Curso 302390 Aula 05 67a6 Completo
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Autor:
Tulio Lages
30 de Maio de 2024
Índice
1) Simulado - Atos Administrativos - CE
..............................................................................................................................................................................................3
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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1
INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Atos Administrativos
Pronto para testar seu conhecimento?!
QUESTÕES INÉDITAS
1) Ato administrativo é uma espécie do gênero ato jurídico que remete ao exercício da função executiva
da Administração Pública.
2) Apesar de produzir efeitos jurídicos com fim público, os atos administrativos nem sempre dependem
do provimento de agente da Administração Pública ou de alguém dotado das prerrogativas desta.
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5) João, atrasado para seu casamento, foi multado pelo guarda de trânsito em R$ 293,47 reais por furar o
semáforo da principal avenida da cidade, além de receber 7 pontos somados a carteira nacional de
habilitação. O guarda praticou nesse caso, um fato administrativo.
7) A elevação da água de um rio decorrente de forte chuva na última semana, danificou a estrutura que
sustenta uma ponte que passa pela cidade. O fiscal de obra, constatando o perigo iminente de
desabamento, informou a prefeitura que determinou a demolição com base em estudos que
comprovavam inviabilidade de recuperação da ponte. A ação de determinar e executar a demolição da
ponte são exemplos de atos administrativos.
8) Os atos administrativos também podem ser exercidos por particulares investidos em função pública, ou
seja, aqueles que tenham recebido do Estado o dever de executa-los a partir de delegação.
9) Devido à necessidade de aquisição de álcool gel para o combate ao novo corona vírus, a prefeitura de
São Paulo firmou contrato com laboratório para produzi-los em grande escala e distribuí-los à população
dos bairros mais afetados da cidade. Nesse caso, a prefeitura, visando o interesse público, praticou um ato
administrativo.
10) Tanto os atos administrativos vinculados quanto os discricionários devem obedecer a legislação a eles
aplicáveis, sendo passíveis de controle pelo Poder Judiciário, controle esse que possui extensão e
profundidade distinta.
11) Tanto os atos administrativos vinculados quanto os discricionários devem obedecer a legislação a eles
aplicáveis, sendo passíveis de controle pelo Poder Judiciário, controle esse que possui extensão e
profundidade idêntica.
12) Para praticar os atos administrativos vinculados e discricionários, o administrador não pode deixar de
observar a forma prevista em lei alegando ser necessário para assegurar eficiência do ato.
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14) Tanto os atos administrativos vinculados quanto os atos administrativos discricionários, estão sujeitos
ao controle judicial.
15) É correto dizer que os atos administrativos discricionários apresentam discricionariedade em todos os
seus requisitos, não podem ser anulados e não estão sujeitos ao controle do Poder Judiciário, pois dizem
respeito ao mérito administrativo.
16) Os atos gerais são aqueles que não possuem destinatários determinados, ou seja, citam hipóteses
genéricas de aplicação que alcançará todos os sujeitos que nelas se enquadrarem.
17) Os atos especiais se dirigem a sujeitos específicos, produzindo efeitos jurídicos no caso concreto.
18) Tanto os atos administrativos internos quanto os externos geram efeitos somente após sua publicação
oficial.
19) Os atos internos são atos que se destinam a produzir efeitos dentro da Administração Pública e, em
regra, não geram direitos adquiridos, podendo ser revogados a qualquer tempo.
20) Os atos externos possuem efeitos jurídicos externos à repartição e devem ser publicados oficialmente,
dado o interesse público no seu conhecimento.
22) O ato normativo não pode ser impugnado, na via judicial, diretamente pela pessoa lesada.
24) Atos de império são aqueles praticados com todas as prerrogativas e privilégios de autoridade, sendo
impostos de maneira unilateral e coercitivo ao particular, dependendo primeiramente de autorização
judicial.
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25) Os atos de expediente são atos realizados pelo servidor público destinado a dar prosseguimento aos
processos internos e externos da Administração Pública.
26) O ato normativo não pode ser impugnado, administrativamente, por meio de recursos administrativos.
27) Os atos de gestão são aqueles praticados em situação de igualdade com os particulares, ou seja, são
tipos de atos que se igualam ao Direito Privado.
28) Os atos de expediente caracterizam-se pelo conteúdo decisório e por possibilitar o trâmite rotineiro
de atividades realizadas nas entidades e órgão públicos.
29) O ato simples é que aquele que resulta da manifestação de vontade de um único órgão, seja ele
unipessoal ou colegiado.
30) O ato complexo necessita da conjugação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades.
31) São exemplos de atos de império, gestão e expediente respectivamente: aplicação de multa de
trânsito, entrega de certidão e aluguel de equipamentos de processamento de dados.
32) O ato composto é aquele formado por dois atos: o ato principal e o acessório (instrumental).
33) O ato nulo ou anulável é o ato que sofre de vício insanável em algum dos seus requisitos de validade,
não sendo possível, portanto, a sua correção.
34) O ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade da Administração,
mas não chega a se aperfeiçoar como ato administrativo, como por exemplo, multa aplicada por falso
agente da Vigilância Sanitária.
35) Competência difere de Finalidade pois a primeira é o conjunto de atribuições das pessoas jurídicas,
órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo, enquanto a segunda é o resultado que a Administração
quer alcançar com a prática do ato.
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36) Forma, Motivo e Objeto representam, respectivamente: 1) efeito jurídico imediato que o ato produz;
2) pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo; 3) modo pelo qual a
declaração se exterioriza.
37) É possível que um ato administrativo seja, ao mesmo tempo, perfeito e inválido.
39) Os atos administrativos que contiverem vícios no elemento forma nem sempre devem ser anulados.
40) A autoexecutoriedade é um atributo que nem sempre está presente nos atos administrativos.
42) Ivone, ocupante de cargo público efetivo no Ministério da Saúde, resolveu anular determinado ato
administrativo, uma vez que constatou a existência de vício em um dos seus requisitos. Posteriormente,
foi verificado que a hipótese era de convalidação, não de anulação. Nesse contexto, o ato administrativo
continha vício de competência.
43) Marcos, servidor público dos quadros do Ministério Público Federal, recebeu, de boa-fé, valor a maior
da Administração Pública, em decorrência de interpretação errônea da lei pelo Parquet. Nesse contexto,
e com base no entendimento predominante, o pagamento de tais verbas representa ato administrativo
perfeito, inválido e ineficaz.
45) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, dentre
outros.
46) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo deixa de pertencer à
autoridade delegante em favor da autoridade delegada.
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49) Nos atos administrativos discricionários, é permitido ao agente público analisar a conveniência e
oportunidade do objeto e agir (dentro dos limites estabelecidos pela lei) a fim de melhor adequar sua
conduta ao fim público pauta da ação.
50) Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da discricionariedade sob os
aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário exercer o controle de mérito de atos administrativos,
pois este é privativo da administração pública.
51) Os atos administrativos vinculados são passíveis de controle pelo Poder Judiciário, enquanto os atos
administrativos discricionários submetem-se apenas ao poder hierárquico da administração pública.
52) Mérito administrativo é a margem de liberdade conferida por lei aos agentes públicos para
escolherem, diante da situação concreta, a melhor maneira de atender ao interesse público.
53) O Poder Judiciário exerce controle de mérito nos atos administrativos praticados por ele próprio.
54) O agente responsável pela prática do ato administrativo pode dispensar a motivação do ato, a seu
critério, quando for indicado para privilegiar o princípio da eficiência.
55) Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza
os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
56) A motivação dos atos administrativos, em especial quando se tratar de ato discricionário, pode ser
feita genericamente.
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59) É dispensada a motivação dos atos administrativos discricionários, uma vez que esses atos são
praticados a partir do juízo de conveniência ou oportunidade da Administração Pública.
60) Caso o gestor decidir motivar seu ato quando a lei não obrigou, estará se vinculando à motivação
apresentada.
61) A incompatibilidade entre o ato praticado e o motivo que o ensejou é motivo para invalidação do ato.
63) A teoria dos motivos determinantes define que a validade de um ato administrativo motivado depende
da existência ou veracidade dos motivos de fato declarados.
64) O silêncio da Administração não revela a prática de ato administrativo, ocorrendo, com efeito, um
fato jurídico administrativo.
65) Enquanto a autoexecutoriedade é a possibilidade de o ato ser posto em execução pela própria
Administração Pública, a imperatividade é a capacidade do ato de se impor a terceiros,
independentemente de sua concordância.
66) Os atos administrativos, uma vez expedidos, independentemente de expressa previsão legal,
apresentarão sempre os atributos de presunção de legitimidade, veracidade e autoexecutoriedade.
67) Doação, permuta, compra e venda e locação são exemplos típicos de atos de direito privado.
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68) O silêncio administrativo (omissão da Administração quando lhe incube o dever de se pronunciar) só
produz efeitos jurídicos quando a lei assim dispuser.
70) A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos, pois pode ser aplicada
apenas quando estiver expressamente prevista em lei.
73) As qualidades dos atos administrativos que o diferem de atos que são submetidos ao regime jurídico
do direito privado são chamados "atributos do ato administrativo"
74) Legitimidade e veracidade são termos que andam juntos, mas apresentam significados diferentes. No
primeiro, pressupõe que a alegação feita pela Administração é verdadeira, enquanto no segundo
pressupõe que, até que se prove o contrário, os atos administrativos foram editados em conformidade
com a lei.
75) Enquanto não for decretada a sua invalidade, o ato administrativo produzirá os seus efeitos, devendo,
portanto, ser cumpridos.
76) A nulidade de um ato administrativo só poderá ser decretada pelo Poder Judiciário a pedido da pessoa
interessada.
77) A imperatividade está presente em todos os atos administrativos, pois este sempre impõe obrigações
aos administrados.
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80) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente
definidas em lei como aptas a produzir determinados resultados.
81) Os atos individuais são os que preordenam a regular situações específicas, relativas a destinatários
certos, produzindo efeitos jurídicos no caso concreto, como acontece nos decretos expropriatórios.
83) Os atos enunciativos representam uma manifestação de vontade da Administração e, por isso, são
considerados atos administrativos em sentido material.
84) Os atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, visto que há somente
uma vontade autônoma, de conteúdo próprio e as demais instrumentais, como acontece no visto.
85) Na caducidade há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária
àquela que respaldava a prática do ato.
87) A administração pode revogar seus próprios atos, por razões de conveniência e oportunidade, e deve
anulá-los, quando eivados de ilegalidade.
88) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para
os destinatários decai em dez anos, salvo comprovada má fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos,
o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
89) A Administração Pública prescinde da prestação jurisdicional para declarar a nulidade dos seus
próprios atos.
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90) Quando o ato administrativo for praticado em dissonância com o fim ao qual se destina fica
configurada a existência de vício na finalidade do ato.
91) Paulo, servidor público ocupante de cargo efetivo no âmbito da Administração Pública federal, emitiu
atestado a Sérgio, particular, comprovando determinada situação fática. No dia posterior, arrependido do
ato praticado, Paulo decide revogar o atestado, por motivos de conveniência e oportunidade. É correto
afirmar que o atestado emitido por Paulo pode ser revogado com efeitos ex tunc.
Convalidação e conversão
92) O ato administrativo praticado por agente público incompetente pode ser convalidado por aquele que
possui a competência legal, desde que esta não seja exclusiva.
93) A revogação é o instituto pelo qual a Administração extingue o ato administrativo discricionário que
se tornou inoportuno ou inconveniente.
94) Todos os atos administrativos discricionários que se tornarem inoportunos ou inconvenientes podem
ser revogados.
95) Quando o ato administrativo possuir vício benéfico em relação a terceiro de boa-fé, o prazo
decadencial para anular o ato é de 10 anos.
96) Como regra geral, os atos administrativos eivados de algum vício devem ser anulados.
98) A anulação de um ato administrativo decorre em virtude de vícios que tornam o ato ilegal.
99) Dentre as formas de desfazimento dos atos administrativos são a anulação, a revogação e a cassação.
100) Constatada a ilegalidade de um ato administrativo, o agente público deve sempre promover a sua
anulação.
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103) A respeito da certidão e da licença, é correto afirmar que se tratam, respectivamente, de atos
administrativos normativos e ordinatórios.
104) Atos enunciativos: é o ato pelo qual a Administração declara um fato ou profere uma opinião, sem
que tal manifestação, por si só, produza consequências jurídicas.
105) Atos ordinários são atos pelos quais a Administração aplica sanções aos seus agentes e aos
administrados em decorrência de ilícitos administrativos. Decorre do poder hierárquico.
