer alguma transação em seus sítios oficiais, mostrando
expressivo avanço em relação a 2017, quando 79 prefeituras disponibilizavam na
internet esse tipo de serviço. Registre-se que, em 2010, o número não passava de 27. O
aumento da oferta deve-se, sobretudo, à adoção da Nota Fiscal Eletrônica, hoje
presente em 97% dos sítios que pontuaram nesse estágio. O desempenho apurado
atribuiu classificação sofrível ao conjunto dos municípios fluminenses nesse nível da
pesquisa.
Em que pese o sensível avanço registrado no espaço de um ano, ainda há um longo
caminho a ser percorrido. Apesar de websites interativos e transacionais estarem
disponíveis no mercado para todo tipo de comércio, com segurança e privacidade, a
integração das bases de dados é tarefa complexa. Mais fácil e rapidamente se executa – e
se mantém – um sítio com informações confiáveis e atualizadas, oferecendo um leque
mínimo de opções para o “cliente” internauta: uma pessoa, um grupo de pessoas, uma
organização, todas as organizações existentes na localidade e ainda as que para ali
poderão migrar, qualquer um em qualquer lugar.

11 - Em razão da dinâmica da internet, podem ocorrer mudanças súbitas. Sítios que não estavam operacionais tornam-se acessíveis
de um dia para o outro . O contrário também é verdadeiro: informações e serviços que estavam disponíveis nos portais, subitamente,
tornam-se inacessíveis.

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No estágio informativo da pesquisa, são definidos 19 temas autoexplicativos. Nessa


categoria, 90 prefeituras fluminenses apresentaram algum resultado. O conjunto atingiu
62% de aproveitamento no total de serviços elencados, implicando um avanço na
classificação do grupo, que caíra para sofrível em 2017, mas voltou a regular em 2018. A
melhoria observada de um ano para o outro chegou a expressivos 14 pontos percentuais.

Tabela 1: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Informativo – Regiões – 2018

Centro-Sul Costa Baixadas Médio Noroeste Norte


Região Administrativa Metropolitana Serrana Totais
Fluminense Verde Litorâneas Paraíba Fluminense Fluminense

Quantidade de sítios
pesquisados / 10/10 3/3 10/10 12/12 20/20 12/13 9/9 14/14 90/91
total de municípios da região
História do Município 90% 67% 80% 92% 70% 67% 89% 86% 80%
Geografia 60% 67% 60% 67% 30% 58% 78% 79% 62%
Economia 40% 67% 30% 58% 15% 42% 67% 36% 44%
Finanças Públicas 90% 100% 100% 100% 100% 100% 78% 100% 96%
Cultura e Entretenimento 50% 100% 60% 58% 35% 42% 89% 57% 61%
Saúde 80% 100% 80% 67% 75% 42% 67% 50% 70%
Educação 70% 100% 80% 75% 60% 50% 89% 50% 72%
Meio Ambiente 60% 67% 70% 42% 50% 50% 56% 43% 55%
Infraestrutura 50% 67% 80% 58% 65% 25% 78% 29% 56%
Tributação 90% 100% 90% 100% 80% 75% 56% 71% 83%
Legislação 80% 100% 100% 92% 95% 92% 56% 100% 89%
Notícias 90% 100% 80% 83% 95% 92% 100% 86% 91%
Turismo 100% 100% 60% 75% 40% 50% 89% 64% 72%
Estrutura Administrativa 100% 100% 90% 100% 95% 75% 100% 93% 94%
Investimentos 40% 33% 0% 58% 15% 33% 67% 43% 36%
Políticas Públicas 70% 33% 50% 58% 60% 33% 44% 43% 49%
Trabalho e Emprego 40% 100% 40% 33% 45% 42% 67% 14% 48%
Trânsito 60% 100% 50% 42% 40% 17% 44% 43% 49%
Plano Diretor 10% 67% 20% 50% 30% 0% 33% 36% 31%
Totais 67% 82% 64% 69% 58% 52% 71% 59%

A Costa Verde, mais uma vez, liderou o estágio informativo, com o bom resultado de
82%. O Norte Fluminense avançou até 71%, também um bom aproveitamento. Já na faixa
regular, aparece o Médio Paraíba, com 69%. O Centro-Sul, que na edição anterior ocupava
a última posição, surpreendeu ao surgir no 5º lugar, com 67%, seguido pelas Baixadas
Litorâneas, com 64%, a Região Serrana, com 59%, e a Metropolitana, com 58%, fechando
o Noroeste Fluminense, com 52%.
Todas as regiões apresentaram melhoria expressiva em seus desempenhos e
nenhuma ficou abaixo de 50% de aproveitamento dos quesitos pesquisados.
Informações sobre Finanças Públicas estão presentes em 96% dos sítios
avaliados. Também com frequência acima de 90% aparecem Estrutura Administrativa e
Notícias. Na sequência, os temas mais frequentes são Legislação municipal, Tributação,
História, Turismo, Educação e Saúde, todos na faixa de 70% para cima. O menos
encontrado é o Plano Diretor, uma vez que somente 31% dos municípios evidenciam
satisfatoriamente esse item.
Ainda com referência aos serviços informativos, três municípios atenderam a
100% dos quesitos: Macaé, Resende e Volta Redonda, conferindo destaque ao Médio
Paraíba, onde estão situados os dois últimos. Mais 26 municípios apresentaram bom
desempenho (eram somente 11 na pesquisa referente a 2017). Somados aos três que

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obtiveram aproveitamento total, perfazem quase um terço do total de municípios do


estado situado na faixa mais alta de desempenho.
No estágio interativo, foram definidos 18 temas, também autoexplicativos. Com
performance insuficiente ou sofrível em sete das oito regiões do estado, permanece o
desafio de se obter algum formulário ou realizar um cadastro simples nos sítios oficiais.
Assim como no estágio informativo, houve melhora em todas as regiões. A Costa
Verde subiu de 67% para 69%, mantendo a regularidade. Na faixa de desempenho
sofrível, as Baixadas Litorâneas alcançaram 41%, seguidas pelo Médio Paraíba, com
38%, Norte Fluminense, com 35%, a Região Metropolitana, com 33%, e a Serrana, com
30%. O Noroeste Fluminense, com 26%, obteve conceito insuficiente, desempenho muito
próximo ao do Centro-Sul, que ficou com 25%.

Tabela 2: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Interativo – Regiões – 2018

Centro-Sul Costa Baixadas Médio Noroeste Norte


Região Administrativa Metropolitana Serrana Totais
Fluminense Verde Litorâneas Paraíba Fluminense Fluminense

Quantidade de sítios
pesquisados / 10/10 3/3 10/10 12/12 20/20 12/13 9/9 14/14 90/91
total de municípios da região
IPTU 100% 100% 100% 75% 100% 100% 89% 86% 94%
ISS 50% 100% 80% 67% 90% 75% 78% 71% 76%
ITBI 10% 100% 20% 8% 25% 8% 33% 14% 27%
Simples 0% 0% 0% 8% 10% 17% 11% 7% 7%
Processos 40% 100% 70% 67% 65% 42% 44% 29% 57%
Saúde 0% 100% 30% 25% 15% 33% 0% 0% 25%
Educação 10% 67% 30% 8% 10% 17% 22% 14% 22%
Habitação 0% 0% 0% 8% 25% 0% 0% 0% 4%
Iluminação Pública 10% 33% 20% 42% 10% 0% 11% 7% 17%
Água e Esgoto 0% 33% 40% 17% 5% 0% 11% 7% 14%
Transportes 20% 100% 20% 33% 15% 0% 56% 21% 33%
Obras e Meio Ambiente 0% 67% 50% 33% 10% 8% 33% 21% 28%
Vigilância Sanitária 0% 0% 0% 0% 0% 0% 11% 7% 2%
Concursos 40% 67% 40% 58% 5% 33% 11% 43% 37%
Licitações 40% 100% 80% 83% 70% 58% 56% 71% 70%
Cadastro de Fornecedores 20% 67% 20% 25% 35% 0% 44% 36% 31%
Balcão de Empregos 20% 100% 40% 33% 5% 0% 22% 7% 28%
Ouvidoria 90% 100% 100% 92% 90% 83% 89% 93% 92%
Totais 25% 69% 41% 38% 33% 26% 35% 30%

O serviço de Ouvidoria 12 mantém-se predominante, estando presente em 92% dos


sítios pesquisados. Outros serviços interativos preferencialmente disponibilizados
referem-se aos principais tributos municipais – IPTU e ISS – e às Licitações. Por outro
lado, serviços interativos de Vigilância Sanitária e Habitação, além de tributação Simples,
são oferecidos por menos de 10% dos municípios em seus sítios oficiais. Angra dos Reis
e Volta Redonda, ambos com 83%, e Petrópolis e Rio das Ostras, com 72%, foram os
únicos municípios a apresentar bom rendimento nesse estágio.
Em relação aos 37 quesitos resultantes da soma do estágio informativo e do
interativo, o município que mais se destacou foi novamente Volta Redonda, com 92% de
aproveitamento. Foram identificados mais nove sítios com aproveitamento igual ou superior
a 70% – pela ordem, contam-se Angra dos Reis, Petrópolis, Macaé, Rio das Ostras,
Campos dos Goytacazes, Mangaratiba, Barra do Piraí, Paraty e Resende. Outros 28

12 - Ouvidoria, enquanto serviço, foi considerada como sendo qualquer canal de interação disponível ao internauta, incluindo o “Fale
Conosco” e endereços de e-mail.

16
MAGÉ

municípios ficaram na faixa de desempenho regular, número bem superior aos 15


municípios que se encontravam nessa condição na pesquisa anterior. Nas faixas inferiores,
46 sítios não atingiram 50%, e somente seis não chegaram a 30%.
Em todos os estágios, há forte variância intrarregional, o que será objeto da análise a
seguir.
A Região Metropolitana permaneceu na 6ª colocação no ranking do estágio
informativo e caiu para a 5ª posição no estágio interativo. Todos os municípios tiveram
seus sítios oficiais avaliados.
O quesito Finanças Públicas esteve presente em todos os sítios. Logo a seguir,
Legislação, Notícias e Estrutura Administrativa do município apresentaram índice de 95%.
Em contrapartida, informações sobre Economia e Investimentos não ultrapassaram 15%.
Três sítios da região tiveram boa performance: Nova Iguaçu, com 89% dos quesitos,
ficou à frente de Mesquita, com 79%, e Itaguaí, com 74%. Apresentaram sítios regulares
Duque de Caxias, Japeri, Maricá, São Gonçalo e São João de Meriti, com 68%, além de
Guapimirim, com 63%, Niterói, com 58%, Nilópolis e Paracambi, com 53%. Tiveram
desempenho sofrível Magé e Rio Bonito, com 47%, à frente do grupo formado por
Belford Roxo, Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Seropédica e Tanguá, com 42%, fechando
a lista Queimados, com 37%. Nenhum município da região obteve rendimento insuficiente.

Tabela 3: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Informativo – Região Metropolitana – 2018
Cachoeiras de Macacu

São João de Meriti


Duque de Caxias

Metro-
São Gonçalo
Municípios
Nova Iguaçu
Belford Roxo

Queimados
Guapimirim

politana

Seropédica
Paracambi

Rio Bonito
Mesquita

Nilópolis

Tanguá
Itaboraí

Itaguaí

Maricá

Niterói
Japeri

Magé

Data da visita
15/5 22/5 12/6 25/6 25/6 25/6 17/7 23/7 26/7 26/7 30/7 30/7 30/7 30/7 31/7 31/7 1/8 1/8 3/8 3/8
ao sítio oficial
História do Município 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 70%

Geografia 1 1 1 1 1 1 30%

Economia 1 1 1 15%

Finanças Públicas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 100%


Cultura e
1 1 1 1 1 1 1 35%
Entretenimento
Saúde 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 75%

Educação 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 60%

Meio Ambiente 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 50%

Infraestrutra 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 65%

Tributação 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 80%

Legislação 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 95%

Notícias 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 95%

Turismo 1 1 1 1 1 1 1 1 40%

Estrutura Adm. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 95%

Investimentos 1 1 1 15%

Políticas Públicas 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 60%

Trabalho e Emprego 1 1 1 1 1 1 1 1 1 45%

Trânsito 1 1 1 1 1 1 1 1 40%

Plano Diretor 1 1 1 1 1 1 30%

Percentual 42% 42% 68% 63% 42% 74% 68% 47% 68% 79% 53% 58% 89% 53% 37% 47% 68% 68% 42% 42%

17
MAGÉ

Quanto ao estágio interativo, a tributação do IPTU foi o item mais frequente, estando
presente em todos os portais. Serviços referentes ao ISS e à Ouvidoria foram oferecidos
em 90% dos sítios pesquisados. Por outro lado, nenhum município pontuou no quesito
Vigilância Sanitária.
São Gonçalo, com 61%, repetiu a maior pontuação, seguido por Belford Roxo, com
ainda regulares 56%. Apresentaram desempenho sofrível Maricá e Niterói, com 44% de
aproveitamento, seguidos de Duque de Caxias, Japeri e Nova Iguaçu, com 39%, além de
Itaboraí, Itaguaí e Queimados, com 33%. Os demais municípios da região obtiveram
resultado insuficiente. Mesquita, Rio Bonito e São João de Meriti registraram 28%. Na
sequência, Cachoeiras de Macacu, Magé, Paracambi, Seropédica e Tanguá ficaram em
22%. Guapimirim e Nilópolis ficaram na última posição, com 17%.
Tabela 4: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Interativo – Região Metropolitana – 2018
Cachoeiras de Macacu

São João de Meriti


Duque de Caxias

Metro-
Municípios politana

São Gonçalo
Nova Iguaçu
Belford Roxo

Queimados
Guapimirim

Seropédica
Paracambi

Rio Bonito
Mesquita

Nilópolis

Tanguá
Itaboraí

Itaguaí

Maricá

Niterói
Japeri

Magé

Data da visita
15/5 22/5 12/6 25/6 25/6 25/6 17/7 23/7 26/7 26/7 30/7 30/7 30/7 30/7 31/7 31/7 1/8 1/8 3/8 3/8
ao sítio oficial

IPTU 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 100%

ISS 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 90%

ITBI 1 1 1 1 1 25%

Simples 1 1 10%

Processos 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 65%

Saúde 1 1 1 15%

Educação 1 1 10%

Habitação 1 1 1 1 1 25%

Iluminação Pública 1 1 10%

Água e Esgoto 1 5%

Transportes 1 1 1 15%

Obras e Meio Ambiente 1 1 10%

Vigilância Sanitária 0%

Concursos 1 5%

Licitações 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 70%

Cad. de Fornecedores 1 1 1 1 1 1 1 35%

Balcão de Empregos 1 5%

Ouvidoria 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 90%

Percentual 56% 22% 39% 17% 33% 33% 39% 22% 44% 28% 17% 44% 39% 22% 33% 28% 61% 28% 22% 22%

Para o estágio transacional, a pesquisa testou se os sítios municipais possibilitam a


realização de cinco tipos de transações diferentes. Dos 90 municípios analisados, 88
apresentaram algum serviço transacional em 2018, correspondendo a 98% do total, com
um aumento de nove pontos percentuais em relação ao ano anterior.
A Nota Fiscal Eletrônica estava disponível em 86 sítios oficiais, dez a mais do que
no ano anterior. Consulta Prévia/Alvará Provisório esteve presente em 37 municípios. Na

18
MAGÉ

sequência, aparecem os serviços de Licitação e Pregão, oferecidos em 23 municípios,


Emissão de Certidão Negativa de Débito, com 19 incidências, e Educação/Matrícula
Online, com nove registros.
No estágio transacional, a Região Metropolitana caiu para a 5ª posição, com 39% de
aproveitamento, permanecendo na faixa de classificação sofrível.
Os sítios de Maricá, Nilópolis, Niterói, Rio Bonito e São Gonçalo disponibilizaram
quatro serviços. Belford Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Tanguá ofereceram dois.
Um total de 11 municípios apresentou somente um serviço, mas nenhum zerou a pesquisa.
A Nota Fiscal Eletrônica permanece sendo o serviço mais frequente, presente em todos os
sítios visitados.
Tabela 5: Rendimento dos sítios municipais – Estágio Transacional – Região Metropolitana – 2018

Emissão de Certidão Negativa de Débito

Data da visita ao sítio oficial


Consulta Prévia/Alvará Provisório

Educação/Matrícula Online

Municípios Metropolitana
Nota Fiscal Eletrônica
Licitação e Pregão

Belford Roxo 1 1 40% 15/5


Cachoeiras de Macacu 1 20% 22/5
Duque de Caxias 1 1 40% 12/6
Guapimirim 1 20% 25/6
Itaboraí 1 20% 25/6
Itaguaí 1 20% 25/6
Japeri 1 20% 17/7
Magé 1 20% 23/7
Maricá 1 1 1 1 80% 26/7
Mesquita 1 20% 26/7
Nilópolis 1 1 1 1 80% 30/7
Niterói 1 1 1 1 80% 30/7
Nova Iguaçu 1 1 40% 30/7
Paracambi 1 20% 30/7
Queimados 1 20% 31/7
Rio Bonito 1 1 1 1 80% 31/7
São Gonçalo 1 1 1 1 80% 1/8
São João de Meriti 1 20% 1/8
Seropédica 1 20% 3/8
Tanguá 1 1 40% 3/8
Percentual 40% 30% 100% 10% 15%

Enfatizamos que o principal objetivo do governo eletrônico é promover o acesso à


informação e à prestação de serviços públicos através dos websites oficiais. Essa

19
MAGÉ

pesquisa tem por finalidade acompanhar o grau de participação das prefeituras do


Estado do Rio de Janeiro nesse processo de desburocratização eletrônica. Resta
evidente que o uso dessa ferramenta é uma providência importante e irreversível no
mundo moderno.

Aspectos culturais
O Mapa de Cultura do Estado do Rio de Janeiro é um projeto realizado pela
Secretaria de Estado de Cultura para mapear e divulgar as principais manifestações
culturais dos municípios. Trata-se de um portal bilíngue na internet 13 contendo informações
sobre espaços culturais, festas tradicionais e festivais de cultura, patrimônios materiais e
imateriais, além de artistas, personagens e grupos locais. Alguns dos destaques em Magé
são os seguintes:

Patrimônio material
Porto da Estrela – O porto ficava na vila de Estrela. De lá seguiam as riquezas para
Portugal. Era passagem obrigatória para quem subia a serra de Petrópolis e para o
transporte de carga entre o interior e o Rio de Janeiro, então capital do Império. Das
construções do período, na segunda metade do século XVIII, restam apenas ruínas e
pedras no cais. Na estrada União Indústria, km zero.
Igreja de Nossa Senhora da Guia de Pacobaíba – Com vista para as praias de Mauá
e Ipiranga e para a antiga estação de trem, a igreja foi erguida em 1740. Com um frontão
triangular, a capela tem portas e janelas em arco abatido e folha dupla de madeira
almofadada. Da construção original, após muitas reformas, restaram o arco cruzeiro e uma
pia de lioz. Praça da Guia, Guia de Pacobaíba.
Igreja de Nossa Senhora da Piedade – A inscrição
na fachada indica 1750 como ano da fundação da igreja
de Nossa Senhora da Piedade, a padroeira da cidade. O
Largo da Matriz, onde está localizada, foi cenário de uma
das batalhas da chamada Segunda Revolta da Armada,
em 1893, quando oficiais da Marinha se rebelaram contra
o governo do marechal Floriano Peixoto, em um
sangrento enfrentamento. O episódio ficou conhecido
como “Os horrores de Magé”.
Poço Bento Padre José de Anchieta – Às margens da estrada da Piedade, o poço
é uma homenagem ao beato que teria benzido suas águas para salvar a população de
Magé de uma epidemia causada pela água salobra, em meados do século XVI. Revestido
de azulejos, com altar, cobertura de cimento e oito pilastras em alvenaria, o poço é
procurado por devotos da região. Ao seu lado, há uma igreja que abriga painel da Via
Sacra, em óleo sobre madeira, pintado à mão.
Capela de Nosso Senhor do Bonfim – Na parte mais alta do município, de onde se
avista toda a cidade, a capela foi entregue à população em 1883. A mesa do altar, em

13 - http://mapadecultura.rj.gov.br/. Última visita em 24 de agosto de 2017.

20
MAGÉ

estilo rococó, e os dois crucifixos são a parte preservada do projeto inicial. Rua Pio XII,
Morro do Bonfim.
Capela de Santa Ana – Foi erguida por volta de 1737. Uma construção simples,
que possui como destaque a fachada principal, um pequeno frontão triangular. Na estrada
da Piedade.
Sítio Arqueológico dos Índios Tupinambás – Foi descoberto na localidade de Barão
de Iriri, em 1973. Quase 10 anos depois, em 1985, foi feito o estudo de cerca de 2 mil
fragmentos de ossos ali encontrados. Foram identificados 44 esqueletos indígenas, entre
eles de quatro crianças. Também foram achados vários fragmentos de cerâmica.
Estrada de Ferro Mauá – Inaugurada em 1854, foi a primeira a ser construída na
América do Sul. É considerada um marco histórico da ocupação urbana de Magé. Com o
ramal desativado em 1964, a estação de Magé foi abandonada. Hoje, resta apenas a
velha estrutura de aço e ferro. Avenida Roberto Silveira.
Igreja de São Nicolau – Localizada no alto do morro, às margens do rio Suruí. Nos
fundos da igreja, há um cemitério. Apenas uma parte da fachada lateral conserva o estilo
original do século XVIII, bem como a pia batismal, as pias de água benta e a pia da
sacristia em mármore lioz. Rua Coronel Alarico J. do Amaral.
Bairro da Piedade – Era nesse tradicional bairro que ficava a Praça do Leilão, o
porto de desembarque escravo. Ali os negros eram acorrentados a um paredão e há uma
capela inteiramente construída por escravos. Há também um túnel, escavado por eles,
que dava acesso ao quilombo de Maria Conga, uma escrava alforriada que dedicou a vida
à luta pela liberdade e é considerada heroína de Magé.
Igreja de São Lourenço – Erguida em propriedade particular, já foi alvo de disputas
entre os moradores e o antigo proprietário. Quando o dono decidiu demolir a construção,
a comunidade do morro do Batalha se uniu e conseguiu, após uma grande festa para
angariar recursos, comprar a capela, que agora pertence aos moradores. Em Coroa de
São Lourenço, Magé.
Capela de São Francisco de Croará – No alto do morro e cercada de vegetação
abundante, foi erguida em 1745, com forte influência da arquitetura colonial na fachada
principal. Com acesso externo, a torre sineira é feita em alvenaria. Tanto o interior quanto
o piso já passaram por reformas que alteraram as características originais. Praça de São
Francisco, Francisco do Croará, Magé.

Patrimônio imaterial
Zé Mussum – Fundada em 1988, a companhia tem 60 integrantes em diferentes
atividades – ciranda, grupo de bailados populares, como maculelê, guerreiros, mineiro-
pau e lambe-sujo (uma antiga tradição de negros e índios), capoeira, jongo e samba de
roda. O grupo mantém ainda uma banda regional, composta por oito músicos.
Quilombo Maria Conga – Reconhecido em 2007 pela Fundação Palmares como
comunidade remanescente de quilombo, faz parte da Associação das Comunidades
Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro e conta com um centro cultural criado para
preservar a história de seus descendentes. Rua Suruí, Maria Conga.

21
MAGÉ

Agenda
Festa de São Nicolau – A igreja de São Nicolau tem vista para toda a baía de
Guanabara e seu recôncavo. Na festa de seu padroeiro, a procissão sai do porto Suruí e
segue pela baía, levando a imagem de São Nicolau à frente das embarcações – uma
estátua portuguesa de madeira, guardada com cuidado pelos devotos. Em 6 de dezembro.
Aniversário de Magé – A programação inclui shows populares, com barraquinhas e
instalação de parque de diversão. Em 9 de junho, na antiga estrada da Piedade.
Festa de São Pedro – No primeiro e no quinto distritos, onde estão localizadas
tradicionais colônias de pescadores de Magé, o dia de São Pedro é dia de festa. No distrito
de Mauá, há uma procissão marítima, que leva a imagem do santo pela praia de Olaria. Em
29 de junho.

Espaços culturais
Museu de Armas e Brasões – Reúne uma coleção de símbolos da nobreza da
região, algumas preservadas desde o século XVIII. Rua Francelina Ullmann.
Biblioteca Renato Peixoto – Depois de passar um período desativada, foi reaberta
num espaço provisório, em duas salas da Fundação Educacional e Cultural de Magé.
Atualmente em obras, o local para onde a biblioteca Renato Peixoto será transferida em
definitivo se localiza no distrito de Vila Inhomirim, em cima da rodoviária do bairro de
Piabetá. Na Avenida Simão da Motta.

Destaques
Grêmio Musical Mageense – A banda Carlos Gomes, fundada em 1920, e a
Sociedade Musical Santa Cecília, fundada em 1903, são a base do Grêmio Musical
Mageense. É cria do grêmio um grupo de jazz formado por professores e ex-alunos.
Camerata de Violões – Criada em 2007, a camerata é um grupo de cordas que
também é formado por alunos e músicos do Grêmio Musical Mageense.
Orquestra Aquarius de Magé – Foi fundada em 2007, para profissionalizar músicos
da cidade. A orquestra marca presença nas festas tradicionais, como a de São Pedro e a
de Nossa Senhora da Piedade, os desfiles cívicos e a cantata de Natal, além de se
apresentar em municípios vizinhos.

22
MAGÉ

III - SUSTENTABILIDADE

A Agenda 2030 reúne os três pilares da sustentabilidade: desenvolvimento


econômico, proteção ambiental e equidade social. Na agenda, a ser cumprida globalmente,
estão definidos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), desdobrados em 169
metas, com temas diversos. Para orientar o planejamento das cidades, o ODS 11
apresenta metas específicas nas áreas de mobilidade urbana, resiliência e redução de
desastres, como demonstrado no quadro abaixo:

Esses temas serão estudados neste capítulo a partir da edição 2017 da Pesquisa
de Informações Básicas Municipais – Munic, do IBGE, e dos dados disponibilizados no
levantamento anual (ciclo 2018, com dados de 2017) para composição do Índice de
Desempenho da Gestão Municipal – IEGM, um instrumento de mensuração dos esforços
da gestão municipal que vem sendo aplicado pelo TCE-RJ, sob a coordenação da
Secretaria de Planejamento do tribunal, junto a 91 municípios fluminenses 14.

Mobilidade urbana
As políticas de uso e ocupação do solo devem promover a formação de cidades
mais compactas e sem vazios urbanos, onde a dependência dos deslocamentos
motorizados seja minimizada, atendendo assim à Lei nº 12.587/2012, que instituiu a
Política Nacional de Mobilidade Urbana, cujo objetivo é melhorar e tornar mais
acessíveis os diferentes modos de transporte, proporcionando maior mobilidade de
pessoas e cargas no país.

14 - O IEGM proporciona uma visão sobre a gestão municipal em sete dimensões estratégicas: Educação; Saúde; Planejamento;
Gestão Fiscal; Meio Ambiente; Cidades Protegidas; Governança em Tecnologia da Informação. Os resultados por município podem ser
consultados no sítio https://www6.tce.ma.gov.br/iegm_util/ranking.zul.

23
MAGÉ

Segundo dados do Ministério das Cidades15, as altas taxas de urbanização e a


dispersão territorial elevam as distâncias e o tempo dos deslocamentos diários, tornando
a população cada vez mais dependente dos sistemas de transporte.
A Política de Mobilidade Urbana deve estar alinhada às demais políticas setoriais,
como saneamento básico e gestão do uso do solo, de forma a estabelecer um programa
completo em que toda a infraestrutura urbana esteja adequadamente resolvida e
interligada como um único organismo, consoante previsto no inciso I do art. 6º da lei.
A Lei de Mobilidade Urbana torna possível que ações e investimentos das prefeituras
que contrariem as diretrizes fixadas na lei sejam contestados pela sociedade (art. 15). A
participação popular promove o diálogo com os gestores sobre eventuais problemas
operacionais ou estruturais da rede de transporte, podendo resultar em decisões mais
consensuais, céleres e efetivas. A interlocução se dá através de órgãos colegiados,
ouvidorias, audiências e consultas públicas, além dos conselhos municipais de transporte.
A mesma lei determina que os municípios com população acima de 20 mil
habitantes elaborem o Plano de Mobilidade Urbana – PMU como requisito para acesso a
recursos federais destinados a investimento no setor 16. Magé não elaborou esse plano,
estando entre os 47 municípios fluminenses participantes da pesquisa do IEGM que se
encontram nesta condição 17, embora se aplique tal exigência, em virtude do tamanho de
sua população.

Transporte
A Constituição Federal de 1988, no inciso V do art. 30, estabelece que compete
aos municípios “organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que
tem caráter essencial”.
A Lei de Mobilidade Urbana atribui também aos municípios a responsabilidade em
“planejar, executar e avaliar a política de mobilidade urbana, bem como promover a
regulamentação dos serviços de transporte urbano”.
Os resultados da Munic 2017, pesquisada pelo IBGE, mostram que Magé possui
Secretaria de Transporte exclusiva. Não dispõe de Fundo Municipal de Transporte,
tampouco de Conselho Municipal de Transporte.
O município possui os seguintes serviços regulares de transporte de passageiros:
ônibus coletivo intramunicipal parcialmente adaptado para pessoas com deficiência física,
ônibus intermunicipal, que atende também ao deslocamento entre bairros e distritos, trem,
van e táxi.
A isenção formal da tarifa de ônibus atende as seguintes categorias: maiores de
60/65 anos e estudantes da rede pública.

15 - A Nova Lei de Diretrizes da Política de Mobilidade Urbana. Caderno de referência para elaboração do Plano de Mobilidade
Urbana. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Comunicado Ipea. 2015.
16 - Medida Provisória nº 748, de 11/10/2016 estabelece o prazo de abril/2019 para que os municípios elaborem seus planos de mobilidade
urbana e para que estes sejam integrados ao plano diretor municipal existente ou em elaboração. Encerrado o prazo, os municípios ficam
impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência estabelecida na lei.
17 - Questão 7 do questionário I-Cidade, da pesquisa do IEGM: “Se o município possui mais de 20 mil habitantes, foi elaborado seu
Plano de Mobilidade Urbana?” Levantamento realizado em julho de 2018. Disponível em https://www6.tce.ma.gov.br/iegm_util/ranking.zul.

