EBAD Completa
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1. Bibliologia ……………………………………..…………………………………..……... 1
2. Evangelismo …………………………………..…………...…………………………… 8
3. Discipulado ……………………………………..……………………………….……….. 16
4. A Família Cristã ……………………………….……………………………….………... 20
5. Escola Dominical ………..…………………….………………………………………… 34
6. Hermenêutica ………………………………….………………………………………… 42
7. Liderança Cristã ………………………………..………………………………………... 53
8. Teologia do Ministério …………….…………...……………………………….……….. 58
9. Como Preparar Sermões ………….…………..……………………………….………. 72
10. Doutrinas Fundamentais ……………………..……………………………….……… 77
11. Heresiologia ……………………………………..……………………………………… 94
12. Implantação de Novas Igrejas……………...………………………………………… 101
13. Prosperidade Bíblica…………………………...……………………………………… 106
14. Língua Portuguesa ……………………………..……………………………………… 110
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BIBLIOLOGIA
I. NOMES DADOS À BÍBLIA
A. A Palavra de Deus (Sl 119:105; 119:140)
B. As Escrituras (Jo 5:39; At 17:11)
C. Os mandamentos de Deus (Dt 4:13; 10:4)
D. Os oráculos de Deus (Rm 3:2; Hb 5:12)
E. A Lei de Deus (I Co 12:21; Gl 3:10)
F. Os Testamentos (Gl 4:24; Mt 26:28)
IV. A FORMAÇÃO DO VELHO (ANTIGO) TESTAMENTO (V.T. ou A.T.) E NOVO TESTAMENTO (N.T.)
A. A formação do V.T. foi gradual
1. Moisés começou a escrever o Pentateuco cerca de 1491 a.C.
2. Josué, sucessor de Moisés (c. 1451 a.C.) escreveu uma obra que colocou perante o Senhor (Js
24:26).
3. Samuel (c. 1095 a.C.) escreveu pondo seus escritos perante o Senhor (I Sm 10:25).
4. Isaías (c. 770 a.C.) fala do livro do Senhor (Is 34:16).
5. Em 726 a.C. os Salmos já eram cantados (II Cr 29:30).
6. Hilquias achou o livro da Lei (II Rs 22:8-10).
7. Esdras foi hábil escriba da Lei de Moisés (Ne 8:1,5).
B. A formação do N.T.
1. As epístolas de S. Paulo - São um total de 13, de Romanos a Filemom. Foram escritas entre 50 e 67
d.C. Foram os primeiros escritos do N.T.
2. Os Actos dos Apóstolos - Foi escrito por Lucas no ano 63 d.C. ao fim de dois anos da primeira
prisão de Paulo (At 28:30).
3. Os Evangelhos - No princípio estes foram propagados oralmente.
* Os Evangelhos “sinópticos” foram escritos entre 60 e 65 d.C. (Marcos em 65 d.C.). Note-se que Paulo
chama os Evangelhos de Mateus e Lucas de “Escrituras” ao citá-los em I Tm 5:18; Mt 10:10 e Lc
10:7).
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4. As Epístolas de Hebreus a Judas - Todas as epístolas que vão de Hebreus até Judas, talvez com a
excepção de Tiago, foram escritas entre os anos 68 e 90 d.C. Quanto a autoria da epístola aos
Hebreus, só Deus sabe de facto quem foi seu autor.
5. O Apocalipse - Foi escrito pelo apóstolo João no ano 96 d.C. durante o reinado o imperador romano
Domiciano.
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Jó: O problema do sofrimento, mostrando a maldade de Satanás, a paciência de Jó, a vaidade da filosofia
humana, a necessidade da sabedoria divina, e a libertação final do sofrimento.
Salmos: É uma colecção de 150 cânticos espirituais, poemas e orações usados através dos séculos pelo
Judeus e pela Igreja para a adoração e devoção.
Provérbios: É uma colecção de máximas e dissertações sobre sabedoria, temperança e justiça.
Eclesiastes: São reflexões sobre a frivolidade da vida e nossos deveres e obrigações perante Deus.
O Cântico dos Cânticos: É um poema religioso que simboliza o amor mútuo entre Cristo e a Igreja.
LIVROS PROFÉTICOS
* São 17 livros, de Isaías a Malaquias, subdivididos em:
* Profetas Maiores: Isaías a Daniel (5 livros)
* Profetas Menores: Oseias a Malaquias (12 livros)
PROFETAS MAIORES
Isaías: O grande profeta da redenção. É um livro rico em profecias messiânicas, mesclado com maldições
pronunciadas sobre as nações pecadoras.
Jeremias: O profeta chorão. Viveu desde o tempo de Josias até ao cativeiro. Tema principal: a reincidência,
o cativeiro e a restauração dos Judeus.
Lamentações: São uma série de clamores de Jeremias, lamentando as aflições de Israel.
Ezequiel: É um livro de impressionantes metáforas que descrevem claramente a triste condição do povo de
Deus e o caminho, a exaltação e a glória futura.
Daniel: É um livro de biografia pessoal e visões apocalípticas acerca dos acontecimentos da história secular
e sagrada.
PROFETAS MENORES
Oseias: Foi contemporâneo de Isaías e Miqueias. Pensamento central: a apostasia de Israel caracterizada
como adultério espiritual. Cheio de impressionantes metáforas que descrevem os pecados do povo.
Joel: Foi um profeta de Judá. Tema principal: o arrependimento da nação e suas bênçãos. “O dia do
Senhor”, um tempo de juízos divinos, pode ser transformado em um período de bênçãos.
Amós: O profeta pastor, foi um reformador valente, que denunciava o egoísmo e o pecado. O livro contém
uma série de cinco visões.
Obadias: Temas principais--a condenação de Edon e a libertação final de Israel.
Jonas: É a história do missionário teimoso, a quem Deus ensinou, através de uma experiência amarga, a
lição da obediência e a profundidade da misericórdia divina.
Miqueias: É o relato sombrio da condição moral de Israel e de Judá, mas é também a profecia do
estabelecimento do reino messiânico no qual prevalecerá a justiça.
Naum: Temas principais--a destruição de Ninive; Deus promete libertar Judá da opressão assíria.
Habacuque: Foi escrito no período babilónico ou caldeu. Os mistérios da providência. Como pode um Deus
justo permitir que uma nação pecadora oprima a Israel.
Sofonias: Embora de tom sóbrio e cheio de ameaças, termina numa visão da glória futura de Israel.
Ageu: Foi colega de Zacarias. Repreendeu ao povo por negligenciar a construção do segundo templo, mas
prometeu a volta da glória de Deus quando o edifício estivesse concluído.
Zacarias: Contemporâneo de Ageu, ajudou a animar aos Judeus a reconstruirem o templo. Teve uma série
de oito visões e viu o triunfo final do reino de Deus.
Malaquias: É uma descrição gráfica dos últimos períodos da história do V.T. Mostra a necessidade de
reformas antes da vinda do Messias.
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* Todos os livros que precedem tratam da preparação para a manifestação de Jesus Cristo, e os que lhes
seguem são explicações da doutrina de Cristo.
Mateus: O autor--um dos doze apóstolos. De estilo narrativo, especialmente adaptado aos Judeus. Mostra
que Jesus era o Rei e Messias das profecias hebraicas.
Marcos: O autor--João Marcos. É um registro digno que ressalta o poder sobrenatural de Cristo sobre a
natureza, as enfermidades e os demónios. Todo esse poder divino foi exercitado em benefício do
homem.
Lucas: O autor--“médico amado”. É a biografia mais completa de Jesus como Filho do homem, cheio de
compaixão pelos pecadores e pobres.
João: O autor--“o discípulo amado”. A narração revela a Jesus como Filho de Deus e registra os Seus mais
profundos ensinos. Dois temas, “fé” e “vida eterna”, ressaltam através do livro.
LIVRO HISTÓRICO
* É o livro de Actos dos Apóstolos. Registra a história da igreja primitiva, o seu viver e a propagação do
Evangelho, tudo através do Espírito Santo (At 1:8).
Actos dos Apóstolos: O autor--Lucas. É uma continuação do Evangelho de Lucas. Tema principal: A origem
e o crescimento da igreja primitiva, desde a ascensão de Cristo até ao encarceramento de Paulo em
Roma.
EPÍSTOLAS PAULINAS
* São 13, de Romanos a Filemom. Elas contém a doutrina da Igreja.
* Nove são dirigidas a igrejas (de Romanos a II Tessalonicenses).
* Quatro são dirigidas a indivíduos (I e II Timóteo, Tito e Filemom).
Romanos: Dirigida aos cristãos de Roma. Parte I (capítulos 1-11): É uma magistral exposição da
necessidade e da natureza do plano de salvação. Parte II (capítulos 12-16): São, em grande parte,
exortações acerca dos deveres espirituais, sociais e cívicos.
I Coríntios: Dirigida à igreja de Corinto. Temas principais: a limpeza da igreja de diversos males, e instruções
doutrinárias.
II Coríntios: Temas principais--as características de um ministério apostólico e o reconhecimento do
apostolado de Paulo.
Gálatas: Dirigida à igreja da Galácia. Temas principais: Uma defesa da autoridade apostólica de Paulo e da
doutrina da justificação pela fé, com advertências contra falsos mestres e contra o regresso a
Judaísmo.
Efésios: Escrita à igreja de Éfeso, é uma exposição do glorioso plano de salvação. Enfatiza o facto de que
foram derrubadas todas as barreiras entre Judeus e Gentios.
Filipenses: É uma carta de amor à igreja de Filipos. Revela a intensa devoção do apóstolo a Cristo, o seu
gozo na prisão, e seu profundo interesse em que a igreja esteja firme na sã doutrina.
Colossenses: Escrita à igreja de Colossos. Tema principal: a glória transcendente de Cristo como cabeça da
Igreja, incentivando o abandono de todas as filosofias mundanas e do pecado.
I Tessalonicenses: Escrita à igreja de Tessalónica. Inclui recomendações e exortações, e dá ênfase
especial à esperança consoladora da futura vinda de Cristo.
II Tessalonicenses: É uma continuação da primeira carta. Escrita a fim de esclarecer para a igreja a doutrina
da segunda vinda de Cristo e alertar os crentes acerca dos distúrbios e desordem sociais.
I Timóteo: Conselhos a um jovem pastor concernentes à sua conduta e actividades ministeriais.
II Timóteo: Foi a última carta de Paulo, escrita pouco antes da sua morte, a fim de instruir e aconselhar ao
seu “verdadeiro filho na fé”.
Tito: É uma carta apostólica de aconselhamento e exortações a um amigo de confiança, que era evangelista
em um campo difícil. Dá ênfase especial à doutrina das boas obras.
Filemom: É uma carta particular a Filemom, pedindo-lhe que receba e perdoe a Onésimo, um escravo
fugido.
EPÍSTOLAS GERAIS
* Uma é dirigida aos hebreus cristãos (Hebreus).
* Sete são dirigidas a todos, sem distinção (Tiago; I e II Pedro; I, II e III João; Judas).
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* II e III João também são chamadas “epístolas gerais” apesar de serem dirigidas a pessoas.
Hebreus: Desconhece-se o seu escritor. Tema principal: a glória que vem de Cristo e as bênçãos da nova
dispensação, comparadas às do Antigo Testamento.
Tiago: Seu escritor foi possivelmente Tiago, o irmão do Senhor. Dirigida aos judeus dispersos, convertidos.
Tema principal: a fé prática manifesta em boas obras, em contraste com a simples profissão de fé.
I Pedro: É uma carta de ânimo, escrita pelo apóstolo Pedro aos santos dispersos por toda Ásia Menor.
Temas principais: o privilégio dos crentes em obter vitórias nas provas, seguindo o exemplo de Cristo,
e de viver vidas santas num mundo ímpio.
II Pedro: Em grande parte, é uma advertência contra falsos mestres e zombadores.
I João: É uma profunda mensagem espiritual dirigida pelo apóstolo João às diversas classes de crentes na
igreja. Coloca grande ênfase no privilégio do conhecimento espiritual do crente, no dever do
companheirismo e no amor fraternal.
II João: É uma breve mensagem de João acerca da verdade divina e do erro mundano, dirigida “à dama
escolhida e a seus filhos”; uma advertência contra a heresia e falsos mestres.
III João: É uma carta apostólica de recomendação escrita a Gaio, a qual contém traços da personalidade de
certos membros da igreja.
Judas: Seu escritor foi possivelmente o irmão de Tiago. Tema principal: exemplos históricos das apostasias
e juízos divinos sobre os pecadores, com advertências contra os mestres imorais.
LIVRO PROFÉTICO
* É o livro de Apocalipse ou revelação. Trata da volta pessoal de Jesus Cristo à terra e das coisas que
precederão este evento.
Apocalipse: Autor--o apóstolo João. Temas importantes: Principalmente uma série de visões apocalípticas
acerca dos acontecimentos na história religiosa. Descreve um grande conflito moral entre os poderes
divino e satánico, terminando com a vitória do Cordeiro.
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EVANGELISMO
INTRODUÇÃO
“Não dizeis vos: Ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Ora, eu vos digo: levantai os vossos olhos, e
vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. Quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto
para a vida eterna, para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o
ditado: um é que semeia, e outro o que ceifa” (Jo 4.35-37).
O mundo para ser salvo depende de nós. Temos uma grande responsabilidade para com o pecador (Ez
3:18). O avanço populacional tornou-se um desafio à igreja. Metade da população mundial são pobres e 30% são
mal-nutridos. Existem mais de 22 milhões de prostitutas no mundo, essencialmente por causa da pobreza. Estima-
se que 80% das jovens no mundo--1,4 bilhões--estão crescendo em ambientes ou lares não cristãos. Metade das
mulheres do mundo e um terço dos homens são analfabetos. A igreja necessita trabalhar para revelar a Palavra de
Deus a quem desconhece as letras. É urgente o tempo de levantar os olhos, em direcção às províncias menos
evangelizadas: Kuanza Norte, as Lundas, Moxico, Cuando Cubango, Cunene e Namibe. São várias as tribos que
nunca ouviram de Jesus.
Os olhos do salvo têm possibilidade de: Ver (Gn 45:12); Descobrir (Jo 28:10); Desejar (Ec 1:0); Compadecer
(Ez 16:5). Uma igreja que não vê os perdidos, não descobre os perdidos, e não deseja os perdidos, nunca
alcançará concretizar o plano de salvação a todos os homens. Que Deus nos ajude a cumprirmos os planos
traçados por Jesus em relação ao evangelismo.
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4. Ele salva (Lc 19:10)
5. Ele cura (Mc 16:18)
6. Ele liberta (Jo 8:32)
7. Ele abençoa (Sl 126:1-3)
C. Evangelismo é dimensional
* Evangelizar é:
1. Arrebatar as almas do fogo (Jd 22,23)
2. Granjear frutos (Sl 126:5,6; Rm 10:15)
3. Semear para o Reino de Deus (Sl 126:5,6)
4. Colher frutos (Mt 4:35,36; I Co 9:11-14; Mt 9:37,38)
5. Ganhar almas e granjear coroas (I Ts 2:19,20; I Co 3:8; Dn 12:3)
D. Evangelismo é uma responsabilidade
1. É urgente a tarefa de ganhar almas (Ez 3:16-21)
2. É urgente preparar “celeiros” para que o fruto permaneça.
* Faz parte da prudência preparar celeiros pela quantidade de frutos a colher.
V. O FUNDAMENTO DO EVANGELISMO
A. No plano redentor de Deus.
1. Já estava no plano divino o resgate da humanidade (Gn 3:15)
2. O resgate foi profetizado: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados…” (Is 53:5)
B. O próprio desejo de Deus
1. Deus amou “o mundo” (Jo 3:16)
2. Cristo cumpriu o desejo de Deus (Lc 19.10)
* sendo obediente ao propósito de Deus (Is 53.7; Fp 2:8)
* ensinando-nos basicamente a obediência para a missão de ir (Mt 7:29; Jo 8:28)
* dando-nos o exemplo como sofredor, expiando os nossos pecados (I Pe 2:24)
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“Pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de
fortalezas; derribando raciocínios e toda a baluarte que se ergue contra o conhecimento de
Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência a Cristo” (II Co 10:4,5).
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X. O ALVO DO EVANGELISMO
A. Mostrar ao pecador o que é o pecado
1. O pecado é a transgressão da lei de Deus (Sl 52:5; Lc 15:29).
2. É toda a injustiça (I Jo 5:17).
3. É a prática de coisas duvidosas (Rm 14:23).
4. Insultar a Deus por rejeitar a Cristo (Jo 16:8,9).
5. Errar o verdadeiro alvo (Rm 3:23).
B. Mostrar a universalidade do pecado.
1. O homem não é pecador porque peca, mas ele peca por ser pecador.
2. Todos são pecadores, porque todos pecaram (Rm 3:23; 5:12).
C. Mostrar as consequências do pecado
1. O pecado traz aflição e inquietação à humanidade (Is 48:22).
2. O pecado interrompe a comunhão com Deus (Is 59:2).
3. O pecado escraviza o homem (Jo 8:34).
4. O pecado conduz à morte eterna (Jo 3:18; I Co 6:9).
D. Mostrar o remédio ao pecador
1. O amor de Deus é o maior e melhor remédio para o pecador (Jo 3:16).
2. O sangue de Jesus Cristo é o agente da purificação (I Jo 1:7).
3. A Palavra nos limpa, nos preparando para a eternidade (Jo 15:3).
4. A Sua graça se manifesta para resgatar o homem do seu estado pecaminoso (Ef 2:5-8).
5. Suas mãos estão estendidas para levantar o mais vil pecador (Is 59:1).
6. Seu convite é medicamento para os cansados e oprimidos (Mt 11:28).
E. Mostrar ao pecador o que necessita fazer
1. Crer no Senhor Jesus para ser salvo (At 16:31; Rm 10:9,10);
2. Arrepender-se de todo o pecado (Ez 18:31; Is 5:7);
3. Confessar os seus pecados (I Jo 1:9);
4. Entregar sua vida a Jesus (Jo 1:12);
5. Confiar nas promessas da vida eterna (Jo 5:24);
6. Ir a Jesus, não importa a situação.
a. Zaqueu procurou conhecer Jesus (Lc 19:3).
b. Nicodemos foi ter com Jesus (Jo 3:2).
F. Mostrar o que Deus faz
1. Deus perdoa o mais vil pecador (I Jo 1:9; Is 1:18);
2. Deus redime o pecador (I Pe 1:18; Ef 1:7);
3. Deus regenera o pecador (Jo 3:3; II Co 5:17);
4. Deus reconcilia o pecador (Rm 5:10).
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3. Organizar a ponto de envolver todos os crentes, não lançando esta responsabilidade sobre um
grupo. Neste sentido a conscientização evangelística é um dos fundamentos para o progresso
desta tarefa.
C. Onde realizar o evangelismo pessoal
1. Nos lares, por meio de células, grupos familiares (At 20:20)
2. Nos transportes: Filipe evangelizou o eunuco, um alto funcionário de Candace, rainha dos etíopes
(At 8:27,30).
3. Nos locais de trabalho, seja ele onde for. Com sabedoria o salvo deve evangelizar seu colega de
trabalho.
4. Nos hospitais. É um óptimo lugar para falar do poder de Cristo; as pessoas estão em extrema
necessidade, precisando de consolo e de cura para seu corpo.
5. Nas prisões. A igreja deve evangelizar, alcançando todas as massas da sociedade, inclusive os
presos. Paulo evangelizou na prisão (At 16:30).
D. Regras de ouro para o evangelismo pessoal
1. Seja você! Seja natural!
* Sinceridade vale muito, mas cuidado que sua vida seja consoante com aquilo que você fala.
2. Seja positivo!
* Se atacarmos a posição, a fé ou a prática da pessoa a ser evangelizada, já perdemos a
possibilidade de ganhá-la para Cristo.
3. Seja pronto para ouvir!
* Saiba dialogar e fuja à pregação. Assim levaremos a pessoa connosco passo a passo durante
a nossa palestra.
4. Seja humilde!
* Mostre que você e ele dependem da Palavra de Deus.
5. Seja alerta!
* Sua experiência pessoal pode ter sido semelhante a da pessoa a ser evangelizada.
Testemunhe daquilo e de como Cristo ajudou você.
6. Seja compreensivo!
* A outra pessoa pode ter dúvidas e receios. Tente entender e explicar a resposta bíblica,
estendendo a sua mão de amor.
7. Seja paciente!
* Muitos não recebem o Evangelho à primeira vista. Alguns querem nos irritar.
8. Seja cortês!
* A pessoa a ser evangelizada ainda não percebe sua necessidade e nem a nossa
responsabilidade em evangelizá-la. Deixemos um cheiro suave de Cristo e não a impressão de
que não temos educação.
9. Seja urgente!
* Jesus é o único Salvador e o salário do pecado é a morte.
10. Ame a pessoa!
* Não queremos que ele se perca, nem que não saiba o único caminho, ou seja ofendido por
uma palavra inoportuna (I Co 13:4-8).
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DISCIPULADO
I. OBSTÁCULOS À SUA FORMAÇÃO
A. Falta de organização da igreja local
1. Debilidade no crescimento--porque?
a. Descentralização de métodos bíblicos (At 2:41-44)
* Como igreja de Cristo temos negligenciados os princípios fundamentais que transformam
a igreja evangélica numa igreja evangelística. A igreja evangélica tem título, a igreja
evangelística tem acção. Ela trabalha em favor do crescimento por meio do discipulado.
b. Não dar prioridade ao discipulado (At 20:20).
c. Adiar a organização, deixando para mais tarde.