106) Atos negociais são aqueles em que a manifestação de vontade da Administração coincide com
determinado interesse particular e, portanto, não há a presença dos atributos de imperatividade ou
autoexecutoriedade.
107) Atos normativos são atos gerais e concretos, ou seja, são atos administrativos que têm destinatários
indeterminados e são aplicados em uma situação hipotética. São exemplos: decretos regulamentares,
instruções normativas e portarias de cunho geral.
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GABARITO
1. C 2. E 3. C 4. C 5. E
6. C 7. E 8. C 9. E 10. C
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106. C 107. E
QUESTÕES COMENTADAS
1) Ato administrativo é uma espécie do gênero ato jurídico que remete ao exercício da função executiva
da Administração Pública.
==2c8342==
Comentários:
A questão está correta. O exercício da função executiva da Administração Pública se expressa justamente
por meio do ato administrativo, sendo este uma espécie do gênero ato jurídico.
2) Apesar de produzir efeitos jurídicos com fim público, os atos administrativos nem sempre dependem
do provimento de agente da Administração Pública ou de alguém dotado das prerrogativas desta.
Comentários:
A questão está errada. Há três pontos fundamentais que caracterizam o ato administrativo: a) a vontade
deverá necessariamente emanar de agente da Administração Pública ou de alguém dotado das prerrogativas
desta; b) deverá ser regida basicamente pelo direito público; e c) os efeitos jurídicos produzidos visam o
interesse público.
Comentários:
A questão está correta. Os atos administrativos são unilaterais, já que representam apenas a manifestação
da vontade da Administração Pública. Contudo, é possível que particulares investidos da função pública
pratiquem também atos administrativos.
Comentários:
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A questão está correta. A administração pública deve respeitar ao princípio da legalidade e isso,
consequentemente, se manifesta por meio de seus atos. Nesse contexto, é importante destacar que o
controle de legalidade não está restrito à apreciação pelo Poder Judiciário. Na verdade, a própria
administração pode realizar o controle de legalidade por meio da autotutela que lhe permite anular, quando
ilegais, ou revogar seus atos, quando não mais convenientes.
5) João, atrasado para seu casamento, foi multado pelo guarda de trânsito em R$ 293,47 reais por furar o
semáforo da principal avenida da cidade, além de receber 7 pontos somados a carteira nacional de
habilitação. O guarda praticou nesse caso, um fato administrativo.
Comentários:
A questão está errada. O guarda praticou, nesse caso, um ato administrativo. O ato administrativo é uma
declaração (exteriorização de uma vontade), praticado pela Administração Pública de forma unilateral, ou
seja, não depende da vontade de ambas as partes, produz efeitos jurídicos imediatos, praticado sobre o
regime de direito público e sujeito à lei e ao controle judicial.
Comentários:
A questão está correta. Os atos administrativos, apesar de serem praticados predominantemente pelo Poder
Executivo, também podem ser exercidos pelo Poder Legislativo (ex.: nomeação de um agente público) e pelo
Poder Judiciário (ex.: aplicação de sanção a um servidor público).
7) A elevação da água de um rio decorrente de forte chuva na última semana, danificou a estrutura que
sustenta uma ponte que passa pela cidade. O fiscal de obra, constatando o perigo iminente de
desabamento, informou a prefeitura que determinou a demolição com base em estudos que
comprovavam inviabilidade de recuperação da ponte. A ação de determinar e executar a demolição da
ponte são exemplos de atos administrativos.
Comentários:
A questão está errada. A decretação da demolição da ponte pela administração pública é um ato
administrativo. Entretanto, a execução da demolição refere-se a um ATO MATERIAL (ou fato administrativo),
decorrente dessa decisão da administração, o que torna a assertiva incorreta. Ou seja, a demolição é um ato
da administração (fato administrativo).
8) Os atos administrativos também podem ser exercidos por particulares investidos em função pública, ou
seja, aqueles que tenham recebido do Estado o dever de executa-los a partir de delegação.
Comentários:
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A questão está correta. Os particulares dotados de prerrogativas públicas também podem praticar atos
administrativos. Isto ocorre por meio de concessão, permissão e autorização do serviço público à particular.
9) Devido à necessidade de aquisição de álcool gel para o combate ao novo corona vírus, a prefeitura de
São Paulo firmou contrato com laboratório para produzi-los em grande escala e distribuí-los à população
dos bairros mais afetados da cidade. Nesse caso, a prefeitura, visando o interesse público, praticou um ato
administrativo.
Comentários:
A questão está errada. Os atos administrativos são atos praticados pela Administração Pública de forma
unilateral, ou seja, não dependem da vontade de ambas as partes. No caso de firmação, tanto de contrato
quanto de convênios, incorre de forma bilateral, ou seja, demandam interesse das duas partes, tratando-se
de um ATO DA ADMINISTRAÇÃO, o que torna a assertiva incorreta.
10) Tanto os atos administrativos vinculados quanto os discricionários devem obedecer a legislação a eles
aplicáveis, sendo passíveis de controle pelo Poder Judiciário, controle esse que possui extensão e
profundidade distinta.
Comentários:
A questão está correta. Os atos administrativos devem seguir os ditames legais, sejam eles vinculados ou
discricionários. Portanto, ambos estão sujeitos ao controle judicial. Vale ressaltar que o ato discricionário
caracteriza-se pela existência da margem de liberdade de decisão, visto que o legislador confere ao
administrador a possibilidade de escolha , dentro das margens legais.
11) Tanto os atos administrativos vinculados quanto os discricionários devem obedecer a legislação a eles
aplicáveis, sendo passíveis de controle pelo Poder Judiciário, controle esse que possui extensão e
profundidade idêntica.
Comentários:
A questão está errada. O controle judicial dos atos administrativos discricionários possui extensão e
profundidade diferentes daquela existente nos atos vinculados, uma vez que o Poder Judiciário não pode
adentrar no mérito dos atos administrativos discricionários.
12) Para praticar os atos administrativos vinculados e discricionários, o administrador não pode deixar de
observar a forma prevista em lei alegando ser necessário para assegurar eficiência do ato.
Comentários:
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A questão está correta. Os atos administrativos vinculados e os discricionários devem observar a forma
prevista em lei, ainda que o administrador entenda que a prática de um modo diverso seja mais eficiente.
Comentários:
A questão está errada. O requisito dos atos administrativos, tanto vinculados quanto discricionários, é o
motivo e não a motivação.