24
MAGÉ

Proteção das cidades


Ações municipais de proteção e defesa civil são pesquisadas pelo IEGM a partir
da dimensão de proteção das cidades (I-Cidade), com apresentação de indicadores
referentes ao planejamento municipal com vistas à proteção dos cidadãos frente a
possíveis eventos de sinistros e desastres.
O assunto faz parte da pauta global: o protocolo internacional denominado Marco
de Sendai 18, do qual faz parte o governo brasileiro, visa a aumentar a resiliência das
nações e das comunidades frente às ameaças naturais, reduzindo as perdas tanto em
termos de vidas humanas quanto de bens sociais, econômicos e ambientais das
comunidades e dos países. Aplica-se a riscos de causa natural ou humana, bem como
aos riscos e perigos ambientais, tecnológicos e biológicos.
A Lei 12.608, que alterou o Estatuto das Cidades, amplia o universo dos municípios
obrigados a elaborar seus planos diretores, passando a incluir aqueles que estão insertos
em cadastro nacional, arrolados como estando situados em áreas suscetíveis à
ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos
geológicos e hidrológicos correlatos.
Conforme dados informados no IEGM, Magé possui mapeamento de ameaças
potenciais para inundações e loteamentos em situação de risco 19.
O Departamento Geral de Defesa Civil – DGDEC-RJ, vinculado à Secretaria de
Defesa Civil, elaborou um mapa das ameaças climáticas que identifica e hierarquiza
perigos climatológicos nos municípios fluminenses, a partir da classificação e codificação
brasileira de desastres, que estabelece classes de acidentes: naturais (geológico,
hidrológico, meteorológico, climatológico e biológico) e tecnológicos (substâncias
radioativas, produtos perigosos, incêndios urbanos, obras civis e transporte de
passageiros e cargas não perigosas). O levantamento, realizado entre 2012 e 2014,
identificou 276 ameaças tecnológicas no estado, além de 460 ameaças naturais,
totalizando 736 itens. Segundo o mapeamento, Magé tem como riscos de maior
intensidade os seguintes acidentes naturais, por ordem de prevalência:

Deslizamentos de solo e/ou rocha, de duração relativamente curta, de massas de terreno geralmente bem
geológico
definidas quanto ao seu volume.
Corridas de massa que ocorrem quando, por índices pluviométricos excepcionais, rocha/detrito, misturado
geológico
com a água, tem comportamento de líquido viscoso, de extenso raio de ação e alto poder destrutivo.
Natural

Alagamentos. Extrapolação da capacidade de escoamento de sistemas de drenagem urbana e


hidrológico consequente acúmulo de água em ruas, calçadas e outras infraestruturas urbanas, em decorrência de
preciptações intensas.
Inundações. Submersão de áreas fora dos limites normais de um curso de água. O transbordamento
hidrológico
ocorre de modo gradual, geralmente ocasionado por chuvas prolongadas.
Enxurradas. Elevação súbita das vazões de determinda drenagem e transbordamento brusco da calha
hidrológico
fluvial. Apresenta grande poder destrutivo.

18 - O Marco de Sendai foi adotado pelos representantes de 187 estados membros da Organização das Nações Unidas – ONU que se
reuniram para a 3ª Conferência Mundial para a Redução do Risco de Desastres, realizada em 2015 na cidade de Sendai, no Japão.
19 - Questionário I-Cidade, quesito 11: “O município possui ameaças potenciais mapeadas para inundações, secas, barragens de
água, áreas de ocupação clandestinas, lixões, loteamentos em situação de risco, barragens de rejeito de mineração?” Disponível em
https://www6.tce.ma.gov.br/iegm_util/ranking.zul.

25
MAGÉ

A partir do mesmo estudo, foram classificadas as áreas de risco no estado para as


estiagens e incêndios florestais, acidentes cada vez mais recorrentes no Brasil e no
mundo, apontados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC
como consequência dessas alterações.

Fonte: Defesa Civil

A estiagem produz efeitos diretos nas atividades socioeconômicas. Ao afetar as


reservas hidrológicas, prejudica a agricultura e a pecuária. A seca, por sua vez, para ser
considerada como desastre, deve interferir no sistema hidrológico de forma que altere o
sistema ecológico, econômico, social e cultural.
Os incêndios florestais relacionam-se com a intensa redução da precipitação
hídrica e ocorrem com maior frequência nos períodos de estiagem e seca. Os campos e
ambientes antropizados são os mais sujeitos a ocorrência e propagação de incêndios.
A partir do mapa acima, percebe-se que os municípios das regiões Norte e
Noroeste do estado são mais suscetíveis a estiagens, com risco severo para este tipo de
acidente. Tal observação se coaduna com a edição de 2012 dos Estudos
Socioeconômicos, que apontou o registro de situações de emergência 20 pelo mesmo
motivo no período entre 1991 e 2010.
A edição de 2015 dos Estudos, por sua vez, destacou o impacto da crise hídrica
que atingiu fortemente o estado, em especial os municípios das regiões Norte e Noroeste,
onde a falta d´água gerou prejuízos na agricultura, pesca, pecuária de corte e leiteira, em
2014.
O planejamento é um fator decisivo para antecipar os problemas e intensificar as
ações emergenciais, sobretudo em serviços essenciais à população.

20 - Atlas Brasileiro de Desastres Naturais 1991/2010. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Florianópolis.
Ceped. UFSC. 2011. In Estudos Socioeconômicos – edição 2012, capítulo especial: Mudanças do Clima e Vulnerabilidade.

26
MAGÉ

A pesquisa IEGM 21 aponta Magé no rol de 44 municípios que informaram ter


elaborado plano de contingenciamento para períodos de estiagem, com ações que incluem
o uso de frota de caminhões tanque e comunicações à população e às autoridades.

Saneamento básico
De acordo com a Política Nacional de Saneamento Básico – PNSB (Lei Federal
nº 11.445/2007), saneamento básico é um conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, além de drenagem e manejo de águas
pluviais urbanas.
O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – Snis, vinculado ao
Ministério das Cidades, apresenta anualmente um panorama do saneamento básico 22 com
base em dados coletados junto aos prestadores de serviços e órgãos gestores do
município. Em 2018, foram disponibilizados os resultados para a pesquisa referente ao ano-
base 2016.
A tabela a seguir demonstra a situação de Magé em relação à distribuição de água
tratada.

Tabela 6: Diagnóstico Água e Esgotos – Indicadores operacionais de água potável no município – 2016

Indicador Quantidade
Atendimento total de água (%) 78,43
Consumo médio per capita de água (litros/hab. dia) 160,07
Índice de perdas na distribuição (%) 22,86
Fonte: Ministério das Cidades – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – Snis

A próxima tabela traz as informações sobre o esgotamento sanitário:

Tabela 7: Diagnóstico Água e Esgotos – Serviços de esgoto no município – 2016

Indicador Quantidade
População total atendida com esgotamento sanitário (habitantes) 99.152
Extensão da rede de esgotos (km) 163
Volume de esgotos coletado (1.000 m³/ano) 4.284
Volume de esgotos tratado (1.000 m³/ano) -
Fonte: Ministério das Cidades – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – Snis

Em relação aos resíduos sólidos, os municípios fluminenses, em sua maior parte,


fazem parte de arranjos regionais 23 ou consórcios públicos, consoante a Política Nacional
de Saneamento Básico – PNSB (Lei Federal nº 11.445/2007) e a Política Nacional de

21 - Quesito 14 do questionário I-Amb, da pesquisa do IEGM: “Existem ações e medidas de contingenciamento para períodos de
estiagem? Descreva quais as ações e medidas”. Disponível em https://www6.tce.ma.gov.br/iegm_util/ranking.zul
22 - Disponível em www.sis.gov.br.
23 - Os arranjos regionais são formados por municípios que, mesmo sem estarem ainda organizados em consórcios intermunicipais,
levam seus resíduos para uma central de tratamento de resíduos ou aterro sanitário comum.

27
MAGÉ

Resíduos Sólidos – PNRS (Lei Federal nº 12.305/2010). Esses modelos preveem o


compartilhamento de serviços ou atividades de interesse comum, permitindo maximizar os
recursos humanos, infraestrutura e recursos financeiros existentes em cada um deles, de
modo a gerar economia de escala.
De acordo com o Plano Estadual de Resíduos Sólidos – Pers, Magé não
ingressou em consórcio ou arranjo devido a sua independência na operação de
sistemas de tratamento e destinação final.
Assim como faz com os indicadores do serviço de água e esgoto, o Snis divulga
anualmente o Diagnóstico Resíduos Sólidos. Magé dispõe seus resíduos em aterro
sanitário, situado em Nova Iguaçu, conforme o quadro a seguir, elaborado com base em
dados referentes a 2016:
Diagnóstico Resíduos Sólidos

Órgão gestor Secretaria de Serviços Públicos.

Não faz parte de arranjo regional ou


Compartilhamento
consórcio publico.

Unidade de processamento CTR – Nova Iguaçu.

Tipo de unidade Aterro sanitário com licença ambiental.

Quantidade total de resíduos enviada à


60.374,40 ton./ano.
unidade de processamento
Fontes: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – Snis e Plano Estadual de Resíduos Sólidos – Pers

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece a coleta seletiva nos municípios,


um instrumento importante para aumentar a vida útil dos aterros sanitários e diminuir os
gastos com limpeza urbana. Os municípios fluminenses têm baixo desempenho,
considerando o percentual da população atendida pela coleta seletiva nos municípios que
implantaram este processo. Segundo dados de 2015, dos 20 municípios analisados pelo
Legislativo estadual 24 que, à época, tinham coleta seletiva, apenas quatro conseguiram
atingir um percentual expressivo. São eles Porto Real (100%), Santo Antônio de Pádua
(85%), Itaocara (77%) e Bom Jesus de Itabapoana (46%). Os demais 16 municípios
mantinham coleta em pequena escala, atingindo menos de 15% da população.

Cobertura florestal
A floresta tem importantes funções como proteger e regular o fluxo de mananciais
hídricos, regular o clima, amenizar desastres como enchentes, secas e tempestades,
manter o ciclo hidrológico (ao absorver, filtrar e promover a qualidade da água) e prevenir
a erosão do solo, mantendo sua estrutura e estabilidade 25.

24 - Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – Alerj destinada a
investigar e apurar as causas e consequências do uso e permanência dos “lixões” (Resolução nº 04/2015). Diário Oficial do Legislativo.
28/03/2016. Pág. 18.
25 - Mata Atlântica: manual de adequação ambiental. Maura Campanili e Wigold Bertoldo Schaffer. – Brasília: Ministério do Meio
Ambiente/SBF. 2010.

28
MAGÉ

O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, elaborado pela Fundação


SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, descreve a
distribuição e monitora as alterações da cobertura vegetal, produzindo informações
atualizadas sobre os municípios. A análise revela que o Estado do Rio de Janeiro conserva
30,7% (cerca de 1,3 milhão de hectares) de sua mata atlântica original26.

No período 2015/2016, o percentual de cobertura de mata atlântica em Magé


alcançava 37,58% do território original, incluindo 12.971 hectares de mata, 808 de
mangue, 279 de restinga e 136 de vegetação de várzea 27. Não foi registrado
desmatamento neste ciclo, como demonstra o gráfico a seguir.

Gráfico 6: Desmatamento do território municipal, em hectares, entre os anos 2005 e 2016

26 - https://www.sosma.org.br/102355/levantamento-inedito-mata-atlantica-rio/.
27 - http://aquitemmata.org.br/#/. Acesso em julho de 2018.

29
MAGÉ

Zoneamento ecológico-econômico
Está previsto, na Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal nº 6.938/81), o
zoneamento ecológico-econômico – ZEE como instrumento de planejamento do uso
econômico das terras. Visa a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do
solo, a conservação da biodiversidade, bem como garantir o desenvolvimento sustentável
e a melhoria das condições de vida da população.
Os critérios para sua elaboração foram disciplinados pela legislação federal28 e
estadual29. No âmbito do Estado do Rio de Janeiro, o ZEE proposto estabelece áreas de
serviços ambientais, dos habitats de fauna e dos bancos genéticos de flora
remanescentes, além da recuperação da capacidade ambiental. Com esse objetivo, o
território do estado foi dividido em quatro categorias principais: áreas de produção; de
suporte ambiental; institucionais; e águas costeiras, conforme as definições apresentadas
no quadro a seguir.

O mapa a seguir apresenta a distribuição destas zonas, obedecendo ao código de


cores segundo a categoria definida pelo ZEE-RJ.

28 - Decreto Federal nº 4.297/2002: Definição e critérios do ZEE Brasil.


29 - Lei Estadual nº 5067/2007: Elaboração do ZEE-RJ. Decreto 41099/2007 e 44.719/2014 (institui a CZEE-RJ).

30
MAGÉ

Fonte: http://www.zee-rj.com.br/Produto

ICMS ecológico
Por força constitucional, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços –
ICMS é dividido na proporção de 75% para o estado e 25% para os municípios onde foi
gerado. A Constituição estabelece ainda que o estado pode legislar sobre a distribuição
de até um quarto destes 25%, criando, por exemplo, critérios ambientais como os que
fundamentam a distribuição do ICMS verde, também chamado de ICMS ecológico.
No Estado do Rio de Janeiro, o ICMS ecológico existe desde 2009 30. Estão
habilitados ao recebimento deste recurso os municípios que implantaram um sistema
municipal de meio ambiente composto, no mínimo, por Conselho Municipal do Meio
Ambiente, Fundo Municipal do Meio Ambiente, órgão administrativo executor da política
ambiental municipal e guarda municipal ambiental. Foram adotados os seguintes
parâmetros para distribuição: 45% vinculados à existência e ao grau de implementação de
áreas protegidas, 30% alocados com base na qualidade ambiental dos recursos hídricos e
25% associados à disposição final adequada de resíduos sólidos.
O gráfico a seguir evidencia as parcelas que integram o Índice Final de
Conservação Ambiental – IFCA, base para o cálculo de distribuição do ICMS ecológico.
São seis os subíndices que compõem o IFCA: relativo a tratamento de esgoto (IrTE), à
destinação final de resíduos sólidos urbanos (IrDL), à remediação de vazadouros (IrRV),
aos mananciais de abastecimento (IrMA), bem como à existência e efetiva implantação
de áreas protegidas (IrAP), com um percentual específico destinado às áreas criadas
pelos municípios (IrAPM).

30 - Instituído pela Lei Estadual nº 5.100, de 4/10/2007, e regulamentado pelos Decretos nº 41.844 (4/05/2009), 43.284 (10/11/2011),
43.700 (31/07/2012) e 44.252 (17/06/2013).

31
MAGÉ

Gráfico 7: Estimativa de repasse (em reais) do ICMS ecológico ao município – 2012-2017

Fonte: Secretaria de Estado do Ambiente

32
MAGÉ

IV - INDICADORES SOCIAIS

Índice de Desenvolvimento Humano


O IDH foi criado pelas Nações Unidas para medir o desenvolvimento dos países a
partir de três indicadores: educação, longevidade e renda. O primeiro é uma combinação
da média dos anos de estudo da população adulta com os anos de estudo esperados da
população jovem, o segundo é medido pela expectativa de vida da população ao nascer e
o terceiro é dado pela renda média nacional per capita medida em dólar-PPC (paridade
do poder de compra).
O índice varia de zero a um e classifica os resultados em cinco faixas de
desenvolvimento: muito baixo (de 0,000 a 0,499), baixo (de 0,500 a 0,599), médio (de
0,600 a 0,699), alto (de 0,700 a 0,799) e muito alto (de 0,800 a 1,000). Portanto, quanto
mais próximo de um, maior é o desenvolvimento humano apurado.
Com IDH de 0,759 31, o Brasil permanece há três anos no 79º lugar do ranking,
entre 189 países e territórios reconhecidos pela ONU. Na América do Sul, Chile,
Argentina, Uruguai e Venezuela aparecem na frente.

Tabela 8: Índice de Desenvolvimento Humano e seus componentes – América do Sul

Expectativa de vida ao Anos esperados de Média de anos na RNB per capita


Ranking País IDH
nascer escolaridade escola PPC
muito alto desenvolvimento humano
44 Chile 0,843 79,7 16,4 10,3 21.910
47 Argentina 0,825 76,7 17,4 9,9 18.461
55 Uruguai 0,804 77,6 15,9 8,7 19.930
alto desenvolvimento humano
78 Venezuela 0,761 74,7 14,3 10,3 10.672
79 Brasil 0,759 75,7 15,4 7,8 13.775
86 Equador 0,752 76,6 14,7 8,7 10.347
89 Peru 0,750 75,2 13,8 9,2 11.789
90 Colômbia 0,747 74,6 14,4 8,3 12.938
100 Suriname 0,720 71,5 12,7 8,5 13.306
110 Paraguai 0,702 73,2 12,7 8,4 8.380
médio desenvolvimento humano
118 Bolívia 0,693 69,5 14,0 8,9 6.714
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – Pnud

Entre 1990 e 2017, o Brasil avançou da faixa de médio desenvolvimento humano


para a de alto desenvolvimento, partindo de 0,611. A média de crescimento anual do IDH
brasileiro foi de 0,81% no período, como consta na tabela a seguir.

31 - Human Development Indices and Indicators, 2018 Statistical Update, publicado em setembro de 2018 pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento, disponível em http://hdr.undp.org/sites/default/files/2018_human_development_statistical_update.pdf.

33
MAGÉ

Tabela 9: Tendências do IDH do Brasil – 1990-2017

Índice de Desenvolvimento Humano Crescimento anual médio do IDH (%)


1990 2000 2010 2012 2014 2015 2016 2017 1990-2000 2000-2010 2010-2017 1990-2017
0,611 0,684 0,727 0,736 0,752 0,757 0,758 0,759 1,14 0,60 0,63 0,81
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – Pnud

A ONU também avaliou o Índice de Desenvolvimento Humano dos países ajustado


pela desigualdade. Se for tomado este critério, o Brasil apresentaria um IDH de valor
0,578 e despencaria 17 posições no ranking global.

IDHM
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM é calculado pelo Pnud,
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea e pela Fundação João Pinheiro (de
Minas Gerais) com uma série de ajustes para se adaptar à realidade brasileira. O
resultado divulgado em 2013, baseado nas informações do Censo 2010, está publicado
no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 (http://atlasbrasil.org.br/2013/). Para
possibilitar a comparação com os resultados do IDHM de 1991 e 2000, estes foram
recalculados conforme as adaptações metodológicas introduzidas na versão atual.
Magé está situado na faixa de desenvolvimento humano alto. Como mostra o
gráfico a seguir, o IDHM passou de 0,580, em 1991, para 0,771, em 2010. Isso implica um
crescimento de 32,93%. A dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi
educação (mais 0,315), seguida por renda e por longevidade.

Gráfico 8: IDHM – Município – 1991-2000-2010

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – Pnud

Ranking
Magé ocupa a 1.638ª posição em relação a 5.565 municípios do Brasil. Em relação
aos outros municípios do Rio de Janeiro, está na 51ª posição.

34
MAGÉ

Tabela 10: Ranking do IDHM – Municípios do Estado do Rio de Janeiro


1º - Niterói 0,837 23º - Natividade 0,730 47º - São Pedro da Aldeia 0,712 70º - Areal 0,684
2º - Rio de Janeiro 0,799 23º - Itaperuna 0,730 47º - Conc. de Macabu 0,712 70º - Belford Roxo 0,684
3º - Rio das Ostras 0,773 26º - Barra Mansa 0,729 49º - Duque de Caxias 0,711 72º - Rio Claro 0,683
4º - Volta Redonda 0,771 26º - Cordeiro 0,729 50º - Rio Bonito 0,710 73º - Rio das Flores 0,680
5º - Resende 0,768 28º - Armação dos Búzios 0,728 51º - Saquarema 0,709 73º - Queimados 0,680
6º - Maricá 0,765 29º - Casimiro de Abreu 0,726 51º - Cantagalo 0,709 75º - Sapucaia 0,675
7º - Macaé 0,764 30º - Três Rios 0,725 51º - Magé 0,709 76 - Paty do Alferes 0,671
8º - Iguaba Grande 0,761 31º - Angra dos Reis 0,724 54º - Piraí 0,708 76º - São João da Barra 0,671
9º - Mangaratiba 0,753 32º - Engo. Paulo de Frontin 0,722 55º - Quissamã 0,704 78º - Laje do Muriaé 0,668
9º - Nilópolis 0,753 33º - Paracambi 0,720 56º - Macuco 0,703 78º - Santa M. Madalena 0,668
11º - Petrópolis 0,745 34º - São João de Meriti 0,719 57º - Paraíba do Sul 0,702 80º - Trajano de Moraes 0,667
11º - Nova Friburgo 0,745 35º - Santo Ant. de Pádua 0,718 58º - Cachoeiras de Macacu 0,700 81º - Bom Jardim 0,660
11º - Miguel Pereira 0,745 35º - Araruama 0,718 59º - Guapimirim 0,698 81º - São J. V. R. Preto 0,660
14º - São Gonçalo 0,739 37º - Campos dos Goytacazes 0,716 60º - Porciúncula 0,697 83º - Duas Barras 0,659
15º - Valença 0,738 38º - Itaguaí 0,715 61º - Carmo 0,696 83º - Japeri 0,659
16º - Mesquita 0,737 38º - Pinheiral 0,715 62º - Itaboraí 0,693 83º - Varre-Sai 0,659
16º - Itatiaia 0,737 40º - Vassouras 0,714 62º - Paraty 0,693 86º - Tanguá 0,654
18º - Mendes 0,736 41º - Porto Real 0,713 64º - Aperibé 0,602 86º - Silva Jardim 0,654
19º - Cabo Frio 0,735 41º - Miracema 0,713 65º - Cambuci 0,691 88º - São José de Ubá 0,652
20º - Barra do Piraí 0,733 41º - Nova Iguaçu 0,713 65º - São Fidélis 0,691 89º - Cardoso Moreira 0,648
20º - Arraial do Cabo 0,733 41º - Carapebus 0,713 67º - Quatis 0,690 90º - São Seb. do Alto 0,646
22º - Bom J. do Itabapoana 0,732 41º - Itaocara 0,713 68º - Italva 0,688 91º - São F. Itabapoana 0,639
23º - Teresópolis 0,730 41º - Seropédica 0,713 69º - Com.Levy Gasparian 0,685 92º - Sumidouro 0,611

IDHM muito alto alto médio

Educação
Os principais indicadores da área educacional serão analisados nas páginas a
seguir.

Metas do Plano Nacional de Educação


O Plano Nacional de Educação – PNE, aprovado pela Lei n° 13.005, define 10
diretrizes que devem guiar a educação brasileira e estabelece 20 metas a serem
cumpridas no prazo de sua vigência, conforme publicado na edição 2014 dos Estudos
Socioeconômicos. Segundo a lei, a cada dois anos, o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep, ligado ao Ministério da Educação, deve
publicar estudos para aferir a evolução no cumprimento dessas metas.
Em 2018, o Inep divulgou o relatório referente ao 2° ciclo de monitoramento. Segue
um resumo das principais conclusões.
Meta 1 – O Brasil apesenta progressos em relação à cobertura da educação infantil
para crianças de 0 a 3 anos e de 4 a 5 anos de idade. O quadro observado sugere a
necessidade de políticas para estimular os municípios a atenderem com prioridade, em
creche, as crianças do grupo de renda mais baixa. A meta de universalização da pré-
escola para o ano de 2016 não foi alcançada, porém, para a população de 4 a 5 anos, a
análise sugere que poderá ser atingida entre 2018 e 2020.
Meta 2 – Para concretizar o desafio da universalização do ensino fundamental de
nove anos até 2024, a taxa de concluintes na idade recomendada deve alcançar um
índice próximo de 95%. O ritmo atual de crescimento do percentual da população de 16

35
MAGÉ

anos com pelo menos o ensino fundamental concluído está aquém do que seria
necessário. Cabe à política educacional focar nas causas do baixo progresso e buscar
alternativas para gerar avanços mais robustos.
Meta 3 – O atendimento da população escolar de 15 a 17 anos chegou a 91,3% em
2017. Não obstante, a meta de universalização até 2016 não foi alcançada. O desafio
para a universalização recai sobre a evasão escolar. Muitos adolescentes que estão fora
da escola e não concluíram o ensino médio foram matriculados no início de sua trajetória
escolar na idade adequada, mas sofreram percalços nessa trajetória que os impediram de
permanecer até a conclusão. As desigualdades regionais, de sexo, local de residência,
cor/raça e renda são acentuadas no indicador de matrícula líquida ajustada, refletindo as
diferenças de oportunidade de sucesso na trajetória escolar. As atenções dos gestores
públicos devem se voltar para os grupos e as regiões em desvantagem.
Meta 4 – O país ainda está distante da meta de universalizar o acesso à educação
básica para crianças e adolescentes com deficiência. O percentual de alunos que
constituem o público-alvo da educação especial em classes comuns aumentou
consideravelmente no período de 2009 a 2017.
Meta 5 – Para o monitoramento da meta de garantir a alfabetização de todos os
alunos, no máximo, até o final do 3° ano do ensino fundamental, são considerados os
resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), que incide sobre a proficiência
em leitura, escrita e matemática. De forma geral, os resultados observados para 2014 e
2016 mostraram certa estagnação no desempenho dos alunos. Com relação à
dependência administrativa, os menores resultados foram observados na rede municipal,
que é a principal responsável pela alfabetização de crianças.
Meta 6 – A queda no percentual de alunos e de escolas de educação em tempo
integral (ETI) ocorrida em 2016 afetou principalmente as redes municipais e o ensino
fundamental. Está longe de ser atingida, até 2024 a meta de oferecer ETI em, no
mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da
educação básica.
Meta 7 – O Ideb dos anos iniciais do Ensino Fundamental no Brasil superou as
metas no período de 2007 a 2015. Nos anos finais, o Ideb apresenta uma trajetória
crescente, mas sem atingir as metas a partir de 2013. No Ensino Médio, o índice aponta
estagnação desde 2011. O Inep destaca a promulgação da Base Nacional Curricular
Comum e a necessidade premente de se definir o nível “suficiente” em relação aos
direitos e objetivos de aprendizagem de cada ano de estudo.
Meta 8 – No período observado, ocorreu uma diminuição das desigualdades
educacionais entre os grupos prioritários. Todavia, existem diferenças no ritmo de
crescimento da escolaridade média que podem resultar no alcance de alguns objetivos
específicos, mas não de outros, sobretudo os relativos aos residentes no campo e aos
25% mais pobres.
Meta 9 – Em 2017, a taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de
idade do país foi de 93,0%, estando 0,5 ponto percentual abaixo da meta estabelecida
para o 2015 e 7,0 pontos percentuais abaixo da proposta para 2024. Persistem diferenças
significativas nas taxas de analfabetismo absoluto e funcional entre regiões, campo e
cidade, negros e brancos, ricos e pobres.

36
MAGÉ

Meta 10 – Estabelece que, no mínimo, 25% das matrículas da educação de jovens


e adultos (EJA) sejam ofertadas de forma integrada à educação profissional tecnológica
(EPT). O percentual dessas matrículas em 2017 era de 1,5%, distanciando-se muito da
meta para 2024. Nas grandes regiões do país, desde 2015, há uma tendência de queda
da oferta, que é menor no Sudeste (0,4%).
Meta 11 – Cerca de 430 mil novas matrículas em educação profissional tecnológica
precisariam ser criadas a cada ano para o alcance da meta de triplicação no período de
2014 a 2024. Analisando-se a expansão da oferta de 2010 a 2017, nota-se que a rede
federal manteve uma trajetória de crescimento, registrando um aumento no número de
matrículas de 93,8% e atingindo quase 20% na participação da oferta de EPT de nível
médio, em 2017. A rede privada e as redes estaduais mantiveram forte participação
(cerca de 40%), enquanto as redes municipais apresentaram participação decrescente.
Meta 12 – A taxa bruta de matrícula (TBM) na educação superior registrou 34,6%
em 2017, sendo necessário em crescimento de 15,4 pontos percentuais para alcance da
meta de 50% em 2024. A taxa líquida de escolarização (TLE) na educação superior
atingiu em 2016 seu valor mais elevado (23,8%), mas caiu em 2017 (23,2%). A meta para
a TLE é de 33% em 2024. A oferta pública cresceu substancialmente apenas na
modalidade presencial e na rede federal, pois as redes estaduais e municipais, em
conjunto, têm reduzido seus números de estudantes matriculados nas duas modalidades
de ensino.
Meta 13 – O objetivo de ampliar o percentual de mestres ou doutores no corpo
docente da educação superior nacionalmente para 75% foi atingido desde 2015, enquanto
o de ter no mínimo 35% de doutores foi atingido desde 2014.
Meta 14 – Em 2016, o país encontrava-se na iminência de atingir a meta de 60 mil
títulos de mestrado concedidos por ano. Ainda são necessários cerca de 4,5 mil títulos
adicionais para que seja atingida a meta de 25 mil doutores formados anualmente,
considerando os valores de 2016.
Meta 15 – O percentual de docências ministradas por professores com formação
superior adequada à área de conhecimento que lecionam chegou, em 2016, a 46,6% para
educação infantil, 59,0% para os anos iniciais do ensino fundamental, 50,9% para os anos
finais e 60,4% para o ensino médio. A despeito desse crescimento, ainda está distante da
meta de 100% das docências da educação básica em todo o país.
Meta 16 – O percentual de professores com titulação de pós-graduação aumentou
de 2010 a 2017 (de 24,5% para 36,2%). Não obstante, se for mantido esse ritmo de
crescimento, não será possível atingir a meta de 50% em 2024. De forma semelhante, o
percentual de professores da educação básica que realizaram cursos de formação
continuada aumentou de 2012 a 2017, de 29,4% para 35,1%. Entretanto, são previstas
dificuldades para alcançar a meta de 100%.
Meta 17 – Os resultados do indicador que prevê equiparar, até 2020, o rendimento
médio dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica ao dos
demais profissionais com escolaridade equivalente aumentaram de 65,2%, em 2012, para
74,8%, em 2017. Constata-se que esse comportamento do indicador deve-se, em grande
parte, ao decréscimo do rendimento bruto médio mensal dos demais profissionais, que
correspondeu a uma perda real de -11,1% do seu poder de compra efetivo.

37
MAGÉ

Meta 18 – Pesquisas do IBGE, de 2014, e do Inep, de 2017, indicam que 100% dos
estados e o Distrito Federal possuem plano de carreira e remuneração dos profissionais
do magistério. Segundo o Inep, entre os estados e o Distrito Federal, 81,5% possuem
legislação prevendo o limite máximo de dois terços da carga horária para atividades de
interação com os educandos, 77,8% cumprem o piso salarial nacional profissional e
66,7% atendem simultaneamente aos três quesitos da Meta 18. Segundo dados da Munic
2014, do IBGE, 89,2% dos municípios possuem plano de carreira e remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica.
Meta 19 – Realizam eleições e estabelecem critérios de mérito e desempenho na
escolha dos diretores das escolas municipais 6% dos municípios. Realizam eleições como
uma das etapas de seleção de diretores das redes municipais 16,6% dos municípios. Há
indicação de diretores das escolas públicas das redes municipais em 74% dos municípios.
A eleição como a forma de seleção de gestores das escolas municipais apresenta os
maiores percentuais de frequência entre municípios com mais de 100 mil habitantes.
Meta 20 – Prevê gasto público em educação pública de 7,0% do PIB até 2019 e
10% do PIB até 2024. Em 2015, o gasto público em educação pública foi de 5,0% do PIB,
enquanto o gasto público em educação foi de 5,5%.

Remuneração dos professores


A partir do pareamento das bases de dados do Censo Escolar com a Relação
Anual de Informações Sociais – Rais, do Ministério do Trabalho e da Previdência Social, o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep, ligado ao
Ministério da Educação, divulgou em junho de 2017 um estudo pioneiro 32 sobre a
remuneração média dos docentes em exercício na educação básica brasileira.
Para chegar à remuneração média, a jornada de trabalho foi padronizada. O
levantamento revela que a maior remuneração é dos professores da rede federal de
ensino, que atuam, prioritariamente, no Ensino Médio. A rede municipal, 45 vezes maior
que a federal, paga menos da metade. E a rede privada tem os salários mais baixos. O
resultado está expresso na tabela a seguir.

Tabela 11: Remuneração média ponderada por carga horária padronizada – Brasil – 2014

Média padronizada Média de horas


Rede de ensino Número de docentes
40 horas semanais semanais do contrato
Federal 23.921 R$ 7.767,94 39,3
Estadual 717.144 R$ 3.476,42 31,1
Municipal 1.065.630 R$ 3.116,35 30,6
Público (total) 1.806.695 R$ 3.335,06 30,9
Privada 377.700 R$ 2.599,33 30,2
Fonte: Inep/MEC

Os dados revelam disparidades regionais e inter-regionais na remuneração de


professores. Há casos de estados em que os professores fazem 20 horas semanais e,

32 - http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/metodologia-inedita-do-inep-abre-debate-sobre-
remuneracao-media-de-professor-da-educacao-basica/21206.

