Artigo - Thiago Arruda

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Impacto do uso da metodologia BIM em obras de varejo

Thiago Henrique Viana Arruda – thiagohenr8@gmail.com


Master BIM: Ferramentas e Processos
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Recife/PE - 23/04/2024

Resumo

O presente trabalho tem como tema a importância da compatibilização de projetos


utilizando metodologia BIM e o uso adequado das ferramentas para minimizar os
problemas em obras de varejo. Foi determinado que a pesquisa bibliográfica seria
empregada para produzir esta pesquisa. Isso indica que a literatura científica e/ou
acadêmica sobre o assunto em questão foi considerada como fonte de pesquisa.
Assim, o objetivo desta pesquisa consiste em abordar o impacto do uso da
metodologia BIM em obras de varejo. A compatibilização de projetos com a
metodologia BIM e o uso adequado de suas ferramentas são essenciais na indústria
da construção, oferecendo uma abordagem integrada que abrange todas as fases do
ciclo de vida do projeto. Ao permitir a integração harmoniosa de disciplinas, identificar
conflitos antecipadamente e otimizar recursos, essa abordagem minimiza problemas
em obras, economiza tempo e recursos, e promove eficiência, qualidade e
sustentabilidade. Além disso, sua relevância não se limita à fase de projeto,
estendendo-se também à construção e à operação do edifício, tornando-se um
elemento indispensável para empresas que buscam se destacar em um mercado
altamente competitivo. Portanto, a adoção responsável e eficaz das práticas de
compatibilização de projetos BIM é fundamental para atender às demandas
desafiadoras da indústria da construção.

Palavras-chave: Tecnologia; Construção civil; BIM, Vantagens e desvantagens,


Obras de varejo.

1 Introdução

A indústria da construção civil está constantemente em busca de abordagens


e ferramentas que otimizem o desenvolvimento de projetos e a execução de obras,
visando à redução de problemas e desperdícios. Nesse contexto, a metodologia BIM
(Building Information Modeling) tem emergido como uma revolução na forma como os
projetos são concebidos, gerenciados e executados. A compatibilização de projetos,
um dos pilares fundamentais da metodologia BIM, desempenha um papel crucial na
garantia da eficiência e da qualidade das construções, bem como na minimização de
problemas durante a execução (SUCCAR et al., 2015).
A necessidade de contextualizar o tema surge da compreensão de que a
indústria da construção enfrenta desafios significativos, como a complexidade
crescente dos projetos, prazos ajustados e orçamentos limitados. A compatibilização
de projetos, quando aplicada adequadamente por meio da metodologia BIM, oferece
soluções para muitos desses desafios, proporcionando uma abordagem integrada que
abrange todas as fases do ciclo de vida de um projeto de construção (RODRIGUES,
2015).
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A compatibilização de projetos envolve a integração harmoniosa de diferentes


disciplinas, como arquitetura, engenharia estrutural, elétrica, hidráulica, entre outras.
Isso é alcançado por meio da criação de modelos tridimensionais detalhados que
representam todas as informações relevantes sobre o projeto. Esses modelos não
apenas fornecem uma representação visual precisa, mas também incorporam dados
detalhados sobre materiais, dimensões, custos e prazos (SUCCAR et al., 2015).
A abordagem BIM permite a detecção precoce de conflitos e incompatibilidades
entre as disciplinas de design, antes mesmo do início da construção. Isso é essencial
para evitar retrabalho dispendioso, atrasos na obra e custos adicionais. Além disso, o
uso adequado das ferramentas BIM possibilita a simulação do processo de
construção, a otimização do planejamento e a alocação eficiente de recursos,
contribuindo ainda mais para a minimização de problemas em obra (CAMPESTRINI
et al., 2015).
Desta forma, o objetivo desta pesquisa consiste em abordar o impacto do uso da
metodologia BIM em obras de varejo.
Para a presente pesquisa, optou-se por uma metodologia que estivesse
alinhada a proposta de pesquisa e possibilitasse o alcance de seus resultados
partindo dos objetivos propostos. Aponta-se que a pesquisa é um princípio basilar
para a construção e desenvolvimento de conhecimento em determinado campo de
estudo, dessa forma, ela permite que novos horizontes de conhecimento sejam
encontrados e estudados.
Neste sentido, optou-se pela metodologia de revisão bibliográfica que se baseia
em pesquisas a partir da literatura, tendo como fontes de pesquisa revistas científicas,
livros, manuais, tratados, publicações acadêmicas, materiais publicados na internet,
entre outras fontes de cunho acadêmico e/ou científico. Para o desenvolvimento da
pesquisa, foram utilizadas citações e pesquisas que se relacionassem com o tema,
como teses, dissertações, artigos, livros, monografias e citações traduzidas
Os procedimentos de coleta foram iniciados por uma leitura exploratória de
todas as obras selecionadas, variando entre leitura objetiva e leitura rápida, tendo
como finalidade avaliar se a obra em questão possuía potencial contribuição para o
desenvolvimento da pesquisa.
Também foi realizada o tipo de leitura denominada seletiva, esta que por sua
vez, consiste em uma aprofundada leitura, a fim de verificar a consistência do
conteúdo. Foi realizado o registro de todas as obras utilizadas para o desenvolvimento
do conteúdo desta pesquisa, é possível encontrar suas indicações a partir do registro
de nome e ano de publicação da obra utilizada.
Em uma última etapa, foi aplicada a leitura analítica de todo o conteúdo
desenvolvido, tendo como objetivo ordenar e sumaria todas as informações
pesquisadas e desenvolvidas. Para esta finalidade, foram consideradas aqueles
dados que auxiliariam alcançar as respostas do problema de pesquisa e contemplar
os objetivos propostos.

2 Referencial teórico

2.1 CONSTRUÇÃO CIVIL

A Construção difere de fabricação em que a fabricação normalmente envolve a


produção em massa de itens semelhantes, sem um comprador designado, enquanto
a construção normalmente ocorre no local para um cliente conhecido. A construção
como indústria compreende de seis a nove por cento do produto interno bruto dos
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países desenvolvidos. A construção começa com planejamento, projeto e


financiamento; continua até que o projeto seja construído e esteja pronto para uso
(HALPIN e SENIOR, 2010).
Construção em larga escala requer colaboração em várias disciplinas. Um
gerente de projeto normalmente gerencia o trabalho, e um gerente de construção,
engenheiro de projeto, engenheiro de civil ou arquiteto o supervisiona. Os envolvidos
com o projeto e execução devem considerar os requisitos de zoneamento, impacto
ambiental do trabalho, programação, orçamento, segurança no local de construção,
disponibilidade e transporte de materiais de construção, logística, inconveniência ao
público causada por atrasos de construção e licitações. Os grandes projetos de
construção são por vezes referidos como megaprojetos.
Em geral, existem três setores de construção: edifícios, infraestrutura e
industrial. A construção civil é geralmente dividida em residencial e não residencial
(comercial/institucional). A infraestrutura é frequentemente chamada de engenharia
pesada civil ou pesada, que inclui grandes obras públicas, represas, pontes, rodovias,
ferrovias, água ou esgoto e distribuição de serviços públicos. A construção industrial
inclui refinarias, processos químicos, geração de energia, usinas, hospitais, clínicas e
fábricas. Há também outras maneiras de dividir a indústria em setores ou mercados
(DINIZ, 2015).
A história da construção se sobrepõe a muitos outros campos, como a
engenharia estrutural, e conta com outros ramos da ciência, como arqueologia,
história e arquitetura, para investigar como os construtores viveram e registraram suas
realizações. Esses campos nos permitem analisar construções e outras estruturas
construídas desde a pré-história, as ferramentas usadas e os diferentes usos dos
materiais de construção (MENDELOFF, 2016).
A história da construção está evoluindo por diferentes tendências no tempo,
marcadas por alguns princípios fundamentais: durabilidade dos materiais utilizados,
aumento da altura e da extensão, o grau de controle exercido sobre o ambiente interno
e finalmente a energia disponível para o processo de construção (ARAÚJO, 2002).
A partir do século XX, projetos governamentais de construção foram usados
como parte das políticas de estímulo macroeconômico, especialmente durante a
Grande Depressão. Para economia de escala, subúrbios e cidades inteiras, incluindo
infraestrutura, são frequentemente planejados e construídos dentro do mesmo projeto
(chamado megaprojeto se o custo for superior a US $ 1 bilhão), como Brasília no Brasil
e o Programa Milhões na Suécia (ADDIS, 2007). No final do século XX, a ecologia, a
conservação de energia e o desenvolvimento sustentável tornaram-se questões mais
importantes da construção (MENDELOFF, 2016).

2.2 SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL

A construção civil é a criação de infraestrutura que envolve qualquer coisa


relacionada a água, terra ou transporte. É um ramo da Engenharia Civil que se dedica
à manutenção, concepção e construção de ambientes naturais e fisicamente
construídos, como estradas, ferrovias, edifícios, reservatórios de água, loteamentos,
aeroportos, pontes, sistemas de esgotos, túneis e barragens (BAPTISTA, 2011).
A indústria da construção civil é composta por indivíduos, empresas e outras
partes interessadas que estão envolvidas no planejamento, criação e projeto da
infraestrutura. As tarefas desempenhadas na indústria incluem o planejamento,
criação e manutenção de infraestrutura pública - basicamente qualquer coisa que
torne a vida das pessoas mais fácil. Esses incluem (SILVA et al., 2013):
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 Contato com governos, clientes e outros profissionais;


 Estudar, avaliar e investigar os terrenos e canteiros de obras adequados para
a possível criação de infraestrutura;
 Seguir as diretrizes criadas pelo governo, órgãos locais e clientes no
planejamento, criação e manutenção de infraestrutura;
 Elaboração de planos de infraestrutura e aprovação dos órgãos de governo e
autoridades locais;
 Criação de estimativas de custos e contratos;
 Licitação dos contratos e contratação de empreiteiros;
 Supervisionar e monitorar a construção da infraestrutura para garantir que
corresponda ao plano.

A engenharia civil é indiscutivelmente a disciplina de engenharia mais antiga.


Ele lida com o ambiente construído e pode ser datado da primeira vez que alguém
colocou um telhado sobre a cabeça ou colocou um tronco de árvore em um rio para
facilitar a travessia. O ambiente construído abrange muito do que define a civilização
moderna. Edifícios e pontes são muitas vezes as primeiras construções que vêm à
mente, pois são as criações mais conspícuas da engenharia estrutural, uma das
principais subdisciplinas da engenharia civil (LARA, 2010).
Esses poucos tipos ilustram que os engenheiros civis fazem muito mais do que
projetar edifícios e pontes. Eles podem ser encontrados na indústria aeroespacial,
projeta aviões e estações espaciais; na indústria automotiva, aperfeiçoa a capacidade
de carga de um chassi e melhora a resistência ao choque de para-choques e portas;
e podem ser encontrados na indústria de construção naval, na indústria de energia e
em muitas outras indústrias, onde quer que haja instalações construídas. E eles
planejam e supervisionam a construção dessas instalações como gerentes de
construção (BRASILEIRO e MATOS, 2015).
No mundo de hoje em dia, existem imensos projetos direcionados para a
construção civil e para a engenharia. O alicerce que é utilizado no dia a dia foi
construído a partir da construção civil e da engenharia. As ferrovias, estádios,
estradas, portos, escolas e muitos edifícios estruturados são uma obrigação da
engenharia civil. A distribuição dos enormes empreendimentos em estágio da
construção civil sempre foi antecedente, seja ela autônomo ou em conjunto
(PALMEIRA, 2010).
Para erguer a continuação da construção civil, todas as fases do processo são
tomadas como declarações individuais. Todos os contratos são regulares em padrões
e etapas especiais. Para assegurar a qualidade do trabalho na execução construtiva,
o tempo de todas as fases deve ser observada e verificada antes de iniciar o processo.
Cada etapa de construção deve ter o próprio ritmo de tempo de efetivação. Para dar
continuidade o processo de construção, todas as fases são vistas ainda em inúmeras
operações (SILVEIRA, 2005).
Todas as fases do processo construtivo sempre ocorreram de modo fácil com
equipamentos de elevada tecnologia que asseguram qualidade e perfeição.
Profissionais de todos os gêneros de departamentos se unem e trabalham em
conjunto para dar início aos projetos. Cada sub intervenção com outra operação é
assinalada como a parte do projeto a ser efetuada por meio da divisão de trabalho no
que tem relação a habilidades e equipamentos de qualidade (DIAS, 2004).
O crescimento econômico de um país está diretamente ligado ao crescimento
de diversos setores, especialmente o industrial, no qual se destaca o seguimento da
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Construção Civil. Nessa conjectura, diversos setores são essenciais para o


crescimento e desenvolvimento econômico de um país, principalmente aqueles que
têm grande influência na economia e estão ligados a outras áreas, como a indústria
da construção civil (TEIXEIRA, 2005).
Esse setor é um dos mais importantes setores produtivos da economia, pois
contribui substancialmente para a oferta de empregos diretos, ou seja, na própria
construção, e milhares de empregos indiretos em outras áreas industriais, como as de
ciência e tecnologia. Também tem forte participação na arrecadação de tributos, é
responsável pela construção de toda a infraestrutura de um país, e proporciona assim
o crescimento de toda a cadeia produtiva. Em outras palavras, o setor é responsável
por elevar a renda da população e, consequentemente, diminuir o desemprego
(BISOLO e BAGGIO, 2015).
A construção civil tem desempenhado um papel vital no aumento da saúde e
qualidade de vida, desde o desenvolvimento de elevados suprimentos de água,
sistemas de esgoto municipais, estações de tratamento de águas residuais, até o
projeto de edifícios para proteger de perigos naturais e fornecer cuidados de saúde.
As pessoas em geral podem não perceber as enormes contribuições feitas pela
construção civil à sociedade (TEIXEIRA, 2005).

2.3 BUILDING INFORMATION MODEL (BIM)

A tecnologia revoluciona a maneira como as pessoas vivem, trabalham, se


diverte e se comunica. Acontece de forma tão rápida que fica difícil lembrar como era
antes da Internet, dos smartphones e dos dados sem fio. Ao mesmo tempo, existem
tecnologias emergentes significativas destinadas a aprimorar a civilização cada vez
mais digital (CAMPESTRINI, 2015).
A construção civil está no meio de sua maior transformação desde a introdução
dos computadores. Junto com isso vem a adoção de novas tecnologias. Os avanços
nas ferramentas de design digital, interconexão e fabricação controlada por
computador estão convergindo para transformar todas as fases do processo de design
e construção. O Building Information Modeling (BIM) é uma ideia bastante simples:
um único modelo digital de um edifício no qual todos, arquitetos, engenheiros clientes,
fornecedores, construtores, gerentes ambientais, podem trabalhar (MARINHO, 2014).
O BIM é um dos desenvolvimentos mais promissores nas áreas de arquitetura,
engenharia e construção. Ele está mudando a maneira como empreiteiros e
engenheiros fazem negócios, mas sua aplicação ainda é relativamente nova e há
muito a aprender. Uma maneira de aprender é observando como outras empresas
estão usando o BIM e suas provações e tribulações ao longo do caminho. A
tecnologia é mais sobre processo do que produto. Mas mesmo isso pode levar a um
tipo diferente de construção (GARDEZI, 2014).
Com a indústria finalmente deixando de depender da documentação simbólica
2D e adotando o design dentro de um contexto de modelagem 3D, os computadores
podem oferecer benefícios adicionais além do Desenho Auxiliado por Computador
(CAD). Edifícios modelados em 3D podem ser analisados e otimizados para
desempenho, ser usados para controlar custos, fornecer experiências imersivas de
realidade virtual e renderizações e animações fotorrealistas (SANTOS et al., 2013).
O software e os dados do projeto também estão mudando, de serem vinculados
ao desktop a agnósticos de plataforma, sempre presentes, sempre ativos e sempre
atualizados. O BIM está sendo aclamado por seus defensores como um salva-vidas
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para projetos complicados devido à sua capacidade de corrigir erros no início do


estágio de design e programar a construção com precisão (ALMEIDA, 2015).
Embora, nos últimos anos, o termo “modelagem de informações de construção”
ou “BIM” tenha ganhado popularidade generalizada, não conseguiu obter uma
definição consistente. De acordo com Patrick Suermann, PE, líder da equipe de teste
do National Building Information Model Standard (NBIMS), “BIM é a representação
virtual das características físicas e funcionais de uma instalação desde o início
(MIETTINEN et al., 2014).
Como tal, ele serve como um repositório de informações compartilhadas para
colaboração ao longo do ciclo de vida de uma instalação. O Instituto Nacional de
Ciências da Construção (NIBS) o vê como "uma representação digital das
características físicas e funcionais de uma instalação e um recurso de conhecimento
compartilhado para informações sobre uma instalação formando uma base confiável
para decisões durante seu ciclo de vida, definido como existente a partir de concepção
mais antiga de demolição (BIOTTO et al., 2013).
Mas de um modo geral, A tecnologia BIM permite que um modelo virtual preciso
de um edifício seja construído digitalmente. Modelos completos gerados por
computador contêm geometria precisa e bem definida e dados pertinentes
necessários para facilitar a construção, fabricação e atividades de aquisição
necessárias para realizar a construção final (GU et al., 2010). O BIM consiste
principalmente em conceitos de modelagem 3D, além de tecnologia de banco de
dados de informações e software interoperável em um ambiente de computador
desktop que arquitetos, engenheiros e empreiteiros podem usar para projetar uma
instalação e simular a construção. Esta tecnologia permite que os membros da equipe
de projeto gerem um modelo virtual da estrutura e de todos os seus sistemas em 3D
e possam compartilhar essas informações entre si (RADUNS, 2013).
Da mesma forma, os desenhos, especificações e detalhes de construção são
fundamentais para o modelo, que inclui atributos como geometria de construção,
relações espaciais, características de quantidade de componentes de construção e
informações geográficas. Isso permite que a equipe do projeto identifique rapidamente
os problemas de projeto e construção e os resolva em um ambiente virtual muito antes
da fase de construção no mundo real (JIANG, 2011).
O BIM é, portanto, principalmente um processo pelo qual gera e gerencia dados
de construção durante o ciclo de vida de um projeto. Ele normalmente usa um software
de modelagem de construção dinâmica tridimensional em tempo real para gerenciar
e aumentar a produtividade no projeto e na construção de edifícios. O processo produz
o modelo de informações da construção, que engloba todos os dados relevantes
relacionados à geometria da construção, relações espaciais, informações geográficas
e quantidades e propriedades dos componentes da construção. A tecnologia de
construção para o processo BIM está continuamente melhorando com o passar do
tempo, à medida que empreiteiros, arquitetos, engenheiros e outros continuam a
encontrar novas maneiras de melhorar o processo BIM (CAMPESTRINI et al., 2015).
O BIM permite aos usuários construir um modelo usando um software como o
Revit. O modelo contém todas as informações do projeto, incluindo desenhos e
especificações. Todos os diferentes interessados têm acesso ao modelo central feito
no Revit, permitindo que os participantes do projeto de todas as disciplinas, como
arquitetos, gerentes de instalações, engenheiros de M&E e engenheiros estruturais
coordenem seu trabalho (ABAURRE, 2014). O BIM integra projetos desde o projeto
inicial até a construção e até o término do projeto. Usando um programa como o Revit,
atualizações de desenho podem ser feitas automaticamente para refletir a entrada de
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cada disciplina, permitindo o gerenciamento integrado de informações de


