Avaliacao III
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
A Consolidação de Contas é um processo contabilístico que permite agregar as demonstrações
financeiras das diversas empresas do mesmo grupo empresarial numa única entidade (a empresa
líder do grupo). Devido à possibilidade de existência de transações entre as empresas do grupo,
à existência de participações de capital cruzadas e de diferentes percentagens de capital detido,
o processo de consolidação pode ser extremamente complexo. Por outro lado, o enquadramento
jurídico que regula as práticas de consolidação tem vindo a evoluir com a publicação de normas
cujo objetivo, para além da determinação dos impostos a pagar, pretendem a normalização
contabilística internacional de modo a tornar comparáveis as demonstrações financeiras de
empresas a operar em países diferentes. As sucessivas alterações verificadas nas normas
contabilísticas obrigam a uma permanente e constante atualização dos técnicos de
contabilidade, auditoria e docentes destas matérias.
O presente trabalho visa abordar sobre a consolidação das contas, principalmente abordar sobre
a contabilização dos investimentos financeiros, sua noção e movimentação. O trabalho tem
como objectivo geral abordar sobre a contabilização dos investimentos financeiros e
especificamente compreender as ópticas, métodos, técnicas e operações de consolidação.
Estruturalmente o trabalho está dividido em três capítulos onde o primeiro se refere aos aspectos
introdutórios dando-se neste capito a conhecer a assunto abordado no trabalho, os objectivos e
a metodologia usada para o alcance dos objectivos. O segundo capítulo que é referente a
fundamentação teórica, expõe a exploração dos conteúdos dos diversos autores que abordam
sobre a consolidação de contas. E finalmente o terceiro capítulo referente a conclusões que se
destina a apresentar as conclusões a que se chegaram na elaboração do trabalho.
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Capitulo II: Fundamentação teórica
2. Contabilização de investimentos financeiros
2.1. Conceito
Investimentos Financeiros: são as aplicações financeiras de carácter de permanência.
Exemplo: Participações em outras empresas, Títulos da divida detidos até a maturidade.
Esta conta integra as aplicações financeiras de carácter permanente. Assim a relevância desta
conta esta ligada designadamente a participações de capital que a entidade detém no capital
próprio de outras empresas em particular na conta de capital social.
1. Existe uma só unidade jurídica onde se deve agregar varias actividades económicas
desenvolvidas ou estabelecimentos, traduzindo assim o que pode – se denominar de uma
entidade jurídica e varias entidades contabilísticas;
2. Cada uma das actividades económicas desenvolvidas corresponde a uma entidade
jurídica distinta. Assim é frequente que as varias entidades jurídicas vocacionadas em
gerir participações societárias (o grupo económico).
Tipos de controlos
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3. Influência significativa: a sociedade participada exerce algum poder sobre a entidade
participada, mas que não é dominante em associados (percentagem dos 20 á 50 %) –
Investimentos em associados.
a) Método de custo: os activos financeiros (AF) são mensurados pelo seu custo (PC) de
aquisição e serão deduzidas as perdas por imparidades acumuladas;
b) Método do custo amortizado: os AF são mensurados pelo seu custo amortizado.
c) Método do justo valor: os AF são mensurados através dos resultados;
d) Métodos de equivalência patrimonial: os AF são mensurados pela fracção que lhes
corresponde nos activos líquidos da entidade dependente de acordo com a percentagem
de participação detida pelo participante.
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2.1.3. Empresa-mãe, subsidiária e formas de controlo
Quando uma empresa detém mais de 50% dos direitos de voto da outra ela passa a deter o
controle da mesma e designa-se de empresa-mãe e a empresa controlada designa-se
subsidiária. O direito de voto é geralmente adquirido mediante a aquisição de participações no
capital da empresa (Aquisição de acções ordinárias ou quotas). Uma empresa-mãe é uma
entidade que detém uma ou mais subsidiárias.
