Apostila HTP
Apostila HTP
Apostila HTP
Maro/2009
Sumrio
Fundamentao terica----------------------------------------------------------------------3 Aplicao--------------------------------------------------------------------------------------6 Manejo Clnico-------------------------------------------------------------------------------7 Interpretao Fase Cromtica-----------------------------------------------------------11 Interpretao Avaliao do desenho---------------------------------------------------14 Interpretao Aspectos gerais do desenho--------------------------------------------14 Interpretao Caractersticas gerais do desenho-------------------------------------17 Interpretao Caractersticas especficas do desenho da casa----------------------26 Interpretao Caractersticas especficas do desenho rvore-----------------------32 Interpretao Caractersticas especficas do desenho da pessoa-------------------37 Interpretao Indicadores de Conflitos (adicional)---------------------------------46 Alguns significados qualitativos gerais-------------------------------------------------47 Laudo psicolgico Modelo-------------------------------------------------------------50
CASA-RVORE-PESSOA - HTP
1) NOME ORIGINAL: House-Tree-Person Test - HTP 2) DADOS HISTRICOS Autor: JOHN N. BUCK Divulgado em 1946, publicado em 1948. No Brasil: revisado em 2003 por Ira Cristina Boccato Alves; editado pela VETOR Editora. 3) ESCOLHA DA CASA-RVORE-PESSOA COMO CONCEITOS GRFICOS por serem familiares a todas as pessoas, inclusive crianas pequenas; melhor aceitao para sujeitos de todas as idades; estimulavam uma verbalizao mais livre e espontnea; e ainda, por serem conceitos simbolicamente frteis em termos de significao inconsciente. 3.1- Como anlise quantitativa: Buck props como uma estimativa da inteligncia do sujeito. 3.2- Como tcnica projetiva: Buck props como uma medida qualitativa de personalidade. Considerar cada desenho tanto como auto-retrato, como um desenho de tal objeto. Morris no ficou demonstrado que cada desenho completo pode ser como um auto-retrato. Hammer observou que sujeitos representam, embora no intencionalmente, imagem de si mesmo: tal como so, tal como temem que poderiam ser, tal como queriam ser. 4) OBJETIVOS E APLICAES 4.1- Na Clnica: Avaliao "da personalidade do sujeito, em si mesma e em suas interaes com o ambiente"; Complementao de dados obtidos com outras tcnicas projetivas, para o entendimento dinmico do caso individual; Rapport. 4.2- Para propsitos diagnsticos: Aliadas entrevista e outros instrumentos de avaliao, fornece informaes que podem revelar conflitos e interesses gerais dos s; D indicaes dos aspectos especficos do ambiente que o ache problemticos. 4.3- Na terapia em andamento: pode refletir mudanas globais no estado psicolgico do .
5) ORGANIZAO: teste projetivo, grfico e verbal, que utiliza lpis e papel. Tcnica grfica porque solicitado ao sujeito que desenhe uma casa, uma rvore e uma pessoa. Tcnica verbal porque se solicita que o sujeito fale sobre cada desenho, havendo uma srie de perguntas preparadas para este fim. 5.1) Como tcnica grfica: pode incluir uma fase acromtica e uma fase cromtica (recurso para explorar camadas mais profundas da personalidade). 5.2) Material: Acromtico 3 fls. papel sulfite, lpis preto n 2, borracha e apontador. Cromtico 3 fls. papel sulfite, borracha e apontador, caixa de lpis de cor (8 cores: vermelho, verde, amarelo, azul, marrom, preto, roxo e laranja). Protocolo para Desenho Protocolo de Interpretao Protocolo de Inqurito Posterior ao Desenho Relgio ou cronmetro anotar tempo de latncia e total 5.3) Tarefa solicitada: somente uma superfcie apresentada de cada vez ao sujeito, que solicitado a desenhar: Casa: em folha colocada horizontalmente diante dele. rvore e Pessoa: pedidos nessa ordem, sero feitos em folhas na vertical diante dele. 6) FORMA DE ADMINISTRAO: individual. 7) TEMPO DE ADMINISTRAO: varivel, recomendando-se que no exceda 1 hora. Aps a coleta dos desenhos, procede-se a um inqurito. 8) POPULAO: mais adequado para s acima de 8 anos de idade. 