componentes de construção (SUCCAR et al., 2015).
O uso do BIM aumenta a produtividade das atividades de projeto, resultando
em projetos de construção eficientes que, por sua vez, economizam custos de
material. Também pode resultar em tempos de construção mais curtos e um processo
de construção mais seguro. Como os sistemas são cada vez mais digitalizados, o BIM
é visto como fundamental para o desenvolvimento de futuras cidades mais inteligentes
(ABAURRE, 2014).
Ao usar o BIM, um protocolo padrão é importante para todo o processo BIM. O
protocolo deve consistir na nomenclatura do documento, nomenclatura do arquivo de
dados e nomenclatura da camada CAD, origem, escala, orientação do modelo de
estrutura, etc. Os procedimentos padrão também devem ser definidos entre as
diferentes disciplinas. Tudo isso é exigido pelo compartilhamento eficaz de dados por
meio de um ambiente de dados comum (CAMPESTRINI et al., 2015).
É importante notar que é necessário que todos os membros da equipe do
projeto tenham um protocolo BIM anexado aos seus contratos. Isso garantirá que
todas as partes que produzem e entregam modelos adotem quaisquer padrões ou
formas de trabalho comuns descritas no protocolo e que todas as partes que usam os
modelos tenham o direito claro de fazê-lo (AMOR et al., 2011).
O BIM é 10% tecnologia, 90% sociologia. Em sua forma mais simples, Building
Information Modeling (BIM) deve ser o mecanismo para permitir que essa
comunicação aconteça. Pode se enxergar o BIM como a fonte completa de
conhecimento do projeto, é nessa arena que se troca inteligência. E isso pode ser feito
de forma mais eficaz quando fala a mesma língua, por meio de uma estrutura de dados
consistente. Nesse cenário, pode se criar um fórum onde todas as partes interessadas
estão ativamente engajadas. Pode se extrair, avaliar e testar opções de design em
relação ao custo de toda a vida em tempo real. Quando os dados do projeto se tornam
totalmente transparentes, é possível tomar decisões melhores (KRAATZ et al., 2014).

2.3.1 História do BIM

Os fundamentos conceituais do sistema BIM remontam aos primeiros dias da


computação. Já em 1962, Douglas C. Englebart nos dá uma visão fantástica do futuro
arquiteto em seu artigo “Aumentando o Intelecto Humano”. Englebart sugere design
baseado em objetos, manipulação paramétrica e um banco de dados relacional;
sonhos que se tornariam realidade vários anos depois (MOZZATO, 2013). Há uma
longa lista de pesquisadores de design cuja influência é considerável, incluindo
Herbert Simon, Nicholas Negroponte e Ian McHarg, que estava desenvolvendo uma
linha paralela com Sistemas de Informação Geográfica (GIS). O trabalho de
Christopher Alexander certamente teria tido um impacto, pois influenciou uma escola
inicial de cientistas da computação de programação orientada a objetos com o Notes
on the Synthesis of Form (SAKAMORI, 2015).
Por mais pensativos e robustos que esses sistemas fossem, as estruturas
conceituais não poderiam ser realizadas sem uma interface gráfica por meio da qual
interagir com esse modelo de construção. A base do BIM remonta a 1975, quando
Charles M. Eastman, um professor americano, publicou sua descrição de um protótipo
funcional no AIA Journal. O artigo descreveu elementos interativos definidos onde
informações sobre mapas, fachadas, perspectivas e seções são combinadas no
mesmo documento (MIETTINEN, 2014).
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Cada alteração só teve que ser feita uma vez e depois foi alterada em todos os
outros desenhos. Detalhes sobre custos, materiais e suprimentos necessários
tornaram-se fáceis de gerar. Nas décadas de 70 e 80, estudos semelhantes foram
feitos na Europa. Especialmente na Grã-Bretanha e na Finlândia, onde foram feitas
tentativas de aplicar o BIM de forma comercial (BRYDE et al., 2013).

2.3.2 Níveis de maturidade BIM

Definições para níveis de maturidade BIM do Nível 0, através do Nível 1, Nível


2 e Nível 3 até 4D BIM e além. O conceito de "Níveis BIM" tornou-se a definição 'aceita'
de quais critérios são necessários para ser considerado compatível com o BIM, vendo
o processo de adoção como as próximas etapas em uma jornada que levou a indústria
da prancheta ao computador e, finalmente, na era digital (RODRIGUES, 2015).

2.3.2.1 Nível 0 BIM

Este nível é definido como CAD não gerenciado. É provável que seja 2D, com
as informações sendo compartilhadas por desenhos em papel tradicionais ou, em
alguns casos, digitalmente via PDF, fontes de informações essencialmente separadas
que cobrem informações básicas de ativos. A maioria da indústria já está bem à frente
disso agora (FREITAS, 2014).