Uma subsidiária é uma entidade, incluindo uma entidade não constituída tal como uma parceria,
que é controlada por uma outra entidade (designada por empresa-mãe).
Uma empresa pode deter controle sobre uma outra se tiver o direito de exercer uma influencia
dominante sobre a mesma, isto sem que detenha mais de 50% do direito de voto. Uma empresa
detém uma influencia dominante quando pode influenciar as operações e as politicas
contabilísticas de uma outra entidade.
Como uma empresa pode ter uma influencia dominante quando não detêm mais de 50% dos
direitos de voto?
Também existe controlo quando a empresa-mãe for proprietária de metade ou menos do poder
de voto de uma entidade quando houver:
Poder sobre mais de metade dos direitos de voto em virtude de um acordo com outros
investidores;
Poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da entidade segundo uma
cláusula estatutária ou um acordo;
Poder para nomear ou destituir a maioria dos membros do conselho de direcção ou de
um órgão de gestão equivalente e o controlo da entidade for feito por esse conselho ou
órgão; ou
Poder para apresentar a maioria dos votos em reuniões do conselho de direcção ou de
um órgão de gestão equivalente e o controlo da entidade for feito por esse conselho ou
órgão.
Assim o método que será aplicado neste tipo de operação é o custo amortizado. Então deverá
se reconhecer o capital emprestado e o seu respectivo juro, como um proveito financeiro (co+J
= Cn), que puderam ser calculados através da taxa nominal e a taxa efectiva. Assim teremos o
movimento seguinte:
Na aquisição de uma empresa subsidiário será debitada a conta 3.1 em contrapartida da conta
1.1, 1.2 ou 4.6 se a aquisição for a pronto ou a prazo respectivamente.
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Diferenças de consolidação.
A participação adquirida numa subsidiária pode ser consolidada segundo três métodos:
Consolidação Integral
Consolidação Proporcional
Método de equivalência patrimonial
Consiste na integração nas demonstrações financeiras da empresa através da soma linha a linha,
isto é conta a conta, todos os elementos das demonstrações financeiras das subsidiárias (activos,
passivos, rendimentos e gastos) e posterior: (1) eliminação da participação financeira da
empresa detentora e os capitais próprios da subsidiária (2) reconhecimento do goodwill ou
negative goodwill e (3) reconhecimento da parcela dos interesses minoritários sobre os capitais
próprios e sobre os resultados. Neste contexto o termo Goodwill deverá ser entendido como
diferenças de consolidação positivas resultantes do método de consolidação integral e não como
o excedente pago pelo justo valor doa activos adquiridos e passivos assumidos, no âmbito da
aplicação do Método de Compra, na concentração de actividades empresariais, apesar de terem
um tratamento idêntico ao nível do SNC. De acrescentar que este é o único método que respeita
à consolidação no verdadeiro sentido, como é afirmado por vários autores.
Com base neste pressuposto, este método consiste na integração no balanço e nas
demonstrações dos resultados da empresa consolidante dos elementos respectivos do balanço e
das demonstrações dos resultados das empresas consolidadas, evidenciando os direitos de
terceiros, designados por interesses minoritários. Interesse Minoritário – é a parte dos
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resultados e dos activos líquidos de uma subsidiária atribuível a interesses de capital próprio
que não sejam detidos, directa ou indirectamente através de subsidiárias, pela empresa-mãe.
Método consolidação integral – aplica-se nas partes de capital em empresas do grupo, também
chamadas subsidiárias ou afiliadas e consiste nos seguintes passos:
Deve somar-se linha a linha a 100%, todos os elementos das DF das subsidiárias
(activos, passivos, rendimentos e gastos);
Eliminar a participação financeira da empresa detentora e os CP (antes de resultados)
da subsidiária;
Deve-se reconhecer o goodwill ou negative goodwill e a parcela dos interesses
minoritários sobre os capitais próprios.
