O documento discute a violência contra mulheres e as leis e projetos relacionados, como a Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, projeto Sala Lilás para atendimento humanizado de vítimas de violência sexual, e a necessidade de mais educação e políticas públicas para prevenir a violência e proteger os direitos das mulheres.
O documento discute a violência contra mulheres e as leis e projetos relacionados, como a Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, projeto Sala Lilás para atendimento humanizado de vítimas de violência sexual, e a necessidade de mais educação e políticas públicas para prevenir a violência e proteger os direitos das mulheres.
O documento discute a violência contra mulheres e as leis e projetos relacionados, como a Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, projeto Sala Lilás para atendimento humanizado de vítimas de violência sexual, e a necessidade de mais educação e políticas públicas para prevenir a violência e proteger os direitos das mulheres.
O documento discute a violência contra mulheres e as leis e projetos relacionados, como a Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, projeto Sala Lilás para atendimento humanizado de vítimas de violência sexual, e a necessidade de mais educação e políticas públicas para prevenir a violência e proteger os direitos das mulheres.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA – UNIALFA
CURSO DE PSICOLOGIA ALUNA: TAYNARA GONÇALVES DIAS
Relatório sobre a Jornada Interdisciplinar Psicologia e Direito
Mesa redonda: Normatização, efetividade e violações de direitos humanos: principais consequências na vida das mulheres
Foi realizado abertura da Jornada Interdisciplinar Psicologia e Direito com
apresentação da coordenadora do curso de Psicologia e o coordenador do curso de Direito com os Diretores. A mesa redonda era composta pela Dra Glaucia e a Psicóloga Simone. A Dra Glaucia iniciou a palestra falando das origens da violência contra a mulher, citando o machismo e o patriarcado e uma educação sexista, onde o feminino e o masculino são apresentados como categorias opostas, excludentes e hierarquizadas, nas quais a mulher, os valores e os significados femininos ocupam posição interior. Em 1979 ocorreu a Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, onde essa convenção é fruto da postulação do movimento de mulheres, a partir da primeira Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada no México, em1975. A Convenção que mais recebeu reservas por parte dos Estados signatários, principalmente em temas cujo conteúdo principal é a igualdade doméstica entre homens e mulheres. Foi abordado os Princípios previstos na Constituição Federal, em que temos o Princípio da Igualdade, sendo um dos pilares estruturais da CF/88, Art. 5º, inciso I, que determina o tratamento igualitário, em direito e obrigações, entre homens e mulheres, e o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, valor constitucional supremo como razão para decisão de casos concretos e , principalmente como diretrizes para elaboração, interpretação e aplicação das normas. Conquistamos a criação da Lei 11340/06, a Lei Maria da Penha, advinda da organização do movimento feminista n Brasil. Com o crescimento do feminicídio, cerca de 699 mulheres foram vítimas dessa violência no Brasil, média de 4 mulheres por dia, a Lei 13104/15, Lei do Feminicídio, foi criada a partir de uma recomendação d Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Violência contra a Mulher (CPMI-VCM), que investigou a violência contra as mulheres nos entes da federação, entre março de 2012 e julho de 2013. O Código Penal tipifica vários crimes de violações sexuais, como a Lei do Assédio Sexual, sendo o crime de assédio em mulheres negras representam 52% em assédio no trabalho. Temos a Lei 13718/18, a Lei da Importunação sexual, que é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem sua anuência, sendo crime vender ou divulgar cena de estupro por qualquer meio, seja fotografia, vídeo ou outro tipo de registro audiovisual. Se tem o Assédio Moral, como um projeto de Lei nº 4742/01, se caracteriza pela exposição de alguém as situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns nas relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima, em grande parte mulheres, com o ambiente de trabalho e organização.
A Lei da Importunação, mais conhecida como Lei da Importunação Sexual,
completou 3 anos em 2021 com aproximadamente 7 mil casos registrados no Brasil. A Lei 14192/2021, reprimir e combater a violência política contra a mulher, sendo toda ação, conduta ou a omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos da mulher, bem como qualquer distinção, exclusão ou restrição no reconhecimento, gozo ou exercício dos seus direitos e das suas políticas fundamentais, em virtude do sexo. Foi discutido a partir dos gráficos expostos. Algumas medidas de garantia dos direitos, tais como: educação não sexista: escola e família; prevenção: campanha e eventos; o combate ao machismo e as políticas públicas: entes federativos. As respostas do Estado e da Sociedade. Estado: Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. Sociedade: Paradigmas – aceitação das diferenças – garantia da igualdade. Foi citado algumas medidas de Políticas Públicas a serem retomadas a fim de buscar melhorias, são elas: a retomada do Pacto Nacional contra a VD; garantia da autonomia financeira e social; garantia da saúde integral das mulheres, direitos sexuais e reprodutivos; promover ações nos processos educacionais para a equidade de gênero, raça, etnia e orientação sexual; criar grupos reflexivos dos autores dos crimes de violência contra mulheres. De acordo com uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial (WEF), o Brasil só alcançará igualdade de gênero apenas daqui 95 anos, sendo que ocupamos hoje o 79º lugar, abaixo no ranking da Argentina, Chile e México. A quebra do ciclo da desigualdade de gênero, que marca o nosso país, não se limita somente a conquista de leis, mas depende fundamentalmente da sua implementação e garantir suas eficácias jurídica e social. Nisso a sociedade e os poderes instituídos são os responsáveis. Relatório sobre a Jornada Interdisciplinar Psicologia e Direito Mesa redonda: Violência sexual contra mulheres: projeto sala lilás e o cuidado em saúde.
