Aula 8 - Raio - X
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Raios-X
Os raios X foram descobertos pelo físico alemão Wilhelm Konrad Röentgen (1845-1923),
no final de 1895. Por serem raios ainda muito enigmáticos, ele denominou-os de Raios-X.
Antigamente, os Raios-X, eram definidos como ondas electromagnéticas produzidas devido
a colisão de raios catódicos (electrões) contra alvo metálico. Actualmente, sabe-se que os
Raios-x, podem ser produzidos por saltos/oscilações de electrões em regiões próximas ao
núcleo dos átomos.
Os raios-x são de natureza electromagnética e que são produzidos quando um feixe de
electrões choca com um alvo metálico. A frequência dos raios-x é tanto maior quanto maior
for a energia dos electrões que chocam com o alvo metálico.
O tubo de raios – x
A figura mostra esquematicamente um tubo de raios – x moderno. Neste caso, usa-se a
emissão termoelectrónica, ou seja, emitem-se os electrões do cátodo através de energia
calorífica. Assim, o cátodo é aquecido através da resistência de aquecimento o que vai
excitar os electrões livres do cátodo. Devido a existência de um campo eléctrico entre o
cátodo e o ânodo e daí uma diferença de potencial (d.d.p.), os electrões vão se mover do
cátodo para o ânodo formando os raios catódicos. Chegados ao ânodo, os electrões chocam
com o alvo metálico cedendo a sua energia cinética aos electrões dos átomos do material
que constitui o alvo. Por sua vez, os electrões do alvo metálico emitem a energia absorvida
na forma de raios – x
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Raio-x Prof: Ângelo Artur Matavel
A intensidade dos raios –x depende do número de electrões que choca com o alvo metálico
na unidade de tempo. Isto é controlado pela intensidade da corrente que atravessa a
resistência de aquecimento. O poder de penetração dos raios –x depende da voltagem ou
d.d.p. entre o cátodo e o ânodo. Assim podemos concluir que:
A frequência dos raios – x é directamente proporcional à d.d.p. entre o cátodo e o ânodo.
O comprimento de onda é inversamente proporcional à d.d.p. entre o cátodo e o
ânodo.
Quanto maior é a frequência dos raios –x maior é a sua dureza.
A intensidade dos raios –x depende do número de electrões que choca com o alvo
metálico na unidade de tempo
O poder de penetração dos raios –x depende da voltagem ou d.d.p. entre o cátodo e o
ânodo.
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Essa capacidade de penetrar nos nossos tecidos faz dos Raios-X um perigo em potencial,
pois a exposição prolongada a eles pode levar à formação de células cancerígenas. Por isso,
pessoas que trabalham com radiografias usam aventais de chumbo (que não permitem que
essas radiações atravessem) e se mantêm longe no momento do disparo.
Além disso, é recomendável que a mulher em idade fértil só se exponha aos Raios-X quando
estiver menstruada, pois, caso o contrário, pode correr o risco de estar grávida e, assim,
colocaria o feto em perigo.
Actualmente, sofisticados programas de computador localizam com grande precisão a
região do tumor e definem a dosagem adequada de radiação a ser aplicada, contribuindo
para diminuir os efeitos colaterais desse tratamento.
Exemplo:
Um tubo de raios-x opera a uma d.d.p. de 200000 V.
a) Calcule o comprimento de onda mínimo dos raios-x produzidos.
b) Calcule a frequência máxima dos raios – x produzidos.
c) Se duplicarmos a d.d.p. entre o cátodo e o ânodo, o que acontece com o comprimento de
onda mínimo? E com a frequência máxima?
Deixar espaço para a resolução do exemplo
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Exercício:
Determinar a voltagem, em kV, que deve ser aplicada num tubo dos raios-x de modo a
produzir raios-x cujo comprimento de onda mínimo seja de 0,1 Å. (ℎ = 4,14. 10 𝑒𝑉. 𝑠)
Resolver os seguintes exercícios dos exames:
1ª época 2019: 7, 8, 10, 11 e 12;
1ª época 2022: 12
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