Exemplo 1
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Continuação do exemplo 1
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Continuação do exemplo 1
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2.1.7. Método de consolidação proporcional
O método de consolidação proporcional baseia-se no conceito de proprietário, segundo o qual
nas contas consolidadas apenas devem figurar os elementos do património do proprietário (do
grupo). Na base deste conceito, o método consiste na integração no balanço e na demonstração
de resultados da empresa consolidante da parte que proporcionalmente lhe corresponde nos
elementos respectivos dos balanços e das demonstrações de resultados das empresas
consolidadas.
Exemplo 2
Nota: a sociedade F foi constituída com o capital de 1500, subscrito em partes iguais pelos
grupos M, X e Y
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Balanco de M Balanco de F
Inv. Financeiro 500 Capital 1000 Activos diversos 3000 Capital 1500
Outros Activos 1500 Reservas 300 Reservas 900
Res. Liq. 200 Res. Liq. 300
Debitos 500 Debitos 300
2000 2000 3000 3000
Continuação do exemplo 2
Continuação do exemplo 2
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2.1.8. Método de equivalência patrimonial
Este método aplica-se nas partes de capital em empresas associadas: consiste em substituir o
valor da participação financeira pela quota-parte do grupo no justo valor dos CP da detida.
Utilizado para situações em que exista uma influência notável sobre a gestão da sociedade a
consolidar (por exemplo, uma participação que permita eleger 1 ou 2 administradores da
sociedade);
Deve ser aplicada nas sociedades sobre as quais a sociedade-mãe exerce unicamente uma
influência notável, sociedades onde seria aplicável os outros dois métodos, mas que por
apresentarem estruturas de contas diferentes a sua consolidação por aqueles métodos mostra-se
imprópria. Este método corresponde à substituição no balanço da empresa-mãe do valor
contabilístico da participação pelo valor proporcional que lhe corresponde do Capital Próprio
da empresa participante. Não se trata propriamente dum verdadeiro procedimento de
consolidação, mas sim de um processo de substituição do valor (histórico) da participação
financeira pelo valor contabilístico da empresa detida. A aplicação do método consiste no
seguinte:
a) Balanço:
Determinação da diferença entre o valor contabilístico da participação financeira, isto
é, o custo de aquisição e o valor que proporcionalmente lhe corresponde nos Capitais
Próprios da empresa participada, no momento se aplica este método pela primeira vez
ou na data de aquisição.
Contabilização da diferença, afectando o montante das participações financeiras em
contrapartida da conta “Diferenças de Consolidação”, se positiva ou em contrapartida
do Capital Próprio, se for negativa.
Contabilização na proporção dos capitais detidos de todos os movimentos ocorridos na
empresa detida que afectam o seu valor.
b) Demonstração de resultados
Resume-se à inclusão naquela peça contabilística da quota-parte do resultado da
consolidada que cabe à sociedade consolidante.
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Capítulo III: Conclusão
Após o processo de revisão bibliográfica que permitiu a realização do presente trabalho,
chegou-se a conclusão de que a consolidação de contas pode ser assumida como a agregação
de contas individuais, após homogeneização, de entidades pertencentes a um grupo de
sociedade. Esta agregação permite transmitir informações fiáveis e relevantes sobre a situação
patrimonial, financeira e outras, desse grupo como se de uma única entidade se tratasse. A
elaboração de contas consolidadas exige primeiramente, que seja conhecida a composição do
grupo de sociedade e quais desses elementos serão alvo de consolidação. No capítulo anterior
foram sugeridos pontos orientadores para a elaboração de DFC, que começava com a formação
de um perímetro de consolidação.
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Referências bibliográficas
GOMES, JOÃO & PIRES, JORGE (2011) Sistema de Normalização Contabilística - Teoria
e Prática. 4º. Porto: Vida Económica.
LOPES, CARLOS ROSA (2011) Consolidação de Contas - teoria e casos práticos. 2ª Edição.
Lisboa: Edições Sílabo, LDA.
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