Rafael Fernandes
Rafael Fernandes
Rafael Fernandes
Rio de Janeiro
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE LETRAS E ARTES
INSTITUTO VILLA LOBOS
LICENCIATURA EM MÚSICA
Rio de Janeiro
2023
Dedico esse trabalho ao meu pai e a todos
aqueles que, de alguma forma, me
incentivaram e me ajudaram ao longo da
minha jornada como músico.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Os objetivos deste estudo são: analisar estudos já realizados sobre cavaquinho, seja em
texto ou material disponível no YouTube, de maneira a construir uma ideia da totalidade
das pesquisas dentro desta temática e apontar a importância do estudo da improvisação
para a formação de um músico popular. Para atender a tais propósitos apresento um
recorte da história do cavaquinho no Brasil, de principais cavaquinistas que influenciaram
e criaram tendências. Argumento que há falta de material sistematizado sobre o ensino
da improvisação dentro da linguagem do cavaquinho na música popular. Dentro dessa
temática, são destacados autores que fizeram esse trabalho com outros instrumentos como
violão e guitarra, a influência do jazz e outros gêneros na prática da improvisação, e a
importância de se criar um método sistematizado especialmente para o cavaquinho. Este
estudo é parte de um projeto maior, que visa a construção futura de um método de
improvisação para a linguagem do cavaquinho.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 10
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 32
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 33
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
Por volta dos meus 10 ou 11 anos de idade, dei início ao meu processo de
aprendizagem do cavaquinho e, nessa época, em meados de 1993 ou 1994, não existia
um método de estudo sistematizado e um material aprofundado sobre o ensino do
instrumento. Estava em uma situação não muito diferente das pessoas da mesma época,
que buscavam aprender a tocar o instrumento e não tinham como pagar uma aula
particular com algum professor. Comecei esse processo como autodidata, estudando por
meio da observação e imitação de outros cavaquinistas. Neste ponto, devo reconhecer
que tive sorte, pois morava em um bairro conhecido por sua intensa atividade ligada ao
choro e ao samba. Sou oriundo do Rio de Janeiro, do bairro da Vila da Penha, bairro no
qual surgiram músicos como Luiz Carlos da Vila (que se confunde com Vila Isabel). A
Villa da Penha está inserida em um lugar que geograficamente reúne algumas rodas de
samba e choro consagradas.
Em minha infância, tive a oportunidade de observar rodas de choro do
reconhecido músico Altamiro Carrilho. Tive como instrutor um amigo de meu pai, que
tocava cavaquinho com afinação de bandolim (Sol, Ré, Lá, Mi) e tinha um repertório
de choro “debaixo do dedo” e me incentivava a prestar atenção e a repetir o que ele
tocava. Não era uma aula formal, ele apenas me mostrava como tocava e se justificava
alegando não entender o que fazia. Ele era um músico excepcional e tinha o
reconhecimento de outros músicos, mas se recusava a tocar profissionalmente. Acredito
que ele não se sentia autorizado a se definir como músico pelo fato de não ler partitura.
Tive a felicidade de contar com tios que praticavam a música de forma amadora,
e nas reuniões familiares sempre celebravam rodas de samba, nas quais eu tinha a
oportunidade de apreciar e aprender de perto.
Nessa região, não é difícil achar uma roda de samba para observar uma pessoa
tocando um cavaquinho. Porém, minha idade restringia a entrada em alguns lugares,
mesmo com a presença de um responsável. Apesar dessa dificuldade, tive a sorte de
conseguir, muitas vezes, presenciar grandes músicos tocando, e assim, “beber na fonte”,
que é um riquíssimo modo de adquirir conhecimento. Assim, foi possível que eu
aproveitasse daquele ensinamento indireto e informal.
Apesar de toda riqueza desse estudo de apreciação e observação, alguns anos
depois, já adolescente e tocando cavaquinho, chegou o momento em que senti a
12
Da mesma forma que Nelson Faria percebeu isso no seu instrumento, aponto
minha crítica à falta de um método de improvisação dentro do universo do cavaquinho.
Posso afirmar que em meu universo de cavaquinista, a partir da minha experiência
profissional como músico, não encontrei, até o momento, nenhum material
sistematizado abordando a improvisação e o desenvolvimento da capacidade de
improvisação no âmbito do cavaquinho.
13
Chericharo (2009) e Ribeiro (2014) dão exemplos de alguns tópicos que fazem
parte do que é necessário para que uma criação seja um improviso e levam em
14
1O site Amplificar é uma ferramenta destinada a pesquisadores da área de Música, que facilita o processo
de busca da produção bibliográfica nacional da área (base de dados Data), assim como a descoberta de
periódicos, eventos, associações científicas e programas de pós-graduação brasileiros de Música (base de
dados Pesquisa em Música no Brasil).
