Técnicas Projetivas 2 CP

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TÉCNICAS PROJETIVAS

HTP
● o HTP é uma técnica gráfica e projetiva para obter informações sobre como
a pessoa lida consigo e com o mundo, estimulando a projeção de elementos
de personalidade e áreas de conflito através da técnica de grafismo
- Os desenhos vão representar a imagem que o sujeito tem de si
- Através das figuras árvore, pessoa e casa são provocadas associações aos
elementos de personalidade, relações e conflitos internos do sujeito

Aplicação do HTP
1ª Fase: não verbal, criativa e pouco estruturada. O indivíduo vai ter que desenhar
em cada folha, de forma monocromática, uma pessoa, uma casa é uma árvore e
uma pessoa do sexo oposto
2ª Fase: verbal, o sujeito vai responder perguntas para avaliar aspectos de cada
desenho
3ª e 4ª Fase: repetição das duas fases, mas feitos com lápis de cor

● não há limite de tempo


● adultos, crianças e adolescentes acima de 8 anos

Inquérito posterior: a pessoa vai interpretar cada desenho, expressar


sentimentos, ideias ou memórias associadas a ele, com o objetivo de compreender
o sujeito de forma dinâmica, extraindo o maior número possível de informações e
conteúdos sobre os desenhos. Após o inquérito, começa a lista de conceitos
interpretativos do HTP

A síntese interpretativa leva em conta a história do sujeito e os procedimentos de


avaliações adicionais, e nos testes cromáticos há uma diferença ainda maior no
inquérito

Perspectivas interpretativas:
adaptativa: adequação
expressiva: psicomotora, estilo próprio
projetiva: simbolismo

Diferenças básicas entre os desenhos cromáticos e acromáticos


● os desenhos cromáticos levam a um nível mais profundo de experiência,
oferece um quadro maior de conflitos e defesas do indivíduo
● a escolha de cores no cromático é de suma importância
● na fase cromática o ser está mais vulnerável
● questão do daltonismo
Capacidade crítica, rasuras e comentários durante a aplicação do teste
● a capacidade crítica é uma das funções afetadas por forte emotividade
● comportamentos indicativos de autocrítica: abandonar um desenho
incompleto, não apagar e começar outro; apagar sem tentar redesenhar,
apagar e redesenhar várias vezes uma parte
● comentários espontâneos durante o desenho costumam incluir conteúdos
reprimidos, são significativos quando são avaliados em relação à parte do
desenho que estava sendo feito
1. Supérfluo: ajuda o indivíduo inseguro a estruturar a situação
2. Irrelevantes: função de facilitar
3. Excessivos: preocupação

Como a proporção, perspectiva e detalhes informam detalhes sobre o


sujeito
- Proporção: reflete a capacidade do indivíduo de julgar criticamente os
problemas da vida diária, revela os valores atribuídos aos objetos e pessoas
- Perspectiva: revela a capacidade do indivíduo de compreender e reagir aos
aspectos mais complexos, abstratos e amplos da vida diária, é uma medida
de compreensão do indivíduo. Ex: horizontal, vertical, central, mudança de
posição na página, quadrantes, margens, relação com o observador,
distância aparente, posição, etc
- Detalhes: capacidade crítica de avaliar os elementos da realidade de forma
geral e observar o uso mínimo ou excessivo. Essenciais, não essenciais,
irrelevantes, bizarros, dimensão, sombreamento, etc

O que estimula os desenhos da casa, árvore e pessoa?


Os desenhos tendem a representar imagem que o sujeito tem de si mesmo

Casa: aspectos simbólicos como lar e família, usa o inconsciente e consciente


● associado à vida doméstica, as relações familiares e a perspectiva do sujeito
sobre a dinâmica familiar

Árvore: estimula mais o inconsciente e favorece a projeção de sentimentos mais


profundos e reflete a capacidade para avaliar criticamente suas relações com o
ambiente

Pessoa: estimula mais ações conscientes, é o desenho mais difícil é uma


expressão direta da imagem corporal, podendo refletir a capacidade do sujeito
para relacionamentos

*os desenhos avaliam processos expressivos e as respostas verbais processos


reativos
*o desenho atinge o nível de pensamento primitivo
*a figura alcança mais profundamente que a linguagem
*é mais fácil retratar conflitos, perturbações emocionais, sentimentos mais
profundos na árvore porque é mais difícil de tratá-la como autorretrato do que a
figura humana

PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL
● O rapport é essencial para acontecer antes da entrevista, é uma conversa
informal que tem como objetivo deixar o entrevistado à vontade, e é antes
de qualquer entrevista
● A entrevista inicial é semi-dirigida, em que o cliente pode começar a
conversa da forma que preferir, e o entrevistador pode intervir quando o
entrevistado não sabe o que dizer ou continuar dizendo, quando houver
contradições e ambiguidades
● A entrevista inicial define os objetivos que caracterizarão o tipo de processo
em que o cliente vai se submeter

Objetivos iniciais:
● explicar os objetivos, técnicas, observações ao cliente
● o contrato não deve ser feito apenas com os pais, mas com a criança ou
adolescente no caso do psicodiagnóstico
● é importante observar linguagem corporal, gestos, semblantes

Tipos de entrevista com a criança:


1. Entrevista inicial
2. Anamnese
3. Entrevista lúdica diagnóstica
4. Entrevista devolutiva

IMPORTÂNCIA DAS TÉCNICAS PROJETIVAS DO PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL


● Oferece forma não verbal para crianças que têm dificuldade de se expressar
verbalmente, e através do desenho é possível acessar à psique da criança,
conflitos internos

DESENVOLVIMENTO DO GRAFISMO E A EVOLUÇÃO DOS 3 AOS 8 ANOS

0- 3 anos: fase do rabisco, de tentar reproduzir o que ver


4-5 anos: signo egocêntrico presente, de formas reconhecíveis, a criança sabe
desenhar bonecos com olho, boca e cabeça
6 anos: pode aparecer diferentes posições dos braços e pés, roupas, pescoços no
desenho
7 anos: figuras humanas diferenciadas sexualmente, tem cenário, busca retratar a
realidade
8 anos: figura humana em atividade profissional e braço segurando algo
TÉCNICAS PROJETIVAS À LUZ DA FENOMENOLOGIA

● Na abordagem fenomenológica-existencial, as técnicas projetivas são


utilizadas para explorar a experiência subjetiva e a vivência do indivíduo,
buscando acessar as camadas mais profundas da percepção e significado
atribuídos pelo sujeito às suas vivências. Essas técnicas visam capturar a
essência da experiência e compreender a existência única de cada
indivíduo.
● Pergunta o que foi desenhado e têm perguntas pré-determinadas

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