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RESUMO
INTRODUÇÃO
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francês, fundou a Ordem das Irmãs da Caridade, em Paris. Em 1900, cindo das Irmãs da
Caridade, fundaram o St. Josephs´s Convent, em Londres, o qual começou as visitas aos doentes
em suas casas.
De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), o movimento
paliativistatem crescido, neste início de século, no mundo todo. Na Inglaterra, pacientes têm
acesso gratuito a cuidados paliativos custeados pelo governo ou por doações. Nos EUA, o
movimento evoluiu de umgrupo de voluntários que se dedicava a pacientes
que morriam isolados, para o sistema de saúde.
No ano de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elucida os cuidados paliativos
como:cuidado ativo e integral de pacientes cuja doença não tem resposta mais ao tratamento
medicamentoso. A OMS ainda alude aos Cuidados Paliativos como uma forma de tratamento
em pessoas com doenças degenerativas, definindo medidas como melhoria de vida,
principalmente, empacientes que estejam em estado terminal.
Os cuidados paliativos desenvolvem a atenção aos pacientes sem possibilidades de cura,
buscando amenizar ou controlar os sintomas físicos, psicológicos e espirituais destes. Devido
ao grande número de indivíduos portadores de processos oncológicos sem disponibilidade de
tratamento curativo, os cuidados paliativos são de extrema importância para esses pacientes.
Esses cuidados têm como prioridade o controle dos sintomas, além da dor, os físicos,
sociais, psicológicos e espirituais, procurando melhorar a qualidade de vida dos pacientes em
estado terminale consequentemente de seus familiares.
Um dos fatores que se destacam é a diferenciação dos cuidados paliativos, pois requer
um tipo de abordagem multidisciplinar implicando em demonstrar que nenhuma profissão
consegue abranger todos os aspectos em pacientes terminais. Isso faz com que se destaque a
significância do trabalho coletivo, permitindo a sinergia de habilidades para promover uma
assistência completa.
No Brasil, iniciativas e discussões a respeito, são encontradas desde os anos 70. Nos
anos 90, começaram a aparecer os primeiros serviços organizados, e de forma experimental, o
pioneiro foi o Instituto Nacional do Câncer – INCA, do Ministério da Saúde, seguido do
Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo – HSPE/SP. A conscientização da
população brasileira sobre cuidados paliativos é essencial para que o sistema de saúde brasileiro
mude sua abordagem aos pacientes portadores de doenças que ameaçam a continuidade de suas
vidas.
De acordo com Guedes (2015),3 cuidados paliativos refletem o interesse a promoção da
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humanização nos momentos finais da vida, por meio de uma abordagem que permite uma morte
com dignidade, seguindo os princípios éticos de respeito à vida. Entender que é uma necessidade
desaúde pública e humanitária.
A reabilitação de doentes paliativos tem recebido pouca atenção, existindo poucos
estudos a respeito. Apesar da escassa evidência, o fisioterapeuta desempenha um papel
importante na equipede cuidados paliativos, intervindo em uma grande variedade de situações,
visando melhorar os níveis de função e conforto do doente. A prestação de um serviço de
fisioterapia especializado resulta em níveis elevados de funcionalidade, qualidade de vida e
satisfação dos pacientes.
A equipe deve ser composta por profissionais com conhecimentos técnicos, científicos
e humanitários que devem cooperar com um cuidado holístico, ou seja, multiprofissionais
interdisciplinares.
A fisioterapia como parte atuante da equipe interdisciplinar, irá traçar objetivos viáveis
dentro da limitação de cada paciente a fim de trazer benefícios na melhora dos sintomas como a
dor, fadiga,alterações osteomioarticulares, buscando oferecer conforto, com o intuito de manter
a capacidade funcional, minimizar esforços para a realização de atividades de vida diária,
enriquecer o cotidianoe resgatar a vida ocupacional, familiar e social da criança.
