3 - Ave

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 56

AVE

DEFINIÇÃO

“ Sinais súbitos e rapidamente evolutivos


de déficit neurológico focal ou global com
duração maior que 24 horas ou levando à
morte, sem outra causa aparente que não
a de origem vascular”

.... Ou déficit neurológico focal


com reversão em menos de 24
horas com sinais de lesão
cerebral em estudo de
neuroimagem
SINÔNIMOS
 Doença cerebrovascular
 Acidente vascular cerebral

 Icto cerebral

 Apoplexia cerebral

 Derrame (popular e incorreto)

 DEV
DEV
“Todas as alterações nas quais uma
área encefálica é, transitória ou
definitivamente afetada por isquemia
e/ou sangramento, ou nas quais um
ou mais vasos encefálicos são
envolvidos num processo patológico”
(NITRINI, 2003)
Icto Transitório
 Usar Icto ao invés de AIT

 “Déficit
neurológico de causa
vascular, de duração menor que 24
horas.” (NITRINI, 2003)
Polígono de Willis
Irrigação do cérebro
– Artérias cerebrais anterior , média e
posterior
FATORES DE RISCO
Epidemiologia
– OMS – segunda causa de mortalidade
mundial e a terceira de incapacidade
(Jonhson et al., 2016)

– 7-8% dos pacientes permanecem


inválidos

–  Mortalidade em idosos
Epidemiologia
 75% isquêmico

 20% hemorrágico

 5% IT

 Faixa etária:

 Sexo (> no homem 2:1)

 Raça: 2 X > nos negros


CLASSIFICAÇÃO

– ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO


ISQUÊMICO

– ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO


HEMORRÁGICO
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO

diminuição do débito
sanguíneo = oclusão parcial
ou total de um vaso.

TROMBOS:

formações ou
desenvolvimento de
coágulos de sangue no interior
dos vasos;

resultam da aderência e
agregação plaquetária,
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL ISQUÊMICO
 ÊMBOLOS: deslocamento
de coágulos (polímeros de fibrinogênio) e trombos
(coagulação),

.
Fisiopatologia:
Diminuição do fluxo sangüíneo cerebral

Diminuição da oferta de oxigênio e glicose

Diminuição do pH intracelular

Alteração da bomba Na+ - Ca2+ - aumento Ca2+ intracelular

Radicais livres, quebra de barreira, resposta inflamatória – INCHAÇO


CEREBRAL

Área de penumbra
AVE – ISQUÊMICO
área de penumbra
AVE - ISQUÊMICO
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
HEMORRÁGICO
 10% - regiões profundas do encéfalo
 enfraquecimento da parede arterial
formação de microaneurismas
rompimento lesão de massa
substancial ( o hematoma se alastra)
Localização – 50% gânglios da base
Localização – 15% tálamo
Localização – 10% tronco cerebral
Localização – fossa posterior
10%
AVE H
 Rompimento de aneurisma
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
HEMORRÁGICO
AVE H
AVE H
AVE H
Correlações clínicas – artérias
principais
ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA

 hemiplegia ou hemiparesia e hemianestesia


contralateral;

 comprometimento maior na face e MS;

 afasia;

 apraxia,

 hemianopsia homônima contralateral;

 heminegligência
Correlações clínicas – artérias
principais
ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR

 ocorre hemianopsia homônima


contralateral,

 anomia de cores,

 hemianestesia contralaterais a lesão

 Distúrbios de interpretação visual ou


cegueira.
Correlações clínicas – artérias
principais
ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR

 Raras

 afasia (se for o hemisfério dominante)

 hemiplegia contra lateral (com predomínio do


membro inferior),

 hemianestesia contra lateral (com predomínio do


membro inferior),

 apraxia de marcha,

 incontinência urinária e fecal


Correlações clínicas – artérias
principais
ARTÉRIA BASILAR

 quadriplegia,

 coma ou síndrome do cativeiro;

 ataxia,

 dismetria, náusea, vertigem, nistagmo,

 hemiparesia contralateral.
HEMISFÉRIO
DIREITO/ESQUERDO
Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo
 ocorrem afasias,
 apraxias ideomotoras (incapaz de realizar tarefas aprendidas
quando recebe os objetos necessários para ela. Ex:usar uma
chave inglesa como uma caneta) e ideacionais (não consegue
fazer tarefas complexas na ordem correta, ex. meia antes do
sapato.),
 alexia para números,
 discriminação direita/esquerda
 lentidão em organização e desempenho