14) Tanto os atos administrativos vinculados quanto os atos administrativos discricionários, estão sujeitos
ao controle judicial.
Comentários:
A questão está correta. Os atos administrativos discricionários também estão sujeitos ao controle judicial,
porém é vedada a análise do mérito pelo Poder Judiciário.
15) É correto dizer que os atos administrativos discricionários apresentam discricionariedade em todos os
seus requisitos, não podem ser anulados e não estão sujeitos ao controle do Poder Judiciário, pois dizem
respeito ao mérito administrativo.
Comentários:
A questão está errada. A discricionariedade dos atos administrativos está presente apenas nos elementos
objeto e motivo. Quando eivados de vício devem ser anulados. Estão sujeitos ao controle judicial (neste caso,
o Poder Judiciário apenas não pode adentrar no mérito do ato)
16) Os atos gerais são aqueles que não possuem destinatários determinados, ou seja, citam hipóteses
genéricas de aplicação que alcançará todos os sujeitos que nelas se enquadrarem.
Comentários:
A questão está correta. Os atos gerais, também conhecidos como atos regulamentares ou normativos, não
se destinam a um grupo ou sujeito específicos (são indeterminados) e possuem, como exemplos:
regulamentos, resoluções, portarias e instruções.
17) Os atos especiais se dirigem a sujeitos específicos, produzindo efeitos jurídicos no caso concreto.
Comentários:
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A questão está correta. Os atos especiais ou individuais são aqueles que se dirigem a destinatários certos
(determináveis), e por isso, produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Podemos citar, como exemplo, os
atos de nomeação, exoneração, tombamento, licença e autorização.
18) Tanto os atos administrativos internos quanto os externos geram efeitos somente após sua publicação
oficial.
Comentários:
A questão está errada. Os atos administrativos internos não dependem de publicação oficial para gerar
efeitos. Basta a cientificação direta aos destinatários ou a divulgação regulamentar da repartição. Entretanto,
caso o ato interno atinja de alguma forma destinatários externos, sua divulgação externa é obrigatória.
19) Os atos internos são atos que se destinam a produzir efeitos dentro da Administração Pública e, em
regra, não geram direitos adquiridos, podendo ser revogados a qualquer tempo.
Comentários:
A questão está correta. Os atos internos são os atos que produzem efeitos no interior da Administração
Pública, alcançando assim seus órgãos e agentes. Em regra, esses atos não geram direitos adquiridos e
podem, por conseguinte, ser revogados a qualquer tempo. É exemplo de ato administrativo interno:
expedição de ordem de serviço interna.
20) Os atos externos possuem efeitos jurídicos externos à repartição e devem ser publicados oficialmente,
dado o interesse público no seu conhecimento.
Comentários:
A questão está correta. Os atos administrativos externos são aqueles que alcançam os administrados, os
contratantes ou, em alguns casos, os próprios servidores, provendo sobre os seus direitos, obrigações,
negócios ou conduta perante a Administração. Por serem atos que possuem efeitos jurídicos externos à
repartição e tendo interesse público envolvido, devem ser publicados oficialmente, ou seja, não podem
permanecer unicamente no interior da Administração, pois repercutem no interesse da coletividade. Como
exemplos de atos administrativos externos, podemos citar os atos normativos (resoluções, decretos
regulamentares) ou a nomeação de candidatos aprovados em concurso público.
Comentários:
A questão está errada. Não se pode afirmar que os atos individuais serão sempre revogáveis, uma vez que
estes sofrem uma série de limitações que podem interferir na possibilidade de revogá-los (ex.: atos
individuais que geram direitos subjetivos a favor do administrado não podem ser revogados). No caso dos
atos normativos, estes serão sempre revogáveis.
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22) O ato normativo não pode ser impugnado, na via judicial, diretamente pela pessoa lesada.
Comentários:
A questão está correta. Somente as pessoas legitimadas no art. 103 da CF/1988 podem propor a
inconstitucionalidade de ato normativo, a saber:
I - o Presidente da República;
VI - o Procurador-Geral da República;
Comentários:
A questão está correta. Existindo conflitos entre um ato individual e outro geral produzidos por decreto,
deverá prevalecer o ato geral, pois os atos normativos prevalecem sobre os específicos.
24) Atos de império são aqueles praticados com todas as prerrogativas e privilégios de autoridade, sendo
impostos de maneira unilateral e coercitivo ao particular, dependendo primeiramente de autorização
judicial.
Comentários:
A questão está errada. Os atos de império independem de autorização judicial. De fato, os atos de império
são aqueles praticados com as prerrogativas de autoridade, sendo impostos de maneira unilateral e
coercitivo ao particular.
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25) Os atos de expediente são atos realizados pelo servidor público destinado a dar prosseguimento aos
processos internos e externos da Administração Pública.
Comentários:
A questão está errada. Não se pode relacionar os atos de expediente aos processos externos da
Administração Pública. De fato, os atos de expediente são atos internos da Administração Pública que se
destinam a dar andamento aos processos e papéis que se realizam no interior das repartições públicas.
26) O ato normativo não pode ser impugnado, administrativamente, por meio de recursos administrativos.
Comentários:
A questão está correta. O ato normativo não pode ser impugnado, administrativamente, por meio de
recursos administrativos. Já para os atos individuais, admite-se recursos administrativos.
27) Os atos de gestão são aqueles praticados em situação de igualdade com os particulares, ou seja, são
tipos de atos que se igualam ao Direito Privado.
Comentários:
A questão está correta. Os atos de gestão são aqueles praticados em situações de igualdade com os
particulares, ou seja, são tipos de atos que se igualam ao Direito Privado, devendo ser enquadrados no grupo
de atos da administração e não propriamente nos atos administrativos.
28) Os atos de expediente caracterizam-se pelo conteúdo decisório e por possibilitar o trâmite rotineiro
de atividades realizadas nas entidades e órgão públicos.
Comentários:
A questão está errada. Os atos de expediente caracterizam-se pela ausência de conteúdo decisório.
29) O ato simples é que aquele que resulta da manifestação de vontade de um único órgão, seja ele
unipessoal ou colegiado.
Comentários:
A questão está correta. O ato simples é a manifestação da vontade de um único órgão, não importando o
número de agentes que participa do ato, mas sim que se trate de uma vontade unitária. Por exemplo, será
ato administrativo simples tanto a decisão do diretor de uma autarquia quanto a decisão de um conselho de
contribuintes.