38
MAGÉ

mesmo assim, têm remuneração maior que professores com carga de 40 horas semanais,
apesar de o MEC determinar um piso nacional.
Com relação ao Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Educação – Seeduc
solicitou a exclusão do resultado da rede estadual, informando que houve um equívoco na
informação da carga horária contratual na Rais, gerando uma informação não
correspondente com a realidade.
Além da rede estadual, na pesquisa do Inep não há dados sobre Mendes, Paraty e
Rio Bonito. Quatro municípios fluminenses figuram entre os 10 maiores valores de
remuneração média no país.
Tabela 12: Remuneração média ponderada por carga horária padronizada – 10 maiores resultados – Municípios do Brasil – 2014

Remuneração
Número Carga
Número de % média
de Remuneração horária
localizados localizados padronizada para
docentes bruta em R$ média
na Rais na Rais 40 horas
no censo semanal
semanais em R$
Porto Alegre - RS 2.601 2.543 97,8 5.531,83 10.947,15 20,2
Breu Branco - PA 457 436 95,4 2.575,48 9.932,12 10,4
Paulínia - SP 1.016 1.014 99,8 6.494,57 9.288,97 28,0
Valinhos - SP 451 434 96,2 4.603,02 9.166,80 20,1
Teresópolis - RJ 900 892 99,1 3.646,02 8.701,47 16,8
Angra dos Reis - RJ 862 853 99,0 4.353,64 8.273,17 21,0
Serranópolis de Minas - MG 45 44 97,8 6.044,75 8.127,78 29,7
Macaé - RJ 2.543 2.360 92,8 4.070,54 7.952,59 20,5
Rio das Ostras - RJ 990 986 99,6 3.178,33 7.841,37 16,2
Guarujá - SP 1.272 1.217 95,7 4.926,02 7.622,95 25,8

O resultado de Magé segue na tabela.

Tabela 13: Remuneração média ponderada por carga horária padronizada – Município – 2014

Remuneração
Número Carga
Número de % média
de Remuneração horária
localizados localizados padronizada
docentes bruta em R$ média
na Rais na Rais para 40 horas
no censo semanal
semanais em R$
Magé 1.731 1.573 90,87 2.041,33 4.016,21 20,3

Programme for International Student Assessment – Pisa


A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE vem
buscando melhorar os indicadores internacionais de desempenho educacional. Para
tanto, uma de suas iniciativas é o Pisa: uma avaliação internacional padronizada para
estudantes de 15 anos de idade que vem sendo realizada a cada três anos, começando
em 2000 e repetindo-se até 2015. Os testes medem o desempenho dos alunos nas áreas
de leitura, matemática e ciências.
A edição de 2015 do Pisa, cujos resultados foram divulgados no final de 2016 33,
reuniu 72 participantes, incluindo algumas economias que não podem ser consideradas

33 - http://portal.inep.gov.br/pisa.

39
MAGÉ

países, como Hong Kong, Macau, Shangai e Taiwan. No mapa a seguir, os países da
OCDE estão representados em cinza e os demais parceiros em azul.

A cada edição, uma das três áreas do conhecimento recebe enfoque especial, mas
as outras duas também são incluídas entre as questões aplicadas. O Pisa 2015 teve foco
em ciências. Novas áreas do conhecimento foram testadas: competência financeira e
resolução colaborativa de problemas. A avaliação envolveu 23.141 estudantes nascidos em
1999, matriculados a partir do 7º ano do Ensino Fundamental, distribuídos em 965 escolas
de todos os estados. O desempenho do Brasil está evidenciado na tabela a seguir:
Tabela 14: Evolução do Brasil no Pisa

2000 2003 2006 2009 2012 2015


Leitura 396 403 393 412 407 407
Matemática 356 370 386 389 377
Ciências 390 405 402 401
Fonte: OCDE e Inep/MEC

Em 2015, como recomendado pela OCDE, os resultados de cada disciplina foram


considerados válidos a partir da primeira edição em que a mesma foi o domínio principal
na avaliação. Leitura foi o foco em 2000, matemática em 2003 e Ciências em 2006. Para
que os ciclos sejam comparáveis, foram incluídos os resultados das escolas rurais
brasileiras no Pisa 2012.
Os resultados mostram que o desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da
média dos alunos em países da OCDE em ciências (401 pontos, comparados à média de
493 pontos), em leitura (407 pontos, comparados à média de 493 points) e em
matemática (377 pontos, comparados à média de 490 pontos).
A média do Brasil na área de ciências se manteve estável desde 2006 (uma
elevação aproximada de 10 pontos que não representa uma mudança estatisticamente
significativa), semelhante à evolução histórica observada entre os países da OCDE: um
leve declínio na média de 498 pontos em 2006 para 493 pontos em 2015.
Na área de leitura, a média do Brasil também se manteve estável desde o ano
2000. Embora tenha havido uma elevação de 396 pontos em 2000 para 407 pontos em
2015, esta diferença não representa uma mudança estatisticamente significativa. Na área

40
MAGÉ

de matemática, houve um aumento significativo de 21 pontos na média dos alunos entre


2003 a 2015. Ao mesmo tempo, houve um declínio de 11 pontos comparando-se a média
de 2012 à de 2015.
O gasto acumulado por aluno entre 6 e 15 anos de idade no Brasil (US$ 38.190)
equivale a 42% da média do gasto por aluno em países da OCDE (US$ 90.294). Esta
proporção correspondia a 32% em 2012. Aumentos no investimento em educação
precisam agora ser convertidos em melhores resultados na aprendizagem dos alunos.
Outros países, como a Colômbia, o México e o Uruguai, obtiveram resultados melhores
em 2015 em comparação ao Brasil muito embora tenham um custo médio por aluno
inferior. O Chile, com um gasto por aluno semelhante ao do Brasil (US$ 40.607), também
obteve uma pontuação melhor (477 pontos) em ciências.
No Brasil, 71% dos jovens na faixa de 15 anos de idade estão matriculados na
escola a partir da 7ª série, o que corresponde a um acréscimo de 15 pontos percentuais em
relação a 2003, uma ampliação notável de escolarização. O fato de o Brasil ter expandido o
acesso escolar a novas parcelas da população de jovens sem declínio no desempenho
médio dos alunos é um desenvolvimento bastante positivo, na avaliação da OCDE.

Exame Nacional do Ensino Médio – Enem


O Enem foi criado em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho dos
estudantes ao fim da escolaridade básica. Destina-se aos alunos que estão concluindo
(concluintes) ou que já concluíram o Ensino Médio em anos anteriores (egressos). Ao
longo do tempo, o resultado do exame passou a ser utilizado como critério de seleção
para o ingresso no Ensino Superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.
A nota do Enem é usada pelo Sistema de Seleção Unificada – Sisu, que oferece vagas
em instituições públicas, e pelo programa Universidade para Todos – Prouni, que
permite a estudantes de baixa renda obter bolsas de estudos integrais e parciais em
instituições particulares. Também é requisito para receber o benefício do Fundo de
Financiamento Estudantil – Fies ou buscar uma vaga nos cursos gratuitos do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec. A partir de 2017, o Enem
deixou de certificar a conclusão do Ensino Médio, o que voltou a ser feito pelo Exame
Nacional de Certificação de Jovens e Adultos – Encceja.

Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb


Há vários anos, o Inep não mais divulga a nota global do Enem por município ou
por rede. Também não se pode mais conhecer os resultados de cada escola
individualmente, o que era feito, até a edição de 2015, acessando-se o portal dedicado
àquele exame.
O Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb, na avaliação do Inep, tem
instrumentos mais adequados para a aferição da qualidade ofertada nos sistemas de
educação e nas escolas brasileiras. Para assumir a função do extinto Enem por Escola, o
Saeb passou por aprimoramentos em 2017, com ampliação do público-alvo da avaliação,
incluindo entre as instituições avaliadas todas as que são completamente mantidas pelo
poder público e, por adesão, as que são mantidas por entidades privadas. Esse

41
MAGÉ

aprimoramento permitirá, conforme o Inep, que as escolas de Ensino Médio tenham


acesso a informações adequadas para avaliação da qualidade da educação ofertada.
Instituído em 1990, o Saeb 34 é composto por um conjunto de avaliações externas
em larga escala e tem como principal objetivo realizar um diagnóstico da educação básica
brasileira e de alguns fatores que possam interferir no desempenho do estudante,
fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino ofertado.
Em 2005, o Saeb foi reestruturado e passou a ser composto por duas avaliações:
a Avaliação Nacional da Educação Básica – Aneb e a Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar – Anresc (Prova Brasil). Em 2013, a Avaliação Nacional da Alfabetização –
ANA foi incorporada ao Saeb para melhor aferir os níveis de alfabetização e letramento
em Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática.
De acordo com o relatório publicado pelo Inep, referente ao período de 2005 a
35
2015 , os resultados de desempenho nos testes da Aneb e Anresc são expressos por
números na escala de proficiência, que variam de 0 a 500 pontos, com média de 250 e
desvio-padrão de 50. Em cada ciclo da avaliação, o conjunto de itens aplicados nos testes
de desempenho é posicionado na escala de proficiência com base nos parâmetros
calculados por intermédio da Teoria da Resposta ao Item (TRI). A ordenação dos itens na
escala é feita com base no valor do parâmetro de dificuldade observada. Quanto maior o
valor desse parâmetro, mais difícil considera-se o item.
Os testes de Língua Portuguesa têm como foco a leitura e seu objetivo é verificar
se os alunos são capazes de apreender o texto como construção de conhecimento em
diferentes níveis de compreensão, análise e interpretação. A alternativa por esse foco
parte da proposição de que ser competente no uso da língua significa saber interagir,
por meio de textos, nas mais diferentes situações de comunicação. É uma atividade
complexa, que exige do leitor demonstrar habilidades, como reconhecer, identificar,
agrupar, associar, relacionar, generalizar, abstrair, comparar, deduzir, inferir,
hierarquizar.
O conhecimento de Matemática é demonstrado por meio da resolução de
problemas. São consideradas capacidades, como observação, estabelecimento de
relações, comunicação (diferentes linguagens), argumentação e validação de
processos, estimulando formas de raciocínio, como intuição, indução, dedução e
estimativa.
A tabela a seguir mostra o desempenho dos alunos das redes estadual e municipal
de Magé na edição de 2017 do Saeb, com resultados divulgados em 2018.

Tabela 15: Médias de proficiência do Saeb – Município – 2017

Anos iniciais - 5º ano Anos finais - 9º ano


Dependência administrativa
Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa Matemática
Estadual Não avaliada Não avaliada 251,43 248,47
Municipal 195,30 200,13 234,98 232,44

34 - http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb.
35 - http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/livro_saeb_2005_2015_completo.pdf. Relatório Saeb 2005-2015:
panorama da década.

42
MAGÉ

Os gráficos a seguir revelam a distribuição percentual dos alunos das redes


estadual e municipal, por nível de proficiência, começando pelo 5º ano fundamental da
rede municipal.

Gráfico 9: Nível de proficiência em Língua Portuguesa – Anos iniciais (5º Ano) – Rede municipal – 2017

Fonte: Saeb

Gráfico 10: Nível de proficiência em Matemática – Anos iniciais (5º Ano) – Rede municipal – 2017

Fonte: Saeb

43
MAGÉ

Os próximos gráficos referem-se ao resultado obtido pelos alunos no 9º ano da


rede estadual no município.

Gráfico 11: Nível de proficiência em Língua Portuguesa – Anos finais (9º Ano) – Rede estadual – 2017

Fonte: Saeb

Gráfico 12: Nível de proficiência em Matemática – Anos finais (9º Ano) – Rede estadual – 2017

Fonte: Saeb

44
MAGÉ

Por fim, os gráficos a seguir apresentam o resultado obtido pelos alunos no 9º ano
da rede municipal.

Gráfico 13: Nível de proficiência em Língua Portuguesa – Anos finais (9º Ano) – Rede municipal – 2017

Fonte: Saeb

Gráfico 14: Nível de proficiência em Matemática – Anos finais (9º Ano) – Rede municipal – 2017

Fonte: Saeb

45
MAGÉ

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb


Há longa data o MEC implementou sistemas de avaliação de desempenho
educacional. Em 2007, apresentou o primeiro Ideb, relativo a 2005. Ele é um indicador
sintético de qualidade educacional que combina dois indicadores usualmente utilizados
para monitorar nosso sistema de ensino: desempenho em exames padronizados e
rendimento escolar (taxa média de aprovação dos estudantes na etapa de ensino). O
indicador final é a pontuação no exame padronizado (SAEB) ajustada pelo tempo médio,
em anos, para conclusão de uma série naquela etapa de ensino. A proficiência média é
padronizada para o Ideb estar entre zero e dez.
Há metas de desempenho em cada dependência administrativa, com desafios
para todas as redes de ensino. No caso do Estado do Rio de Janeiro, o Ideb da rede
estadual dos anos iniciais do Ensino Fundamental – EF deve passar dos 3,8 de 2005
para 6,0 em 2021 36; de 2,9 para 4,9 nos anos finais; e de 2,8 para 4,6 no Ensino Médio
– EM. Os resultados do Ideb 2005 serviram como referência para as metas futuras. A
última avaliação foi realizada em 2017 e seus resultados divulgados em 2018. De
acordo com o Inep, o quadro que se observa é o seguinte:

Tabela 16: Notas médias do Ideb – RJ – 2005 a 2017

Anos Iniciais do EF Anos Finais do EF Ensino Médio


IDEB
global 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
RJ
4,3 4,4 4,7 5,1 5,2 5,5 5,8 3,6 3,8 3,8 4,2 4,3 4,4 4,7 3,3 3,2 3,3 3,7 4,0 4,0 3,9
Meta
global - 4,4 4,7 5,1 5,4 5,6 5,9 - 3,6 3,8 4,1 4,5 4,9 5,1 - 3,3 3,4 3,6 3,8 4,2 4,6
RJ

Nota-se que mais uma vez as metas globais para o conjunto das escolas do estado
não foram atingidas em 2017. No caso do Ensino Fundamental, apesar de não cumprir a
meta, houve evolução do índice em comparação com 2015, tanto nos anos iniciais quanto
nos anos finais. No Ensino Médio, a nota foi inferior às de 2013 e 2015.
Nacionalmente, as metas, em geral, são mais ambiciosas do que aquelas
estabelecidas para as escolas fluminenses, como demonstram as tabelas que se
seguem:

Tabela 17: Notas médias do Ideb – rede estadual RJ – 2005 a 2017

IDEB da Anos Iniciais do EF Anos Finais do EF Ensino Médio


rede 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
estadual
RJ 3,7 3,8 4,0 4,3 4,7 5,1 4,8 2,9 2,9 3,1 3,2 3,6 3,7 3,7 2,8 2,8 2,8 3,2 3,6 3,6 3,3

Meta RJ - 3,8 4,1 4,5 4,8 5,1 5,4 - 2,9 3,1 3,3 3,7 4,1 4,4 - 2,8 2,9 3,1 3,3 3,7 4,1
Meta
- 4,0 4,3 4,7 5,0 5,3 5,6 - 3,3 3,5 3,8 4,2 4,5 4,8 - 3,1 3,2 3,3 3,6 3,9 4,4
BR

36 - O índice 6,00 no Ideb representa o desempenho médio dos países da OCDE.

46
MAGÉ

Tabela 18: Notas médias do Ideb – rede privada RJ – 2005 a 2017

IDEB da Anos Iniciais do EF Anos Finais do EF Ensino Médio


rede 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
privada
RJ 5,7 5,9 5,9 6,3 6,1 6,3 6,9 5,5 5,5 5,7 5,7 5,5 5,6 6,2 5,1 5,4 5,7 5,5 4,8 5,0 5,6

Meta RJ - 5,8 6,1 6,4 6,6 6,8 7,0 - 5,5 5,6 5,9 6,2 6,5 6,7 - 5,2 5,2 5,4 5,6 6,0 6,3
Meta
- 6,0 6,3 6,6 6,8 7,0 7,2 - 5,8 6,0 6,2 6,5 6,8 7,0 - 5,6 5,7 5,8 6,0 6,3 6,7
BR

Em 2017, a rede estadual fluminense não logrou avanço em nenhum segmento,


afastando-se das metas estaduais, bem como nacionais, em todos eles.
O exame das tabelas revela que o déficit de desempenho tradicionalmente atribuído
às escolas públicas vem atingindo as escolas particulares do estado. Apesar de, na
comparação com 2015, avanços terem sido observados em todas as etapas (anos iniciais e
finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio), em nenhum caso a meta RJ foi alcançada.
O índice que mais se aproximou da meta em 2017 foi relativo aos anos iniciais do Ensino
Fundamental. No Ensino Médio, o índice obtido em 2017 é inferior ao de 2009.
O nível de acompanhamento dos resultados chega às redes municipais, que
respondem pela maior parte das matrículas do Ensino Fundamental, e a todas as escolas
públicas, uma vez que cada uma delas tem sua meta individualizada. Porém, alguns
municípios e escolas não têm resultados divulgados, seja por não participarem do SAEB,
seja por não atenderem aos requisitos necessários para ter o desempenho calculado,
como, por exemplo, quando o número de alunos que compareceram ao exame é
considerado insuficiente pelo Inep.
Uma rápida avaliação do conjunto das redes municipais no Estado do Rio de Janeiro
aponta um quadro em que persistem as dificuldades, tanto no que diz respeito à evolução
do índice nas aferições bianuais quanto ao cumprimento das metas.
Dentre 89 municípios do estado que tiveram os anos iniciais de suas redes
municipais avaliados em 2005 e em 2017, apenas um (Santa Maria Madalena) não teve
sua nota aumentada neste período. Se a comparação for feita entre 2015 e 2017, em um
conjunto de 89 municípios consignados nas duas avaliações, são 64 os municípios onde se
verificou algum progresso, contra 25 onde a nota diminuiu ou permaneceu a mesma da
edição anterior.
Com relação ao cumprimento das metas, a rede municipal de 35 municípios
fluminenses alcançou o índice almejado para os anos iniciais do Ensino Fundamental em
2015, enquanto 57 ficaram abaixo. Em 2017, o número de municípios que alcançaram as
metas caiu para 32, em comparação a 57 que não obtiveram sucesso. Nesta edição, três
municípios (Conceição de Macabu, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis) não
foram avaliados.
Nos anos finais do Ensino Fundamental da rede municipal, a comparação entre 2005
e 2017 constata que, dentre 71 municípios com resultados divulgados nessas duas edições
do Ideb, 62 tiveram algum avanço, contra nove que não evoluíram. Na comparação entre
2015 e 2017, considerando os 79 municípios avaliados em ambas as edições, foram 46 os
que tiveram variação positiva no índice, contra 32 que não evoluíram, apresentando
resultado igual ou menor do que na versão anterior.

47
MAGÉ

A verificação do cumprimento das metas dá a indicação mais clara do desafio a ser


enfrentado pelas prefeituras. Nos anos finais do Ensino Fundamental, em 2017, somente
sete municípios atingiram as metas predeterminadas, enquanto 78 não as cumpriram e
sete não tiveram resultado assinalado.
Nas sete edições do Ideb já realizadas, Magé apresentou o seguinte quadro:

Tabela 19: Notas médias e variação do Ideb do Ensino Fundamental – rede municipal local – 2005 a 2017

Ideb Meta Atingiu


Rede Ranking
Ideb meta de
municipal 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2017
2017 2017?
Anos 89º entre 89
3,3 3,6 3,6 3,9 4,3 4.5 4.3 5.0 não
Iniciais avaliados
Anos 61º entre 85
3,0 3,3 3,5 3,4 3,3 3.9 3.8 4.5 não
Finais avaliados

Tabela 20: Notas médias e variação do Ideb do Ensino Fundamental – rede estadual local – 2005 a 2017

Ideb Meta Atingiu


Rede
Ranking 2017 Ideb meta de
estadual 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2017 2017?
Anos não não não se
3,8 4,1 4,5 4,9 3,7 indefinido 5.5
Iniciais avaliada avaliada aplica
Anos 28º entre 62
3,2 2,6 3,1 3,2 3,8 4.0 4.2 4.7 não
Finais avaliados

Para conhecer os resultados e as metas de cada escola individualmente, inclusive


para os próximos anos, deve-se acessar o sítio http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/.

Educação no Rio de Janeiro


Em nível estadual, a regulamentação da educação é feita pela Lei Estadual nº 5.597,
de 18 de dezembro de 2009, que estabeleceu o Plano Estadual de Educação, conforme
publicado nos Estudos Socioeconômicos de 2010. Também naquele ano, a Seeduc
anunciou um plano estratégico com a meta de situar a rede de escolas estaduais do Rio de
Janeiro entre as cinco melhores no ranking nacional do Ensino Médio estabelecido a partir
do Ideb, resultado que foi alcançado com a obtenção do 4º lugar em 2013 – em 2009,
estava em penúltimo. No Ideb 2015, a rede estadual fluminense caiu para a quinta posição
no ranking e voltou a recuar em 2017, despencando para a 13ª posição, empatada com
Alagoas, Amazonas e Piauí.

Quadro da educação no RJ
Segue um breve resumo sobre a situação da estrutura educacional no Estado do Rio
de Janeiro, com referência ao ano de 201737.
Com relação à quantidade de escolas38:

37 - Fonte: Inep/MEC. Acessível em http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica.


38 - Ensino regular e/ou especial.

48
MAGÉ

- para o Ensino Infantil, há 4.798 estabelecimentos de creche e a rede pública é


responsável por 41% deles. A pré-escola soma 6.486 estabelecimentos, 50% da rede
pública;
- o Ensino Fundamental é disponibilizado em 7.680 escolas, das quais 73% são
públicas;
- o Ensino Médio é encontrado em 2.269 escolas, 52% delas pertencentes à rede
pública.
No que diz respeito ao corpo docente:
- Em 2017, a estrutura educacional dispunha de 161 mil professores39.
Aproximadamente 18 mil docentes lecionavam na creche e 24 mil, na pré-escola. Outros 104
mil atuavam no Ensino Fundamental, e 45 mil profissionais davam aulas no Ensino Médio.
- O corpo docente municipal representa 53% dos professores da creche, 56% da
pré-escola e 59% do Ensino Fundamental. A rede estadual responde por 13% do corpo
docente do Ensino Fundamental e 68% do Ensino Médio.
Quanto à evolução das matrículas iniciais:
- A Educação Infantil disponibilizou 608 mil matrículas. Cursam a rede pública
58% do total de aproximadamente 244 mil alunos de creche e 62% dos 364 mil
estudantes de pré-escola.
- O Estado do Rio de Janeiro teve pouco mais de 2 milhões de estudantes
matriculados no Ensino Fundamental 40. Em 2017, houve recuo de aproximadamente
27,7 mil matrículas em relação a 2016. Prossegue o processo de redução da
participação da rede estadual, com significativo avanço nesse nível educacional das
redes municipal e, sobretudo, particular.

Tabela 21: Distribuição de matrículas por rede no Ensino Fundamental – 2012 a 2017

Dependência
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Administrativa
Federal 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5%
Estadual 14,0% 12,4% 11,3% 10,0% 9,5% 8,4%
Municipal 58,6% 58,6% 58,6% 59,7% 60,0% 60,7%
Particular 26,8% 28,5% 29,6% 29,8% 30,0% 30,4%
Nº total de alunos
2.233.437 2.211.145 2.148.840 2.074.921 2.047.208 2.019.459
do Ensino Fundamental

- Com relação ao Ensino Médio, o ano de 2017 apresentou uma redução de


quase 18,5 mil estudantes no total de alunos matriculados. No acumulado dos últimos
seis anos, a queda registrada no volume de matrículas perfaz um contingente de
aproximadamente 30 mil alunos. Nesse nível, houve pequeno avanço das redes federal
e privada contra redução na participação das redes estadual e municipal.

39 - Indivíduos que estavam em efetiva regência de classe na data de referência do Censo Escolar. Inclui os docentes ativos que
atuam no Ensino Regular, Especial e/ou Educação de Jovens e Adultos (EJA). O total não representa a soma dos municípios ou das
etapas de ensino, pois o mesmo docente pode atuar em mais de uma unidade de agregação.
40 - Ensino regular e/ou especial.

49
MAGÉ

Tabela 22: Distribuição de matrículas por rede no Ensino Médio – 2012 a 2017

Dependência
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Administrativa
Federal 2,7% 2,8% 2,8% 3,0% 3,2% 3,5%
Estadual 74,9% 74,2% 74,2% 74,1% 74,8% 74,0%
Municipal 1,0% 1,0% 1,0% 0,9% 0,9% 0,8%
Particular 21,4% 22,0% 22,0% 22,0% 21,1% 21,7%
Nº total de alunos
603.057 596.746 599.352 583.177 591.746 573.300
do Ensino Médio

O gráfico a seguir, referente à evolução das matrículas, indica os picos de repetência


na antiga 5ª série do Ensino Fundamental e na 1ª série do Ensino Médio. Por conta da
adoção parcial do Sistema de Ciclos de Aprendizagem, mais conhecido como Progressão
Continuada, ou de modelo híbrido de Sistemas Seriado e de Ciclos, houve uma dispersão
dos degraus até então existentes, especialmente da antiga 1ª para a 2ª série do Ensino
Fundamental, tanto na rede estadual quanto na rede de muitos municípios.
A evasão escolar é ilustrada com a redução continuada que ainda se observa, de
um ano para o outro, especialmente a partir da antiga quinta série. Basta observar o
quantitativo de um determinado ano e acompanhar a redução do número de matrículas
a cada série subsequente.

Gráfico 15: Total das matrículas nos Ensinos Fundamental e Médio – 2000 a 2017

A educação de jovens e adultos (EJA) teve 241 mil alunos em 2017.

50
MAGÉ

Os dados da Educação Superior sempre apresentam defasagem maior. Assim, em


2016, houve 686.241 estudantes matriculados e distribuídos em 2.473 cursos de
graduação presenciais e à distância. Dessas matrículas, 26% foram em instituições
públicas.

Educação no município
O número total de matrículas nos ensinos infantil, fundamental e médio (regular,
especial e/ou EJA) de Magé, em 2016, foi de 55.714 alunos, tendo evoluído para 55.871
em 2017, apresentando variação de 0,3% no número de estudantes.
A seguir, apresentamos a situação nos seis últimos anos dos diversos níveis,
considerando o ensino regular e/ou especial. As tabelas apresentam a evolução do
número de estabelecimentos daquele segmento, de professores e matrículas iniciais,
além do rateio de alunos por professor.
Ensino Infantil de Magé:
A rede municipal respondeu por 85% das matrículas na Creche em 2017. O
número total de matrículas teve evolução de 69% no período de 2012 a 2017.

Tabela 23: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Creche – Total – 2012 a 2017

Rateio alunos/ Rateio alunos/


Nº de
Ano Nº de unidades Nº de matrículas professor no professor no
professores
município estado
12 25 172 1.728 10,0 15,0
13 39 179 1.856 10,4 14,0
14 41 118 2.081 17,6 13,2
15 47 127 2.109 16,6 13,8
16 54 173 2.279 13,2 13,4
17 57 264 2.925 11,1 13,5

Na Pré-escola, a rede do município de Magé foi responsável por 71% das


matrículas em 2017 e o quadro que se apresenta é o seguinte:

Tabela 24: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Pré-escola – Total – 2012 a 2017

Rateio alunos/ Rateio alunos/


Nº de
Ano Nº de unidades Nº de matrículas professor no professor no
professores
município estado
12 93 310 5.379 17,4 15,5
13 85 301 5.220 17,3 15,1
14 88 313 5.504 17,6 15,2
15 95 335 5.653 16,9 15,1
16 98 338 6.040 17,9 15,3
17 99 337 6.290 18,7 15,4

Houve variação de 17% na quantidade de alunos matriculados na Pré-escola entre


2012 e 2017.

51
MAGÉ

Magé apresenta o panorama a seguir para o Ensino Fundamental:


Tabela 25: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Fundamental – Total – 2012 a 2017

Rateio alunos/ Rateio alunos/


Nº de
Ano Nº de unidades Nº de matrículas professor no professor no
professores
município estado
12 115 1.857 40.052 21,6 21,6
13 115 1.964 39.169 19,9 20,6
14 117 1.967 37.845 19,2 19,9
15 108 1.877 36.013 19,2 19,7
16 111 1.873 36.062 19,3 19,5
17 105 1.856 35.838 19,3 19,5

O número de matrículas oscilou em -11% no período.


A rede estadual de ensino teve 2% dos alunos matriculados de 2017 e o quadro
que se apresenta é o seguinte:
Tabela 26: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Fundamental – Rede estadual – 2012 a 2017

Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de professor da
Ano Nº de unidades Nº de matrículas professor no
professores rede estadual no
município
estado
12 19 361 5.107 14,1 16,0
13 18 355 3.760 10,6 13,7
14 18 309 3.029 9,8 11,9
15 10 208 1.835 8,8 11,9
16 6 130 1.150 8,8 13,2
17 3 66 595 9,0 11,8

Mais de dois terços dos municípios apresentaram redução na quantidade de


estabelecimentos da rede estadual, cujo número de matrículas, em Magé, teve variação
de -88%.
Já na rede municipal, com 78% do volume de matrículas em 2017, os dados
seguem na tabela:
Tabela 27: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Fundamental – Rede municipal – 2012 a 2017

Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de professor da
Ano Nº de unidades Nº de matrículas professor no
professores rede municipal
município
no estado
12 69 1.303 28.683 22,0 23,9
13 70 1.440 28.769 20,0 23,0
14 70 1.403 27.797 19,8 21,6
15 69 1.396 27.229 19,5 21,4
16 71 1.423 27.224 19,1 21,4
17 68 1.409 27.836 19,8 21,6

Houve, no período, variação de -3% no número de alunos, com melhora do rateio


de alunos por professor.

52
MAGÉ

O indicador de distorção de idade por série permite verificar o percentual de


estudantes com idade acima do adequado para o ano em estudo. O gráfico a seguir
apresenta o nível médio de distorção por série no período analisado:

Gráfico 16: Evolução da taxa de distorção série-idade - Ensino Fundamental – Total – 2012 a 2017

Mesmo que haja uma tendência de redução de distorção série-idade, se ocorre


queda desse indicador entre uma série e a seguinte no decorrer dos anos, isso representa
evasão escolar. Em 2017, esse indicador por rede é apresentado a seguir.

Gráfico 17: Taxa de distorção série-idade no Ensino Fundamental – Redes – 2017

53
MAGÉ

Os indicadores de aprovação por rede de ensino de 2017, apresentados no gráfico


a seguir, são ilustrativos do baixo rendimento da rede pública e da hegemonia de
aprovação na rede particular.

Gráfico 18: Taxa de aprovação no Ensino Fundamental – Redes e total – 2017

O gráfico seguinte apresenta o número de alunos que concluíram o curso


fundamental em Magé. De um total de 1.624 em 1998 para 2.660 formandos em 2017,
houve variação de 64% no período.

Gráfico 19: Concluintes do Ensino Fundamental – Redes e total – 1998 a 2017

No Ensino Médio, Magé apresenta o panorama a seguir:

54
MAGÉ

Tabela 28: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Médio – Total – 2012 a 2017

Rateio alunos/
Nº de Nº de Rateio alunos/
Ano Nº de unidades professor no
professores matrículas professor no estado
município
12 29 700 10.185 14,6 14,3
13 28 699 9.745 13,9 13,6
14 28 739 10.141 13,7 13,0
15 28 735 9.918 13,5 12,8
16 27 746 10.207 13,7 12,7
17 28 702 9.634 13,7 12,6

O número de matrículas oscilou em -5% no período de 2012 a 2017, contra


aumento no quadro de docentes, influenciando proporcionalmente no rateio de alunos por
professor.
Especificamente da rede estadual, com 91% do volume de matrículas em 2017, o
quadro que se apresenta é o seguinte:
Tabela 29: Unidades escolares, professores, matrículas e indicadores – Ensino Médio – Rede estadual – 2011 a 2016

Rateio alunos/ Rateio alunos/


Nº de Nº de
Ano Nº de unidades professor no professor da rede
professores matrículas
município estadual no estado
12 19 604 8.848 14,6 15,1
13 19 619 8.612 13,9 14,3
14 19 660 8.974 13,6 13,3
15 19 667 8.882 13,3 13,3
16 19 686 9.230 13,5 13,2
17 19 628 8.732 13,9 13,3

Houve variação de -1% na quantidade de alunos matriculados no período.


