Artigo - Thiago Arruda
Artigo - Thiago Arruda
Artigo - Thiago Arruda
Resumo
1 Introdução
2 Referencial teórico
Cada alteração só teve que ser feita uma vez e depois foi alterada em todos os
outros desenhos. Detalhes sobre custos, materiais e suprimentos necessários
tornaram-se fáceis de gerar. Nas décadas de 70 e 80, estudos semelhantes foram
feitos na Europa. Especialmente na Grã-Bretanha e na Finlândia, onde foram feitas
tentativas de aplicar o BIM de forma comercial (BRYDE et al., 2013).
Este nível é definido como CAD não gerenciado. É provável que seja 2D, com
as informações sendo compartilhadas por desenhos em papel tradicionais ou, em
alguns casos, digitalmente via PDF, fontes de informações essencialmente separadas
que cobrem informações básicas de ativos. A maioria da indústria já está bem à frente
disso agora (FREITAS, 2014).
Isso se distingue pelo trabalho colaborativo todas as partes usam seus próprios
modelos CAD 3D, mas não necessariamente trabalham em um único modelo
compartilhado. A colaboração vem na forma de como as informações são trocadas
entre as diferentes partes e é o aspecto crucial deste nível (NEIVA NETO, 2014).
As informações do projeto são compartilhadas por meio de um formato de
arquivo comum, que permite a qualquer organização combinar esses dados com os
seus próprios para fazer um modelo BIM federado e realizar verificações interrogativas
sobre ele. Portanto, qualquer software CAD usado por cada parte deve ser capaz de
exportar para um dos formatos de arquivo comuns, como IFC (Industry Foundation
Class) ou COBie (Construction Operations Building Information Exchange). Este é o
método de trabalho que foi definido como meta mínima pelo governo do Reino Unido
para todos os trabalhos no setor público até 2016 (DELATORRE, 2014).
Atualmente visto como o Santo Graal, isso representa a colaboração total entre
todas as disciplinas por meio do uso de um único modelo de projeto compartilhado
que é mantido em um repositório centralizado. Todas as partes podem acessar e
modificar esse mesmo modelo, e a vantagem é que ele remove a camada final de
risco de informações conflitantes (SOUZA, 2015).
Isso é conhecido como 'Open BIM'. O nervosismo atual na indústria em torno
de questões como direitos autorais e responsabilidade deve ser resolvido - o primeiro
por meio de documentos de nomeação robustos e autoria de software / permissões
de leitura / gravação, e o último por rotas de aquisição de risco compartilhado, como
parceria. O Protocolo BIM da CIC prevê isso (COSTA et al., 2014).
cada empresa decidir se o investimento em BIM é benéfico ou não para seus negócios
(MARINHO, 2014).
Em seu estágio atual de desenvolvimento no Brasil, é justo dizer que o uso de
ferramentas colaborativas dentro do BIM não decolou por causa das discussões sobre
quem deve pagar pelo BIM. Embora tanto o setor privado quanto o público pareçam
estar se movendo no sentido de adotar ou considerar o uso do BIM, existem diferentes
abordagens dependendo de quem apresenta o argumento (GARDEZI, 2014).
O setor público parece estar mais focado em entender os benefícios do uso do
BIM e os requisitos técnicos para implementá-lo. Até agora, não parece haver uma
discussão comercial ou jurídica mais ampla. O setor privado parece ter um melhor
entendimento das características técnicas do BIM, mas está preocupado com os
custos associados e com quem irá pagar por eles (SANTOS et al., 2013).
Nesse estágio inicial, sem uma resposta clara em relação a se e como as partes
envolvidas em um projeto de construção (seja por escolha ou por exigência) adotarão
o BIM, é difícil dizer especificamente quais etapas ou disposições serão necessárias.
No entanto, em termos gerais, serão necessárias disposições específicas sobre o BIM
para fazer face aos custos, responsabilidades, interfaces, etc., bem como disposições
relativas à gestão do modelo. Até o momento, não há Protocolos padrão disponíveis
no Brasil para tratar dessas questões (ALMEIDA, 2015).
O mercado brasileiro de construção não costuma utilizar contratos
padronizados nacionais ou internacionais. Embora possam assemelhar-se a formas
internacionais e também ter certas semelhanças, cada Contratante, público ou
privado, tende a impor seu próprio formulário padrão aos seus Contratantes
(MIETTINEN et al., 2014). Portanto, caberá às partes, mais do que aos órgãos de
redação, decidir como tratarão o uso do BIM em cada caso. Em situações como essas,
os principais escritórios de advocacia tendem a direcionar a redação das cláusulas
que acabam se tornando padrões de mercado (BIOTTO et al., 2013).
Não é comum no mercado de construção brasileiro ter Arquitetos / Engenheiros
nas mesmas funções que no Reino Unido. O andamento dos trabalhos é monitorado
principalmente pelo pessoal do Contratante ou por alguém nomeado e subordinado
ao Contratante não independente ou imparcial (GU et al., 2010). Portanto, caberá
principalmente aos Empregadores declarar se desejam que os Contratados e / ou os
níveis mais baixos da cadeia de abastecimento usem o BIM. Em seguida, caberá aos
Empreiteiros (Projetistas, Arquitetos, Engenheiros) analisar se e em que medida eles
optam por aceitar essas condições (RADUNS, 2013).
