Chiba Bava
Chiba Bava
Chiba Bava
Edição 2005
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma
natureza informativa, não constituindo parecer profissional sobre a estratégia de
desenvolvimento local. As suas conclusões não são válidas em todas as circunstâncias. Noutros
casos, deverá ser solicitada opinião específica ao Ministério da Administração Estatal ou à
firma MÉTIER - Consultoria & Desenvolvimento, Lda.
ÍÍnnddiiccee
PPrreeffáácciioo v
SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass vii
M
MAAPPA
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A LLO
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ALLIIZ
ZAAÇÇÃ
ÃOOG
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ÁFFIICCA
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ODDIISSTTRRIITTO
O viii
11 BBrreevvee CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo 2
11..11 LLooccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo 2
11..22 maa ee H
CClliim Hiiddrrooggrraaffiiaa 2
11..33 RReelleevvoo ee SSoollooss 3
11..44 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass 3
11..55 EEccoonnoom miiaa ee SSeerrvviiççooss 5
22 H
Hiissttóórriiaa,, PPoollííttiiccaa ee SSoocciieeddaaddee 8
33 D
Deem
mooggrraaffiiaa 9
33..11 EEssttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo 9
33..22 TTrraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo 9
33..33 LLíínngguuaass ffaallaaddaass 10
33..44 AAnnaallffaabbeettiissmmoo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo 10
44 H
Haabbiittaaççããoo ee CCoonnddiiççõõeess ddee V
Viiddaa 11
55 O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm
miinniissttrraattiivvaa ee G
Goovveerrnnaaççããoo 13
55..11 GGoovveerrnnoo D Diissttrriittaall 13
55..22 RReeffoorrm maa ddoo sseeccttoorr ppúúbblliiccoo 15
55..33 SSíínntteessee ddooss rreessuullttaaddooss ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss 15
5.3.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural 15
5.3.2 Obras Públicas e Habitação 18
5.3.3 Obras Públicas e Habitação 19
5.3.4 Educação e Saúde 20
5.3.5 Cultura, Juventude e Desporto 20
5.3.6 Mulher e Coordenação da Acção Social 21
5.3.7 Justiça, Ordem e Segurança pública 22
55..44 FFiinnaannççaass PPúúbblliiccaass 22
55..55 CCoonnssttrraannggiim meennttooss àà aaccççããoo ddoo G Goovveerrnnoo D Diissttrriittaall 23
55..66 PPaarrttiicciippaaççããoo ccoom u n
munitáriai tár i a 24
55..77 AAppooiioo eexxtteerrnnoo 24
66 PPoossssee ee U
Ussoo ddaa TTeerrrraa 25
66..11 PPoossssee ddaa tteerrrraa 25
66..22 TTrraabbaallhhoo aaggrrííccoollaa 26
66..33 UUttiilliizzaaççããoo eeccoonnóómmiiccaa ddoo ssoolloo 27
6.3.1 Agricultura 27
Chibabava
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Índice
________________________________________________________________________________________________
77 E
Edduuccaaççããoo 28
88 SSaaúúddee ee A
Accççããoo SSoocciiaall 31
88..11 CCuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
miiccoo 31
88..22 A c ç ão S
Acção Social o c i al 32
99 G
Géénneerroo 34
99..11 EEdduuccaaççããoo 34
99..22 A miiccaa ee eexxpplloorraaççããoo ddaa tteerrrraa
Accttiivviiddaaddee eeccoonnóóm 35
99..33 GGoovveerrnnaaççããoo 36
1100 A
Accttiivviiddaaddee E
Eccoonnóóm
miiccaa 37
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom miiccaammeennttee aaccttiivvaa 37
1100..22 OOrrççaam meennttoo ffaam miilliiaarr 38
1100..33 SSeegguurraannççaa aalliim meennttaarr ee eessttrraattééggiiaass ddee ssoobbrreevviivvêênncciiaa 39
1100..44 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass ddee bbaassee 40
1100..55 AAggrriiccuullttuurraa ee D Deesseennvvoollvviimmeennttoo RRuurraall 42
10.5.1 Uso da terra 42
10.5.2 Zonas agro-ecológicas 42
10.5.3 Produção agrícola e sistemas de cultivo 43
10.5.4 Pecuária 44
10.5.5 Pescas, Florestas e Fauna bravia 44
1100..66 IInnddúússttrriiaa,, CCoom méérrcciioo ee SSeerrvviiççooss 45
A
Anneexxoo:: A
Auuttoorriiddaaddee CCoom
muunniittáárriiaa nnoo D
Diissttrriittoo ddee CChhiibbaabbaavvaa 47
D
Dooccuum
meennttaaççããoo ccoonnssuullttaaddaa 48
L
Liissttaa ddee ttaabbeellaass
TABELA 1: População por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005 9
TABELA 2: Agregados, segundo a dimensão e o tipo sociológico 9
TABELA 3: População, segundo o estado civil e a crença religiosa 10
TABELA 4: População, consoante o conhecimento de Português 10
TABELA 5: População, por condição de alfabetização, 1997 10
TABELA 6: Famílias, tipo de casa e condições básicas de vida 11
TABELA 7: População, por condição de frequência escolar 28
TABELA 8: População, por nível de ensino que frequenta 29
TABELA 9: População, por nível de ensino concluído 29
TABELA 10: Escolas, alunos e professores, 2003 30
TABELA 11: Unidades de saúde, camas e pessoal, 2003 31
Chibabava
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Índice
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L
Liissttaa ddee ffiigguurraass
FIGURA 1: Famílias, por condições básicas de vida....................................................... 11
FIGURA 2: Habitações, por tipo de materiais usados .................................................... 12
FIGURA 3: Habitações, por tipo de acesso a água.......................................................... 12
FIGURA 4: Estrutura do orçamento distrital, 2004 ........................................................ 22
FIGURA 5: Estrutura de base da exploração agrária da terra........................................ 26
