O poema descreve uma mãe africana cantando para seu filho enquanto lamenta sua triste condição de escravidão, sem lar, família ou liberdade como a ave livre.
O poema descreve uma mãe africana cantando para seu filho enquanto lamenta sua triste condição de escravidão, sem lar, família ou liberdade como a ave livre.
O poema descreve uma mãe africana cantando para seu filho enquanto lamenta sua triste condição de escravidão, sem lar, família ou liberdade como a ave livre.
O poema descreve uma mãe africana cantando para seu filho enquanto lamenta sua triste condição de escravidão, sem lar, família ou liberdade como a ave livre.
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“Eu sou como a garça triste “Eu sou como a garça triste
“Que mora à beira do rio, “Que mora à beira do rio,
“As orvalhadas da noite “As orvalhadas da noite “Me fazem tremer de frio. “Me fazem tremer de frio.
“Tragédia no Lar” – “Tragédia no Lar” –
Um dos mais belos poemas de Castro “Me fazem tremer de frio Um dos mais belos poemas de Castro “Me fazem tremer de frio Alves “Como os juncos da lagoa; Alves “Como os juncos da lagoa; “Feliz da araponga errante “Feliz da araponga errante Tragédia no lar “Que é livre, que livre voa. Tragédia no lar “Que é livre, que livre voa.
Na Senzala, úmida, estreita, Na Senzala, úmida, estreita,
Brilha a chama da candeia, “Que é livre, que livre voa Brilha a chama da candeia, “Que é livre, que livre voa No sapé se esgueira o vento. “Para as bandas do seu ninho, No sapé se esgueira o vento. “Para as bandas do seu ninho, E a luz da fogueira ateia. “E nas braúnas à tarde E a luz da fogueira ateia. “E nas braúnas à tarde “Canta longe do caminho. “Canta longe do caminho. Junto ao fogo, uma africana, Junto ao fogo, uma africana, Sentada, o filho embalando, Sentada, o filho embalando, Vai lentamente cantando “Canta longe do caminho. Vai lentamente cantando “Canta longe do caminho. Uma tirana indolente, “Por onde o vaqueiro trilha, Uma tirana indolente, “Por onde o vaqueiro trilha, Repassada de aflição. “Se quer descansar as asas Repassada de aflição. “Se quer descansar as asas “Tem a palmeira, a baunilha. “Tem a palmeira, a baunilha. E o menino ri contente… E o menino ri contente… Mas treme e grita gelado, Mas treme e grita gelado, Se nas palhas do telhado “Tem a palmeira, a baunilha, Se nas palhas do telhado “Tem a palmeira, a baunilha, Ruge o vento do sertão. “Tem o brejo, a lavadeira, Ruge o vento do sertão. “Tem o brejo, a lavadeira, “Tem as campinas, as flores, “Tem as campinas, as flores, Se o canto pára um momento, “Tem a relva, a trepadeira, Se o canto pára um momento, “Tem a relva, a trepadeira, Chora a criança imprudente … Chora a criança imprudente … Mas continua a cantiga … Mas continua a cantiga … E ri sem ver o tormento “Tem a relva, a trepadeira, E ri sem ver o tormento “Tem a relva, a trepadeira, Daquele amargo cantar. “Todas têm os seus amores, Daquele amargo cantar. “Todas têm os seus amores, “Eu não tenho mãe nem filhos, “Eu não tenho mãe nem filhos, Ai! triste, que enxugas rindo “Nem irmão, nem lar, nem flores”. Ai! triste, que enxugas rindo “Nem irmão, nem lar, nem flores”. Os prantos que vão caindo Os prantos que vão caindo Do fundo, materno olhar, – Castro Alves, Do fundo, materno olhar, – Castro Alves, E nas mãozinhas brilhantes do livro “O Navio Negreiro e Outros E nas mãozinhas brilhantes do livro “O Navio Negreiro e Outros Agitas como diamantes Poemas”. Agitas como diamantes Poemas”. Os prantos do seu pensar … São Paulo: Editora Melhoramentos. Os prantos do seu pensar … São Paulo: Editora Melhoramentos. Editora Melhoramentos, 2013. Editora Melhoramentos, 2013. E voz como um soluço lacerante E voz como um soluço lacerante Continua a cantar: Continua a cantar: