1 Introdução

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1 INTRODUÇÃO

O Tribunal Regional Eleitoral fica situado em todas as capitais do país, incluindo o Distrito
Federal. Como dito na introdução, o TRE responde ao Tribunal Superior Eleitoral, que deve,
basicamente, tomar toda e qualquer ação que tenha vínculo com a legislação eleitoral – cassação
de registros, divisão de zonas eleitorais e afins. O TRE faz parte da Justiça Eleitoral e é
encarregado das eleições, só que na esfera estadual.

O TRE é responsável, a nível estadual, pelo cadastro dos eleitores, pela apuração dos resultados
e pela distribuição de urnas e mesários. Além disso, é ele encarregado do registro e
cancelamento de diretórios regionais de partidos eleitorais, órgãos que cuidam da administração
de cada partido e são compostos por pessoas filiadas a eles.

Os TREs, juntamente com o TSE, fora do período de eleições, devem organizar o


calendário eleitoral e toda a análise de candidaturas, processos que não devem ser lá muito
rápidos. Isto é, determinam a data em que os partidos devem ser registrados, em que os
candidatos devem ser diplomados, quando começam e terminam as propagandas eleitorais
gratuitas e quando o eleitor pode transferir seu título, por exemplo.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Estrutura e funcionamento

Em relação à estrutura organizacional, os tribunais se assemelham. No geral, a


estrutura se baseia nas áreas de: Presidência e Vice-Presidência; Corregedoria; Secretarias e a
Ouvidoria. Cada uma dessas áreas possuem competências pré-estabelecidas nos regimentos
internos de cada TRE.

Cabe ao presidente, principalmente: presidir as sessões do Tribunal; representar o


Tribunal em solenidades e atos oficiais; assinar os diplomas do governador e vice-governador
do estado, membros do Congresso Nacional e Assembleia Legislativa e dos suplentes eleitos;

O vice-presidente deve substituir o presidente em casos de impedimentos e o


suceder, caso não cumpra seu mandato. O vice também pode, na ausência do presidente, exercer
os cargos de presidente, vice e corregedor por até quinze dias.

O corregedor pode exercer o cargo de vice-presidente ao mesmo tempo. Quem


assume a corregedoria deve, essencialmente, fiscalizar os serviços eleitorais, visando à
execução das leis.

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As secretarias são coordenadas por secretários, que possuem gabinete, assessores e,
em alguns casos, coordenadorias. Além disso, as secretarias fazem parte da Secretaria do
Tribunal, que tem como fim garantir a execução dos serviços do Tribunal.

A ouvidoria do TRE possui o objetivo de ser ferramenta de comunicação entre a


população e a Justiça Eleitoral por meio de um número de telefone para o qual o cidadão pode
ligar e depositar sua crítica, sugestão, elogio, etc. Permitindo uma forma de participação
popular, atua como receptora de críticas, elogios, dúvidas e denúncias que envolvam as
atividades de seu respectivo tribunal.

2.2 História e evolução

Os Tribunais Regionais Eleitorais do Distrito Federal e do Estado do Rio de Janeiro


foram criados na primeira sessão do TSE, em 7 de junho de 1945. Instalado em 24 de setembro
de 1946, o TRE-DF foi presidido pelo desembargador Afrânio da Costa. Com a mudança da
Capital para Brasília, o TRE da Guanabara foi criado e ocupou o prédio da Rua Primeiro de
Março, 42, no atual corredor cultural do Centro do Rio de Janeiro. Com a fusão dos Estados da
Guanabara e do Rio de Janeiro, em 15 de março de 1975, os dois TREs foram unificados, com
a denominação de Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Na sessão especial de 20 de
março de 1975, a alteração foi formalizada.

Desde 1995, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro funciona na Avenida


Presidente Wilson, 198, no Castelo. O antigo prédio da Rua Primeiro de Março encontra-se em
processo de restauração. Fechado a visitas do público, o prédio já abrigou o Palácio da
Cidadania e o Centro Cultural da Justiça Eleitoral.

Na década de 60, Ricardo Puntel inventou e apresentou ao TSE um modelo de


máquina de votar que nunca chegou a ser usado. Imaginava-se que a neutralidade das máquinas,
que não têm emoções nem ambições, não só tornaria as apurações quase que instantâneas, mas
também diminuiria o volume de fraudes.

Na eleição presidencial de 1989, foi possível a totalização eletrônica dos resultados


das eleições nos estados do Acre, Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia.

Somente nas eleições municipais de 1996, no entanto, é que a Justiça Eleitoral deu
início ao processo de informatização do voto. Usaram a "máquina de votar", nesse ano, cerca
de 33 milhões de eleitores. Na eleição geral de 1998, o voto informatizado alcançou cerca de

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75 milhões de eleitores. E no ano 2000, todos os eleitores puderam utilizar as urnas
eletrônicas para eleger prefeitos e vereadores.

2.3 Papel nas eleições

Conforme o que prevê sua função normativa, cabe à Justiça Eleitoral editar as
resoluções que orientam o processo eleitoral e auxiliam no cumprimento das leis durante as
eleições. As resoluções são editadas a cada pleito para disciplinar as regras do processo
eleitoral, desde a campanha até a diplomação.

Ao responder a consultas apresentadas por parlamentares e partidos, a Justiça


Eleitoral exerce sua função consultiva, amparada pelo Código Eleitoral (artigos 23, inciso XII,
e 30, inciso VIII). As respostas dadas a essas consultas, juntamente dos julgados do TSE,
servem de subsídios para a fixação de teses jurídicas e para a consolidação da jurisprudência
da JE, que norteiam a interpretação da legislação eleitoral por todo o Poder Judiciário no que
se refere ao Direito Eleitoral.

Como todo segmento do Poder Judiciário, os órgãos da Justiça Eleitoral estão


imbuídos do poder de autogestão, que é a capacidade para administrar a estrutura de seus
próprios órgãos. Além desse poder, a Justiça Eleitoral exerce a função administrativa quando:
organiza o eleitorado nacional, mantendo banco de dados com o cadastro dos eleitores; fixa os
locais de votação; gerencia o processo eleitoral; impõe multas a eleitores faltosos; registra
pesquisas eleitorais; e efetua o registro e o cancelamento dos partidos políticos.

Além de julgar os processos de registro de candidatura, a Justiça Eleitoral julga,


nos anos seguintes a um pleito, os recursos e os processos judiciais relativos a candidatos
eleitos e não eleitos.

2.4 Desafios e controvérsias

"Eventos como este são essenciais para a troca de experiências e o debate


construtivo sobre os temas que impactam diretamente na condução das eleições. É através dessa
colaboração e compartilhamento de conhecimento que podemos encontrar, conjuntamente,
soluções inovadoras e eficazes para os desafios que enfrentamos na preparação de um pleito e
na entrega de todos nossos serviços a sociedade”, ressaltou Mauro Sergio Rodrigues Diogo, no
encontro nacional de 28 de fevereiro.

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Dentre os temas abordados durante o encontro, destacaram-se a capacitação de
chefes de cartório e multiplicadores de mesários, o panorama orçamentário para os anos de
2024-2025, a portaria relativa ao desconto ou suspensão de cotas do Fundo Partidário, o
fechamento do cadastro, as contratações eleitorais e o I Prêmio Inovação da Justiça Eleitoral.

Temáticas que envolvem o uso da tecnologia também foram amplamente discutidas


pelos diretores gerais, como o E-social e o projeto Atena, o teste de integridade das urnas
eletrônicas, a implantação do sistema eletrônico de informação (SEI) federação, o recebimento
das evidências das prestações de contas via nuvem, o cronograma de testes em campo e o
diagnóstico da estratégia nacional de segurança cibernética. Sobre essas temáticas, Mauro
ressaltou que “Diante das constantes evoluções vivenciadas pela sociedade, é imperativo que
os órgãos públicos estejam sempre prontos para se adaptar e inovar. Nesse contexto, a
tecnologia se apresenta como uma das ferramentas mais poderosas à nossa disposição. Por isso
foi essencial discutirmos produções e serviços com o uso da tecnologia que sejam úteis para
atender nossas necessidades e da sociedade”.