FIGURA 6: Explorações e área, por culturas alimentar principal ................................. 27
FIGURA 7: População, por nível de ensino que frequenta............................................ 28
FIGURA 8: Quadro epidémico, 2003................................................................................ 32
FIGURA 9: Indicadores de escolaridade, por sexos........................................................ 34
FIGURA 10: Quota das mulheres no trabalho agrícola e remunerado..........................35
FIGURA 11: População activa, por ramo de actividade, 2005........................................ 37
FIGURA 12: Consumo das famílias, por grupo de produtos e serviços ....................... 38
FIGURA 13: Famílias, por intervalos de rendimento mensal ......................................... 39
Chibabava
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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
P
Prre
effá
ácciio
o
Com 800 mil km2 de superfície e uma população de 19,5
milhões de habitantes, Moçambique inicia o séc. XXI, com
exigências inadiáveis de engajamento de todos os níveis da
sociedade e dos vários intervenientes institucionais e
parceiros de cooperação, num esforço conjugado de combate
à pobreza e desigualdade e de promoção do desenvolvimento económico e social do País.
Na esfera da governação, esta exigência abrange todos os níveis territoriais e cada uma das
instituições públicas, estando a respectiva política do Governo enunciada nos preceitos
Constitucionais sobre a Descentralização e a Reforma do Sector Público.
A Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março, ao estabelecer os novos princípios e
normas de organização, competências e de funcionamento destes órgãos nos escalões de
província, distrito, posto administrativo e localidade, dotou o processo de um novo quadro
jurídico que reforça e operacionaliza a importância estratégica da governação local.
Estamos certos que este produto, apetrechará as várias Instituições públicas e privadas,
nacionais ou internacionais, com um conhecimento de todo o país, que potencia o
prosseguimento coordenado das acções de combate à pobreza em Moçambique.
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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
Efectivamente, entendemos os Perfis Distritais como um contributo para um processo de
gestão que integra, por um lado, os aspectos organizacionais e de competências distritais e,
por outro, as questões decorrentes do desenvolvimento e da descentralização nas áreas da
planificação e da afectação e gestão dos recursos públicos.
A finalizar, referir que a publicação destes Perfis insere-se num esforço continuado, por
parte do Ministério da Administração Estatal e da sua Direcção Nacional de Administração
Local, de monitoria do desenvolvimento institucional da administração pública local e do seu
gradual ajustamento às exigências do desenvolvimento e crescimento em Moçambique.
Entusiasmamos, pois, todas as contribuições e comentários que possam fazer chegar a essa
Direcção Nacional, no sentido de melhorar e enriquecer o conteúdo futuro dos Perfis.
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Siglas e Abreviaturas
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S
Siig
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ass e
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urra
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AD Administração Distrital
EN Estrada Nacional
PA Posto Administrativo
Chibabava
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________________________________________________________________________________________________
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Diissttrriitto
o
11..11 LLooccaalliizzaaççããoo,, S
Suuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo
O
distrito de Chibabava está localizado na parte Sul da Província de Sofala, confinando a
Norte com o distrito de Nhamatanda, a Sul com o distrito de Machanga, a Oeste com
os distritos de Mussorize e Machaze da Província de Manica e a Este com o distrito do
Búzi.
Com uma superfície1 de 6.977 km2 e uma população recenseada em 1997 de 72.273
habitantes e estimada à data de 1/1/2005 em cerca de 90.684 habitantes, o distrito de
Chibabava tem uma densidade populacional de 13 hab/km2.
A população é jovem (43%, abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa
de masculinidade de 42%) e de matriz marcadamente rural.
11..22 C
Clliim
maa ee H
Hiiddrrooggrraaffiiaa
O clima do distrito é dominado por zonas do tipo semi-árido, no
interior, a sub-húmido, à medida que se caminha para o litoral.
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A faixa sub-litoral do Save apresenta temperaturas médias anuais que variam entre 24 e
26°C. A precipitação média anual está compreendida entre os 800 e 1000 mm, podendo
localmente ultrapassar este valor, tornando-se o clima do tipo sub-húmido.
O distrito é atravessado para além dos rios Búzi, Revué, Lucito, por outros de regime
periódico.
11..33 R
Reelleevvoo ee S
Soollooss
Os solos da zona litoral são predominantemente arenosos e de cobertura arenosa, em geral
profundos a muito profundos, excessivamente bem drenados, com baixa capacidade de
retenção de nutrientes e água. Complementam estes agrupamentos de solos as deposições
fluvio-marinhas e os aluviões recentes do rio Buzi e seus afluentes.
A zona interior é dominada por solos residuais de textura variável, profundos a muito
profundos, localmente pouco profundos, castanhos-avermelhados, sendo ainda ligeiramente
lixiviados, excessivamente drenados ou moderadamente bem drenados e, por vezes,
localmente mal drenados. Ocorrem ainda, solos aluvionares e hidromórficos ao longo das
linhas de drenagem natural associados aos dambos.
11..44 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass
Sendo o transporte rodoviário o mais utilizado, o distrito de Chibabava é atravessado pela
EN1 e dispõe de uma rede de estradas com uma extensão de 435 km divididas em 9 eixos.
Chibabava
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outros operadores vulgarmente conhecidos por “Chapa 100” que circulam no interior do
distrito.
Naturalmente, as regiões planas são as que mais sofrem de falta de água, em virtude da
disposição do seu relevo. Sendo Chibabava um distrito fundamentalmente constituído de
áreas planas, sofre, por isso, os efeitos que ocorrem nessas regiões. Em algumas zonas o
lençol freático é salobre e profundo.
Existe uma Central Eléctrica (gerador) com capacidade de 60KVA, para a sede do distrito.
De acordo com os dados do Censo de 1997, a cobertura da totalidade do distrito era, à data,
quase nula.
O distrito possui 51 escolas (das quais, 47 do ensino primário nível 1), e está servido por 12
unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do
Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui dos
seguintes índices de cobertura média:
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitibilidade.
Chibabava
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11..5
5 EEccoonnoom
miiaa ee S
Seerrvviiççooss
Este distrito possui potencialidades agrícolas, pecuárias e de florestas, sendo a agricultura e
pecuária as principais actividades económicas das famílias.
Dos 699 mil hectares da superfície do distrito, estima-se2 em 300 mil hectares o potencial de
terra arável apta para a agricultura do distrito de Chibabava, dos quais só 26 mil são
explorados pelo sector familiar (cerca de 4% do distrito).
Com o regresso das pessoas às suas zonas de origem ou de preferência, o distrito tem
registado alguns conflitos pela posse e uso da terra, para cuja solução e moderação, tem
contribuído a Administração e a DADR (Serviços de Geografia e Cadastro) em
coordenação com anciãos influentes localmente.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
2 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatísticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)
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O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infra-estruturas existentes, verificou-se um crescimento do efectivo bovino de 5 mil
cabeças em 2000, para cerca de 9 mil em 2004.
Por causa do valor comercial de alguns produtos arborícolas, tem havido movimento de
comerciantes de fora do distrito para a sua comercialização provenientes, sobretudo, da
Beira, Chimoio, Inhambane, Gaza e Maputo.
Chibabava
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Este distrito não é um pólo turístico importante. Existem 8 operadores, dos quais 3 na sede,
4 em Muxúngue e 1 em Goonda, preocupados em melhorar gradualmente as condições de
hospedagem e outros serviços.
Opera no distrito uma filial do Banco Austral que se dedica à captação de poupanças, não
havendo nenhum sistema formal de crédito em condições acessíveis aos operadores locais,
o que denota uma fraca implantação do sector financeiro.
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________________________________________________________________________________________________
2
2 H
Hiissttó
órriia
a,, P
Poollííttiicca
aeeS
Soocciie
edda
adde
e
A
designação de Chibabava provém do nome Chibaba. Chibaba significa pai-pequeno.
Ao chefe da comunidade dava-se o nome de “Baba”, que na língua local significava
“Pai”.
Com o surgimento da guerra entre os chefes tribais aquele, aliou-se a Ngungunhana, tendo,
durante o tempo da resistência, ido fixar-se em Gaza. Porém, no terreno havia ficado o seu
filho para dar continuidade ao poder, de acordo com os costumes da zona, passando então
a ser denominado por “Chibaba”, que significa “Pai pequeno”. O nome de Chibabava
apareceu com a chegada dos portugueses.
Por essa altura, grande parte da zona era habitada por emigrantes vindos do Zimbabwe que,
gradualmente, passaram a fixar residência definitiva sob a liderança de Chibaba. Desde
então, sempre houve registo de conflitos pela posse da terra.
Usos e Costumes: Vestuário – vestidos, capulanas, saias, calças, calções e, por vezes, o uso
de lenços e chapéus; Principais cerimónias – Mbambas, Ritos de iniciação e Mapare; Pratos
típicos - sadja de milho e de mapira, mathapa, mufumba, ngaca temperada com castanha de
cajú e, ou, de amendoim, carne de caça, cabrito e galinha; Danças e canções - Mucapa,
chigande, chitonga, macuai, marobzi, mandiqui e chopo. Esta última já não é praticada por
ter sido substituída pela dança moderna; Línguas faladas: O Ndau é a língua predominante,
sendo o Português utilizado como língua de apoio.
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3
3 D
Deem
moog
grra
affiia
a
A superfície do distrito é de 6.977 km2 e a população de 91 mil habitantes à
data de 1/1/2005. Com uma densidade populacional de 13 hab/km2, prevê-se
que o distrito, em 2010, venha a atingir os 104 mil habitantes.
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Na sua maioria casados, após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela
religião Sião ou Zione.
33..44 A
Annaallffaabbeettiissm
moo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo
Com 85% da população analfabeta, predominantemente mulheres, a taxa de escolarização
no distrito é baixa, constatando-se que somente 19% dos habitantes3 frequentam ou já
frequentaram a escola.