O gráfico a seguir apresenta o nível médio de distorção por série:

Gráfico 20: Taxa de distorção série-idade – Ensino Médio – Total – 2012 a 2017

55
MAGÉ

O próximo gráfico faz a comparação de cada rede escolar do município:

Gráfico 21: Evolução da taxa de distorção série-idade total – Ensino Médio – Redes – 2017

O comparativo dos índices de aprovação por rede de ensino em 2017 é


apresentado no gráfico a seguir:

Gráfico 22: Taxa de aprovação no Ensino Médio – Redes – 2017

O gráfico seguinte apresenta o número de alunos que concluíram o curso. Os


formandos foram em número de 1.411 em 1998, passando para 2.154 em 2017, com
variação de 53% no período.

56
MAGÉ

Gráfico 23: Concluintes do Ensino Médio – 1998-2017

No ensino de jovens e adultos, Magé teve um total de 3.519 alunos matriculados


em 2017, sendo 37% na rede estadual e 62% na municipal.
Havia quatro cursos de graduação no ensino superior, com 361 alunos
matriculados em 2016 (último dado disponível).

Saúde
No período anterior à Constituição de 1988, o sistema público de saúde prestava
assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social, aproximadamente
30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares, cabendo o atendimento
aos demais cidadãos às entidades filantrópicas.
Para cumprir o disposto na nova Constituição (a saúde é direito de todos e dever
do Estado), foi criado o Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo acesso integral,
universal e gratuito para toda a população. A atenção integral à saúde passou a ser um
direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida.
A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto serviços de
saúde. Ela engloba a atenção básica, de média e de alta complexidade, os serviços de
urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias
epidemiológica, sanitária e ambiental e a assistência farmacêutica.
A regionalização é responsável por estruturar e regular o processo de
descentralização das ações e serviços, desde os procedimentos simples e ambulatoriais
até os de média e alta complexidade. Nesse sentido, foram estabelecidos centros de
referência para as ações de maior complexidade. Todo o sistema segue uma
programação que deve ser integrada e objeto de um contrato entre as diversas
secretarias de saúde envolvidas. Ou seja, como a maior parte dos municípios não tem
condições de ofertar na integralidade os serviços de saúde, para que o sistema funcione,
é necessário que haja uma estratégia regional de atendimento (parceria entre estado e
municípios), para corrigir as distorções de acesso.

57
MAGÉ

A regionalização, exposta no mapa da página a seguir, ganhou força no Rio de


Janeiro com a adesão do estado ao Pacto pela Saúde, ao qual se juntaram muitos
municípios no decorrer dos anos.

Pacto pela Saúde


Iniciado em 2006, o Pacto pela Saúde foi um conjunto de reformas institucionais
ajustadas entre União, estados e municípios visando a alcançar maior eficiência e
qualidade das respostas do SUS. A implementação do pacto se dava pela adesão dos
entes federados ao Termo de Compromisso de Gestão – TCG, que substituiu os
processos de habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e
estabeleceu metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado
anualmente.
O pacto alterou o processo de habilitação dos entes federados, não havendo mais
a divisão entre municípios ou estados “habilitados” e “não habilitados”. Todos passaram
a ser gestores das ações de saúde, com atribuições definidas e metas a cumprir. A
adesão dos municípios ao Pacto pela Saúde indicava a formalização da assunção das
responsabilidades e atribuições da esfera municipal na condução do processo de
aprimoramento e consolidação do SUS. Para todas as responsabilidades, eram
estabelecidas categorizações de “realiza” e “não realiza” e, consequentemente, um
plano de ação e prazo para realização daquelas ainda não realizadas.

58
MAGÉ

As formas de transferência dos recursos federais para estados e municípios


também foram modificadas, passando a ser integradas em cinco grandes blocos de
financiamento (atenção básica; média e alta complexidade da assistência; vigilância em
saúde; assistência farmacêutica; e gestão do SUS), substituindo, assim, as mais de 100
rubricas que eram utilizadas para essas finalidades.
No Estado do Rio de Janeiro, 54 dos 92 municípios aderiram ao Pacto pela
Saúde. Em 2012, o Ministério da Saúde extinguiu a exigência de adesão ao Pacto pela
Saúde ou de assinatura do Termo de Compromisso de Gestão – TCG. Desde então, as
ações para o cumprimento das responsabilidades sanitárias devem estar expressas na
programação anual de saúde de cada ente federado e vinculadas às diretrizes e aos
objetivos dos respectivos planos de saúde.

Atenção básica da saúde


A porta de entrada dos sistemas de saúde é a atenção básica. É o contato
preferencial dos usuários com o SUS. Caracteriza-se por um conjunto de ações, no
âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e
a manutenção da saúde.
A atenção básica é desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais se assume
a responsabilidade sanitária, considerando a dinâmica existente no território em que
vivem essas populações. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da
acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da
integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação
social.
Com vistas à operacionalização da atenção básica, definem-se como áreas
estratégicas para atuação no território nacional: a eliminação da hanseníase, o controle
da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a
eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do
idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde.
A saúde da família é considerada primordial para a organização e o
fortalecimento da atenção básica 41. A partir do acompanhamento de um número definido
de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada, são desenvolvidas ações de
promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais
frequentes. Para efetivar essas ações, é necessário o trabalho de equipes
multiprofissionais em unidades básicas de saúde, formadas por: médico, enfermeiro,
auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirurgião-dentista, auxiliar de
consultório dentário ou técnico de higiene dental.
As equipes de saúde da família estabelecem vínculo com a população,
possibilitando o compromisso e a corresponsabilidade dos profissionais com os usuários
e a comunidade, com o desafio de ampliar as fronteiras de atuação e resolubilidade da
atenção. Devem conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, por
meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e
41 - https://pensesus.fiocruz.br/saude-da-familia.

59
MAGÉ

epidemiológicas; identificar os principais problemas de saúde e situações de risco às


quais a população está exposta; e prestar assistência integral, organizando o fluxo de
encaminhamento para os demais níveis de atendimento, quando se fizer necessário.
A tabela a seguir 42 demonstra a evolução dessa política no estado nos últimos 10
anos. A cobertura estimada situa-se, desde há alguns anos, em torno de metade da
população:

Tabela 30: Evolução do Programa Saúde da Família – Estado – 2008-2017

Em dezembro de 2017, todos os municípios do estado tinham ao menos uma


equipe de saúde da família, mas 12 não dispunham de equipe de saúde bucal. Magé
apresentava o seguinte quadro:

Tabela 31: Situação do Programa Saúde da Família – Município – 2017

Equipes de Saúde Bucal


Agentes Comunitários de Saúde Equipes de Saúde da Família
Modalidade I Modalidade II
Proporção Proporção
Credenciados Credenciadas Credenciadas Credenciadas
de cobertura de cobertura
Teto pelo Ministério Implantados Teto pelo Ministério Implantadas pelo Ministério Implantadas pelo Ministério Implantadas
da Saúde populacional da Saúde populacional da Saúde da Saúde
estimada estimada

576 520 372 ND 115 63 41 ND 41 16 0 0

Tuberculose – Ainda no âmbito da atenção básica, é uma doença infecciosa e


transmissível que afeta prioritariamente os pulmões 43. Anualmente, são notificados
cerca de 10 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de
pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose
resistente aos medicamentos agravam esse cenário. A Estratégia pelo Fim da
Tuberculose, aprovada em 2014 na Assembleia Mundial de Saúde, tem como objetivo o
fim da epidemia global. As metas até o ano de 2035 são: reduzir o coeficiente de
incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e o coeficiente de mortalidade
para menos de um óbito 44.

42 - Portal da Saúde, http://dab.saude.gov.br/portaldab/historico_cobertura_sf.php.


43 - Ministério da Saúde, http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose.
44 - Idem, http://portalms.saude.gov.br/noticias/svs/28886-saude-lanca-plano-nacional-pelo-fim-da-tuberculose.

60
MAGÉ

Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), a doença tem cura,


mas é fundamental que o diagnóstico seja precoce. O tratamento deve ser iniciado o
quanto antes, para diminuir as chances de transmissão. De acordo com a Secretaria de
Estado de Saúde – SES 45, o Estado do Rio de Janeiro registra anualmente cerca de 12
mil casos novos, em torno de 70 casos por 100 mil habitantes. A taxa de abandono do
tratamento, em 2016, foi de 11,4%, enquanto a recomendação da Organização Mundial
de Saúde é que não ultrapasse 5%.
Hanseníase – O bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) é o causador de uma
doença infecto-contagiosa crônica que atinge, principalmente, as células cutâneas e dos
nervos periféricos, mas que tem tratamento e cura. Sem o tratamento adequado, a
hanseníase pode evoluir para graves deformações em áreas do corpo como o nariz e os
dedos (dos pés ou das mãos). Uma pessoa que apresente a forma infectante da doença
e que esteja sem tratamento poderá transmiti-la a outras pessoas suscetíveis com quem
tenha contato direto e prolongado.
Atualmente, 1.049 casos estão sendo tratados no Estado do Rio de Janeiro, mas
o número de pessoas infectadas pode ser maior, porque muitas não procuram
atendimento. A Secretaria de Estado de Saúde recomenda aos municípios que
promovam a busca ativa, para alcançar uma redução real dos casos 46.
Dengue, chikungunya e zika – São doenças de notificação compulsória 47, sendo
obrigatória a comunicação à autoridade de saúde da ocorrência de suspeita ou
confirmação. A notificação deve ser realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou
responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, podendo ser
imediata ou semanal. É através desta ação que os gestores de saúde do estado e
municípios ficam cientes da ocorrência das doenças no seu território e população,
embasando a tomada de decisão, além de dar subsídio epidemiológico para que o
profissional médico possa realizar o diagnóstico e tratamento oportunos.
A incidência da dengue cresceu dramaticamente nas últimas décadas e agora
ameaça cerca de 50% da população mundial 48. A forma severa da dengue é uma das
principais causas de morte de crianças em alguns países da Ásia e da América Latina.
Não há tratamento específico, mas a detecção precoce e o acesso aos cuidados
médicos apropriados reduzem as taxas de mortalidade para menos de 1%.
O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) foi idealizado
com o objetivo de monitorar a população do mosquito vetor da dengue. Fornece o Índice
de Infestação Predial (IIP) e o Índice de Infestação em Depósitos (Índice de Breteau –
IB), o que o torna um importante instrumento de orientação, pois identifica as áreas
prioritárias para medidas e ações estratégicas de controle e combate aos mosquitos,
visando à redução dos índices de infestação. Em cada município, agentes de saúde
visitam residências e outros tipos de imóveis para inspecionar e identificar os
criadouros, e ao encontrar, coletar as larvas ou pupas para análise em laboratório. O
mapa a seguir mostra o resultado do levantamento para maio de 2018 49.

45 - https://www.saude.rj.gov.br/noticias/2017/08/tuberculose-estado-do-rio-registra-cerca-de-12-mil-novos-casos-a-cada-ano.
46 - https://www.saude.rj.gov.br/noticias/2017/08/acoes-de-combate-a-hanseniase-chamam-atencao-para-a-doenca-no-estado.
47 - Boletim Epidemiológico Arboviroses nº 01/2018.
http://riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=E%2FjqV5VZhvc%3D.
48 - Organização Mundial de Saúde. http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/dengue-and-severe-dengue.
49 - http://www.riocontradengue.rj.gov.br/Site/Conteudo/Liraa.aspx.

61
MAGÉ

Semelhante à dengue, a febre de chikungunya é causada por um vírus da família


Togaviridae, também transmitido pelo Aedes aegypti e, em menor escala, pelo Aedes
albopictus. Por se tratar de um vírus introduzido há pouco tempo, a maior parte da
população está suscetível à doença. Outro recentemente introduzido foi o zika vírus 50, da
família Flaviviridae, cujo principal vetor, mais uma vez, é o Aedes aegypti. A doença causa
febre, manchas pelo corpo, coceira, além de dor de cabeça, muscular e nas articulações, e
pode estar associada ao nascimento de crianças com microcefalia 51, bem como à sindrome
de Guillain-Barré, uma doença neurológica de origem autoimune que tem como principal
sintoma a fraqueza muscular generalizada.
A consolidação dos indicadores dessas três arboviroses (doenças transmitidas por
artrópodes, isto é, insetos e aracnídeos), no período de 2015 a 2017, revela que o número
de óbitos por chikungunya, em 2016, aproxima-se dos causados pela dengue, embora
houvesse 81,2% menos casos notificados por chikungunya, se comparado aos casos de
dengue, como se vê na tabela a seguir.

Tabela 32: Indicadores epidemiológicos de dengue, chikungunya e zika – RJ – 2015/2017

Estado do RJ 2015 2016 2017

Casos prováveis 73.167 85.124 10.697


Dengue
Óbitos 31 19 4
Casos prováveis 114 15.968 4.368
Chikungunya
Óbitos 0 16 3
Casos prováveis 10.311 72.438 2.544
Zika
Óbitos 0 12 0
Fonte: Boletim Epidemiológico Arboviroses nº 01/2018

50 - http://www.saude.rj.gov.br/imprensa-noticias/30576-boletim-epidemiologico-casos-de-microcefalia-e-gestantes-com-sindrome-
exantematica-5.html.
51 - A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio menor que o tamanho normal. Na maioria dos casos, é
resultado de alguma infecção adquirida pela mãe durante a gravidez, como toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus, além de abuso de
álcool, drogas e em síndromes genéticas como a síndrome de Down. Em 90% dos casos, a microcefalia está associada a um atraso no
desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. Não há como reverter a microcefalia, mas é possível melhorar o desenvolvimento e a
qualidade de vida da criança.

62
MAGÉ

Em 2017, as três doenças apresentaram baixas taxas de ocorrência no estado.


Com relação a dengue e zika, tal fato deve-se provavelmente à ocorrência de epidemia
em 2015 e 2016. Já chikungunya vem apresentando, desde sua introdução em 2014,
uma propagação mais lenta, com ocorrência de surtos mais dispersos.
Febre amarela – Ao longo de 2017, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da
SES registrou 27 casos confirmados de febre amarela, doença infecciosa febril aguda
também causada por um vírus da família Flaviviridae. Ocorreram oito óbitos
relacionados a essa enfermidade.
Há duas formas de transmissão de febre amarela – silvestre e urbana. A forma
urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde
os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo. Já a silvestre é transmitida pelos
mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, de hábitos estritamente silvestres, que
vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco ou
uma pessoa doente, que está com febre amarela, ele torna-se capaz de transmitir o vírus.
Os sinais e sintomas mais comuns são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de
cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Não há
nenhum tratamento específico. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer
icterícia (olhos e pele amarelados), problemas no fígado e nos rins, hemorragia e
cansaço intenso.
A SES solicitou ao Ministério da Saúde que todos os 92 municípios do Rio de
Janeiro fossem incluídos na área de recomendação da vacina, feita de forma
escalonada. A vacinação é dirigida a pessoas a partir de nove meses de idade que
ainda não tenham recebido nenhuma dose.
A vacina é contraindicada para crianças menores de nove meses, pessoas com
imunodeficiência grave causada por doenças ou uso de medicamentos, pessoas que
estejam se submetendo a quimioterapia ou radioterapia, transplantados de órgãos
sólidos e pessoas portadoras ou com história pregressa de doença do timo, lúpus,
doença de Addison e artrite reumatoide.
Crianças menores de dois anos de idade não devem receber vacina tríplice viral
ou tetra viral junto com a de febre amarela (o intervalo deve ser de 30 dias). Pessoas
com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde, devem adiar
a vacinação até o desparecimento dos sintomas.

Indicadores de Saúde
Os indicadores disponíveis na área de saúde são inúmeros e podem acessados em
diversas fontes. O Departamento de Informática do SUS – Datasus52 disponibiliza material
destinado a subsidiar análises objetivas da situação sanitária, a tomada de decisão
baseada em evidências e a elaboração de programas de ação. Vai desde o registro
sistemático de dados sobre mortalidade e sobrevivência até informações demográficas e
socioeconômicas, passando pelo controle de doenças infecciosas e pelos cadastros das
redes hospitalares e ambulatoriais, dos estabelecimentos de saúde e os recursos
financeiros alocados no setor.

52 - http://datasus.saude.gov.br/.

63
MAGÉ

No âmbito estadual, a SES lançou o portal Conexão Saúde RJ que, entre outros
conteúdos, apresenta indicadores, a pactuação de resultados e metas e as fichas técnicas
municipais, além de material de apoio e links importantes 53. O Mapa da Saúde traz a
representação da distribuição de ações e serviços ofertados pelo SUS, investimentos e o
desempenho aferido. O mapa permite a visualização das semelhanças, diferenças,
concentrações e carências dos municípios quanto aos recursos em saúde e os resultados
de sua aplicação. Trata-se de uma ferramenta preliminar para análise, subsidiando
o planejamento dos entes federativos e o estabelecimento de metas a serem
monitoradas por gestores e acompanhadas pelos conselhos de saúde.

Saúde no município
Os dados a seguir, coletados no sistema Datasus 54, referem-se à rede local e aos
recursos materiais e humanos disponíveis em Magé.
Tabela 33: Estabelecimentos por tipo – Município – Dezembro 2017

Estabelecimentos por tipo Quantidade


Central de regulação médica das urgências 1
Centro de atenção hemoterápica e/ou hematológica 1
Centro de atenção psicossocial 4
Centro de saúde/unidade básica de saúde 41
Clinica especializada/ambulatório especializado 35
Consultório 46
Farmácia 2
Hospital geral 2
Policlínica 2
Posto de saúde 1
Pronto atendimento 1
Pronto socorro geral 4
Secretaria de Saúde 1
Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia 19
Unidade de vigilância em saúde 1
Unidade móvel pré-hospitalar - urgência/emergência 3
Unidade móvel terrestre 1

Tabela 34: Distribuição de leitos hospitalares – Município – Dezembro 2017


Quantidade
Descrição disposição
existente
do SUS
Cirúrgico 19 79%
Clínico 117 63%
Obstétrico 27 100%
Pediátrico 20 100%
Outras especialidades 0 0%
Hospital-dia 0 0%

53 - https://www.saude.rj.gov.br/informacao-sus/servicos.
54 - http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php.

64
MAGÉ

O Cadastro Nacional de Equipamentos de Saúde dispõe dos dados sobre os


equipamentos existentes, aqueles que se encontram em uso e os que estão disponíveis
para o SUS. A tabela seguinte apresenta um resumo do quadro local:

Tabela 35: Recursos Físicos – Equipamentos – Município – Dezembro 2017


Quantidade
Descrição disposição
existente
do SUS
Audiologia 3 67%
Diagnóstico por imagem 99 36%
Infraestrutura 68 24%
Métodos ópticos 497 25%
Métodos gráficos 143 27%
Manutenção da vida 83 69%
Odontologia 24 38%
Outros 103 7%

Os recursos humanos disponíveis para a população de Magé são os seguintes:

Tabela 36: Recursos Humanos – Ocupações – Município – Dezembro 2017

Ocupação do profissional Quant. SUS Ocupação do profissional Quant. SUS


Assistente social 33 97% Nutricionista 19 58%
Bioquímico/Farmacêutico 21 90% Odontólogo 84 48%
Cirurgião geral 7 57% Pediatra 39 67%
Clínico geral 140 86% Psicólogo 38 61%
Enfermeiro 177 98% Psiquiatra 11 73%
Fisioterapeuta 80 68% Radiologista 16 63%
Fonoaudiólogo 19 53% Sanitarista 1 100%
Ginecologista/Obstetra 46 48% Outras especialidades médicas 151 37%
Médico de família 41 100% Outras ocup. de nível superior rel. à saúde 45 64%

Mercado de trabalho
De acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais – Rais55, do
Ministério do Trabalho, o número total de empregos formais registrados no Brasil em
dezembro de 2017 foi de 46.281.590, representando um aumento de 0,48% em relação
ao estoque de empregos de dezembro de 2016. Esse desempenho equivaleu ao
acréscimo de 221.392 postos de trabalho formais em relação ao ano anterior.
A remuneração média real em dezembro cresceu 2,12% em relação a 2016,
alcançando R$ 2.973,22, maior valor da série histórica.
No Estado do Rio de Janeiro, a Rais registrou uma redução de 2,76% do emprego
formal em 2017, decorrente da perda de 114.745 postos de trabalho. O rendimento médio do
trabalhador fluminense passou de R$ 3.351,78, em dezembro de 2016, para R$ 3.409,09, em
2017, a preços de dezembro de 2017. Tal variação representa um aumento de 1,71%.

55 - Disponível em http://pdet.mte.gov.br/rais?view=default.

65
MAGÉ

O ano de 2017 foi o terceiro consecutivo com redução do emprego no estado. Em


2016, foram registrados menos 6,5% postos de trabalho, enquanto 2015 apresentou
queda de 4,2%.
Em dezembro de 2017, o número de empregos formais totalizava 4.044.736 no Rio
de Janeiro. Houve queda em quase todos os setores, exceto na administração pública.
Em números absolutos, os piores desempenhos foram registrados nos serviços, que
extinguiram 69.139 postos de trabalho (-3,64% em relação aos empregos existentes em
2016), seguidos da construção civil, com menos 27.469 empregos (-14,98%), do
comércio, queda de 20.273 empregos (-2,41%) e da indústria de transformação, que
perdeu 14.791 (-3,86%). Na administração pública, houve o ganho de 22.354 novos
postos de trabalho (3,05% em relação aos empregos existentes em 2016). O estoque de
empregos por setor é mostrado no gráfico a seguir.

Gráfico 24: Estoque de empregos formais por setor da economia fluminense – Dezembro 2017

Conforme o grau de instrução, os postos de trabalho apresentam no estado a


seguinte distribuição:
Gráfico 25: Estoque de empregos formais da economia fluminense por grau de instrução – Dezembro 2017

66
MAGÉ

De acordo com a faixa etária:

Gráfico 26: Estoque de empregos formais da economia fluminense por faixa etária – Dezembro 2017

Em seguida, é apresentada a informação do Cadastro Geral de Empregados e


Desempregados – Caged sobre o município em estudo, em comparação com sua
microrregião, própria do Ministério do Trabalho para o Estado do Rio de Janeiro, a saber:

Tabela 37: Microrregiões e seus municípios, conforme o Caged

Microrregião Caged Municípios que dela fazem parte


Bacia de São João Casimiro de Abreu, Rio das Ostras e Silva Jardim
Baía da Ilha Grande Angra dos Reis e Paraty
Barra do Piraí Barra do Piraí, Rio das Flores e Valença
Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, São Fidélis, São
Campos dos Goytacazes
Francisco de Itabapoana e São João da Barra
Cantagalo-Cordeiro Cantagalo, Carmo, Cordeiro e Macuco
Itaguaí Itaguaí, Mangaratiba e Seropédica
Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé,
Itaperuna
Natividade, Porciúncula e Varre-Sai
Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio,
Lagos
Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Saquarema
Macacu-Caceribu Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito
Macaé Carapebus, Conceição de Macabu, Macaé e Quissamã
Nova Friburgo Bom Jardim, Duas Barras, Nova Friburgo e Sumidouro
Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé,
Rio de Janeiro Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Rio
de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti e Tanguá
Santa Maria Madalena Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Trajano de Morais
Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e
Santo Antônio de Pádua
São José de Ubá.
Serrana Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis
Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Sapucaia e
Três Rios
Três Rios
Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende,
Vale do Paraíba
Rio Claro e Volta Redonda
Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi,
Vassouras
Paty do Alferes e Vassouras

67
MAGÉ

A evolução recente e a participação no número de empregos formais no município


e na microrregião a que pertence encontram-se na tabela que se segue:

Tabela 38: Evolução do mercado de trabalho, conforme o Caged – Jan a dez 2017

Município Microrregião
Movimentação
Qt Qt
Admissões 4.689 797.871
Desligamentos 4.802 881.096
Número de empregos formais (1º jan. 2018) 19.634 2.524.347
Total de estabelecimentos 4.794 383.935
Variação absoluta -113 -83.225
Fonte: Caged, disponível em http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php

68
MAGÉ

V - INDICADORES ECONÔMICOS

PIB mundial
Estimado pelo Banco Mundial em 80,7 trilhões de dólares, o PIB mundial cresceu
3,2% em 2017 56. Os Estados Unidos seguiram como a maior economia do planeta, com
produto da ordem de US$ 19,391 trilhões. A China permanece como segunda potência,
antes de Japão, Alemanha, Reino Unido, Índia e França. O Brasil subiu da nona para a
oitava posição, com US$ 2,056 trilhões. O gráfico ilustra o desempenho das 16
economias com PIB acima de US$ 1 trilhão.

Gráfico 27: PIB das maiores economias (US$ trilhões, correntes) – 2017

O gráfico seguinte ilustra a variação do PIB do Brasil frente ao mundo, nos 10 anos
mais recentes, segundo a mesma fonte.

Gráfico 28: Taxa anual de crescimento do PIB 2008-2017 – Mundo e Brasil

56 - Fonte: http://www.worldbank.org. Acesso em 6.7.2018.

69
MAGÉ

Panorama econômico 57
A atividade econômica segue bastante deprimida depois de uma forte recessão.
A taxa de crescimento do Brasil vem desacelerando desde o início da década, de uma
média anual de 4,5% (entre 2006 e 2010) para 2,1% (entre 2011 e 2014). Em 2015 e
2016, houve uma forte contração da atividade econômica, com o PIB caindo em torno
de 3,5% cada ano. A crise econômica foi resultado da queda dos preços das
commodities e da limitada capacidade de realizarem-se as reformas fiscais
necessárias em todos os níveis de governo, minando a confiança dos consumidores e
investidores.
A partir de 2017, iniciou-se uma lenta retomada da atividade econômica, com o PIB
crescendo 1% no ano. Para 2018, as expectativas mantêm-se em patamares um pouco
acima do nível de 2017, em grande parte por causa da fraqueza do mercado de trabalho,
da incerteza eleitoral que atrasou investimentos e da greve dos caminhoneiros que
interrompeu a atividade em maio.
Restaurar a sustentabilidade fiscal é o desafio econômico mais urgente. Para lidar
com a dinâmica da dívida insustentável, o governo federal adotou a Emenda
Constitucional 95/2016, que limita o crescimento da despesa pública. Esta emenda
implica um ajuste fiscal de 5% do PIB até 2024 e estabiliza a dívida em cerca de 89% do
PIB em 2026.
A implementação desse ajuste fiscal requer o alívio da rigidez que afeta os gastos
públicos e os mecanismos de vinculação de receita, que tornam obrigatórios mais de 90%
dos gastos primários do governo federal. Além disso, exigirá uma reforma abrangente da
seguridade social para limitar o aumento projetado para o déficit da previdência. Esse
grande desequilíbrio fiscal também afeta os governos subnacionais, com capacidade
limitada para lidar com os pagamentos crescentes de salários e pensões.
O Brasil também precisará acelerar seu crescimento de produtividade e
desenvolvimento de infraestrutura. A renda média de um brasileiro aumentou apenas
0,7% ao ano desde meados da década de 1990, um décimo da taxa na China e apenas
metade da média dos países da OCDE.
A aceleração do crescimento da produtividade continua a ser uma das principais
prioridades, uma vez que a transição demográfica terminará e o espaço fiscal para
políticas expansionistas é bastante limitado. Além disso, serão necessários níveis mais
altos de investimento em infraestrutura para garantir a manutenção adequada do
estoque de infraestrutura existente, eliminando gargalos e expandindo o acesso a
serviços sociais. Isso exige melhorar a capacidade de planejamento no nível do
governo, melhorar o ambiente regulatório e alavancar recursos privados para financiar
investimentos.

Oferta e demanda
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais 58 calculadas pelo IBGE, o PIB
brasileiro apresentou, em 2017, expansão de 1,0% em relação ao ano anterior. Em

57 - Adaptado do sítio do Banco Mundial, em http://www.worldbank.org/pt/country/brazil/overview. Acesso em 09/10/2018.


58 - IBGE: Contas Nacionais Trimestrais (out./dez. 2017), em http://www.ibge.gov.br.

70
MAGÉ

2016, o PIB havia caído 3,5%. O PIB em valores correntes totalizou R$ 6.559,9 bilhões
em 2017, dos quais R$ 5.648,6 bilhões se referem ao valor adicionado a preços básicos
e R$ 911,4 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O PIB per capita
teve ligeiro avanço de 0,2% em termos reais, totalizando R$ 31.587 em valores
correntes. O desempenho do PIB está expresso na tabela a seguir.

Tabela 39: PIB Brasil – Taxa de variação do índice de volume trimestral (%) – 2010/2017

4º trimestre1
PIB – Subsetores e componentes
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Agropecuária Total 6,7 5,6 -3,1 8,4 2,8 3,3 -4,3 13,0
Extrativa 14,9 3,5 -1,9 -3,2 9,1 5,7 -2,7 4,3
de Transformação 9,2 2,2 -2,4 3,0 -4,7 -8,5 -5,6 1,7
Eletricidade e gás, água, esgoto,
Indústria atividades de gestão de resíduos
6,3 5,6 0,7 1,6 -1,9 -0,4 7,1 0,9
Construção 13,1 8,2 3,2 4,5 -2,1 -9,0 -5,6 -5,0
Total 10,2 4,1 -0,7 2,2 -1,5 -5,8 -4,0 0,0
Comércio 11,1 2,3 2,4 3,4 0,6 -7,3 -6,1 1,8

Ótica da Transporte, armazenagem e correio 11,2 4,3 2,0 2,6 1,5 -4,3 -6,8 0,9
produção Informação e comunicação 5,4 6,5 7,0 4,0 5,3 -0,9 -3,2 -1,1
Atividades financeiras, de seguros e
serviços relacionados
9,3 6,2 1,5 1,8 -0,6 -1,2 -3,3 -1,3
Serviços
Atividades imobiliárias 4,9 1,9 5,1 5,1 0,7 -0,4 0,2 1,1
Outras atividades de serviços 3,3 4,6 3,6 1,6 1,9 -3,7 -3,2 0,4
Adm., defesa, saúde e educação
públicas e seguridade social
2,2 1,9 1,3 2,2 0,1 0,2 0,6 -0,6
Total 5,8 3,5 2,9 2,8 1,0 -2,7 -2,6 0,3
Valor adicionado a preços básicos 7,0 3,7 1,6 2,9 0,5 -3,2 -3,0 0,9
Impostos líquidos sobre produtos 10,8 5,3 3,7 3,7 0,8 -6,0 -6,3 1,3
PIB a preços de mercado 7,5 4,0 1,9 3,0 0,5 -3,5 -3,5 1,0
Despesa de consumo das famílias 6,2 4,8 3,5 3,5 2,3 -3,2 -4,3 1,0
Despesa de consumo do governo 3,9 2,2 2,3 1,5 0,8 -1,4 -0,1 -0,6
Ótica da
Formação bruta de capital fixo (FBCF) 17,9 6,8 0,8 5,8 -4,2 -13,9 -10,3 -1,8
demanda
Exportação de bens e serviços 11,7 4,8 0,3 2,4 -1,1 6,8 1,9 5,2
Importação de bens e serviços 33,6 9,4 0,7 7,2 -1,9 -14,2 -10,2 5,0
Fonte: IBGE
Nota 1: Em relação ao mesmo período do ano anterior.

O crescimento do PIB resultou da expansão de 0,9% do valor adicionado a


preços básicos e da alta de 1,3% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O
avanço dos impostos reflete, principalmente, o crescimento em volume do ICMS (1,5%) e do
Imposto de Importação (7,9%), este acompanhando o crescimento das importações. Além
disso, foi importante o aumento, em volume, de 4,1% do Imposto sobre Produtos
Industrializados e de outros impostos líquidos de subsídios (0,3%).
Sob a ótica da produção, a agropecuária apresentou crescimento de 13,0% no ano,
enquanto os serviços subiram 0,3%. A indústria ficou parada, com variação de 0,0%.

71
MAGÉ

Conforme o IBGE, no que se refere à agropecuária, o acréscimo decorreu,


principalmente, do desempenho da agricultura. Segundo o Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado em fevereiro de 2018, condições climáticas
favoráveis contribuíram para o crescimento de produção e ganho de produtividade de
diversas culturas, tendo como destaques o milho (55,2%) e a soja (19,4%). Por outro lado,
algumas lavouras registraram variação negativa na estimativa de produção anual, como
cana de açúcar (-10,5%) e café (-8,0%). Cabe ressaltar que a estimativa para a pecuária
também apontou um desempenho positivo dessa atividade.
Na indústria, o destaque positivo foi o desempenho das indústrias extrativas, que
cresceram 4,3% em relação a 2016, influenciadas tanto pelo avanço da extração de
petróleo e gás natural quanto de minérios ferrosos. O destaque negativo foi a construção,
que sofreu contração de 5,0%. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de
resíduos teve expansão de 0,9%, puxada para baixo pelo acionamento das termelétricas.
As indústrias de transformação, por sua vez, avançaram 1,7% no ano. O resultado foi
influenciado principalmente pelo crescimento, em volume, do valor adicionado de
máquinas, equipamentos e outros produtos de metal, móveis, produtos de borracha e
plástico e indústria automotiva.
Dentre as atividades que compõem os serviços, o comércio avançou 1,8%, seguido
por atividades imobiliárias (1,1%), transporte, armazenagem e correio (0,9%) e outras
atividades de serviços (0,4%). Por outro lado, contribuíram negativamente as atividades
financeiras, de seguros e serviços relacionados (-1,3%), informação e comunicação (-1,1%) e
administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%).
Na análise da despesa, o IBGE salienta a contração de 1,8% da formação bruta de
capital fixo. Apesar do número negativo (pelo décimo quarto trimestre consecutivo), as
quedas foram desacelerando ao longo do ano. Este recuo é justificado, principalmente,
pelo desempenho negativo da construção, mas a baixa foi suavizada pelo aumento da
produção interna de bens de capital. Em 2014, 2015 e 2016, a formação bruta de capital
fixo já havia registrado queda de 4,2%, 13,9% e 10,3%, respectivamente.
A despesa de consumo das famílias teve expansão de 1,0% em relação ao ano
anterior (quando havia caído 4,3%), o que pode ser explicado pelo comportamento dos
indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano de 2017.
A despesa do consumo do governo, por sua vez, caiu 0,6%.
No âmbito do setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5,2%,
enquanto as importações de bens e serviços avançaram 5,0%. Entre os produtos e
serviços da pauta de exportações, os maiores aumentos foram observados na agricultura,
petróleo e gás, indústria automotiva e máquinas e equipamentos. Já entre as
importações, as maiores altas foram observadas em refino de petróleo, materiais
eletrônicos e equipamentos de comunicação e vestuário.

Inflação
A inflação acumulada em 2017, medida pela variação do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano em 2,95%, a mais baixa desde 1998
(1,65%). Esse resultado ficou abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário
Nacional – CMN, de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para

72
MAGÉ

menos. Desta forma, é a primeira vez, desde a implantação do regime de metas, em


1999, que a inflação fecha o ano abaixo não apenas do centro, mas também do piso
estabelecido. Em anos recentes, o desempenho da inflação foi como segue:

Gráfico 29: IPCA – Variação acumulada no ano (% a.a.) – 2010/2017

12,00%
10,67%

10,00%

8,00%
6,00% 5,84% 5,91% 6,29%
5,91%
6,00% 6,41%

4,00%

2,00% 2,95%

0,00%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

IPCA

Fonte: IBGE

A taxa de juros básica, definida pelo Comitê de Política Monetária – Copom, sofreu
sucessivas reduções em 2017, tendo sido fixada em 7,00% a partir no início do mês de
dezembro, o menor patamar da história.

Gráfico 30: Taxa de juros – Selic – Fixada pelo Copom (% a.a.) – 2010/2017

16
14
12
10
8
6
4
2
0

Série1

Fonte: Banco Central do Brasil

Investimento
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, a taxa de investimento
no ano de 2017 foi de 15,6% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (16,1%). A taxa
de poupança foi de 14,8% em 2017 (ante 13,9% no ano anterior).

73
MAGÉ

Gráfico 31: Taxa de investimento e taxa de poupança bruta (% do PIB) – 2010/2017

Fonte: IBGE

Desempenho da economia estadual


De acordo com as Contas Regionais do Brasil 59, o PIB estadual apresentou, em
2016, um recuo de 4,4% em volume na comparação com o ano anterior. Todos os
estados brasileiros tiveram desempenho negativo, com exceção de Roraima, que
cresceu 0,2%. Na Região Sudeste, as economias de Minas Gerais (-2,0%) e São
Paulo (-3,1%) apresentaram retração menor, enquanto o Espírito Santo perdeu 5,3%.
O Rio de Janeiro manteve-se como a segunda unidade da federação, com participação de
10,2% no PIB Brasil, apesar da queda de 1,7 ponto percentual acumulada desde 2012,
quando atingiu o ponto mais alto da série para o período compreendido entre 2010 e
2017.

Tabela 40: PIB, PIB per capita, população residente e relação PIB Rio de Janeiro/PIB Brasil – 2010/2017
Rio de Janeiro Brasil
Relação
Produto Interno Bruto Produto
População PIB per PIB RJ/
Ano Interno Bruto
residente capita PIB Brasil
Volume Em R$
(habitantes) (R$) (%)
Em R$1.000.000 Variação 1.000.000
Índice 2010=100
anual (%)
2010 449.858 100,00 - 15.993.583 28.127 3.885.847 11,58
2011 512.768 102,64 2,7 16.112.678 31.824 4.376.382 11,72
2012 574.885 104,73 2,0 16.231.365 35.418 4.814.760 11,94
2013 628.226 106,08 1,3 16.369.179 38.379 5.331.619 11,78
2014 671.077 107,71 1,5 16.461.173 40.767 5.778.953 11,61
2015 659.139 104,70 -2,8 16.550.024 39.827 5.995.787 10,99
2016 640.186 100,08 -4,4 16.635.996 38.482 6.267.205 10,21
2017* 623.856 98,24 -2,2 16.718.956 37.314 6.559.900 9,51
Fontes: IBGE e Fundação Ceperj
Nota: Base 2010 = 100
* Estimativa para o PIB regional

59 - IBGE - Contas Regionais do Brasil. Disponível em https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/contas-


nacionais/9054-contas-regionais-do-brasil.html?=&t=o-que-e. Publicado em novembro de 2018.

74
MAGÉ

O PIB per capita em 2016 foi de R$ 38.482 no Estado do Rio de Janeiro,


mantendo a trajetória de queda iniciada em 2015, mas mantendo-se como o terceiro
maior na federação, inferior apenas ao do Distrito Federal (R$ 79.100) e ao de São Paulo
(R$ 45.542).

Evolução setorial
A tabela a seguir demonstra o desempenho dos subsetores na evolução do PIB RJ.

Tabela 41: Valor adicionado bruto a preço corrente, segundo as atividades econômicas, impostos e PIB
Estado do Rio de Janeiro – 2015 - 2016
Valores totais Participação
Atividades econômicas (1.000.000 R$) (%)
2015 2016 2015 2016
Valor adicionado bruto total 556.399 541.917 100,00 100,00
AGROPECUÁRIA 3.013 3.077 0,54 0,57
Agricultura, inclusive o apoio à agricultura e a pós colheita 1.429 1.421 0,26 0,26
Pecuária, inclusive apoio à pecuária 1.069 1.109 0,19 0,20
Produção florestal, pesca e aquicultura 516 546 0,09 0,10
INDÚSTRIA 131.275 98.761 23,59 18,22
Indústrias extrativas 48.917 15.000 8,79 2,77
Indústrias de transformação 38.220 38.972 6,87 7,19
Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 12.721 15.592 2,29 2,88
Construção 31.421 29.197 5,65 5,39
SERVIÇOS 422.109 440.079 75,86 81,21
Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas 59.247 57.126 10,65 10,54
Transporte, armazenagem e correio 30.734 30.738 5,52 5,67
Alojamento e alimentação 16.465 16.646 2,96 2,89
Informação e comunicação 25.773 25.902 4,63 4,78
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 27.734 30.626 4,98 5,65
Atividades imobiliárias 52.536 56.193 9,44 10,37
Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares 55.404 58.158 9,96 10,73
Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social 110.529 118.580 19,87 21,88
Educação e saúde privadas 25.044 26.951 4,50 4,97
Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços 11.250 12.190 2,02 2,25
Serviços domésticos 7.391 7.969 1,33 1,47
IMPOSTOS LÍQUIDOS SOBRE PRODUTOS 102.740 98.269 -
PIB a preços de mercado 659.139 640.186 -
Fonte: IBGE

De 2015 para 2016, a agropecuária aumentou sua participação no PIB estadual de


0,54% para 0,57%, e os serviços saltaram de 75,86% para 81,21%. Tal crescimento é a
contrapartida do recuo verificado na indústria fluminense, que passou de 23,59% do PIB
estadual em 2015 para 18,22% em 2016. Tal resultado foi influenciado pela queda dos
preços internacionais do petróleo, que tem o Rio de Janeiro como principal produtor. O
gráfico a seguir demonstra, na cor vermelha, a evolução das indústrias extrativas, com
aumento de sua participação no PIB estadual de 2010 a 2012, situação revertida nos
anos posteriores.

75
MAGÉ

Gráfico 32: Evolução da contribuição no valor adicionado bruto ao PIB estadual,


segundo atividades econômicas selecionadas – 2010-2016

Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

Ótica da renda
Nessa ótica, o PIB corresponde à soma de todos os rendimentos obtidos no
processo de produção de bens e serviços (remuneração dos empregados + rendimento
misto bruto + excedente operacional bruto) e os impostos, líquidos de subsídios sobre a
produção e importação. No estado, a participação das remunerações dos empregados
cresceu de 41,3% para 49,7% do PIB no período 2010/2016, enquanto houve redução
de 42,0% para 33,8% na participação do rendimento misto bruto e do excedente
operacional bruto, no mesmo período.

Tabela 42: Componentes do PIB sob a ótica da renda – 2010-2016


Em valores correntes (1 000 000 R$)
PIB pela ótica da renda
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Valor Adicionado (a) 379 412 436 280 489 621 534 960 579 339 556 399 541 917
Remuneração (b) 185 628 213 090 239 537 269 367 293 075 306 812 318 260
Salários 144 967 165 869 187 916 210 562 230 756 241 743 250 942
Contribuição social 40 662 47 221 51 621 58 805 62 320 65 069 67 318
Impostos sobre a produção (c) 75 213 81 585 91 058 99 753 98 769 110 099 105 650
Impostos sobre produto, líquidos de subsídios (d) 70 446 76 488 85 264 93 266 91 738 102 740 98 269
Outros impostos sobre a produção líquidos de subsídios 4 767 5 097 5 795 6 487 7 031 7 359 7 382
Excedente Operacional Bruto (EOB) e Rendimento Misto (RM) (e) 189 016 218 093 244 290 259 106 279 233 242 226 216 275
PIB - Ótica da Renda = (b + c + e) 449 858 512 768 574 885 628 226 671 077 659 137 640 186
PIB - Ótica Produção = (a + d) 449 858 512 768 574 885 628 226 671 077 659 137 640 186
Fontes: IBGE e Fundação Ceperj

76
MAGÉ

Estimativas para 2017 e 2018


De acordo com a Fundação Ceperj 60, o PIB estadual apresentou queda de 2,2%
em 2017, enquanto o PIB nacional registrava crescimento de 1,0%. Essa redução
sobrepõe-se às variações negativas ocorridas em 2015 e 2016, fazendo a economia
fluminense retroceder, em volume, ao final da década anterior.
Com um total de R$ 623.856 milhões em 2017, o Rio de Janeiro segue em segundo
lugar no ranking da federação, respondendo por 9,5% do PIB do país, com renda per capita
de R$ 37.314. Por setor econômico, agropecuária, indústria e serviços acumularam no ano
queda de 1,1%, crescimento de 1,2% e queda 3,7%, respectivamente.
Na agropecuária, a variação negativa decorreu, principalmente, do fraco
desempenho da agricultura, em especial na produção da cana-de-açúcar (-7,4%). Na
indústria, foi registrado bom desempenho em três das quatro áreas que integram o setor: a
extrativa mineral acumulou crescimento de 3,2%, influenciado pela produção de petróleo e
gás natural, enquanto a indústria de transformação subiu 4,8%, e a produção de
eletricidade, gás e água, 2,9%. Apenas a construção civil assinalou queda de 9,4%. No
setor de serviços, as principais contribuições para o decréscimo foram de atividades
profissionais (-30,6%) e outros serviços, inclusive domésticos (-12,1%).
A taxa de desocupação, medida pelo IBGE por meio da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios – Pnad, aponta instabilidade no mercado de trabalho fluminense.
Considerada a série histórica no período de 2012 a 2017, a taxa de desocupação
estadual, na maior parte do tempo, manteve-se abaixo daquela registrada em nível
nacional. Entretanto, a partir de meados de 2016, esse comportamento muda
sensivelmente e a desocupação no estado assume patamares elevados: salta de 8,5%,
no final de 2015, para 15,6%, no segundo trimestre de 2017, encerrando o exercício com
15,1%, percentual superior ao apurado no agregado Brasil (11,8%).
Em sua apreciação anual das contas de governo 61, o TCE-RJ destaca que o
exercício de 2017 confirmou a expectativa de estagnação da economia brasileira, queda
da inflação e lento e gradual aquecimento do mercado. Especificamente em relação ao
estado, há um déficit financeiro na ordem de R$ 15.613,65 milhões, reflexo da grave
crise econômica e do descontrole das contas públicas consubstanciada na elevação da
dívida pública, na antecipação de fluxo de caixa futuros e no aumento da renúncia de
receita com concessões de benefícios fiscais. O déficit financeiro compromete despesas
de caráter obrigatório, com reflexos significativos na prestação de serviços públicos
essenciais, impondo a implementação de medidas emergenciais e de reformas
institucionais, com vistas a reestabelecer o equilíbrio das contas públicas.
No exercício de 2016, o governo fluminense reconheceu a gravidade da crise, que
poderia vir a ocasionar “o total colapso na segurança pública, na saúde, na educação, na
mobilidade e na gestão ambiental”, afetando sobremaneira a população. Por essa razão,
por meio do Decreto Estadual nº 45.692, de 17 de junho de 2016, declarou o “estado de
calamidade pública”. O objetivo da promulgação de tais medidas seria valer-se do que
dispõe a Lei Complementar Federal nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), em seu

60 - Estimativa do PIB RJ 2017, em http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/pib/pib.html, acesso em 10 de maio de 2018.


61 - O Desempenho da Economia Fluminense em 2017 - Contas de Governo 2017. Disponível em http://consulta.tce.rj.gov.br/consulta-
processo/Pesquisa/IndexServico?tipo=estado.

77
MAGÉ

artigo 65, para buscar o saneamento das finanças estaduais sem sofrer as limitações e
sanções previstas.
Com o agravamento da crise fiscal e ante a persistência do desequilíbrio
orçamentário-financeiro, o estado aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal instituído pela
Lei Complementar Federal nº 159/2017. O prazo pactuado foi de 36 meses, admitida uma
prorrogação, se necessário, por período não superior àquele originalmente fixado.
O TCE-RJ ressalva que, apesar do resultado negativo do PIB, a produção petrolífera
fluminense bateu novo recorde no exercício de 2017, o que mantém o estado em posição de
destaque em âmbito nacional, na medida em que corresponde a 68% da produção de óleo
do país, e proporciona, ainda, um resultado superavitário na balança comercial estadual, da
ordem de US$ 10,6 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio
Exterior – Secex, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A expectativa para 2018 é de singela recuperação da economia, com projeções de
baixo crescimento do PIB e pequena melhoria na arrecadação de receitas públicas.

PIB regional e dos municípios


No contexto regional ou municipal, a metodologia para apuração do PIB apresenta
apenas os três setores de atividade econômica, abrindo detalhamento somente ao subsetor
de administração pública. A mudança, ocorrida há alguns anos, também excluiu a separação
da produção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos, passando a integrar as
produções industriais de municípios. O rateio da produção de petróleo e gás natural, no caso
de dois ou mais municípios serem confrontantes com o mesmo campo no mar, é proporcional
à área de campo contida entre as linhas de projeção dos limites territoriais do município, até a
linha de limite da plataforma continental. Por conseguinte, a evolução do desempenho da
indústria fica mascarada pela impossibilidade de separação da atividade extração de petróleo
e gás dos demais subsetores industriais. Em virtude dessas restrições, o presente tópico
evidenciará a evolução da agropecuária, da indústria, dos serviços e do PIB per capita, nos
níveis municipal e regional, segregando, no setor de serviços, a administração pública.
Os dados mais recentes divulgados pelo IBGE 62 referem-se ao período de 2010 a
2016. Em nível nacional, o Estado do Rio de Janeiro possui nove municípios entre os 100
maiores produtos. Além da capital, que representou 5,26% do PIB brasileiro em 2016,
ocupando o 2º lugar no ranking nacional, destacaram-se os municípios de Duque de
Caxias (22º lugar, com 0,64% de participação), Niterói (31º lugar, com 0,37%), Macaé
(49º lugar, com 0,28%), Campos dos Goytacazes (50º lugar, com 0,28%), São Gonçalo
(52º lugar, com 0,27%), Nova Iguaçu (54º lugar, com 0,26%), Petrópolis (73º lugar, com
0,20%) e Volta Redonda (87º lugar, com 0,17%).
Entre os 100 maiores PIB per capita, aparecem quatro municípios fluminenses: Porto
Real (29º lugar), Itatiaia (38º), São João da Barra (45º) e Mangaratiba (63º).
Os gráficos seguintes trazem a evolução do PIB dos municípios da Região
Metropolitana 63 no período de 2010 a 2016.

62 - Disponível em https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/contas-nacionais/9088-produto-interno-bruto-dos-
municipios.html?=&t=downloads.
63 - Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito pertenceram à Região das Baixadas Litorâneas até 2013, passando então à Região
Metropolitana.

78
MAGÉ

Gráfico 33: Evolução do PIB a preços de mercado – Região Metropolitana – R$ milhões – 2010-2016

Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

Gráfico 34: Evolução do PIB per capita – Região Metropolitana – R$ milhões – 2010-2016

Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

79
MAGÉ

Gráfico 35: Evolução do valor adicionado da agropecuária – Região Metropolitana – R$ milhões – 2010-2016

Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

Gráfico 36: Evolução do valor adicionado da indústria – Região Metropolitana – R$ milhões – 2010-2016

Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

80
MAGÉ

Gráfico 37: Evolução do valor adicionado da adm. pública – Região Metropolitana – R$ milhões – 2010-2016

Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

Gráfico 38: Evolução do valor adicionado dos demais serviços – Região Metropolitana – R$ milhões – 2010-2016

Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

81
MAGÉ

Em resumo, a tabela que se segue apresenta informações sobre a evolução da


economia de Magé frente aos demais municípios fluminenses, tais como ranking anual
dos setores econômicos, distribuição setorial do valor adicionado bruto, ranking de PIB a
preços de mercado e de PIB per capita:

Tabela 43: Aspectos da economia do município – 2010 a 2016

Ranking no ano Valor adicionado bruto da


Setor econômico atividade econômica em
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2016 (% e R$ mil)
Agropecuária 38 34 30 26 29 24 29 1,15% 39.941
Indústria 39 31 33 35 37 35 33 10,06% 350.094
Administração pública 12 13 15 15 15 15 15 43,93% 1.528.911
Demais serviços 23 25 26 27 26 26 26 44,87% 1.561.520
Total dos setores 100,00% 3.480.464
Impostos sobre produtos 207.877
PIB a preços de mercado 24 26 28 29 30 25 25 3.688.341
PIB per capita 72 77 79 83 82 82 86 15.607
Fonte: Elaboração própria. Dados extraídos do IBGE e da Fundação Ceperj.

Mapa do desenvolvimento
O Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, elaborado pela
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN, apresenta 46 propostas
e 158 ações para o período 2016-2025. O trabalho, que pode ser acessado no
endereço http://www.firjan.com.br/o-sistema-firjan/mapa-do-desenvolvimento/, oferece 10
agendas regionais, uma para a capital e nove para o interior.
Conforme a publicação, o Ranking de Competitividade dos Estados 64 de 2015 foi
liderado por São Paulo. O Rio de Janeiro ocupou a distante oitava posição nacional, atrás
de todos os estados do Sul e do Sudeste, alcançando 66 dos 100 pontos possíveis, o que
foi suficiente apenas para ficar acima dos 53 pontos da média Brasil. Com indicadores
abaixo da média nacional, as áreas mais críticas da competitividade fluminense
apontadas pelo estudo são a infraestrutura, a segurança pública e o crescimento
econômico. O Rio de Janeiro se destacou com nota máxima unicamente pela
disponibilidade e qualidade de seu capital humano.
Para mudar esse quadro desfavorável, a Firjan ouviu sindicatos e empresários de
todo o estado. Por meio de pesquisa e reuniões, mais de 1.000 empresários definiram as
questões mais relevantes à competividade da indústria e de sua cadeia produtiva,
assegurando que as propostas refletissem de fato as questões prioritárias para seus
negócios e para a evolução do estado como um todo.
Ao todo, as propostas são distribuídas em cinco temas: Sistema Tributário,
Mercado de Trabalho, Infraestrutura, Gestão e Políticas Públicas e Gestão Empresarial,
conforme a figura a seguir.

64 - O ranking, desenvolvido pelo Centro de Liderança Pública, com apoio da BM&F Bovespa e pesquisa técnica da The Economist
Intelligence Unit e da Tendências Consultoria Integrada, avalia anualmente os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal.

82
MAGÉ

Agenda regional
A Região Baixada Fluminense – Área II é formada por nove municípios: Belford
Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, Miguel Pereira, Paty do Alferes e São João
de Meriti. Em 2015, os municípios concentravam 2,2 milhões de habitantes, o equivalente
a 13,1% da população estadual.
Em 2013, o PIB da região atingiu R$ 42,7 bilhões, respondendo por 6,8% do PIB
estadual. Já o PIB industrial foi de R$ 3,9 bilhões (2,4% do PIB industrial fluminense).
Com relação ao desenvolvimento socioeconômico, segundo o Índice FIRJAN de
Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2015, todos os municípios da região registraram
desenvolvimento moderado 65.
No que tange à responsabilidade administrativa, o Índice FIRJAN de Gestão Fiscal
(IFGF) 2015 mostrou que todos os municípios desta região obtiveram conceito C,
representativo de uma situação fiscal difícil, tendo como característica comum um baixo
nível de investimentos 66.
Em 2013, a indústria respondeu por 9,3% do PIB da região, com destaque para as
cadeias de petroquímicas e gasquímica, de alimentos e bebidas, química, vestuário,
acessórios, artigos de plástico, veículos automotores, transporte e logística e
metalomecânica. Para a próxima década, a expectativa é de um aumento da atividade
industrial na região, em especial nas cadeias petroquímica e gasquímica, de alimentos e
bebidas, transporte e logística, de vestuário e acessórios e construção civil.
Os empresários da região apontaram seis propostas para a atuação prioritária nos
próximos anos, conforme a figura:

65 - www.firjan.com.br/ifdm.
66 - www.firjan.com.br/ifgf.

83
MAGÉ

A seguir são apresentadas as ações conforme a priorização realizada pelos


empresários da região.

Infraestrutura
• Proposta 1: criação, preservação e adequação de zonas industriais e
empresariais
Definir áreas para a atração e retenção de empresas é fundamental para que a
região possa diversificar seu parque industrial e acelerar seu desenvolvimento. É
preciso criar condições para atrair fornecedores das indústrias e empresas que já estão
instaladas. Porém, para que o investidor possa optar por se instalar na região, é
necessário que existam áreas que ofereçam a infraestrutura adequada, que sejam
preservadas legal e fisicamente, não tenham restrições ambientais e, preferencialmente,
já possuam atividades de interesse identificadas e pré-licenciadas.
Outro ponto importante é que estas áreas sejam estruturadas de forma integrada
em toda a região, garantindo a distribuição de investimentos por todos os municípios,
conforme seu perfil, e promovendo o desenvolvimento mais equilibrado.

Ações que impactam além da Baixada Fluminense – Área II


- Concluir a construção do Comperj, de modo a ampliar a capacidade de refino.
- Promover a gestão integrada da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, de
modo a garantir serviços públicos de qualidade, desenvolvimento equilibrado dos
municípios e otimização da alocação dos recursos públicos e privados.

Ações de impacto direto na Baixada Fluminense – Área II


1. Controlar o crescimento residencial próximo às áreas industriais e seus
acessos, em especial no Arco Metropolitano;
84
MAGÉ

2. Adequar a infraestrutura (acesso, água, energia, gás natural, banda larga etc.)
dos distritos e condomínios industriais existentes e nas áreas de concentração industrial;
3. Criar um Plano Diretor Regional de Desenvolvimento Integrado;
4. Preservar as áreas destinadas à instalação de distritos e condomínios
industriais;
5. Criar uma entidade consorciada para gerir o planejamento e as ações de
impacto regional.

• Proposta 2: adequação da logística e da mobilidade urbana


A qualidade da infraestrutura logística e de mobilidade urbana é um dos fatores
mais importantes para a atratividade de investimentos, uma vez que possui grande
impacto na produtividade e no custo final das mercadorias e serviços. Para que a
infraestrutura seja um atrativo é preciso que as principais rodovias da Baixada
Fluminense – Área II (BR 040, que liga a região ao município do Rio de Janeiro e à
Região Serrana; BR 116, que conecta à Baixada Fluminense – Área I, ao Sul
Fluminense e à cidade do Rio de Janeiro; e o Arco Metropolitano, que integra às regiões
Leste e Baixada Fluminense – Área I) estejam em plenas condições de tráfego.
Além disso, é necessário construir a rodovia TransBaixada, ligando os municípios
da Baixada II à Zona Oeste da capital, diminuindo o fluxo e a saturação da Avenida
Brasil e da Rodovia Washington Luiz, bem como reativar o Arco Ferroviário
Metropolitano em bitola mista entre Itaboraí e Nova Iguaçu, parte integrante da EF 118
(Rio a Vitória), conectando os eixos ferroviários norte e sul do estado.

Ações que impactam além da Baixada Fluminense – Área II


- Estender a rede ferroviária de passageiros da Região Metropolitana do Rio de
Janeiro, visando contemplar as áreas de grande adensamento populacional e
econômico, com condições precárias de transporte.
- Construir a EF 118 (Rio-Vitória), de modo a integrar os complexos portuários do
Rio de Janeiro e do Espírito Santo às malhas ferroviárias do Sul Fluminense (com
acesso a São Paulo, Minas Gerais e à Região Centro-Oeste) e à Estrada de Ferro
Vitória-Minas, o que permitirá acesso á Região Nordeste;
- Concluir os Planos Municipais de Mobilidade Urbana Sustentável, a fim de
melhorar a mobilidade e a distribuição urbana de cargas nos municípios fluminenses e
permitir acesso a recursos federais para obras.

Ações de impacto direto na Baixada Fluminense – Área II


1. Construir o Anel Rodoviário de Campos Elíseos, ligando o Polo Gasquímico ao
Arco Metropolitano, na BR 493, de modo a minimizar os riscos de acidente, reduzir o
custo logístico e melhorar a mobilidade em Duque de Caxias e na BR 040;

85
MAGÉ

2. Construir a rodovia TransBaixada, entre o Arco Metropolitano, em Magé, e a


Avenida Brasil, em Bangu, no Rio de Janeiro;
3. Reativar o Arco Ferroviário Metropolitano em bitola mista, entre Itaboraí e Nova
Iguaçu, conectando os eixos ferroviários norte e sul do Estado do Rio de Janeiro;
4. Estender a Via Light de Nova Iguaçu até o Distrito Industrial de Queimados,
com ligações com a Rodovia Presidente Dutra, a Linha Vermelha e Madureira, no Rio de
Janeiro;
5. Concluir a obras do Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense – Área II e no
Leste Fluminense;
6. Implantar novas linhas hidroviárias de passageiros na Baía de Guanabara.

• Proposta 3: disponibilidade e qualidade de energia, de telefonia e de


banda larga
A oferta e a qualidade da energia têm relação direta com o crescimento
econômico. Energia de qualidade, mais eficiente, com menores custos e com a tensão
adequada para permitir a expansão dos empreendimentos é fundamental para se
alcançar uma melhor competitividade dos produtos industriais e consequentemente uma
contribuição para desenvolvimento econômico e social. Da mesma forma, alguns
setores possuem no gás natural um de seus principais insumos produtivos, o que exige
uma garantia de fornecimento e uma cobertura da rede de distribuição alinhada ao
planejamento das áreas industriais.

Ações que impactam além da Baixada Fluminense – Área II


- Garantir a execução plena do programa Rio Digital, que prevê a instalação, até
2025, de uma rede de fibra óptica com velocidade de 100 megabits por segundo,
atendendo a todos os municípios do estado.
- Regulamentar a Lei das Antenas (Lei Federal nº 13.116/15) nos municípios do
Estado do Rio de Janeiro, unificando e simplificando as regras de instalação de antenas
de telefonia celular.

Ações de impacto direto na Baixada Fluminense – Área II


1. Ampliar a carga de energia disponível nas áreas de concentração industrial, nos
distritos e condomínios industriais e empresariais;
2. Garantir a estabilidade no fornecimento de energia nas áreas de concentração
industrial, nos distritos e condomínios industriais e empresariais;
3. Garantir a universalização da cobertura de energia elétrica;
4. Universalizar a rede de distribuição de gás natural nas áreas industriais
consolidadas e potenciais;

86
MAGÉ

• Proposta 4: ordenamento habitacional


A identificação e a qualificação das áreas habitacionais, integradas ao
ordenamento das áreas de interesse industrial, com acesso à rede de infraestrutura
urbana e serviços públicos – saneamento básico, energia elétrica, transporte, saúde,
educação e segurança – são essenciais para evitar os prejuízos causados pela ocupação
desordenada e favelização. Os núcleos habitacionais precisam oferecer fácil acesso aos
polos geradores de empregos (indústrias, centros comerciais e de serviços), através de
um planejamento que impeça a ocupação de áreas destinadas ao desenvolvimento
industrial.

Ação que impacta além da Baixada Fluminense – Área II


- Revitalizar e reurbanizar áreas urbanas degradadas, contemplando a adaptação
de instalações prediais a novo perfil urbanístico (retrofit).

Ações de impacto direto na Baixada Fluminense – Área II


1. Impedir a ocupação irregular, em especial nas áreas industriais e seus entornos;
2. Adequar a infraestrutura de transporte, saneamento, energia e telecomunicação
nas áreas de baixa renda;
3. Identificar, preservar e desenvolver novas áreas para núcleos habitacionais
formados por residências, comércio e serviços;
4. Requalificar e incentivar a ocupação de áreas urbanas que já possuem
infraestrutura de transporte, saneamento, energia e telecomunicação;
5. Impedir a ocupação habitacional de áreas industriais e de seus entornos, em
especial no Arco Metropolitano.