Até o momento, não existe uma regra obrigatória sobre a hierarquia dos
documentos contratuais. No entanto, a prática comum geralmente prevê que o
contrato prevaleça sobre seus anexos. Portanto, as partes são livres para decidir
sobre a posição do Protocolo BIM. Ao mesmo tempo, é aconselhável que as partes
tenham muito cuidado na elaboração dessas disposições, adotando e mantendo um
conjunto comum de requisitos, definições de parâmetros e normas para evitar
inconsistências e incertezas (CAMPESTRINI et al., 2015).
Em qualquer caso, e em particular para projetos envolvendo partidos públicos,
tem que esperar até que seja conhecida a posição do governo sobre como os projetos
públicos irão lidar com a implementação do BIM. Existe a chance de que algumas
informações (como a lista de preços abaixo mencionada no SINAP) sejam definidas
como uma referência obrigatória nas licitações públicas e, portanto, venham a
prevalecer sobre o contrato (SUCCAR et al., 2015). No Brasil, até agora, não houve
muitas discussões sobre o assunto. No entanto, conforme a implementação do BIM
se desenvolve, é claro que isso precisa ser abordado. Quando isso acontecer, haverá
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discussões sobre se o gerente do BIM deve ou não ser um terceiro, quais serão suas
responsabilidades e quem pagará pelos custos de gerenciamento do BIM
(RODRIGUES, 2015).
É importante destacar que essas discussões provavelmente levarão em conta
o intenso envolvimento que os empregadores tendem a ter nas obras no Brasil. Faz
parte da cultura do mercado da construção que os empregadores, em particular os do
setor público, tenham uma palavra a dizer em vários e muitas vezes extensos
aspectos dos projetos. Esse aspecto cultural pode impactar nas decisões sobre a
gestão do BIM (ABAURRE, 2014).
Não tem havido muitas discussões sobre este tema específico no Brasil.
Atualmente, o mercado de seguros não tem sinalizado alterações decorrentes do BIM.
No entanto, à medida que o mercado de BIM se desenvolve, o mercado de seguros
certamente o acompanhará. Dependendo da estrutura contratual a ser adotada, em
particular se o mercado de BIM evoluir para uma estrutura multipartidária, as
seguradoras podem ter que lidar com uma alocação de risco diferente daquela que é
aplicada atualmente (CAMPESTRINI et al., 2015).
Em termos gerais, a legislação brasileira prevê que, a menos que se aplique
uma cláusula de exclusão ou limitação de responsabilidade, uma parte que causa
dano a outra deve indenizar essa outra parte pelos danos causados. Como o BIM é
um modelo colaborativo, pode haver casos em que o uso do modelo por uma parte
impacta o que foi ou será feito por outra. Se houver um argumento de que esse
impacto está relacionado ao design, pode haver responsabilidade extra de design que
deve ser tratada com antecedência no contrato apropriado (AMOR et al., 2011).
Até agora, as regras gerais sobre direitos de propriedade ainda se aplicam, o
que significa que, em termos gerais, os contribuidores são os proprietários dos dados
ou do design que inserem no modelo. No entanto, pode haver discussões sobre quem
é o contribuidor após outras contribuições terem sido feitas sobre a inicial e conforme
o modelo se desenvolve (KRAATZ et al., 2014).
Portanto, na ausência de regulamentação, é aconselhável que as partes que
utilizam o BIM incluam em seus contratos disposições específicas sobre direitos de
propriedade. Em termos gerais, a legislação brasileira estabelece que uma parte que
causa dano a outra deve indenizar a outra parte pelos danos causados (MOZZATO,
2013).
As partes podem acordar cláusulas de exclusão ou limitação de
responsabilidade, podendo também conceder garantias e indenizações que
considerem convenientes, desde que tratem de direitos descartáveis. Embora não
tenha havido muitas discussões sobre este tópico específico, mais negociações sobre
essas disposições podem ser esperadas e é aconselhável que as partes em um
projeto BIM prestem muita atenção a elas (SAKAMORI, 2015).
A expectativa do mercado é que, no médio e longo prazo, isso reduza o tempo
total das obras. Há uma chance de que o planejamento demore mais, especialmente
nos anos iniciais de implementação do BIM; no entanto, o planejamento
provavelmente será mais eficiente e, consequentemente, resultará em tempo de
construção reduzido. Portanto, espera-se um impacto positivo desde os estágios
iniciais (MIETTINEN, 2014).
Algumas entidades do Governo Brasileiro consideram a fase de ocupação o
mais importante potencial de aplicação do BIM, ressaltando que as informações
consolidadas no modelo são extremamente relevantes na fase de ocupação,
operação e manutenção de longo prazo (BRYDE et al., 2013). Como um banco de
dados ao vivo de tudo o que existe no edifício, em particular quando é possível
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AMOR, R; OWEN, R. Beyond BIM: it's not the end of the road! AECbytes Viewpoint,
v. 58, 2011.
BIOTTO, C.; FORMOSO, C.; ISATTO, E. Método Para o Uso da Modelagem Bim
4d na Gestão da Produção em Empreendimentos de Construção. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE QUALIDADE DO PROJETO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 3.,
Campinas, 2013. Anais... Campinas, 2013
FREITAS, Gonçalo Andrade Freitas. Metodologia BIM – uma nova abordagem, uma
nova esperança. Dissertação de Mestrado, Universidade da Madeira, 2014.