Quando é no Hemisfério Direito


 alteração viso espacial,
 auto negligência unilateral esquerda,
 alteração da imagem corporal,
 apraxia de vestuário,
 apraxia de construção,
SÍNDROME DE PUSHER
 Síndrome do não alinhamento

O que significa Pusher

 Local de lesão (parietal à direita)


Características
Cabeça e olhos para à
direita
Características
 Olhos (pode ter
hemianopsia)
 percepção dos
estímulos táteis,
visuais, auditivos
 expressão facial
diminuida
 Voz monótona

 Medo de cair para


o lado bom
EVOLUÇÃO DO QUADRO CLÍNICO
(Fase flácida/espástica)
(a) Persistência da hipotonia

(b) Evolução para o tônus normal

(c) Evolução para a hipertonia

(d) Ataxia

Fatores que interferem:


 local e a extensão da lesão,
 a idade,
 a capacidade do sistema nervoso se reorganizar
(plasticidade)
 e a motivação/atitude
TRATAMENTO PARA
DESCOMPRESSÃO
 Hemicraniectomia descompressiva:

– Criar espaço para o tecido cerebral


edemaciado removendo osso do crânio

– Objetivo:
 Aprimorar a perfusão de vasos
 Aprimorar a perfusão retrógrada da a. cerebral
média.
 Otimizar a área de penumbra.

 Reduzir área de infarto.

 Reduzir défict neurológico.


RELEMBRE
O QUE É AVE?
 FATORES DE RISCO?

 FISIOPATOLOGIA DO AVE

 Quadro clínico fases flácida e


espástica
 Diagnóstico fisioterapêutico

 Prováveis sequelas – local de lesão


Paciente A.L.R., 63 anos, sexo masculino, contador aposentado. Bom
condicionamento físico, apresenta comprometimento visual por conta de
Diabetes Mellitus. Há, aproximadamente três semanas, foi acometido por
um AVEh, permanecendo hospitalizado por cerca de uma semana. No
exame de TC evidenciou-se uma extensa área de lesão localizada em lobo
fronto-parietal E. Iniciou tratamento fisioterapêutico somente na semana
anterior, apresentando-se com subluxação inferior em ombro D, hipotonia
em MSD e MID, e ausência de reflexos profundos e em cadeira de rodas.
Na avaliação dos graus de Kendall apresentou 3 em MID em todos os
músculos e 0 em MSD. Relatou sede e ao beber a água, esta escorreu pelo
canto da boca D. Durante coleta da HMPA necessitou-se de ajuda do
familiar, pois apesar de entender o que lhe era questionado, o paciente não
conseguia elaborar frases e falar. De acordo com as informações acima:

a) Descreva a fisiopatologia do acidente vascular ocorrido neste caso.


b) Dê o diagnóstico fisioterapêutico deste paciente.
 c) Este paciente apresenta afasia? Em caso
afirmativo cite qual e explique-a com seu respectivo
local de lesão.
 d) Em que fase pós-lesão este paciente se
apresenta? Cite o trecho do caso que justifica sua
resposta.
 e) Na tomografia computadorizada observa-se uma
extensa área de lesão localizada em lobo fronto-
parietal E. Qual a provável artéria comprometida e
descreva suas alterações funcionais?
Respostas
 Na corrente sanguínea ocorre a formação de
um trombo ou êmbolo e se desloca pela
corrente sanguínea alojando-se em vasos
encefálicos e ocorrendo uma obstrução total
ou parcial do suprimento sanguíneo e débito
cardíaco. Conseqüentemente infarto
trombótico ou embólico.
 Hemiparesia completa à direita desproporcional de predomínio braquial
 Sim, afasia de Broca, onde o paciente não consegue elaborar frases e expressar sua fala. Localizada na região lateral inferior do lobo esquerdo do
cérebro.
 Fase Aguda ou flácida. “...hipotonia em MSD e MID, e ausência de reflexos profundos...”
 Artéria Cerebral Anterior.
 Paresia MI, planejamento motor e comportamento.
MARCHA HEMIPARÉTICA
 velocidade reduzida

 movimentos incoordenados

 passos mais curtos

 menor duração e
permanência na fase de
apoio

 menor duração da fase de


balanceio do lado menos
comprometido (“lado
bom”)
MARCHA HEMIPARÉTICA
 Trendelemburg

 Diminuição da tríplice flexão

 Rotação e inclinação
de tronco
MARCHA NORMAL

 marcha normal: (Whitle, 1995)

 Calcanhar solo
 Aplanamento do pé
 Médio apoio APOIO (60%)
 Apoio terminal
 Retirada dedos

 balanço inicial
 balanço médio BALANÇO (40%)
 balanço terminal

Você também pode gostar