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30) O ato complexo necessita da conjugação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades.
Comentários:
A questão está correta. O ato complexo, mesmo necessitando da conjugação de vontade de dois ou mais
diferentes órgãos ou autoridades, refere-se a um único ato.
31) São exemplos de atos de império, gestão e expediente respectivamente: aplicação de multa de
trânsito, entrega de certidão e aluguel de equipamentos de processamento de dados.
Comentários:
A questão está errada. A entrega de certidão é um ato de expediente e o aluguel de equipamentos de
processamento de dados é um ato de gestão. De fato, a multa de trânsito é um ato de império (decorre do
poder de polícia).
32) O ato composto é aquele formado por dois atos: o ato principal e o acessório (instrumental).
Comentários:
A questão está correta. O ato composto é aquele produzido pela manifestação de vontade de apenas um
órgão da Administração, mas que depende de outro ato que o aprove para produzir seus efeitos jurídicos
(condição de exequibilidade). Assim, no ato composto teremos dois atos: o principal e o acessório ou
instrumental.
33) O ato nulo ou anulável é o ato que sofre de vício insanável em algum dos seus requisitos de validade,
não sendo possível, portanto, a sua correção.
Comentários:
A questão está errada. Existe uma diferença entre ato nulo e ato anulável. O ato nulo foi o descrito na
alternativa, sendo conceituado como aquele que sofre de vício insanável em algum dos seus requisitos de
validade, não sendo possível sua correção, devendo ser anulado. Já o ato anulável é aquele que apresenta
algum vício sanável, ou seja, que é passível de convalidação pela própria Administração, desde que não seja
lesivo ao patrimônio público nem cause prejuízos a terceiros.
34) O ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade da Administração,
mas não chega a se aperfeiçoar como ato administrativo, como por exemplo, multa aplicada por falso
agente da Vigilância Sanitária.
Comentários:
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A questão está correta. O ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade
da Administração.
35) Competência difere de Finalidade pois a primeira é o conjunto de atribuições das pessoas jurídicas,
órgãos e agentes, fixadas pelo direito positivo, enquanto a segunda é o resultado que a Administração
quer alcançar com a prática do ato.
Comentários:
A questão está correta. Questão autoexplicativa.
36) Forma, Motivo e Objeto representam, respectivamente: 1) efeito jurídico imediato que o ato produz;
2) pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo; 3) modo pelo qual a
declaração se exterioriza.
Comentários:
37) É possível que um ato administrativo seja, ao mesmo tempo, perfeito e inválido.
Comentários:
A questão está correta. O ato administrativo perfeito é aquele que já concluiu suas etapas de formação. É
válido quando produzido de acordo com o ordenamento jurídico e eficaz quando possui aptidão para
produzir efeitos. Por exemplo, poderá um ato administrativo ser perfeito, mas inválido, no caso de uma
portaria de nomeação de servidores públicos, devidamente motivada, assinada e publicada em meio oficial
(ato perfeito), porém assinada por uma autoridade sem competência legal para a nomeação (ato inválido).
Portanto, um ato administrativo pode ser perfeito, mas ser inválido.
Comentários:
A questão está errada. O ato pode ser válido (produzido conforme o ordenamento jurídico) e ineficaz
(dependa de algum evento futuro necessário para produzir seus efeitos).
39) Os atos administrativos que contiverem vícios no elemento forma nem sempre devem ser anulados.
Comentários:
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A questão está correta. Os atos administrativos que contiverem vício no elemento forma, se esta não for
essencial, podem ser convalidados, sem necessidade de anulação.
40) A autoexecutoriedade é um atributo que nem sempre está presente nos atos administrativos.
Comentários:
A questão está correta. Nem todos os atos administrativos possuem a autoexecutoriedade como atributo.
O atributo da autoexecutoriedade estará presente quando houver previsão expressa em lei ou quando se
tratar de medida urgente para evitar grande prejuízo ao interesse público.
Comentários:
A questão está errada. A presunção de que os atos administrativos são legítimos é inerente aos atos
administrativos em geral, não apenas em relação aos atos punitivos.
42) Ivone, ocupante de cargo público efetivo no Ministério da Saúde, resolveu anular determinado ato
administrativo, uma vez que constatou a existência de vício em um dos seus requisitos. Posteriormente,
foi verificado que a hipótese era de convalidação, não de anulação. Nesse contexto, o ato administrativo
continha vício de competência.
Comentários:
A questão está correta. O vício de competência, quando não se tratar de competência exclusiva, pode ser
convalidado.
43) Marcos, servidor público dos quadros do Ministério Público Federal, recebeu, de boa-fé, valor a maior
da Administração Pública, em decorrência de interpretação errônea da lei pelo Parquet. Nesse contexto,
e com base no entendimento predominante, o pagamento de tais verbas representa ato administrativo
perfeito, inválido e ineficaz.
Comentários:
A questão está errada. No caso apresentado no enunciado, o ato administrativo (pagamento de verba
indevida) está pronto, concluído (ato perfeito), está em desacordo com a lei (ato inválido) e produz efeitos
(ato eficaz). Então, em síntese, o ato é perfeito, inválido e eficaz.
Comentários:
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A questão está correta. A competência é inderrogável, seja pela vontade da Administração, seja por acordo
com terceiros, visto que é conferida em benefício do interesse público.
45) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, dentre
outros.
Comentários:
A questão está correta. Dentre os principais critérios utilizados para distribuição de competências, temos:
matéria, hierarquia, lugar, tempo e fracionamento.
46) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo deixa de pertencer à
autoridade delegante em favor da autoridade delegada.
Comentários:
A questão está errada. A competência não deixa de ser do delegante. O que se transfere é o seu exercício,
não sua titularidade.
Comentários:
A questão está correta. O vício de incompetência em razão da matéria é um vício insanável, ou seja, não é
passível de convalidação. Da mesma forma, o vício também é insanável no caso de competência exclusiva.
Nos demais casos, o vício de incompetência é sanável e, por isso, admite convalidação.
Comentários:
A questão está errada. A avocação e a delegação de competência administrativa somente podem ser
realizadas pela autoridade superior competente.
49) Nos atos administrativos discricionários, é permitido ao agente público analisar a conveniência e
oportunidade do objeto e agir (dentro dos limites estabelecidos pela lei) a fim de melhor adequar sua
conduta ao fim público pauta da ação.