2. Enquanto não se organizar o discipulado e colocá-lo em prática, dificilmente teremos crentes
maduros para exercer os mais diversos tipos de ministérios.
3. Justamente pela facilidade de dispersão das ovelhas, é necessário de quem as cuide, o discipulado
edifica e ajuda os novos convertidos a se pautarem pela Palavra de Deus (Jo 10:12,13). Que
Deus nos ajude a não fazermos o papel de mercenário.
B. Falta de estrutura da igreja local
1. Necessitamos de pessoal capacitado para ministrar aos novos convertidos.
2. Essencialmente devemos atingir três grupos de não discipulados na igreja:
a. Os novos convertidos: os que acabaram de decidir a servir a Cristo e ficar na igreja
b. Os antigos crentes: já estão na igreja e não são atingidos pelo discipulado
c. Os que tomam uma decisão, mas não voltam à igreja.
3. Uma organização para discipular envolve:
a. Pessoal chamado por Deus para desenvolver um ministério entre os novos convertidos.
b. Material especialmente elaborado que venha ao encontro das suas necessidades, e que seja
de fácil assimilação.
c Estrutura adequada para receber os novos convertidos de diferentes classes sociais.
Salas e cadeiras são essenciais à estrutura de uma igreja local.
C. Falta de motivação
1. Não devemos ficar desanimados quando nos falta condições para desenvolver o discipulado.
2. Duas fontes de motivação:
a. A Palavra de Deus: nos dá o motivo certo para discipular (Mt 28:19). A Palavra nos anima,
incentiva e encoraja a cumprir esta grande tarefa.
b. A oração: nos dá força para agirmos a favor da edificação dos novos convertidos. Em horas
difíceis teremos um refúgio em oração (Sl 126:5,6).
v. 5: Os que semeiam em lágrimas, com cânticos de júbilo segarão.
v. 6: Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo,
trazendo consigo os seus molhos.
D. Ataques dos agentes das trevas
1. Tudo o que é de Deus sofre oposição. Temos de lutar a favor dos novos convertidos.
2. Discipular é retomar uma posição perdida por causa da nossa negligência.
3. Como soldados de Cristo não devemos temer aos ataques de Satanás. Temos poderosas armas
contra este terrível agente das trevas (Ef 6:17).
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D. Um edifício exige fundamento (I Co 3:14)
1. A fundação de um edifício exige planejamento (Mt 7:24)
2. Envolve trabalho, esforço (Mt 28:19)
3. Uma obra permanecerá em função do seu bom fundamento.
4. A finalidade do discipulado: treinar para edificar, organizar para criar raízes nos novos convertidos
(Cl 2:7).
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5. O ambiente influencia a formação do novo convertido. Ao chegar à igreja ele deve participar num
grupo, senão será tentado a voltar ao seu antigo modo de vida. A verdadeira formação integra o
elemento.
F. O crescimento tem ascendência
1. O novo convertido cresce como a palmeira (Sl 92:12).
2. O novo convertido cresce em força (Sl 84:7).
3. Cresce até que seu progresso seja manifesto (I Tm 4:15).
G. O crescimento envolve espaço
1. O novo convertido deve crescer na graça e no conhecimento da Palavra.
2. Deve crescer preparado para testemunhar da sua fé.
3. Crescer num ambiente de fervor espiritual.
4. Por vezes estes ambientes devem ser preparados para a vivência do novo convertido.
5. O discipulado abre portas para o crescimento do novo convertido. Espaço para testemunhar e
participar, fazer algo a favor do reino de Deus.
H. O crescimento aperfeiçoa
1. Este aperfeiçoamento nos leva a uma vida de pureza (Mt 15:3).
2. Nos leva ao ajuste no reino de Deus (Ef 4:17,18).
3. Nos leva ao abandono das coisas que não prestam (Ef 4:22).
4. Nos leva a renovação (Ef 4:23).
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2. Qual o espaço de tempo que deve ser ministrado?
3. Como adquirir o material a ser leccionado?
4. Qual o seu custo?
C. A organização funcional
1. É muito importante organizar o local onde se vai ministrar o discipulado.
2. O local é o ponto de referência ao desenvolvimento espiritual do novo convertido.
3. O local deve ter condições para receber o novo crente, incluindo:
* espaço físico, ventilação, comodidade, ao ponto de atrai-los.
D. Organizar uma secretaria funcional
* A função do secretário é organizar um arquivo contendo todos os papéis referentes ao discipulado, a
saber:
1. Ficha do novo convertido;
2. Modelo da carta dado ao convertido no dia da sua decisão;
3. Prestação de um relatório de todas as actividades do discipulado em seu núcleo.
E. Avaliação do seu desenvolvimento
* Deve-se manter os olhos no desenvolvimento dos discipulados, tendo em consideração o seguinte:
1. Avaliar se os alvos estão sendo atingidos;
2. Avaliar o cumprimento das tarefas;
3. Mudar de método quando se avalia que o actual não se desenvolve.
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A FAMÍLIA CRISTÃ
INTRODUÇÃO
Sabemos que a família cristã assume o papel de preservar os preceitos de Deus diante da sua geração. As
mudanças sociais, económicas, políticas e culturais, às quais está sujeita nossa geração, não devem afectar a
Igreja de Jesus Cristo. É dever da Igreja manter a família unida em torno da Palavra de Deus.
Devemos entender que a família foi constituída por Deus. Não devemos aceitar a teoria de que ela procede
de uma fonte animal. No meio da manifestação do poder do pecado, a família é defendida por Deus, por meio da
Sua Palavra. A Bíblia mostra um modelo divino que deve ser seguido pela família. Fugindo deste modelo estaremos
fugindo do plano de Deus, atraindo sérias consequências do pecado.
A família deve ser uma bênção para esta geração, sendo uma testemunha para o mundo em que vivemos.
Ainda que rodeada de problemas, a família aprende em Cristo a vencer todas as barreiras.
I. A ORIGEM DA FAMÍLIA
A. A família planejada por Deus (Gn 2:18)
1. A família nasceu da mente divina; não foi um cientista que a planejou.
2. O homem e a mulher foram feitos pelo plano divino (Gn 1:26; 2:18-25).
3. As provas deste planejamento estão nas seguintes razões:
a. Deus transmitiu da Sua própria vida para o homem, soprando nas suas narinas o fôlego de
vida (Gn 2:7).
b. Deus delegou responsabilidade ao homem dizendo: da árvore do conhecimento do bem e do
mal não comerás (Gn 2:16,17).
c. Deus deu liberdade ao homem; não o fez uma pessoa sem raciocínio, sem opção de escolha
(Gn 2:17).
4. Na actualidade os agentes das trevas têm procurado a todo o custo abalar a família. Satanás tem
procurado destruir, matando e roubando a paz, a felicidade e a harmonia do lar. Sua função é
destruir tudo o que é bom, puro e correcto (Jo 10:10).
B. Três aspectos relacionados com o casamento
1. O casamento é desejado por Deus.
a. Deus deseja que os homens se casem (Hb 13:4).
b. Deus mesmo preparou as condições para este casamento (Gn 2:18).
c. Deus deu requisitos para este casamento (I Tm 3:12).
d. Deus deu leis que dirigem o casamento (Rm 7:1,2; I Tm 5:14).
e. Deus ligou dois polos no casamento (Gn 2:23,24).
f. O primeiro plano de Deus em relação ao homem foi dar-lhe uma companheira; outro
pensamento que não obedeça o pensamento divino deve ser repudiado. Incluimos aqui o
falso conceito de que a mulher é um objecto para uso sexual e procriativo.
2. O casamento é uma determinação divina.
a. O casamento é determinado para cumprir dois grandes propósitos:
* para união matrimonial (Gn 2:23);
* para que o homem não esteja sozinho (Gn 2:18).
b. O casamento é determinado para recreação (prazer sexual, mantido dentro do matrimónio; I
Co 7:4,5).
* Por natureza e por mandamento bíblico, tanto o homem como a mulher necessitam um
do outro para satisfazer seu instinto sexual.
* O sexo deve ser mantido dentro do casamento. Paulo usa a expressão “incontinência da
carne”. Incontinências são actos involuntários, actos criados pela natureza própria do
homem. São dominados e nunca exterminados (Rm 8:7,8).
c. O casamento é determinado para procriação (Gn 1:28).
* O casamento é o único meio legal desta determinação.
3. O casamento é defendido por Deus.
a. Judicialmente o casamento é um contrato, podendo ser anulado (Mc 10:2-12).
21
b. À luz da Bíblia o casamento é indissolúvel (Mt 19:5,6; 5:31).
24
d. Leva sua família à igreja.
3. Veja a preocupação de um esposo porta-voz:
a. Abraão e Noé, dois homens que deram prioridade ao altar (Gn 12:9; 8:20).
b. Em todas as circunstâncias da vida o esposo assume esta importante tarefa, ora levando sua
família a interceder pelas necessidades, ora levando sua família a agradecer a Deus
pelas bênçãos recebidas.
B. O esposo como provedor
1. O sustento do lar (Gn 3:19)
2. O homem não deve lançar sobre a mulher esta responsabilidade, pois cada qual cumpre uma
função diferente na família.
3. Seria sensato dizer que em caso de aperto financeiro a esposa podia apoiar a família, mas que isso
não fosse uma regra e sim uma excepção.
4. Fugir desta responsabilidade não é uma virtude (Pv 19:15; Ec 10:18).
5. Existe uma analogia que deve ser avaliada (I Tm 5:8).
6. O casamento é uma responsabilidade onde as duas partes devem cumprir o que é acordado pela
Bíblia.
C. O esposo como líder em seu lar
1. O líder delega responsabilidades
* Na família todos têm uma responsabilidade; pais e filhos cumprem um propósito no lar.
2. O líder mantém a unidade na família
* Um dos deveres do pai é manter a unidade no lar; sem união não existe bondade e suavidade
(Sl 133:1).
3. O líder planeja
* Nunca pense em planejar sozinho; uma família existe para viverem juntos, planejar, discutir as
prioridades e encontrar soluções para seus problemas.
4. O líder possui autoridade de líder
* Sem uma sábia liderança seu lar será destruído. Cabe ao esposo assumir a responsabilidade
de liderar seu lar.
D. O esposo como consultor
1. O esposo consultor é aquele que procura sua esposa para um planejamento de uma compra.
* Deus deu ao homem uma adjutora idónea (Gn 2:18). É bom lembrar que casamento é feito por
pessoas que têm responsabilidades.
2. O homem por mais sábio que seja não é dono da razão.
a. Diz o pregador que onde não há conselhos, os planos saem errados (Pv 15:22).
b. Um dos erros de Pilatos foi não ouvir o conselho da sua esposa (Mt 27:19).
25
* Quando num aperto financeiro, a esposa deve dar sua contribuição até que tudo volte à
normalidade. Neste sentido o lar actual tem se desviado dos alicerces que podem edificar a
família. Cresce a busca do poder aquisitivo, e com isso cresce a falta de uma mãe na família.
4. Auxiliadora no sentido espiritual
* O auxílio espiritual prestado em favor do esposo é um investimento que sempre terá retorno;
vale a pena orar e jejuar pelo esposo, mesmo este não sendo crente (I Pe 3:1).
B. A esposa virtuosa: nove qualidades de Provérbios 31
1. Laboriosa, amiga do trabalho (vv.13,19,24)
2. Ajuizada, sensata (vv.16,18)
3. Sábia (v. 26)
4. Saudável, forte (v.17)
5. Dona de casa (v. 15)
6. Caridosa (v. 20)
7. Boa mãe (v. 28)
8. Boa esposa (vv, 10,13)
9. Temente a Deus (v. 30)
C. A esposa submissa
1. Para muitas mulheres a palavra “submissa” gera pavor, medo e vergonha.
* Não é este o alvo da Palavra de Deus. O princípio de Deus está baseado na autoridade. Esta
palavra refere-se à submissão numa ordem hierárquica, pois em questão de ordem alguém tem
de ser a “cabeça”. Deus é a máxima autoridade; o homem é uma autoridade delegada por Deus
na família. A esposa deve viver em comunhão com o esposo, respeitando-o como autoridade de
Deus (I Co 11:3).
2. Onde podemos ver a submissão da esposa:
a. A esposa está submissa à autoridade do esposo.
b. A esposa deve ser submissa ao seu esposo, mesmo este não sendo salvo (I Pe 3:1).
3. A falta de submissão de uma esposa pode causar sérios problemas ao lar.
4. A submissão da esposa deve ser tão espontânea quanto ao seu amor.
D. A esposa como mãe
1. Capacidade de procriação (Gn 1:28; Sl 127:3; 128:3)
2. O propósito de ser mãe:
a. educar os filhos;
b. formar um lar sadio;
c. promover alegria no lar.
E. A esposa como administradora
1. A mulher administradora é prudente (Tt 2:3-6)
2. A mulher deve saber administrar seu lar; olha para o governo da sua casa (Pv 31:27)
3. A esposa administradora gera conforto e segurança no seu lar.
F. A esposa e o respeito
1. O relacionamento esposa e esposo implica respeito.
2. Existe esposa que leva seu lar a ser ridicularizado.
a. Conta segredos íntimos a outras pessoas, levando seu esposo a uma crítica situação (I Pe
3:8,9; Ef 5:33).
b. Se você tiver alguma coisa a dizer ao seu esposo, não fale à frente de outras pessoas.
c. Quando aparecer um problema que envolve seu esposo, procure seu pastor para receber dele
orientações.
G. A esposa e suas vestes
1. Deve se vestir de modo decoroso (I Tm 2:9)
2. Não deve usar a roupa com propósito provocativo.
3. A mulher deve tomar cuidado para não fazer das suas vestes uma fonte de impureza, usando
roupas transparentes ou coladas ao corpo (Is 3:16).
26
H. A esposa e seu tipo
1. Não curiosa como Eva, conduzindo Adão ao fracasso (Gn 3:6);
2. Não como Marta que vivia preocupada (Lc 10:40);
3. Não como Jezabel que mandava em Acabe (I Rs 21:7);
4. Não como Dalila que mentia a Sansão (Jz 16:6).
5. A verdadeira esposa é constante como Rute (Rt 1:6), humilde e abençoada como Ana (I Sm
1:10,11).
28
VIII. A EDUCAÇÃO DOS FILHOS
A. Dever de ensinar
1. Não devemos lançar a responsabilidade de ensinar sobre os professores, sejam dentro ou fora da
igreja.
2. O que nossos filhos não aprendem em casa, não vão aprender fora de casa.
B. A educação judaica
1. A criança judaica aprendia pelos hábitos dos pais.
2. As ordenanças eram ensinadas por determinação divina (Dt 6:20; Js 4:6,7).
3. Um menino judeu começava sua educação religiosa e moral aos seis anos. Estudava as leis, os
profetas, as poesias e a história do seu povo. Aos quinze anos estudava as interpretações orais
da Lei.
C. O propósito da educação cristã
1. Preparação
a. Nossos filhos devem estar preparados parar serem integrados na sociedade. Esta sociedade
está cheia de maus hábitos, e seus costumes estão corrompidos.
b. Espiritualmente nossos filhos devem estar preparados para enfrentar o pecado.
c. Muitas vezes nossa auto-protecção não ajuda em nada. Devemos preparar nossos filhos
diante de uma sociedade comprometida com o erro.
2. Participação
a. Necessitamos da participação dos pais na educação religiosa. É uma responsabilidade que
deve ser enfrentada com realismo. Infelizmente muitos desejam entregar esta
responsabilidade a outros.
b. A omissão do ensino religioso trará danos irreparáveis ao lar.
3. Evangelização
a. Estamos evangelizando nossos filhos?
b. Que tipo de evangelização podemos fazer?
c. O propósito da educação cristã é ensinar o caminho da salvação (Pv 22:6).
29
b. Um filho é como uma lavra: deve ser cuidado até que comece a dar fruto. Temos um
compromisso, uma responsabilidade para com nossos filhos que não é transferível.
4. Pais emotivos
a. Este tipo de pai diz que quer corrigir, porém não consegue.
b. Normalmente são pessoas inseguras, necessitando de uma firme orientação bíblica sobre o
assunto.
5. Medo de disciplinar
a. Pensam que a disciplina causará revolta nos filhos. Abandonar o lar, fugir e ir prostituir, ir viver
nos vícios, tudo isso é resultado de medo, um verdadeiro obstáculo à disciplina.
b. A palavra “medo” no grego é phobos, que significa medo, terror, reverência.
6. Falta de paciência
* Para dar seus frutos, uma lavra necessita de cuidados; exige trabalho, sacrifício.
7. Conclusão: cabe aos pais avaliar estes três pontos significativos
a. Responsabilidade, para o cuidado dos filhos:
* Uma pessoa casa por saber que é responsável;
* Os filhos são fruto de responsabilidade;
* A responsabilidade no casamento deve atingir todas as áreas na vida dos filhos:
alimentação, vestuário e educação.
b. Maturidade, para o desenvolvimento dos filhos:
* Os pais devem ter maturidade suficiente para poder criar seus filhos;
* Não devemos ter filhos simplesmente para dizer aos outros que os temos;
* Os filhos devem nascer quando os pais adquirirem maturidade suficiente para esta tão
grande bênção.
c. Condições, para o sustento dos filhos:
* Os pais devem criar as mínimas condições necessárias para cuidar dos filhos.
D. Momentos em que não devemos disciplinar
1. Por criancices
a. Existem coisas que são próprias de crianças, que nós adultos ignoramos.
b. Neste aspecto as crianças estão perdendo seu espaço, pois estamos dentro de uma
sociedade que não observa o mundo da criança, onde seus direitos são constantemente
violados.
2. Por acidente
a. Uma chávena que cai ao chão acidentalmente não é motivo para disciplina.
b. Tudo o que tiver acontecido acidentalmente, ou sem querer, não deve ser alvo de disciplina.
3. Sem informação completa
a. Na questão da disciplina a informação é um facto que não deve ser ignorado.
b. Antes da disciplina, os filhos devem ser ouvidos; não discipline sem comunicação. Inteire-se
dos factos antes da disciplina, e comunique a razão da disciplina.
E. O mau uso da disciplina
1. Prometer sem cumprir
a. Quando falamos e não cumprimos, corremos o risco de perder a autoridade.
b. Nunca prometa sem cumprir. Se assim proceder, perderá a sua autoridade, e perderá a sua
credibilidade diante dos filhos.
2. Incoerência na disciplina
a. A disciplina tem o objectivo de corrigir. Deve ser constante, até que o problema seja
solucionado e a criança aprenda a executar o que foi mandado.
b. Seja perseverante na disciplina, não desista de corrigir, de ensinar.
F. Fraquezas em relação à disciplina
1. Homens tolerantes
a. Davi: não contrariava seus filhos (I Rs 1:6)
b. Samuel: seus filhos não andaram em seus caminhos (I Sm 8:3)
c. Eli: não repreendeu seus filhos (I Sm 2:29)
2. Os pais em relação à disciplina
30
a. Não ser dominados pelas fraquezas dos filhos
b. Não ceder aos seus instintos pecaminosos
G. Conheça a natureza do seu filho
1. Estultícia, tolice (Pv 22:15)
2. Traz vergonha (Pv 29:15)
3. Simples, tolo (Pv 22:3)
4. Trabalhador, ou preguiçoso? (Pv 26:13)
H. Deveres dos pais em relação à disciplina
1. Ensinar os filhos (Dt 6:7)
2. Treinar os filhos (Pv 22:6)
3. Criar os filhos (Ef 6:4)
4. Controlar os filhos (I Tm 3:4,12)
5. Corrigir os filhos (Pv 13:24; 19:18; 23:13,14)
I. Responsabilidades paternais
1. Amar os filhos
a. Devemos amar nossos filhos porque são herança do Senhor (Sl 127:3)
b. Os filhos necessitam do afecto demonstrativo dos pais.
2. Dedicar tempo aos filhos
a. Tempo para recreação com os filhos, passear, rir e brincar.
b. Tempo para cultuar com os filhos, orar, mostrar as grandezas de Deus face as dificuldades
vividas.
c. Tempo para conversar, ter um relacionamento com eles.
3. Não irritar os filhos
a. A Palavra de Deus nos admoesta a não irritar os filhos (Ef 6:4)
b. Como não os irritar:
* Procurar sua amizade, seja acessível aos filhos, procurar ser companheiro, amar seu
filho.
J. O duplo aspecto da disciplina
1. Instruir a criança
a. Ensinar o que fazer.
b. Ensinar como fazer.
* Não basta dizer à criança: “faça!” É necessário ensinar como fazer, mostrar a maneira
certa de executar.
2. Corrigir a criança
a. A correcção molda a criança, fazendo dela um modelo a ser seguido pelos outros.
b. A correcção retira suas anormalidades. O erro é instintivo no mundo da criança; ela necessita
de ajuda para ser modelada. O que ela não consegue sozinho conseguirá com ajuda dos
pais, por meio da correcção.