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4
4 H
Haab
biitta
aççã
ãooe
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diiççõ
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deeV
Viid
daa
O tipo de habitação modal do distrito é “a palhota, com pavimento de
terra batida, tecto de capim ou colmo e paredes de caniço ou
paus”.
17%
0% 4% 0%
Com Água Canalizada Com retrete ou latrina Com electricidade Com Radio
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________________________________________________________________________________________________
60% 54%
50% 44%
40%
30%
20%
10% 2%
0% 0%
0%
Canalizada, Canalizada, fora Fontanário Poço ou furo Rio ou Lago
dentro de casa de casa
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.
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5
5 O
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miin
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vaae
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naaççã
ãoo
O
distrito de Chibabava, localizado a 326 Km da capital provincial, a cidade da Beira, à
qual está ligado pela EN1/EN6, está dividido em 3 Postos Administrativos: Chibabava-
Sede, Muxúngue e Goonda, que, por sua vez, estão subdivididos em 6 Localidades.
Para além destes órgãos, estão também adstritos ao Governo Distrital, os seguintes
organismos:
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As instituições do distrito operam com base nas normas de funcionamento dos serviços da
Administração Pública, aprovadas pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, do Conselho
de Ministros, publicado no Boletim da república n° 41, I Série, Suplemento.
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________________________________________________________________________________________________
55..22 R
Reeffoorrm
maa ddoo sseeccttoorr ppúúbblliiccoo
O Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, sobre a Reforma do Sector Público, está a ser
implementado no distrito. Com efeito, este instrumento foi objecto de estudo pelos
funcionários do Estado, de modo a garantir a sua correcta implementação pelos sectores.
Neste sentido, foram já emitidos crachás de identificação para os funcionários da
Administração do Distrito e das Direcções, e criadas caixas de sugestões e reclamações.
55..33 S
Síínntteessee ddooss rreessuullttaaddooss ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo e transcrever o rol de funções oficiais dos
Governos Distritais aprovadas e publicadas oficialmente, focam-se as principais actividades
de intervenção pública directa que contribuem para o desenvolvimento do distrito.
Calamidades naturais
O início do século foi marcado pelas cheias de 2000 e chuvas acima do normal que
destruíram as culturas. Nos anos seguintes, o cenário de estiagem e seca caracterizado por
chuvas irregulares e abaixo do normal criaram uma situação de insegurança alimentar,
exigindo do Governo Distrital iniciativas enérgicas de mitigação, de que se destacam:
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Na campanha agrícola de 2002/2003, a estiagem atingiu cerca de 30% dos 10 mil hectares
de culturas diversas semeadas na 1ª época, tendo-se perdido 3 mil hectares, afectando cerca
de 13.533 habitantes. Logo a seguir à estiagem, o distrito foi assolado pelo ciclone Jafett que
afectou 15% da produção agrícola, tendo-se perdido 1.110 hectares na sequência das
inundações provocadas pelos rios Búzi, Revué e Lucite.
Extensão Rural
Foram montados 5 campos de multiplicação de culturas resistentes à seca (rama de
batata-doce de polpa alaranjada e estacas de mandioqueiras, e um campo de regime
regional que forneceu 500Kd de rama de batata-doce a Machanga, para montagem
do viveiro local, bem como 850Kg para o distrito de Machaze, financiado pelo
Conselho Cristão de Moçambique (CCM).
Foram construídos 9 celeiros melhorados para conservação pós-colheita, 12 e 14
currais melhorados, sendo 7 destinados ao gado bovino e 7 para gado caprino.
Foram distribuídas 15 bombas pedestais, estando 6 em funcionamento, decorrendo
acções de formação no maneio das mesmas aos utentes das restantes 9.
Foram montados 3 sistemas de rega gota-a-gota e Campos de Demonstração de
Resultados nos PA’s da Vila sede, Muxúngue e Goonda (Mudala).
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Na assistência técnica, 2.500 famílias foram assistidas por 11 técnicos, dos quais 9 médios e
2 superiores (agrónomo e veterinário), para além da assistência prestada pelas ONG’s que
operam no distrito, nomeadamente, a Federação Luterana Mundial, a OSEO, a Caritas de
Moçambique, Magariro e a GTZ/PRODER.
Combate à erosão
A Sede do distrito está a ser assolada pela erosão, encontrando-se a Vila e as estradas
seriamente ameaçadas, em especial a estrada que liga ao Centro de Saúde local. Para o
combate a este fenómeno natural, está em curso a produção de mudas de leocaenas, cuja
meta é de 10.000 plantas, tendo já sido produzidos 2/3.
Para fazer face a este mal que inquieta principalmente a sede do distrito, foi montado um
campo de multiplicação de capim “vertigrass”, que será posteriormente plantado nas zonas
mais afectadas.
Florestas
No sector das florestas, estão a ser levadas a cabo as seguintes actividades:
Licenciamento;
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Fauna Bravia
A Fauna Bravia do distrito continua a ser diversificada, incluindo espécies como
hipopótamos, crocodilos, aves, macacos, gazelas e répteis diversos. Decorrem acções com
vista à preservação das espécies sob protecção, numa tentativa de velar pelo tempo de veda
de caça.
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Apesar dos esforços realizados, o estado geral de conservação e manutenção das infra-
estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água a necessitar de
manutenção e a rede de estradas terciárias que na época das chuvas tem problemas de
transitibilidade, sendo essencial a afectação de recursos públicos à sua reabilitação corrente.
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Água
O número de centros de alfabetização de adultos cresceu para 46, com cerca de 4 mil
alfabetizandos e 64 alfabetizadores.
O distrito está dotado de 1 Hospital Rural, 1 Centro de saúde de nível I, 9 do nível II/III e
1 Posto de saúde, com um total de 163 camas e 79 técnicos e assistentes de saúde.
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A acção nesta área tem sido coordenada com as organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e de
direitos entre homem e mulher em todos aspectos de vida social e económica, bem como a
integração no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.
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________________________________________________________________________________________________
1% 5% 2%
22%
41%
16%
21%
92%
Imposto de Reconst rução Nacional T axas e licenças de Mercados Despesas com pessoal Combustíveis e comunicações
Out ras receitas e t axas Subsídio do O.E. Manutenção Out ros gast os materiais
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________________________________________________________________________________________________
Tem sido feita a cobrança de receitas diversas aos cidadãos, através dos Modelos 50 e 54, e
registo dos mesmos em livros próprios, o que tem contribuído grandemente para o melhor
funcionamento dos serviços públicos.
55..55 C
Coonnssttrraannggiim
meennttooss àà aaccççããoo ddoo G
Goovveerrnnoo D
Diissttrriittaall
Face à situação financeira descrita, o Governo Distrital tem enfrentado vários
constrangimentos à sua acção, de que se destacam os seguintes:
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Para tal, o Governo Distrital tem estabelecido coordenação de acções com as ONG’s,
visando levar a efeito a reconstrução e construção de infra-estruturas com base em recursos
locais e nos programas “comida pelo trabalho” financiados pelo PMA.
55..77 A
Appooiioo eexxtteerrnnoo
Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido apoio de vários organismos de cooperação,
que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento
rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e
desenvolvimento locais, sendo de destacar o INGC que tem realizado as suas actividades
em coordenação com as ONG’s na implementação de projectos no âmbito do programa de
“comida pelo trabalho”, que constam da limpeza das vias de acesso, estando a beneficiar
2.000 famílias mensalmente.
Chibabava
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6
6 P
Poosssse
eeeU
Usso
odda
aTTe
errrra
a 444
A informação deste capítulo tem por objectivo analisar os traços gerais
que caracterizam a base agrária do distrito, de forma a permitir inferir
sobre eventuais cenários de intervenção que reforcem o sector no
contexto do processo de desenvolvimento distrital.
O distrito possui cerca de 13 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.9
hectares. Com um grau de exploração familiar dominante, 45% das explorações do distrito
têm menos de 1 hectare, apesar de ocuparem somente 17% da área cultivada. Este padrão
desigual da distribuição das áreas fica evidente se referirmos que 31% da área cultivada
pertence a somente 8% das explorações do distrito.
Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável, em quase 65% dos casos, o homem da família.
4 Baseado em trabalho analítico da MÉTIER, suportado pelos dados do INE do Censo Agro-pecuário de 1999-2000. Apesar de se
tratar de extrapolação s a partir duma amostra cuja representatividade ao nível distrital é baixa, considera-se que – do ponto de vista
da análise da estrutura de uso e exploração da terra - os seus resultados são um bom retrato das características essenciais do distrito.
Chibabava
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25%
20%
15%
10%
5%
0%
< 1/2 1/2 ha - 1 ha - 2 2 ha - 3 3 ha - 4 4 ha - 5 5 ha - 10 ha - ³ 100
ha 1 ha ha ha ha ha 10 ha 100 ha ha
No que respeita à posse da terra, mais de 85% das 30 mil parcelas em que estão divididas as
explorações são tradicionalmente pertença das famílias da região, sendo transmitidas por
herança aos filhos, ou estão em regime de aluguer ou de concessão do estado a particulares
e empresas privadas. Abrangendo em muitos casos pequenas explorações, o seu peso
específico em termos de área é, porém, de somente 40% da área distrital cultivada. Somente
12% das parcelas agrícolas pertencem às autoridades tradicionais e oficiais do distrito.
Aconselha-se, pois, que mais do que os seus valores absolutos, este capítulo seja analisado tendo em vista absorver os principais
aspectos estruturais da actividade agrária.
Chibabava
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66..33 U
Uttiilliizzaaççããoo eeccoonnóóm
miiccaa ddoo ssoolloo
6.3.1 Agricultura
A maioria da terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares,
nomeadamente o milho, mandioca, feijão nhemba, amendoim, batata-doce e arroz.
16.000 14.399
14.000
10.850
12.000 13.015 11.566
10.000
5.476
8.000
6.000 4.239
4.000
933 4.897
206 626 103
2.000
906 1.656
120 523 13 197 13
0
Amendoim Batata Feijão Mandioca Milho Mapira Mexoeira A rroz Cana-de-
Doce açucar
Para além das culturas alimentares e de rendimento, o distrito tem um apreciável número de
fruteiras e cajueiros.
Chibabava
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7
7 E
Eddu
ucca
aççã
ãoo
Cerca de 60% da população do distrito é analfabeta e metade das pessoas
com 5 ou mais anos de idade, predominantemente homens, frequentam
ou já frequentaram o nível primário do ensino.