Comentários:
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A questão está correta. Os atos discricionários são aqueles em que o legislador deixa uma margem de
conveniência e oportunidade para o administrador, que deve analisar a situação e agir de forma que melhor
atinja o interesse público, sempre dentro dos limites estipulados em lei.
50) Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da discricionariedade sob os
aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário exercer o controle de mérito de atos administrativos,
pois este é privativo da administração pública.
Comentários:
A questão está correta. O controle de mérito é exercido pela administração e abarca os juízos de
conveniência e oportunidade desses atos. É vedado ao Poder Judiciário invadir o mérito administrativo alheio
aos seus, pois ele não pode substituir a figura do administrador. Assim sendo, quando o ato for praticado
pelo próprio Judiciário no exercício de função atípica, é possível o controle do mérito, mas apenas desses
atos administrativos.
51) Os atos administrativos vinculados são passíveis de controle pelo Poder Judiciário, enquanto os atos
administrativos discricionários submetem-se apenas ao poder hierárquico da administração pública.
Comentários:
A questão está errada. Tanto os atos administrativos vinculados quanto os discricionários são passiveis de
controle pelo Poder Judiciário.
52) Mérito administrativo é a margem de liberdade conferida por lei aos agentes públicos para
escolherem, diante da situação concreta, a melhor maneira de atender ao interesse público.
Comentários:
A questão está correta. O mérito administrativo corresponde à liberdade limitada de a autoridade
administrativa escolher determinado comportamento e praticar o ato administrativo correspondente,
referindo-se ao juízo de valor sobre a conveniência e a oportunidade da prática do ato administrativo.
53) O Poder Judiciário exerce controle de mérito nos atos administrativos praticados por ele próprio.
Comentários:
A questão está correta. Quando o ato for praticado pelo próprio Judiciário no exercício de função, é possível
o controle do mérito, mas apenas desses atos administrativos.
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54) O agente responsável pela prática do ato administrativo pode dispensar a motivação do ato, a seu
critério, quando for indicado para privilegiar o princípio da eficiência.
Comentários:
A questão está errada. A motivação, em regra, é obrigatória, não sendo possível sua dispensa sob a simples
justificativa de se privilegiar o princípio da eficiência ou qualquer outro.
55) Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza
os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
Comentários:
A questão está correta. De acordo com o art. 50, § 2º da Lei 9.784/99, transcrito a seguir:
Art. 50, § 2° Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos
interessados.
56) A motivação dos atos administrativos, em especial quando se tratar de ato discricionário, pode ser
feita genericamente.
Comentários:
A questão está errada. A motivação não pode ser genérica, mas deve demonstrar as razões de fato e de
Direito que justificaram a prática do ato em questão.
Comentários:
A questão está correta. A motivação dos atos administrativos deve ser explícita, clara e congruente,
conforme o art. 50, § 1º, da Lei 9.784/99:
Art. 50, § 1° A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração
de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas,
que, neste caso, serão parte integrante do ato.
Comentários:
A questão está correta. O motivo corresponde ao pressuposto de fato e de direito do ato administrativo,
enquanto a motivação corresponde à exposição ou declaração por escrito do motivo da realização do ato.
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59) É dispensada a motivação dos atos administrativos discricionários, uma vez que esses atos são
praticados a partir do juízo de conveniência ou oportunidade da Administração Pública.
Comentários:
A questão está errada. Os atos administrativos discricionários também devem, em regra, apresentar a
motivação.
60) Caso o gestor decidir motivar seu ato quando a lei não obrigou, estará se vinculando à motivação
apresentada.
Comentários:
A questão está correta. De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a validade de um ato
administrativo vincula-se aos motivos indicados como seus fundamentos. Nos casos em que o gestor decida
motivar seu ato quando a lei não obriga a fazê-lo, passará o ato a ser vinculado à motivação apresentada.
61) A incompatibilidade entre o ato praticado e o motivo que o ensejou é motivo para invalidação do ato.
Comentários:
A questão está correta. O motivo é o que leva a Administração Pública a agir. Quando o motivo do ato for
exposto, deverá este ser real, adequado e sustentador do interesse público, sob pena de invalidação do ato
administrativo. A invalidação pode ser decorrente de motivo falso ou inexistente ou inadequação do
resultado obtido (incompatibilidade entre o ato praticado e o motivo que o ensejou).
63) A teoria dos motivos determinantes define que a validade de um ato administrativo motivado depende
da existência ou veracidade dos motivos de fato declarados.
Comentários:
A questão está correta, pois apresenta corretamente o conceito da teoria dos motivos determinantes, a qual
vincula a validade dos atos à existência dos motivos declarados na realização do ato administrativo.
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64) O silêncio da Administração não revela a prática de ato administrativo, ocorrendo, com efeito, um
fato jurídico administrativo.
Comentários:
A questão está correta. No silêncio da Administração inexiste manifestação formal de vontade, não havendo
assim, qualquer declaração do agente sobre sua conduta, ocorrendo, portanto, um fato jurídico
administrativo (e não prática de ato administrativo).
65) Enquanto a autoexecutoriedade é a possibilidade de o ato ser posto em execução pela própria
Administração Pública, a imperatividade é a capacidade do ato de se impor a terceiros,
independentemente de sua concordância.
Comentários:
A questão está correta. Questão autoexplicativa. Cabe destacar que os atributos imperatividade e
autoexecutoriedade estão presentes somente em alguns atos administrativos, ao contrário dos atributos
presunção de legitimidade e tipicidade, que estão presentes em todos os atos administrativos.
66) Os atos administrativos, uma vez expedidos, independentemente de expressa previsão legal,
apresentarão sempre os atributos de presunção de legitimidade, veracidade e autoexecutoriedade.
Comentários:
A questão está errada. Apenas a presunção de legitimidade e, consequentemente, a presunção de
veracidade, e a tipicidade estão presentes em todos os atos administrativos.
67) Doação, permuta, compra e venda e locação são exemplos típicos de atos de direito privado.
Comentários:
A questão está correta. Questão autoexplicativa.
68) O silêncio administrativo (omissão da Administração quando lhe incube o dever de se pronunciar) só
produz efeitos jurídicos quando a lei assim dispuser.
Comentários:
A questão está correta. O silêncio da administração só produz efeitos jurídicos quando a lei assim dispuser.