X. A PROTECÇÃO DO LAR
A. Deus deve ser a segurança de um lar
* O casal deve confiar no Senhor em qualquer situação (Sl 127:1-5)
1. Deus mantinha um relacionamento de comunhão com a família de Noé (Gn 7:1).
2. Deus mantinha um relacionamento de comunhão com a família de Ló (Gn 19:12).
3. Deus mantinha um relacionamento de comunhão com a família de Abraão (Gn 22:10,11).
4. Deus mantinha um relacionamento de comunhão com Jó (Jó 2:7-10; 2:3,10).
B. Proteja seu lar com instrução religiosa
1. Instrua com a Bíblia: pratique o culto em seu lar.
2. Instrua com perseverança: seja constante.
* Somente os que perseveram alcançam o alvo de Deus na sua família.
3. Instrua com dedicação: dedique-se à família, ao esposo, aos filhos.
31
* Esforça-se para encontrar tempo para estar com a sua família.
4. Instrua com amor: o amor nos impulsiona a instruir a resgatar nossa família.
C. Proteja seu lar com amizade
1. Mais do que nunca, os pais necessitam ser amigos dos filhos. A falta deste relacionamento tem
levado lares à derrota. Converse com seus filhos; seja amigo deles; desenvolva um
relacionamento de amizade com eles.
2. O amor, a comunhão e o lazer devem fazer parte do lar.
3. Devemos ter tempo para o lar, principalmente os obreiros, que dia a dia estão atarefados com os
trabalhos.
D. Proteja seu lar com estabilidade
1. Estabilidade nas finanças, na educação e na comunhão.
2. Existe tempo para todo o propósito (Ec 3:1,2)
3. Façamos tudo com ordem; cultivar o hábito de manter as coisas em ordem (I Co 14:40; Cl 2:5)
* Por exemplo: Habitue seus filhos a dormirem na hora certa.
4. Os hábitos adquiridos bem cedo podem construir uma vida de vitória.
E. Proteja seu lar com perdão
1. Por mais correcto que for um pai de família, ele nunca deixará de errar. Por isso torna-se necessário
o perdão.
2. Dois alvos do perdão:
a. Perdoar quem deve (Mt 6:12)
b. Perdoar quem nos ofende (Mt 6:14,15)
F. Proteja seu lar com oração
* A razão da oração:
1. Temperamentos diferentes
2. Harmonia no lar
3. Quebra dos laços satânicos
D. Vencendo no lar
1. Vencer, mantendo a comunhão
a. O que mais os demónios desejam é retirar do lar a comunhão que temos por meio do sangue
de Cristo.
b. A família deve estar alerta para as astutas ciladas do diabo.
c. O rompimento da comunhão no lar atrai a ira, o descontrolo e a discórdia.
2. Vencer, mantendo a oração.
* Parando de orar, a comunhão que temos com Jesus desaparece: devemos manter uma vida
de oração.
3. Vencer pelo sangue.
* A vitória da família está no sangue vertido, sangue que limpa de todas as impurezas, e que nos
dá vitória.
33
ESCOLA BIBLICA DOMINICAL
I. DEFINIÇÃO
A Escola Bíblica Dominical (EBD) refere-se a uma escola que se realiza aos domingos, e na qual se ensina a
Bíblia. É a escola de ensino bíblico da igreja, que evangeliza enquanto ensina, conjugando assim dois lados da
Grande Comissão de Jesus (Mt 28:19,20 e Mc 16:15). Não é uma parte da igreja, mas é a própria igreja ministrando
ensinos bíblicos. A EBD, devidamente funcionando, é o povo do Senhor, estudando a Sua Palavra, sendo edificado
por ela. Todas as doutrinas bíblicas devem ser ensinadas a ponto de vermos o crescimento espiritual dos salvos. A
EBD dá estrutura à igreja como agência de ensino organizada. Aprofundamos o conhecimento dos salvos por meio
de uma agência de ensino confiável. Uma EBD, profundamente espiritual e organizada, cuja direcção e professores
são espirituais e idóneos, treinados para o ensino bíblico e equipados com literatura e meios apropriados, é um
poderoso e eficiente meio para alcançar a todos na igreja, na família e na comunidade.
34
3. O trabalho começou a crescer e Raikes resolveu dar início a um movimento de expansão, criando
novas escolas.
4. Início desse movimento deu-se em 3 de Novembro de 1783, até hoje considerado como o dia
natalício da EBD Foi realmente nessa data que o movimento firmou-se, tomando posição e
carácter permanente.
35
a. É o corpo docente da Escola Dominical. Eles têm sobre si a maior responsabilidade, pois
lidam directamente com o aluno e o ensino.
b. Requisitos para ingresso no corpo docente:
* Ser salvo na pessoa de Jesus;
* Ser membro da igreja;
* Ter desejo ardente de servir ao Senhor Jesus;
* Ser aplicado no estudo da Palavra de Deus, para bom desempenho da sua missão;
* Frequentar as reuniões de estudos para professores;
* Aperfeiçoar seus talentos, perguntando e pesquisando; e
* Participar nas reuniões relativas ao departamento da EBD.
3. Alunos da EBD
a. É o corpo discente da escola, a matéria prima da mesma. A EBD existe por causa do aluno,
para atender às suas necessidades.
b. Sua organização (com sua força e actividade) está centrada na pessoa do aluno.
c. Organizar o seu agrupamento por idade
* Infância: dos 3 aos 6 anos de idade
* Primários: dos 7 aos 11 anos de idade
* Jovens: dos 12 aos 17 anos de idade
* Adultos solteiros: a partir dos 18 anos de idade
* Adultos casados: a partir dos 18 anos de idade
d. O agrupamento por idades deve ser feito considerando a disponibilidade da igreja em: espaço
físico, professores e materiais didácticos.
B. A Organização Material
1. O prédio:
* A EBD deve funcionar em instalações apropriadas, tendo salas de aulas independentes. Um
dos maiores obstáculos para a organização da EBD é a falta de espaço físico. Que tenhamos
em mente que uma boa sombra serve para termos um grupo de alunos da E.BD., não
necessitando de um edifício para o início da mesma.
2. O mobiliário:
* Deve ser apropriado aos fins, e de conformidade com a idade dos alunos.
3. O material didáctico:
a. Abrange as revistas do aluno e professor.
b. Deve obedecer a um currículo bíblico, de acordo com o agrupamento de idades.
4. A manutenção:
a. Provida pela tesouraria da igreja, uma vez que todo o dinheiro é encaminhado à tesouraria.
b. Seus compromissos: o sistema de manutenção da EBD deve ser um assunto discutido pelo
ministério da igreja local.
C. A Organização com Carácter Espiritual
1. Cuida da espiritualidade:
a. A vida espiritual compreende o estado da escola quanto a oração, conduta cristã, santificação
bíblica, consagração a Deus e predomínio do Espírito Santo.
b. Uma EBD onde não prevalece a essência do Espírito Santo, incluindo os frutos e dons, deixa
de existir como agência de Deus aqui na terra, e torna-se apenas “mais uma escola”.
2. Cuida do ensino da Palavra:
a. Manter o estudo e ensino da Palavra livres de extremismo, modernismo, fanatismo e
doutrinas falsas.
b. Segundo a promessa divina em Isaías 55:11, com toda a certeza, frutos seguirão.
3. Cuida da eficiência:
a. Aqui a escola cuida em prover abundante ensino através de professores idóneos, espirituais,
treinados, cheios do Espírito Santo e zelo pela obra de Deus.
b. Não confundir “idóneo” com “idoso”.
c. A eficiência é vista através do crescimento em todos os sentidos.
36
IV. A DIRECTORIA DA EBD
Uma EBD de grande porte, plenamente desenvolvida, deverá ter directoria assim constituída:
A. O Superintendente
* É o responsável pela EBD para desempenhar algumas tarefas:
1. Estimular os professores, aconselhar, solucionar problemas.
2. Informar ao pastor de como vai o trabalho.
3. Reunir os professores mensalmente para:
* compartilhar ideias e experiências;
* saber das necessidades materiais didácticos;
* incentivá-los;
* patrocinar seminários e outros trabalhos.
B. O Secretário
* Cuida dos relatórios, matrículas, ficheiros, transferência de classe, venda de revista, distribuição de
material aos professores, prestação de relatórios ao superintendente de todas as actividades da EBD.
C. O Tesoureiro
* Deve ser pessoa competente fiel, organizada para cuidar das finanças da EBD.
D. Os Porteiros
* Podem ser os mesmos que servem a igreja. Têm elevada importância na orientação geral de alunos
e visitantes. Lembremo-nos que o povo entra onde é convidado, e fica onde é bem-recebido.
E. O Bibliotecário
* É a pessoa que cuida da biblioteca contendo: livros, revistas, jornais, folhetos, artigos, gravuras,
slides, quadros e murais. Guarda e conserva o material da EBD.
V. O QUE É A PEDAGOGIA?
A. Definição: Pedagogia é a arte de ensinar e educar
B. Pedagogia e Técnicas de Ensino
1. As técnicas de ensinar exploram as leis psicológicas que regem o crescimento e comportamento do
ser humano.
2. A Palavra de Deus pode ser ensinada através de técnicas, sem em nada prejudicar a vida espiritual
do aluno desde que elas sejam usadas com sabedoria em seu devido lugar.
C. Pedagogia como arte de ensinar
1. Ensinar é promover aprendizagem por parte do aluno e não apenas transmissão de conhecimento.
2. Se não houver aprendizagem não há ensino.
3. Para que haja aprendizagem o professor deverá despertar, motivar e interessar a mente do aluno.
4. Um dos alvos do professor na arte de ensinar é dirigir o aluno no processo de aprendizagem.
D. Leis do ensino
1. Definição de leis: São princípios emanantes e imutáveis que regem os actos e comportamentos de
todas as coisas, inclusive o ser humano.
2. Leis do ensino: são leis da teoria e da prática educacional, utilizadas pelo professor para criar no
aluno condições ideais para que o mesmo aprenda o que se ensina.
E. O que é “ensinar”
1. É despertar a mente do aluno e guiá-lo no processo de aprendizagem.
* O aluno aprende através da mente.
2. É explicar, guiar, comunicar.
3. É ajudar a aprender; é moldar vidas.
38
* É a aplicação prática, de experimentar.
F. Crê ou confia
* Confia em si próprio, na organização da escola e na capacidade dos professores.
G. Ora
* Através da oração Deus pode restaurar a confiança do aluno. Cada aluno deve pedir a Deus
sabedoria sentido de aprender a matéria leccionada.
H. Mentaliza
1. Aprende pelos sentidos físicos
2. Aprende pela inspiração divina
3. Aprende pela revelação divina.
6. Paciente
* Para ser um ensinador você deve cultivar a arte da paciência. Ao ficar agitado diante da classe
seus alunos notarão imediatamente que você não tem domínio próprio. Não se pode perder
a paciência, ou perderá a confiança da sua classe.
7. Amoroso
* O professor deve mostrar um profundo amor na arte de ensinar.
8. Pontual
* O professor que tem o hábito de chegar atrasado está dizendo com seu acto que os alunos o
podem seguir, e que as coisas do mundo são mais importantes que as coisas de Deus.
9. Responsável
* Responsabilidade que na falha de uma aula, avisar com antecedência o superintendente da
EBD. Só o superintendente poderá substitui-lo.
10. Atencioso
* Demonstrar atenção por seus alunos; mostrar interesse neles quando ministra a aula, interesse
pelo desenvolvimento espiritual do aluno.
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O que podemos entender por “professor”?
Paciente
Rico em Amor
Organizado
Firmeza do Ensino
Exigente na Disciplina
Sendo o Exemplo
Sempre Constante
Orando pelo Alunos
Radiante de Alegria
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X. O PREPARO DA LIÇÃO
*Um dever semanal do professor
A. Quando preparar
1. Começar a preparação da lição no princípio da semana.
2. Isto dá tempo suficiente para pesquisas, oração e a organização da lição.
B. Como iniciar o estudo
1. Orar antes de iniciar o preparo da lição.
2. Procurar juntar os materiais básicos para seu estudo:
* Bíblia (para estudo do texto da lição), revista do professor, apontamentos pessoais do
professor, livros, dicionários bíblicos, concordância e outros materiais de pesquisas.
3. Estabelecer um objectivo ou alvo para a lição
a. Cada lição precisa de um fim que encaminhe as acções e pensamentos do aluno.
b. Cada professor deve saber onde quer chegar com o estudo ministrado à sua classe.
c. Escolher uma lição que supra as necessidades dos alunos.
4. Juntar material que possa ser útil para ilustrar a lição (mapas, tabelas, desenhos, etc.).
C. Fazer uma revisão da sua lição
1. Depois de completar o plano da aula o professor deve:
a. voltar a reler os detalhes várias vezes;
b. ler os versículos e procurar verdades que venham dar volume de conhecimento à sua classe.
2. Ensinar é um dom de Deus e merece o nosso esforço no preparo.
E. A apresentação da lição
1. Chegar cedo
2. Antes da apresentação da lição o secretário da classe cuidará das seguintes providências:
a. arrumação do local onde se vai ministrar a aula;
b. apontamentos da classe;
c. bem-vindo aos visitantes;
d. cumprimentos a aniversariantes;
e. matrículas de novos alunos.
41
HERMENÊUTICA
I. INTRODUÇÃO
A. Uma das primeiras regras que convém ao pregador conhecer é a Hermenêutica Bíblica, conhecida como
“a arte de interpretar textos sagrados”.
B. A Hermenêutica tem sua origem na palavra grega hermeneutes que significa “intérprete”.
C. A Hermenêutica forma parte da “teologia exegética” que é a ciência da interpretação bíblica. Trata do
conhecimento exacto da interpretação correcta das Escrituras.
D. Nosso desejo é que no decorrer deste estudo você esteja mais apto para manejar a Palavra da verdade (II
Tm 2:15).
42
IV. A HERMENÊUTICA LIGADA A ALGUNS FACTORES
A. A Operação do Espírito Santo
1. Sem a operação do Espírito nada podemos saber (Jo 3:5)
2. O que entendemos da Bíblia é por meio do Espírito; as outras fontes são secundárias.
a. É aconselhável não recorrer à segunda maneira sem antes tentar a primeira: entender pelo
discernimento espiritual, buscando a revelação do Espírito Santo.
b. Somente uma pessoa espiritual pode conhecer, discernir e se edificar (I Co 2:10; Jo 14:26).
B. A Espiritualidade do Salvo
1. O homem espiritual sabe discernir bem em tudo (I Co 2:15)
2. O homem espiritual discerne bem em particular (Mc 4:33)
3. O homem espiritual tem afinidade com o Espírito Santo; por isso goza de um grande privilégio.
C. A Oração: Aliança no Conhecimento
1. Normalmente a falta de sabedoria é devido a falta de oração (Tg 1:5)
2. Pela oração muito pode ser revelado (Pv 2:3-6)
3. A sabedoria que desejamos vem do alto (Tg 3:17)
* Nesta sabedoria não existe variação; ela é pura, santa e verdadeira.
D. Conhecimento Básico da Linguagem Original
* Uma grande parte da Bíblia apresenta palavras que para melhor esclarecimento devem ser
estudadas na sua língua original, ficando assim isentas de má interpretação (Mt 27:46,47; Jo 1:41)
E. Conhecimento de Hermenêutica
a. O conhecimento de Hermenêutica nos tira dúvidas (II Pe 3:16)
b. Nos mostra maneiras de como extrair o significado verdadeiro do texto.
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C. Técnica de perguntas modais
1. Consistem na referência “como”
2. Exemplos:
Como se consegue isso? Como foi usado?
Fp 1:12-14 (como as prisões de Paulo foram usadas para o progresso do Evangelho)
D. Técnica de perguntas temporais
1. Consistem na palavra “quando”
2. Exemplos:
Quando aconteceu isso? Quando foi realizado? Quando vai acontecer?
3. A finalidade é saber se foi no passado, presente ou futuro.
E. Técnica de perguntas locais
1. Consistem na palavra “onde”
2. Exemplos:
Onde está? Onde mora?
3. Este tipo de pergunta fixa a localidade e área geográfica (montanhas, desertos, planície, mar) onde
aconteceu, qual o local.
F. Técnica de perguntas definidoras
1. O que significa isso
2. A pergunta definidora exige uma resposta explanatória.
3. Exemplos:
O que significa “a guarda de pretória” (Fp 1:13)
O que significa “cear” (I Co 11:25)
G. Técnica de perguntas racionais
1. Consistem em palavras que descobrem o motivo, causa ou propósito
2. Exemplos:
Por que isso foi dito?
Por que é usado aqui?
Que posição ocupa na narrativa?
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b. Exemplo: O Salmo 1:6 está baseado no contraste: “O Senhor conhece o caminho do justo mas
o caminho do ímpio perecerá.”
3. Repetições
a. De frases, palavras, orações
b. Exemplos: * Isaías 9:12,17,21; 10:4 encontramos repetições da palavra “mãos”.
* Mateus 23:13-16,23-29 encontramos repetições da palavra “ai”.
4. Intercâmbio de assuntos
a. São assuntos que aparecem um em seguida do outro.
b. Exemplo: Joaõ caps. 1 e 2--os nascimentos de Jesus e João Baptista
c. Exemplo: conselhos para pais e filhos (I Jo 2:12-14).
5. Gradações
a. A gradação ocorre em passagens onde se repete o uso dos termos, onde são mais ou menos
iguais.
b. Gradação é o movimento em direcção a certo ponto
c. Exemplos:
* Am 1:6-2:6
* Hb 4:1-11 Se referindo ao descanso, o escritor aos Hebreus cita diversas maneiras pelas
quais aparece esta palavra
6. A continuação
a. Envolve uma prolongada apresentação
b. Encontramos este tipo em passagens e narrativas históricas
c. Exemplo: o profeta Jonas
* A palavra veio a Jonas (1:1)
* Levanta-te e vai à cidade de Nínive (1:2)
* Jonas levantou-se e desceu a Jope (1:3)
* Em Jope achou um navio que ia a Tarsis (1:3)
* Pagou a sua passagem (1:3)
* Desceu para dentro do navio (1:3)
7. O clímax
a. Envolve a chegada de um ponto crítico de uma narrativa
b. O pregador deve levar a sua mensagem a atingir um clímax
c. As pessoas devem perceber que a mensagem está a chegar ao seu fim
8. A particularização
a. É o caminho do assunto geral para o específico
b. Na particularização toma-se o todo pela parte
c. Podemos chamar de ponto deductivo
d. Jesus particularizou do geral para o específico em Mateus 6:1-18.
9. A generalização
a. É o andamento de pensamentos do específico para o geral
b. Exemplo: Tiago muda o assunto do específico para o geral em Tg 2:1-26
* Tiago começa falando pontos específicos da conduta cristã: amar os pobres, amar o próximo,
obedecer os mandamentos.
* Termina com um princípio geral: como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem
as obras é morta (v. 26)
10. O efeito
a. Trata do motivo e dá o resultado
b. Exemplo: Romanos 6:23 * O salário do pecado: a causa ! A morte: o efeito
* O dom gratuito de Deus: a causa ! É a vida eterna: o efeito
11. A substância
a. O inverso da causa, parte do efeito para a causa
b. Exemplo: Cl 1:12,13
* Dar graças ao Pai (v 12): o efeito
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* Nos tirou do poder das trevas: a causa
12. A instrumentação
a. É o uso de instrumentos para que alguma coisa aconteça.
b. Constrói uma ponte para a construção de uma frase, dando a entender um alvo.
c. Sem instrumentação não poderíamos analisar fundos que são grandes verdades.
d. Exemplos:
* As palavras chaves são: “por mim” (Jo 14:6); “pelas obras” (Tg 2:21); “sem mim” (Jo 15:5)
13. A explanação
a. A finalidade é esclarecer, analisar, explicar
b. Exemplo: A razão de Jesus não fazer muitos milagres na Sua cidade (Mt 13:58)
14. A preparação
a. É o material introdutório
b. Exemplo: Paulo chamado para ser apóstolo (I Co 1:1)
15. O resumo
a. É a informação de forma abreviada, um sumário do que já foi dito.
b. Exemplo: Em Js 24:1-15 verifica-se o alvo directo do assunto em v. 14.
16. A interrogação
a. É fazer perguntas; por vezes os escritores sagrados faziam a pergunta e davam a resposta
b. Exemplos: * Rm 3:31; Gl 3:5,6; Ml 1:2-14
17. A harmonia
a. Envolve unidade por acordo; cada ponto apresenta unidade com o outro ponto.
b. Chamamos isso “lei da harmonia” ou “lei da verdade”.
c. Temos o exemplo de toda a Escritura: ela apresenta-se como uma verdadeira harmonia.
d. Exemplos:
* Harmonia nas promessas e seus cumprimentos; nas doutrinas; nas narrativas
* Rm 3:20,21,31; Rm 1:18-20
18. A principalidade ou tema
a. Envolve a ideia principal, apoiada por ideias subordinadas.
b. Este tipo de recurso é visto nas parábolas de Jesus.
c. O que envolve a principalidade é a concentração do assunto principal.
d. Exemplo: Em Mt 13:47-50 o assunto principal é a separação dos bons e dos ímpios
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c. Será de grande importância o aluno estudar os costumes e cultura bíblica, isso para dar uma
melhor visão dos significados.
4. Procurar explicações
a. Muitas vezes a explicação dos significados vem em seguida à narrativa (Lc 15:7-10; 8:4-9)
b. Comparar os ensinamentos das escrituras baseando-se no contexto.
B. Nas Profecias
O problema na interpretação das profecias:
1. O constante uso de linguagem figurada
a. Quando é uma profecia cumprida a sua interpretação está na própria Bíblia. (Ver o sermão de
Pedro no dia de Pentecostes, At 2:25-33; também Sl 16:8-11).
b. Nas profecias é onde encontramos mais a linguagem figurada.
2. Os profetas escreviam o que era revelado por meio de visões.
a. Torna-se difícil ter uma ideia exacta do que o profeta viu; normalmente temos uma ideia global
e não exacta.
b. Cabe a nós com ajuda do Espírito Santo termos uma ideia clara no factor “visão, revelação”
nas profecias.
3. Os “tipos” representando alguma coisa nas profecias
a. Os tipos são lições concretas de Deus.
b. O tipo deve parecer com o que está sendo representado e não pode ser uma figura real do
que representa. Exemplo: Adão foi um tipo de Cristo mas não era Cristo.
c. O uso dos tipos nas profecias:
* Devemos analisar os tipos aplicados, principalmente no que dizem as profecias.
* O leão pode significar Jesus (Ap 5:5) como pode significar Satanás (I Pe 5:8).
4. O elemento “tempo” nas profecias
* As profecias podem ser cumpridas em três tempos:
a. Tempo passado: profecias que se cumpriram
b. Tempo presente: profecias que estão se cumprindo
c. Tempo futuro: profecias que vão se cumprir
C. Nas Poesias
1. A poesia hebraica
a. O poema hebraico é construído em torno de um padrão de pensamento
b. Muito da poesia hebraica vem do paralelismo:
2. Os paralelismos
a. Paralelo sinónimo
i. São repetições das verdades contidas na primeira linha
ii. Exemplo: Salmo 24:1
* Do Senhor é a terra
* E tudo o que nele habita
b. Paralelo antitético
i. São encontrados quando a primeira linha contrasta com a segunda
ii. Exemplo: Salmo 1:6
* O Senhor conhece o caminho do justo
* Mas o caminho do ímpio perecerá
c. Paralelo sintético
* É quando a segunda linha acrescenta alguma coisa a algo da primeira linha
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L. Parábola
1. Uma metáfora aumentada, uma metáfora em forma de história.
2. Seu objectivo é esclarecer assuntos obscuros.
3. Ilustrar verdades importantes (Lc 18:1-7)
M. Símile
1. Comparação implícita entre duas coisas.
2. Palavra extraída do latim similes (parecido com)
3. Exemplos:
a. A elevação do céu, o crente em Jesus (Sl 103:11-16)
b. Os desígnios de Deus e os desígnios do crente (Is 55:8-11)
c. David considerava os guardas como cães fortes (Sl 59:6)
d. O homem comparado a flor, pó (Sl 103:14,15)
N. Interrogação
1. Este método forçará o entendimento do ouvinte
2. Exemplos:
a. “Quem intentará acusações contra seus escolhidos?” (Rm 8:33)
b. “Quem os condenará?” (Rm 8:34)
c. “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8:35)
O. Apóstrofe
1. No grego esta palavra tem o sentido de virar, passar de um lado para outro.
2. Pára-se de falar aos ouvintes e começa a falar com um outro objecto imaginário.
2. Exemplos: Dt 32:1; II Sm 18:33; Jr 22:29; Lc 13:34
P. Antítese
1. Significa o oposto de pensamentos ou palavras.
2. Quase sempre apresenta o contraste entre o bem e o mal, o falso e o verdadeiro.
3. Exemplos:
a. “Bendizei os que vos maldizem” (Mt 5:43,44)
b. “Entrai pela porta estreita porque a porta larga conduz à perdição...” (Mt 7:13,14)
Q. Provérbio
1. É um ditado sábio e significativo e comum a certo povo.
2. Contém verdades que podem ser aplicadas à vida prática.
3. Exemplo: “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lc 4:23)
R. Acróstico
1. Uma composição que se toma em certa ordem
2. Exemplo: o Salmo 119 possui 176 versos e contém 22 estrofes, com uma secção para cada letra do
alfabeto em hebraico.
S. Paradoxo
1. É uma declaração contrária à opinião
2. Exemplos:
a. “Qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á” (Mc 8:35).
b. “Acautelai-vos do fermento dos Fariseus,” referindo-se às suas doutrinas (Mt 16:6).
c. Outros: Lc 9:61,62; II Co 4:18; 6:8; 12:10.
XI. TIPOLOGIA BÍBLICA
A. O tipo representa alguma coisa, tipificando:
* Pessoas, coisas materiais, marcas, figuras ou modelos.
B. Tipologia no grego
1. Tipo de sinal (Jo 20:25)
2. Tipo de figura (Rm 5:14; I Co 4:6; I Pe 3:21)
3. Tipo de forma (Rm 6:17)
4. Tipo de modelo (At 7:44)
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5. Tipo de maneira (At 20:18; 23:25)
6. Tipo de exemplo (Fp 3:17; II Ts 3:9; Tt 2:7; I Pe 5:3)
7. Tipo de sombra (Cl 2:17)
8. Tipo de imagem (Hb 10:1)
C. Classificação de Tipos
1. De pessoas
* Adão tipifica Cristo no V.T. (I Co g. de construtor
15:21,22) e h. de autor
Eva tipifica a Igreja 4. Tipos de eventos
2. De coisas e acontecimentos a. a noite de Páscoa
a. ofertas pelo pecado b. a descida do maná
b. ofertas pela paz c. o sacrifício de Abraão
c. a rocha ferida d. o dilúvio
d. a serpente de bronze e. adoçando as águas amargas
e. o cordeiro pascoal 5. Tipos de acções
f. a água transformada em vinho a. lavagem dos pés (Jo 13:5)
3. Tipos de ofícios b. andar duas milhas (Mt 5:41)
a. de sacerdote c. virar o rosto (Mt 5:39)
b. de servo 6. Tipos de instituições
c. de ensinador a. o baptismo nas águas (Mc
d. de pastor 16:15)
e. de rei b. a Ceia do Senhor (I Co 11:23-
f. de profeta 38)
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LIDERANÇA CRISTÃ
INTRODUÇÃO
Nosso desejo é que por meio deste estudo você possa ter visão de princípios de liderança cristã. Muitas são
as fontes de estímulo para um líder não cristão: o dinheiro, o luxo, o sexo, a fama. Ao líder cristão sua fonte de
motivação é o oposto do que descrevemos: a graça de nosso Deus, o amor pela obra, a unção adquirida, a
presença divina na liderança—todos fazem parte de bons motives para liderar.
I. DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA
A. Palavra adoptada por A. Binet a partir de 1900, para definir uma pessoa que comanda.
B. Palavra extraída do inglês (leader): líder.
C. Palavra que define uma pessoa que está à frente de um grupo a fim de o guiar.
D. Pessoa que dirige a fim de levar a um alvo.
V. PERIGOS NA LIDERANÇA
A. Perigo da auto-confiança
1. Confiança é uma tendência natural quando as coisas estão a correr bem.
2. Não podemos confiar em nossa habilidade ou na nossa forma de administrar.
3. Podemos nos esquecer do Senhor quando confiamos em nós (Fp 2:13; Sl 127:1; Jr 10:23; II Co 3:5).
B. Perigo de não reconhecer suas limitações
1. O líder deve saber que está limitado em alguns aspectos:
a. Limitação quanto à organização;
b. Limitação quanto à idade;
c. Limitação quanto ao tempo.
2. O líder deve reconhecer quando deve passar a liderança a outros.
a. Ninguém consegue liderar um grupo durante anos no mesmo ritmo.
b. Aqui temos um grande perigo: o grupo pode ficar demasiado acostumado, dependendo do
tipo da sua liderança.
C. Perigo da negligência
1. O líder não deve abandonar a fonte da sua motivação.
2. A adoração, o louvor e a leitura da Palavra de Deus devem ser uma fonte da vida ao líder.
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3. É na oração que o líder encontra forças para motivar sua liderança (Gl 5:22; Jo 10:9).
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* Antes de fazer planos ou organizar melhor o trabalho é necessário verificar o que já temos (Lc
14:28,29)
2. Aproveitar as estatísticas
1. Na igreja primitiva a estatística jogou um papel importante (At 2:41; 4:4)
2. A falta de estatística nas nossas igrejas mostra por si a falta de organização.
3. Ideias para ajudar a controlar
a. Ficha do novo convertido
b. Ficha do membro contendo dados no que diz respeito a ele: nome, endereço, data do
baptismo nas águas, etc.
c. Cartão do membro--verificar o modelo.
d. Estatística mensal e anual de todas as actividades
* Número financeiro, convertidos, baptizados, crianças apresentadas, crescimento ou
decréscimo da Escola Dominical.
* Inclua uma estatística para cada culto: quantos membros, crianças, visitantes, ofertas,
dízimos.
C. Organizar é arquivar
1. Informação acessível
* Para a organização ter valor é necessário que as informações e trabalhos sejam acessíveis a
quem tem direito.
2. A ciência de arquivar
a. É colocar os dados adquiridos onde mais tarde podem ser encontrados.
b. Não vale a pena preencher fichas se vão acabar num canto qualquer da igreja.
3. Um arquivo para cada departamento
* Graças ao bom arquivo da Pérsia, os israelitas poderão concluir os trabalhos da restauração
do Templo Ed 5:17; 6:7).
4. Os arquivos podem incluir:
a. Correspondência
b. Assuntos individuais
c. Requisições
d. Actas
e. Documentos oficiais
f. Estatísticas
g. Fichas de membros, de novos convertidos, etc.
h. Escalas de obreiros
D. Organizar é cuidar das finanças da igreja
1. Prestando contas
1. Todos nós seremos chamados a prestar contas.
2. Estamos conscientes da condenação daquele servo que não tratou bem do dinheiro do
Senhor (Mt 25:26-30)?
3. O dinheiro é do Senhor da igreja e não do pastor, nem do tesoureiro da igreja.
4. O povo que contribui com as finanças tem todo o direito de exigir que o dinheiro seja
controlado, devidamente contabilizado, e sabiamente gasto.
2. Sistema de contabilidade
a. Ter um sistema de controlo da contabilidade do dinheiro da igreja é indispensável.
b. Isto não serve somente para a igreja, mas também perante as autoridades governamentais.
c. Impressos para a contabilidade:
* Folha de ofertas: Cada oferta é conferida por pelo menos duas pessoas de confiança na hora
em que é levantada. Eles devem entregar o dinheiro e assinar numa folha a quantia entregue
à tesouraria.
* Entradas e saídas: Documentos onde se controla cada kwanza da tesouraria. Cada saída deve
ter uma autorização superior.
* Folha de contabilidade: Onde consta todas as entradas e saídas por número e o saldo a todo
o momento.
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* Resolução e verificação das contas: Onde semanalmente ou mensalmente saem as contas
para divulgação ou outros fins.
E. Organizar é divulgar
* Jesus disse que não se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador (Mt 5:15).
Podemos ter o melhor plano do mundo mas se ninguém sabe, nada vale.
1. Comunicar aos membros e frequentadores da igreja
a. Anúncios verbais de programas incluindo os horários.
b. Explicações verbais (por exemplo, as três bacias de oferta são para quê?)
c. Reuniões administrativas: explicar o programa da construção.
d. Quadro de anúncios bem tratado e em dia.
e. Carta informativa aos membros: seminários, pregadores visitas, eventos especiais.
f. Manter o ministério da igreja bem informado.
2. Comunicar com as entidades governamentais ou empresas:
a. Contacto por telefone
b. Contactos pessoais
c. Comunicação escrita
3. Comunicação externa
* Meios de comunicação social, cartazes, convites e anúncios duplicados
F. Organizar é planejar
1. Ainda que não fosse construir, Davi planejou muito bem a futura construção do Templo (I Cr
22:12,16).
2. Planejar é pensar e escrever
* Escreva o que pensa, até ter a oportunidade de o colocar em prática.
3. Planejar e reflectir acerca do que deve ser feito.
G. Organizar é efectuar
* Os líderes devem cumprir e fazer cumprir o planejamento feito. O início para uma grande acção
sempre terá dificuldades. Cabe ao líder motivar e efectuar os planos elaborados.
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TEOLOGIA DO MINISTÉRIO
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2. A autoridade de Deus em relação à chamada envolve a disponibilidade da pessoa (Is 6:8; Êx
3:11,12).
3. A autoridade tem como fundamento “o direito de poder mandar”:
a. Exercer uma autoridade (Mt 10:1; Ap 2:26)
b. No ministério da Palavra a autoridade é fundamental (Mt 7:29); sem autoridade não existirá
êxito no ministério.
4. Podemos usar Seu nome em submissão à Sua autoridade (I Tm 1:1; Mt 3:13,14).
5. Seu nome é autoridade para alicerçar a igreja (At 3:6-12).
6. Ministério e o ministro devem se esconder atrás de Cristo, deixando transparecer Sua autoridade (I
Tm 2:7).
7. O ministério deve:
a. Se coadunar com os ensinamentos de Cristo;
b. Pautar a conduta ministerial segundo a Palavra de Deus;
c. Nunca pensar que o ministério por si poderá tomar a autoridade, sem consultar a Deus.
C. Chamada e chamado são produzidos por Deus
1. Ele mesmo deu uns... (Ef 4:11); Deus Se encarrega de “fazer” este obreiro.
2. O verdadeiro obreiro não se faz por ele mesmo; ele é feito, moldado pelo Senhor.
3. A maturidade de um obreiro depende da sua formação, “...até que Cristo seja formado em vós” (Gl
4:19).
4. A criação do físico humano foi do pó, conforme lemos em Génesis 2:7; no sentido espiritual, Deus
“quebra” o homem velho e o faz novo (Jó 33:6).
5. No exercício do ministério o “barro” não questiona o oleiro (Is 45:9).
6. No ministério tudo deve partir de Deus ao ministro; somos d’Ele, e para Ele estamos a trabalhar. O
ministro deve depender de Deus em tudo.
7. Para ter um ministério próspero devemos ter de Deus a revelação (II Sm 7:27), a unção (I Sm
16:13); e entender que somos guiados por Ele (Jo 16:13; Rm 8:14; Gl 5:18).
8. Uma das formas de Deus fazer um obreiro é pela Palavra (II Tm 3:15); o ministro deve se espelhar
na Palavra se deseja realmente ser moldado por ela. O obreiro feito de barro terá consistência
em armazenar “tesouros” de Deus (II Cor 4:7); infelizmente, muitos estão no ministério como
vasos de ferro, tornando impossível que Deus guarde qualquer tesouro nele.
D. Método de chamada
1. Deus chama directamente (Gn 12:1).
2. Deus chama indirectamente (Nm 27:15-23).
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F. O alvo da Palavra
1. Vencer os contradizentes (Tt 1:9-11)
2. Anúncio dos conselhos de Deus (At 20:27)
3. Edificação (I Co 14:4,5; Ef 2:20; Cl 2:6,7)
4. Corrigir, instruir, repreender (II Tm 3:16)
G. O pregador e o ensino
1. Ensinar avaliando se realmente estamos atingindo a meta de Deus. Não criar somente ensino mas
sim aprendizagem.
2. Ensinar visando a glória do reino de Deus.
3. Ensinar com alvo de edificar, corrigir, instruir (Dt 20:18).
4. Fazer com que todos cresçam e se edifiquem (At 6:7).
H. Os meios aos quais está ligado o ensino
1. O ensino está ligado à autoridade (Mt 7:29).
2. O ensino está ligado ao Espírito Santo (Lc 12:12).
3. O ensino está ligado à precisão (At 18:25).
4. O ensino está ligado à unção (I Jo 2:27).
5. O ensino está ligado ao temor (Sl 34:11).
6. O ensino está ligado à disposição (Êx 35:34).
7. O ensino está ligado à oração (At 6:4).
* Quando não ligamos o ensino a estes factores importantes fazemos do ensino um sal sem sabor.
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a. O seu relacionamento com a oração e meditação na Palavra deve ser uma realidade
executada todos os dias.
b. Antes de alimentar o rebanho o obreiro deve ter o cuidado de se alimentar, fortalecendo os
laços entre ele e seu Senhor.
4. Ordem na sua casa (I Tm 3:4,5)
* Deve assumir a responsabilidade de ministro de Deus no lar. Há obreiros que na prática
abandonam seu lar, privando sua família de ser abençoada. Este é um mal que deve ser
retirado do lar do ministro.
D. O ministro deve ser hospitaleiro na igreja
1. Recepção de descrentes
a. As pessoas sentem-se bem ao serem bem recebidas, à porta do templo, na saudação de
boas vindas e no cumprimento individual.
b. A pessoa descrente deve ver no obreiro e na igreja carinho e amizade.
c. As pessoas devem ver no obreiro uma pessoa hospitaleira, aberta, acessível.
2. Recepção de membros da igreja
a. O obreiro deve ser uma pessoa acessível, não iracundo.
b. Para que os membros tenham acesso ao obreiro, este deve se mostrar aberto para que os
membros vejam nele um amigo, um conselheiro.
3. Recepção de autoridades
* O obreiro deve dar o devido valor às autoridades, mas ter cuidado para não ser manipulado
pelos políticos, nem fazer do púlpito uma tribuna para apoio de partidos.
4. Recepção de obreiros
a. O obreiro bem atendido desempenha com mais entusiasmo o seu ministério.
b. Na recepção de obreiros devemos saber como apresentá-los devidamente, para que ao sair
tenham boa impressão daquela igreja.
E. O ministro deve ser apto para ensinar (I Tm 3:2)
1. Ser apto é ser capaz, e esta capacidade vem do alto (Tg 3:17).
2. A capacidade vem por meio de uma constante busca (Is 3:17; Jr 33:3).
3. O obreiro deve ter seu “celeiro” cheio para poder ministrar às ovelhas.
F. O ministro não deve ser arrogante (Tt 1:7)
1. Normalmente o obreiro arrogante é obstinado em suas opiniões; não aceita conselhos mesmo que
sejam de um colega. Quando repreendido age negativamente.
2. Definição da palavra “arrogante” no Antigo Testamento: ga’avah (Is 16:6); ga’on (Jr 13:9; Pv 16:18):
altivo, insolente, orgulhoso, presumido (arrogância: insolência, altivez, orgulho, soberba).
3. Infelizmente muito ainda exercem “ministérios” com estas más qualidades. A soberba que procede a
ruína é chamada de ga’on, que significa “excelência inchada” (Pv 16:18).
4. O arrogante busca prevalecer nas suas ideias; é uma pessoa teimosa. Não devemos separar para o
ministério uma pessoa com esta má qualidade.
G. O ministro não deve ser irascível (Tt 1:7)
1. Definição:
a. A palavra “irascível” significa “inclinado à ira” (alguém que se ira com facilidade), referindo-se
à maneira intensa e egoísta como o homem protege seus vícios ou paixões.
b. O termo grego para ira é thumos, que significa ira ou fúria explosiva que irrompe através de
palavras e acções violentas (Cl 3:8).
2. Paulo descreve a ira como fruto da carne (Gl 5:20).
3. O obreiro não deve ser violento
* na administração, na conversação, no trato com as ovelhas, no púlpito.
4. Há obreiros que atacam suas ovelhas do púlpito, descarregando a sua ira por meios de “sermões”.
5. A ira pode ser uma porta aberta para uma operação satânica (Ef 4:26,27); um obreiro irado levanta
problemas (Pv 15:18).
6. “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12:19-21; II Co 12:10; Gl 5:19,20;
Tg 1:19,20).
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7. Como obreiros exercendo um ministério, devemos mostrar maturidade, sendo “tardio para se irar”
(Tg 1:19).
H. O ministro não deve ser cobiçoso (At 20:33; Tt 1:7)
1. O termo hebraico “cobiça”
a. chamad: o desejo pela possessão alheia (Mq 2:2; Dt 5:21; Êx 20:17)
b. betsa: o desejo por lucro desonesto (Pv 28:16; Jr 6:13)
c. avah: o desejo forte, egoísta, somente para si (Dt 5:21; Pv 21:26)
“Não cobiçarás (chamad) a mulher do teu próximo, e não desejarás (avah) a casa do teu
próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem jumento, nem
qualquer coisa que é do teu próximo” Dt 5:21.
2. O termo grego “cobiça”
a. epithumeo, epithumia: expressa qualquer desejo intenso, o qual, se mal orientado, poderá
ser concentrado sobre o dinheiro, ou por aquilo que é proibido (At 20:33; I Tm 6:9; Rm
7:7)
b. pleonekteo: explorar, enganar para seu próprio proveito (Lc 12:15; Ef 5:5; Cl 3:5; I Ts 2:5; II
Pe 2:14); no caso encontrado em II Co 7:2, o apóstolo Paulo se defende, escrevendo que
não explorou ninguém ou buscou seu próprio proveito.
c. aischrokerdes: avareza (Tt 1:7 “cobiçoso de torpe ganância”)
d. oregomai: desejar, estender-se para alcançar (I Tm 6:10)
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos de muitas dores” I Tm 6:10.
3. O que não se deve cobiçar:
* As ovelhas de outro pastor, outra igreja, outro ministério, outro dinheiro, outro poder.
I. O ministro não deve ser um dominador (I Pe 5:3)
1. O obreiro dominador age como se a igreja fosse seu património.
2. O obreiro não deve liderar a base de domínio próprio; deve ser um homem de Deus reconhecendo
sua soberania. Paulo declara: “Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...” (Gl 2:20).