• Proposta 5: sistema de saneamento ambiental


O saneamento ambiental tem se tornado, cada vez mais, um mecanismo de
ganhos tangíveis para a indústria, em especial com a redução do uso da energia elétrica e
da água e com o reaproveitamento de resíduos no processo industrial. A captação direta
de água e o reuso pela indústria, além de reduzir os custos do insumo, traz benefícios
para a rede geral de abastecimento, pela redução do volume retirado do sistema. Ao
mesmo tempo, é necessário adotar programas voltados a aumentar a oferta de água
disponível, como a construção de reservatórios e cisternas.
Por sua vez, a universalização da coleta e do tratamento de esgoto traz
resultados positivos para a preservação dos mananciais e da oferta de água, assim
como a melhor qualidade da água tem impactos sobre o agronegócio e a qualidade de
vida da população. Programas de coleta seletiva e reciclagem de resíduos domésticos
e industriais e sua destinação para centros de tratamento e reaproveitamento geram
matérias-primas para diversas cadeias produtivas e melhoram a qualidade de vida.

87
MAGÉ

Ações que impactam além da Baixada Fluminense – Área II


- Combater a poluição nas bacias hidrográficas, por meio de ações de educação
ambiental, recuperação de matas ciliares e intensificação da coleta de resíduos sólidos
urbanos em áreas críticas das bacias;
- Reduzir as perdas no sistema de distribuição de água, intensificando o
monitoramento e estabelecendo metas de redução;
- Estruturar programas de incentivo à implantação e uso de estações de
dessalinização.

Ações de impacto direto na Baixada Fluminense – Área II


1. Ampliar a rede de Centros de Tratamento de Resíduos urbanos e industriais e
instalar unidades locais de coleta e reciclagem para aumentar a destinação segura de
resíduos;
2. Garantir a universalização do sistema de abastecimento de água;
3. Universalizar a rede coletora de esgoto, inclusive com a construção de estações
de tratamento;
4. Autorizar, quando possível, a captação direta de água pela indústria (construção
de poços artesianos, o uso de mananciais subterrâneos etc.);
5. Implantar novas adutoras e sistemas de bombeamento para garantir o
abastecimento de água nas localidades não atendidas ou com atendimento precário;
6. Agilizar o procedimento de permissão para o reúso de água para fins industriais
no processo interno e entre indústrias de cadeias complementares;
7. Garantir a oferta de água às áreas de interesse industrial no entorno do Arco
Metropolitano;
8. Buscar novos mananciais para o sistema de abastecimento de água;
9. Construir reservatórios e cisternas para aumentar o volume de água reservada e
disponível no sistema de abastecimento geral.

Mercado de trabalho
• Proposta 6: educação e qualificação da mão de obra
A educação de qualidade em todos os níveis – básico, profissional e superior – é
essencial para a competitividade industrial, em especial no ensino fundamental e médio,
nas disciplinas de matemática, ciências e português, essenciais para o aprendizado e o
desempenho profissional. Mão de obra qualificada para a utilização de processos e
máquinas modernas é um instrumento essencial para o desenvolvimento econômico,
industrial e social. O investimento em educação deve ocorrer de forma a contribuir para
a estruturação de uma indústria melhor distribuída na região, sendo um importante
instrumento de uma política de desenvolvimento do Baixada Fluminense – Área II.

88
MAGÉ

Ação que impacta além da Baixada Fluminense – Área II


- Elevar a escolaridade dos trabalhadores da indústria fluminense e de sua cadeia
produtiva, oferecendo formação no ensino fundamental de 2º segmento (6º ao 9º anos) e
no ensino médio, no próprio ambiente de trabalho.

Ações de impacto direto na Baixada Fluminense – Área II


1. Implantar programas voltados para melhoria do nível de escolaridade e da
qualidade do ensino;
2. Ampliar a qualificação dos professores da rede pública;
3. Alinhar continuamente os cursos do SENAI Rio às novas necessidades do
mercado de trabalho.

89
MAGÉ

VI - INDICADORES FINANCEIROS

O presente capítulo trata da análise do desempenho econômico financeiro do


município de Magé, com base em informações constantes das prestações de contas de
governo municipal encaminhadas ao Tribunal de Contas para emissão de parecer prévio 67,
não abordando questões de legalidade, legitimidade e economicidade, objeto de
avaliação pelo Corpo Deliberativo do TCE-RJ.
A evolução e a composição das receitas e despesas 68 no período de 2012 a 2017
são demonstradas nos gráficos abaixo, lembrando que as cifras apresentadas neste
capítulo são em valores nominais.
Gráficos 39: Receitas totais – 2012-2017

Mil reais 500.000


450.000
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Receitas de Capital 2.883 1.036 3.539 1.414 1.023 588
Receitas Correntes 338.501 372.124 402.290 406.224 424.164 430.062
Receita Total 341.384 373.160 405.830 407.637 425.188 430.650

Gráficos 40: Despesas totais – 2012-2017

Mil reais 500.000


450.000
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Despesas de Capital 12.950 19.456 15.161 4.347 9.572 7.401
Despesas Correntes 323.724 375.949 386.053 418.051 424.594 439.817
Despesa total 336.674 395.405 401.214 422.398 434.166 447.218

Fonte: elaboração própria

67 - Além das informações de natureza orçamentária, financeira e patrimonial obtidas nas prestações de contas de governo municipal,
também foram consultadas fontes adicionais como: relatórios da receita municipal extraídos do Sistema Integrado de Gestão Fiscal –
SIGFIS; IBGE: estimativa da população encaminhada pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União – TCU.
68 - Os valores de despesas de capital incluem juros e encargos, com reflexo nos indicadores 2, 3 e 7, apresentados nas páginas seguintes.

90
MAGÉ

A receita realizada aumentou 26% no período entre 2012 e 2017, enquanto a


despesa cresceu 33%.
Com relação à composição das receitas correntes, os gráficos a seguir apresentam
sua evolução no período de seis anos em análise:

Gráficos 41, 42, 43, 44, 45 e 46: Composição das receitas correntes – 2012-2017

2012 2013

0,8% 0,9%
8,8% 8,6%
36,1% 17,2% 38,5% 15,7%
3,5%
29,4% 28,1%
3,4% 0,0%
4,7%

0,0%
4,2%

2014 2015

1,4% 0,9%
8,7% 12,6%
37,9% 15,9% 39,4% 11,4%
4,4%
27,3% 26,6%
3,3% 0,0%
0,0% 4,7%
5,4%

2016 2017

1,5% 0,4%
9,9% 10,7%
38,8% 9,1% 41,8% 12,0%
4,8% 4,9%
8,3%
0,0%
27,5% 28,2%
0,0%
2,1%

Fonte: elaboração própria

91
MAGÉ

O montante transferido pela União e pelo estado ao município (excluída a parcela


do IRRF) teve um aumento de 26% entre 2012 e 2017 69:

Gráfico 47: Transferências totais para o município – 2012-2017

Mil reais 400.000

350.000

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Correntes e de Capital 279.851 306.164 326.456 314.673 319.765 352.363

Fonte: elaboração própria

A receita tributária 70, por sua vez, teve um crescimento de 54% no mesmo período.
A evolução desta rubrica foi beneficiada pelo aumento de 94% na arrecadação do IPTU,
80% do ISS, 20% das taxas e 27% do Imposto de Renda retido na fonte. Houve uma
queda de 7% no ITBI.

Gráfico 48: Receitas tributárias – 2012-2017


Mil reais 60.000 51.209
45.884
50.000 42.053
40.000 34.893
29.765 31.974
30.000

20.000

10.000

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
IPTU 3.829 8.589 7.424 9.631 9.596 7.416
Imposto de Renda 7.536 2.380 600 9.471 5.126 9.565
ITBI 1.050 1.520 1.206 903 1.077 973
ISS 11.954 12.302 18.287 23.528 20.454 21.475
Taxas 5.397 7.183 7.364 7.399 5.491 6.455
Contribuição de Melhoria - 1 12 276 308 -
Receita Tributária Total 29.765 31.974 34.893 51.209 42.053 45.884

Fonte: elaboração própria

69 - A partir desta edição, foram apresentadas a título de transferências da União e do estado apenas as transferências correntes.
70 - Para efeito deste estudo, receita tributária corresponde ao esforço realizado pelo ente federativo municipal em arrecadar tributos
de forma direta, acrescido do Imposto de Renda, não se levando em consideração quaisquer outras transferências.

92
MAGÉ

O gráfico a seguir apresenta a cobrança da dívida ativa em comparação ao seu


estoque total no período analisado 71.

Gráfico 49: Eficácia da cobrança da dívida ativa – 2012-2017

Mil reais 300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Estoque no ano 130.500 139.078 171.979 216.454 209.270 266.888
Cobrança no exercício 3.634 6.591 10.059 7.682 7.185 6.871

Fonte: elaboração própria

As transferências correntes da União cresceram 22% no período, com aumento de


64% no repasse do Fundo de Participação dos Municípios e ingressos de Outras
Transferências.
Gráfico 50: Transferências correntes da União – 2012-2017
Mil reais 140.000 121.273
116.603
120.000 110.009 108.178
99.533 104.404
100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
FPM 36.126 38.620 41.654 42.610 49.613 59.067
ITR 74 78 86 85 69 66
ICMS Exportação 519 113 127 138 137 174
Outras 62.814 65.592 68.141 65.344 66.783 61.967
Total 99.533 104.404 110.009 108.178 116.603 121.273

Fonte: elaboração própria

Como mostra o gráfico na página a seguir, a evolução das transferências correntes


do estado foi de 47% no período, tendo contribuído para tanto um aumento de 65% no
repasse do ICMS e um crescimento de 37% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb.

71 - Vale destacar que a prestação de contas de governo não aponta a “idade” das dívidas em estoque, tão pouco segrega os dados
em dívida tributária e não tributária.

93
MAGÉ

Gráfico 51: Transferências correntes do estado – 2012-2017


Mil reais 200.000 179.639
180.000 160.181 164.419
152.478
160.000 143.168
140.000 122.005
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
ICMS 29.847 33.649 35.919 40.541 38.116 49.368
IPVA 4.488 5.607 6.004 7.169 8.334 11.264
IPI 802 856 943 879 923 1.060
FUNDEB 85.969 102.562 108.751 111.497 116.846 117.737
Outras 897 494 861 95 200 209
Total 122.005 143.168 152.478 160.181 164.419 179.639

Fonte: elaboração própria

Os indicadores a seguir são úteis para melhor interpretação das finanças públicas
municipais:

1. Indicador de equilíbrio orçamentário

receita arrecadada = R$ 430.650.047,77 = 0,9630


despesa executada R$ 447.218.020,61

Esse quociente demonstra o quanto da receita realizada serve de cobertura para a


despesa executada.
A interpretação objetiva desse quociente nos leva a considerar que há R$ 96,30
para cada R$ 100,00 de despesa executada, apresentando déficit de execução.
Para os exercícios anteriores, o gráfico a seguir apresenta sua evolução,
demonstrando desequilíbrio orçamentário em quatro dos seis anos em análise.

Gráfico 52: Indicador de equilíbrio orçamentário –2012-2017


1,0200 1,0140 1,0115

1,0000
0,9793
0,9800
0,9651 0,9630
0,9600
0,9437

0,9400

0,9200

0,9000
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

94
MAGÉ

2. Indicador do comprometimento da receita corrente com a máquina


administrativa

despesas correntes = R$ 439.817.497,78 = 1,02


receitas correntes R$ 430.062.209,10

Esse indicador mede o nível de comprometimento do município com o


funcionamento da máquina administrativa, utilizando-se recursos provenientes das
receitas correntes.
Do total da receita corrente, 102% são comprometidos com despesas correntes. O
gráfico a seguir apresenta a evolução desse indicador desde 2012:

Gráfico 53: Indicador do comprometimento da receita corrente com o custeio – 2012-2017


1,04 1,03
1,02
1,02 1,01
1,00
1,00

0,98
0,96 0,96
0,96

0,94

0,92

0,90
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

As despesas correntes destinam-se à manutenção dos serviços prestados à


população, inclusive despesas de pessoal, mais aquelas destinadas a atender a obras de
conservação e adaptação de bens móveis, necessárias à operacionalização dos órgãos
públicos.
Tais despesas tiveram um acréscimo de 36% entre 2012 e 2017, enquanto as
receitas correntes cresceram 27% no mesmo período.

3. Indicador de autonomia financeira


receita tributária própria = R$ 45.883.704,64 = 0,104
despesas correntes R$ 439.817.497,78
Esse indicador mede a contribuição da receita tributária própria do município no
atendimento às despesas com a manutenção dos serviços da máquina administrativa.
Como se pode constatar, o município apresentou uma autonomia de 10,4% no
exercício de 2017. A evolução desse indicador está demonstrada no gráfico a seguir.

95
MAGÉ

Gráfico 54: Indicador de autonomia financeira – 2012-2017


0,900

0,800

0,700

0,600

0,500

0,400

0,300
0,122
0,200 0,092 0,090 0,099 0,104
0,085
0,100

0,000
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

Houve aumento da autonomia municipal, uma vez que a receita tributária cresceu
54% no período, contra 36% de aumento das despesas correntes.
No período analisado, houve elevação na capacidade do ente em manter as
atividades e serviços próprios da administração com recursos oriundos de sua
competência tributária, o que o torna menos dependente de transferências de recursos
financeiros dos demais entes governamentais.

4. Indicador do esforço tributário próprio


receita tributária própria = R$ 45.883.704,64 = 0,107
receita arrecadada R$ 430.650.047,77
Esse indicador tem como objetivo comparar o esforço tributário que o município realiza
no sentido de arrecadar tributos próprios em relação ao total das receitas arrecadadas.
Os recursos financeiros gerados em decorrência da atividade tributária própria do
município correspondem a 10,7% da receita total, enquanto, no período analisado, sua
performance está demonstrada no gráfico a seguir.
Gráfico 55: Indicador do esforço tributário próprio – 2012-2017
0,140 0,126

0,120 0,107
0,099
0,100 0,087 0,086 0,086

0,080

0,060

0,040

0,020

0,000
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

96
MAGÉ

5. Indicador da dependência de transferências de recursos

transferências correntes e de capital = R$ 301.500.299,07 = 0,70


receita arrecadada R$ 430.650.047,77
A receita de transferências 72 representa 70% do total da receita do município em
2017. O gráfico a seguir apresenta valores desse indicador para anos anteriores.
Gráfico 56: Indicador da dependência de transferência de recursos – 2012-2017
1,000
0,828 0,823 0,813 0,820
0,775 0,754
0,800

0,600 0,700
0,657 0,666 0,656 0,662 0,663

0,400

0,200

0,000
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Sem royalties Com royalties

Fonte: elaboração própria

Caso somássemos as receitas de royalties ao numerador acima, a dependência de


recursos transferidos, para o exercício de 2017, subiria para 82%.
Esse indicador reforça os comentários a respeito da autonomia financeira do
município em face de sua dependência das transferências e, mais recentemente, de
royalties e demais participações governamentais que, no gráfico a seguir, estão incluídos
na receita própria e representaram R$ 51,5 milhões em 2017.

Gráfico 57: Comparativo entre transferências correntes de outros entes e receita própria – 2012-2017

Mil reais 350.000

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Transferências correntes e de capital 224.420 248.608 266.026 269.772 281.999 301.500
Receita própria (tributária e não) 116.963 124.552 139.804 137.865 143.189 129.150
Receita própria/ Transferências 52% 50% 53% 51% 51% 43%

Fonte: elaboração própria

72 - O cômputo inicial das receitas de transferências não levou em consideração em seu somatório os montantes auferidos a título de
receitas com royalties.

97
MAGÉ

6. Indicador da carga tributária per capita

receita tributária própria + cobrança da dívida ativa 73 =


população do município

R$ 45.883.704,64 + R$ 6.870.516,35 = R$ 222,20/habitante


237.420
Esse indicador reflete os recursos próprios auferidos pelo município, isto é, a receita
tributária acrescida de valores cobrados da dívida ativa e dividida por habitante do
município.
Ao longo do exercício de 2017, cada habitante contribuiu para o fisco municipal
com R$ 222,20. Nos exercícios anteriores, tais contribuições estão expressas em valores
correntes no gráfico a seguir, havendo elevação de 53% no período.

Gráfico 58: Indicador da carga tributária per capita – 2012-2017


300,00
250,80
250,00 222,20
208,35
192,40
200,00
165,93
144,86
150,00

100,00

50,00

0,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

7. Indicador das despesas correntes per capita

despesas correntes = R$ 439.817.497,78 = R$ 1.852,49/habitante


população do município 237.420

Esse indicador objetiva demonstrar, em tese, o quanto com que cada cidadão
arcaria para manter a operacionalização dos órgãos públicos municipais.
Caberia a cada cidadão, caso o município não dispusesse de outra fonte de
geração de recursos, contribuir com R$ 1.852,49 em 2017. Nos exercícios anteriores, os
valores estão expressos no próximo gráfico, havendo elevação de 32% no período de
2012 a 2017.

73 - Os dados referentes à cobrança da dívida ativa não apresentam subdivisão entre dívida ativa tributária e não tributária.

98
MAGÉ

Gráfico 59: Indicador do custeio per capita – 2012-2017


2.000,00 1.796,70 1.852,49
1.652,38 1.780,39
1.800,00
1.617,55
1.404,03
1.600,00

1.400,00

1.200,00

1.000,00

800,00

600,00

400,00

200,00

0,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

8. Indicador dos investimentos per capita


investimentos = R$ 7.165.339,55 = R$ 30,18/habitante
população do município 237.420

Esse indicador objetiva demonstrar, em relação aos investimentos públicos


aplicados, o quanto representariam em benefícios para cada cidadão.
Em 2017, cada habitante recebeu da administração pública, na forma de
investimentos, o equivalente a R$ 30,18 em benefícios diretos e indiretos. O investimento
per capita dos anos anteriores está expresso no gráfico que segue.
Se considerarmos que cada cidadão contribuiu para os cofres municipais com
R$ 222,20 (vide Indicador nº 6 – carga tributária per capita), a quantia de R$ 30,18
representaria praticamente que 14% dos tributos pagos retornaram como investimentos
públicos.

Gráfico 60: Indicador dos investimentos per capita – 2012-2017


90,00
82,74
80,00

70,00 61,14
55,48
60,00

50,00
40,13
40,00
30,18
30,00
17,07
20,00

10,00

0,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

99
MAGÉ

9. Indicador do grau de investimento

investimentos = R$ 7.165.339,55 = 0,017


receita arrecadada R$ 430.650.047,77

Esse indicador reflete a contribuição da receita total na execução dos


investimentos.
Os investimentos públicos correspondem a 1,7% da receita total do município. A
restrição de investimentos ocorre de forma a não comprometer a liquidez com a utilização
de recursos de terceiros ou com a própria manutenção da máquina administrativa, uma
vez que, somente com despesas de custeio (Indicador nº 2 – comprometimento da receita
corrente com a máquina administrativa) já se comprometem 102% das receitas correntes.
Esse quociente diminuiu entre 2012 e 2017, conforme o gráfico, que evidencia a
seguinte parcela dos recursos públicos direcionados ao desenvolvimento do município.

Gráfico 61: Indicador do grau de investimento – 2012-2017


0,060

0,050 0,052

0,037
0,040
0,035

0,030
0,022
0,020 0,017

0,010
0,010

0,000
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

10. Indicador da liquidez corrente

ativo financeiro = R$ 172.071.622,29 = 1,02


passivo financeiro R$ 168.811.152,24

Esse quociente mede a capacidade da entidade de pagar as suas obrigações com


as suas disponibilidades monetárias.
O quociente acima revela perspectivas favoráveis à solvência imediata dos
compromissos de curto prazo assumidos pela prefeitura.
O gráfico a seguir aponta que a situação de liquidez do município esteve em
equilíbrio em cinco dos seis anos analisados.

100
MAGÉ

Gráfico 62: Indicador da liquidez corrente – 2012-2017


1,60
1,38
1,40 1,28
1,17
1,20 1,13
1,02
0,98
1,00

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: elaboração própria

A série histórica apresentada para o índice de liquidez exclui as aplicações dos


regimes próprios de previdência. Neste sentido, cabe registrar que o resultado
previdenciário no exercício de 2017 foi superavitário em R$ 14.451,37.
Nas páginas finais deste volume, após a Conclusão, estão publicadas as tabelas
contendo as informações essenciais referentes às receitas e despesas de todos os
municípios fluminenses, para fins comparativos. São apresentados valores, rankings e
indicadores com base nas receitas totais e per capita (tabela A), despesas totais e per
capita (tabela B), carga tributária per capita (tabela C), despesa corrente per capita (tabela
D), investimento per capita (tabela E) e royalties (tabela F).

101
MAGÉ

VII - DIAGNÓSTICO DO TURISMO FLUMINENSE

Introdução
O Plano Nacional de Turismo é o instrumento que estabelece as diretrizes e
estratégias para a implementação da política nacional do setor, com o objetivo principal
de ordenar as ações do setor público, orientando o esforço do Estado e a utilização dos
recursos públicos para o desenvolvimento do turismo.
Desenvolvido pelo Ministério do Turismo em conjunto com segmentos turísticos
do país, o plano se propõe, no período de 2018 a 2022, a modernizar e desburocratizar
o setor de turismo, visando à ampliação de investimentos e ao acesso ao crédito, como
forma de estimular a competitividade e a inovação, investindo na promoção do destino
Brasil interna e internacionalmente e na qualificação profissional e dos serviços, a fim de
fortalecer a gestão descentralizada e a regionalização do turismo.
Conforme a categorização adotada pelo Mapa do Turismo, elaborado pelo
Ministério do Turismo, o Estado do Rio de Janeiro possui 22% dos seus municípios
classificados como tipo A ou B em turismo, em contraposição ao percentual nacional,
que é de 7,19%. Tendo em vista que pode estar ocorrendo uma perda da potencialidade
turística do estado, em face de possível mau aproveitamento da oferta de atividades
turísticas, a equipe técnica dos Estudos Socioeconômicos realizou um mapeamento das
práticas adotadas pelos municípios fluminenses.
Um questionário foi enviado por e-mail para os 91 municípios sob a jurisdição do
TCE-RJ, dos quais 56 responderam as informações solicitadas. Entre os municípios que
não responderam ao questionário no prazo fixado estão alguns apontados como
prioritários para o desenvolvimento do turismo nos polos litorâneo e serrano: Mangaratiba
e Rio Claro, da Costa Verde; Araruama, situado na Costa do Sol; Teresópolis, que
pertence à Serra Verde Imperial; Valença, no Vale do Café; e Resende, que pertence à
região das Agulhas Negras.

Plano Nacional de Turismo 2018-2022


Em 2017, o turismo mundial superou as expectativas de crescimento, com 1,322
bilhão de viajantes internacionais, o que significa um aumento de 7% com relação a
2016, representando o melhor resultado em sete anos (OMT, 2018) 74. O setor
movimentou US$ 7,6 trilhões em 2017, representando 10% de toda a riqueza gerada na
economia mundial, conforme dados do Word Travel & Tourism Council – WTTC. Além
disso, o turismo é responsável por 292 milhões de empregos, o equivalente a um em
cada 10 na economia global.
No Brasil, a participação direta do turismo na economia foi de US$ 56,8 bilhões em
2016, o equivalente a 3,2% do PIB. Já a contribuição total do setor foi de US$ 152,2
bilhões, 8,5% do PIB Nacional. A WTTC estima um crescimento de 3,3% até 2027,
chegando à contribuição total do setor na economia a 9,1% do PIB, o equivalente a
US$ 212,1 bilhões.

74 - Plano Nacional de Turismo. Ministério do Turismo, 2018.

102
MAGÉ

Gráfico 63: Impacto no PIB por setor – Brasil – 2016

Fonte: WTTC, 2017. Extraído do Plano Nacional de Turismo.

Quanto ao nível de emprego no país, segundo dados do WTTC, o setor gerou mais
de 7 milhões de empregos em 2016, o que representa 7,8% do emprego total. Devido à
crise econômica e ao aumento do desemprego nacional, houve uma redução do nível de
empregos nos anos de 2015 e 2016, conforme o demonstrado no gráfico a seguir. Estão
incluídas, como geradoras de empregos diretos, as atividades relacionadas a hotelaria,
agências de turismo, companhias aéreas, demais tipos de transportes de passageiros e
turistas, além de restaurantes e empreendimentos de lazer.

Gráfico 64: Emprego total no setor de turismo (em milhões) – Brasil – 2013/2016

Fonte: WTTC, 2017. Extraído do Plano Nacional de Turismo.

Em relação à demanda internacional, as chegadas de turistas ao país atingiram o


maior patamar já registrado – 6,57 milhões de chegadas em 2016. A Argentina é o maior
emissor de turistas internacionais para o Brasil, seguida pelos Estados Unidos, o que
representou, respectivamente, 34,9% e 8,7% do total de turistas em 2016.
O lazer é a principal motivação de viagem ao Brasil, tendo representado 56,8% do
mercado internacional em 2016. Os turistas que viajam ao Brasil a negócios ou para
participar de feiras e convenções representam uma parcela importante, mas o número
vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2016, esse segmento caiu 4% em relação a
2015. Outro dado importante aponta que os turistas que vêm ao Brasil em viagens a
lazer não são os que mais gastam no país: em 2016, esses visitantes gastaram, em

103
MAGÉ

média, US$ 61,41 por dia, enquanto os estrangeiros que vieram a negócios deixaram
cerca de US$ 82,54.
A receita cambial turística, em 2017, registrou US$ 5,8 bilhões (3,6% menor do que
os US$ 6 bilhões auferidos em 2016), um pouco abaixo da média (US$ 5.982 milhões)
computada dos últimos 10 anos. Por outro lado, a despesa cambial turística totalizou, em
2017, US$ 19 bilhões, com crescimento de 31,07% em relação ao registrado em 2016
(US$ 14,5 bilhões). Atualmente, o déficit da balança comercial do turismo é de US$ 13
bilhões.
Gráfico 65: Balança comercial do turismo (em US$ bilhões) – Brasil – 2008/2017

Fonte: Banco Central, 2017. Extraído do Plano Nacional de Turismo.

De acordo com as análises da Organização Mundial do Turismo, o turismo interno é


dez vezes maior que o volume do turismo internacional. Cerca de 50% dos domicílios com
telefones fixos no Brasil possuíam ao menos um morador que viajou pelo Brasil durante o
ano de 2017. Verifica-se, também, que quanto maior a classe de renda, maior a proporção
de domicílios que indicaram ter ao menos um morador que consumiu viagens de turismo
em 2017.
Gráfico 66: Percentual de domicílios com moradores que viajaram em 2017 – Brasil – Classe de renda

Fonte: Ministério do Turismo. Extraído do Plano Nacional de Turismo.

104
MAGÉ

Outro indicador da expansão do turismo nacional é o volume de empréstimos


concedidos pelos bancos oficiais (Caixa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da
Amazônia e BNDES) às empresas do setor de turismo. As linhas de crédito destinam-se
a construção e reformas de hotéis, bares, restaurantes, agências de turismo, parques
temáticos e outras atividades relacionadas. De 2003 – ano de criação do Ministério do
Turismo – até setembro de 2017, os investimentos no setor totalizaram R$ 94,8 bilhões.
O maior volume de empréstimos foi concedido no período preparatório para a realização
da Copa do Mundo de Futebol Fifa 2014 e dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Desde a sua criação, o Ministério do Turismo destinou R$ 13,47 bilhões para
investimentos em estruturação de destinos. Os investimentos possibilitaram a implantação
de infraestrutura turística pública, a elaboração de planos para desenvolvimento territorial
do turismo e projetos de estruturação e ordenamento, por meio do Programa de Apoio a
Projetos de Infraestrutura Turística e do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Nacional
do Turismo – Prodetur, mediante contratos de repasse e convênios com entes
federativos, envolvendo mais de 18,8 mil empreendimentos, dos quais cerca de 13 mil
estão concluídos.
Gráfico 67: Recursos orçamentários destinados ao turismo (R$ bilhões) – Brasil – 2003/2017

Fonte: Ministério do Turismo, 2018. Extraído do Plano Nacional de Turismo.

A oferta de meios de hospedagem, por exemplo, cresceu 15% nas capitais


brasileiras, no período de 2011 a 2016. O número de leitos nessas cidades passou de
554.227 para 639.352. Segundo os resultados da Pesquisa de Serviços de Hospedagem
– PSH 2016, do IBGE, o Brasil tem uma oferta de 31.299 meios de hospedagem. O
Estado de São Paulo é o que concentra o maior número, sendo responsável por 21% de
toda a oferta nacional. Considerando as regiões brasileiras, a grande concentração da
rede hoteleira encontra-se na Região Sudeste, com 41,8% dos estabelecimentos.
O último relatório do Fórum Econômico Mundial – WEF, intitulado The Travel &
Tourism Competitiveness Report – TTCR, realizado em 2017, colocou o Brasil na 27ª
colocação num ranking de 136 países analisados. Desde 2007, o Brasil avançou 32

105
MAGÉ

posições. O Brasil é considerado o número 1 no quesito diversidade de recursos


naturais, além de se destacar como 8º classificado no item recursos culturais. No
entanto, no quesito “priorização do setor”, fica na 106ª posição e no item “ambiente de
negócios”, em 129º, devido à ineficiência do arcabouço legal, burocracia e impostos
elevados.

Gráfico 68: Classificação do Brasil nos indicadores de competitividade internacional

Fonte: Forum Econômico Mundial, 2017. Extraído do Plano Nacional de Turismo.

O Ministério do Turismo, em 2017, lançou o pacote de medidas “Brasil + Turismo”,


com o objetivo de fortalecer e tornar o turismo um importante vetor de desenvolvimento
econômico, por meio da apresentação de soluções técnicas emergenciais para gargalos
históricos do setor. A partir da definição das metas a serem alcançadas até o ano de
2022, já estabelecidas a partir do Brasil + Turismo, foram estabelecidas as estratégias e
iniciativas do Plano Nacional de Turismo, cujo êxito depende da coordenação de esforços
no âmbito do governo federal, das esferas estaduais e municipais e do trade turístico.

Tabela 44: Metas globais para o turismo no Brasil – 2018/2022

Aumentar a entrada anual de turistas estrangeiros de 6,5 para 12 milhões


Aumentar a receita gerada pelos visitantes internacionais de US$ 6,5 para US$ 19 bilhões
Ampliar de 60 para 100 milhões o número de brasileiros viajando pelo país
Ampliar de 7 para 9 milhões o número de empregos no turismo

Tabela 45: Diretrizes para o desenvolvimento do turismo nacional – 2018/2022

Fortalecimento da regionalização
Melhoria da qualidade e competitividade
Incentivo à inovação
Promoção da sustentabilidade

106
MAGÉ

Tabela 46: Linhas de atuação e suas iniciativas – 2018/2022

Ordenamento, gestão e monitoramento: fortalecer e aperfeiçoar o monitoramento da atividade


turística no país; ampliar e aprimorar os estudos e as pesquisas; aperfeiçoar o ambiente legal
e o normativo do setor; apoiar o planejamento integrado ao setor de segurança pública;
fortalecer a gestão descentralizada.
Estruturação do turismo brasileiro: aprimorar a oferta turística nacional; promover e facilitar a
atração de investimentos e a oferta de crédito; melhorar a infraestrutura nos destinos e nas
regiões turísticas.
Formalização e qualificação no turismo: intensificar a qualificação; ampliar a formalização dos
prestadores de serviços.
Incentivo ao turismo responsável: intensificar o combate à violação dos direitos das crianças e
dos adolescentes; possibilitar o acesso democrático de públicos prioritários de demanda à
atividade turística; promover a integração da produção local à cadeia produtiva e desenvolver
o turismo de base local; estimular a adoção de práticas sustentáveis no setor.
Marketing e apoio à comercialização: intensificar ações para facilitação de vistos; definir o
posicionamento estratégico do Brasil como produtor turístico; incrementar a produção nacional
e internacional dos destinos e produtos turísticos brasileiros.