Ademais, é importante ressaltar que no silêncio da Administração inexiste manifestação formal de vontade,
não havendo, assim, qualquer declaração do agente sobre sua conduta ocorrendo, portanto, um fato jurídico
administrativo.
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Comentários:
A questão está errada. A imperatividade impõe obrigações a terceiros, independentemente de
concordância, com a devida observância da legislação.
70) A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos, pois pode ser aplicada
apenas quando estiver expressamente prevista em lei.
Comentários:
A questão está errada. A autoexecutoriedade também pode ser aplicada quando se tratar de medidas
urgentes.
Comentários:
A questão está correta. Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, a competência é obrigatória,
irrenunciável, intrasferível, imodificável e imprescritível.
73) As qualidades dos atos administrativos que o diferem de atos que são submetidos ao regime jurídico
do direito privado são chamados "atributos do ato administrativo"
Comentários:
A questão está correta. Os atributos dos atos administrativos são as qualidades que os diferem dos atos
privados, ou seja, são as características peculiares que permitem afirmar que o ato se submete ao regime
jurídico de direito público, e não do direito privado.
74) Legitimidade e veracidade são termos que andam juntos, mas apresentam significados diferentes. No
primeiro, pressupõe que a alegação feita pela Administração é verdadeira, enquanto no segundo
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pressupõe que, até que se prove o contrário, os atos administrativos foram editados em conformidade
com a lei.
Comentários:
A questão está errada, pois inverteu o significado de cada termo. O ato é legítimo quando feito em
conformidade com a lei (até que se prove o contrário, tendo em vista a presunção de legitimidade), e verídico
por expressar fatos verdadeiros.
75) Enquanto não for decretada a sua invalidade, o ato administrativo produzirá os seus efeitos, devendo,
portanto, ser cumpridos.
Comentários:
A questão está correta. O ato produzirá efeitos enquanto a própria Administração ou o Poder Judiciário não
invalidarem o ato. Durante esse tempo de validade, o ato deverá ser cumprido.
76) A nulidade de um ato administrativo só poderá ser decretada pelo Poder Judiciário a pedido da pessoa
interessada.
Comentários:
A questão está correta. Os atos administrativos só podem ser objeto de nulidade pelo Poder Judiciário por
requerimento da pessoa interessada.
77) A imperatividade está presente em todos os atos administrativos, pois este sempre impõe obrigações
aos administrados.
Comentários:
A questão está errada. Apenas a presunção de legitimidade/veracidade e a tipicidade estão presentes em
todos os atos administrativos. A imperatividade só está presente nos atos que imponham obrigações aos
administrados, não ocorrendo, portanto, em atos que concedem direitos (concessão de licença, autorização,
permissão, admissão) ou os atos enunciativos (certidão, atestado, parecer).
Comentários:
A questão está correta. A imperatividade é a qualidade do ato administrativo de impor obrigações a
terceiros, independentemente de concordância, ou seja, o Poder Público pode editar atos que vão além da
esfera jurídica do sujeito emitente, adentrando na esfera jurídica de terceiros e constituindo unilateralmente
obrigação de se cumprir algo. Portanto, está correta a afirmação de que a imperatividade constitui poder
extroverso do Estado.
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Comentários:
A questão está errada. A tipicidade só existe em relação aos atos unilaterais, ou seja, nas situações em que
há imposição da vontade da Administração. Portanto, contratos entre a Administração Pública e o particular,
no qual necessita de aceitação deste, não há tipicidade.
80) A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente
definidas em lei como aptas a produzir determinados resultados.
Comentários:
A questão está correta, tendo em vista que na tipicidade, o ato administrativo deve estar tipificado na lei.
81) Os atos individuais são os que preordenam a regular situações específicas, relativas a destinatários
certos, produzindo efeitos jurídicos no caso concreto, como acontece nos decretos expropriatórios.
Comentários:
A questão está correta. O decreto expropriatório é um ato individual, de efeito concreto, relativo a
destinatário certo.
Comentários:
A questão está correta. A Administração está vinculada ao princípio da legalidade, tendo o poder-dever de
zelar pela sua observância. Logo, a invalidação de um ato administrativo pela própria Administração não
depende da provocação do interessado.
83) Os atos enunciativos representam uma manifestação de vontade da Administração e, por isso, são
considerados atos administrativos em sentido material.
Comentários:
A questão está errada. Os atos enunciativos podem ser tanto aqueles que atestam ou certificam uma
situação preexistente (ex.: certidões e atestados), como também os atos de opinião que preparam outros de
caráter decisório, a exemplo dos pareceres. A doutrina ressalta que os atos enunciativos são atos
administrativos apenas em sentido formal, eis que não representam propriamente uma manifestação de
vontade da Administração, mas apenas trazem uma informação ou opinião.
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84) Os atos compostos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, visto que há somente
uma vontade autônoma, de conteúdo próprio e as demais instrumentais, como acontece no visto.
Comentários:
A questão está correta. No ato composto há apenas uma vontade autônoma, sendo as demais instrumentais.
Nos atos complexos, há várias vontades autônomas se conjugando para a formação de um único ato.
85) Na caducidade há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária
àquela que respaldava a prática do ato.
Comentários:
A questão está correta. Na caducidade há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica
superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. Na cassação, os efeitos do ato são suspensos
em razão do descumprimento de alguma condição por parte do administrado para que o ato pudesse ser
mantido.
Comentários:
A questão está errada. Apenas a anulação e a convalidação produzem efeitos retroativos. A revogação possui
efeitos prospectivos.
87) A administração pode revogar seus próprios atos, por razões de conveniência e oportunidade, e deve
anulá-los, quando eivados de ilegalidade.
Comentários:
A questão está correta. Em caso de atos eivados de ilegalidade, a Administração deve anulá-los. Por outro
lado, por razões de conveniência e oportunidade, a Administração pode revogá-los.
88) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para
os destinatários decai em dez anos, salvo comprovada má fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos,
o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
Comentários:
A questão está errada. O prazo para a Administração anular os atos administrativos decai em cinco anos,
conforme demonstra o art. 54 da Lei 9.784/99:
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Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.
89) A Administração Pública prescinde da prestação jurisdicional para declarar a nulidade dos seus
próprios atos.
Comentários:
A questão está correta. Como regra, a Administração é quem convalida seus próprios atos.
90) Quando o ato administrativo for praticado em dissonância com o fim ao qual se destina fica
configurada a existência de vício na finalidade do ato.