2.3.2.2 Nível 1 BIM

Este é o nível em que muitas empresas estão operando atualmente. Isso


normalmente compreende uma mistura de CAD 3D para trabalho de conceito e 2D
para a elaboração de documentação de aprovação legal e informações de produção.
Os padrões CAD são gerenciados de acordo com BS 1192: 2007, e o
compartilhamento eletrônico de dados é realizado a partir de um ambiente de dados
comum (CDE), geralmente gerenciado pelo contratante. Os modelos não são
compartilhados entre os membros da equipe do projeto (BARISON, 2015).

2.3.2.3 Nível 2 BIM

Isso se distingue pelo trabalho colaborativo todas as partes usam seus próprios
modelos CAD 3D, mas não necessariamente trabalham em um único modelo
compartilhado. A colaboração vem na forma de como as informações são trocadas
entre as diferentes partes e é o aspecto crucial deste nível (NEIVA NETO, 2014).
As informações do projeto são compartilhadas por meio de um formato de
arquivo comum, que permite a qualquer organização combinar esses dados com os
seus próprios para fazer um modelo BIM federado e realizar verificações interrogativas
sobre ele. Portanto, qualquer software CAD usado por cada parte deve ser capaz de
exportar para um dos formatos de arquivo comuns, como IFC (Industry Foundation
Class) ou COBie (Construction Operations Building Information Exchange). Este é o
método de trabalho que foi definido como meta mínima pelo governo do Reino Unido
para todos os trabalhos no setor público até 2016 (DELATORRE, 2014).

2.3.2.4 Nível 3 BIM


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Atualmente visto como o Santo Graal, isso representa a colaboração total entre
todas as disciplinas por meio do uso de um único modelo de projeto compartilhado
que é mantido em um repositório centralizado. Todas as partes podem acessar e
modificar esse mesmo modelo, e a vantagem é que ele remove a camada final de
risco de informações conflitantes (SOUZA, 2015).
Isso é conhecido como 'Open BIM'. O nervosismo atual na indústria em torno
de questões como direitos autorais e responsabilidade deve ser resolvido - o primeiro
por meio de documentos de nomeação robustos e autoria de software / permissões
de leitura / gravação, e o último por rotas de aquisição de risco compartilhado, como
parceria. O Protocolo BIM da CIC prevê isso (COSTA et al., 2014).

2.4 BIM NO BRASIL

A construção civil é de extrema importância na economia brasileira, de acordo


com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016 a atividade de
construção totalizou R $ 318,7 bilhões (na data da escrita 1 Euro = 4,35 R $). O valor
das obras e serviços totalizou R $ 299,1 bilhões, sendo 31,5% provenientes de obras
contratadas por entes públicos (R $ 94,1 bilhões) e o restante por pessoas físicas e /
ou privadas.
Nas últimas estimativas, incluindo empresas e coligadas, a construção civil no
Brasil possui 176 mil estabelecimentos e gera 2,6 milhões de empregos no país. A
construção civil é a área de maior potencial, o segmento tem valor agregado de
aproximadamente R $ 74 bilhões, seguido por obras de infraestrutura (R $ 65 bilhões)
e serviços especializados (R $ 39,4 bilhões).
Tanto o setor privado como o setor público no Brasil reconhecem que o BIM
pode aumentar a produtividade e a eficiência na construção e na gestão de
instalações. No momento, o BIM não está bem desenvolvido no Brasil, mas uma
adoção mais ampla em um futuro próximo é altamente provável. O BIM é atualmente
um tema importante no setor da construção, com um lobby ativo em favor de sua
implementação e medidas já tomadas pelo governo para introduzir iniciativas
relacionadas ao BIM (ANTUNES, 2013).
Houve alguns projetos relevantes que usaram, pelo menos até certo ponto, o
BIM, por exemplo, estádios da Copa do Mundo, sedes dos Jogos Olímpicos,
aeroportos regionais, o Museu do Amanhã (“Museu do Amanhã”), bem como outros
edifícios que foram parte do projeto de revitalização da área portuária do Rio de
Janeiro (TULENHEIMO, 2015).
Infelizmente, é difícil determinar em que medida ou em que nível o BIM foi
usado, ou quais foram os benefícios e desafios específicos que as partes encontraram
nesses projetos. De qualquer forma, os altos custos associados à implantação do BIM
são provavelmente um obstáculo significativo ao seu desenvolvimento no Brasil
(COSTA et al., 2014).
Atualmente, a adoção do BIM não é obrigatória. No entanto, o setor público
está discutindo se esse requisito deve ser introduzido e, em caso afirmativo, como o
poder público deve proceder para implementar o BIM. Um exemplo importante recente
vem do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, onde o governo incluiu o BIM como
uma exigência em um de seus projetos. O governo incluiu experiência ou qualificação
em BIM como um dos critérios para pontuação na avaliação dos licitantes.
(CAMPESTRINI, 2015). No setor privado, grandes construtoras podem usar o BIM
como uma ferramenta interna de gerenciamento de projetos. Os arquitetos também
podem usar o BIM baseado no Revit. No entanto, atualmente cabe inteiramente a
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cada empresa decidir se o investimento em BIM é benéfico ou não para seus negócios
(MARINHO, 2014).
Em seu estágio atual de desenvolvimento no Brasil, é justo dizer que o uso de
ferramentas colaborativas dentro do BIM não decolou por causa das discussões sobre
quem deve pagar pelo BIM. Embora tanto o setor privado quanto o público pareçam
estar se movendo no sentido de adotar ou considerar o uso do BIM, existem diferentes
abordagens dependendo de quem apresenta o argumento (GARDEZI, 2014).
O setor público parece estar mais focado em entender os benefícios do uso do
BIM e os requisitos técnicos para implementá-lo. Até agora, não parece haver uma
discussão comercial ou jurídica mais ampla. O setor privado parece ter um melhor
entendimento das características técnicas do BIM, mas está preocupado com os
custos associados e com quem irá pagar por eles (SANTOS et al., 2013).
Nesse estágio inicial, sem uma resposta clara em relação a se e como as partes
envolvidas em um projeto de construção (seja por escolha ou por exigência) adotarão
o BIM, é difícil dizer especificamente quais etapas ou disposições serão necessárias.
No entanto, em termos gerais, serão necessárias disposições específicas sobre o BIM
para fazer face aos custos, responsabilidades, interfaces, etc., bem como disposições
relativas à gestão do modelo. Até o momento, não há Protocolos padrão disponíveis
no Brasil para tratar dessas questões (ALMEIDA, 2015).
O mercado brasileiro de construção não costuma utilizar contratos
padronizados nacionais ou internacionais. Embora possam assemelhar-se a formas
internacionais e também ter certas semelhanças, cada Contratante, público ou
privado, tende a impor seu próprio formulário padrão aos seus Contratantes
(MIETTINEN et al., 2014). Portanto, caberá às partes, mais do que aos órgãos de
redação, decidir como tratarão o uso do BIM em cada caso. Em situações como essas,
os principais escritórios de advocacia tendem a direcionar a redação das cláusulas
que acabam se tornando padrões de mercado (BIOTTO et al., 2013).
Não é comum no mercado de construção brasileiro ter Arquitetos / Engenheiros
nas mesmas funções que no Reino Unido. O andamento dos trabalhos é monitorado
principalmente pelo pessoal do Contratante ou por alguém nomeado e subordinado
ao Contratante não independente ou imparcial (GU et al., 2010). Portanto, caberá
principalmente aos Empregadores declarar se desejam que os Contratados e / ou os
níveis mais baixos da cadeia de abastecimento usem o BIM. Em seguida, caberá aos
Empreiteiros (Projetistas, Arquitetos, Engenheiros) analisar se e em que medida eles
optam por aceitar essas condições (RADUNS, 2013).
Até o momento, não existe uma regra obrigatória sobre a hierarquia dos
documentos contratuais. No entanto, a prática comum geralmente prevê que o
contrato prevaleça sobre seus anexos. Portanto, as partes são livres para decidir
sobre a posição do Protocolo BIM. Ao mesmo tempo, é aconselhável que as partes
tenham muito cuidado na elaboração dessas disposições, adotando e mantendo um
conjunto comum de requisitos, definições de parâmetros e normas para evitar
inconsistências e incertezas (CAMPESTRINI et al., 2015).
Em qualquer caso, e em particular para projetos envolvendo partidos públicos,
tem que esperar até que seja conhecida a posição do governo sobre como os projetos
públicos irão lidar com a implementação do BIM. Existe a chance de que algumas
informações (como a lista de preços abaixo mencionada no SINAP) sejam definidas
como uma referência obrigatória nas licitações públicas e, portanto, venham a
prevalecer sobre o contrato (SUCCAR et al., 2015). No Brasil, até agora, não houve
muitas discussões sobre o assunto. No entanto, conforme a implementação do BIM
se desenvolve, é claro que isso precisa ser abordado. Quando isso acontecer, haverá
11