3. O obreiro deve respeitar o factor “tempo”, não pensando que uma vez colocado à frente do rebanho,
deve para sempre ali permanecer.
4. Israel andava e parava conforme a vontade de Deus (Êx 40:36,37).
5. O obreiro deve ter visão espiritual para saber se o exercício do seu ministério deve ser contínuo ou
não. (Devo ou não parar? Transferência para outro campo? Tenho maturidade para uma
mudança?)
6. O obreiro deve ir ou vir impulsionado pelo Espírito Santo.
* Deus não vai abençoar um obreiro que está no lugar errado; por certo este obreiro irá trabalhar
contra a vontade de Deus, deixando de realizar os planos d’Ele.
63
b. Onde está a unção que devemos receber d’Ele? Por vezes somos criticados de sermos frios,
sem mensagens, por falta de oração.
3. A oração alicerça o nosso ministério.
a. Cria raízes mais profundas, nos leva a novas descobertas e edifica a nossa vida.
b. Uma árvore necessita da seiva (oração) para dar fruto (Sl 1:3; Lc 6:43).
4. A oração dá saúde ao nosso ministério.
a. Porque hoje nos deparamos com “ministros enfermos”? Falta de oração.
b. A oração nos faz reflectir como estamos, e aponta à solução para nossos problemas (Is 38:1-
3).
5. A oração produz crescimento no nosso ministério
* Para se desenvolver um ministério é necessário ter uma vida de oração (I Ts 5:17).
C. Seu relacionamento com as finanças
* A queda de muitos obreiros dá-se pelo facto da falta de vigilância na área financeira (I Tm 6:10).
1. Ter uma tesouraria organizada.
2. Ter sabedoria na administração.
* Saber que tudo o que está realizando é para o seu Senhor; somos mordomos (Sl 24:1)
3. Ter uma comissão de finanças
* O objectivo da comissão é apoiar o pastor, dando mais transparência no sector administrativo.
4. Fugir da aparência do mal.
D. Seu relacionamento com o sexo oposto
* O obreiro deve tomar alguns cuidados:
1. Nos aconselhamentos;
2. No tratar de assuntos íntimos;
3. No andar sozinho com o sexo oposto.
E. Seu relacionamento com a popularidade
1. A popularidade pode servir de bênção ou tropeço, dependendo da maturidade do obreiro.
2. A popularidade e o ensino de Jesus (Jo 15:5).
3. A popularidade e o ensino de Paulo (I Co 15:10).
64
C. Obedecendo três princípios como obreiro e pai
1. Princípio da comunhão
a. Na declaração do salmista a comunhão é boa e suave (Sl 133:1--no hebraico as duas
palavras usadas juntas nesta passagem para exprimir “comunhão” são gam + yachad)
b. Uma palavra grega que significa “comunhão” é koinonia; envolve a ideia de participação,
companheirismo e contribuição (At 2:42; I Jo 1:3).
c. Outra palavra grega para “comunhão” é homileo, que significa “estar junto com, em
conversação” (Lc 24:15; At 24:26).
d. Comunhão consistem em um acordo em que diversas pessoas unem-se e chegam a
participar juntas em uma determinada coisa (II Co 6:14; I Jo 1:3).
e. Como porta-voz de Deus à sua família, o ministro deve assegurar a comunhão dentro dos
seus limites, pois existem elementos da comunhão que somente o Espírito Santo pode
assegurar.
2. Princípio da reciprocidade
* É o princípio de viver juntos em confiança e concessões. Não existirá comunhão no lar
enquanto não houver confiança. Esposo e esposa, filhos e pais devem viver com base em
concessão e confiança, para gerar um clima d estabilidade no lar.
3. Princípio da autoridade (Ver secção IIB desta lição)
a. Nunca confundir autoridade com autoritarismo; o termo “autoridade” vem do latim
auctoritate, derivada de auctore (“causa”, “patrocinador”, “promotor”, “fiador”). Era um
termo romano usado para indicar a fiança em uma transacção, a responsabilidade por um
menor de idade.
b. O ministro é o patrocinador, o fiador, responsável pela sua família; fugindo deste princípio
existira perda de autoridade.
c. Tudo indica que Davi perdeu a autoridade sobre seus filhos (II Sm 12:9,10); pelo facto de dar
mau exemplo ele sofreu sérias consequências (II Sm 13:1,2). A perda de autoridade leve
um lar à desgraça.
D. Discipulando a esposa para o ministério
* O ministro de Deus deve agir no sentido de ter o apoio da esposa, lembrando os seguintes princípios:
1. Amar a esposa. Não se irritar contra ela (Cl 3:19), mas ter paciência; procurar não irritar a sua
esposa, mas criar um clima de amor e harmonia.
2. Procurar respeitar seus sentimentos, se preocupar com a sua saúde e com seu vestir. Ser gentil e
educado com a sua esposa, e não lhe tratar como “minha cruz”, “minha velha”, “minha patroa”.
Transformar este quadro, dizendo “meu bem” (é bíblico e bonito--Pv 18:22).
3. Falar que ela é importante para si e para Deus. Procurar andar com sua esposa, conversar, passar
tempo com ela. Compartilhar com sua esposa do seu ministério. Orar e jejuar com ela, e se
preocupar com a sua vida espiritual, pois à medida em que ela for ajudada poderá ajudar outros.
4. É bíblico a mulher estar preocupada com Deus e com Seu reino (I Co 9:5), mas não ao ponto de
estar “distraída, ansiosa e afadigada” como Marta (Lc 10:40,41).
5. Atrair a sua esposa para o apoiar no ministério.
6. Na verdade Deus colocou a mulher num lugar abrangente na vida do homem... “uma adjutora que
esteja como diante dele” (Gn 2:18). Entender que a esposa é uma auxiliadora em todas as
actividades do homem; um dos erros de relacionamentos é o homem tentar deixar a esposa de
lado; isto fere o princípio divino.
E. Características do obreiro em relação à sua família
1. Marido de uma mulher (I Tm 3:20)
a. A palavra “marido” refere-se ao homem casado, em relação à mulher a quem se uniu.
b. Quando Abraão foi chamado para a obra de Deus, levou a sua esposa (Gn 12:5); tudo indica
que gostava de proteger a sua esposa (Gn 12:10-13).
2. Governa a sua casa (I Tm 3:4)
* De nada vale o obreiro estar preocupado com o rebanho fora do seu lar, se sua casa está
desarrumada.
.
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3. Bom testemunho (I Tm 3:7)
* Na galeria de testemunhos Noé se apresenta juntamente com sua família (Hb 11:7); todos que
viviam com ele foram salvos (Gn 7:7). O próprio Deus viu o testemunho de Noé e disse: “Entra
na arca, tu e a tua casa” (Gn 7:1), partindo de Deus, é um grande testemunho. Deus abençoou a
Noé e os seus filhos (Gn 9:1). Jó possuia qualidades (Jó 1:1): ele se desviava do mal e
intercedia pela sua família (v. 5).
X. MINISTÉRIO DE APOIO
A. O que faz o ministério de apoio
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1. Apoia os mais diversos trabalhos estabelecidos por Jesus na Sua Igreja.
2. Não são somente os dons ministeriais que devem estar em execução.
* As divisões do ministério de apoio:
a. Servir, serviço (At 6:4; II Co 11:8; Ef 4:12; Hb 1:14; Ap 2:19)
b. Ofício ministério (At 1:17; 20:24; Rm 12:7; I Co 12:5; II Co 5:18).
c. Auxílio, apoio, distribuição (At 6:1; 11:29)
3. Responsabilidades gerais:
* Trabalhar com a visão do seu pastor. O pastor como dirigente do rebanho recebe de Deus
planos para serem executados, necessitando de ajuda por parte dos diversos departamentos.
Ser submisso às ordens ministradas pelo líder da igreja. Por vezes questionamos as ordens,
principalmente quando a ideia não é nossa.
B. Quem faz parte do ministério de apoio
1. Os diáconos
a. Seu significado: servente, servo, servidor (Mt 20:26; 22:13)
b. Tem sentido específico para garçon (Jo 2:5-9)
c. O diácono pode servir em várias áreas, dependendo do seu ministério.
d. Suas qualidades (At 6:3):
1) Homens de boa reputação
2) Homens cheios do Espírito Santo
3) Homens de sabedoria
2. Os professores
a. Suas qualidades
1) Pessoa piedosa, que tenha dedicação ao ensino
2) Pessoa que tenha responsabilidade com o que ensina.
3) Pessoa com maturidade para ensinar
b. Suas responsabilidades
1) Para com os alunos
2) Para com Deus
3) Para com o departamento de ensino (horários, materiais, reuniões).
3. A liderança da Sociedade de Senhoras (Círculo de Oração)
a. Seu trabalho
1) Assistir os fracos na fé.
2) Visitação; suprir necessidades materiais e espirituais.
* Amparar órfãos e viúvas.
3) Intercessão pelas necessidades da igreja.
b. Seu dever
1) Ser exemplo na oração.
* O trabalho da Sociedade de Senhoras exige muita oração, principalmente por se
tratar de liderar mulheres que têm na vida diária problemas dos mais diversos.
2) Trabalhar com a visão do seu pastor.
* Como dirigente do rebanho, o Pastor recebe de Deus planos para serem
executados, necessitando de ajuda por parte dos vários departamentos existentes
na igreja. Cabe à Sociedade de Senhoras trabalhar conforme o desejo do coração
do seu pastor, ajudando-o a promover as diversas actividades.
3) Ser submissa às ordens ministradas.
* Por vezes não entendemos determinadas tarefas, principalmente quando a ideia
não é nossa; questionamos as ordens, causando transtorno na obra de Deus.
c. Seu alvo principal: ajudar o Pastor na liderança da igreja.
* O alvo da líder da Sociedade de Senhoras não deve ser o de juntar um grupo
semanalmente para cantar e orar, ainda que necessário; o grupo deve se integrar
com mais dinamismo na grande seara do Mestre.
4. O líder da juventude
a. Quem é o líder
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* Aquele que lidera na base da sua experiência; a sua liderança está limitada à unção que
possui.
* Aquele que comanda, e uma base da sua liderança é o respeito e autoridade.
b. Qualidades de um líder da juventude
* Possui pureza, principalmente no meio juvenil.
* Possui maturidade espiritual para exercer a função.
* Tem cuidado no trato e na palavra.
c. Como trabalha um líder da juventude
* Com base na liderança do seu pastor.
* Busca conselho dos mais velhos.
* Respeita a juventude.
5. A comissão de construção
* Seu objectivo:
a. Escolha de pessoal capacitado, pessoas que entendem realmente de construção.
b. Planejamento de construções, saber os custos do plano elaborado.
c. Supervisionar a obra em execução.
6. A comissão de finanças
* Sua função:
a. Organizar a contabilidade e mantê-la em ordem.
b. Prestação de relatórios aos membros do comité por parte do tesoureiro.
c. Avaliar e determinar o orçamento.
7. A comissão de ensino
* Seu objectivo:
a. Organizar e patrocinar seminários para alcançar os mais diversos alvos estabelecidos pela
comissão.
b. Organização de departamentos de ensino:
* Escola Dominical, escola teológica, escola secular, organizar o discipulado.
c. Uma comissão de ensino bem estruturada pode contribuir de forma a minimizar a carência do
ensino na nossa igreja.
d. A comissão de ensino deve procurar estruturar os mais diversos departamentos da igreja
onde se faz sentir a sua organização.
71
COMO PREPARAR SERMÕES
INTRODUÇÃO
Todo pregador deve conhecer princípios de interpretação (hermenêutica) e princípios de explanação
(homilética). Sem conhecimentos de ambos, pouco ou nada podemos para ajudar nossos ouvintes a entender o que
pregamos. O alvo principal de uma pregação é exibir a Palavra de Deus, e explicá-la por métodos sem em nada
distorcer o propósito espiritual. A finalidade desta lição é ajudar todos que desejam sinceramente aprender a pregar
a Palavra de Deus sob a unção do Espírito Santo.
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a. Se seu sermão possui muitos pontos negativos, inicie anunciando os pontos negativos, e
depois os positivos. (Exemplo: Ao falar de salvação e perdição, coloque em ordem: fale
de perdição em primeiro lugar e depois a salvação).
b. Cada ponto tem uma relação com o próximo ponto; seria o mesmo de você ter um destino a
seguir, os passos em direcção ao lugar certo o conduzirá ao alvo.
c. Os pontos devem estar em harmonia; todos têm relação com a aplicação presente. Cada
palavra, cada gesto, cada versículo deve condizer com o ponto citado.
d. O pregador deve tomar o cuidado para não se desviar do rumo. Não falar posteriormente o
que não falou no ponto já explicado; não desviar a atenção do auditório com assuntos que
não dizem respeito ao sermão; não começar falando sobre salvação e terminar com
anjos.
3. O número de divisões
a. O número de divisões pode ser determinado pela natureza do tema.
b. Normalmente não pode ser menos de dois, e em geral não passam dos cinco pontos.
c. O pregador deve anunciar na introdução os números de divisões.
d. Não se esquece que um número elevado de divisões cansará os ouvintes, perdendo assim o
interesse pela mensagem.
e. O pregador não pode esquecer que o tempo dos pontos deve ser bem planejado; nunca
esquecer que em geral não devemos usar muito tempo num ponto e pouco tempo noutro
ponto.
4. A conclusão de um sermão
a. Conclua pela razão de ter terminado a tarefa.
b. Conclua recapitulando; não confundir recapitular com pregar de novo o sermão. A
recapitulação ajudará os ouvintes a guardarem de um só lance a perspectiva geral do
caminho percorrido.
c. Conclua aplicando as verdades fundamentais do seu sermão.
d. Conclua demonstrando aos ouvintes como dar cabo à tarefa ao desafio apresentado pelo
sermão.
e. Conclua persuadindo. Todos têm um desejo, um problema, uma dúvida; convide a pessoa a
dar um passo no caminho da vitória.
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DOUTRINAS FUNDAMENTAIS
INTRODUÇÃO
A. Noção geral sobre doutrina
1. O que é “doutrina”?
“Conjunto de princípios em que se baseia o Cristianismo.”
a. A palavra “doutrina” significa “ensino” ou “instrução”, “disciplina”.
“Caia como a chuva a minha doutrina; destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco
sobre a erva e como chuvas sobre a relva” (Dt 32:2).
b. A palavra “doutrina” procede da palavra latina doctrina, cuja forma verbal é docere (ensinar).
c. As palavras gregas assim traduzidas são didaskalia e didache. Essas duas palavras
aparecem por quarenta e oito vezes no grego do N.T. A ideia essencial é “ensino”, a
comunicação de conhecimentos.
d. Paulo fala do dom de ensinar (Ef 4:11), conferido a indivíduos especiais da Igreja cristã, a fim
de que a mensagem cristã possa ser anunciada de forma mais eficaz.
2. Quais os tipos de doutrinas encontradas?
* Conforme a raiz (fonte) de onde procede a doutrina, ela pode ser:
a. Doutrina do homem (Mt 15:7-9)
b. Doutrina do diabo (I Tm 4:1)
c. Doutrina de Deus, sã e pura (Jo 7:16,17; Pv 30:4,5; Sl 12:6; 18:30; II Tm 3:16).
d. As verdades fundamentais da Bíblia expostas em forma sistemática: isto chamamos de
“Teologia” (estudo racional acerca de Deus).
B. A importância da doutrina bíblica
* Crença firme produz carácter firme. Não vemos a espinha dorsal; ela porém é essencial ao corpo, e
assim como a doutrina é para a religião.
1. Porque a doutrina é importante?
a. Ajuda a discernir entre o certo e o errado (Jo 7:17).
b. É uma defesa contra o erro (Mt 22:29; Gl 1:6-9; II Tm 4:2-4).
2. Qual o compromisso da Igreja com a sã doutrina?
a. De prioridade
* Era uma das principais actividades da igreja primitiva (At 2:42).
b. De divulgação
* Os apóstolos encheram Jerusalém com a boa doutrina (At 5:28).
c. De zelo
* Evitando quem é contrário à boa doutrina (Rm 16:17; II Jo 10).
* Para os infractores há um juízo (I Tm 1:9-11).
3. Cuidando da doutrina (I Tm 4:16)
a. É dever da igreja ensinar seus membros a fim de não serem enganados (I Tm 1:3).
* O ensino deve ser divulgado a todos, mesmo que não haja boa recepção (II Tm 4:2-4).
b. Advertir os falsos ensinadores (I Tm 1;3,4)
c. Um método simples de memorizar as 10 doutrinas fundamentais:
77
B. Toda a escritura é inspirada
* As Escrituras quando proferidas atingem quatro alvos (II Tm 3:16,17):
1. A Palavra é apta para ensinar--todas as verdades de Deus devem ser expostas.
2. A Palavra é apta para redarguir--refutar erros que possam surgir.
3. A Palavra é apta para corrigir--meter o errado no caminho certo.
4. A Palavra é apta para instruir em justiça--pôr na prática o ensino da Bíblia.
C. Jesus deu o Seu abono à Bíblia
1. Jesus leu a Bíblia (Lc 4:16-20).
2. Jesus ensinou a Bíblia (Lc 24:47).
3. Jesus chamou a Bíblia a Palavra de Deus (Mc 7:13).
4. Jesus cumpriu a profecia da Bíblia (Lc 24:25-27).
5. Jesus afirmou ser a Bíblia a Palavra de Deus (Jo 10:35).
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D. Jesus declara ser Deus
1. Quatro declarações bíblicas da Sua deidade:
a. “…deve morrer, porque se fez Filho de Deus” (Jo 19:7).
b. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14:6).
c. “Naquele dia nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo que tudo quanto
pedirdes ao Pai, ele vo-lo concederá em meu nome” (Jo 16:23).
d. “Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).
2. Foi adorado como Deus (Mt 8:2; Jo 8:27-29).
3, Os discípulos reconheceram a divindade de Cristo (Fp 2:6; At 2:33).
E. A obra de Cristo
1. A Sua morte expiatória (Rm 6:23; II Co 5:21; Ap 3:18; Fp 2:5-11)
* O símbolo do bode expiatório (Levítico capítulo 16); remissão dos pecados não pelo sangue de
animais, mas pelo sangue de Cristo (Hb 10:4;10-12)
2. A Sua morte voluntária na cruz (Jo 10:17,18).
3. Nossa redenção e remissão dos pecados (Ef 1:7; Lc 1:77)
4. A Sua ressurreição garante-nos a ressurreição à vida eterna (II Co 4:14; I Ts 4:14)
5. O Seu ministério actual garante-nos um intercessor e advogado no céu (Rm 8:34; I Jo 2:1).
6. Dar a libertação (Lc 4:18).
7. Chamar pecadores (Mt 9:13).
8. Dar testemunho da verdade (Jo 18:37).
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D. O Espírito Santo habita em todos os salvos
1. É exigido o novo nascimento para esta habitação
a. O Espírito Santo nos transportou ao Seu reino
b. Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus (Jo 3:3-5)
c. Agora vemos o reino de Deus (Jo 3:3), pelo novo nascimento.
2. Fomos formados pelo Espírito Santo
* “…até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4:19)
3. Fomos feitos por Ele
* “Foi Ele quem nos fez, povo seu e ovelhas de seu pasto” (Sl 100:3)
4. O Espírito Santo habita no salvo (Jo 14:16,17)
a. “Habitar” não quer dizer “baptismo” no Espírito Santo
b. Podemos ter o Espírito Santo sem sermos baptizados com o Espírito Santo (Rm 8:9-11).
c. O Espírito Santo é o poder para sermos testemunhas (At 1:8).
d. Ele nos convenceu do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8); Ele trabalhou desde o início da
conversão, e estará connosco (Jo 14:17).
E. O baptismo no Espírito Santo e as bases bíblicas
1. Definição da palavra “baptismo”
a. A palavra “baptismo” vem da palavra grega baptizo (de bapto) que significa “mergulhar”,
“submergir”.
b. É como um copo vazio mergulhado numa bacia de água; fica mergulhado, cheio por dentro e
por fora.
c. Todo crente baptizado no Espírito Santo fica imerso, cheio, mergulhado no Espírito Santo (Mt
3:11).
2. O baptismo no Espírito Santo é uma promessa
a. Foi prometido por Deus no V.T. “…derramarei do meu Espírito” (Jl 2:28)
b. Pronunciado por João Baptista (Mt 3:11)
c. Foi prometido por Jesus (Lc 24:49; At 1:5,8)
d. Os discípulos não deviam ausentar-se de Jerusalém sem a promessa (At 1:4)
* Experimentada por eles em At 2:4
e. A promessa é para todos os crentes (At 2:38,39; 8:14-17; 10:44-48; 19:1-6).
3. O propósito do baptismo no Espírito Santo
a. Ser testemunha (At 1:8)
b. Encher a pessoa de poder para servir ao Senhor (At 1:8)
c. Faz uma transformação na vida (At 2:12-17)
3. Principados
* Refere-se aos que possuem autoridade semelhante ao do primeiro ministro de uma nação;
talvez esteja ligado à categoria dos arcanjos, ainda que a Bíblia refira-se apenas a um
arcanjo (Jd 9).