2.5 Tecnologia e Inovações

Uma das formas mais utilizadas de inovação corresponde ao governo eletrônico,


que agrega dinamismo e simplificação à função administrativa. Resumidamente, representa
toda plataforma disponibilizada pelo poder público para acesso a seus serviços pela
internet, contemplando o mapeamento dos processos para incorporá-los à governança
eletrônica, caracterizada pela comunhão de esforços entre cidadãos, stakeholders e governo.

Importantes ferramentas de governança eletrônica foram criadas pela Justiça


Eleitoral, tendo como exemplos marcantes os aplicativos e
Título, Resultados, Pardal e Boletim na mão; os quais foram premiados em diversas
avaliações, entre elas o Prêmio iBest 2023 e o Prêmio IBGP 10 anos.

Como invento e contribuição cidadã para a transparência das eleições, cita-se o


projeto “Você Fiscal” do professor João Pedro F. Salvador em parceria com a Fundação
Getulio Vargas, relacionado à auditoria das urnas eletrônicas e que permite comparar
informações recebidas de eleitores com os dados abertos divulgados pela Justiça Eleitoral.

Com foco na transparência e na melhoria da gestão e accountability, a


Corregedoria do TRE-RJ criou o Prêmio de Eficiência das Zonas Eleitorais visando
reconhecer as serventias que apresentaram melhor desempenho no ano anterior à premiação.

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Seguindo como benchmark o Prêmio CNJ de Qualidade, que foi criado em 2019, e tem
ajudado na melhoria da prestação jurisdicional, utilizando de ferramentas tecnológicas na
produção dos resultados.

Por fim, menciona-se a inovação tecnológica que provavelmente corresponde a


maior contribuição civilizatória da Justiça Eleitoral para a democracia brasileira: a
informatização do voto. Criação genuinamente nacional, com funcionamento transparente
desde a sua preparação até o término da eleição, apresentando dados seguros, abertos e
auditáveis, a urna eletrônica simplificou e agilizou os processos de votação e apuração.

3 CONCLUSÃO

Finalmente, de forma resumida, é possível afirmar que os Tribunais Regionais


Eleitorais têm a função de organizar e executar o processo eleitoral, sendo responsáveis por
fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior Eleitoral, também.

Sua estrutura se baseia nas áreas de Presidência e Vice-Presidência; Corregedoria;


Secretarias e a Ouvidoria, como apontado anteriormente. Cada área desempenha sua função
específica, cada uma sendo essencial para a formação dos TREs.

Em 20 de março de 1975, foi formalizada a alteração da denominação do Tribunal


Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Na eleição presidencial de 1989, foi possível a
totalização eletrônica dos resultados das eleições em diversos estados. E no ano 2000, todos
os eleitores puderam utilizar as urnas eletrônicas para eleger prefeitos e vereadores.

Entre alguns desafios e temas enfrentados atualmente, destacam-se a capacitação


de chefes de cartório e multiplicadores de mesários, o panorama orçamentário para os anos de
2024-2025, a portaria relativa ao desconto ou suspensão de cotas do Fundo Partidário, o
fechamento do cadastro, e as contratações eleitorais.

Por último, com uma criação nacional, um funcionamento transparente,


apresentação de dados seguros, abertos e auditáveis, a urna eletrônica simplificou e agilizou os
processos de votação e apuração, sendo uma das principais tecnologias e inovações adotadas
no sistema eleitoral.

4 REFERÊNCIAS

Fonte: Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro: https://www.tre-rj.jus.br/

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Chagas, I. (29 de 01 de 2024). Fonte: Politize: https://www.politize.com.br/

Stoever, J. (27 de 11 de 2023). Fonte: Consultor Jurídico: https://www.conjur.com.br/

TSE. (20 de 01 de 2023). TSE. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral:


https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/

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