P O P U L A Ç Ã O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
DISTRITO DE CHIBABAVA 5.6% 3.9% 1.7% 13.1% 9.6% 3.5% 81.3% 27.1% 54.1%
P.A. de CHIBABAVA 8.0% 5.5% 2.5% 17.1% 11.5% 5.6% 74.9% 24.8% 50.1%
P.A. de GOONDA 8.3% 5.8% 2.6% 19.6% 13.9% 5.7% 72.0% 23.9% 48.1%
P.A. de MUXUNGUE 3.9% 2.7% 1.2% 9.3% 7.3% 2.0% 86.8% 29.1% 57.8%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.
A maior taxa de adesão escolar verifica-se no grupo etário dos 10 a 14 anos, onde 20% das
crianças frequenta a escola, seguido do grupo de 5 a 9 anos, o que reflecte a entrada tardia
na escola. Na maioria, os estudantes são rapazes a frequentar o ensino primário, dada a
insuficiente ou inexistente rede escolar dos restantes níveis de ensino no distrito.
80%
60%
40%
20%
0%
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________________________________________________________________________________________________
Do total de população com mais de 5 anos de idade, verifica-se que somente 6% concluíram
algum nível de ensino. Destes, 91% completaram somente o ensino primário e 5% o ensino
secundário. Os restantes níveis representam somente 4% do efectivo escolarizado.
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Esta situação reflecte o facto de a rede escolar e o efectivo de professores, apesar de terem
vindo a crescer, serem insuficientes e possuirem uma baixa qualificação pedagógica, o que é
agravado por factores socio-económicos, resultando em baixas taxas de aproveitamento e
altas desistências, em algumas das localidades do distrito.
A maioria dos professores tem uma formação escolar baixa, possuindo, em média,
habilitações da 6ª 8ª classe e, em alguns casos, um ano de estágio pedagógico, o que
condiciona bastante a qualidade do ensino ministrado.
Chibabava
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________________________________________________________________________________________________
8
8 S
Saaú
údde
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Accççã
ãooS
Soocciia
all
88..11 C
Cuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
miiccoo
A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom
ritmo, é insuficiente, evidenciando os seguintes índices de
cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 7.600 pessoas;
Uma cama por 600 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 1.150 residentes no distrito.
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”. Indicadores de cuidados de saúde, 2003
Indicadores
Taxa de ocupação de camas 18,0%
Partos 1.235
Vacinação 64.468
Saúde materno-infantil 62.435
Consultas externas 102.942
Taxa de mortalidade hospitalar 6,0%
Taxa de baixo peso à nascença 12,0%
Taxa de mau crescimento 14,0%
Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial da Saúde
O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.
Chibabava
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________________________________________________________________________________________________
42.309
3.756 6 16 69
135
88..22 A
Accççããoo S
Soocciiaall
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, tóxico-dependentes e regressados.
Chibabava
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Desde o ano 2000, foram reunificadas com as suas famílias cerca de 400 crianças perdidas e
órfãs, foram identificadas beneficiando de apoios 664 idosos, e foram assistidas 7 pessoas
portadoras de deficiência.
Chibabava
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9
9 G
Géén
neerro
o
O distrito de Chibabava tem uma população estimada de 91 mil habitantes - 52 mil do sexo
feminino - sendo 22% das famílias do tipo monoparental chefiadas por mulheres.
99..11 EEdduuccaaççããoo
Tendo por língua materna dominante o Cindau, só 7% das mulheres tem conhecimento da
língua portuguesa. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 94%, sendo de 70%
no caso dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 91% nunca frequentaram a escola e somente
2% concluíram o ensino primário. A maior taxa de adesão escolar verifica-se no grupo
etário dos 10 a 14 anos, onde 11% das crianças do sexo feminino frequenta a escola, o que
reflecte a entrada tardia na escola da maioria das crianças rurais, sobretudo meninas.
70%
67%
Chibabava
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________________________________________________________________________________________________
99..22 A
Accttiivviiddaaddee eeccoonnóóm
miiccaa ee eexxpplloorraaççããoo ddaa tteerrrraa
De um total de 52 mil mulheres, 32 mil estão em idade de trabalho (15 a 64 anos).
Excluindo as que procura emprego pela 1ª vez, a população activa feminina é de 19 mil
pessoas, o que reflecte uma taxa implícita de desemprego feminino de 42%, contra 41% no
caso dos homens.
90%
100%
90%
65%
80%
54%
70% 49% 51%
60% Homens
46%
35% Mulheres
50%
40%
30% 10%
20%
10%
0%
Responsável pelas Trabalhadores % de assalariados % de agricultores
explorações agrícolas com menos de 10
anos de idade
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agro-pecuário, 1999-2000
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99..33 G
Goovveerrnnaaççããoo
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação
das acções de algumas organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de
igualdade de oportunidades e direitos entre sexos em
todos aspectos de vida social e económica, e a integração
da mulher no mercado de trabalho, processos de geração
de rendimentos e vida escolar.
Chibabava
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________________________________________________________________________________________________
1
100 A
Accttiiv
viid
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Ecco
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ómmiicca
a
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom
miiccaam
meennttee aaccttiivvaa
A estrutura etária do distrito eflecte uma relação de dependência económica aproximada de
1:1.1, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa.