4. Potestades
a. Refere-se à autoridade incorporada na posição.
b. São anjos poderosos, mas seus poderes não são independentes; possuem poderes
delegados para salvar ou destruiu. Exemplo: o anjo da morte ou destruidor (I Cr 121:15).
c. Podem referir-se aos anjos guardiões de nações e mundo (Ef 1:21).
F. Outras classificações de anjos
1. Anjo do Senhor
a. A maneira pela qual o “anjo do Senhor” é descrito, distingue-o de qualquer outro anjo.
b. No V.T. em quase todos os usos, este mensageiro é considerado deidade, no entanto,
distinguido de Deus (Gn 16:7-14; 22:11-18; 31:11; Êx 3:2-5; Nm 22:22-35; Jz 6:11-23;
13_2-25; I Rs 19:5-7; I Cr 21:15-17).
c. Várias actividades, incluindo guardar o povo e conduzi-lo pelo caminho até o lugar destinado
(Êx 23:20).
d. Sua autoridade: ele pode reter o perdão (Is 63:9; Êx 23:21).
e. Sua relação com Jeová: ele é descrito como a presença de Jeová (Êx 23:17; 33:2).
2. Arcanjos
* A palavra “arcanjo” é de origem grega archaggelos: “arch” significa “chefe”; literalmente é
“anjo chefe” (I Ts 4:16; Jd 9).
3. Querubim
* Em hebraico o vocábulo keruwb ou kerubhim, significa um “espírito celeste”. Em Gn 3:24
estes anjos são responsáveis pela guarda e protecção de coisas relacionadas com a
criação.
4. Serafins
* O vocábulo “serafins” deriva-se do hebraico saraph, cujo significado é “ardente, refulgente,
brilhante. De acordo com Is 6:2,3 são uma classe de anjos especificamente designada
para o serviço e adoração ao Deus Todo Poderoso.
G. Satanás: um anjo caído
1. Seu carácter
a. Presunçoso (Jó 1:6; Mt 4:5,6)
b. Orgulhoso; seu orgulho e presunção são evidentes pela declarações “eu subirei”, “assentar-
me-ei”, “subirei acima”, “serei semelhante ao altíssimo” (Is 14:12-15).
c. Poderoso: Satanás tem poder, mas não tem todo o poder. O seu poder está inserido no
domínio que ele tem sobre os homens que se deixam dominar por ele. Não devemos
exagerar o seu poder e tão pouco ignorar os seus ardis (Ef 2:2; 6:12; Jó 1:2,3,12; II Co
2:11)
d. Feroz e cruel (Lc 8:29; 9:39-42; I Pe 5:8)
“…pois um espírito se apodera dele, fazendo-o gritar subitamente, convulsiona-o até escumar e,
mesmo depois de o ter quebrantado, dificilmente o larga. E roguei aos teus discípulos que o
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expulsassem, mas não puderam. Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando
estarei convosco e vos sofrerei? Trazei-me cá o teu filho. Ainda quando ele vinha chegando, o
demónio o derribou e o convulsionou; mas Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e
o entregou ao seu pai. E todos se maravilhavam da majestade de Deus. e admirando-se todos de
tudo o que Jesus fazia…” (Lc 9:39-42)
2. Suas actividades
a. Causar divisões e dificuldades
* Satanás causa divisões e muitas dificuldades à Igreja. Ele não é apenas o adversário de
Cristo, mas também o é dos remidos (Ef 4:3; Pv 6:16-19; Mt 13:38,39).
b. Tentador
* Tenta o crente à desobediência a Deus (Gn 3:4,5; Jó 1:9-11).
c. Instigador
* Instiga os homens a pecarem (Jó 1:3,7,12,22).
d. Opositor
* Opõe-se aos justos (Zc 3:1)
* Tenta arruinar os fiéis através de:
1) Promessas mentirosas (Gn 3:5)
2) Planos astuciosos (II Co 2:11)
e. Pervertedor
* Como parte das suas actividades ele procura perverter a doutrina e ensinar heresias (I
Tm 4:1)
f. Provocador de rebelião
* Tenta causar o homem a rebelar contra Deus (Ap 16:14).
g. Possessor
* A possessão descrita pela Bíblia é a habitação de um ou mais demónios numa pessoa
(Mt 4:24), ou animal (Mc 5:13).
* Alguns efeitos da possessão maligna (nem todos são resultado de possessão maligna):
1) Doenças físicas (Mt 9:32,33) 2) Distúrbios mentais (Mt 17:15)
88
6. Foram criados segundo uma ordem inferior, e eram dependentes de Deus (Sl 8:5).
7. Tanto o homem como a mulher foram uma criação especial de Deus, não um produto da evolução
(Gn 1:27; 2:7; Mt 19:4; Mc 10:6).
8. O livro de Darwin publicado em 1859 teve êxito estrondoso mas completamente alheio aos
ensinamentos da Bíblia. Parece que as teorias foram feitas a propósito para dar fundamento
científico ao materialismo.
C. A natureza do Homem
* Deus criou o homem como um ser tríplice, isto é: corpo, alma e espírito (II Co 4:16; Ef 3:16; Mt 10:28;
Tg 2:26).
1. A alma do homem
a. É a sede ou o centro das suas emoções; desejos, sentimentos, “a minha alma tem sede de
Deus” (Sl 42:2), são características expressas da alma.
b. A alma se alegra (Sl 35:9)
c. Ama a Deus (Mt 22:3-7)
d. Sente tristeza (II Rs 4:27)
e. Ao morrer o corpo, a alma sobrevive (Gn 35:18; S 42:1,2)
2. O corpo do homem
a. É a sede dos sentidos: visão, audição, tacto, olfacto, paladar.
b. Teologicamente o corpo é chamado: casa ou tabernáculo (II Pe 1:13,14; Zc 12:1); templo (I
Co 6:19,20).
c. A Bíblia nos ensina que teremos um corpo glorificado; não estará mais sujeito a dores e
enfermidades (I Co 15:35-42).
3. O espírito do homem
a. A Bíblia declara que o homem tem espírito (At 7:59)
b. Diz que o espírito está pronto (M 26:41)
c. Tem possibilidade de comunhão com Deus (Jo 4:23; Rm 8:16).
VII. A DOUTRINA DO PECADO (Hamartiologia)
A. Etimologia da palavra “pecado”
1. No hebraico a palavra mais usada para “pecado” é chatta’ah (ofensa);
2. No grego é hamartia (ofensa).
3. “Pecar”, segundo a palavra de Deus, é errar o alvo, ou falhar em alcançar um modelo, ou falhar em
obedecer à autoridade.
B. A criação e a queda
1. O homem foi criado sem pecado
a. Por decisão própria e por instigação de Satanás o homem tornou-se pecador.
b. Assim toda a humanidade herdou o fardo do pecado; todos pecaram (Rm 3:23).
2. O local da sua queda
* Satanás penetrou no Jardim do Éden para levar o homem a pecar (Gn 3:1-24).
3. Os resultados da sua queda
a. Perdeu a comunhão com Deus (Gn 3:8-12)
b. Experimentou a morte espiritual e tornou-se pecador por natureza (Ef 2:1; Rm 5:12,19).
c. Começou a experimentar a morte física (Gn 2:17).
d. Encontrou o seu ambiente cheio de resultados do pecado (Gn 3:17-19).
e. O nosso instinto de auto-desculpa é muito forte, sendo ele mesmo produto do pecado (Gn
3:12,13).
C. Classificações de pecado
1. Pecado por cometer
a. Desobedecer a Palavra de Deus (Gn 2:17).
b. Desviar do caminho que Deus determinou (Êx 32:8).
c. Avançar por um caminho proibido, um caminho da sua própria escolha (Is 53:6).
2. Pecado por omissão
* Não cumprir a Palavra de Deus (Tg 4:17).
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3. O pecado imperdoável
a. O único pecado imperdoável é com conhecimento da verdade e com malícia.
b. Negar o Espírito Santo, endurecendo-se para não receber a Sua voz.
c. Abandonar a Palavra de Deus e deixar a salvação de vez (Mc 3:2-30)
d. Não se pode cometer o pecado imperdoável por ignorância ou engano (I Tm 1:13).
e. O crente que se desvia ainda pode ser recuperado (Tg 5:19,20)
f. O perigo espiritual está descrito em Hb 6:1-12.
D. O pecado e o crente
1. Existe a possibilidade do crente pecar? (I Jo 1:8,9)
2. Sim, e cada vez que cometer um pecado deve reconhecê-lo (Sl 51:3).
3. O crente deve evitar o pecado (I Tm 5:22)
4. O crente deve odiar o pecado (Hb 1:9).
5. O crente deve resistir ao pecado (Tg 4:7-9).
6. O crente deve confessar seu pecado (I Jo 1:9).
7. O crente deve abandonar o pecado (Pv 28:13).
E. A manifestação e resultados do pecado
1. Os pecados da carne são manifestos (Gl 5:16-19). Não há meios de escondê-los eternamente.
2. O pecado gera um estado de condenação
a. A alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:20).
b. Quando um pecou, todos pecaram (Rm 5:12; 15:19).
3. O pecado produz contaminação
a. Todo o interior do homem está contaminado (Mc 7:18-23).
b. O sangue de Jesus Cristo é o meio mais eficaz para nos purificar de todo o pecado (I Jo 1:7).
4. O pecado bloqueia a consciência
a. A sua consciência é sensível à voz de Deus (Ef 4:18,19).
b. É precisamente isso o que a Bíblia quer dizer quando fala sobre o homem caído no pecado
como “filho do diabo” (Jo 8:44; Mt 13:38; At 13:10).
5. O pecado é um estado de incapacidade
a. Para nós é impossível nos salvar; a inclinação da carne é inimizade contra Deus (Rm 8:7,8).
b. Os que estão na carne devem se arrepender (At 17:30).
6. O pecado é um estado de morte
* Os pecadores estão num estado de morte (Ef 2:1; Rm 6:23).
90
4. Adopção (fomos feitos filhos de Deus--I Jo 3:1,2).
5. Santificação (o processo de Deus em fazer o crente puro--II Co 7:1).
* A santificação é obra de Cristo em nós. Ideias erradas sobre como alcançar a santificação:
a. O legalismo (imposição de muitas leis pela igreja): não traz a santificação, visto que a
santificação é uma obra do Espírito Santo de dentro para fora.
b. O ascetismo: a santificação não se obtém por meio de penitências, privações ou sofrimentos.
D. A salvação é uma carreira
1. Um caminho estreito que deve ser percorrido do momento da nossa conversão até ao céu.
2. A pessoa entra neste caminho por sua decisão e pode sair dela da mesma maneira.
3. A pessoa não “perde” a salvação, ele deixa a sua salvação e volta para o mundo (II Pe 2:2-22).
4. Se um crente apenas tropeçar e cometer um pecado não significa que ele esteja afastado da
salvação. ele apenas confessa e deixa o seu pecado, continuando no caminho (I Jo 1:8,9).
5. Se a pessoa não confessar a Deus e não desistir do seu pecado, ele efectivamente está a decidir
deixar o caminho da salvação. O caminho continua em seu lugar; quem desistiu do caminho foi
o transgressor.
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c. A taça derramada sobre o sol e os homens são abrasados, ou aquecidos, acalorados ao
extremo (16:8,9).
d. A taça derramada sobre o trono da besta; refere-se a apostasia religiosa, ao falso poder que
estará imperando (16:10,11). A palavra “blasfémia” no grego (blasphemeo) quer dizer
“injuriar”, “dizer coisas abusivas”.
e. A taça derramada sobre o Rio Eufrates: três espíritos imundos surgem (16:12-14);
* Os exércitos congregaram-se em Armagedom (16:16)
f. A sétima taça derramada: relâmpagos, trovões, terramoto, cidades cairam, as ilhas fugiram,
pedras de saraiva caíram (16:17-21).
7. A queda da falsa religião e da economia do mundo
D. O Retorno de Cristo com os santos; a Campanha de Armagedom
* Cristo virá fisicamente para tomar o Seu trono e reger sobre o mundo (Jl 3:14; Mt 24:30; Ap 16:14-16;
Ap 19:11-21).
E. O Milénio
* 1000 anos do reino de Cristo na terra durante o qual Satanás será preso; haverá paz e tranquilidade
(Ap 20:1-5; Is 11:6-9).
F. A Última Batalha: entre Gog e Magog
* Ao fim do Milénio Satanás será solto e enganará as nações para se rebelarem contra Cristo mas
serão destruídas por fogo do Céu (Ap 20:7-10; Ez 38,39).
G. O Juízo do Trono Branco
* Os ímpios serão condenados ao lago de fogo para toda a eternidade; a Terra será destruída por fogo
(Ap 20:11-15).
H. Os Novos Céus e a Nova Terra, Nova Jerusalém
* Onde habitarão os remidos durante toda a eternidade (Ap 21, 22)
Os santos voltam
com Ele
Arrebatamento Retorno
Juizo do Trono Novos Céus
Os santos sobem Branco
a encontrá-Lo
Nova Terra
Milénio
Mil anos
Tempo da Igreja Tribulação 7 anos de paz
Batalha de
Armagedom A Última Batalha Nova Jerusalém
I. INTRODUÇÃO
A. O porque deste estudo
O motivo principal deste estudo é dar a conhecer à Igreja de Cristo que as palavras de Jesus
continuam a ser alvo de distorção por parte das seitas. Declarações absurdas são feitas pelos falsos cristos,
com o intento de exaltar mais os seus nomes do que o de Jesus. Homens amantes de si mesmos introduzem
no meio da boa plantação o conhecido “joio”, a semente do maligno (I Tm 4:1,2; II Tm 4:3-5; Mt 13:25).
A heresia pode penetrar na igreja e no mundo por meio de duas fontes: doutrinas de homens, e
doutrinas de demónios. Ambas procuram destruir as verdades de Deus, confundindo a mente humana.
Segundo a Bíblia, até um anjo pode servir de falso mensageiro; mesmo uma revelação ou uma profecia deve
estar de acordo com a Palavra de Deus (Gl 1:8) ou sobre julgamento (I Co 14:28,29).
As seitas são formadas pela mente de homens que isolaram determinados pensamentos, escreveram
e traduziram-nos à base de má interpretação (II Pe 2:1-3). Estavam no nosso meio, saíram por não aceitar a
realidade da Palavra de Deus.
As seitas sabem que todo homem necessita de algo “religioso”; seu mercado é o homem, suas
mercadorias são suas ideias. Não tenhamos dúvida de que existe um farto mercado e farta mercadoria,
inclusive bem estragada, no mercado espiritual.
Cada seita tem algo em segredo, algo em oculto que atrai as pessoas a lhe seguirem. Esta atracção
procede de uma fonte diabólica, e visa destruir a verdadeira fé pronunciada pela Palavra de Deus. O ser
humano é incuravelmente religioso; se não for conduzido à religião certa, inventará uma para si, ou com
entusiasmo se apegará a outra que lhe for proposta.
B. Advertência bíblica (Ef 4:17,18)
“Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na verdade
da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela
dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, entregaram-se à lascívia para cometerem com
avidez toda sorte de impureza.”
1. A Bíblia fala de heresia (II Pe 2:1-3)
“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais
introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo
sobre si mesmos repentina destruição. E muito seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será
blasfemado o caminho da verdade; também movidos pela ganância, e com palavras fingidas.”
2. Afirma que é um fruto da carne (Gl 5:19-21)
“Ora as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a
idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os
partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno,
como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.”
C. O significado da palavra “seita”
1. Palavra grega hairesis significa “escolha, selecção”.
2. Termos bíblicos que identificam a seita:
a. Individuo que se afastou da Palavra de Deus.
b. Doutrina originada pelo abandono da verdade religiosa (II Pe 2:1).
D. O que as seitas oferecem
1. As seitas oferecem respostas
* Procuram dar respostas aos problemas mais directamente relacionados à vida eterna.
2. Exemplos:
a. Os Adventistas afirmam que após morte nossa alma dormirá, até ao dia da ressurreição.
b. As Testemunhas de Jeová dizem que 144 mil morarão no céu, e os restantes salvos reinarão
na terra com Jeová.
c. O Catolicismo Romano afirma que na morte a alma vai ao purgatório para purgar (eliminar) os
pecados, preparando a pessoa para entrar no céu.
d. O Espiritismo oferece uma conversa com os espíritos dos mortos.
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II. AS SEITAS E SEUS OBJECTIVOS
A. Aparecem com inovações, utilizam métodos que são aceitáveis à cultura.
1. Aparecem com as suas ideias dentro da própria cultura para levar o erro através da religião.
2. Em África a superstição dos ancestrais fazem parte da religião; uma “igreja” que tem métodos dos
antepassados será aceite com mais facilidade pela cultura. Aqui ocorre o erro de ter uma
tradição dos antepassados sem a verdade da Palavra de Deus.
B. Atingem directamente os principais problemas
1. Seu objectivo é dar um alívio momentâneo, enganando com subtileza do evangelizado.
2. Não conseguem atingir longe e estão limitados a determinados ensinos; suas doutrinas são
“simples” de se conhecer.
* Neste aspecto sabemos quais são as principais doutrinas das “Testemunhas de Jeová”, dos
Quimbanguistas, dos Adventistas e do Catolicismo Romano.
3. Eles não se apegam ao todo e sim a detalhes para confundir a mente humana sobre o simples plano
de salvação, na pessoa de Jesus Cristo.
4. Falam muito sobre um dos maiores dilemas da humanidade, a morte, um novo mundo, a felicidade
eterna, o purgatório como meio de livramento dos pecados. Isto atrai as pessoas, pois vivemos
num mundo conflituoso.
5. Neste aspecto as seitas suprem com erros doutrinários o desejo da alma humana.
C. Assumem rapidamente os meios disponíveis
1. Muitas destas seitas utilizam os meios disponíveis, porém sem segurança e limitados a um tempo.
Parece que não vêm para fiar.
2. Em Angola temos a farta literatura distribuída pelas “Testemunhas de Jeová”; são meios usados
para atrair as pessoas por meio de literatura atraente.
3. Outras seitas utilizam a rádio para divulgar seus métodos e atrair pessoas.
D. Penetram na camada social mais indouta
1. Para eles, esta camada é mais fácil de atingir.
2. A Igreja Católica patrocinava a ignorância ao encobrir as verdades da Palavra de Deus.
* Em muitos lugares diziam (ou ainda dizem), que não se pode ler a Bíblia pois podemos ficar
malucos.
3. Pela falta de ensino secular o erro tem mais facilidade de penetrar; um indouto aceita com mais
facilidade a doutrina de uma seita.
E. Se misturam com religiões dos ancestrais
1. Em África temos uma mistura; por exemplo, uma pessoa pode professar ser da Igreja Católica,
enquanto mexe com feitiço.
a. Mesmo um “crente” pode professar ser crente, voltando de vez em quando à prática de
feiticismo.
b. Observando a Palavra de Deus vemos que isto é abominação: Dt 18:10-12
“Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem
consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos.”
2. As seitas têm uma conexão muito grande com o misticismo, pois o misticismo dá uma maior clareza
do ser religioso.
a. O homem necessita do místico para se sentir religioso.
b. A magia ou superstição não pode prevalecer no sistema que liga o homem e Deus (At
19:19,20).
F. As seitas suprem o que é visível mas não atingem o interior
a. Os adeptos das seitas têm ensino mas não têm a verdade.
b. Têm uma aparente alegria mas não têm a profunda paz.
c. Têm suas ideias sobre o reino de Deus mas não têm a vida eterna (Jo 5:24).
G. As seitas vêm para remediar
a. Não vem para dar o novo, mas para cobrir e não para apagar.
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b. O adepto duma seita continuará perdido até que encontre a verdade que liberta (Jo 8:32,36).
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2. O testemunho do baptismo de Jesus:
“Baptizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de
Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3:16,17).
3. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigénito…” (Jo 3:16).
D. Negam a personalidade do Espírito Santo
1. O Espírito Santo age como Deus (Jo 14:16; Jo 10:26; 16:8).
2. O Espírito Santo dirige (At 8:29; 16:6,7; Rm 8:14; Ap 22:17).
3. As seitas não entendem esta união em operação vista no poder do Deus “trino”; não entendem a
operação por três pessoas e em três pessoas.
E. Negam a existência de demónios
1. Satanás era o querubim ungido (Ez 28:14)
2. Foi lançado for a (Ez 28:16)
3. Os demónios possuem uma organização tendo um chefe (Mt 9:34; 12:24).
4. Ele é o adversário de todos os homens (I Pe 5:8).
F. Negam a existência da ressurreição do corpo
1. A Bíblia fala da ressurreição de Jesus (Jo 5:28,29).
2. A Bíblia fala da primeira ressurreição (I Ts 4:16,17; Ap 20:5,6).
3. A Bíblia fala da segunda ressurreição (Ap 20:11,12).
G. Negam a existência do céu e o inferno
1. Na eternidade existem lugares separados para todos os homens (Mt 24:50,51)
2. Para os salvos existe o lugar de descanso (Lc 23:43; I Ts 4:16,17).
3. Para os perdidos existe o Hades (Lc 16:22,23).
4. Segundo a Bíblia existe um lugar chamado “inferno” (Mt 18:9; Mc 9:47).
V. EMPREGANDO SEUS PRECEITOS
* Abaixo transcrevemos alguns dados de preceitos:
A. Casamento celestial, uma doutrina da igreja dos Mórmons (Mt 22:29,30)
B. Impedir o casamento do sacerdote, como é o caso da Igreja Católica Romana; um falso conceito acerca
do casamento (I Tm 3:2).