discussões sobre se o gerente do BIM deve ou não ser um terceiro, quais serão suas
responsabilidades e quem pagará pelos custos de gerenciamento do BIM
(RODRIGUES, 2015).
É importante destacar que essas discussões provavelmente levarão em conta
o intenso envolvimento que os empregadores tendem a ter nas obras no Brasil. Faz
parte da cultura do mercado da construção que os empregadores, em particular os do
setor público, tenham uma palavra a dizer em vários e muitas vezes extensos
aspectos dos projetos. Esse aspecto cultural pode impactar nas decisões sobre a
gestão do BIM (ABAURRE, 2014).
Não tem havido muitas discussões sobre este tema específico no Brasil.
Atualmente, o mercado de seguros não tem sinalizado alterações decorrentes do BIM.
No entanto, à medida que o mercado de BIM se desenvolve, o mercado de seguros
certamente o acompanhará. Dependendo da estrutura contratual a ser adotada, em
particular se o mercado de BIM evoluir para uma estrutura multipartidária, as
seguradoras podem ter que lidar com uma alocação de risco diferente daquela que é
aplicada atualmente (CAMPESTRINI et al., 2015).
Em termos gerais, a legislação brasileira prevê que, a menos que se aplique
uma cláusula de exclusão ou limitação de responsabilidade, uma parte que causa
dano a outra deve indenizar essa outra parte pelos danos causados. Como o BIM é
um modelo colaborativo, pode haver casos em que o uso do modelo por uma parte
impacta o que foi ou será feito por outra. Se houver um argumento de que esse
impacto está relacionado ao design, pode haver responsabilidade extra de design que
deve ser tratada com antecedência no contrato apropriado (AMOR et al., 2011).
Até agora, as regras gerais sobre direitos de propriedade ainda se aplicam, o
que significa que, em termos gerais, os contribuidores são os proprietários dos dados
ou do design que inserem no modelo. No entanto, pode haver discussões sobre quem
é o contribuidor após outras contribuições terem sido feitas sobre a inicial e conforme
o modelo se desenvolve (KRAATZ et al., 2014).
Portanto, na ausência de regulamentação, é aconselhável que as partes que
utilizam o BIM incluam em seus contratos disposições específicas sobre direitos de
propriedade. Em termos gerais, a legislação brasileira estabelece que uma parte que
causa dano a outra deve indenizar a outra parte pelos danos causados (MOZZATO,
2013).
As partes podem acordar cláusulas de exclusão ou limitação de
responsabilidade, podendo também conceder garantias e indenizações que
considerem convenientes, desde que tratem de direitos descartáveis. Embora não
tenha havido muitas discussões sobre este tópico específico, mais negociações sobre
essas disposições podem ser esperadas e é aconselhável que as partes em um
projeto BIM prestem muita atenção a elas (SAKAMORI, 2015).
A expectativa do mercado é que, no médio e longo prazo, isso reduza o tempo
total das obras. Há uma chance de que o planejamento demore mais, especialmente
nos anos iniciais de implementação do BIM; no entanto, o planejamento
provavelmente será mais eficiente e, consequentemente, resultará em tempo de
construção reduzido. Portanto, espera-se um impacto positivo desde os estágios
iniciais (MIETTINEN, 2014).
Algumas entidades do Governo Brasileiro consideram a fase de ocupação o
mais importante potencial de aplicação do BIM, ressaltando que as informações
consolidadas no modelo são extremamente relevantes na fase de ocupação,
operação e manutenção de longo prazo (BRYDE et al., 2013). Como um banco de
dados ao vivo de tudo o que existe no edifício, em particular quando é possível
12