A palestra foi mediada pela Profª. Suely, na qual as palestrantes Lígia,
Rosimary e Janine trataram do tema da “Violência sexual contra mulheres e o projeto da sala lilás”. Foi apresentado alguns gráficos que mostraram os dados fornecidos pela OPAS/OMS com o percentual dos tipos de violência já sofrida, o responsável, quando ocorreu, que analisando, são dados alarmantes, sendo registrado mais de 50.056 assassinatos de mulheres entre os anos de 2009 e 2019. Alguns fatores de risco podem ser observados, tais como: baixos níveis de educação (autores da violência sexual e vítimas da violência sexual); a exposição a maltrato infantil (autores e vítimas); transtorno de personalidade antissocial (autores); uso nocivo do álcool (autores e vítimas); atitudes de aceitação da violência (autores e vítimas); experiência de violência familiar (autores e vítimas) e ter múltiplos parceiros. Essas violência geram algumas consequências para a saúdes, tais como a gravidez indesejada, abortos, depressão, TEPT, suicídio e dores generalizadas. Para tentar amenizar essas situações, precisamos de mais abordagens sobre o tema da descriminalização contra as mulheres e adotar algumas normas culturais mais pacíficas. Na Rede Estadual de Atenção às Pessoas em Situação de Violências, temos a “Rede Intersetorial”, que a pessoa em qualquer situação de violência, pode procurar ajuda no Ministério Público, na Rede de saúde, no Conselho Tutelar, Conselhos, ONG’s, Sistema Judiciário, Abrigos, Educação, Delegacias e nas Rede de Assistência Social. Na “Rede de Saúde”, ela pode ser dividida em alguns lugares para melhor atendimento, como a Atenção Básica, os Serviços de Assistência Especializada, as Unidades de Pronto Atendimento, a Rede de Atenção Psicossocial, os Ambulatórios Especializados e os Hospitais. O projeto “Sala Lilás” é uma cooperação entre a Secretaria de Saúde e Segurança Pública do Estado de Goiás, na qual o objetivo é a mútua cooperação entre as Pastas com o propósito de fornecer serviços de Saúde nos principais IML’s do Estado. Atendimento das vítimas de violência sexual. A “Sala Lilás” possui um atendimento humanizado no momento em que a vítima realiza exame pericial. É realizado um acolhimento, esclarecimento e encaminhamento à Rede de Atenção às vítimas de violência. Tem-se uma demanda Referenciada, em que a vítima registra Boletim de Ocorrência em Delegacia e, se for necessário coleta de vestígio, é encaminhada para Sala Lilás, que tem as unidades de funcionamento em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Os serviços prestados no projeto da “Sala Lilás” são: Polícia Técnica (IML), que faz a coleta de vestígios pelo médico legista; Saúde com serviços de Psicólogo, Assistente Social, Enfermeira e Técnica em Enfermagem, promovendo então uma humanização nos serviços de saúde. Foram apresentados alguns gráficos mostrando o número de atendimentos realizados nesse projeto. Tem a “Escuta Especializada” – Lei 13.431/17, a qual no Decreto 9.603/18, Art. 19. A escuta especializada é o procedimento realizado pelos órgãos da rede nos campos da educação, da saúde, da assistência social, da segurança pública e dos direitos humanos, com o objetivo de assegurar o acompanhamento da vítima ou da testemunha de violência, para a superação das consequências da violação sofrida, limitado ao estritamente necessário para o cumprimento da finalidade de proteção social e de provimento de cuidados. Nessa escuta, os profissionais não podem julgar, não fazer promessas que não podem ser cumpridas, ouvir com atenção e empatia, não revitimizar e prestar as informações necessárias para os órgãos competentes. Contudo, o que já foi abordado nessa mesa redonda e outras sobre a Violência Sexual contras as Mulheres, podemos observar que cada vez mais se faz necessário esse assunto ser abordado inúmeras vezes, pois o número de vítimas só aumentam e ainda existem muitas pessoas que não fazem ideia dos programas que existe para prevenção e proteção contra esse tipo de violência. O projeto “Sala Lilás” foi algo de bastante aprendizado, pois não sabia que existia esse tipo de projeto e a importância que ele pode ter na vida dessas pessoas, e claro, todo conhecimento adquirido foi de suma importância em minha vida acadêmica e como mulher principalmente.