Programa de Regionalização do Turismo


A Política Nacional de Turismo, estabelecida pela Lei 11.771/2008, tem dentre os
seus princípios a regionalização do turismo. Esta trabalha sob a perspectiva de que
mesmo um município que não possui uma clara vocação para o turismo – ou seja, que
não recebe o turista em seu território – pode dele se beneficiar, se esse município
desempenhar um papel de provedor ou fornecedor de mão-de-obra ou de produtos
destinados a atender o turista. O trabalho regionalizado permite, assim, ganhos não só
para o município que recebe o visitante, mas para toda a região.
O Programa de Regionalização do Turismo trabalha a convergência e a interação de
todas as ações desempenhadas pelo Ministério do Turismo com estados, regiões e
municípios brasileiros. Seu objetivo principal é o de apoiar a estruturação dos destinos, a
gestão e a promoção do turismo no país. Esse programa de enfoque territorial foi
reformulado em 2013, quando foram definidos seus oito eixos de atuação, que orientam as
ações de apoio à gestão, estruturação e promoção do turismo nas regiões e municípios.
Tabela 47: Estratégias do Programa de Regionalização do Turismo

MAPEAMENTO: define o território a ser trabalhado; o Mapa do Turismo Brasileiro é a base


territorial de atuação dessa política para o desenvolvimento do turismo.
CATEGORIZAÇÃO: divide os municípios constantes no Mapa do Turismo Brasileiro, de
acordo com o desempenho de suas economias do turismo.
FORMAÇÃO: prevê a capacitação de gestores públicos e a publicação de cartilhas de
orientação para o desenvolvimento do turismo.
FOMENTO À REGIONALIZAÇÃO: prevê o apoio financeiro do Ministério do Turismo aos
estados, regiões e municípios na implantação de seus projetos.
COMUNICAÇÃO: engloba a constituição de uma rede nacional de interlocutores do programa,
facilitando a interação em prol do desenvolvimento o turismo.
MONITORAMENTO: avalia a evolução do programa e garante eventuais correções de rumo.

107
MAGÉ

Os interlocutores têm papel fundamental na implementação do Programa de


Regionalização do Turismo. São eles que recebem as orientações do Ministério do
Turismo para o planejamento, implementação, acompanhamento e avaliação das ações
em âmbitos estadual, regional e municipal. Eles atuam de forma articulada, formando a
Rede Nacional de Regionalização, fonte de troca de experiências, intercâmbio e inovação.

Tabela 48: Atribuições dos interlocutores regionais

Planejar e coordenar as ações do programa, em âmbito regional.


Articular, negociar e estabelecer parcerias, em âmbito regional.
Monitorar e avaliar as ações do programa, em âmbito regional.
Produzir e disseminar informações e conhecimentos, assim como validar o conjunto de dados
e informações produzidos pelos municípios.
Dar suporte a interlocutores estaduais e municipais nas ações e atividades do programa.
Participar dos encontros dos interlocutores quando solicitado, e dos encontros nacionais de
turismo.

Tabela 49: Atribuições dos interlocutores municipais

Mobilizar os segmentos organizados para o debate e a indicação de propostas locais para o


município.
Integrar os diversos setores locais em torno da proposta de regionalização.
Participar de debates da formulação das estratégias locais para o desenvolvimento do
município.
Planejar e executar ações locais, integradas às regionais.
Produzir e coletar dados e informações que permitam a identificação do nível de
desenvolvimento dos destinos.
Dar suporte a interlocutores regionais e estaduais nas ações e atividades do programa.
Participar dos encontros dos interlocutores quando solicitado, e dos encontros nacionais de
turismo.

Programa de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur


Os investimentos do Prodetur são operacionalizados pelo Ministério do Turismo,
que orienta tecnicamente as propostas estaduais e municipais em parceria com
organismos multilaterais, em especial o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
e com a Corporação Andina de Fomento, que atuam como financiadores internacionais. O
programa é voltado para os estados, o Distrito Federal, as capitais e os municípios com
mais de 1 milhão de habitantes.
Para acesso à linha de crédito do Prodetur, entre outros requisitos, cada estado ou
município deverá selecionar as áreas prioritárias para receber os investimentos e deverá
ser elaborado um Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável – PDITS
que orientará a execução do financiamento. Os projetos podem ser de vários tipos:
Estratégia de Produto Turístico – exemplos: urbanização e qualificação de espaços
urbanos destinados ao turismo, estudos de viabilidade e construção de equipamentos.

108
MAGÉ

Estratégia de Comercialização – exemplos: planos de marketing, ações inovadoras


de promoção e comercialização.
Fortalecimento Institucional – exemplo: elaboração de planos e projetos para
melhoria da gestão dos destinos turísticos.
Infraestrutura e Serviços Básicos – exemplos: edificações, equipamentos, materiais e
utensílios que ampliem ou possibilitem o acesso ao atrativo turístico, implantação de
centros de atendimento ao turista.
Gestão Ambiental – exemplos: recuperação de patrimônio histórico, estudos de
impacto ambiental, planos de manejo.

Plano Diretor de Turismo


O Estado do Rio de Janeiro dispõe, desde 2001, do seu Plano Diretor de Turismo.
É um instrumento básico para intervenções no setor que estabelece, com base no
inventário do potencial turístico das regiões que compõem o estado, as ações de
planejamento, promoção e execução da política estadual de turismo. O principal objetivo
do Plano Diretor é consolidar o turismo como um dos principais setores econômicos do
Estado do Rio de Janeiro buscando a geração de renda, a elevação na qualidade de
vida das populações locais e o incremento na captação de recursos.
Em sua introdução, o plano 75 destaca que a Constituição estadual, em seu artigo
227, determina como uma das funções do Estado “a promoção e o incentivo ao turismo
como fator de desenvolvimento econômico e social, bem como de divulgação,
valorização e preservação do patrimônio cultural e natural, cuidando para que sejam
respeitadas as peculiaridades locais, não permitindo efeitos desagregadores sobre a
vida das comunidades envolvidas, assegurando sempre o respeito ao meio ambiente e à
cultura das localidades onde vier a ser explorado”.
A Constituição diz ainda que o Plano Diretor “deverá estabelecer, com base no
inventário do potencial turístico das diversas regiões, e com a participação dos
municípios envolvidos, as ações de planejamento, promoção e execução da sua
política”.
O Plano Diretor traz um diagnóstico do turismo, incluindo oferta e demanda, a
imagem turística e a capacidade competitiva do estado. Um conjunto de proposições vai
desde os marcos conceituais até um programa de acompanhamento e monitoramento
das etapas de implantação do plano. Com base no plano, o Estado do Rio de Janeiro
apresenta hoje 12 regiões turísticas, ajustadas conforme processos de negociação e
validação em instâncias e oportunidades diversas.
Costa Verde: Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Paraty, Rio Claro.
Agulhas Negras: Itatiaia, Porto Real, Quatis, Resende.
Vale do Café: Barra do Piraí, Barra Mansa, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes,
Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Pinheiral, Piraí, Rio das Flores, Valença,
Vassouras, Volta Redonda.

75 - Disponível em http://www.prodetur.rj.gov.br/planoturismo.asp..

109
MAGÉ

Baixada Fluminense (Baixada Verde): Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri,


Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti, Seropédica.
Metropolitana: Rio de Janeiro, Niterói.
Costa do Sol: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio,
Carapebus, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Macaé, Maricá, Quissamã, Rio das
Ostras, São Pedro da Aldeia, Saquarema.
Caminhos da Mata: Itaboraí, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim, Tanguá.
Serra Verde Imperial: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Nova Friburgo,
Petrópolis, Teresópolis.
Caminhos da Serra: Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Conceição de Macabu,
Cordeiro, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto,
Sumidouro, Trajano de Moraes.
Costa Doce: Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, São Fidélis, São
Francisco do Itabapoana, São João da Barra.
Águas do Noroeste: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara,
Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua,
São José de Ubá, Varre-Sai.
Caminhos Coloniais: Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, São
José do Vale do Rio Preto, Sapucaia, Três Rios.

Fonte: Turisrio
Obs: na atual regionalização adotada pelo Ministério do Turismo, Magé faz parte da Baixada Verde

110
MAGÉ

Em 2010, o Estado do Rio de Janeiro lançou seu Plano de Desenvolvimento


Integrado de Turismo Sustentável, atendendo a dois polos turísticos do estado,
estrategicamente relacionados para a aplicação de investimentos prioritários: Polo Litoral
e Polo Serra. O PDITS tem como objetivo principal o desenvolvimento do turismo de
forma integrada e sustentável, associado à valorização cultural, à preservação
ambiental e a participação comunitária, tendo como resultado final a geração de emprego
e renda.
Com base no Plano Diretor de Turismo, foram destacadas seis regiões
estratégicas, em especial no que se refere ao incremento do fluxo de turistas
internacionais, em espaços de tempo mais curtos. Essas regiões são compostas de 42
municípios, dentre os quais se destacam os 23 destinos que foram agrupados nos dois
polos de desenvolvimento (litoral e serra). Essa análise considerou o grau de atratividade
dos destinos, a similaridade dos segmentos turísticos, a variedade de equipamentos e
serviços e as distâncias e tempos de deslocamento da capital.

Tabela 50: Municípios agrupados nos Polos Litoral e Serra

POLO SUBPOLO MUNICÍPIOS

Rio de Janeiro
Metropolitano
Niterói
Angra dos Reis
Mangaratiba
Costa Verde
Rio Claro
Paraty
LITORAL Armação dos Búzios
Araruama
Arraial do Cabo
Costa do Sol Iguaba Grande
São Pedro da Aldeia
Casimiro de Abreu
Cabo Frio

Petrópolis
Teresópolis
Serra Verde Imperial
Cachoeiras de Macacu
Nova Friburgo
Vassouras
SERRA
Valença
Vale do Café
Barra do Piraí
Rio das Flores
Resende
Agulhas Negras
Itatiaia
Fonte: Plano de Desenvolvimento Integrado de Turismo Sustentável

111
MAGÉ

Mapa do Turismo Brasileiro


O Ministério do Turismo, objetivando apoiar governos estaduais e municipais,
disponibiliza na internet um Mapa do Turismo Brasileiro 76, dinâmico e georreferenciado. Em
sua última versão, de 2017, o mapa inclui 3.285 municípios em todo território nacional,
divididos em 328 regiões turísticas. A ferramenta pode ser utilizada para aprimorar a gestão
do turismo, otimizar a distribuição de recursos e promover o desenvolvimento do setor.
Para a confecção do mapa, são consideradas quatro variáveis que refletem o
desempenho da economia do turismo em cada localidade: número de empregos e de
estabelecimentos formais no setor de hospedagem, com base em informações do IBGE e
do Ministério do Trabalho, e as estimativas de fluxo de turistas domésticos e internacionais,
a partir de pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe e do Ministério
do Turismo.
As variáveis selecionadas são cruzadas em uma análise de cluster (agrupamento)
e dão origem a cinco categorias de municípios. Assim, os municípios que possuem
médias semelhantes nas quatro variáveis analisadas estão reunidos em uma mesma
categoria (A, B, C, D ou E). Logo, o desempenho da economia do turismo de cada
município brasileiro foi medido a partir das médias de dados sobre fluxo e hospedagem.
Na categoria A, estão incluídos os municípios com maior desempenho da economia do
turismo, e em E, os municípios com menor desempenho.

Fonte: Ministério do Turismo

76 - http://mapa.turismo.gov.br/mapa/init.html#/home. Acesso em 11/6/2018.

112
MAGÉ

A categoria A, de cor verde no mapa, tem 57 municípios distribuídos pelo território


nacional. O grupo B, de cor azul, é integrado por 179 municípios brasileiros. O grupo C,
de cor amarela, inclui 539 municípios. A maior concentração, de 1.961 municípios,
refere-se ao grupo D. A categoria E reúne 549 municípios de menor fluxo de turistas e
menos empregos formais no setor.
Entre os 89 municípios fluminenses categorizados, destacam-se oito municípios
incluídos na categoria A e 12 municípios na categoria B. Juntos, esses 20 destinos
representam 22% dos 92 municípios fluminenses, uma alta concentração, considerando-
se que, na média nacional, esse índice não ultrapassa 7,19%. A maior concentração em
território fluminense se apresenta na categoria D, que reúne pouco menos da metade do
total mapeado, como se evidencia na tabela a seguir.

Tabela 51: Distribuição dos municípios fluminenses por categoria turística

Fonte: Ministério do Turismo

Nesta última edição do mapa, restaram sem categorização turística somente os


municípios de Conceição de Macabu, São José de Ubá e São Sebastião do Alto.

Administração municipal e desenvolvimento do turismo


A seguir, serão apresentados os principais elementos de análise do questionário
enviado pelo TCE-RJ, através da equipe técnica dos Estudos Socioeconômicos, aos 91
municípios fluminenses sob sua jurisdição (exclui a Capital).

Políticas públicas municipais em turismo


Dos 56 municípios respondentes, 50 possuem um órgão próprio de turismo. A região
turística da Costa do Sol é aquela com maior percentual de municípios com órgãos próprios
(77%), enquanto as Águas do Noroeste possuem apenas 23% dos municípios com alguma
condução dos assuntos relacionados ao fomento do turismo local. Dos respondentes, não
possuem nenhum organismo que trate da política pública de turismo local São José de
Ubá, das Águas do Noroeste, São João de Meriti, da Baixada Verde, Itaguaí, da Costa
Verde, Cachoeiras de Macacu 77, da Serra Verde Imperial, e Mendes, do Vale do Café.

77 - O município de Cachoeiras de Macacu informou não ter órgão responsável pela política de turismo; entretanto, ofertou
informações sobre o responsável pela política na localidade.

113
MAGÉ

Gráfico 69: Órgãos para desempenho da função turismo por região

Fonte: Elaboração própria

Quanto às motivações para não existir um órgão especializado no município, as


principais apontam a ausência de plano de trabalho próprio ou a inexistência de demanda
de turismo (ausência de agências especializadas na localidade).
Cabe ainda destacar que, dos respondentes, somente o município de Niterói possui
regulamentação para atuação de agências de turismo na localidade.
No que concerne à existência de recursos para desenvolvimento da política de
turismo, 46 dos respondentes informaram que possuem recursos em fonte própria.

Gráfico 70: Recursos disponibilizados na função turismo por região

Fonte: Elaboração própria

114
MAGÉ

Com referência à obtenção de recursos junto a fontes externas, 14 respondentes


alegaram possuir algum tipo de financiamento. Cachoeiras de Macacu recebeu R$ 25
mil do Consulado Geral da República Federal da Alemanha, e Paraty recebeu R$ 160
mil do Centro Cultural Sesc. Os demais municípios receberam recursos de convênio do
governo federal.
A principal motivação alegada para não buscar recursos externos é a inclusão do
município no cadastro de inadimplentes (Serviço Auxiliar de Informações para
Transferências Voluntárias – Cauc), o que impede a liberação de transferências
voluntárias (convênios/cooperação) para o ente em projetos do governo federal.
O insucesso também pode ser resultado de falta de conhecimento, por parte dos
responsáveis técnicos nas municipalidades, das nuances do Sistema de Gestão de
Convênios e Contratos de Repasse – Siconv.

Gráfico 71: Recursos externos para uso em políticas de turismo por região

Fonte: Elaboração própria

O questionário abordou questões quanto à existência de calendário de datas


comemorativas, inventário de oferta turística, plano municipal de turismo, centro de
informações turísticas, Prodetur + Turismo e consórcios regionais.
O calendário de datas comemorativas e eventos traz um rol de informações tais
como aniversários, congressos e afins, desfiles, feiras, exposições, mostras, festas,
festivais, movimentos, campeonatos, torneios, concursos e outros que o município
considera importante divulgar. Esses eventos podem ser classificados nas seguintes
categorias: artístico, folclórico e cultural; científico ou técnico; comercial ou promocional;
ecoturismo; esportivo; gastronômico; moda; religioso; rural; social, cívico ou histórico; outras
modalidades.
Registros desta natureza foram relatados por 49 municípios.

115
MAGÉ

Gráfico 72: Existência de calendário de festas e eventos comemorativos por região

Fonte: Elaboração própria

O inventário da oferta turística consiste no levantamento, identificação e registro


dos atrativos turísticos, dos serviços e equipamentos turísticos e da infraestrutura de
apoio ao turismo como instrumento base para fins de planejamento, gestão e promoção
da atividade turística, possibilitando a definição de prioridades para os recursos
disponíveis e o incentivo ao turismo sustentável.
Do total de respondentes, apenas 13 municípios informaram quanto à existência de
tal procedimento nas respectivas localidades.

Gráfico 73: Inventário de oferta turística por região

Fonte: Elaboração própria

116
MAGÉ

Vale destacar que municípios de consagrada vocação turística, como Angra dos
Reis, da Costa Verde, Cabo Frio, Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia, da Costa do Sol,
Campos dos Goytacazes, da Costa Doce, e Vassouras, do Vale do Café, relataram não
possuir inventário de oferta turística.
A principal alegação para a inexistência de inventário de oferta turística está
associada à falta de estrutura física e de pessoal para sua execução.
A questão seguinte refere-se ao plano municipal de turismo, o documento que
reúne os princípios norteadores para o desenvolvimento da atividade turística no
município, com o objetivo de estabelecer diretrizes, respeitando a competência de cada
órgão e entidade para a qualificação da respectiva cidade como destino turístico de
eventos e negócios e incremento ao turismo de lazer.
O resultado da pesquisa evidencia que 13 municípios, dentre os 56 respondentes,
possuem o referido plano. A exemplo da questão anterior, localidades como Angra dos
Reis, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Campos dos Goytacazes e Vassouras relataram
não possuir um plano municipal de turismo. No que concerne à ausência de elaboração
desse plano, as principais alegações estão associadas à falta de recursos financeiros,
estrutura física e de pessoal para sua execução, bem como à inexistência de Conselho
Municipal de Turismo na localidade.

Gráfico 74: Plano municipal de turismo por região

Fonte: Elaboração própria

Os centros de informações turísticas representam, nos municípios, um espaço


para atendimento ao turista, pois permitem o primeiro contato com a cidade e têm como
finalidade orientar e prestar informações para causar uma boa impressão do destino
logo na chegada, bem como permitir que o visitante conheça seus principais atrativos. O
questionário revelou que 25 respondentes possuem algum centro de informação dessa
natureza.

117
MAGÉ

Gráfico 75: Centro de informações turísticas por região

Fonte: Elaboração própria

O Prodetur é um programa do Ministério do Turismo que visa contribuir para a


estruturação dos destinos turísticos brasileiros, pelo fomento ao desenvolvimento local e
regional, valendo-se de parcerias com estados e municípios. A ideia é incorporar
elementos de planejamento e gestão para qualificar as propostas locais, alinhando tais
iniciativas às políticas nacionais de turismo.
O programa possui, como diferencial, o apoio aos entes públicos e setor privado do
turismo no acesso a recursos provenientes de financiamentos nacionais e internacionais,
cujos projetos estejam pautados por prévios processos de planejamento dos territórios
priorizados, que objetivem diagnosticar os fatores relacionados à competitividade das
áreas turísticas no mercado nacional e internacional e ao impacto econômico e social
para a população local.
Ao nome Prodetur foi incorporado o selo + Turismo, originando a marca Prodetur +
Turismo que identifica as ações priorizadas. Para participar é preciso que o município
proponente reúna as seguintes condições:
a) Compor o Mapa do Turismo Brasileiro, disponível no endereço
eletrônico www.mapa.turismo.gov.br;
b) Possuir um conselho ou fórum municipal de turismo;
c) Participar da instância de governança regional da região turística da qual faz
parte, caso já esteja instituída;
d) Possuir plano de desenvolvimento, estudo ou planejamento estratégico para o
setor de turismo;
e) Estar alinhado com os eixos de atuação e as propostas de ações do programa.
Os resultados mostram que apenas cinco municípios respondentes aderiram ao
Prodetur + Turismo, a saber: Armação de Búzios, da Costa do Sol; Japeri, da Baixada
Verde; Nova Friburgo e Petrópolis, da Serra Verde Imperial; e Vassouras, do Vale do Café.

118
MAGÉ

Gráfico 76: Adesão ao Prodetur + Turismo por região

Fonte: Elaboração própria

Municípios de consagrada vocação turística como Angra dos Reis, Arraial do


Cabo, Cabo Frio, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Campos dos Goytacazes não
aderiram ao Prodetur. Alegaram, como motivações principais, o desconhecimento do
programa e o fato do município não reunir as condições mínimas para adesão.
Quanto à existência de algum processo de consórcio ou aliança visando ao
desenvolvimento regional de turismo, 11 localidades informaram fazer parte de algum
tipo de consorciamento, com destaque para Nova Friburgo, da região da Serra Imperial,
Rio das Ostras, da Costa do Sol, e Vassouras, do Vale do Café.

Gráfico 77: Consórcio regional de turismo por região

Fonte: Elaboração própria

119
MAGÉ

Apesar da vocação turística, não apresentam nenhum tipo de associação


municípios como Angra dos Reis e Paraty, da Costa Verde, Armação de Búzios, Arraial
do Cabo, Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, da Costa do Sol, Campos dos Goytacazes,
da Costa Doce, e Itatiaia, das Agulhas Negras.

Controle social sobre políticas públicas municipais em turismo


O desenvolvimento de uma política pública visa ao interesse da coletividade; para
tanto, pressupõe que o seu desenho e a sua implementação sejam frutos de uma
interface entre governo e sociedade. Os cidadãos deveriam explicitar suas expectativas,
encaminhar suas demandas, bem como participar do processo decisório afeto a diretrizes,
programas e ações sociais.
O exercício do controle social nas políticas públicas municipais de turismo, então,
contemplaria a criação de redes, de mecanismos de acesso, acompanhamento e
transparência dos processos de realização da política por meio de indicadores e
sistemas de gestão compartilhados, reforçando para a sociedade local a importância de
sistemas consultivos e deliberativos dotados de representatividade e participação social.
Para efeito desse trabalho, foram considerados três formas de participação social em
seus aspectos deliberativos: controle social, conferência municipal e audiência pública em
turismo.
O controle social é um dos pressupostos estabelecidos pela Constituição Federal de
1988 e implica a participação de grupos organizados da sociedade e de outros ainda não
organizados, mas que se interessam pelo turismo e têm o direito de discutir e acompanhar
o que está sendo feito na área. Neste sentido, a organização do Conselho Municipal de
Turismo é o destaque do próximo gráfico, conforme os dados extraídos do questionário
encaminhado pelo TCE-RJ.
Gráfico 78: Conselho Municipal de Turismo por região

Fonte: Elaboração própria

120
MAGÉ

Os conselhos municipais de turismo são instâncias de controle social ligadas às


organizações que desenvolvem ações do turismo na municipalidade; são órgãos
colegiados deliberativos de caráter permanente, com funções de formular estratégias,
controlar e fiscalizar a execução da política, incluindo os aspectos econômicos e
financeiros, com composição, organização e competências estabelecidas na legislação
que lhe der origem.
Das 56 localidades avaliadas, 26 implantaram seus conselhos de turismo, com
destaque para Armação de Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio, situadas na Costa do
Sol, Campos dos Goytacazes, da Costa Doce, e Petrópolis, localizada na Serra Verde
Imperial.
Outra forma de exercício de participação da sociedade em deliberação de
políticas públicas é a realização de conferências e audiências públicas, cujo objetivo é
mobilizar os atores públicos e privados da região para discutir o cenário atual da
atividade na localidade, as perspectivas para os próximos anos, estratégias de longo
prazo e apresentar contribuições para o próximo ciclo das políticas públicas de turismo
local.
No que concerne à realização de conferências, 10 municípios fluminenses
informaram já ter realizado pelo menos uma conferência de turismo. Essas localidades
representam sete das 12 regiões turísticas do estado, como evidencia o gráfico a
seguir.

Gráfico 79: Conferência municipal de turismo realizada por região

Fonte: Elaboração própria

Além disso, seis municipalidades do Estado do Rio de Janeiro destacaram a


ocorrência de audiências públicas sobre o tema.

121
MAGÉ

Gráfico 80: Audiência pública sobre turismo realizada por região

Fonte: Elaboração própria

Qualificação em turismo
O mercado de turismo e hotelaria, de acordo com estudos do Ministério do
Turismo, tem se apresentado crescente, o que demanda profissionais qualificados com
formação de excelência. Nesse sentido, a oferta para qualificação de profissionais
ocorre por indução da iniciativa privada e do setor público. De acordo com nossa
pesquisa, 22 municípios possuem algum curso profissionalizante na área. As principais
modalidades são em nível médio (guia turístico, camareiras, recepcionista, mensageiro,
hospedaria, empreendedorismo e eventos) e em nível superior (tecnólogo ou graduação
plena nos cursos de Tecnologia em Gestão de Turismo e Bacharelado em Turismo).
Gráfico 81: Qualificação em turismo por região

Fonte: Elaboração própria

122
MAGÉ

O Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro –


Cederj, o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – Cefet-
RJ e a Fundação de Apoio à Escola Técnica – Faetec aparecem como os principais
organismos públicos que ofertam cursos, tanto em nível médio quanto em nível de
graduação. Entre os organismos privados, a Universidade Estácio de Sá abriga o curso
de Tecnólogo em Gestão do Turismo, e o Centro Integrado de Estudos em Turismo e
Hotelaria – Cieth oferece curso técnico com ênfase em turismo rural.
Quanto à qualificação ofertada pela parceria Ministério do Turismo e Ministério da
Educação, o Pronatec Turismo visa à qualificação de trabalhadores para atuar no ramo.
Dos respondentes, 11 municípios apresentam adesão a esta parceria.

123
MAGÉ

VIII - CONCLUSÃO

Magé tem uma população estimada em 237.420 habitantes, distribuídos em uma área
total de 388,5 km2, correspondentes a 5,8% da Região Metropolitana.
A estrutura administrativa municipal dispõe de 10.853 servidores, o que resulta em
uma média de 46 funcionários por mil habitantes. A pesquisa continuada deste TCE sobre o
governo eletrônico aponta que o sítio oficial na internet oferece nove de 19 tipos de serviços
informativos pesquisados e quatro de 18 aspectos interativos selecionados. O sítio
possibilita algum tipo de transação online por meio da rede mundial de computadores.
O município dispõe de mapeamento de ameaças potenciais para inundações e
loteamentos em situação de risco, tendo elaborado plano de contingenciamento para
períodos de estiagem. Quanto ao saneamento, não ingressou em consórcio ou arranjo
devido a sua independência na operação de sistemas de tratamento e destinação final de
resíduos, encontrando-se no rol dos municípios que dispõem seus resíduos sólidos urbanos
em aterro sanitário. A cobertura de mata atlântica abrange 37,50% do território municipal.
O ensino infantil, fundamental e médio (regular e/ou especial) de Magé teve 55.871
alunos matriculados em 2017, uma variação de 0,3% em relação ao ano anterior. Quanto
ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, a rede municipal não alcançou a meta
estabelecida pelo Ministério da Educação para os anos iniciais e finais do ensino
fundamental. Na rede estadual, apenas os anos finais foram avaliados e também não
alcançaram a meta.
Há, em Magé, 41 equipes de Saúde da Família e 16 equipes de Saúde Bucal
atendendo a população. Os leitos destinados à internação hospitalar no município somam
183.
Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, do
Ministério do Trabalho, o município participa do mercado com 19.634 empregos formais.
A receita total do município de Magé foi de R$ 430,65 milhões em 2017, a 21ª do
estado (em comparação que não inclui a capital). Suas receitas correntes estão
comprometidas em 102% com o custeio da máquina administrativa. Em relação às receitas
vinculadas ao petróleo, o município teve nelas 12% de sua receita corrente total, um
montante de R$ 216,71 por habitante no ano de 2017, 62ª colocação no estado. A carga
tributária per capita de R$ 222,2, é a 62ª do estado, sendo R$ 31,24 em IPTU (70ª posição)
e R$ 90,45 em ISS (46ª lugar). A despesa total per capita de R$ 1883,66 é a 83ª do estado,
contra um investimento per capita de R$ 30,18, posição de número 62 dentre os 91 demais.
Capítulo especial aponta que, dentre 56 municípios fluminenses que responderam
ao questionário, 50 possuem órgão próprio de turismo, 49 possuem calendário de eventos,
25 abrigam centro de informação, 16 implantaram conselho municipal, 14 obtiveram
financiamento externo, 13 dispõem de inventário de oferta turística, 13 elaboraram plano
municipal, 11 fazem parte de consórcio ou associação regional, 10 realizaram conferência
sobre o tema, seis fizeram audiência pública e cinco participam do Prodetur + Turismo.
Nas páginas seguintes podem ser feitas análises comparativas dos desempenhos
dos municípios através de tabelas que resumem alguns dos diversos indicadores
apresentados no Estudo Socioeconômico de cada localidade.

124
MAGÉ

Tabela A - Receitas totais e per capita de 2017, com indicadores

78 Receita total Ranking da Receita per capita Ranking da receita


Município
(R$ milhões) receita total (R$) total per capita

Angra dos Reis 940,74 8 4.833,73 20


Aperibé 44,28 85 3.921,54 38
Araruama 302,48 23 2.386,58 77
Areal 53,68 77 4.420,41 29
Armação dos Búzios 229,01 30 7.098,81 5
Arraial do Cabo 129,56 46 4.421,40 28
Barra do Piraí 208,44 33 2.138,76 80
Barra Mansa 477,26 16 2.659,54 68
Belford Roxo 574,67 12 1.159,13 89
Bom Jardim 82,89 61 3.120,25 57
Bom Jesus do Itabapoana 90,42 54 2.506,90 71
Cabo Frio 774,26 11 3.584,04 43
Cachoeiras de Macacu 189,83 37 3.327,57 47
Cambuci 54,06 76 3.574,32 44
Campos dos Goytacazes 1.614,76 4 3.293,50 48
Cantagalo 83,92 59 4.260,54 32
Carapebus 81,31 62 5.222,71 16
Cardoso Moreira 59,30 73 4.737,10 23
Carmo 66,68 67 3.650,93 41
Casimiro de Abreu 222,31 31 5.293,11 15
Comendador Levy Gasparian 39,38 87 4.724,35 24
Conceição de Macabu 71,50 65 3.183,28 52
Cordeiro 60,62 71 2.852,77 65
Duas Barras 50,66 79 4.536,18 26
Duque de Caxias 2.147,68 2 2.410,43 76
Engenheiro Paulo de Frontin 48,39 82 3.564,08 45
Guapimirim 161,35 43 2.785,70 66
Iguaba Grande 87,09 56 3.233,05 49
Itaboraí 473,97 17 2.039,50 82
Itaguaí 457,92 18 3.742,13 40
Italva 53,58 78 3.639,37 42
Itaocara 66,41 68 2.926,11 61
Itaperuna 285,54 26 2.855,49 63
Itatiaia 178,29 39 5.806,77 11
Japeri 191,35 36 1.890,12 84
Laje do Muriaé 39,34 88 5.450,46 13
Macaé 2.006,24 3 8.217,61 2
Macuco 36,43 90 6.703,68 8
Magé 430,65 21 1.813,87 85
Mangaratiba 287,17 25 6.770,52 7
Maricá 1.171,48 6 7.656,34 4
Mendes 58,40 75 3.222,17 50
Miguel Pereira 97,92 52 3.937,24 35
Miracema 83,25 60 3.135,29 54
Natividade 64,36 69 4.301,96 30
(continua)

78 - Não inclui Mesquita, cujos dados contábeis referentes ao exercício de 2017 não foram disponibilizados.

125
MAGÉ

Tabela A - Receitas totais e per capita de 2017, com indicadores (cont.)