Destes, 97% são trabalhadores familiares ou por conta própria, na maioria mulheres. A
percentagem de assalariados é somente de 3% da população activa e, de forma inversa, é
dominada por homens (as mulheres representam apenas 10% do total de assalariados).
3% 6% 3%
37%
60%
91%
Chibabava
9 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
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1100..22 O
Orrççaam
meennttoo ffaam
miilliiaarr
O distrito de Chibabava tem um Índice de Incidência da Pobreza 11 estimado em cerca de
45% no ano de 200312. Com um nível médio mensal de receitas familiares de 42% em
espécie, derivados do autoconsumo e da renda imputada pela posse de habitação própria, a
população do distrito apresenta um padrão de consumo concentrado nos produtos
alimentares (62%) e nos serviços de habitação, água, energia e combustíveis (17%).
6% 2%
6%
6%
17%
63%
10 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
11 O Índice de Incidência da Pobreza (povery headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha
da pobreza. Chibabava
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Com variância significativa, a distribuição da receita familiar está concentrada nas classes
baixas, com 60% dos agregados na faixa de rendimentos mensais inferiores a 1.500 contos.
15,9% 15,7%
13,4%
9,1% 9,4%
4,7%
2,2%
Com m enos De 500.000 a De 1.000.000 De 1.500.000 De 2.000.000 De 2.500.000 De 5.000.000 Com m ais de
de 500.000 1.000.000 MT a 1.500.000 a 2.000.000 a 2.500.000 a 5.000.000 a 10.000.000 10.000.000
MT MT MT MT MT MT MT
1100..33 S
Seegguurraannççaa aalliim
meennttaarr ee eessttrraattééggiiaass ddee ssoobbrreevviivvêênncciiaa
Este distrito é frequentemente alvo de calamidades naturais que afectam
profundamente a vida social e económica da comunidade.
12 Estimativa da MÉTIER, a partir de dados do Relatório sobre Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 2ª AvaliaçãoChibabava
Nacional
(2002-03), DNPO, Gabinete de Estudos do MPF.
13 Nomeadamente, os Médicos sem fronteira.
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As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais
próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.
Na campanha agrícola de 2002/2003, a estiagem atingiu cerca de 30% dos 10 mil hectares
de culturas diversas semeadas na 1ª época, tendo-se perdido 3 mil hectares, afectando cerca
de 13.533 habitantes. Logo a seguir à estiagem, o distrito foi assolado pelo ciclone Jafett que
afectou 15% da produção agrícola, tendo-se perdido 1.110 hectares na sequência das
inundações provocadas pelos rios Búzi, Revué e Lucite.
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Naturalmente, as regiões planas são as que mais sofrem de falta de água, em virtude da
Chibabava
disposição do seu relevo. Sendo Chibabava um distrito fundamentalmente
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constituído de áreas planas, sofre, por isso, os efeitos que ocorrem nessas regiões. Em
algumas zonas o lençol freático é salobre e profundo.
Existe uma Central Eléctrica (gerador) com capacidade de 60KVA, para a sede do distrito.
De acordo com os dados do Censo de 1997, a cobertura da totalidade do distrito era, à data,
quase nula.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitibilidade.
1100..55 A
Aggrriiccuullttuurraa ee D
Deesseennvvoollvviim
meennttoo R
Ruurraall
Este distrito possui potencialidades agrícolas, pecuárias e de florestas, sendo a agricultura e
pecuária as principais actividades económicas das famílias.
Com o regresso das pessoas às suas zonas de origem ou de preferência, o distrito tem
registado alguns conflitos pela posse e uso da terra, para cuja solução e moderação, tem
contribuído a Administração e a DADR (Serviços de Geografia e Cadastro) em
coordenação com anciãos influentes localmente.
A zona interior é dominada por solos residuais de textura variável, profundos a muito
profundos, localmente pouco profundos, castanhos-avermelhados, sendo ainda ligeiramente
lixiviados, excessivamente drenados ou moderadamente bem drenados e, por vezes,
Chibabava
14 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatísticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)
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localmente mal drenados. Ocorrem ainda, solos aluvionares e hidromórficos ao longo das
linhas de drenagem natural associados aos dambos. A temperatura elevada agrava
consideravelmente as condições de fraca precipitação nestas regiões provocando
deficiências de água para o crescimento normal das plantas (culturas).
O potencial para agricultura irrigada está muito limitado aos solos aluvionares das margens
do Búzi, em particular aqueles de textura média a pesada. Estes solos são profundos a muito
profundos, ricos em matéria orgânica e apresentam ainda excelentes capacidades de
retenção de água e nutrientes, contudo, podem localmente ser ligeiramente salinos e/ou
sódicos.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
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10.5.4 Pecuária
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a
tradição na criação de gado e algumas infra-estruturas existentes,
verificou-se um crescimento do efectivo bovino de 5 mil cabeças em
2000, para cerca de 9 mil em 2004.
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________________________________________________________________________________________________
ananaseiros.
Por causa do valor comercial de alguns produtos arborícolas, tem havido movimento de
comerciantes de fora do distrito para a sua comercialização provenientes, sobretudo, da
Beira, Chimoio, Inhambane, Gaza e Maputo.
A fauna bravia existente no distrito é importante na alimentação das famílias, sendo o peixe
de rio também incluído na dieta familiar.
