Lei de Crimes Ambientais 1

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Crimes Ambientais

Lei 9605/98
Nilton Coutinho
LEI 9605/98
CRIMES AMBIENTAIS
PROF. NILTON CARLOS COUTINHO
LEI 9605/98
CRIMES AMBIENTAIS
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e


atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II - DA APLICAÇÃO DA PENA
CAPÍTULO III - DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME
CAPÍTULO IV - DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL
CAPÍTULO V - DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
Seção I - Dos Crimes contra a Fauna
Seção II - Dos Crimes contra a Flora
Seção III - Da Poluição e outros Crimes Ambientais
Seção IV - Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural
Seção V - Dos Crimes contra a Administração Ambiental
CAPÍTULO VI - DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO VII - DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO
AMBIENTE
CAPÍTULO VIII - DISPOSIÇÕES FINAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 225, § 3º: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio


ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas,
a sanções
penais e
administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
SUJEITO ATIVO
Responsabilidade penal da pessoa física
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o
administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto
ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de
impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
Responsabilidade penal da pessoa jurídica.
Societas delinquere non potest
Teorias da ficção e da realidade
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente
conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de
seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício
da sua entidade.
PENAS APLICÁVEIS ÀS PESSOAS JURÍDICAS:
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas
jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:
I - multa;
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA
Princípio da dupla imputação
Art. 3º. (omissis)
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
Vide: RE 548.181/PR
Conforme orientação da Primeira Turma do STF, "O art. 225, § 3º, da Constituição
Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes
ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no
âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação"
(RE 548.181, Primeira Turma, DJe 29/10/2014). Diante dessa interpretação, o STJ
modificou sua anterior orientação, de modo a entender que é possível a
responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente
da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome.
Desconsideração da pessoa jurídica

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua


personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à
qualidade do meio ambiente.
CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DA PENA

(princípio da individualização da pena – art. 5º, XLVI


Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente
observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas
consequências para a saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de
interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Segundo estabelece a CRFB em seu art. 5º, XLVI, a individualização da pena
será regulada por meio de lei, sendo possível, entre outras, as seguintes
espécies de pena:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
PENAS APLICÁVEIS ÀS PESSOAS JURÍDICAS:
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas
jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:
I - multa;
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Art. 8º As penas restritivas de direitos [das pessoas físicas] são:
I - prestação de serviços à comunidade; (vide art. 9º )
II - interdição temporária de direitos; (vide art. 10)
III - suspensão parcial ou total de atividades; (vide art. 11)
IV - prestação pecuniária ( à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social); (vide
art. 12)
V - recolhimento domiciliar. (vide art. 13)

Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:


I - suspensão parcial ou total de atividades;
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios,
subvenções ou doações. (obs.: max. 10 anos)
[+ art. 23: Prestação de serviços à comunidade]
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será
feita mediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas
pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se
ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes,
tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida.
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o
montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser
aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório.
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo
ofendido ou pelo meio ambiente.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá
efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para
apuração do dano efetivamente sofrido.

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