15
2
https://www.dicio.com.br/improvisar/ (Significado da palavra improvisar, dicionário de português, 2023).
17
3
Tagima é uma empresa brasileira produtora de guitarras e outros instrumentos musicais. Considerada a
primeira marca de guitarra brasileira a produzir em escala mundial. A empresa possui uma das maiores
fábricas de instrumentos musicais da América do Sul.
4
https://www.youtube.com/watch?v=T_A3tsh668Q
18
músico teria essas ferramentas para que pudesse iniciar as práticas do improviso no
âmbito melódico.
Na música popular brasileira — especialmente no choro, samba e bossa nova —
a improvisação é amplamente valorizada e incentivada. Esses gêneros musicais têm uma
tradição forte de solos improvisados, nos quais os músicos têm a oportunidade de
demonstrar sua técnica, criatividade e sensibilidade musical. Korman (2004, p. 1)
destaca: “Os pesquisadores em geral concordam que um bom chorão devia possuir a
capacidade e o domínio da improvisação”, afirmação com a qual concordo.
Pela improvisação, os músicos podem explorar novas possibilidades sonoras,
experimentar diferentes combinações de notas e acordes, criando variações melódicas
dando e conseguindo em cada momento um “sabor” sonoro diferente que surpreende e
emociona o público. A capacidade de improvisar é uma habilidade que se desenvolve
com o tempo e a prática, sendo que os músicos dedicados investem horas de estudo e
treinamento para aprimorar as habilidades nesse aspecto.
A sistematização do estudo da improvisação na música popular brasileira é uma
pauta de pesquisa relativamente recente e, de acordo com as fontes utilizadas nessa
pesquisa, existem poucos materiais disponíveis que abordam o tema. O resumo de
Guerzoni (2014) dialoga e vai na mesma direção da minha opinião.
De acordo com esta citação, destaco outro ponto de vista, dos músicos e pessoas
na sua grande maioria que, na época, achavam que o músico, para improvisar, tinha que
ter um dom. O renomado músico e compositor Roberto Menescal definia a improvisação
como “um privilégio para poucos”. Quando trazemos essa questão para o universo e
linguagem do cavaquinho fica mais estreito esse olhar devido à maior escassez de
materiais didáticos, em geral.
Guerzoni (2014) mostra que a prática da improvisação foi amplamente valorizada
e praticada por músicos com Bach, Mozart e Beethoven. Dentre os diversos motivos que
contribuíram para o declínio da improvisação, um deles se deve à volatilidade de seu
resultado, de modo que, anterior à era da fonografia, era impossível o seu registro. Assim
sendo, a improvisação foi perdendo espaço no campo da música erudita para a
composição, uma vez que, ao contrário da improvisação, a composição, através da
notação, é passível de ser reproduzida posteriormente com fidelidade.
Para dialogar com essa fala, o músico Alexandre Carvalho 5 no workshop ao vivo
no Eco Som Estúdio, em companhia de Nelson Faria, conclui que uma forma de
5
Alexandre Carvalho, doutor em música pela Manhattan School of Music, guitarrista, professor,
compositor e arranjador. Estudou na Berklee College of Music de 1985 à 1989. Foi professor de jazz da Manhattan
School of Music. Compôs a banda de João Bosco e Léo Gandelman na década de 1990. Atuou com os maiores
nomes do jazz nacional e internacional, sempre transitando na ponte musical que liga o Brasil aos Estados Unidos,
através da fusão da música brasileira com o jazz.
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improviso, que acontece na maioria das vezes no jazz e na MPB, é o indivíduo improvisar
numa harmonia e forma pré-estabelecidas. Porém, existem outras maneiras de se realizar
o improviso como: improvisar o ritmo, improvisar na forma e o improviso total.
Alexandre Carvalho tem opinião similar a fala de Guerzoni, que existem rumores
onde os grandes ícones da música erudita não improvisavam. No entanto, não é bem
assim. Eles não improvisavam como se improvisa nos dias de hoje, a partir de uma
harmonia pré-estabelecida. Segundo Alexandre Carvalho, há relatos que Mozart se
sentava no piano e improvisava peças inteiras com melodia, harmonia, forma e ritmo
diferentes do pré-estabelecido na obra. Baixo contínuo é mais um exemplo. É outro tipo
de improvisação. É uma improvisação de toda uma estrutura musical, define Alexandre
Carvalho.
Seguindo nesse mesmo workshop, Alexandre Carvalho fala de como ele entende
uma organização da rotina de estudos na área da improvisação e faz uma lista de
assuntos que o músico que queira ingressar nesse universo precisa estudar. Dentre eles
Alexandre Carvalho destaca: estudo de harmonia, estudo de leitura musical em geral,
estudo de repertório, estudo de transcrições de improvisos feitos por outros músicos,
exercícios de técnica no instrumento, estudos de escalas e modos, estudo de relação das
escalas com os acordes, estudos de arpejos, estudo de cromatismo, estudo de fraseologia
e desenvolvimento motívico, dentre outros assuntos.