C. Guardar o sábado (Rm 3:20; Gl 4:10,11)
D. O uso de determinadas roupas, cores na roupa, lenços, uso de barba, cabeça raspada
* O uso obrigatório de determinadas roupas são preceitos de homens.
VI. SÃO TREINADOS A FALAR O QUE APRENDERAM
A. Cada membro é um porta-voz da sua seita
* Falam com certeza, convencendo os menos esclarecidos (Jo 6:46).
B. Se consideram possuidores da verdade
* Para um sectário sua doutrina é a única verdade; fora deste contexto tudo é errado.
C. Nossa debilidade em ser testemunha dá força às seitas
a. Infelizmente sofremos esta grande debilidade
b. Nossos membros não falam por alguns factores:
* Medo de não falar o desejado, falta de convicção;
* Falta de conhecimento da Palavra de Deus; mau testemunho.
VII. COMO ENFRENTAR AS SEITAS
1. Preparando nossos membros pela Palavra
a. Nada pode vencer um crente cheio da Palavra; Jesus usou a Palavra para vencer Satanás (Mt
4:3,4).
b. A Palavra de autoridade vence os contradizentes (Lc 4:32; Tt 1:9).
c. O opositor é vencido com argumentos encontradas na Palavra.
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2. Deixe de esconder a verdade.
a. Estamos dando abertura às seitas por não cobrir nosso espaço; se cada crente ocupasse seu
espaço como salvo na sociedade, as seitas teriam seu rendimento reduzido.
b. O conhecimento da verdade traz libertação (Jo 8:32-36).
c. A verdade é única em termos de salvação (Jo 14:6).
d. Quando omitimos as verdades sobre o inferno, salvação e justificação, as seitas ganham adeptos.
e. O inferno está cheio de pessoas enganadas pelo diabo, o nosso maior inimigo.
f. Jesus deixou uma ordem, e não um pedido, para pregar: “ide” (Mc 16:15).
3. Procure conhecer as raízes das seitas
a. Quem foi seu fundador?
b. Quais são os principais ensinamentos?
c. Quais são as suas áreas em conflito directo com a Bíblia?
d. Evite discutir “genealogias” (leis e regras--Tt 3:9).
5. Esteja preparado psicologicamente
a. Não demonstre nervosismo quando confrontado com suas ideias.
b. Caso tenha dúvida, seja sincero, dizendo que vai pesquisar melhor o assunto.
c. Uma arma poderosa é contar o seu testemunho: como Jesus transformou a sua vida.
6. Seja educado e cordial, deixando o opositor falar primeiro.
a. Isso te dará uma vantagem de saber no que ele crê.
b. Analise com cuidado os pontos fracos; tente provar com argumentos bíblicos tal oposição.
c. Tente se conter o máximo para poder contra atacar.
d. Nunca dê o seu parecer, mas prove pelas Escrituras.
100
IMPLANTAÇÃO DE NOVAS IGREJAS
INTRODUÇÃO
“Implantar” é definido como “fixar, estabelecer ou introduzir”. O termo bíblico usado para esta palavra é
“introduzir na terra para criar raízes” (Mt 15:13). Implantar igreja é introduzir a Palavra nos corações para que
cresçam, ou sejam uma árvore a dar frutos.
“Eu plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem
o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu
galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de
Deus” (I Co 3:6-9).
Para a implantação de novas igrejas é necessário obedecermos princípios que nos levem ao alvo desejado.
I. O PRINCÍPIO DE VISÃO
* Três princípios de visão:
A. Visão para localizar (Ne 2:13-15)
* Saber onde existe necessidade. Neemias contemplou os muros fendidos e as portas queimadas.
O princípio de ver é importante pelo seguinte:
1. Ver nos traz clareza de objectivos
2. Ver leva-nos a mais comunhão com Deus (Mt 13:16,17; Lc 10:23)
3. Ver nos leva a convicção (Jo 8:38; I Jo 1:3)
B. Visão para organizar estratégias (Ne 2:7-11)
1. A base desta visão está na liderança. Se o líder não vê, os liderados não terão oportunidade de
executar.
2. Neemias pediu cartas para os governadores (v. 7). Um trabalho bem organizado envolve
autoridades do local; não devemos menosprezá-los.
3. Carta para o guarda do jardim (v. 8). Aqui podemos fazer uma aplicação bíblica, dizendo que este
guarda é o Anjo do Senhor; sem a sua bênção e protecção nada podemos fazer a favor das
almas perdidas.
4. A madeira necessária para a construção das portas deveria ser tirada sobre autorização. O princípio
divino é ir enviado por Ele, e fazer sob a Sua autorização.
C. Visão para executar (Ne 3:1)
1. Começaram a restaurar as portas (v. 1)
* Começar onde houver mais necessidade.
2. Três elementos base de uma visão
a. Paulo localizava por visão (At 16:9): Após o princípio de localização geográfico Paulo
procurava partir para o cumprimento (At 16:10).
b. Paulo recebia por visão (At 18:9): A coragem é fundamental para quem vai abrir um novo
trabalho (Mq 3:8; Mt 11:12). Por um ano e seis meses Paulo abriu as portas para lançar o
fundamento da igreja (At 18:11).
c. Paulo declarava por visão (At 26:17-19): Paulo declara ser obediente à visão de Deus.
O progresso da igreja depende da visão do ministério. Implantamos à medida da nossa visão (Jo
4:35). Os discípulos não mediram a extensão da seara quando disseram, “Faltam quatro meses” para
a sua colheita. Eles tinham uma visão demasiado curta no que se refere a colheita. Implantar é ver
longe.
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2. O tempo de pregação para a conversão: “Durou isto por dois anos, de maneira que todos os que
habitavam na Ásia, tanto judeus como gregos, ouviram a palavra do Senhor.” (At 19:10)
3. O resultado foi conversão: “E muitos dos que haviam crido vinham, confessando e revelando os
seus feitos. Muito também dos que tinham praticado artes mágicas ajuntaram os seus livros e os
queimaram na presença de todos; e, calculando o valor deles, acharam que montava a
cinquenta mil moedas de prata. Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia”
(At 19:18,19).
E. Os crentes congregados (At 13:43)
1. A graça de Deus manifesta traz salvação (Tt 2:11)
2. O fruto congregacional era real na vida da nova igreja.
* Ouviram a Palavra (At 13:44)
* Era uma multidão que ouvia (At 13:45)
* Os que creram foram salvos (At 13:48)
* O princípio congregacional de Actos 2:46 estava alicerçado na palavra “todos”.
c. Oração
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* “E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em
todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelentes, a fim de que sejais sinceros, e sem
ofensa até ao Dia de Cristo; cheios do fruto de justiça, que vem por meio de Jesus Cristo, para
glória e louvor de Deus” (Fp 1:9-11).
C. Organizar para ganhar almas
* Acção mútua na organização com finalidade de ganhar almas para Cristo.
1. Convocaram os discípulos (At 6:2)
* Para organizar uma nova igreja é necessário considerar o parecer do ministério.
2. Seleccionaram pessoal para o trabalho da nova igreja (At 6:5)
a. A escolha de ministros certos para um trabalho (At 9:15)
b. Na igreja havia profetas e mestres (At 13:1)
c. Timóteo for a escolhido para edificar novas igrejas (At 16:1-5)
d. Os dons do ministério contribuem para a edificação do novo trabalho (Ef 4:11,12)
V. O PRINCÍPIO DE FÉ
A. O princípio de fé para a implantação
* A fé opera sobre dois grandes princípios:
1. O princípio dunamis (poder “dinamite”)
a. Poder explosivo para causar impacto.
b. Implantar deve ter como base a acção do poder (At 1:8).
c. Poder para produzir filhos espirituais (Jo 1:12); poder para administrar (I Pe 4:11).
2. O princípio “comparativo”
a. O mundo precisa de ver a diferença entre o verdadeiro e o falso (At 13:11,12).
b. A nova igreja surge para causar impacto, tirando a igreja local do conformismo
congregacional.
c. A nova igreja causa revelação de novos valores.
d. Existe em nosso meio muita gente sem fazer nada; há falta de trabalho de implantação.
B. O princípio de fé exige renúncia
1. Abraão chamado para ser pai de uma nação (Gn 12:2).
2. Abraão obedeceu para ir (Gn 12:4).
3. Abraão obedeceu para procriar (Gn 17:17).
4. Abraão obedeceu na entrega do seu filho (Gn 22:2,3).
* A primeira coisa que Deus pediu a Abraão foi seu único filho (v. 2). Deus o provou dizendo:
“Oferece teu filho em uma das montanhas.” Como explicar a implantação de uma nação quando
a única possibilidade estava sendo tirada!
5. A implantação depende totalmente de Deus; o homem é o instrumento afinado por Ele, para
executar Seus planos (Gn 22:8, 16-18).
6. Deus queria que Abraão ficasse sem orgulho, e acima de tudo sabendo que todas as coisas
dependiam d’Ele.
7. Implantar um novo trabalho exige sacrifício, amor, graça, oração e muita convicção por parte dos
empenhados.
C. Ezequiel chamado a profetizar
1. Profetizar a um povo rebelde (Ez 2:3)
2. A um povo que não queria ouvir (Ez 2:7)
3. A um vale de ossos secos (Ez 37:1)
* Para todos os planos Deus tem um homem que se coloca diante d’Ele.
D. O princípio de fé exige concordância
1. Isaque concordou com seu pai (Gn 22:7-9).
2. “Tudo o que ligardes na terra, será ligado no céu” (Mt 18:18,19).
3. O sucesso de uma nova igreja está no princípio de concordância.
4. O pastor da igreja não deve sozinho assumir tamanha responsabilidade; ele, com o ministério e a
igreja, devem estar engajados nesta tarefa.
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E. O princípio de fé requer grandeza
1. “Espera coisas grandes de Deus, tenta coisas grandes para Deus.” William Carey, chamado o “Pai
das Missões Modernas”.
2. Deus opera na dimensão dos nossos pensamentos, desde que reconhecemos Sua soberania (Is
55:9). Operar em grandeza depende do que pensamos e em que dimensão nós pensamos.
3. Deus disse a Abraão, “Far-te-ei uma grande nação” (Gn 12:2).
4. Somos tentados a pensar que não somos nada, que nossos recursos são poucos (Gn 13:2).
5. A palavra que define “grande” é megas; “grande” é o antónimo de micros (pequeno).
F. O princípio de fé requer obras
1. Fé é demonstrada através das obras (Tg 2:20-26).
2. Obras em execução são frutos do trabalho da fé,
* A obra da fé é o trabalho, caridade, paciência e esperança (I Ts 1:2).
3. Deus conhece a Sua Igreja por meio das obras da fé (Ap 2:19).
4. Para que uma nova igreja seja implantada, devemos planejar e executar; vamos tirar do arquivo
morto os projectos de implantação de novos trabalhos, e trabalhar no sentido de executá-los.
G. O princípio de fé requer vozes
1. Para uma boa implantação é necessário homens que tenham a voz do Evangelho (Fp 1:27).
2. É ouvindo com fé que opera a liberdade (Gl 3:2-9).
3. João Baptista foi uma voz ao trabalho de Deus no deserto (Mt 3:1,2).
* Era uma voz que cooperou para a transformação de vidas no deserto (Mt 3:5,6).
4. “Como ouvirão se não há quem pregue?” (Rm 10:14)
105
PROSPERIDADE BÍBLICA
I. DEFINIÇÃO DE PROSPERIDADE
A. O que é prosperar
1. Prosperar é a capacidade de Deus em satisfazer as necessidades do salvo.
2. A prosperidade visa alvos específicos: prosperidade do espírito, prosperidade da alma, prosperidade
do corpo, prosperidade nas áreas social e financeira.
B. Deus quer que você prospera?
* A resposta é “sim”, Deus quer que o seu povo prospere (III Jo 2): “Amados, desejo que te vá bem, em
todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como vai bem a tua alma.”
C. Prosperar é ser alvo dos benefícios do Senhor (Sl 103:2-5)
1. Benefício espiritual: “É ele que perdoa as tua iniquidades… redime a tua vida da perdição (cova)…”
* Aqui fala do maior benefício, “o eterno” (I Co 15:19-22; Jo 5:24).
2. Benefício corporal: “…sara todas as enfermidades…”
3. Benefício material: “…enche a tua boca de bens…”
D. Não confundir “prosperar” com “enriquecer”
1. Prosperar é gozar as bênçãos de Deus porquanto busca o reino de Deus (Mt 6:33).
* Seu reino está em primeiro lugar; o fruto desta busca será acréscimos, atracção de bênçãos
materiais para ti.
2. Enriquecer é buscar como prioridade as coisas materiais.
a. Assim uma pessoa pode ser rica sem ser próspera.
b. Uma pessoa que procura enriquecer não conhece prosperidade, embora tenha muita riqueza
(Pv. 13:7).
106
3. Somos o “Seu” povo, ovelhas do “Seu” pasto (Sl 100:3)
4. “Porque nada trouxemos para o mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (I Tm 6:7.
B. Mordomia cristã
1. Todo o seu dinheiro, propriedades e até a sua vida pertencem a Deus; posperidade é reconhecer
este facto e agir conforme.
2. Este princípio é conhecido como mordomia, ou a administração dos bens que pertencem ao outro
(Lc 16:1-13).
108
2. O dízimo é a décima parte da sua renda.
3. Entregar o dízimo é reconhecimento do seu senhorio ( I Co 10:26).
4. Quando um crente recusa a entregar o dízimo, ele fecha as janelas dos céus, deixando de atrair a
bênção sobre a sua família (Ml 3:8-10).
5. Abrão, nosso pai na fé, entregou o dízimo (Gn 14:18-24).
6. Jesus ensinou a não omitir o dízimo (Mt 23:23).
7. Veja que Abraão não alcançou o tempo da Lei e é citado como dizimista (Hb 7:1-10).
C. Ofertas vão além do dízimo
1. Segundo a Palavra de Deus há vários tipos de ofertas além do dízimo:
a. Abel ofertava frutos (Gn 4:4).
b. Ofertas de prata, bronze e ouro (Êx 25:3).
c. Ofertas voluntárias (Êx 35:29).
d. Ofertas alçadas (Êx 36:3-7).
e. Esmolas (Mt 6:3; Lc 12:33).
2. Há muitas ofertas que podem ser feitas além do dízimo:
a. Ofertas para missões, enviar um obreiro onde não há nenhuma igreja.
b. Ofertas de amor, para o pastor da igreja, ou outra pessoa.
c. Ofertas para os pregadores.
d. Ofertas para projectos da igreja.
3. Oferta não é uma obrigação mas uma oportunidade para você semear; quem semear pouco,
também pouco ceifará.
D. O motivo para dar é o amor
1. Dar sem base no amor não vale nada.
2. Lucas 6:38 fala do resultado de dar (lembrando que o contexto é atitudes)
3. I Coríntios 13:3 fala do motivo de dar; “não busca seu interesse” (v. 5)
4. “Mais bem aventurada coisa é dar do que receber” (At 20:35).
5. Nós damos com alegria porque amamos a Deus, e não apenas porque queremos enriquecer.
* Se o nosso motivo de dar está certo, prosperaremos.
109
A LÍNGUA PORTUGUESA: GRAMÁTICA
INTRODUÇÃO
A. Definição
1. A gramática portuguesa é a disciplina que trata do aperfeiçoamento da língua portuguesa.
2. A gramática portuguesa está dividia em três partes:
a. Fonologia (fonética)
b. Morfologia
c. Sintaxe
B. Esboço geral da gramática portuguesa
Alfabeto
1. Fonologia Acentuação Ditongos
(fonética) Pontuação Separação das sílabas
Variáveis:
Substantivos Invariáveis:
Artigos Advérbios
2. Morfologia Adjectivos Preposições
Pronomes Interjeições
Nomes Conjunções
Numerais
Verbos
Frases
Parágrafos
3. Sintaxe Período
Sujeito
Oração Predicado
Complemento
I. FONOLOGIA (fonética)
* Fonologia é o estudo de sons, ou estudo de evoluções dos sons.
A. Alfabeto português
1. “Alfabeto” deriva das palavras gregas alfa (α) e beta (β), “a” e “b”, ou abecedário, abecê, ou abc.
2. As 23 letras são: a b c d e f g h I j l m n o p q r s t u v x z
3. Há 5 vogais: a e i o u
a. Vogais orais: exemplos incluem pá, tua, pele, vivo (ao pronunciar, o som sai pela boca)
b. Vogais nasais: exemplos incluem rã, tem, fim, tom, fundo (o som sai pela boca e pelo nariz)
* A nasalização das vogais indica-se por til (~) sobre elas, ou por acrescentamento de “m”
ou “n” (Ex: am, an, en, im, in, om, on, um, un; palavras: ampola, antena, perturbam,
entrar, inseparável, interno, infinito, ontem).
4. 18 consoantes: b c d f g h l m n p q r s t v x z
5. k w y: o “k” funciona como consoante; “w” e “y” como vogais
* Geralmente usam-se na escrita de nomes estrangeiros ou nas línguas nacionais de Angola.
B. Ditongos
a. Chamam-se ditongos as combinações de duas vogais pronunciadas por um só esforço de
voz. Os ditongos também se classificam como as vogais, em orais e nasais.
b. Ditongos orais (e exemplos): ao pronunciar o som sai pela boca
ai (pai) éu (céu) ou (dou)
au (mau) oi (boi) iu (fugiu)
ei (rei) ói (herói) ui (fui)
eu (meu)
110
c. Ditongos nasais (e exemplos): o som sai pela boca e pelo nariz
ãe (mãe) ão (mão) õe (põe)
C. Acentuação
1. Acento tónico
a. Definição: Em cada palavra existe uma sílaba que é pronunciada com mais intensidade que
as restantes; é a chamada sílaba tónica. A vogal da sílaba tónica recebe o acento tónico.
* Exemplos de palavras que requerem acentos gráficos para indicar a sílaba tónica:
oxítona, automóvel, canapé, armário, êxtase, irmão, órfão.
* Exemplos de palavras que não têm acento gráfico; indicamos a sílaba tónica: cadeira,
alto, nunca, mil.
b. Sílabas: são os sons representados por uma ou mais letras que se pronunciam numa emissão
de voz.
* Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se em monossílabos (1 sílaba,
como pai ou tu), dissílabos (2 sílabas, como dado, foca), trissílabos (3 sílabas,
como menina, baleia), ou polissílabos (mais de 3 sílabas, como altamente,
avaliação).
c. Palavras: são os sons articulados com que transmitimos as nossas ideias.
* Cada palavra tem uma sílaba tónica.
* As outras sílabas que são com menos intensidade (sem acento tónico) são sílabas
átonas.
* Exemplo: na palavra “ca-dei-ra” (trissílabo), a segunda sílaba é tónica e a primeira e
última são átonas.
* Palavras agudas: a última sílaba é a sílaba tónica (ananás, café, tomar).
* Palavras graves: a penúltima sílaba é a sílaba tónica (ponte, carro, túnel).
* Palavras esdrúxulas: a antepenúltima sílaba é a sílaba tónica (exercício, mágico)
2. Acentos gráficos
* São sinais auxiliares da escrita que se empregam para tornar mais fácil a leitura das palavras.
Indicam vogais abertas ou fechadas, indicam as sílabas tónicas, e fazem a diferença entre
duas palavras semelhantes (pára e para, pôr e por, notámos e notamos).
a. O acento agudo (´)
* O acento agudo pode empregar-se sobre a vogal da sílaba tónica, se essa vogal for “a”,
“e” e “o” abertos, ou “i” ou “u”. Ex: cálice, automóvel, canapé, má, oxítona, lúgubre,
papéis, chapéu.
b. O acento grave (`)
* O acento grave emprega-se no caso da contracção de certas preposições: à noite (a+a),
às vezes (a+as), àquilo (a+aquilo).
c. O acento circunflexo (^)
* O acento circunflexo pode recair sobre as vogais a, e, o fechados, nunca sendo utilizada
sobre i ou u. Ex: câmara, êxtase, côvado, pôde, avô, vê.
d. O til (~)
* O til pode aparecer sobre a vogal nasal ou sobre a primeira vogal de ditongos nasais.
Ex: irmão, sairão, pão, pães, leão, leões, mamã
3. Acentuação gráfica (leis de acentuação)
* Outros empregos dos acentos:
a. As palavras agudas acabadas em “a” ou “o”, seguidas ou não de “s”, levam acento agudo ou
circunflexo. Ex: pá(s), má, mês, mó, mós, pós, gás, etc.
b. As vogais tónicas das palavras agudas terminadas em “a, e, o”, seguidas ou não de “s”, levam
acento agudo ou circunflexo. Ex: Papá, ananás, café, capilé, cortês, retrós, etc.
c. Algumas palavras monossilábicas terminadas em r levam acento circunflexo. Exemplo: pôr
(que é verbo--a preposição “por” não leva acento).
d. As palavras agudas terminadas com “em” ou “ens” levam acento agudo na sílaba tónica. Ex:
mantém, vinténs, etc.
111
e. As palavras graves de qualquer terminação que não seja “a, as, e, es, o, os, am, em, ens”
levam o acento agudo na sílaba tónica. Ex: cadáver, lápis, órfão, fácil, álbum, etc.
f. As palavras esdrúxulas levam sempre acento agudo ou circunflexo na antepenúltima sílaba.