Receita total Ranking da Receita per capita Ranking da receita


Município
(R$ milhões) receita total (R$) total per capita

Nilópolis 282,54 27 1.784,49 86


Niterói 2.647,62 1 5.305,56 14
Nova Friburgo 453,66 19 2.447,16 74
Nova Iguaçu 1.337,13 5 1.674,24 87
Paracambi 114,38 49 2.267,25 79
Paraíba do Sul 104,89 51 2.443,79 75
Paraty 203,98 35 4.920,59 18
Paty do Alferes 86,63 57 3.209,74 51
Petrópolis 940,33 9 3.153,00 53
Pinheiral 75,77 63 3.120,56 56
Piraí 176,69 41 6.260,80 9
Porciúncula 69,42 66 3.804,23 39
Porto Real 130,63 44 6.937,52 6
Quatis 59,18 74 4.292,93 31
Queimados 288,09 24 1.981,55 83
Quissamã 185,15 38 7.866,88 3
Resende 498,60 15 3.928,37 36
Rio Bonito 176,86 40 3.035,09 60
Rio Claro 88,53 55 4.921,76 17
Rio das Flores 42,82 86 4.765,91 22
Rio das Ostras 554,01 13 3.925,92 37
Santa Maria Madalena 49,15 80 4.831,41 21
Santo Antônio de Pádua 113,03 50 2.735,89 67
São Fidélis 93,35 53 2.476,78 72
São Francisco de Itabapoana 119,23 48 2.894,62 62
São Gonçalo 1.073,91 7 1.022,94 90
São João da Barra 316,47 22 8.997,19 1
São João de Meriti 553,56 14 1.202,19 88
São José de Ubá 38,75 89 5.573,40 12
São José do Vale do Rio Preto 60,24 72 2.853,04 64
São Pedro da Aldeia 204,80 34 2.049,92 81
São Sebastião do Alto 44,42 84 4.884,83 19
Sapucaia 74,03 64 4.167,32 33
Saquarema 266,24 28 3.125,77 55
Seropédica 221,66 32 2.625,85 69
Silva Jardim 130,40 45 6.135,64 10
Sumidouro 60,83 70 4.004,48 34
Tanguá 85,88 58 2.604,85 70
Teresópolis 435,49 20 2.473,52 73
Trajano de Moraes 48,83 81 4.717,14 25
Três Rios 246,27 29 3.101,56 58
Valença 172,42 42 2.322,63 78
Varre-Sai 47,73 83 4.503,88 27
Vassouras 127,32 47 3.559,53 46
Volta Redonda 815,03 10 3.073,25 59

126
MAGÉ

Tabela B - Despesas totais e per capita de 2017

Despesa per Ranking da


79 Despesa total Ranking da
Município capita despesa total per
(R$ milhões) despesa total
(R$) capita
Angra dos Reis 844,59 9 4.339,71 26
Aperibé 45,09 84 3.992,85 34
Araruama 300,54 22 2.371,26 73
Areal 53,04 75 4.368,00 25
Armação dos Búzios 201,18 33 6.236,31 7
Arraial do Cabo 134,58 44 4.592,71 22
Barra do Piraí 201,99 32 2.072,59 80
Barra Mansa 464,46 16 2.588,24 70
Belford Roxo 612,70 13 1.235,82 89
Bom Jardim 83,62 59 3.147,60 52
Bom Jesus do Itabapoana 98,36 53 2.727,05 66
Cabo Frio 818,45 11 3.788,61 37
Cachoeiras de Macacu 178,48 37 3.128,53 53
Cambuci 55,30 73 3.656,12 40
Campos dos Goytacazes 1.663,24 4 3.392,38 45
Cantagalo 81,32 61 4.128,30 31
Carapebus 83,99 58 5.395,27 11
Cardoso Moreira 53,68 74 4.287,74 28
Carmo 68,92 66 3.773,59 39
Casimiro de Abreu 197,77 34 4.708,94 20
Comendador Levy Gasparian 33,73 88 4.046,80 32
Conceição de Macabu 64,30 69 2.862,66 59
Cordeiro 59,63 71 2.806,12 62
Duas Barras 47,38 80 4.241,74 29
Duque de Caxias 2.371,51 2 2.661,64 69
Engenheiro Paulo de Frontin 48,66 78 3.584,62 43
Guapimirim 160,94 42 2.778,61 63
Iguaba Grande 97,61 54 3.623,80 42
Itaboraí 497,03 15 2.138,75 78
Itaguaí 544,37 14 4.448,63 24
Italva 46,72 81 3.173,51 50
Itaocara 68,79 67 3.031,30 56
Itaperuna 296,25 23 2.962,58 57
Itatiaia 164,18 40 5.347,26 12
Japeri 179,17 36 1.769,81 87
Laje do Muriaé 33,30 89 4.613,60 21
Macaé 1.844,43 3 7.554,85 3
Macuco 34,54 87 6.356,42 6
Magé 447,22 17 1.883,66 83
Mangaratiba 272,53 27 6.425,33 5
Maricá 946,01 8 6.182,77 8
Mendes 35,78 86 1.974,54 82
Miguel Pereira 93,98 55 3.778,55 38
Miracema 85,54 57 3.221,83 49
Natividade 64,36 68 4.301,96 27

(continua)

79 - Não inclui Mesquita, cujos dados contábeis referentes ao exercício de 2017 não foram disponibilizados.

127
MAGÉ

Tabela B - Despesas totais e per capita de 2017 (cont.)

Despesa per Ranking da


Despesa total Ranking da
Município capita despesa total per
(R$ milhões) despesa total
(R$) capita
Nilópolis 293,69 24 1.854,91 85
Niterói 2.462,64 1 4.934,87 16
Nova Friburgo 411,00 21 2.217,05 75
Nova Iguaçu 1.415,60 5 1.772,50 86
Paracambi 109,45 50 2.169,61 77
Paraíba do Sul 110,49 49 2.574,19 71
Paraty 211,38 30 5.099,11 14
Paty do Alferes 74,70 64 2.767,56 64
Petrópolis 972,66 7 3.261,37 47
Pinheiral 78,87 62 3.247,89 48
Piraí 162,30 41 5.750,97 9
Porciúncula 70,69 65 3.873,85 35
Porto Real 142,41 43 7.563,18 2
Quatis 52,94 76 3.840,66 36
Queimados 288,19 25 1.982,24 81
Quissamã 175,98 38 7.477,39 4
Resende 417,28 20 3.287,67 46
Rio Bonito 108,52 51 1.862,36 84
Rio Claro 81,52 60 4.531,96 23
Rio das Flores 46,49 82 5.174,99 13
Rio das Ostras 433,49 19 3.071,82 55
Santa Maria Madalena 48,05 79 4.723,30 19
Santo Antônio de Pádua 114,15 48 2.763,08 65
São Fidélis 101,34 52 2.688,84 68
São Francisco de Itabapoana 119,25 47 2.894,99 58
São Gonçalo 1.051,76 6 1.001,84 90
São João da Barra 276,06 26 7.848,37 1
São João de Meriti 627,41 12 1.362,57 88
São José de Ubá 33,29 90 4.787,95 17
São José do Vale do Rio Preto 60,33 70 2.857,25 60
São Pedro da Aldeia 211,05 31 2.112,44 79
São Sebastião do Alto 46,16 83 5.076,12 15
Sapucaia 75,00 63 4.221,97 30
Saquarema 240,81 29 2.827,23 61
Seropédica 187,12 35 2.216,68 76
Silva Jardim 119,91 46 5.641,84 10
Sumidouro 55,36 72 3.644,26 41
Tanguá 89,05 56 2.700,84 67
Teresópolis 443,13 18 2.516,91 72
Trajano de Moraes 49,21 77 4.753,86 18
Três Rios 250,87 28 3.159,52 51
Valença 167,23 39 2.252,60 74
Varre-Sai 42,82 85 4.040,94 33
Vassouras 122,41 45 3.422,22 44
Volta Redonda 825,23 10 3.111,70 54

128
MAGÉ

Tabela C - Carga tributária per capita em 2017 – total e rubricas

Ranking
Carga tributária IPTU Ranking ISS Ranking
80 da carga
Município per capita per capita do IPTU per capita do ISS
tributária
(R$) (R$) per capita (R$) per capita
per capita
Angra dos Reis 1.065,64 7 275,11 5 434,65 9
Aperibé 132,02 87 27,98 74 25,68 88
Araruama 483,65 29 198,92 13 70,85 60
Areal 569,80 22 113,36 25 195,56 23
Armação dos Búzios 2.043,53 2 680,82 2 474,22 8
Arraial do Cabo 533,40 23 132,23 19 138,19 32
Barra do Piraí 261,87 53 48,99 52 97,06 44
Barra Mansa 346,66 39 74,22 35 171,29 27
Belford Roxo 123,81 88 29,23 73 48,59 74
Bom Jardim 306,43 42 55,89 43 83,16 50
Bom Jesus do Itabapoana 225,21 61 55,46 44 68,08 63
Cabo Frio 516,41 24 216,08 11 40,53 79
Cachoeiras de Macacu 255,21 54 38,20 59 84,09 49
Cambuci 158,73 81 25,73 79 36,72 83
Campos dos Goytacazes 482,00 30 93,26 27 151,97 29
Cantagalo 304,27 44 20,41 85 150,70 30
Carapebus 172,97 77 18,90 86 68,28 62
Cardoso Moreira 137,51 85 17,33 87 43,76 77
Carmo 177,65 73 24,20 82 60,89 66
Casimiro de Abreu 372,96 38 43,80 54 131,02 34
Comendador Levy Gasparian 1.023,94 8 58,15 41 183,25 25
Conceição de Macabu 145,19 83 25,10 80 29,68 87
Cordeiro 251,70 55 55,39 45 89,38 47
Duas Barras 176,75 74 24,45 81 55,34 69
Duque de Caxias 572,41 21 80,30 30 257,04 16
Engenheiro Paulo de Frontin 174,93 75 36,25 63 70,72 61
Guapimirim 375,11 37 33,93 67 201,74 22
Iguaba Grande 610,25 19 262,48 6 100,66 43
Itaboraí 388,04 34 75,39 33 115,31 38
Itaguaí 1.388,97 6 190,67 15 877,19 3
Italva 180,02 72 47,93 53 48,07 75
Itaocara 249,86 56 32,80 69 73,32 57
Itaperuna 377,25 36 103,15 26 111,30 40
Itatiaia 978,91 9 197,59 14 517,00 6
Japeri 108,96 89 9,33 89 53,56 71
Laje do Muriaé 80,45 90 9,00 90 19,10 89
Macaé 2.859,26 1 206,77 12 2.050,14 1
Macuco 304,89 43 62,94 39 120,96 37
Magé 222,20 62 31,24 70 90,45 46
Mangaratiba 1.863,39 3 512,26 3 669,38 4
Maricá 748,26 15 232,40 9 180,36 26
Mendes 231,46 59 27,96 75 73,59 56
Miguel Pereira 381,57 35 131,37 20 86,33 48
Miracema 210,24 66 51,40 50 46,96 76
Natividade 174,20 76 30,57 71 41,93 78

(continua)

80 - Não inclui Mesquita, cujos dados contábeis referentes ao exercício de 2017 não foram disponibilizados.

129
MAGÉ

Tabela C - Carga tributária per capita em 2017 – total e rubricas (cont.)

Ranking
Carga tributária IPTU Ranking ISS Ranking
da carga
Município per capita per capita do IPTU per capita do ISS
tributária
(R$) (R$) per capita (R$) per capita
per capita
Nilópolis 283,07 48 73,39 36 90,61 45
Niterói 1.646,52 4 719,47 1 538,03 5
Nova Friburgo 504,92 26 114,71 24 142,26 31
Nova Iguaçu 326,22 40 70,08 38 130,83 35
Paracambi 208,97 67 38,71 58 113,56 39
Paraíba do Sul 264,33 51 80,29 31 72,08 58
Paraty 863,45 11 187,85 16 270,48 15
Paty do Alferes 294,20 45 91,63 29 40,38 80
Petrópolis 727,11 16 243,63 8 251,97 18
Pinheiral 192,86 71 34,29 66 62,08 64
Piraí 958,90 10 135,48 18 494,50 7
Porciúncula 216,85 64 37,05 62 38,79 81
Porto Real 784,51 14 56,95 42 412,52 11
Quatis 204,97 69 34,35 65 61,00 65
Queimados 242,00 57 26,17 78 102,27 42
Quissamã 323,20 41 39,46 57 70,90 59
Resende 684,91 18 156,46 17 322,89 14
Rio Bonito 480,87 31 80,23 32 255,34 17
Rio Claro 266,99 50 52,26 49 31,18 86
Rio das Flores 240,44 58 27,35 77 76,64 52
Rio das Ostras 818,75 13 120,95 23 414,17 10
Santa Maria Madalena 168,00 80 23,49 84 34,17 85
Santo Antônio de Pádua 220,94 63 71,67 37 79,25 51
São Fidélis 172,10 78 27,93 76 36,80 82
São Francisco de Itabapoana 168,31 79 34,82 64 53,61 70
São Gonçalo 211,84 65 53,99 48 56,94 68
São João da Barra 1.560,08 5 42,68 55 1.226,71 2
São João de Meriti 231,37 60 59,98 40 74,47 54
São José de Ubá 155,40 82 24,07 83 52,61 72
São José do Vale do Rio Preto 264,16 52 37,81 61 57,83 67
São Pedro da Aldeia 395,77 33 128,34 21 104,66 41
São Sebastião do Alto 402,78 32 42,01 56 211,88 20
Sapucaia 507,75 25 55,26 46 355,97 13
Saquarema 712,19 17 260,84 7 242,71 19
Seropédica 291,59 46 54,47 47 136,59 33
Silva Jardim 499,33 27 92,43 28 209,78 21
Sumidouro 195,46 70 29,93 72 49,50 73
Tanguá 207,51 68 37,88 60 73,81 55
Teresópolis 607,10 20 225,24 10 161,04 28
Trajano de Moraes 136,82 86 9,51 88 35,51 84
Três Rios 494,00 28 121,60 22 187,59 24
Valença 270,74 49 74,65 34 74,62 53
Varre-Sai 138,77 84 32,87 68 15,72 90
Vassouras 289,40 47 50,55 51 122,58 36
Volta Redonda 832,73 12 284,07 4 392,91 12

130
MAGÉ

Tabela D - Despesa corrente per capita e comprometimento em 2017

Ranking do
Despesa Ranking Comprometimento
comprometimento
81 corrente da despesa da receita corrente
Município da receita corrente
per capita corrente com a máquina
com a máquina
(R$) per capita administrativa
administrativa
Angra dos Reis 4.224,13 26 88% 71
Aperibé 3.986,12 30 109% 2
Araruama 2.244,21 73 95% 52
Areal 4.189,18 27 95% 51
Armação dos Búzios 6.080,57 5 87% 76
Arraial do Cabo 4.450,07 20 101% 21
Barra do Piraí 2.037,98 79 96% 46
Barra Mansa 2.505,17 69 95% 53
Belford Roxo 1.165,16 89 102% 17
Bom Jardim 3.102,16 50 100% 26
Bom Jesus do Itabapoana 2.636,95 66 105% 4
Cabo Frio 3.694,76 38 103% 8
Cachoeiras de Macacu 3.007,84 52 92% 60
Cambuci 3.427,82 42 97% 42
Campos dos Goytacazes 3.346,47 43 102% 15
Cantagalo 3.970,35 31 97% 39
Carapebus 5.207,92 10 100% 24
Cardoso Moreira 4.141,07 28 88% 69
Carmo 3.635,72 39 100% 22
Casimiro de Abreu 4.449,74 21 88% 70
Comendador Levy Gasparian 3.808,58 34 81% 85
Conceição de Macabu 2.701,19 64 86% 79
Cordeiro 2.771,36 59 97% 37
Duas Barras 3.926,09 32 87% 75
Duque de Caxias 2.511,02 68 104% 5
Engenheiro Paulo de Frontin 3.515,94 41 99% 31
Guapimirim 2.740,56 61 99% 30
Iguaba Grande 3.250,87 45 101% 18
Itaboraí 2.037,12 80 100% 23
Itaguaí 4.363,17 23 117% 1
Italva 3.147,81 49 86% 77
Itaocara 2.891,65 57 100% 27
Itaperuna 2.926,07 55 102% 11
Itatiaia 5.074,59 12 87% 72
Japeri 1.708,63 85 90% 62
Laje do Muriaé 4.517,40 19 83% 83
Macaé 7.439,94 2 91% 61
Macuco 6.049,70 6 92% 57
Magé 1.852,49 82 102% 13
Mangaratiba 6.031,84 7 89% 65
Maricá 5.193,61 11 68% 88
Mendes 1.822,97 83 57% 90
Miguel Pereira 3.712,27 37 95% 48
Miracema 3.165,21 48 101% 20
Natividade 4.226,14 25 99% 29

(continua)

81 - Não inclui Mesquita, cujos dados contábeis referentes ao exercício de 2017 não foram disponibilizados.

131
MAGÉ

Tabela D - Despesa corrente per capita e comprometimento em 2017 (cont.)

Ranking do
Despesa Ranking Comprometimento
comprometimento
corrente da despesa da receita corrente
Município da receita corrente
per capita corrente com a máquina
com a máquina
(R$) per capita administrativa
administrativa
Nilópolis 1.684,70 86 95% 49
Niterói 4.262,87 24 84% 82
Nova Friburgo 2.164,29 74 94% 56
Nova Iguaçu 1.663,10 87 100% 25
Paracambi 2.088,62 76 92% 59
Paraíba do Sul 2.497,84 70 102% 14
Paraty 4.571,99 17 95% 50
Paty do Alferes 2.733,88 62 85% 80
Petrópolis 3.198,88 47 103% 10
Pinheiral 2.925,48 56 97% 41
Piraí 5.633,40 8 90% 63
Porciúncula 3.754,78 36 99% 28
Porto Real 7.179,61 4 104% 6
Quatis 3.768,40 35 88% 68
Queimados 1.901,82 81 96% 45
Quissamã 7.280,56 3 94% 54
Resende 3.204,53 46 83% 84
Rio Bonito 1.790,31 84 59% 89
Rio Claro 4.375,87 22 89% 66
Rio das Flores 4.856,45 14 102% 12
Rio das Ostras 2.942,02 54 75% 87
Santa Maria Madalena 4.526,96 18 96% 43
Santo Antônio de Pádua 2.666,44 65 98% 34
São Fidélis 2.521,28 67 103% 9
São Francisco de Itabapoana 2.750,37 60 97% 40
São Gonçalo 969,04 90 96% 44
São João da Barra 7.750,57 1 86% 78
São João de Meriti 1.285,15 88 107% 3
São José de Ubá 4.698,74 15 84% 81
São José do Vale do Rio Preto 2.774,35 58 97% 36
São Pedro da Aldeia 2.078,31 78 102% 16
São Sebastião do Alto 5.037,15 13 104% 7
Sapucaia 4.080,99 29 98% 32
Saquarema 2.713,08 63 87% 74
Seropédica 2.078,66 77 80% 86
Silva Jardim 5.437,04 9 89% 67
Sumidouro 3.599,51 40 90% 64
Tanguá 2.493,41 72 96% 47
Teresópolis 2.497,43 71 101% 19
Trajano de Moraes 4.580,43 16 97% 38
Três Rios 3.012,67 51 98% 33
Valença 2.132,49 75 92% 58
Varre-Sai 3.876,00 33 87% 73
Vassouras 3.320,01 44 94% 55
Volta Redonda 2.987,48 53 97% 35

132
MAGÉ

Tabela E - Investimento per capita e grau de investimento em 2017

Investimento Ranking do Ranking do


82 Grau de
Município per capita investimento grau de
investimento
(R$) per capita investimento
Angra dos Reis 68,38 37 1,41% 52
Aperibé 6,73 89 0,17% 90
Araruama 70,54 36 2,96% 23
Areal 84,53 30 1,91% 41
Armação dos Búzios 106,53 21 1,50% 50
Arraial do Cabo 31,79 61 0,72% 67
Barra do Piraí 10,37 84 0,48% 76
Barra Mansa 21,81 68 0,82% 65
Belford Roxo 41,47 56 3,58% 17
Bom Jardim 21,58 69 0,69% 69
Bom Jesus do Itabapoana 48,19 51 1,92% 40
Cabo Frio 60,61 42 1,69% 44
Cachoeiras de Macacu 73,43 34 2,21% 34
Cambuci 179,35 11 5,02% 9
Campos dos Goytacazes 10,30 85 0,31% 82
Cantagalo 157,95 13 3,71% 16
Carapebus 104,14 23 1,99% 37
Cardoso Moreira 75,31 33 1,59% 47
Carmo 108,52 20 2,97% 22
Casimiro de Abreu 233,81 7 4,42% 10
Comendador Levy Gasparian 22,07 67 0,47% 77
Conceição de Macabu 134,62 16 4,23% 12
Cordeiro 8,39 87 0,29% 83
Duas Barras 296,76 5 6,54% 7
Duque de Caxias 56,08 46 2,33% 30
Engenheiro Paulo de Frontin 17,83 75 0,50% 75
Guapimirim 6,29 90 0,23% 88
Iguaba Grande 336,36 4 10,40% 3
Itaboraí 80,95 31 3,97% 15
Itaguaí 34,03 60 0,91% 63
Italva 16,74 77 0,46% 78
Itaocara 67,02 38 2,29% 33
Itaperuna 10,14 86 0,36% 81
Itatiaia 106,48 22 1,83% 43
Japeri 56,55 44 2,99% 21
Laje do Muriaé 53,06 47 0,97% 62
Macaé 98,95 25 1,20% 58
Macuco 170,80 12 2,55% 28
Magé 30,18 62 1,66% 46
Mangaratiba 15,41 78 0,23% 87
Maricá 962,59 1 12,57% 1
Mendes 65,98 39 2,05% 35
Miguel Pereira 22,08 66 0,56% 72
Miracema 7,46 88 0,24% 86
Natividade 19,73 72 0,46% 79

(continua)

82 - Não inclui Mesquita, cujos dados contábeis referentes ao exercício de 2017 não foram disponibilizados.

133
MAGÉ

Tabela E - Investimento per capita e grau de investimento em 2017 (cont.)

Investimento Ranking do Ranking do


Grau de
Município per capita investimento grau de
investimento
(R$) per capita investimento
Nilópolis 51,82 49 2,90% 24
Niterói 595,98 2 11,23% 2
Nova Friburgo 37,56 58 1,53% 48
Nova Iguaçu 47,77 52 2,85% 25
Paracambi 16,93 76 0,75% 66
Paraíba do Sul 34,45 59 1,41% 54
Paraty 463,25 3 9,41% 4
Paty do Alferes 28,94 63 0,90% 64
Petrópolis 20,46 71 0,65% 70
Pinheiral 240,89 6 7,72% 6
Piraí 70,68 35 1,13% 59
Porciúncula 119,07 18 3,13% 19
Porto Real 194,08 10 2,80% 26
Quatis 25,28 65 0,59% 71
Queimados 80,42 32 4,06% 13
Quissamã 98,19 26 1,25% 57
Resende 52,00 48 1,32% 56
Rio Bonito 43,91 54 1,45% 51
Rio Claro 12,57 83 0,26% 85
Rio das Flores 210,42 8 4,42% 11
Rio das Ostras 124,05 17 3,16% 18
Santa Maria Madalena 13,11 82 0,27% 84
Santo Antônio de Pádua 85,26 28 3,12% 20
São Fidélis 137,78 15 5,56% 8
São Francisco de Itabapoana 116,02 19 4,01% 14
São Gonçalo 20,84 70 2,04% 36
São João da Barra 19,11 73 0,21% 89
São João de Meriti 28,37 64 2,36% 29
São José de Ubá 62,13 41 1,11% 61
São José do Vale do Rio Preto 56,50 45 1,98% 38
São Pedro da Aldeia 14,48 79 0,71% 68
São Sebastião do Alto 18,80 74 0,38% 80
Sapucaia 62,61 40 1,50% 49
Saquarema 85,08 29 2,72% 27
Seropédica 13,46 80 0,51% 74
Silva Jardim 141,30 14 2,30% 31
Sumidouro 44,75 53 1,12% 60
Tanguá 201,12 9 7,72% 5
Teresópolis 13,17 81 0,53% 73
Trajano de Moraes 93,10 27 1,97% 39
Três Rios 43,77 55 1,41% 53
Valença 39,06 57 1,68% 45
Varre-Sai 103,55 24 2,30% 32
Vassouras 48,72 50 1,37% 55
Volta Redonda 57,00 43 1,85% 42

134
MAGÉ

Tabela F - Royalties e dependência de transferências em 2017

Grau de
Royalties Ranking Royalties Ranking Proporção dos
83 dependência de
Município recebidos dos royalties per capita dos royalties royalties na
transferências
(R$ milhões) recebidos (R$) per capita receita total
e royalties

Angra dos Reis 83,62 8 429,66 37 57,9% 8,9%


Aperibé 6,00 80 531,53 27 86,5% 13,6%
Araruama 11,62 40 91,71 75 71,0% 3,8%
Areal 1,02 89 84,11 78 75,1% 1,9%
Armação dos Búzios 45,85 15 1.421,16 7 60,5% 20,0%
Arraial do Cabo 30,46 20 1.039,42 11 79,4% 23,5%
Barra do Piraí 11,80 39 121,06 69 72,1% 5,7%
Barra Mansa 29,60 21 164,93 63 65,6% 6,2%
Belford Roxo 16,41 28 33,11 87 79,0% 2,9%
Bom Jardim 8,00 56 301,29 51 83,6% 9,7%
Bom Jesus do Itabapoana 8,63 51 239,33 56 88,1% 9,5%
Cabo Frio 129,24 4 598,25 24 77,0% 16,7%
Cachoeiras de Macacu 41,09 16 720,36 20 84,4% 21,6%
Cambuci 6,70 71 443,24 35 83,8% 12,4%
Campos dos Goytacazes 481,87 3 982,84 12 73,7% 29,8%
Cantagalo 8,31 53 421,66 38 86,0% 9,9%
Carapebus 26,53 22 1.704,08 4 92,7% 32,6%
Cardoso Moreira 6,44 76 514,55 29 74,3% 10,9%
Carmo 7,70 60 421,50 39 85,4% 11,5%
Casimiro de Abreu 51,33 13 1.222,10 9 75,1% 23,1%
Comendador Levy Gasparian 0,88 90 105,35 72 80,0% 2,2%
Conceição de Macabu 7,49 63 333,51 46 82,4% 10,5%
Cordeiro 7,39 66 347,57 45 86,7% 12,2%
Duas Barras 6,21 79 556,24 25 86,2% 12,3%
Duque de Caxias 87,18 7 97,85 73 67,9% 4,1%
Engenheiro Paulo de Frontin 6,63 73 488,72 31 94,2% 13,7%
Guapimirim 46,21 14 797,80 17 83,5% 28,6%
Iguaba Grande 7,55 62 280,37 54 72,7% 8,7%
Itaboraí 16,23 31 69,82 83 68,6% 3,4%
Itaguaí 39,81 17 325,35 48 56,0% 8,7%
Italva 6,67 72 453,36 34 80,5% 12,5%
Itaocara 7,47 64 329,03 47 82,6% 11,2%
Itaperuna 11,52 41 115,17 70 81,8% 4,0%
Itatiaia 11,12 43 362,15 43 71,7% 6,2%
Japeri 16,34 29 161,41 65 86,5% 8,5%
Laje do Muriaé 5,73 84 793,53 18 82,0% 14,6%
Macaé 16,34 29 66,93 84 57,3% 0,8%
Macuco 5,82 82 1.071,31 10 93,2% 16,0%
Magé 51,45 12 216,71 62 82,0% 11,9%
Mangaratiba 31,05 19 732,12 19 57,3% 10,8%
Maricá 757,98 1 4.953,86 1 86,0% 64,7%
Mendes 6,86 69 378,54 41 85,9% 11,7%
Miguel Pereira 7,96 57 320,20 49 78,6% 8,1%
Miracema 7,75 59 291,98 52 82,4% 9,3%
Natividade 6,61 74 441,77 36 85,0% 10,3%

(continua)

83 - Não inclui Mesquita, cujos dados contábeis referentes ao exercício de 2017 não foram disponibilizados.

135
MAGÉ

Tabela F - Royalties e dependência de transferências em 2017 (cont.)

Ranking Grau de
Royalties Royalties Ranking Proporção dos
dos dependência de
Município recebidos per capita dos royalties royalties na
royalties transferências
(R$ milhões) (R$) per capita receita total
recebidos e royalties

Nilópolis 11,96 38 75,54 81 76,8% 4,2%


Niterói 636,44 2 1.275,36 8 55,0% 24,0%
Nova Friburgo 14,07 34 75,89 80 70,9% 3,1%
Nova Iguaçu 18,13 27 22,70 89 69,4% 1,4%
Paracambi 11,15 42 220,93 60 88,2% 9,7%
Paraíba do Sul 1,70 88 39,68 86 80,3% 1,6%
Paraty 70,21 10 1.693,75 5 80,5% 34,4%
Paty do Alferes 7,76 58 287,34 53 72,5% 9,0%
Petrópolis 21,11 25 70,79 82 69,3% 2,2%
Pinheiral 7,35 67 302,87 50 79,4% 9,7%
Piraí 14,71 32 521,35 28 68,3% 8,3%
Porciúncula 6,80 70 372,88 42 77,4% 9,8%
Porto Real 9,62 47 511,15 30 84,7% 7,4%
Quatis 6,39 78 463,66 32 86,4% 10,8%
Queimados 12,94 36 89,02 76 76,1% 4,5%
Quissamã 60,65 11 2.577,17 3 93,8% 32,8%
Resende 20,63 26 162,54 64 64,1% 4,1%
Rio Bonito 9,30 48 159,62 66 76,0% 5,3%
Rio Claro 7,56 61 420,33 40 80,5% 8,5%
Rio das Flores 8,14 54 905,96 13 92,9% 19,0%
Rio das Ostras 121,90 5 863,82 15 62,7% 22,0%
Santa Maria Madalena 6,58 75 647,34 21 95,4% 13,4%
Santo Antônio de Pádua 9,09 49 220,11 61 83,5% 8,0%
São Fidélis 8,86 50 235,10 59 82,0% 9,5%
São Francisco de Itabapoana 9,74 46 236,56 58 91,8% 8,2%
São Gonçalo 21,96 24 20,92 90 70,5% 2,0%
São João da Barra 118,87 6 3.379,61 2 76,2% 37,6%
São João de Meriti 14,22 33 30,88 88 69,2% 2,6%
São José de Ubá 5,79 83 832,21 16 85,8% 14,9%
São José do Vale do Rio Preto 7,46 65 353,41 44 88,6% 12,4%
São Pedro da Aldeia 10,76 44 107,71 71 69,7% 5,3%
São Sebastião do Alto 5,89 81 647,21 22 84,1% 13,2%
Sapucaia 1,71 87 96,29 74 82,2% 2,3%
Saquarema 74,62 9 876,06 14 69,6% 28,0%
Seropédica 12,72 37 150,64 67 83,2% 5,7%
Silva Jardim 33,20 18 1.562,30 6 78,7% 25,5%
Sumidouro 7,01 68 461,15 33 82,9% 11,5%
Tanguá 8,13 55 246,66 55 89,4% 9,5%
Teresópolis 13,41 35 76,19 79 68,5% 3,1%
Trajano de Moraes 6,40 77 618,44 23 90,5% 13,1%
Três Rios 3,91 86 49,26 85 70,1% 1,6%
Valença 10,40 45 140,15 68 79,2% 6,0%
Varre-Sai 5,70 85 537,88 26 82,2% 11,9%
Vassouras 8,50 52 237,67 57 80,8% 6,7%
Volta Redonda 22,51 23 84,86 77 50,5% 2,8%

136
MAGÉ

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MAGÉ

Secretaria-Geral de Planejamento
Marcio Jandre Ferreira

Núcleo de Estudos Socioeconômicos


Eduardo Henrique Sant´Anna Pinheiro
Gecilda Esteves Silva
Luiz Antônio de Araújo Kotsubo

Estagiário
José Fernando Medrado Junior

Arte
Maria Inês Blanchart

Agradecimentos
Diretoria Geral de Informática – DGI
Diretoria Geral de Comunicação Social – DCS
Leandro Nacif Macedo de Souza (Núcleo de Sustentabilidade)

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