1100..66 IInnddúússttrriiaa,, C
Coom
méérrcciioo ee S
Seerrvviiççooss
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
Há pequenas iniciativas individuais de desenvolvimento que não têm sido bem sucedidas
devido à fraca capacidade financeira dos seus proprietários. Existem algumas carpintarias,
latoarias e produção de material de construção (blocos e tijolos queimados). Existem 59
moageiras, sendo 10 na sede, 44 em Muxúngue e 9 em Goonda.
Existem no distrito 49 lojas (35 inoperacionais), 34 moageiras (8 inoperacionais), 3
serrações (2 inoperacionais) e 6 padarias (1 inoperacional).
No que respeita ao comércio informal, existem 220 bancas fixas no distrito, assim
distribuídas: 24 na Sede, 92 em Muxúngue e 105 em Goonda.
No âmbito do FARE foram financiados 17 projectos, tendo em vista o desenvolvimento
socio-económico do distrito, a destacar: 14 cantinas rurais; 2 indústrias moageiras; e 1 Pesca
artesanal.
Chibabava
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De referir que alguns comerciantes após terem reabilitado as suas lojas não foram
contemplados com a segunda parte do financiamento para a compra de mercadorias,
enfrentando, deste modo, dificuldades para o arranque das actividades, havendo outros que
ainda não receberam qualquer parcela dos seus empréstimos.
Existem recursos minerais espalhados em pequenos jazigos, como é o caso do “Guano”, na
zona de Nhango, Posto Administrativo de Muxúngue.
Este distrito não é um pólo turístico importante. Existem 8 operadores, dos quais 3 na sede,
4 em Muxúngue e 1 em Goonda, preocupados em melhorar gradualmente as condições de
hospedagem e outros serviços.
Opera no distrito uma filial do Banco Austral que se dedica à captação de poupanças, não
havendo nenhum sistema formal de crédito em condições acessíveis aos operadores locais,
o que denota uma fraca implantação do sector financeiro. As possibilidades de acesso ao
crédito derivam de prática no sector informal, nomeadamente dos comerciantes locais e dos
familiares dos interessados.
Chibabava
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Autoridade Tradicional
________________________________________________________________________________________________
A
Anneexxoo:: A
Auuttoorriiddaaddee C
Coom
muun
niittáárriiaa n Diissttrriittoo ddee C
noo D Chhiibbaabbaavvaa
(Fonte de dados: Direcção Nacional da Administração Local)
Área de Jurisdição Data de
Designação Local
Nº Nome completo Sexo Posto Reconheci-
de Aut. Comunitária Localidade Bairro/Regulado
Administrativo mento
1 Macolore J. Mafusse Régulo M Muxúngue Muxúngue Muxúngue 24/06/2002
2 Mangote Sitole Régulo M Muxúngue Muxúngue Nhango 24/06/2002
3 Manuel T. Machava Régulo M Sede Barira Barira 27/06/2002
4 Baico V. Jacamo Régulo M Sede Chibabava-sede Sede 25/06/2002
5 Titosse Majuta Régulo M Muxúngue Hôde Machopane 03/07/2002
6 Mupula Elija Régulo M Muxúngue Cuvimbi Cuvimbi 10/07/2002
7 Gê Samuel Mungovo Régulo M Muxúngue Panja Panja 10/07/2002
8 João Givamo Régulo M Goonda Gerome Goonda 18/07/2002
9 Luís Marire Régulo M Goonda Gerome Majaca Gerome Majaca 07/08/2002
10 Chicarivito F. Muji Régulo M Muxúngue Hôde Hôde 11/07/2003
11 Zicuiúme Machate Régulo M Muxúngue Muxúngue 1º Bairro 09/08/2002
12 Zacarias Tiane Régulo M Muxúngue Muxúngue 3º Bairro 12/08/2002
13 Bango M. Sitole Régulo M Sede-Chibabava Sede-Chibabava 1º Bairro 30/12/2002
14 GonondoWache Tivane Régulo M Sede-Chibabava Sede-Chibabava 2º Bairro 30/12/2002
15 Vasco Armando Sec.Bairro M Sede-Chibabava Sede-Chibabava 3º Bairro 31/12/2002
16 Manuel Chuquela Sec. Bairro M Sede-Chibabava Sede-Chibabava 4º Bairro 03/06/2003
17 Alfredo S. Vilanculo Sec.Bairro M Muxúngue Muxúngue 4º Bairro 04/06/2003
18 José M. Tanducanhe Sec. Bairro M Muxúngue Muxúngue 2º Bairro 31/07/2002
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Página 47
Documentação consultada
________________________________________________________________________________________________
D
Dooccu
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enntta
aççã
ãoo cco
onnssu
ulltta
adda
a
Administração do Distrito, Balanço de Actividades Quinquenal para a 4ª Reunião Nacional, 2004.
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Documentação consultada
________________________________________________________________________________________________
Ministério do Plano e Finanças, Gabinete de Estudos, DNPO, Relatório sobre Pobreza e Bem-
estar em Moçambique: 2ª Avaliação Nacional (2002-03).
Ministério do Plano e Finanças, Plano de Acção Para a Redução da Pobreza Absoluta (2001-2005),
Conselho de Ministros, 2001.
Chibabava
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Série: Perfis Distritais
Edição: 2005