Exemplo: sábado, êxito, gramática, físico, cúbico, tónico, relâmpago, amaríamos, etc.
g. Levam acento grave as vogais abertas átonas. Ex: àquilo, às.
h. Não levam o acento gráfico os advérbios terminados em “mente”, derivados de adjectivos
acentuados. Ex: facilmente (mas fácil); rapidamente (mas rápido).
D. Divisão ou separação das sílabas
1. Se uma palavra não cabe toda no fim da linha, passam para o princípio da linha seguinte as
restantes sílabas desta palavra.
2. Se o “s” de “des” ou “dis” (prefixos) é seguido de alguma consoante, e “s” separa-se dela, assim: dis-
tin-guir; mas se ao “s” se segue uma vogal, ela junta-se a essa vogal e forma a sílaba, assim:
de-ser-to, de-so-la-do
3. Se a palavra começa por “ex-“ (prefixo), fica “ex” separado do elemento que o segue quando se
dividir ou soletrar a palavra assim: ex-tem-po-râ-ne-o; ex-pe-li-do
4. Duas consoantes iguais separam-se sempre, ficando uma no fim da linha e a outra no princípio da
linha seguinte; assim: car-ro-ça, mas-sa, ne-ces-si-da-de
5. São inseparáveis os seguintes grupos de consoantes: bl, cl, fl, br, tl, cr, tr, dr, fr, gr, pr, vr, ch, lh, sc,
ps.
6. Se o “s”, na soletração é lido em separado do “c”, no interior da palavra, também se separa.
Exemplo: es-co-la
E. Os sinais de pontuação
1. Ponto final (.): Indica uma pausa grande. Usa-se no final da frase.
2. Vírgula (,): Indica uma pausa pequena, por conseguinte menor que a do ponto final.
3. Ponto e vírgula (;): Indica uma pausa bastante maior do que a da vírgula, em relação a que se
segue; mas é menor do que a do ponto final.
4. Dois pontos (:): Usa-se para introduzir as palavras do discurso directo, nas citações, enumerações.
5. Ponto de interrogação (?): Usa-se ao fim duma frase de interrogação.
6. Ponto de exclamação (!): Usa-se nas frases ou expressões exclamativas, exprimindo admiração,
ironia, entusiasmo, dúvida, incitamento, dor, etc.
6. Ponto de interrogação e de exclamação (?!): Indica que existe simultaneamente interrogação e
exclamação.
7. Travessão (--): Usa-se no discurso directo para introduzir a fala de cada interlocutor, e para separá-
la das palavras do discurso indirecto que se intercalam. Serve para separar a oração, expressão
ou palavra.
8. Reticência (…): Indica que algo mais ficou por dizer. Expressa hesitação, ironia, malícia, dúvida,
amargura; também mostra que a citação não têm o versículo completo da Bíblia.
9. Parênteses ( ): Isolam um elemento da frase ou até a própria frase. Geralmente aquilo que está
isolado apresenta um carácter de certo modo explicativo ou de aparte.
10. Aspas (“ “): Colocam-se no princípio e ao fim das citações.
II. MORFOLOGIA
* A morfologia é a parte da gramática que trata da forma das palavras. A morfologia inclui dez classificações,
seis das quais são variáveis e quatro invariáveis.
A. Substantivos
* Substantivos (ou nomes) são as palavras variáveis que dão a conhecer as pessoas, as coisas, as
qualidades abstractas, as acções e os estados
1. Classificações gerais
a. Substantivos próprios: são as palavras com que designamos as pessoas e as coisas dum
modo individual; escrevem-se com letra maiúscula. Ex: António, Carlos, Angola, Luanda,
Livro dos Salmos, a Igreja (sentido universal), etc.
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b. Substantivos comuns: escrevem-se com letra minúscula. Ex: rapaz, país, cidade, ira, salmos e
cânticos, uma igreja (sentido local, sem ser o nome próprio)
2. Outras classificações
a. Substantivos concretos: são as palavras com que nomeamos os objectos reais. Ex: tinteiro,
lápis, chapéu, etc.
b. Substantivos abstractos: são as palavras que servem para nomear as acções, qualidades e
estados, quando separados dos seres a quem pertencem. Ex: trabalho, beleza, doença,
felicidade, mansidão, etc.
c. Substantivos colectivos: são as palavras que estando no singular designam agrupamento. Ex:
arvoredo, exército, rebanho, etc.
3. Flexões dos substantivos
a. Número
* Singular: indica só uma pessoa ou coisa. Ex: homem, livro, cão.
* Plural: indica mais de uma pessoa ou coisa. Ex: homens, livros, cães.
b. Género
* Masculino: indica os seres machos. Ex: senhor, pombo, gato, etc.
* Feminina: indica os seres fêmeas. Ex: senhora, pomba, gata, etc.
4. Formação do plural dos substantivos
a. Os substantivos que no singular terminam em vogal, passam para o plural acrescentando-lhes
um “s”. Ex: casa!casas; livro!livros; cadeira!cadeiras
b. Os substantivos que no singular terminam em “ão”, passam para o plural de três modos:
1º: Mudando o “ão” em “ões”: botão!botões; balão!balões; serão!serões
2º: Mudando o “ão” em “ães”: capitão!capitães; cão!cães; pão!pães
3º: Acrescentando ao singular um “s”: irmão!irmãos; mão!mãos; cidadão!cidadãos
c. Os substantivos que no singular terminam em “m”, passam para o plural mudando o “m” em
“ns”. Ex: homem!homens; som!sons; bagagem!bagagens
d. Os substantivos que no singular terminam em “al”, “ol”, “ul”, passam para o plural mudando o
“l” em “is”. Ex: quintal!quintais; lençol!lençóis. Observação: os substantivos “cal”, “mal”,
“cônsul”, não seguem esta regra e faz no plural “cales”, “males”, “cônsules”; “real”
(dinheiro) faz “reais”.
e. Os substantivos que no singular terminam em “el” passam para o plural mudando o “el” em
“eis”. Ex: pincel!pincéis: móvel!móveis.
f. Os substantivos que no singular terminam em “il” agudo passam para o plural mudando o “l”
em “s”. Ex: barril!barris; funil!funis; cantil!cantis.
g. Os substantivos que no singular terminam em “il” não agudo passam para o plural mudando o
“il” em “eis”. Ex: projéctil!projécteis; réptil!répteis.
h. Os substantivos que no singular terminam em “r” ou “z” passam para o plural acrescentando-
lhes “es”. Ex: flor!flores; mar!mares; perdiz!perdizes; voz!vozes
i. Os substantivos que no singular terminam em “as”, “es” e “is” passam para o plural
acrescentando-lhe “es”. Ex: gás!gases; português!portugueses, país!países.
j. Os substantivos que no singular têm o som “ô” passam para o plural mudando o “ô” em “ó” (o
som) e acrescentando “s”. Ex: potro!potros; globo!globos; lobo!lobos.
5. Formação do feminino dos substantivos
a. Os substantivos que no masculino terminam em “o” passam para o feminino mudando o “o”
em “a”. Ex: filho!filha; pombo!pomba; neto!neta.
b. Excepções a esta regra (palavras diferentes):
galo!galinha veado!corça padrinho!madrinha
genro!nora cavalo!égua carneiro!ovelha
macho(mulo)!mula padrasto!madrasta diácono!diaconisa
6. Os substantivos que no masculino terminam em “ão” passam para o feminino de quatro modos:
a. Perdendo o “o”. Ex: irmão!irmã; cidadão!cidadã.
b. Mudando o “ão” em “oa”. Ex: leão!leoa; leitão!leitoa.
c. Mudando o “ão” em “ona”. Ex: mocetão!mocetona; glutão!glutona; mandão!mandona.
113
d. Excepções a esta regra (palavras diferentes):
ladrão!ladra barão!baronesa cão!cadela
perdigão!perdiz sultão!sultana zangão!abelha
7. Os substantivos que no masculino terminam em “or” passam para o feminino acrescentando-lhe um
“a”. Ex: professor!professora; leitor!leitora.
* Excepções a esta regra (palavras diferentes): actor!actriz; embaixador!embaixatriz;
imperador!imperatriz
B. Adjectivos
* São as palavras variáveis que qualificam os substantivos. Ex: homem honrado, rapaz doente. Como
os substantivos, os adjectivos têm duas flexões: género e número.
1. Flexões
a. Género
* Biformes: têm duas formas, uma para cada género. Ex: homem honrado, mulher
honrada; menino rico, menina rica. Os adjectivos que no masculino terminam em
“ão” passam para o feminino de três modos (seguem as mesmas regras que os
substantivos):
1º: perdendo o “o”: são!sã; vão!vã
2º: mudando o “ão” a “oa”: abegão!abegoa
3º: mudando o “ão” em “ona”: comilão!comilona; soberbão!soberbona
* Uniformes: têm uma só forma para ambos os géneros. Ex: homem feliz, mulher feliz;
menino doente, menina doente.
b. Número
* Os adjectivos seguem as mesmas regras que os substantivos, na formação do plural.
c. Grau (pormenorizado na secção seguinte)
2. O grau dos adjectivos (mostra o significado dos substantivos)
a. Definição
* O positivo: apenas exprime as qualidade dos substantivos. Ex: João é honrado.
* O comparativo: exprime a comparação entre dois ou três substantivos, classificado
como comparativo de inferioridade, igualdade ou superioridade.
* O superlativo: exprime a igualdade do substantivo no mais alto ou baixo grau
+ Absoluto: João é muito honrado (composto); João é honradíssimo (simples)
+ Relativo: João é menos honrado (inferioridade); João é o mais honrado
(superioridade)
b. Formação do comparativo
* Comparativo de inferioridade: forma-se pondo antes do adjectivo o advérbio “menos”, e
depois “que” ou “do que”. Ex: João é menos honrado que (do que) seu irmão.
* Comparativo de igualdade: forma-se pondo antes do adjectivo o advérbio “tão” e depois
“como”. Ex: João é tão honrado como seu irmão.
* Comparativo de superioridade: forma-se pondo antes do adjectivo o advérbio “mais” e
depois “que” (“do que”). Ex: João é mais honrado que (do que) o seu irmão.
c. Formação do superlativo
114
* Superlativo absoluto composto: forma-se pondo antes do adjectivo o advérbio “muito”.
Ex: João é muito honrado.
* Superlativo absoluto simples: forma-se de diversos modos, a saber:
1) Os adjectivos que no positivo terminam em “o” ou “e”, passam para o superlativo
absoluto simples, tirando o “o” ou o “e”, juntando-lhes depois “íssimo”, “íssima”,
“íssimos” ou “íssimas”. Ex: formoso!formosíssimo; grave!gravíssimo,
santo!santíssimo.
2) Os adjectivos que terminam em “vel” passam para o superlativo absoluto simples
mudando o “vel” em “bil” e acrescentando-lhe “íssimo”. Ex: amável!amabilíssimo;
agradável!agradabilíssimo.
3) Os adjectivos que no positivo terminam em “ão” passam para o superlativo absoluto
simples mudando o “ão” em “an” e acrescentando “íssimo”. Ex: vão!vaníssimo;
são!saníssimo.
4) Os adjectivos que no positivo terminam em “m” passam para o superlativo absoluto
simples mudando o “m” em “n” e acrescentando “íssimo”. Ex:
comum!comuníssimo; bom!boníssimo.
* Superlativo relativo de inferioridade: forma-se pondo antes do adjectivo as palavras “o
menos” e depois “de”. Ex: João é o menos honrado dos homens.
* Superlativo relativo de superioridade: forma-se pondo antes do adjectivo as palavras “o
mais” e depois “de”. Ex: João é o mais honrado dos homens.
C. Artigos
1. Definição: os artigos são as palavras variáveis que se juntam aos substantivos para lhes
particularizar o sentido.
2. Classificação: há duas espécies de artigos:
a. Artigos definidos: são “o” e “a” no singular e “os e “as” no plural. Ex: o menino, as meninas.
b. Artigos indefinidos: são “um” e “uma” no singular e “uns” e “umas” no plural. Ex: um menino;
uma menina, uns meninos, umas meninas.
3. Contracções:
* Os artigos combinam-se com algumas preposições do seguinte modo:
D. Nomes Numerais
1. Definição: são as palavras que determinam os objectos em relação ao número.
2. Numerais cardinais (indicam quantidade): um, dois, três… dez… vinte, etc.
3. Numerais ordinais (designam o lugar numérico que os objectos ocupam): primeiro, segundo, quinto,
décimo primeiro, vigésimo, septuagésimo, etc.
E. Pronomes
1. Definição: são as palavras que dão a conhecer os objectos simplesmente indicando-os; usamo-los
em vez dos nomes.
2. Classificações
1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa
a. Pronomes pessoais: ele, ela
eu tu se, si
* Representam as três pessoas singular me, mim te, ti consigo
gramaticais: comigo contigo o, a
1ª pessoa: a que fala; lhe
2ª pessoa: aquela com quem se fala eles, elas
3ª aquela de quem se fala nós vós se, si
plural nos vos consigo
connosco convosco os, as
lhes
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e. Pronomes interrogativos singular plural
* Servem para perguntar, masculino feminino masculino feminino
quanto? quanta? quantos? quantas?
directa ou indirectamente variáveis
qual? qual? quais? quais?
invariáveis que?, quem?
singular plural
f. Pronomes indefinidos masculino feminino masculino feminino
* Indicam os seres de um algum alguma alguns algumas
modo vago e nenhum nenhuma nenhuns nenhumas
indeterminado outro outra outros outras
variáveis todo toda todos todas
um uma uns umas
certo certa certos certas
muito muita muitos muitas
pouco, pouca poucos poucas
qualquer qualquer quaisquer quaisquer
invariáveis algo, alguém, ninguém, nada, tudo, outrem
F. Preposições
1. Definição: são as palavras invariáveis que exprimem relação entre duas palavra duma oração que
dependem uma da outra.
2. As principais preposições:
* afora, antes, após, até de, desde, durante, com, conforme, consoante, contra, em, entre,
excepto, para, perante, por, salvo, segundo, sem, sob, sobre, trás.
3. As principais locuções prepositivas:
* a par de, perto de, junto de, dentro de, longe de, abaixo de, cerca de, em vez de, por cima de,
ao lado de, próximo de, depois de.
4. Nunca se emprega hífen nas locuções, qualquer que seja a categoria.
G. Advérbios
1. Definição: são as palavras invariáveis que se juntam aos adjectivos, aos verbos e aos próprios
advérbios para lhes modificar a significação.
2. Os advérbios principais:
a. Advérbios de modo: assim, bem, mal, melhor, pior, devagar, depressa, facilmente,
dignamente, e outros terminados em “mente”.
b. Advérbios de lugar: eis, aqui, aí, acolá, lá, cá, além, onde, aonde, algures, perto, longe, etc.
c. Advérbios de quantidade: muito, tudo, nada, assaz, tão, quão, mais, menos, pouco, tanto,
todo, etc.
d. Advérbios de tempo: hoje, ontem, amanhã, agora, logo, depois, então, tarde, cedo, sempre,
nunca, etc.
e. Advérbios de afirmação: sim, certamente, efectivamente, etc.
f. Advérbios de dúvida: acaso, talvez, porventura, etc.
g. Advérbios de negação: não, nunca, jamais, etc.
h. Advérbios de exclusão: só, somente, sequer, apenas, unicamente, afora, senão, etc.
i. Advérbios de exclusão: como? onde? quando? por que? qual?
e. As principais locuções adverbiais:
* de perto, de longe, de dentro, de fora, de cima, de baixo, às direitas, às avessas, em geral, em
vão, às cegas, por baixo, por cima, em baixo, em cima, etc.
H. Conjunções
1. Definição: são palavras invariáveis que ligam orações (frases), ou outras partes duma oração, que
desempenhem a mesma função. Ex: Estava na praia quando tu chegaste; Não fui contigo nem
com ele.
2. Conjunções coordenativas:
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* Essas conjunções podem ligar duas orações (frases), duas palavras, e ainda dois elementos,
que desempenhem a mesma função.
a. Copulativas: servem simplesmente para ligar
* Ex: e, nem, também, não só… mas também, outrossim, etc.
b. Disjuntivas: indicam inclusão ou alternativa
* Ex: ora…ora…, quer…quer…, já…já…, seja…seja, etc.
c. Adversativas: exprimem oposição
* Ex: mas porém, todavia, contudo, ainda assim, assim mesmo, não obstante, etc.
d. Conclusivas: exprimem a consequência da oração anterior
* Ex: logo, pois, portanto, conseguinte, etc.
3. Conjunções subordinativas:
* Essas conjunções ligam orações de natureza diferente, deixando uma delas dependentes da
outra.
a. Condicionais: exprimem uma condição
* Ex: quando, como se, uma vez que, contanto que, salvo se, a não ser que, etc.
b. Causais: exprimem uma causa ou um motivo
* Ex: que, porque, porquanto, com, pois, já, visto que, visto como, etc.
c. Finais: indicam fim
* Ex: porque, para que, a fim de que, etc.
d. Temporais: exprimem tempo, época
* Ex: como, quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, ao passo que, à medida
em que, até que, no tempo em que, etc.
e. Comparativas: exprimem comparação
* Ex: que, como, segundo, conforme, do mesmo modo que, assim que como, bem como,
etc.
f. Consecutivas: indicam uma consequência da oração anterior
* Ex: que (depois) de tal, de maneira que, de tal sorte que, etc.
g. Concessivas: indicam um facto contrário a outro, mas que não se opõe à sua realização
* Ex: quando, embora, conquanto, ainda que, posto que, se bem que, etc.
h. Integrantes: introduzem uma oração que pode servir de sujeito, nome predicativo ou de
complemento directo da oração anterior
* Ex: que, se, se porventura, se acaso, etc.
I. Verbos
1. Definição: são as palavras que anunciam e atribuem a uma pessoa ou coisa uma acção, um estado
ou uma qualidade.
2. Classificações
a. Transitivos: são aqueles que exprimem uma acção que passa imediatamente a um objecto
em que ela se exercita. Ex: estudei a gramática; li a história, etc.
b. Intransitivos: são aqueles que exprimem uma acção que não passa imediatamente a um
objecto em que ela se exercita. Ex: as plantas nascem, vivem e morrem; o sol brilha; o
menino salta; etc.
c. Regulares: são aqueles que seguem o seu paradigma de conjunções. Ex: amar, dever, partir,
etc.
d. Irregulares: são aqueles que se afastam do seu paradigma de conjunções. Ex: estar, ter,
fazer, pôr, etc.
e. Auxiliares: são aqueles que se combinam com os tempos compostos. Ex: tenho amado,
tivesse atingido, etc.
f. Defectivos: raramente se conjuga em todas as formas do paradigma a que pertence
* pessoais: são os que se conjugam em quase todas as pessoas: adequar, precaver, falir,
banir, etc.
* unipessoais: são os que só se empregam na terceira pessoa (singular e plural): ladrar,
miar, uivar, piar, grunhir, etc.
* impessoais: são os que exprimem uma acção que não pode atribuir-se a nenhuma
pessoa gramatical. Ex: chover, anoitecer, nevar, etc.
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3. Flexões
a. Vozes
* activa: é aquela que indica que o sujeito praticou a acção. Ex: José comprou um livro.
* passiva: é aquela que indica que o sujeito recebeu a acção praticada. Ex: O livro foi
comprado por José.
* reflexa: é aquela que indica que o sujeito sofre a acção praticada por ele mesmo. Ex:
José feriu-se esta manhã.
b. Modos
* indicativo: apresenta como positivas e reais a acção, estado ou qualidade expressas
pelo verbo. Ex: Eu ando.
* condicional: apresenta como dependentes de condições a acção, estado ou qualidade
expressas pelo verbo. Ex: Eu andaria.
* imperativo: exprime pedido ou ordem. Ex: Anda!
* conjuntivo: apresenta sob a forma de desejo ou de concepção, a acção estado ou
qualidade expressa pelo verbo. Ex: Eu desejei que ele andasse.
* infinitivo: não determina, nem número nem pessoa. Ex: Andar é saudável.
c. Tempos
* presente: indica que a acção tem lugar na ocasião em que se enuncia. Ex: Minha mãe
está em casa.
* pretérito: indica que a acção teve lugar em ocasião que já passou. Ex: O povo
atravessou o Mar Vermelho.
* futuro: indica que a acção há-de ter lugar em ocasião que ainda não chegou. Ex: Um dia
Jesus voltará.
d. Números: singular e plural
e. Pessoas: primeira, segunda e terceira
f. Conjunções
* primeira conjugação: todos os verbos que no infinitivo terminam em “-ar”. Ex: amar, criar,
saltar, etc.
* segunda conjugação: todos os verbos que no infinitivo terminam em “-er”. Ex: receber,
dizer, etc.
* terceira conjugação: todos os verbos que no infinitivo terminam em “-ir”. Ex: pedir, partir,
rir, etc.
* quarta conjugação: todos os verbos que no infinitivo terminam em “-or”. Ex: pôr, dispor,
recompor, etc.
Não incluídos:
Conjugações dos verbos
Pronomes: complemento directo e indirecto
Interjeições
C. Sintaxe
Frases
Parágrafos
Período
Oração
Sujeito
Predicado
Complemento
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