adicionar o elemento tempo no modelo, torna a operação e manutenção muito mais


fácil e menos dependente do conhecimento adquirido por pessoas específicas que
provavelmente sairão ou serão indisponível em algum momento durante a vida útil do
edifício (SAKAMORI, 2015).
Atualmente, o Governo Federal mantém um programa denominado Programa
de Parceria para Investimentos (PPI - “Programa de Parcerias de Investimento”) para
impulsionar o investimento privado em determinados setores da economia brasileira
e melhorar a eficiência por meio de um melhor planejamento prévio à licitação dos
projetos (FREITAS, 2014).
Não há disposições específicas sobre o BIM, mas há referências expressas a
inovação e novas tecnologias, sinalizando que provavelmente serão dados mais
passos rumo à implantação do BIM no Brasil. Esse potencial foi confirmado em
dezembro de 2016 com a assinatura de um Memorando de Entendimento entre os
governos do Brasil e do Reino Unido relacionado à troca de informações sobre o BIM,
inclusive em projetos relacionados ao Programa de Parceria de Investimento
(BARISON, 2015).
Organizações ligadas à construção civil, como a Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (FIESP - “Federação das Indústrias do Estado de São Paulo”) e
o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI - “Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial”) fazem lobby pela o aumento da utilização do BIM, inclusive
por meio da oferta de treinamento, do desenvolvimento de bibliotecas e da redução
da tributação de softwares e hardwares (NEIVA NETO, 2014).
Seguindo os esforços dessas organizações, a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT - “Associação Brasileira de Normas Técnicas”) publicou a norma
ABNT NBR 15965 sobre como definir e classificar as informações a serem utilizadas
na aplicação do BIM pelos setores da indústria de Arquitetura, Engenharia e
Construção (DELATORRE, 2014).
No que se refere ao setor público, as discussões mais substanciais são
encabeçadas pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e pelo
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (“Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços”). Ambos os ministérios realizaram recentemente
seminários dedicados ao BIM (SOUZA, 2015).
A cooperação internacional é muito bem vista, por exemplo, dentro do grupo de
trabalho oficial de entidades brasileiras relacionadas ao BIM, a Finlândia é
reconhecida como um dos países líderes neste segmento, ao lado do Reino Unido,
com quem o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) assinaram
um Memorando de Entendimento (MoU) relacionado ao BIM em dezembro de 2016.
O objetivo do MoU é promover o desenvolvimento econômico e o crescimento por
meio da expansão comercial, bem como aumentar a eficiência das operações e
permitir um melhor entendimento mútuo de seus respectivos ambientes regulatórios.

2.5 A IMPORTÂNCIA DA COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS UTILIZANDO


METODOLOGIA BIM

A metodologia BIM (Building Information Modeling) tem se destacado como


uma revolução na indústria da construção civil, transformando significativamente a
maneira como os projetos são concebidos, executados e gerenciados. Um dos
aspectos mais cruciais dessa abordagem é a compatibilização de projetos, um
processo que permite a integração harmoniosa de diferentes disciplinas de design.
13

Essa prática envolve a detecção precoce de conflitos e a resolução de problemas


antes que eles se tornem caros e demorados no canteiro de obras (MARINHO, 2014).
A eficiência da compatibilização de projetos usando BIM é notável, resultando
na redução de retrabalho, custos extras e atrasos na construção. Isso ocorre devido
ao uso de modelos tridimensionais detalhados em BIM, que facilitam a identificação
de incompatibilidades e promovem uma colaboração mais eficaz entre equipes
multidisciplinares. A qualidade das construções também se beneficia com a
compatibilização de projetos BIM, uma vez que erros de projeto são minimizados,
contribuindo para edifícios mais seguros e duráveis (GARDEZI, 2014).
Além disso, a segurança na construção é aprimorada, já que os riscos podem
ser identificados antecipadamente. A metodologia BIM também desempenha um
papel importante na otimização do uso de recursos, como materiais e energia, o que
contribui para a sustentabilidade na construção. A capacidade de atender aos padrões
regulatórios e normas da indústria de forma mais eficaz também é acentuada com a
compatibilização de projetos BIM (SANTOS et al., 2013).
Empresas que adotam a compatibilização de projetos BIM ganham uma
vantagem competitiva substancial, pois conseguem entregar projetos de alta
qualidade no prazo e dentro do orçamento. No entanto, para aproveitar ao máximo
essa abordagem, é essencial investir em educação e treinamento adequados para os
profissionais envolvidos. A interoperabilidade entre softwares BIM desempenha um
papel crucial na compatibilização de projetos eficaz, garantindo que todas as partes
envolvidas possam colaborar de maneira eficiente (MARINHO, 2014).
É importante destacar que a compatibilização de projetos usando BIM não se
limita a projetos de uma determinada escala, sendo aplicável desde edifícios
comerciais até infraestruturas complexas. A análise de custo-benefício demonstra que
o investimento em BIM para compatibilização de projetos resulta em economias
significativas a longo prazo, tornando-se uma escolha sensata para empresas que
desejam otimizar seus processos e recursos (ALMEIDA, 2015).
Em projetos de construção sustentável, a importância da compatibilização de
projetos BIM é ainda mais evidente, pois a coordenação precisa é crucial para
maximizar a eficiência energética e a redução do impacto ambiental. Além disso, a
compatibilização de projetos BIM não é apenas uma ferramenta técnica, mas também
uma mudança cultural na indústria da construção, promovendo uma abordagem mais
colaborativa e eficiente (BIOTTO et al., 2013).
À medida que a metodologia BIM continua a se desenvolver, PODE-SE esperar
que ela traga ainda mais benefícios à compatibilização de projetos no futuro. Em
resumo, a compatibilização de projetos utilizando a metodologia BIM é fundamental
para melhorar a eficiência, qualidade e sustentabilidade na indústria da construção,
tornando-se uma abordagem indispensável para profissionais e empresas que
buscam se destacar no mercado em constante evolução (GU et al., 2010).

