Relatório PIBID
Relatório PIBID
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2. Introdução
Para iniciar este relato geral, destaco minha gratidão pela oportunidade de participar deste projeto,
visto que ele foi muito enriquecedor para meu processo de formação como docente. O PIBID, que tem
por objetivo nos dar a oportunidade de colocar em prática o que aprendemos em nosso curso e também
de termos um primeiro contato com a realidade docente e seus desafios me proporcionou experiências
boas, e outras nem tanto, mas a verdade é que pude evoluir como estudante de Pedagogia. Tive a
oportunidade de participar do projeto enquanto estudava sobre alfabetização e letramento na
faculdade, onde aprendi sobre conteúdos como a psicogênese da língua escrita, e isto me ajudou
durante o PIBID, pois assim pude saber como fazer testes para descobrir nível em que as crianças se
encontravam, bem como boas estratégias e práticas para ajudá-las a avançar etapas na alfabetização.
Ademais, o projeto me proporcionou um contato real com a realidade de docente alfabetizador, o dia a
dia, os prazeres e os desafios dessa profissão tão importante na vida das crianças, dessa forma, pude
chegar a conclusões sobre meu futuro como docente e sobre minhas futuras escolhas que quero fazer
em meu processo de formação.
3. Desenvolvimento
No início do projeto, fiquei algumas vezes em sala de aula, acompanhando o trabalho da professora e
as crianças que eu estaria dando suporte, aos poucos, pude observar que havia algumas crianças que
pareciam ter melhores contextos sociais do que outras, umas de níveis socioeconômicos médios baixos,
mas outras que pareciam ter níveis socioeconômicos baixos e pude ver que as crianças que precisavam
de reforços, normalmente eram as que pareciam ter contextos sociais mais vulneráveis. Observei essas
diferenças nos contextos sociais através de diversos fatores, como por exemplo o modo de falar, as
roupas e os materiais que possuíam. Considerando que as crianças haviam saído de um período de
pandemia, onde o aprendizado foi muito prejudicado, os alunos se mostravam com dificuldades no
aprendizado, pois a maioria não teve o apoio e estrutura necessária para dar continuidade aos estudos
de forma eficiente em suas casas, e quanto mais vulnerável o contexto social, mais prejudicado foi o
aprendizado, dessa forma, nós futuros docentes, também lidamos com alguns desses desafios, como a
preguiça de fazer atividades, mas sempre pacientes considerando o cenário em que as crianças se
encontravam.
A gestão da escola me pareceu boa, foi sempre muito receptiva, desde a diretora, até as faxineiras e
cozinheiras, e as professoras, tanto a da turma que estive, quanto a outra que me supervisionou sempre
me ajudaram no que precisei. Como muitas das escolas de nossa região, a escola que estive durante o
projeto parecia que era em um espaço reaproveitado de uma casa, e apesar de bem aproveitado, é uma
escola pequena, com poucos espaçados de pátio, e espaços para brincadeiras, tanto que o espaços
usados nas aulas praticas de educação física são uma quadra pública e um parque público ao lado da
escola. Destaco também que não encontrei espaços virtuais para os alunos na escola, mas outro espaço
está sendo construído para substituir o espaço atual da escola.
Durante o período em que estávamos no projeto, tivemos também encontros presenciais e online com
as professoras das escolas que estavam no projeto e também nossa coordenadora Verônica, e nesses
encontros, nós alunos tivemos a oportunidade de aprender mais sobre a alfabetização, sobre as
avaliações diagnósticas e também sobre os níveis de alfabetização de acordo com Emília Ferreiro. Estes
encontros, em junção a nossos aprendizados na matéria de alfabetização e letramento, onde vimos
muitos conteúdos de Magda Soares, como por exemplo o processo de alfabetizar letrando, foram de
grande ajuda para que pudéssemos estar mais preparados para lidar com os desafios que o projeto nos
proporcionou.
Logo em meu primeiro dia na escola , tive a oportunidade de ver uma apresentação feita para as
crianças, que abordou temas sobre a cultura africana, e esse momento se deu por contação de histórias,
músicas, danças e uma bela apresentação que representou a história brasileira. Por fim, destaco que
ajudei alunos individualmente, em alguns espaços separados da sala de aula, onde após aplicar
avaliação diagnóstica, usei atividades específicas para o nível em que as crianças se encontravam, e
também recebi atividades disponibilizadas pela professora, como por exemplo palavras cruzadas,
ditados e auto ditados, interpretação de pequenos textos, onde eu os lia para a criança, e fazia
perguntas voltadas para a compreensão textual, atividades de organização de frases com desenhos,
correspondências de desenhos e seus nomes, atividades de circulação de sílabas e de completar sílabas
faltosas, entre outras.