9) ANALISE QUALITATIVA Reporta-se verificao dos aspectos gerais e dos detalhes essenciais, ou significativos, em cada um dos desenhos. So interpretados em face do que representam para a estrutura e a dinmica da personalidade. O uso projetivo dos desenhos foi considerado til isoladamente porque os conflitos profundos so mostrados mais prontamente durante o desenho do que em outras atividades. Os desenhos avaliam predominantemente processos expressivos. Zucker (1948): Os desenhos so os primeiros indicadores clnicos a mostrar sinais de psicopatologia e os ltimos a perder os sinais de doena, medida que o indivduo se recupera. Os desenhos so mais fortemente sensveis a tendncias psicopatolgicas do que as outras tcnicas projetivas. Wyatt (1949), BELLAK (1953) E Symonds (1953): Os desenhos fornecem um quadro grosseiro da personalidade, que completado pelo inqurito posterior ao desenho. Stern (in: Hammer, 1969): A tcnica usada atinge o nvel do pensamento primitivo pictrico. Ele est no mesmo plano que o do prprio pensamento inconsciente... Parece que o afeto proveniente de uma figura alcana mais profundamente o inconsciente do que a linguagem,
devido ao fato da expresso pictrica ser mais adequada ao estgio de desenvolvimento em que o trauma ocorreu (...). Para a interpretao dos desenhos, considera-se que a: PESSOA: reflete o ajustamento al em um nvel psicossocial. Estimula mais associaes conscientes, incluindo a expresso direta da imagem corporal. Reflete a capacidade do para atuar em relacionamentos e submeter o self e as relaes interpessoais avaliao crtica objetiva. RVORE: parece revelar sentimentos intrapsquicos bsicos, mais duradouros e mais profundos e atitude em relao si prprio. menos suscetvel a mudanas em retestes do que o da pessoa mais fcil retratar material emocionalmente perturbador ou carregado de conflitos no desenho da rvore do que no da pessoa: pq mais difcil para o tratar a rvore como um auto-retrato. Sentimentos mais profundos e menos aceitveis podem ser revelados mais facilmente pelo desenho da rvore, sem medo de revelar a si prprio ou a necessidade de manobras defensivas do ego. Parece estimular mais associaes subcs e incs do que os outros desenhos. uma expresso grfica da experincia de equilbrio sentida pelo e da viso de seus recursos de personalidade para obter satisfao no e do seu ambiente. CASA: situa-se entre a pessoa e a rvore neste contnuo. Parece estimular uma mistura de associaes cs e incs referentes ao lar e s relaes interpessoais ntimas.
# PESQUISAS tm mostrado que, enquanto o desenho da RVORE representa um nvel mais profundo de integrao da personalidade, os desenhos da CASA e da PESSOA, apontam para um nvel mais superficial.
APLICAO (pg.6 Manual) Munido de uma folha de papel, dever anotar tudo o eu vai acontecendo de forma muito discreta. Dever escrever tempo de latncia e total, toda verbalizao do cliente, tiques, traos feitos com a mo direita ou com a esquerda, movimentos, etc. VALOR DAS ANOTAES # Alm dos desenhos, os movimentos e verbalizaes oferecem indicaes de seus traos de personalidade. # Ele se entrega confortavelmente tarefa? Expressa dvidas direta ou indiretamente, verbalmente, ou atravs de atividades motoras? Exibe expresses verbais que revelam: insegurana, ansiedade, suspeita, arrogncia, hostilidade, negativismo, relaxamento, tenses emocionais, humores, autocrtica, cautela impulsividade, etc. # Mesmo que as atitudes do examinando se tornem ridculas, o examinador no deve demonstrar choque, deve mostrar-se uma pessoa neutra. # O examinador poder dizer palavras de estmulo, quando sentir necessrio, sem alterar as instrues especficas do teste. INQURITO Principal objetivo: compreender o cliente extraindo o maior nmero possvel de informaes sobre o contedo e o contexto de cada desenho. # Detalhes que forem acrescentados durante o inqurito devem ser identificados. # Solicitar ao sujeito para desenhar um sol e uma linha de base nos desenhos que no possuem esses detalhes. FASE CROMTICA do H T P, solicita-se ao examinando que realize uma nova srie de desenhos. Deve-se recolher os desenhos j realizados, apresentar novas folhas de papel e os lpis de cor ou crayons nas cores: vermelho, verde, amarelo, azul, marrom, preto, violeta e laranja. Retira-se o lpis preto n 2 para que o examinando no seja tentado a fazer o esboo a lpis e depois colorir. As instrues iniciais so as seguintes: Agora, por favor, desenhe uma CASA colorida, depois pede-se a RVORE e a PESSOA. No deve falar ao examinando para desenhar outra CASA ou outra RVORE, pois para a maioria das pessoas a palavra outra implicaria em no poder duplicar seus desenhos acromticos. O objetivo dar ao examinando a maior liberdade de escolha possvel. Na srie cromtica no se permite o uso da borracha.
MANEJO CLNICO