2.6 USO ADEQUADO DAS FERRAMENTAS BIM PARA MINIMIZAR OS


PROBLEMAS EM OBRA

O uso adequado das ferramentas BIM desempenha um papel fundamental na


minimização de problemas em obras. A metodologia BIM (Building Information
Modeling) oferece uma abordagem integrada e colaborativa para o ciclo de vida de
um projeto de construção, desde a concepção até a operação (RADUNS, 2013).
Uma das principais vantagens das ferramentas BIM é a capacidade de criar
modelos tridimensionais detalhados de um projeto. Esses modelos não apenas
14

representam visualmente o projeto, mas também contêm informações detalhadas


sobre cada elemento, como dimensões, materiais, custos e prazos. Essa riqueza de
informações permite uma compreensão completa do projeto antes mesmo de iniciar a
construção, reduzindo a probabilidade de erros de projeto e incompatibilidades
(CAMPESTRINI et al., 2015).
Além disso, a compatibilidade de projetos é aprimorada com o uso de
ferramentas BIM. Os diferentes aspectos do projeto, como arquitetura, estrutura,
mecânica, elétrica e encanamento, podem ser facilmente integrados e verificados em
um ambiente virtual. Isso ajuda a identificar conflitos e incompatibilidades que, se não
detectados antecipadamente, poderiam levar a atrasos e custos adicionais durante a
obra (SUCCAR et al., 2015).
Outro benefício das ferramentas BIM é a capacidade de simular o processo de
construção. Os cronogramas e sequências de construção podem ser modelados
digitalmente, permitindo a identificação de gargalos e problemas de logística antes
que ocorram no canteiro de obras. Isso ajuda na otimização do planejamento da obra
e na alocação eficiente de recursos (RODRIGUES, 2015).
A comunicação e colaboração entre as equipes de projeto e construção
também são aprimoradas com o uso de ferramentas BIM. Todos os envolvidos têm
acesso ao mesmo modelo de projeto, o que facilita a troca de informações e a
resolução rápida de problemas. Além disso, as alterações feitas em um aspecto do
projeto são automaticamente refletidas em todos os outros, garantindo que todos
estejam trabalhando com informações atualizadas e precisas (ABAURRE, 2014).
As ferramentas BIM também são valiosas na gestão de custos e prazos. Com
informações detalhadas sobre materiais e custos associados a cada elemento do
projeto, é possível realizar estimativas de custos mais precisas e acompanhar o
progresso em relação ao cronograma planejado (CAMPESTRINI et al., 2015).
Além disso, as ferramentas BIM podem ser usadas na fase de operação e
manutenção do edifício. Os modelos BIM podem ser adaptados para servir como uma
base de dados para a gestão de ativos, permitindo a manutenção eficiente e
prolongando a vida útil do edifício (AMOR et al., 2011).

2.7 IMPACTO DO USO DA METODOLOGIA BIM EM OBRAS DE VAREJO

A metodologia Building Information Modeling (BIM) tem se destacado como


uma ferramenta revolucionária nas obras de varejo, onde a competitividade e as
demandas por eficiência são elevadas. No contexto do setor varejista, que abrange
desde lojas individuais até complexos comerciais de grande porte, a implementação
do BIM oferece uma gama de benefícios potenciais, impulsionando a colaboração
multidisciplinar entre arquitetos, engenheiros, empreiteiros e proprietários
(CAMPESTRINI et al., 2015).
Através do BIM, é possível reduzir conflitos e erros de projeto, proporcionando
uma visualização avançada do empreendimento e facilitando simulações e análises
de desempenho, como análise estrutural e energética. Além disso, o BIM serve como
uma plataforma centralizada para a gestão de dados e informações, incorporando
elementos de tempo e custo (4D e 5D) para uma compreensão abrangente do projeto
ao longo de seu ciclo de vida (GARDEZI, 2014).
Embora a adoção do BIM no setor de varejo enfrente desafios, como resistência
à mudança e custos iniciais de implementação, investimentos em treinamento e
capacitação da equipe são fundamentais para superar tais obstáculos. A integração
do BIM com outras tecnologias, como Realidade Virtual e Realidade Aumentada,
15

amplia ainda mais suas capacidades, proporcionando experiências de visualização


imersivas e aprimoradas (NARCISO, 2023).
No entanto, a mudança cultural e a conformidade com regulamentações
também são aspectos críticos a serem considerados. Apesar desses desafios, o futuro
do BIM no setor de varejo é promissor, com um crescente reconhecimento dos
benefícios que essa metodologia pode oferecer. Espera-se que mais empresas
adotem o BIM à medida que sua eficácia se torna mais amplamente reconhecida
(CAMPESTRINI et al., 2015).
Apesar do progresso significativo na compreensão do impacto do BIM em obras
de varejo, ainda há espaço para pesquisas adicionais. Explorar completamente o
potencial do BIM e identificar maneiras de superar os desafios existentes são áreas
importantes para pesquisas futuras (NARCISO, 2023).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio desta pesquisa, foi possível compreender os impactos significativos


da globalização no modo de produção do segmento de construção, especialmente no
contexto das obras de varejo. Essa influência se manifesta através do aumento da
eficiência no uso dos recursos disponíveis e da introdução significativa de máquinas
com inteligência artificial nos processos de execução. Além disso, houve uma
mudança marcante na gestão das empresas, destacando-se a estratégia de
implementação de novas tecnologias, o que requer cooperação entre os diversos
setores de atividade, com foco particular nos domínios da tecnologia, informação e
execução de obras.
Esse avanço tecnológico reflete-se em um ambiente de negócios de obras de
varejo cada vez mais dinâmico e acelerado em termos de mudanças. Para manter a
competitividade no mercado, as empresas do setor precisam adotar uma gestão de
projetos eficaz, aproveitando as tecnologias emergentes que abrangem todos os
grupos de processos de gestão de projetos. Essas ferramentas são de suma
importância para auxiliar na execução das tarefas ao longo do ciclo de vida do projeto,
conforme discutido neste trabalho.
Portanto, este estudo alcançou seu objetivo ao apresentar algumas das
ferramentas tecnológicas que contribuirão para aumentar a eficiência, eficácia e
efetividade dos projetos realizados pela indústria da construção, especialmente no
contexto das obras de varejo, nos próximos anos. A adoção inteligente dessas
tecnologias não apenas impulsionará a competitividade das empresas, mas também
promoverá avanços significativos na forma como os projetos são concebidos,
planejados e executados nesse setor em constante evolução.

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