4. Resultados observados
No âmbito de minha própria formação, pude aplicar conhecimentos que ia absorvendo durante e curso
no projeto, como por exemplo a avaliação diagnóstica, que enquanto aprendia teoricamente, tive o
pibid para aplicar na prática, e acredito que essa junção da teoria com a prática que tive graças ao pibid
foi muito enriquecedora para meu processo de formação. Passando agora para os resultados da criança
que acompanhei, digo que acompanhei de fato só uma, outras ajudei só quando essa criança faltava. No
início, acredito que essa criança se encontrava na hipótese silábica alfabética , no entanto com muita
variação, operando algumas vezes de forma silábica, uma criança que tinha preguiça de fazer as
atividades, sempre tentando achar desculpas para não fazer. Acredito que o apoio em sua casa era
pequeno, e ela também tem seus pais separados, o que eu acredito que contribui para o incentivo ser
menor. Portanto, procurei tentar entender o que ela gostava, e vi que ela gostava de organizar e pintar,
dessa forma, busquei atividades com tais características e pude ver que ela apresentava menos
resistência em fazê-las por estarem relacionadas a coisas que ela gosta. Não cheguei a fazer uma
avaliação diagnóstica ao fim do meu tempo no pibid, mas acredito que a criança que ajudei avançou
para a etapa da hipótese alfabética, pois lembro que a já conseguia perceber a distinção entre sílaba,
palavra e frase, além de já conseguir reconhecer o valor sonoro das letras que são utilizadas para
compor as sílabas.
A experiência com o projeto me fez enxergar dificuldades individuais que devem ser superadas, bem
como áreas que tenho menos afinidade, dessa forma, no âmbito da minha própria formação, pude me
aproximar mais de uma ideia que já tinha antes de entrar no projeto, de que desejo seguir para a área
de gestão escolar, isso porque não tenho como objetivo e não me vejo atuando para sempre numa sala
de educação infantil ou até mesmo de ensino fundamental, encontrei alguns prazeres da sala de aula,
mas acredito que eu leve mais jeito para a gestão, mas sei que terei que me esforçar para chegar lá.
Portanto, como já antes destacado, sou grato por esta experiência, por ter sido como um divisor de
águas no meu processo de formação e de escolha profissional.
6. Referências
SOARES, Magda. Letramento e escolarização. In: RIBEIRO, Vera M. (org.) Letramento no Brasil. São
Paulo: Global, 2003.
.FERREIRO, Emilia & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Tradução de Diana M. Linchestein
e outros. Porte Alegre: Artes Médicas, 1985.
.NOVA ESCOLA. Diagnóstico na Alfabetização para Conhecer a Nova Turma. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/2489/diagnosticona-alfabetizacao-para-conhecer-a-nova-turma.
Acesso em: 26 de julho de 2023.
.BRANDÃO, Carlos. O que é método Paulo Freire. Ed. Brasiliense, São Paulo, 1981.
Avaliação do PIBID
O programa institucional de bolsa de iniciação à docência tem grande capacidade, pois ele incentiva e
aprimora de diversas maneiras o processo de formação de docentes. Um dos principais benefícios desse
projeto ao qual eu participei é oferecer um contato com a realidade docente e dos alunos de etapas em
que futuramente nós estudantes poderemos ser professores e professoras, nesse contato podemos
encontrar os desafios e os prazeres dessa prática. Dessa maneira, este projeto nos ajuda a refletir sobre
nossa formação profissional, bem como nossa escolha para a área em que iremos querer atuar ou não
após a formação Pedagógica.
Posso dizer que apesar de pouco tempo de PIBID, pude aproveitar bem os benefícios que ele oferece, e
também pude, em parceria com o trabalho que a professora regente da turma vinha fazendo ao longo
do ano, ajudar uma criança em uma pequena parcela a avançar em seu processo de alfabetização, pois
ao conhecê-la e oferecer suporte individual observei coisas que ela gostava de fazer, e procurei
atividades relacionadas a isso, assim, ela não resistiu tanto igual no início para fazer as atividades.
Ademais, digo que considero o projeto como um divisor de águas em minha formação, pois ele me
ajudou muito a ver algumas dificuldades individuais, algumas facilidades e principalmente a refletir
sobre áreas que quero e as que não quero seguir.
Portanto, gostaria de expressar minha gratidão ao PIBID, bem como a todos os coordenadores desse
projeto, em especial, à Verônica Mendes Pereira, coordenadora de área responsável e também à Patrícia
Regina Barbosa Gomes, que me recebeu e supervisor muito bem durante o tempo em que estive no
PIBID. Vale ressaltar também o apoio monetário que o projeto oferece, além de ser um incentivo,
realmente é um suporte que permite que não precisemos trabalhar o dia inteiro, nos dando, dessa
forma, mais tempo para nos dedicarmos aos estudos, tanto no curso, como do próprio projeto.
Eu, Rafael Alexandre dos Santos, autorizo a utilização pela Capes do presente relato de experiência, na
qualidade discente de iniciação à docência, sob responsabilidade do(a) Coordenador(a) de Área
Verônica Mendes Pereira vinculado ao Pibid da Universidade Federal de Ouro Preto. Meu relatório
poderá ser incluído nos bancos de dados e nas plataformas de gestão da Capes, podendo,
eventualmente, ser reproduzido, publicado ou exibido por meio dos canais de divulgação e informação
sob responsabilidade desse órgão.