6
Aulas apresentadas no canal do cavaquinista Alexandre Camões. Disponível em:
https://www.youtube.com/@camoesobral Acesso em 25 abr. 2023.
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cavaquinistas que, a meu ver, fizeram escola e foram modelos para outras gerações. São
eles Canhoto do Cavaquinho, Waldir Azevedo, Mané do Cavaco e Carlinhos do Cavaco
ou Carlinhos Nosso Samba. Conforme já explicado na introdução, são escassos os
materiais didáticos que sistematizem o estudo de elementos que estão presentes na
prática da improvisação ao cavaquinho. No entanto os grandes cavaquinistas tornam
possível a difusão e modificação das maneiras de se tocar.
7
Disponível em https://www.henriquecazes.com.br/
23
8
Apesar de Cazes grafar desta maneira, na wikepedia, a grafia do nome aparece como Lili'uokalani. Ela
foi a última monarca do reino do Havaí, tendo herdado o trono de seu irmão Kalãkaua em 17 de Janeiro
de 1891 e ficou no reinado até 17 de Janeiro de 1893.
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• Sol, Dó, Mi, Lá, afinação usada na região de Barcelos (Portugal) e muito
comum nos ukuleles soprano, tenor e concert.
No Brasil, durante um tempo foi usada a afinação Ré, Sol, Si, Mi, herdada da
afinação usada em Coimbra. Porém, a mais usada é Ré, Sol, Si, Ré que podemos chamar
hoje de afinação tradicional.
Apesar de o cavaquinho ter participado desde o século XVIII do nascimento da
música popular urbana brasileira — tanto na vertente instrumental quanto nas obras
vocais que deram origem aos primeiros gêneros da música popular brasileira, como o
lundu e a modinha — ele teve que esperar um tempo até que surgisse um tipo de música
para a qual ele fosse totalmente indispensável, o que ocorreu com o surgimento do
choro. A princípio este gênero era executado por um trio de músicos populares com a
formação de flauta, violão e cavaquinho para tocar adaptações de danças que vinham
da Europa, principalmente a polca, a valsa e o schottish.
Para Boscarino Júnior, a marginalização dos gêneros musicais populares (samba
e choro) se estendia às pessoas e aos instrumentos ligados a eles, razão esta que teria
condicionado a prática de aprendizado não formal do instrumento (BOSCARINO
Junior, 2002 citado por RIBEIRO, 2015, p. 16). No Brasil, há, no senso comum, piadas
a respeito dos cavaquinistas, o que demonstra o preconceito com o músico que o tocava.
Vidili (2021), em tese de doutorado na qual discorre sobre o pandeiro, mostra
como o samba (e os instrumentos ligados a este gênero) era marginalizado. Vidili
apresenta a fala de um músico que confirma esse preconceito:
organizavam para “brincar” o carnaval e fazer as festas de rua. À medida que esses
blocos se tornaram mais relevantes, eles gradualmente evoluíram para se tornarem as
famosas escolas de samba da atualidade.
De acordo com Theodoro (2009, p. 232) “os Blocos expressavam a
espontaneidade do carioca. As escolas de samba também derivaram dos blocos – o
bloco dos Argentinos deu origem à Mangueira e o Vai como pode, deu origem à Portela,
por exemplo”. Conceição (2015, p. 25) completa esclarecendo que os blocos deram a
cara e o formato ao nosso Carnaval atual. Foi no Rio de Janeiro, em meados do século
XIX e com início no século XX, que o Carnaval começou a ganhar características
nacionais.
O cavaquinho tinha uma responsabilidade grande de exercer a liderança, sendo
uma espécie de guia harmônico, dando o tom e a harmonia para os intérpretes e conduzia
o canto das pastoras. Esse era um dos contextos no qual o cavaquinho começou
prevalecer.
A outra situação era considerada mais “séria”, mais “musical”, e acontecia nos
conjuntos de choro com solistas e compositores famosos. E esses conjuntos encontram
seus destinos comerciais nos chamados “regionais” das rádios. Por volta da década de
1930, cada estação de rádio no Brasil possuía um conjunto regional responsável pela
parte musical da rádio. Tal conjunto, geralmente, era composto por dois violões, um
cavaquinho, um pandeiro e um instrumento melódico que fazia o papel de solista. Esse
conjunto tinha poucos músicos comparando-se a uma orquestra, o que propiciava uma
relação de ótimo custo benefício para a rádio por permitir distintos reagrupamentos dos
instrumentos no grupo. Dessa forma grupos com essa formação aparecia tanto em
acompanhamento de cantores, como em jingles, fundos musicais diversos, etc. Por esse
motivo, acabou sendo uma solução para todas as partes (contratantes e contratados).