Comentários:
A questão está correta. Se o ato foi praticado em desacordo com o fim ao qual se destina, trata-se de vício
no elemento finalidade.
91) Paulo, servidor público ocupante de cargo efetivo no âmbito da Administração Pública federal, emitiu
atestado a Sérgio, particular, comprovando determinada situação fática. No dia posterior, arrependido do
ato praticado, Paulo decide revogar o atestado, por motivos de conveniência e oportunidade. É correto
afirmar que o atestado emitido por Paulo pode ser revogado com efeitos ex tunc.
Comentários:
A questão está errada. Os atestados, como atos enunciativos, não podem ser revogados. Os atestados são
classificados como atos administrativos enunciativos, também chamados de “meros atos da Administração”.
Como regra, não podem ser revogados, porque não manifestam uma vontade da Administração, ou seja,
não é possível analisar sua conveniência e oportunidade – embora devam ser anulados quando eivados de
vícios, seja pela própria Administração Pública, seja pelo Poder Judiciário.
Convalidação e conversão
92) O ato administrativo praticado por agente público incompetente pode ser convalidado por aquele que
possui a competência legal, desde que esta não seja exclusiva.
Comentários:
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A questão está correta. Se o vício é unicamente de competência e esta não é exclusiva, o ato pode ser
convalidado.
93) A revogação é o instituto pelo qual a Administração extingue o ato administrativo discricionário que
se tornou inoportuno ou inconveniente.
Comentários:
A questão está correta. A revogação é aplicada em atos que se tornaram inoportunos ou inconvenientes,
enquanto a anulação é aplicada para atos ilegais.
94) Todos os atos administrativos discricionários que se tornarem inoportunos ou inconvenientes podem
ser revogados.
Comentários:
A questão está errada. Há certos atos que, mesmo sendo discricionários, não podem ser revogados, como
os atos que geram direitos adquiridos (CF, art. 5º, XXXVI) ou os atos consumados (aqueles cujos efeitos já
foram exauridos).
Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
95) Quando o ato administrativo possuir vício benéfico em relação a terceiro de boa-fé, o prazo
decadencial para anular o ato é de 10 anos.
Comentários:
A questão está errada. Quando terceiro de boa-fé for beneficiado por ato administrativo ilegal, o prazo
decadencial para a Administração Pública anular o ato é de 5 anos, não de 10 anos, conforme previsto no
art. 54, caput, da Lei 9.784/99.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.
96) Como regra geral, os atos administrativos eivados de algum vício devem ser anulados.
Comentários:
A questão está correta, pois está conforme o art. 53, da Lei 9.784/99.
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Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
Comentários:
A questão está correta. Quando o ato é inoportuno ou inconveniente para a administração, o desfazimento
deste ato será por meio da revogação.
98) A anulação de um ato administrativo decorre em virtude de vícios que tornam o ato ilegal.
Comentários:
A questão está correta. Quando o ato é ilegal, o desfazimento deste ato ocorre por meio de anulação.
99) Dentre as formas de desfazimento dos atos administrativos são a anulação, a revogação e a cassação.
Comentários:
A questão está correta, pois lista corretamente as formas mais comuns de desfazimento dos atos
administrativos.
100) Constatada a ilegalidade de um ato administrativo, o agente público deve sempre promover a sua
anulação.
Comentários:
A questão está errada. Constatada a ilegalidade de um ato administrativo, o agente público deve promover
sua anulação, exceto quando, segundo a doutrina, o prejuízo desta ação for maior do que a manutenção do
ato.
Comentários:
A questão está errada. A convalidação é o ato de corrigir ou regularizar um ato administrativo, possui efeitos
retroativos (ex tunc). O erro da assertiva está em afirmar que a convalidação possui efeitos ex-nunc.
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Comentários:
A questão está correta. A revogação é o instituto aplicável aos casos em que o ato administrativo não for
mais oportuno ou conveniente.
103) A respeito da certidão e da licença, é correto afirmar que se tratam, respectivamente, de atos
administrativos normativos e ordinatórios.
Comentários:
A questão está errada. O correto seria enunciativos e negociais, respectivamente. Vejamos as definições
relacionadas:
Os atos enunciativos são aqueles que atestam ou certificam uma situação preexistente, como a certidão e o
atestado.
Os atos negociais são aqueles em que a vontade da Administração Pública coincide com a vontade do
particular, como a expedição de licença, autorização ou permissão.
Os atos punitivos dizem respeito à aplicação de sanções administrativas, como a multa, a demissão ou a
advertência.
Os atos normativos estão relacionados aos comandos gerais e abstratos, como os decretos, os regimentos e
as resoluções.
Os atos ordinatórios são aqueles referentes à manifestação interna da Administração Pública, como as
portarias, os avisos e as instruções. Estes atos não atingem particulares.
104) Atos enunciativos: é o ato pelo qual a Administração declara um fato ou profere uma opinião, sem
que tal manifestação, por si só, produza consequências jurídicas.
Comentários:
A questão está correta. Os atos enunciativos são aqueles que atestam ou certificam uma situação
preexistente, como a certidão e o atestado.
105) Atos ordinários são atos pelos quais a Administração aplica sanções aos seus agentes e aos
administrados em decorrência de ilícitos administrativos. Decorre do poder hierárquico.
Comentários:
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A questão está errada. A aplicação de sanção aos seus agentes e aos administrados em decorrência de ilícitos
administrativos é feito por meio de atos punitivos, e não ordinatórios. De fato, os atos ordinários decorrem
do poder hierárquico.
106) Atos negociais são aqueles em que a manifestação de vontade da Administração coincide com
determinado interesse particular e, portanto, não há a presença dos atributos de imperatividade ou
autoexecutoriedade.
Comentários:
A questão está correta. Os atos negociais são aqueles em que a vontade da Administração Pública coincide
com a vontade do particular, como a expedição de licença, autorização ou permissão.
107) Atos normativos são atos gerais e concretos, ou seja, são atos administrativos que têm destinatários
indeterminados e são aplicados em uma situação hipotética. São exemplos: decretos regulamentares,
instruções normativas e portarias de cunho geral.
Comentários:
A questão está errada. Os atos normativos não são concretos. Os atos normativos são atos gerais e abstratos.
É abstrato por tratar de uma situação hipotética, e é geral por não possuir um destinatário determinado.
...
Forte abraço!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
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