Bem como durante o tratamento tem como objetivo de não agravar o quadro clínico desse
paciente (a criança), com exatamente a reabilitação e a prevenção aos distúrbios causados pelo
tratamento. Isso pode preservar, manter e, sobretudo, restaurar a integridade cinético-funcional
desses pacientes. Assim, ao adentrar no contexto em que o fisioterapeuta pode atuar, buscando
complementar a abordagem paliativa e obtendo dentro do alcance profissional, observa-se que
os cuidados necessários em relação ao paciente necessitam delinear a atuação do profissional e
investigar tais recursos.
A fisioterapia se faz presente nas diferentes fases de intervenção do tratamento
oncológico, no pré-operatório, seu principal objetivo é o preparo para o procedimento cirúrgico
e redução de complicações. Durante o período de internação, a fisioterapia atua prevenindo,
minimizando e tratando as complicações respiratórias, motoras e circulatórias provenientes do
posicionamento prolongado no leito. Por fim, existe a assistência ambulatorial, que deve ser
prestada de forma contínua e enquanto o paciente dela necessitar (ROCHA, 2011).
Basso et al (2017) esclarece que por ação paliativa, entende-se qualquer medida
terapêutica, sem intuito curativo, que visa diminuir as repercussões negativas da doença sobre
o seu bem-estar global. Para Iglesias et al, (2016) deve ser oferecidos no momento do diagnóstico
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MÉTODO
A presente pesquisa foi realizada em forma de uma revisão de literatura que procurou
bases de conhecimento a partir de referências teóricas publicadas em estudos científicos
anteriores natentativa de aprofundar informações e conhecimento sobre o tema investigado.
Foram pesquisados, via internet, artigos, trabalhos de conclusão de cursos de especialização,
mestrado e doutorado que abordaram a temática desta pesquisa, usando os descritores:
Fisioterapia Pediátrica, Cuidados Paliativos, Fisioterapia Paliativa. A procura foi realizada
utilizando os termosisolados e, posteriormente, com a associação entre eles pelo termo “AND”.
Foi incluído publicações dos últimos 10 anos, em português, através das bases de dados
Scielo,Bireme, Pubmed, teses e dissertações.
Artigos que abordem a fisioterapia paliativa em adultos, idosos, foram excluídos da pesquisa.
Os estudos comtemplados na pesquisa foram selecionados, primeiro pelo título, posteriormente,
peloresumo, os que abordaram o tema deste estudo, foram lidos na íntegra, buscando sintetizar
e responder problemática deste estudo, o que a literatura aborda sobre o papel da fisioterapia
paliativaem pacientes pediátricos crônicos nas unidades de terapia intensiva. Seguiu-se a coleta
do material, formulação e escrita dos resultados coletados, culminando com a conclusão do
artigo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo baseou-se no fato de ser os cuidados paliativos uma nova área de atuação
dos serviços de saúde e que merece melhor abordagem nas UTIs, tornando assim mais fácil a
aceitação pelo limite de esforço terapêutico (LET) a irreversibilidade da doença e
consequentemente, a morteiminente. (Rebelatto 2015) levando em consideração os principais
lemas do movimento “confirmara morte como a ordem natural da vida, buscando o alívio da
dor e de outros sintomas angustiantes, não apressar e nem adiar a morte”. Guedes, 2015, que
corrobora com a definição de Cruz, 2014, é um ato contínuo, que têm o compromisso de
promover o bem-estar do paciente, permitindo trabalharo conceito de morte sem dor, em paz e
de maneira digna.
Ao realizar esta pesquisa, evidenciou-se poucos estudos relacionados a esta temática dentro do
serviço de cuidados paliativos, principalmente em pacientes pediátricos. Todos os envolvidos
nesteprocesso deve ter conhecimento que a presença do fisioterapeuta, a conversa, o carinho e
a atençãotorna o tratamento com pacientes pediátricos muito mais eficaz, adequada e benéfica
em pacientes críticos.
REFERÊNCIAS
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