Cada um desses regionais precisava de um cavaquinista, incentivando assim o
crescimento das oportunidades de trabalho para os músicos que tocavam esse
instrumento. E foi esse fato que fez o cavaquinho ganhar um caráter profissional, uma
oportunidade de trabalho que acabou aperfeiçoando tantos músicos que passaram por
esses conjuntos regionais.
A participação deste instrumento tanto sendo usado nas brincadeiras como nos
regionais teve forte impacto em sua propagação. Sendo assim, as duas situações foram
de extrema importância e contribuíram muito para a evolução dos músicos
cavaquinistas.
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Os grandes cavaquinistas
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Benedito Lacerda organizou um grupo com ritmos brasileiros, batizado de Gente do Morro, O grupo se
caracterizava pelos efeitos de percussão e solos de flauta. O grupo durou pouco e fez uma viagem a Campos
acompanhando Noel Rosa. Como o Gente do Morro não vingou, Benedito chamou Horondino do violão
(Dino Sete Cordas), que era do grupo, e Canhoto do Cavaco, e os três começaram a arregimentar músicos
para trabalhar com eles. Era o embrião do Conjunto Regional Benedito Lacerda. Com seu regional,
acompanhou nomes como Carmen Miranda, Orlando Silva, Luiz Barbosa, Mário Reis, Francisco Alves,
Silvio Caldas além de atuar com êxito como compositor.
10
Centro, batida, levada, palhetada referem-se ao acompanhamento rítmico ao cavaquinho.
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11 Manacéia frequentou desde criança os blocos carnavalescos "Quem Fala de Nós Come
Mosca", "Quem Nos Faz é o Capricho" e "Vai como Pode", que mais tarde originariam o Grêmio
Recreativo e Escola de Samba Portela. Na Portela, Manacéia começou a tocar tamborim e mais tarde,
em 1939, a compor samba para os desfiles da escola de samba. Manacéia integrou, ainda, a famosa Velha
Guarda da agremiação de Oswaldo Cruz, tendo composições que passaram à história com alguns dos
maiores sambas.
12
Jonas (1934 – 1997) foi integrante do conjunto Época de Ouro, criado por Jacob do Bandolim. No
principio era solista, mas foi ensinado por Jacob a acompanhar. Seu estilo difere-se do de Canhoto pelo
fato de a sonoridade de seus acompanhamentos serem mais seccionados ritmicamente (sincopados)
podendo ser comparado a células rítmicas encontradas no tamborim.
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Vignoli que atua mais no segmento do choro. Todos esses músicos que estão em atividade
até os dias de hoje.
Pelo que foi apresentado, concluo que todos esses músicos bebem/beberam na
fonte desses quatro pilares do cavaquinho, Canhoto do Cavaco, Waldir Azevedo, Mané
do Cavaco e Carlinhos Nosso Samba, sempre adicionando conhecimento através de
estudos e pesquisas no âmbito do instrumento de maneira a contribuir com a evolução da
linguagem, sem perder a característica, e, influenciando também, minha geração e as que
estão por vir.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Fica a Dica Premium. Tagima convida Nelson Faria (com Thiago Espirito Santo e
Marcinho Eiras). YouTube, 03 de jul de 2019. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=T_A3tsh668Q . Acesso em 02 de abril de 2023.
Fica a Dica Premium. Workshop de Guitarra Jazz com Alexandre Carvalho - Ao Vivo
no Eco Som Studio. YouTube, 31 de jul de 2019. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vi6AvBGZVGY&t=12s . Acesso em 02 de abril de
2023.
Fica a Dica Premium. Workshop de Harmonia com Nelson Faria - Ao Vivo em Maceió.
YouTube, 26 de jul de 2019. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=ETA7AmCf--w . Acesso em 02 de abril de 2023.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. ed. 4. São Paulo: Atlas
S.A, 2002. Disponível em: https://drive.google.com/drive/u/2/my-drive
VIDILI, Eduardo Marcel. A vida social do pandeiro no Rio de Janeiro (1930 -1939):
trânsitos, significados e a inserção no rádio e fonografia. Orientador: Pedro de Moura
Aragão. 2021. 311f. Tese (Doutorado em música). Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro, UNIRIO, Centro de letras e artes, Rio de Janeiro, 2021. Disponível em:
http://www.repositorio-
bc.unirio.br:8080/xmlui/bitstream/handle/unirio/13508/eduardomarcel.pdf?sequence=1
&isAllowed=y . Acesso em 02 abr. 2023.