Introduo Ao Direito Romano Apostila01
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Direito Romano
Origens e Evolução do Direito Romano
A história da Roma Antiga é uma narrativa rica e complexa que se estende por mais
de um milênio. Fundada tradicionalmente em 753 a.C., Roma começou como uma
pequena comunidade rural e, ao longo dos séculos, expandiu-se para se tornar uma
das maiores potências do mundo antigo. A cultura romana foi marcada por valores
como disciplina, virtude, respeito pela lei e pelo Estado, e uma dedicação notável à
administração e organização.
Além disso, a ênfase romana na justiça, igualdade perante a lei e no devido processo
legal deixou uma marca duradoura na civilização ocidental. Muitos princípios legais
e filosóficos que moldam os sistemas legais contemporâneos, como a presunção de
inocência e o direito a um julgamento justo, têm raízes profundas no Direito
Romano.
O Direito Romano não é apenas uma parte crucial da história jurídica, mas também
um componente essencial da cultura e da filosofia que moldaram a civilização
ocidental. Seu desenvolvimento ao longo dos séculos e suas influências continuam
a ser estudados e valorizados, destacando a importância duradoura dessa tradição
legal única.
Fontes do Direito Romano
O Direito Romano, uma das bases do sistema jurídico ocidental, tinha uma estrutura
complexa e uma variedade de fontes que contribuíam para a sua formação e
desenvolvimento. Entre essas fontes, destacam-se a "Lei das XII Tábuas", a
jurisprudência e os senadosconsultos e edictos dos magistrados, cada um
desempenhando um papel fundamental na evolução desse sistema legal.
A "Lei das XII Tábuas", promulgada em 450 a.C., foi um marco crucial na história
do Direito Romano. Este código consistia em doze tabelas de leis escritas em placas
de bronze, que foram afixadas no Fórum Romano para que todos pudessem
consultar. A principal importância da Lei das XII Tábuas estava na sua codificação
das regras legais, fornecendo transparência e uniformidade ao sistema jurídico
romano.
Os edictos dos magistrados, por outro lado, eram proclamações emitidas por
magistrados durante seus mandatos. Os edictos eram especialmente importantes
porque cada magistrado podia introduzir suas próprias políticas e regras jurídicas
durante o seu período no cargo. Isso permitiu uma certa flexibilidade e
adaptabilidade do sistema legal romano às mudanças nas circunstâncias sociais e
políticas.
1. Ius Civile: Era o direito civil romano, que se aplicava especificamente aos
cidadãos romanos. Incluía regras relacionadas a propriedade, contratos, casamento,
herança e outras questões do direito privado. O "ius civile" foi, inicialmente, restrito
aos cidadãos romanos, mas ao longo do tempo, tornou-se mais inclusivo.
Uma das características notáveis do sistema jurídico romano era a distinção entre o
"ius civile" e o "ius gentium". Enquanto o "ius civile" estava inicialmente limitado
aos cidadãos romanos, o "ius gentium" era mais inclusivo e aplicável a todos,
independentemente de sua cidadania. Essa distinção refletia a crescente preocupação
com a equidade e a justiça universal, particularmente à medida que Roma expandia
seu domínio sobre outras regiões.